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A palavra ''aborto'' tem sua origem [[etimologia|etimológica]] no [[latim]] ''abortus'', derivado de ''aboriri'' ("perecer"), composto de ''ab'' ("distanciamento", "a partir de") e ''oriri'' ("[[nascer]]"). |
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Revisão das 10h34min de 21 de novembro de 2008
Um aborto ou interrupção da gravidez(ver terminologia) é a remoção ou expulsão prematura de um embrião ou feto do útero, resultando na sua morte ou sendo por esta causada[1]. Isto pode ocorrer de forma espontânea ou artificial, provocando-se o fim da gestação, e conseqüentemente o fim da vida do feto, mediante técnicas médicas, cirúrgicas entre outras.
Após 180 dias (seis meses) de gestação, quando o feto já é considerado viável, o processo tem a designação de parto prematuro[2].
Através da história, o aborto foi provocado por vários métodos diferentes e seus aspectos morais, éticos e legais são objeto de intenso debate em diversas partes do mundo.
==Terminologia== " Este site é muito ruim.. Não pesquisem nele .. A palavra aborto tem sua origem etimológica no latim abortus, derivado de aboriri ("perecer"), composto de ab ("distanciamento", "a partir de") e oriri ("nascer").
Definições
Os seguintes termos são usados para definir os diversos tipos de aborto a partir da óptica médica:
- Aborto espontâneo: aborto devido a uma ocorrência acidental ou natural. A maioria dos abortamentos espontâneos são causados por uma incorreta replicação dos cromossomos e por fatores ambientais. Também por ser denominado aborto involuntário ou casual.
- Aborto induzido: aborto causado por uma ação humana deliberada. Também é denominado aborto induzido, voluntário ou procurado, ou ainda, interrupção voluntária da gravidez. O aborto induzido possui as seguintes subcategorias:
- Aborto terapêutico
- aborto provocado para salvar a vida da gestante[3]
- para preservar a saúde física ou mental da mulher[3]
- para dar fim à gestação que resultaria numa criança com problemas congênitos que seriam fatais ou associados com enfermidades graves[3]
- para reduzir seletivamente o número de fetos para minorar a possibilidade de riscos associados a gravidezas múltiplas[3].
- Aborto eletivo: aborto provocado por qualquer outra motivação[3].
- Aborto terapêutico
- Quanto ao tempo de duração da gestação
- Aborto subclínico: abortamento que acontece antes de quatro semanas de gestação
- Aborto precoce: entre quatro e doze semanas
- Aborto tardio: após doze semanas
Aborto induzido
O aborto induzido, também denominado aborto provocado ou interrupção voluntária da gravidez, ocorre pela ingestão de medicamentos ou por métodos mecânicos. A ética deste tipo de abortamento é fortemente contestada em muitos países do mundo mas é reconhecido como uma prática legalmente reconhecida em outros locais do mundo, sendo inclusive suportada pelo sistema público de saúde. Os dois polos desta discussão passam por definir quando o feto ou embrião se torna humano ou vivo (se na concepção, no nascimento ou em um ponto intermediário) e na primazia do direito da mulher grávida sobre o direito do feto ou embrião.
Efeitos do aborto induzido
Existe controvérsia na comunidade médica e científica sobre os efeitos do aborto. As interrupções de gravidez feitas por médicos competentes são normalmente seguras para as mulheres [4] [5]. Entretanto, um argumento contrário ao aborto seria de que, para o feto, o aborto obviamente nunca é "seguro", uma vez que provoca sua morte sem direito de defesa. [6] [7]
Os métodos não médicos (p.ex. uso de certas drogas, ervas, ou a inserção de objectos não-cirúrgicos no útero) são potencialmente perigosos para a mulher, conduzindo a um elevado risco de infecção permanente ou mesmo à morte, quando comparado com os abortos feitos por pessoal médico qualificado. Segundo a ONU, pelo menos 70 mil mulheres perdem a vida anualmente em consequência de aborto realizado em condições precárias[8], não há, no entanto, estatísticas confiáveis sobre o número total de abortos induzidos realizados no mundo nos países e/ou situações em que é criminalizado.
Existem, com variado grau de probabilidade, possíveis efeitos negativos associados à prática abortiva, nomeadamente a hipótese de ligação ao câncer de mama, a dor fetal, o síndroma pós-abortivo. Possíveis efeitos positivos incluem redução de riscos para a mãe e para o desenvolvimento da criança não desejada.
