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Marinha Real Britânica: diferenças entre revisões

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A partir de meados do [[Século XVII]] e ao longo do [[Século XVIII]], a Marinha Real competiu com a [[Marinha Real Neerlandesa]] e mais tarde com a [[Marinha Nacional Francesa]] pela supremacia marítima. De meados do Século XVIII até a [[Segunda Guerra Mundial]], era a marinha mais poderosa do mundo. A Marinha Real desempenhou um papel fundamental no estabelecimento e defesa do [[Império Britânico]], e quatro colônias de fortalezas imperiais e uma série de bases imperiais e estações de [[carvão]] garantiram a capacidade da Marinha Real de afirmar a superioridade naval globalmente. Devido a esta proeminência histórica, é comum, mesmo entre os não-britânicos, referir-se a ela como ''“a Marinha Real”'' sem ressalvas. Após a [[Primeira Guerra Mundial]], seu tamanho foi significativamente reduzido,<ref name="Rose">{{Citar livro |nome1=Lisle A.|sobrenome1=ROSE|título= Power at Sea, Volume 2: The Breaking Storm, 1919-1945 |local=Columbia|editora=University of Missouri Press|ano=2006|página=536 |isbn=978-08-262-1702-8}}</ref> embora no início da Segunda Guerra Mundial ainda fosse o maior do mundo. Durante a [[Guerra Fria]], a Marinha Real transformou-se numa força principalmente [[Guerra antissubmarino|antissubmarina]], caçando [[submarino|submarinos]] [[União Soviética|soviéticos]] e principalmente ativos na lacuna GIUK. Após o colapso da [[União Soviética]], o seu foco voltou às operações expedicionárias em todo o mundo e continua a ser uma das principais [[Marinha de alto mar|marinhas de águas azuis]] do mundo.<ref name="HydePrice"/><ref name="Bennett"/><ref name="HJS">{{citar web |url=https://web.archive.org/web/20160911235404/http://henryjacksonsociety.org/2006/11/04/the-royal-navy-britains-trident-for-a-global-agenda/ |titulo=The Royal Navy: Britain’s Trident for a Global Agenda |publicado=Henry Jackson Society|autor= |data=4 de novembro de 2006|acessodata=3 de janeiro de 2024}}</ref>
A partir de meados do [[Século XVII]] e ao longo do [[Século XVIII]], a Marinha Real competiu com a [[Marinha Real Neerlandesa]] e mais tarde com a [[Marinha Nacional Francesa]] pela supremacia marítima. De meados do Século XVIII até a [[Segunda Guerra Mundial]], era a marinha mais poderosa do mundo. A Marinha Real desempenhou um papel fundamental no estabelecimento e defesa do [[Império Britânico]], e quatro colônias de fortalezas imperiais e uma série de bases imperiais e estações de [[carvão]] garantiram a capacidade da Marinha Real de afirmar a superioridade naval globalmente. Devido a esta proeminência histórica, é comum, mesmo entre os não-britânicos, referir-se a ela como ''“a Marinha Real”'' sem ressalvas. Após a [[Primeira Guerra Mundial]], seu tamanho foi significativamente reduzido,<ref name="Rose">{{Citar livro |nome1=Lisle A.|sobrenome1=ROSE|título= Power at Sea, Volume 2: The Breaking Storm, 1919-1945 |local=Columbia|editora=University of Missouri Press|ano=2006|página=536 |isbn=978-08-262-1702-8}}</ref> embora no início da Segunda Guerra Mundial ainda fosse o maior do mundo. Durante a [[Guerra Fria]], a Marinha Real transformou-se numa força principalmente [[Guerra antissubmarino|antissubmarina]], caçando [[submarino|submarinos]] [[União Soviética|soviéticos]] e principalmente ativos na lacuna GIUK. Após o colapso da [[União Soviética]], o seu foco voltou às operações expedicionárias em todo o mundo e continua a ser uma das principais [[Marinha de alto mar|marinhas de águas azuis]] do mundo.<ref name="HydePrice"/><ref name="Bennett"/><ref name="HJS">{{citar web |url=https://web.archive.org/web/20160911235404/http://henryjacksonsociety.org/2006/11/04/the-royal-navy-britains-trident-for-a-global-agenda/ |titulo=The Royal Navy: Britain’s Trident for a Global Agenda |publicado=Henry Jackson Society|autor= |data=4 de novembro de 2006|acessodata=3 de janeiro de 2024}}</ref>


A Marinha Real mantém uma [[frota]] de [[Navio|navios]], [[submarino|submarinos]] e [[aeronave|aeronaves]] tecnologicamente sofisticados, incluindo 2 [[porta-aviões]], 2 [[Navio de assalto anfíbio|docas de transporte anfíbio]], 4 [[Submarino de mísseis balísticos|submarinos de mísseis balísticos]] (que mantêm a [[Estratégia nuclear|dissuasão nuclear]]), 6 [[Submarino nuclear|submarinos da frota nuclear]], 6 [[Contratorpedeiro|destróieres de mísseis guiados]], 11 [[Fragata|fragatas]], 9 navios de contramedidas de minas e 26 [[Navio-patrulha|navios de patrulha]]. Em abril de [[2023]], havia 70 navios operacionais comissionados (incluindo submarinos, bem como um navio histórico, o [[HMS Victory]]) na Marinha Real, além de 13 navios da [[Frota Real Auxiliar|''Royal Fleet Auxiliary'']] (RFA). Existem também cinco navios da [[Marinha Mercante]] à disposição da RFA no âmbito de uma iniciativa de financiamento privado, enquanto os Serviços da Marinha civis operam embarcações auxiliares que apoiam ainda mais a Marinha Real em diversas capacidades. A RFA reabastece os [[Navio de guerra|navios de guerra]] da Marinha Real no mar e aumenta as capacidades de [[guerra anfíbia]] da Marinha Real por meio de seus três navios de desembarque da classe Bay. Também funciona como um multiplicador de força para a Marinha Real, muitas vezes realizando patrulhas que as fragatas costumavam fazer.
