Imigração palestina no Brasil
Palestino-brasileiro é um brasileiro de completa ou parcial ancestralidade palestina, ou um palestino residente no Brasil. O país possui aproximadamente cinquenta mil palestinos-brasileiros.[1] A maioria dos imigrantes palestinos e seus descendentes estão na região sul do país. Alguns se estabeleceram no estado de São Paulo, o mais populoso e rico do país.[2]
Contexto histórico
[editar | editar código-fonte]O marco inicial do processo de êxodo palestino é o ano de 1948, com a chamada Nakba, a expulsão e assassinato em massa ocorridos após a Declaração de Independência do Estado de Israel e a guerra árabe-israelense que se inicia subsequentemente.[3] Para além da primeira onda de imigração após 1948, outros movimentos de imigração ocorrem após conflitos entre Palestina e Israel na segunda metade do século XX, sobretudo após a Guerra dos Seis Dias de 1967, o Massacre de Sabra e Chatila em 1982 e a Primeira Intifada em 1987.[4]
Os números exatos relacionados à imigração palestina (sobretudo na chamada primeira onda) são difíceis de precisar, pois muitos dos imigrantes entraram de diferentes formas no Brasil e outros países da América Latina: enquanto alguns adentraram com o status de refugiados palestinos, outros imigraram utilizando documentos de Israel e da Jordânia.[3] A escolha por utilizar documentos israelenses ou jordanianos dava aos imigrantes certa independência de viagem e cidadania, uma vez que o status de refugiado palestino não lhes garantiria os benefícios de pertencimento a um Estado nacional, além das condições precárias dos campos de refugiados.[3]
Referências
- ↑ «Governo do Estado de São Paulo - Memorial do Imigrante». Cópia arquivada em 23 de março de 2009
- ↑ «Escobar on Palestinian Refugees in Brazil». Informed Comment (em inglês). 24 de setembro de 2007. Consultado em 7 de junho de 2023
- ↑ a b c Jardim 2006, p. 172.
- ↑ Jardim 2006, p. 171.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Jardim, Denise Fagundes (2006). «Os imigrantes palestinos na América Latina». Estudos Avançados. 20 (57): 171-181