Câncer da mama
O câncer da mama ligado ao aborto é uma hipótese de relação causal entre o aborto induzido e o risco de desenvolvimento de cancro da mama. No início da gravidez, o nível de estrogénio aumenta, levando ao crescimento das células mamárias necessário à futura fase de lactação. A hipótese de relação positiva entre câncer de mama e aborto sustenta que se a gravidez é interrompida antes da completa diferenciação celular, então existirão relativamente mais células indiferenciadas vulneráveis à contracção da doença. Esta hipótese, não é, contudo, validada cientificamente por nenhuma organização de estudo e combate ao cancro, mas tem vindo a ganhar defensores como o dr. Joel Brind [9].
Dor do feto
A existência ou ausência de sensações fetais durante o processo de abortamento é hoje matéria de interesse médico, ético e político. Diversas provas entram em conflito, existindo algumas opiniões defendendo que o feto é capaz de sentir dor a partir da sétima semana [10] enquanto outros sustentam que os requisitos neuro-anatómicos para tal só existirão a partir do segundo ou mesmo do terceiro trimestre da gestação. [11].
Os receptores da dor surgem na pele na sétima semana de gestação. O hipotálamo, parte do cérebro receptora dos sinais do sistema nervoso e que liga ao córtex cerebral, forma-se à quinta semana. Todavia, outras estruturas anatómicas envolvidas no processo de sensação da dor ainda não estão presentes nesta fase do desenvolvimento. As ligações entre o tálamo e o córtex cerebral formam-se por volta da 23ª semana [12]. Existe também a possibilidade de que o feto não disponha da capacidade de sentir dor, ligada ao desenvolvimento mental que só ocorre após o nascimento[13].
Novos estudos do Hospital Chelsea, realizados pela Dra. Vivette Glover em Londres sugerem que a dor fetal pode estar presente a partir da décima semana de vida do feto. O que justificaria, segundo os proponentes do aborto, o uso de anestésicos para diminuir o provável sofrimento do feto [14].
Síndroma pós-abortivo
Há médicos portugueses que questionam a existência do síndroma[15]. Não existe nenhum estudo português publicamente divulgado sobre o assunto. Entretanto nos Estados Unidos, Reino Unido e mesmo no Brasil, essa possibilidade já é bastante discutida com resultados contraditórios [16].
O síndroma pós-abortivo (PAS), conhecido também como síndroma pós-traumático pós-abortivo ou por síndroma do trauma abortivo, é um termo que designa um conjunto de características psicopatológicas que alguns médicos dizem ocorrer nas mulheres após um aborto provocado.[17]. Alguns estudos, no entanto, concluem que alguns destes sintomas são consequência da proibição legal e/ou moral do aborto e não do acto em si.
Entretanto, tal síndrome teria sido catálogada em inúmeras pesquisas, entre elas a do dr. Vincent Rue que no estudo da Desordem Ansiosa Pós-Traumática (DAPT), presente em ex-combatentes do Vietnã, que teria sua correspondente na síndrome pós-aborto (SPA). Algumas estatísticas de organizações pró-vida argumentam que há um aumento de 9% para 59% nos índices de distúrbios psicológicos em mulheres que se submetem ao aborto[18].
Outro estudo, do Royal College of Psychiatrists, a associação dos psiquiatras britânicos e irlandeses, considerou que o aborto induzido pode trazer distúrbios clínicos severos para a mulher, e que essa informação deve ser passada para a mesma, antes da opção pelo aborto. Esse estudo foi repassado a população pelo Jornal Britânico Sunday Times[19].
Mortalidade maternal
Uma gravidez, mesmo que desejada, tem riscos inerentes directos para a mulher. Segundo o relatório da UNICEF sobre o tema [20], o Brasil tem um Rácio de Mortalidade Maternal de cerca de 260 mortes por cada 100.000 nascimentos e 1 em cada 140 mulheres corre o risco de morrer em consequência de uma gravidez; em Portugal a estimativa é de cerca de treze mulheres que morrem em cada cem mil nascimentos, e uma em cada 11.000 mulheres corre o risco de falecer em consequência de uma gravidez. Para mais informações sobre estes valores consultar o relatório indicado. Mundialmente, cerca de 13% da mortalidade maternal é atribuída a abortos inseguros[21].
Mulheres grávidas vítimas de violência
Embora existam notícias[22] indicando que muitas mulheres grávidas morrem em consequência de actos violentos, aparentemente [23] não há dados conclusivos que cruzem esta informação com o risco de morte geral das mulheres não-grávidas em situações semelhantes.