A Marinha Real mantém uma [[frota]] de [[Navio|navios]], [[submarino|submarinos]] e [[aeronave|aeronaves]] tecnologicamente sofisticados, incluindo 2 [[porta-aviões]], 2 [[Navio de assalto anfíbio|docas de transporte anfíbio]], 4 [[Submarino de mísseis balísticos|submarinos de mísseis balísticos]] (que mantêm a [[Estratégia nuclear|dissuasão nuclear]]), 6 [[Submarino nuclear|submarinos da frota nuclear]], 6 [[Contratorpedeiro|destróieres de mísseis guiados]], 11 [[Fragata|fragatas]], 9 navios de contramedidas de minas e 26 [[Navio-patrulha|navios de patrulha]]. Em abril de [[2023]], havia 70 navios operacionais comissionados (incluindo submarinos, bem como um navio histórico, o [[HMS Victory|HMS ''Victory'']]) na Marinha Real, além de 13 navios da [[Frota Real Auxiliar|''Royal Fleet Auxiliary'']] (RFA). Existem também cinco navios da [[Marinha Mercante]] à disposição da RFA no âmbito de uma iniciativa de financiamento privado, enquanto os Serviços da Marinha civis operam embarcações auxiliares que apoiam ainda mais a Marinha Real em diversas capacidades. A RFA reabastece os [[Navio de guerra|navios de guerra]] da Marinha Real no mar e aumenta as capacidades de [[guerra anfíbia]] da Marinha Real por meio de seus três navios de desembarque da classe Bay. Também funciona como um multiplicador de força para a Marinha Real, muitas vezes realizando patrulhas que as fragatas costumavam fazer.


A Marinha Real faz parte do Serviço Naval de Sua Majestade, que também inclui os ''[[Royal Marines]]'' e o [[Frota Real Auxiliar|''Royal Fleet Auxiliary'']]. O chefe profissional do Serviço Naval é o ''[[First Sea Lord]]'', [[Almirante]] e membro do Conselho de Defesa do Reino Unido. O Conselho de Defesa delega a gestão do Serviço Naval no [[Almirantado Britânico|Conselho do Almirantado]], presidido pelo [[Secretário de Estado para a Defesa do Reino Unido]]. A Marinha Real opera a partir de três bases na Grã-Bretanha, onde estão baseados navios e submarinos comissionados: [[HMNB Portsmouth]], [[HMNB Clyde]] e [[HMNB Devonport]], sendo a última a maior base naval operacional da [[Europa Ocidental]], bem como duas [[Base naval|estações aéreas navais]], RNAS Yeovilton e RNAS Culdrose, onde estão baseadas as [[Aviação naval|aeronaves marítimas]].
A Marinha Real faz parte do Serviço Naval de Sua Majestade, que também inclui os ''[[Royal Marines]]'' e o [[Frota Real Auxiliar|''Royal Fleet Auxiliary'']]. O chefe profissional do Serviço Naval é o ''[[First Sea Lord]]'', [[Almirante]] e membro do Conselho de Defesa do Reino Unido. O Conselho de Defesa delega a gestão do Serviço Naval no [[Almirantado Britânico|Conselho do Almirantado]], presidido pelo [[Secretário de Estado para a Defesa do Reino Unido]]. A Marinha Real opera a partir de três bases na Grã-Bretanha, onde estão baseados navios e submarinos comissionados: [[HMNB Portsmouth]], [[HMNB Clyde]] e [[HMNB Devonport]], sendo a última a maior base naval operacional da [[Europa Ocidental]], bem como duas [[Base naval|estações aéreas navais]], RNAS Yeovilton e RNAS Culdrose, onde estão baseadas as [[Aviação naval|aeronaves marítimas]].
