Partido Operário de Unidade Socialista

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Se procura a ferramenta da manufatura enxuta, veja Point-of-Use Storage.
Partido Operário de Unidade Socialista
Partido Operário de Unidade Socialista
Líder Carmelinda Pereira
Fundação 1979[1]
Dissolução 2020
Sede Portugal Portugal
Rua de Santo António da Glória, 52 B, cave C
1250-217 Lisboa
Ideologia Socialismo
Trotskismo
Euroceticismo
Espectro político Extrema-esquerda
Publicação "O Militante Socialista"
Ala de juventude Juventude Pela Revolução
Antecessor Partido Socialista (cisão)
Afiliação internacional IV Internacional (La Verité)
Cores Vermelho
Página oficial
https://pous.pt

Em 2020, foi convertido em associação política - Política Operária de Unidade Socialista (POUS)

O Partido Operário de Unidade Socialista (POUS) é uma associação política portuguesa que tem origem no extinto partido trotskista homónimo.[2]

O POUS defende a ruptura com a União Europeia e a proibição dos despedimentos. É a secção portuguesa da Quarta Internacional (La Verité) e edita o jornal O Militante Socialista e a Revista A Verdade.

História[editar | editar código-fonte]

O POUS foi fundado por Aires Rodrigues e Carmelinda Pereira em 1979[1], pouco depois de, em 1977, terem sido expulsos do Partido Socialista[3], cujo rumo contestavam. Segundo estas duas figuras, as linhas de orientação do PS estavam mais próximas dos partidos de direita do que dos partidos de esquerda.

O Movimento para a Unidade dos Trabalhadores (MUT)[editar | editar código-fonte]

Em 1994 o POUS passou a chamar-se Movimento para a Unidade dos Trabalhadores (MUT) em virtude da alteração da denominação, sigla e símbolo do partido, tendo concorrido a eleições em 1994 e 1995. O seu símbolo consistia num rectangulo branco com a incrição "MUT".[4]

O Partido Operário de Unidade Socialista (POUS)[editar | editar código-fonte]

Em 1999 é retomada a denominação, sigla e símbolos originários.

O POUS tem atraído poucos votos nas eleições a que concorreu. Nas eleições europeias parlamentares de 2009, o POUS foi o partido menos votado com 5 177 votos e 0,15%, menos de metade dos votos dos partido classificado imediatamente acima; embora tenha crescido relativamente aos votos (4 275 votos) que atingiu nas eleições europeias parlamentares de 2004 caiu 0,02% na percentagem de votos expressos. Permanece muito residual, a sua popularidade entre os eleitores portugueses, assim em 2011 apenas obteve 4.601 votos (0,08% dos votos), não tendo eleito qualquer deputado.

Em 2011 foi criada a Juventude Pela Revolução, ala jovem do POUS.

Associação Política[editar | editar código-fonte]

A 10 de dezembro de 2020, com efeitos retroativos a 16 de novembro de 2020, o Tribunal Constitucional procedeu à dissolução do POUS e ao cancelamento do seu registo, após a realização do XII Congresso do partido, a 14 de novembro de 2020, no qual se deliberou extinguir o POUS e convertê-lo na associação política POUS - Política Operária de Unidade Socialista.[2]

Resultados eleitorais[editar | editar código-fonte]

Eleições legislativas[editar | editar código-fonte]

Data Líder CI. Votos % +/- Deputados +/- Status Notas
1979 Carmelinda Pereira 9.º 12 713
0,21 / 100,0
0 / 250
Extra-parlamentar
1980 Carmelinda Pereira 5.º 83 095
1,38 / 100,0
Aumento1,17
0 / 250
Estável Extra-parlamentar Em coligação com o PST
1983 Carmelinda Pereira 10.º 19 657
0,34 / 100,0
Baixa1,04
0 / 250
Estável Extra-parlamentar
1985 Carmelinda Pereira 10.º 19 085
0,33 / 100,0
Baixa0,01
0 / 250
Estável Extra-parlamentar
1987 Carmelinda Pereira 13.º 9 185
0,16 / 100,0
Baixa0,17
0 / 250
Estável Extra-parlamentar
1991 Não concorreu
1995 Carmelinda Pereira 12.º 2 544
0,04 / 100,0
0 / 230
Extra-parlamentar
1999 Carmelinda Pereira 11.º 4 104
0,08 / 100,0
Aumento0,04
0 / 230
Estável Extra-parlamentar
2002 Carmelinda Pereira 11.º 4 316
0,07 / 100,0
Baixa0,01
0 / 230
Estável Extra-parlamentar
2005 Carmelinda Pereira 10.º 5 535
0,10 / 100,0
Aumento0,03
0 / 230
Estável Extra-parlamentar
2009 Carmelinda Pereira 15.º 4 632
0,08 / 100,0
Baixa0,02
0 / 230
Estável Extra-parlamentar
2011 Carmelinda Pereira 15.º 4 572
0,08 / 100,0
Estável
0 / 230
Estável Extra-parlamentar
2015 Não concorreu, mas apoiou o Livre/Tempo de Avançar[5].
2019 Não concorreu