Consequências a longo prazo para a criança não desejada
Muitas pessoas[24] consideram haver um risco maior de crianças não desejadas (crianças que nasceram apenas porque a interrupção voluntária da gravidez não era uma opção, quer por questões legais, quer por pressão social) terem um nível de felicidade inferior às outras crianças incluindo problemas que se mantêm mesmo quando adultas, entre estes problemas incluem-se:
- doença e morte prematura[25]
- pobreza
- problemas de desenvolvimento[26]
- abandono escolar[27]
- delinquência juvenil[28]
- abuso de menores
- instabilidade familiar e divórcio[29]
- necessidade de apoio psiquiátrico[30]
- falta de auto estima[31]
Conseqüências para a sociedade
Em um estudo polêmico de Steven Levitt da Universidade de Chicago e John Donohue da Universidade Yale associa a legalização do aborto com a baixa da taxa de criminalidade na cidade de Nova Iorque e através dos Estados Unidos. Tal estudo apresenta, com base em dados de diversas cidades norte-americanas e com significância estatística, o possível efeito da redução dos índices de criminalidade onde o aborto é legal. Ainda segundo os autores, estudos no Canadá e na Austrália apontariam na mesma direção[32].
Outros estudos demonstram conseqüências negativas para as mães:
- 331 mulheres russas e 217 mulheres norte-americanas foram submetidas a um estudo norte-americano [33] e as conseqüências para a saúde da mulher, segundo este estudo, não foram positivas:
- 65% das mulheres norte-americanas sondadas experimentou múltiplos sintomas de desordem de stress pós-traumático, os quais atribuíam ao seu aborto.
- 64% das mulheres norte-americanas sentiram-se pressionadas por outros a escolher o aborto, em comparação com 37% das mulheres russas.
- De um modo geral, as mulheres referiram mais reacções negativas do que positivas.
- A reacção positiva mais mencionada foi o alívio, mas apenas 7% das mulheres russas e 14% das americanas a mencionaram.
- As mulheres norte-americanas eram mais propensas a atribuir aos seus abortos pensamentos subsequentes de suicídio (36%), um aumento de consumo de drogas e álcool (27%) problemas sexuais (24%), problemas relacionais (27%), sentimento de culpa (78%) e incapacidade de auto-perdão (24%).
- Aproximadamente 2% das mulheres americanas atribuíram ao seu aborto uma hospitalização psiquiátrica subsequente.
O recurso a abortos ilegais, segundo os defensores da legalização, aumentaria a mortalidade maternal. Tanto a mortalidade quanto outros problemas de saúde seriam evitados, segundo seus defensores, quando há acesso a métodos seguros de aborto. Para o Ministro da Saúde brasileiro, José Gomes Temporão, defensor da legalização do aborto, a descriminação do aborto deveria ser tratada como problema de saúde pública[34].
Procedimentos empregados para o aborto induzido
Segundo o Instituto Guttmacher, o aborto induzido ou interrupção voluntária da gravidez tem um risco de morte entre 0,2 a 1,2 em cada 100 mil procedimentos com cobertura legal realizados em países desenvolvidos. Este valor é mais de dez vezes inferior ao risco de morte no caso de continuar a gravidez.
Pelo contrário em países em desenvolvimento em que o aborto é criminalizado as taxas são centenas de vezes mais altas atingindo 330 mortes por cada 100 mil procedimetos.
Nos três primeiros meses da gestação
O aborto químico, também conhecido como aborto médico ou aborto não-cirúrgico é aplicável apenas no primeiro trimestre da gravidez e equivale a 10% de todas as interrupções voluntárias da gravidez nos Estados Unidos e Europa. Consiste na administração de fármacos que provocam a interrupção da gravidez e a expulsão do embrião. Nos casos de falha do aborto químico é necessária aspiração do útero para completar a interrupção da gravidez cirurgicamente.
No procedimento de aspiração uterina o médico introduz uma cureta no útero da gestante para remover o feto. No caso de gestação até seis semanas a aspiração é manual utilizando uma cânula flexível e não é necessário dilatação cervical, sendo utilizado para resolver situações como gravidez ectópica e molar quando apoiado em exames de ultrassons. No caso de gestações mais avançadas até doze semanas é utilizado um aparelho de vácuo eléctrico e os conteúdos do útero (incluindo o feto) são sugado pelo equipamento. Em ambos os casos são procedimentos não-cirúrgicos, realizado em cerca de dez minutos, com baixo risco para a mulher (0,5% de casos de infecção) e muito eficazes
Este artigo não cita fontes confiáveis. |
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No caso de não ser possível a aspiração, recorre-se à curetagem. Neste caso o médico, após alargar a entrada do útero da paciente, introduz dentro dela a chamada cureta, que é um instrumento cirúrgico cortante, em forma de colher. Servindo-se da cureta, o médico retira todo o conteúdo do útero.
Após os três primeiros meses da gestação
O procedimento de curetagem é aplicável ainda no começo do segundo trimestre, mas se não for possível terá de recorrer-se a métodos como a dilatação e evacuação. Neste procedimento o médico promove primeiro a dilatação cervical (um dia antes). Na intervenção que é feita sob anestesia é inserido um aparelho cirúrgico na vagina para cortar o feto em pedaços, e retirá-los um a um de dentro do útero. No final é feita a aspiração. O feto é remontado no exterior para para garantir que não há nenhum pedaço no interior do útero que poderia levar a infecção séria. Em raríssimas situações (0.17% das IVGs realizadas nos Estados Unidos em 2000) o feto é removido intacto.