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Entre [[1815]] e [[1914]] a Marinha teve poucas ações sérias devido à ausência de qualquer oponente forte o suficiente para desafiar o seu domínio, embora não tenha sofrido os cortes drásticos que as diversas forças militares sofreram no período de austeridade econômica que se seguiu ao fim das [[Guerras Napoleônicas]] e da [[Guerra Anglo-Americana de 1812|Guerra Americana de 1812]] (quando o [[Exército Britânico]] e o corpo militar do Conselho de Artilharia foram reduzidos, enfraquecendo as guarnições em todo o Império, a Milícia tornou-se um tigre de papel e a Força Voluntária e as unidades ''Fencible'' se desfizeram, embora o [[Yeomanry]] tenha sido mantido como apoio à polícia). A Grã-Bretanha confiou, ao longo do [[Século XIX]] e na primeira metade do [[Século XX]], em colônias-fortalezas imperiais (originalmente [[Bermudas]], [[Gibraltar]], [[Halifax (Nova Escócia)|Halifax]], [[Nova Escócia]] e [[Malta]], embora o controle militar na [[Nova Escócia]] tenha passado para o novo governo de domínio após a [[Confederação do Canadá]] de [[1867]] e o controle naval do Halifax Yard foi transferido para a nova [[Marinha Real Canadense]] em [[1905]]) como bases para esquadrões navais com armazéns e estaleiros. Estes permitiram o controle não apenas do Atlântico, mas presumiu-se também dos outros oceanos. Antes da [[década de 1920]], presumia-se que as únicas marinhas que poderiam desafiar a Marinha Real pertenciam às nações do [[Oceano Atlântico]] ou dos seus mares conectados. A Grã-Bretanha confiaria em Malta, no [[Mar Mediterrâneo]], para projetar energia para o [[Oceano Índico]] e para o oeste do [[Oceano Pacífico]] através do [[Canal de Suez]] após a sua conclusão em [[1869]] e contando com a amizade e os interesses comuns entre a Grã-Bretanha e os Estados Unidos (que controlavam o trânsito através do [[Canal do Panamá]], concluído em [[1914]]) durante e após a [[Primeira Guerra Mundial]], nas Bermudas para projetar poder em toda a extensão do Atlântico Ocidental, incluindo o [[Mar do Caribe]] e o [[Golfo do México]], e o Pacífico oriental, do [[Ártico]] à [[Antártida]] – originalmente, a área controlada pelas Bermudas (e Halifax até [[1905]]) era a [[América do Norte]], até a [[década de 1820]], em seguida, absorveu a Estação Jamaica para se tornar a Estação América do Norte e [[Índias Ocidentais Britânicas|Índias Ocidentais]], e após a Primeira Guerra Mundial absorveu o leste do Oceano Pacífico e o oeste do Atlântico Sul para se tornar a Estação América e Índias Ocidentais até [[1956]].<ref name="Keith">{{Citar livro |nome1=Arthur Berriedale|sobrenome1=KEITH|título=Responsible government in the dominions|local=Londres|editora= Stevens & Sons|ano=1909|página=356|isbn=}}</ref><ref name="May">{{Citar livro |nome1=Sir Edward Sinclair|sobrenome1=MAY|título= Principles and Problems of Imperial Defense|local=Londres|editora=Sonnenschein|ano=1903|página=332|isbn=}}</ref><ref name="Willock">{{Citar livro |nome1=Roger|sobrenome1=WILLOCK|título=Bulwark of Empire|local=Sandys Parish|editora=Bermuda Maritime Museum|ano=1988|página=332|isbn=978-09-215-6000-5}}</ref><ref name="Gordon">{{Citar livro |nome1=Donald Craigie |sobrenome1=GORDON|título=The dominion partnership in imperial defense, 1870-1914|local=Baltimore|editora=Johns Hopkins University Press|ano=1965|página=315|isbn=978-72-400-1156-0}}</ref><ref name="MacFarlane">{{Citar livro |nome1=Thomas |sobrenome1=MacFARLANE|título=Within the Empire: An Essay on Imperial Federation|local=Ottawa|editora=J. Hope & Co |ano=1891 |página=90|isbn=}}</ref><ref name="LennoxBoyd">{{citar web |url=https://api.parliament.uk/historic-hansard/commons/1959/feb/02/malta-letters-patent-bill |titulo=Malta (Letters Patent) Bill |publicado=[[Parlamento do Reino Unido]]|autor=Alan Lennox-Boyd|data=2 de fevereiro de 1959|acessodata=3 de janeiro de 2024}}</ref><ref name="Kennedy">{{Citar livro |nome1=Capt. W R, RN|sobrenome1=KENNEDY|título=Sport, Travel and Adventure in Newfoundland and the West Indies |local=Londres|editora=William Blackwood and Sons|ano=1885|página=|isbn=}}</ref><ref name="SemNome">{{Citar livro |nome1=|sobrenome1=|título=The United Service a Monthly Review of Military and Naval Affairs |local=Filadélfia|editora=L.R. Hamersly & Co.|ano=1889|página=|isbn=}}</ref><ref name="DawsonSutherland">{{Citar livro |nome1=George M.|sobrenome1=DAWSON |nome2=Alexander|sobrenome2=SUTHERLAND|título=Elementary Geography of the British Colonies |local=Nova York|editora=[[Macmillan Publishers]]|ano=1898|página=354|isbn=}}</ref><ref name="Hardinge">{{citar web |url=https://api.parliament.uk/historic-hansard/commons/1839/mar/22/supply-army-estimates |titulo=Supply—Army Estimates |publicado=[[Parlamento do Reino Unido]] |autor=Sir Henry Hardinge|data=22 de março de 1839|acessodata=3 de janeiro de 2024}}</ref>
