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Abandonando os estudos de [[Direito]], António Barreto radicou-se na [[Suíça]] em [[1963]], acabando por se [[Licenciatura|licenciar]] em Economia Social, na [[Universidade de Genebra]], em [[1968]]. Foi assistente desta universidade até [[1970]], ano em que passou a dedicar-se exclusivamente à investigação, integrando o Instituto de Pesquisas das [[Organização das Nações Unidas|Nações Unidas]] para o Desenvolvimento Social. Fez parte desse Instituto desde [[1969]] até [[1974]]. Em [[1985]] voltaria à [[Universidade de Genebra]], para realizar o [[doutoramento]] em [[Sociologia]]. |
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Regressado a [[Portugal]] na sequência do golpe de [[Revolução de 25 de Abril de 1974]], tornou-se investigador no Gabinete de Estudos Rurais da [[Universidade Católica Portuguesa]], função que desempenhou até [[1982]], mudando-se nesse ano para o [[Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa]], onde se manteve até à jubilação, em [[2009]]<ref name="ics.ulisboa.pt">[http://www.ics.ulisboa.pt/instituto/?ln=p&pid=15&mm=5&ctmid=6&mnid=1&doc=31809901190 ICS]</ref>. |
Regressado a [[Portugal]] na sequência do golpe de [[Revolução de 25 de Abril de 1974]], tornou-se investigador no Gabinete de Estudos Rurais da [[Universidade Católica Portuguesa]], função que desempenhou até [[1982]], mudando-se nesse ano para o [[Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa]], onde se manteve até à jubilação, em [[2009]]<ref name="ics.ulisboa.pt">[http://www.ics.ulisboa.pt/instituto/?ln=p&pid=15&mm=5&ctmid=6&mnid=1&doc=31809901190 ICS]</ref>. |
Revisão das 23h52min de 9 de janeiro de 2018
António Barreto | |
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António Barreto | |
Ministro(a) de Portugal | |
Período | I Governo Constitucional
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Dados pessoais | |
Nascimento | 30 de outubro de 1942 (81 anos) Porto |
Cônjuge | Maria Filomena Mónica |
Partido | Partido Comunista (1963-1970) Partido Socialista (1974-1978) Movimento dos Reformadores (1978-1983) (parte da Aliança Democrática, 1979-1983) independente (1983-1987, incluindo uma passagem pelo Primeiro Movimento de Apoio Soares à Presidência) PS (1987-1999?) independente (1999-?) |
Profissão | Cientista social e cronista |
António Miguel de Morais Barreto GCC • GCL (Porto, Foz do Douro, 30 de outubro de 1942) é um cientista social, político e cronista português.
Biografia
Infância e juventude
Terceiro de sete filhos de Manuel da Costa Pinto Barreto (Peso da Régua, 17 de dezembro de 1907 - Porto, 21 de dezembro de 1981) e de sua mulher (Vila Real, Folhadela, 15 de setembro de 1938) Maria do Céu de Morais Taborda (Porto, 7 de maio de 1912 - Porto, 5 de março de 1980), neta materna do 1.º Barão de Gouvinhas e sobrinha-neta materna do 1.º Visconde de Morais, que recusou o título de Conde de Morais, uma família com reminiscências fidalgas, católica e apoiante da monarquia[1]
Embora nascido na Foz do Douro, António Barreto mudou-se em criança para Vila Real, onde viveu até finalizar os estudos liceais. A seguir, ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, que frequentou até 1963. Nesse período foi ator do CITAC - Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra.
Percurso profissional
Abandonando os estudos de Direito, António Barreto radicou-se na Suíça em 1963, acabando por se licenciar em Economia Social, na Universidade de Genebra, em 1968. Foi assistente desta universidade até 1970, ano em que passou a dedicar-se exclusivamente à investigação, integrando o Instituto de Pesquisas das Nações Unidas para o Desenvolvimento Social. Fez parte desse Instituto desde 1969 até 1974. Em 1985 voltaria à Universidade de Genebra, para realizar o doutoramento em Sociologia.
Regressado a Portugal na sequência do golpe de Revolução de 25 de Abril de 1974, tornou-se investigador no Gabinete de Estudos Rurais da Universidade Católica Portuguesa, função que desempenhou até 1982, mudando-se nesse ano para o Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, onde se manteve até à jubilação, em 2009[2].
Concomitantemente, foi professor de disciplinas de Sociologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas e na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, tendo feito parte da Comissão Instaladora desta última.
Foi vogal do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Estatística.
Em 2009, por designação de Alexandre Soares dos Santos, assumiu a presidência do Conselho de Administração da Fundação Francisco Manuel dos Santos, onde criou o portal de informação estatística Pordata. Manteve-se nesse cargo até 2014.
Autor de vasta bibliografia, António Barreto dedicou a sua investigação aos temas da emigração, socialismo e reforma agrária, evolução da sociedade portuguesa, indicadores sociais, justiça, regionalização, Estado e Administração Pública, Estado Providência, comportamentos políticos e retrato da região do Entre Douro e Minho[2].
Na televisão, assinou a série de documentários Portugal, um retrato social, realizada por Joana Pontes (RTP, 2006), e dedicou-se ao comentário político em Regra do Jogo, com José Miguel Júdice (SIC Notícias, 2006-2008). Foi cronista do jornal Público a partir 1991. Actualmente escreve no Diário de Notícias uma coluna semanal ao domingo.
