Fronteira Brasil–França: diferenças entre revisões
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}}</ref>. O litígio decorreu durante dois séculos, e a França e o Brasil independente instalaram postos militares e missões religiosas no que seria conhecido como [[Questão do Amapá]]<ref name="Guyane"/>, com acusações mútuas sobre a sua [[Soberania|integridade territorial]] respectiva. Finalmente, uma [[arbitragem internacional]] feita pela [[Suíça]] deu razão ao Brasil em [[1900]]: bem preparada, a delegação brasileira chefiada pelo [[José Maria da Silva Paranhos Júnior|barão de Rio Branco]], que já tinha obtido uma arbitragem favorável em litígio contra a [[Argentina]], ganhou o arbítrio enquanto a França secundarizou a preparação dos documentos pois estava mais preocupada com a colonização em África, enviando diplomatas com pouco conhecimento da questão [Como assim? A França enviou Vidal de la Blache!]: como resultado, {{formatnum:260000}} km² de territórios que teriam multiplicado por quatro a superfície do território da Guiana passaram a estar sob soberania do Brasil<ref name="Guyane"/>. |
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Como vestígio cultural desse período, ainda existem hoje no [[Amapá]] pequenas comunidades [[Ameríndios|ameríndias]] que falam um antigo crioulo guianês. |
Como vestígio cultural desse período, ainda existem hoje no [[Amapá]] pequenas comunidades [[Ameríndios|ameríndias]] que falam um antigo crioulo guianês. |
Revisão das 13h53min de 30 de janeiro de 2013
Fronteira Brasil–França | |
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A fronteira Brasil-França e o traçado aproximado da estrada transfronteiriça que deverá ligar Caiena a Macapá. | |
Delimita: | Brasil França ( Guiana Francesa) |
Comprimento: | 730 km Posição: 121 |
Criação: | 1713 |
Traçado atual: | 1900 |
Tratados: | Tratado de Utrecht(1713) |
A fronteira entre Brasil e França é a linha que limita os territórios do Brasil e da Guiana Francesa. Sua extensão é de 730 km, no que constitui a segunda menor fronteira terrestre do Brasil.
Características
A fronteira franco-brasileira começa no planalto das Guianas numa tríplice fronteira onde se encontram a fronteira Brasil-Suriname e a fronteira França-Suriname. Esse ponto é chamado "Koulimapopann" nos mapas do Instituto Geográfico Nacional Francês[1], e fica em 2°20'15,2" N, 54°26'04,4" W.
Deste ponto, corre ao longo de 303,2 km[2], nos montes Tumuc-Humac ao longo da divisória de águas entre a bacia do rio Amazonas e os rios da Guiana que desaguam no oceano Atlântico. Bordeja o limite das comunas de Maripasoula e Camopi frente ao município brasileiro de Laranjal do Jari. Toma a direcção do rio Oiapoque, que corre para norte na floresta equatorial, e que serve de fronteira por 427,2 km[2] entre os territórios de Camopi e Saint-Georges de um lado e outro do rio.
Chega à foz do rio a oeste do cabo Orange em 4°30'30"N, 51°38'12"W. Deste ponto, situado na baía de Oiapoque, prolonga-se por uma fronteira marítima que separa as águas territoriais dos dois países. Alguns marcos de fronteira materializam esta fronteira[2].
História
As bases desta fronteira remontam ao Tratado de Utrecht de 1713 entre a França e Portugal, mas diversas interpretações quanto ao traçado da fronteira existem hoje. Embora a França considere que o rio Japoque mencionado no texto corresponda ao rio Araguari, o Brasil considera que corresponde ao rio Oiapoque[3]. O litígio decorreu durante dois séculos, e a França e o Brasil independente instalaram postos militares e missões religiosas no que seria conhecido como Questão do Amapá[3], com acusações mútuas sobre a sua integridade territorial respectiva. Finalmente, uma arbitragem internacional feita pela Suíça deu razão ao Brasil em 1900: bem preparada, a delegação brasileira chefiada pelo barão de Rio Branco, que já tinha obtido uma arbitragem favorável em litígio contra a Argentina, ganhou o arbítrio enquanto a França secundarizou a preparação dos documentos pois estava mais preocupada com a colonização em África, enviando diplomatas com pouco conhecimento da questão [Como assim? A França enviou Vidal de la Blache!]: como resultado, 260 000 km² de territórios que teriam multiplicado por quatro a superfície do território da Guiana passaram a estar sob soberania do Brasil[3].
Como vestígio cultural desse período, ainda existem hoje no Amapá pequenas comunidades ameríndias que falam um antigo crioulo guianês.
Ver também
Ligações externas
- O Contestado franco-brasileiro
- O laudo suíço
- "O Arbitramento no Amapá", por Luciano Rodrigues Campos
Referências
- ↑ Segundo informa o Géoportail.
- ↑ a b c «FRONTEIRA BRASIL / GUIANA FRANCESA». 4 de novembro de 2005. Consultado em 26 de janeiro de 2007
- ↑ a b c (em francês) Marc-Emmanuel Privat (Junho 2003). terresdeguyane.fr, ed. «Frontières de Guyane, Guyane des frontières». Consultado em 18 de outubro de 2007