Entre [[1815]] e [[1914]] a Marinha teve poucas ações sérias devido à ausência de qualquer oponente forte o suficiente para desafiar o seu domínio, embora não tenha sofrido os cortes drásticos que as diversas forças militares sofreram no período de austeridade econômica que se seguiu ao fim das [[Guerras Napoleônicas]] e da [[Guerra Anglo-Americana de 1812|Guerra Americana de 1812]] (quando o [[Exército Britânico]] e o corpo militar do Conselho de Artilharia foram reduzidos, enfraquecendo as guarnições em todo o Império, a Milícia tornou-se um tigre de papel e a Força Voluntária e as unidades ''Fencible'' se desfizeram, embora o [[Yeomanry]] tenha sido mantido como apoio à polícia). A Grã-Bretanha confiou, ao longo do [[Século XIX]] e na primeira metade do [[Século XX]], em colônias-fortalezas imperiais (originalmente [[Bermudas]], [[Gibraltar]], [[Halifax (Nova Escócia)|Halifax]], [[Nova Escócia]] e [[Malta]], embora o controle militar na [[Nova Escócia]] tenha passado para o novo governo de domínio após a [[Confederação do Canadá]] de [[1867]] e o controle naval do Halifax Yard foi transferido para a nova [[Marinha Real Canadense]] em [[1905]]) como bases para esquadrões navais com armazéns e estaleiros. Estes permitiram o controle não apenas do Atlântico, mas presumiu-se também dos outros oceanos. Antes da [[década de 1920]], presumia-se que as únicas marinhas que poderiam desafiar a Marinha Real pertenciam às nações do [[Oceano Atlântico]] ou dos seus mares conectados. A Grã-Bretanha confiaria em Malta, no [[Mar Mediterrâneo]], para projetar energia para o [[Oceano Índico]] e para o oeste do [[Oceano Pacífico]] através do [[Canal de Suez]] após a sua conclusão em [[1869]] e contando com a amizade e os interesses comuns entre a Grã-Bretanha e os Estados Unidos (que controlavam o trânsito através do [[Canal do Panamá]], concluído em [[1914]]) durante e após a [[Primeira Guerra Mundial]], nas Bermudas para projetar poder em toda a extensão do Atlântico Ocidental, incluindo o [[Mar do Caribe]] e o [[Golfo do México]], e o Pacífico oriental, do [[Ártico]] à [[Antártida]] – originalmente, a área controlada pelas Bermudas (e Halifax até [[1905]]) era a [[América do Norte]], até a [[década de 1820]], em seguida, absorveu a Estação Jamaica para se tornar a Estação América do Norte e [[Índias Ocidentais Britânicas|Índias Ocidentais]], e após a Primeira Guerra Mundial absorveu o leste do Oceano Pacífico e o oeste do Atlântico Sul para se tornar a Estação América e Índias Ocidentais até [[1956]].<ref name="Keith">{{Citar livro |nome1=Arthur Berriedale|sobrenome1=KEITH|título=Responsible government in the dominions|local=Londres|editora= Stevens & Sons|ano=1909|página=356|isbn=}}</ref><ref name="May">{{Citar livro |nome1=Sir Edward Sinclair|sobrenome1=MAY|título= Principles and Problems of Imperial Defense|local=Londres|editora=Sonnenschein|ano=1903|página=332|isbn=}}</ref><ref name="Willock">{{Citar livro |nome1=Roger|sobrenome1=WILLOCK|título=Bulwark of Empire|local=Sandys Parish|editora=Bermuda Maritime Museum|ano=1988|página=332|isbn=978-09-215-6000-5}}</ref><ref name="Gordon">{{Citar livro |nome1=Donald Craigie |sobrenome1=GORDON|título=The dominion partnership in imperial defense, 1870-1914|local=Baltimore|editora=Johns Hopkins University Press|ano=1965|página=315|isbn=978-72-400-1156-0}}</ref><ref name="MacFarlane">{{Citar livro |nome1=Thomas |sobrenome1=MacFARLANE|título=Within the Empire: An Essay on Imperial Federation|local=Ottawa|editora=J. Hope & Co |ano=1891 |página=90|isbn=}}</ref><ref name="LennoxBoyd">{{citar web |url=https://api.parliament.uk/historic-hansard/commons/1959/feb/02/malta-letters-patent-bill |titulo=Malta (Letters Patent) Bill |publicado=[[Parlamento do Reino Unido]]|autor=Alan Lennox-Boyd|data=2 de fevereiro de 1959|acessodata=3 de janeiro de 2024}}</ref><ref name="Kennedy">{{Citar livro |nome1=Capt. W R, RN|sobrenome1=KENNEDY|título=Sport, Travel and Adventure in Newfoundland and the West Indies |local=Londres|editora=William Blackwood and Sons|ano=1885|página=|isbn=}}</ref><ref name="SemNome">{{Citar livro |nome1=|sobrenome1=|título=The United Service a Monthly Review of Military and Naval Affairs |local=Filadélfia|editora=L.R. Hamersly & Co.