Percurso político
Foi militante do Partido Comunista Português entre 1963 e 1970, aderindo, após o 25 de abril de 1974, mais precisamente em dezembro desse ano, ao Partido Socialista. Eleito deputado à Assembleia Constituinte, no ano seguinte, em 1975, seria membro do VI Governo Provisório (Pinheiro de Azevedo), como Secretário de Estado do Comércio Externo, e do I Governo Constitucional (Mário Soares), como Ministro do Comércio e Turismo, primeiro, e da Agricultura e Pescas, depois.
Afastou-se do PS para apoiar o projeto da Aliança Democrática, liderado por Francisco Sá Carneiro, com o efémero Movimento dos Reformadores, criado com José Medeiros Ferreira e Francisco Sousa Tavares, em 1978.
Em 1985, apoiou Mário Soares, no MASP I (Primeiro Movimento de Apoio Soares à Presidência) para as eleições presidenciais portuguesas de 1986. Entre 1987 e 1991, regressou à Assembleia da República como deputado pelo PS, do qual se afastou definitivamente na década de 1990.
Prémios e distinções
Recebeu o Prémio Montaigne, atribuído pela Fundação Alfred Toepfer e pela Universidade de Tübingen, em 2004. Foi eleito membro Academia das Ciências de Lisboa em 2008. A 8 de junho de 2012, foi agraciado pelo Presidente Aníbal Cavaco Silva com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo. A 5 de outubro de 2017, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa.[3]
Vida pessoal
É casado, em segundas núpcias, com a socióloga Maria Filomena Mónica.
Bibliografia
- L’Émigration Portugaise (1957-1966) (com Carlos Almeida, Line Krieger e André Petitat), texto dactilografado. Mémoire d’Économie Sociale sous la direction de M. Le Prof. J. I. Bergier, Université de Genève, jan. 1968.
- Capitalismo e Emigração em Portugal (com Carlos Almeida), Prelo, 1970.
- Independência para o Socialismo, Iniciativas Editoriais, 1975.
- L’État et la société civile au Portugal: révolution et réforme agraire en Alentejo, 1974-1976, Lisboa, Gradiva, 1986.
- Os silêncios do regime: ensaios, Lisboa: Estampa, 1992
- A situação social em Portugal (org.), Lisboa: Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, 1996-2000. (2 Vols. Vol 1: 1960-1995. Vol 2: 1960-1999: indicadores sociais em Portugal e na União Europeia)
- Tempo de mudança, Lisboa: Relógio d'Água, 1996
- Sem emenda, Lisboa: Relógio d'Água, 1997
- Regionalização: sim ou não (org.), Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1998
- Uma década: retratos da semana 1991-99, Lisboa: Relógio d'Água, 1999
- Crises da justiça? A justiça em crise (org.), Lisboa: Publicações Dom Quixote, 2000
- Douro: Napa, 2001
- Tempo de incerteza, Lisboa: Relógio d'Água, 2002
- Novos retratos do meu país: 1999-2003, Lisboa: Relógio d'Água, 2003
- Globalização e migrações (org.), Lisboa: Instituto de Ciências Sociais, 2005
- Anos difíceis, Relógio d’Água, 2009
- Fotografias, Relógio d’Água, 2010
- Pátria Utópica, Bizâncio, 2011 (em coautoria)
- Sentir, Lugar da Palavra, 2012
- Nambuangongo, Lugar da Palavra, 2013
- Douro – rio, gente e vinho, Relógio d’Água, 2014
- O 25 de Novembro e a Democratização Portuguesa, Gradiva, 2016 (em coautoria)
- Anatomia de uma Revolução, Publicações Dom Quixote, 2017
- Tempo de Escolha, Relógio d’Água, 2017
Funções governamentais exercidas
- I Governo Constitucional
- Ministro do Comércio e Turismo
- Ministro da Agricultura e Pescas
Precedido por Primeiro titular |
Ministro do Comércio e Turismo I Governo Constitucional 1976 – 1977 |
Sucedido por Carlos Alberto da Mota Pinto |
Precedido por António Lopes Cardoso |
Ministro da Agricultura e Pescas I Governo Constitucional 1976 – 1978 |
Sucedido por Luís Saias |
Referências
- ↑ "António Barreto - Política e Pensamento", de Maria de Fátima Bonifácio, ed. Publicações D. Quixote, 2016
- ↑ a b ICS
- ↑ «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "António Miguel de Morais Barreto". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 6 de outubro de 2017
Ligações externas
- Nascidos em 1942
- Naturais do Porto
- Personalidades do Grande Porto
- Alumni da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra
- Ensaístas de Portugal
- Ministros da Agricultura de Portugal
- Sociólogos de Portugal
- Deputados da Assembleia Constituinte de Portugal de 1975
- Deputados da Assembleia da República Portuguesa
- Professores do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa
- Professores da Universidade Nova de Lisboa
- Políticos do Partido Comunista Português
- Políticos de Portugal que mudaram de partido
- Políticos do Partido Socialista (Portugal)
- Comentadores de Portugal
- Grã-Cruzes da Ordem Militar de Cristo
- Grã-Cruzes da Ordem da Liberdade