Outra alternativa é forçar prematuramente o trabalho de parto.
Legislação
Dependendo do ordenamento jurídico vigente, o aborto considera-se uma conduta penalizada ou despenalizada, atendendo a circunstâncias específicas. As situações possíveis vão desde o aborto considerado como um crime contra a vida humana, à despenalização no caso de que a grávida o peça.
Meios de comunicação
Ver também
- Aborto no Brasil
- Legislação sobre o aborto
- Gravidez
- Direitos da mulher
- Feminismo
- Nascimento
- Vida
- Morte
- Feto
- Embrião
- Biodireito
- Bioética
- Movimento pró-vida
- Movimento pró-escolha
- Aborto na mídia
Referências
- ↑ Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa
- ↑ Nova Enciclopédia Larousse, Volume 1, Pág. 22
- ↑ a b c d e ROCHE, Natalie E. (2004). Therapeutic Abortion. Visitado em 8 de março de 2006.
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- ↑ Grimes, D.A. (1994). The morbidity and mortality of pregnancy: still risky business. American Journal of Obstetrics and Gynecology, 170 (5 Pt 2), 1489-94. Visitado em 21 de dezembro de 2006.
- ↑ Revista Âmbito Jurídico - "Direito à vida: aborto - estupro - feto anencefálico"
- ↑ Aldeia - "Tudo é Vida".
- ↑ http://www.un.org/geninfo/faq/factsheets/FS6.HTM
- ↑ Brind, Joel., 10 de março de 2003, Early Reproductive Events and Breast Cancer: A Minority Report. Visitado em 24 de março de 2006.
- ↑ Schmidt, Dr. Richard T. F., et. al. (1984-02-13) Open Letter to President Reagan Visitado em 18 de novembro de 2006.
- ↑ BBC News Article (2005). "Fetos 'sem dor até as 29 semanas'." Visitado em 18 de julho de 2006
- ↑ Parliamentary Office of Science and Technology. (1997). Fetal Awareness. Visitado em 11 de janeiro de 2006.
- ↑ Artigo da BBC News (2006). "Foetuses 'cannot experience pain'." Visitado em 18 de julho de 2006.
- ↑ http://www.webciencia.com/01_aborto.htm
- ↑ http://www.medicospelaescolha.pt
- ↑ http://noticias.terra.com.br/revistas/interna/0,,OI1364421-EI8248,00-Especialistas+discutem+sindrome+posaborto.html
- ↑ Gomez, Lavin C & Zapata, Garcia R. "Diagnostic categorization of post-abortion syndrome", Actas Esp Psiquiatr. 2005 Jul-Aug;33(4):267-72.
- ↑ http://www.acidigital.com/vida/aborto/mentiras.htm
- ↑ http://culturadavida.blogspot.com/2008/03/psiquiatras-afirma-que-aborto-pode.html
- ↑ Relatório sobre a mortalidade maternal
- ↑ http://www.un.org/geninfo/faq/factsheets/FS6.HTM
- ↑ Grávidas vítimas de violência
- ↑ [1]
- ↑ http://www.prochoiceforum.org.uk/psy_ocr2.asp
- ↑ Myhrman, A. (1986), Longitudinal Studies on Unwanted Children. Scandinavian Journal of Social Medicine 14:57-59
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- ↑ Dytrych, Z., Matejcek, Z., and Schüler,V. (1988). The Prague cohort: Adolescence and early adulthood. In H.P. David, ,Z.Dytrych, Z. Matejcek, and V. Schüller (Eds.) Born unwanted: Developmental effects of denied abortion. New York: Springer, 87-102.
- ↑ David, H.P., Dytrych, Z.,Matejcek, Z., and Schüller, V. (Eds.)(1988). Born unwanted: Developmental effects of denied abortion. New York: Springer; Prague: Avicenum, 1988; Mexico City: EDAMEX, 1991.
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- OLIVEIRA DA SILVA, Miguel - Sete teses sobre o aborto. ISBN 9789722117463
- PENICHE, Andrea - Elas somos nós: o direito ao aborto como reivindicação democrática e cidadã. Porto: Afrontamento, 2007. ISBN 978-972-36-0865-6
- SINGER, Peter - Aborto in Ética Prática. Lisboa. Gradiva.
- TAVARES, Manuela - Aborto e contracepção em Portugal. Lisboa: Livros Horizonte, 2007. ISBN 9722412353
- VILADRICH, Pedro Juan - Aborto e sociedade permissiva. Lisboa: Rei dos Livros, 1987.