|ano=1889|página=|isbn=}}</ref><ref name="DawsonSutherland">{{Citar livro |nome1=George M.|sobrenome1=DAWSON |nome2=Alexander|sobrenome2=SUTHERLAND|título=Elementary Geography of the British Colonies |local=Nova York|editora=[[Macmillan Publishers]]|ano=1898|página=354|isbn=}}</ref><ref name="Hardinge">{{citar web |url=https://api.parliament.uk/historic-hansard/commons/1839/mar/22/supply-army-estimates |titulo=Supply—Army Estimates |publicado=[[Parlamento do Reino Unido]] |autor=Sir Henry Hardinge|data=22 de março de 1839|acessodata=3 de janeiro de 2024}}</ref>


Durante este período, a guerra naval passou por uma transformação abrangente, provocada pela [[Propulsão naval|propulsão a vapor]], construção de navios metálicos e [[Munição explosiva|munições explosivas]]. Apesar de ter de substituir completamente a sua frota de guerra, a Marinha conseguiu manter a sua esmagadora vantagem sobre todos os potenciais rivais. Devido à liderança britânica na [[Revolução Industrial]], o país gozava de capacidade de construção naval e de recursos financeiros incomparáveis, o que garantia que nenhum rival pudesse tirar partido destas mudanças revolucionárias para anular a vantagem britânica no número de navios.<ref name="Snow">{{citar web |url=https://www.historyextra.com/period/georgian/how-did-britain-come-to-rule-the-waves/ |titulo=How did Britain come to rule the waves?|publicado=HistoryExtra |autor=Dan Snow|data=9 de março de 2010 |acessodata=3 de janeiro de 2024}}</ref> Em [[1889]], o Parlamento aprovou a Lei de Defesa Naval, que adotou formalmente o 'padrão de duas potências', que estipulava que a Marinha Real deveria manter um número de navios de guerra pelo menos igual à força combinada das próximas duas maiores marinhas.<ref name="Sondhaus">{{Citar livro |nome1=Lawrence|sobrenome1=SONDHAUS|título=Naval Warfare, 1815-1914|local=Abingdon |editora=[[Routledge]]|ano=2001|página=272|isbn=978-04-152-1478-0}}</ref> O final do [[Século XIX]] assistiu a mudanças estruturais e os navios mais antigos foram desmantelados ou colocados em reserva, disponibilizando fundos e mão de obra para navios mais novos. O lançamento do [[HMS Dreadnought (1906)|HMS Dreadnought]] em [[1906]] tornou obsoletos todos os navios de guerra existentes. A transição, nesta altura, do carvão para o [[óleo combustível]] para a produção de caldeiras encorajaria a Grã-Bretanha a expandir a sua posição nos antigos [[Império Otomano|territórios otomanos]] no [[Médio Oriente]], especialmente no [[Iraque]].<ref name="Steiner">{{Citar livro |nome1=Zara|sobrenome1=STEINER|título=The Lights that Failed: European International History 1919-1933|local=Oxford|editora=[[Oxford University Press]]|ano=2007|página=938|isbn=978-01-992-2686-3}}</ref>
Durante este período, a guerra naval passou por uma transformação abrangente, provocada pela [[Propulsão naval|propulsão a vapor]], construção de navios metálicos e [[Munição explosiva|munições explosivas]]. Apesar de ter de substituir completamente a sua frota de guerra, a Marinha conseguiu manter a sua esmagadora vantagem sobre todos os potenciais rivais. Devido à liderança britânica na [[Revolução Industrial]], o país gozava de capacidade de construção naval e de recursos financeiros incomparáveis, o que garantia que nenhum rival pudesse tirar partido destas mudanças revolucionárias para anular a vantagem britânica no número de navios.<ref name="Snow">{{citar web |url=https://www.historyextra.com/period/georgian/how-did-britain-come-to-rule-the-waves/ |titulo=How did Britain come to rule the waves?