Eleições europeias[editar | editar código-fonte]

Data Cabeça de Lista CI. Votos % +/- Deputados +/-
1987 Não concorreu
1989 11.º 11 182
0,27 / 100,0
0 / 24
1994 Carmelinda Pereira 14.º 2 893
0,10 / 100,0
Baixa0,17
0 / 25
Estável
1999 10.º 5 565
0,16 / 100,0
Aumento0,06
0 / 25
Estável
2004 13.º 4 275
0,13 / 100,0
Baixa0,03
0 / 24
Estável
2009 Carmelinda Pereira 13.º 5 177
0,15 / 100,0
Aumento0,02
0 / 22
Estável
2014 Carmelinda Pereira 16.º 3 695
0,11 / 100,0
Baixa0,04
0 / 21
Estável
2019 Não concorreu

Eleições presidenciais[editar | editar código-fonte]

Data Candidato
apoiado
1ª Volta 2ª Volta Notas
CI. Votos % CI. Votos %
1980 Aires Rodrigues 6.º 12 745
0,12 / 100,00
1986 Carmelinda Pereira Candidatura rejeitada[6].
1991 Nenhum candidato apoiado
1996
2001
2006 Carmelinda Pereira Não apresentou o número mínimo de assinaturas[7].
2011 Nenhum candidato apoiado
2016

Eleições autárquicas[editar | editar código-fonte]

(Resultado que excluem os resultados de coligações envolvendo o partido)
Data CI. Votos % +/- Presidentes CM +/- Vereadores +/- Assembleias
Municipais
+/- Assembleias de
Freguesias
+/-
1979 11.º 273
0,01 / 100,00
0 / 305
0 / 1 900
Não concorreu
1 / 40 110
1982 12.º 5 519
0,11 / 100,00
Aumento0,10
0 / 305
Estável
0 / 1 913
Estável
0 / 9 897
-
0 / 41 636
Baixa1
1985 10.º 2 311
0,05 / 100,00
Baixa0,06
0 / 305
Estável
0 / 1 975
Estável
0 / 6 672
Estável
0 / 31 941
Estável
1989 Não concorreu
1993
1997
2001
2005
2009
2013
2017

Referências

  1. a b «POUS». Partido Operário de Unidade Socialista / Secção portuguesa da IV Internacional. Consultado em 7 de novembro de 2015. O MUS reuniu, em congresso, com a Organização da IV Internacional – Organização Socialista dos Trabalhadores – OST, em 1979, e as duas organizações fundiram-se constituindo o POUS 
  2. a b «ACÓRDÃO Nº 743/2020». Tribunal Constitucional. 10 de dezembro de 2020. Consultado em 26 de dezembro de 2020 
  3. Alexander, Robert Jackson (1991). «Trotskyism in Portugal». International Trotskyism (PDF). 1929-1985 A Documented Analysis of the Movement (em inglês). [S.l.]: Duke University Press. p. 659. 1125 páginas. ISBN 0-8223-0975-0. Consultado em 7 de novembro de 2015. Arquivado do original (PDF) em 24 de setembro de 2015 
  4. «Movimento para a Unidade dos Trabalhadores». CNE -Comissão Nacional de Eleições. Consultado em 7 de Novembro de 2015 
  5. https://observador.pt/2015/08/31/carmelinda-pereira-do-pous-nao-vamos-desaparecer/
  6. «Sorteio das candidaturas - Eleição para o Presidente da República 1986 (1ª volta)» 
  7. «Carmelinda Pereira sem assinaturas suficientes para candidatura». TVI24. Consultado em 24 de agosto de 2020 

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Ícone de esboço Este artigo sobre um partido político ou coligação partidária é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.