|publicado=HistoryExtra |autor=Dan Snow|data=9 de março de 2010 |acessodata=3 de janeiro de 2024}}</ref> Em [[1889]], o Parlamento aprovou a Lei de Defesa Naval, que adotou formalmente o 'padrão de duas potências', que estipulava que a Marinha Real deveria manter um número de navios de guerra pelo menos igual à força combinada das próximas duas maiores marinhas.<ref name="Sondhaus">{{Citar livro |nome1=Lawrence|sobrenome1=SONDHAUS|título=Naval Warfare, 1815-1914|local=Abingdon |editora=[[Routledge]]|ano=2001|página=272|isbn=978-04-152-1478-0}}</ref> O final do [[Século XIX]] assistiu a mudanças estruturais e os navios mais antigos foram desmantelados ou colocados em reserva, disponibilizando fundos e mão de obra para navios mais novos. O lançamento do [[HMS Dreadnought (1906)|HMS ''Dreadnought'']] em [[1906]] tornou obsoletos todos os navios de guerra existentes. A transição, nesta altura, do carvão para o [[óleo combustível]] para a produção de caldeiras encorajaria a Grã-Bretanha a expandir a sua posição nos antigos [[Império Otomano|territórios otomanos]] no [[Médio Oriente]], especialmente no [[Iraque]].<ref name="Steiner">{{Citar livro |nome1=Zara|sobrenome1=STEINER|título=The Lights that Failed: European International History 1919-1933|local=Oxford|editora=[[Oxford University Press]]|ano=2007|página=938|isbn=978-01-992-2686-3}}</ref>


=== Exploração ===
=== Exploração ===
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A Marinha Real desempenhou um papel histórico em várias grandes explorações globais de ciência e descoberta.<ref name="Howitt">{{Citar livro |nome1=William|sobrenome1=HOWITT|título=The History of Discovery in Australia, Tasmania, and New Zealand: From the Earliest Date to the Present Day: Volume 1 |local=Londres|editora=Longman, Green, Longman, Roberts, and Green |ano=1865|página= |isbn=}}</ref> A partir do [[Século XVIII]] muitas grandes viagens foram encomendadas muitas vezes em cooperação com a [[Royal Society]], como a expedição da [[Passagem do Noroeste]] de [[1741]]. [[James Cook]] liderou três grandes viagens com objetivos como descobrir a [[Terra Australis]], observando o [[Trânsito de Vênus]] e procurando a indescritível Passagem Noroeste, essas viagens são consideradas como tendo contribuído para o conhecimento e a ciência mundiais.<ref name="Franklin">{{Citar livro |nome1=Benjamin |sobrenome1=FRANKLIN|título=The works of Benjamin Franklin |local=Londres|editora=Renshaw & Kirkman |ano=1837|página= |isbn=}}</ref>
A Marinha Real desempenhou um papel histórico em várias grandes explorações globais de ciência e descoberta.<ref name="Howitt">{{Citar livro |nome1=William|sobrenome1=HOWITT|título=The History of Discovery in Australia, Tasmania, and New Zealand: From the Earliest Date to the Present Day: Volume 1 |local=Londres|editora=Longman, Green, Longman, Roberts, and Green |ano=1865|página= |isbn=}}</ref> A partir do [[Século XVIII]] muitas grandes viagens foram encomendadas muitas vezes em cooperação com a [[Royal Society]], como a expedição da [[Passagem do Noroeste]] de [[1741]]. [[James Cook]] liderou três grandes viagens com objetivos como descobrir a [[Terra Australis]], observando o [[Trânsito de Vênus]] e procurando a indescritível Passagem Noroeste, essas viagens são consideradas como tendo contribuído para o conhecimento e a ciência mundiais.<ref name="Franklin">{{Citar livro |nome1=Benjamin |sobrenome1=FRANKLIN|título=The works of Benjamin Franklin |local=Londres|editora=Renshaw & Kirkman |ano=1837|página= |isbn=}}</ref>


No final do [[Século XVIII]], durante uma viagem de quatro anos, o [[capitão]] [[George Vancouver]] fez mapas detalhados da [[costa oeste dos Estados Unidos]]. No [[Século XIX]], [[Charles Darwin]] fez novas contribuições à ciência durante a [[segunda viagem do HMS Beagle]].<ref name="NG">{{citar web |url=https://education.nationalgeographic.org/resource/charles-darwin/ |titulo=Charles Darwin |publicado=[[National Geographic (revista)|National Geographic]]|autor= |data= |acessodata=3 de janeiro de 2024}}</ref> A [[Expedição Ross|expedição de Ross à Antártica]] fez várias descobertas importantes em biologia e zoologia.<ref name="Godbey">{{citar web |url=https://www.warhistoryonline.com/history/recent-discovery-wrecked-bombing-vessel-arctic-expedition-m.html |titulo=Recent Discovery of Wrecked HMS Terror, a Bombing Vessel From a Failed Arctic Expedition |publicado=War History Online|autor=Holly Godbey |data=23 de junho de 2017|acessodata=3 de janeiro de 2024}}</ref> Várias viagens da Marinha Real terminaram em desastre, como as de [[Expedição de John Franklin|Franklin]] e [[Expedição Terra Nova|Scott]].<ref name="Crane">{{Citar livro |nome1=David|sobrenome1= CRANE |título=Scott of the Antarctic: A Life of Courage and Tragedy in the Extreme South |local=Nova York|editora=[[HarperCollins]] |ano=2005|página=480|isbn=978-00-071-5068-7}}</ref> Entre [[1872]] e [[1876]], o [[HMS Challenger]] empreendeu a primeira expedição global de pesquisa marinha, a [[Expedição Challenger]].<ref name="Rice">{{Citar livro |nome1=A. L.|sobrenome1=RICE |título=The challenger expedition. In Understanding the Oceans: Marine Science in the Wake of HMS Challenger |local=Abingdon|editora=[[Routledge]] |ano=1999|página=|isbn=978-18-572-8705-9}}</ref>
No final do [[Século XVIII]], durante uma viagem de quatro anos, o [[capitão]] [[George Vancouver]] fez mapas detalhados da [[costa oeste dos Estados Unidos]]. No [[Século XIX]], [[Charles Darwin]] fez novas contribuições à ciência durante a [[segunda viagem do HMS Beagle|segunda viagem do HMS ''Beagle'']].<ref name="NG">{{citar web |url=https://education.nationalgeographic.org/resource/charles-darwin/ |titulo=Charles Darwin |publicado=[[National Geographic (revista)|National Geographic]]|autor= |data= |acessodata=3 de janeiro de 2024}}</ref> A [[Expedição Ross|expedição de Ross à Antártica]] fez várias descobertas importantes em biologia e zoologia.<ref name="Godbey">{{citar web |url=https://www.warhistoryonline.com/history/recent-discovery-wrecked-bombing-vessel-arctic-expedition-m.html |titulo=Recent Discovery of Wrecked HMS Terror, a Bombing Vessel From a Failed Arctic Expedition |publicado=War History Online|autor=Holly Godbey |data=23 de junho de 2017|acessodata=3 de janeiro de 2024}}</ref> Várias viagens da Marinha Real terminaram em desastre, como as de [[Expedição de John Franklin|Franklin]] e [[Expedição Terra Nova|Scott]].<ref name="Crane">{{Citar livro |nome1=David|sobrenome1= CRANE |título=Scott of the Antarctic: A Life of Courage and Tragedy in the Extreme South |local=Nova York|editora=[[HarperCollins]] |ano=2005|página=480|isbn=978-00-071-5068-7}}</ref> Entre [[1872]] e [[1876]], o [[HMS Challenger|HMS ''Challenger'']] empreendeu a primeira expedição global de pesquisa marinha, a [[Expedição Challenger]].<ref name="Rice">{{Citar livro |nome1=A. L.|sobrenome1=RICE |título=The challenger expedition. In Understanding the Oceans: Marine Science in the Wake of HMS Challenger |local=Abingdon|editora=[[Routledge]] |ano=1999|página=|isbn=978-18-572-8705-9}}</ref>


=== Primeira Guerra Mundial ===
=== Primeira Guerra Mundial ===
{{Artigo principal|Primeira Guerra Mundial}}
Durante a [[Primeira Guerra Mundial]], a força da Marinha Real foi principalmente implantada em casa na [[Grande Frota]], enfrentando a Frota Alemã de Alto Mar através do [[Mar do Norte]]. Vários confrontos inconclusivos ocorreram entre eles, principalmente a [[Batalha da Jutlândia]] em 1916. A vantagem de combate britânica provou ser intransponível, levando a Frota de Alto Mar a abandonar qualquer tentativa de desafiar o domínio britânico. A Marinha Real sob o comando de [[John Jellicoe, 1.º Conde Jellicoe|John Jellicoe]] também tentou evitar o combate e permaneceu no porto de [[Scapa Flow]] durante grande parte da guerra. Isso era contrário às expectativas generalizadas pré-guerra de que, no caso de um conflito continental, a Grã-Bretanha forneceria principalmente apoio naval às Potências Ententes, enquanto enviava no máximo apenas um pequeno exército terrestre. No entanto, a Marinha Real desempenhou um papel importante na segurança das [[Ilhas Britânicas]] e do [[Canal da Mancha]], notavelmente transportando toda a [[Força Expedicionária Britânica]] para a [[Frente Ocidental (Primeira Guerra Mundial)|Frente Ocidental]] sem a perda de uma única vida no início da guerra.
[[File:HMS Warspite and HMS Malaya during the battle of Jutland.jpg|thumb|{{HMS|Warspite|03|6}} e {{HMS|Malaya||2}}, vistos do {{HMS|Valiant|1914|2}} na [[Batalha da Jutlândia]].]]
Durante a [[Primeira Guerra Mundial]] a força da Marinha Real foi principalmente implantada em casa na [[Grande Frota]], confrontando a [[Frota de Alto-Mar|Frota Alemã de Alto Mar]] no [[Mar do Norte]]. Vários confrontos inconclusivos ocorreram entre eles, principalmente a [[Batalha da Jutlândia]] em [[1916]].<ref name="GeoffreyBennett">{{citar web |url=https://www.historytoday.com/author/geoffrey-bennett |titulo=The Battle of Jutland, Part II|publicado=History Today |autor=Geoffrey Bennett|data=6 de junho de 1960|acessodata=4 de janeiro de 2024}}</ref> A vantagem de combate britânica revelou-se intransponível, levando a Frota de Alto Mar a abandonar qualquer tentativa de desafiar o domínio britânico.<ref name="Butler">{{Citar livro |nome1=Daniel Allen|sobrenome1=BUTLER|título=Distant Victory: The Battle of Jutland and the Allied Triumph in the First World War|local=Londres|editora=[[Bloomsbury Publishing Plc|Bloomsbury]]|ano=2006|página=272|isbn=978-03-130-8134-7}}</ref> A Marinha Real comandada por [[John Jellicoe, 1.º Conde Jellicoe|John Jellicoe]] também tentou evitar o combate e permaneceu no porto de ''[[Scapa Flow]]'' durante grande parte da guerra.<ref name="Hastings">{{Citar livro |nome1=Max |sobrenome1=HASTINGS |título=Catastrophe 1914: Europe Goes to War|local=Nova York|editora=Vintage Books|ano=2014|página=704|isbn=978-03-077-4383-1}}</ref> Isto era contrário às expectativas generalizadas antes da guerra de que, no caso de um conflito continental, a Grã-Bretanha forneceria principalmente apoio naval às potências da [[Tríplice Entente]], enviando no máximo apenas um pequeno exército terrestre. No entanto a Marinha Real desempenhou um papel importante na segurança das [[Ilhas Britânicas]] e do [[Canal da Mancha]], nomeadamente transportando toda a [[Força Expedicionária Britânica]] para a [[Frente Ocidental (Primeira Guerra Mundial)|Frente Ocidental]] sem a perda de uma única vida no início da guerra.<ref name="Tuchman">{{Citar livro |nome1=Barbara W.|sobrenome1=TUCHMAN|título=The Guns of August|local=Nova York|editora=[[Random House]]|ano=1994|página=608|isbn=978-03-453-8623-6}}</ref>


A Marinha Real, no entanto, permaneceu ativa em outros teatros, mais notavelmente no [[Mar Mediterrâneo]], onde eles travaram as campanhas de Dardanelos e [[Galípoli|Gallipoli]] em 1914 e 1915. Cruzadores britânicos caçaram invasores alemães nos oceanos do mundo em 1914 e 1915, incluindo as batalhas de Coronel, [[Ilhas Malvinas]], Cocos e Delta de Rufiji, entre outras.
A Marinha Real, no entanto, permaneceu ativa em outros teatros, principalmente no [[Mar Mediterrâneo]], onde travaram as [[Campanha de Galípoli|campanhas dos Dardanelos e Galípoli]] em [[1914]] e [[1915]]. Os [[Cruzador|cruzadores]] britânicos caçaram invasores comerciais alemães nos oceanos do mundo em 1914 e 1915, incluindo as [[Batalha de Coronel|batalhas de Coronel]], [[Batalha das Malvinas|Ilhas Malvinas]], Cocos e Delta de Rufiji, entre outras.<ref name="Willis">{{citar web |url=https://blog.nationalarchives.gov.uk/sinking-german-cruiser-konigsberg/ |titulo=Sinking the German cruiser Konigsberg |publicado=[[Arquivos Nacionais (Reino Unido)|Arquivos Nacionais]]|autor=Martin Willis|data=9 de julho de 2015 |acessodata=4 de janeiro de 2024}}</ref>


=== Período entre guerras ===
=== Período entreguerras ===
No final da [[Primeira Guerra Mundial]], a Marinha Real permaneceu de longe a marinha mais poderosa do mundo, maior do que a [[Marinha dos EUA]] e a Marinha Francesa combinadas, e mais de duas vezes maior do que a [[Marinha Imperial Japonesa]] e a [[Marinha Real Italiana]] combinadas. Seu antigo principal concorrente, a [[Marinha Imperial Alemã]], foi destruída no final da guerra. No período entre guerras, a Marinha Real foi despojada de grande parte de seu poder. Os Tratados Navais de Washington e Londres impuseram o sucateamento de alguns navios capitais e limitações a novas construções.
No final da [[Primeira Guerra Mundial]], a Marinha Real permaneceu de longe a Marinha mais poderosa do mundo, maior do que a [[Marinha dos Estados Unidos]] e a [[Marinha Nacional Francesa]] juntas, e duas vezes maior que a [[Marinha Imperial Japonesa]] e a [[Marinha Real Italiana]] combinadas. Seu antigo principal concorrente, a [[Marinha Imperial Alemã]], foi destruída no final da guerra.<ref name="Johnson">{{Citar livro |nome1=Paul|sobrenome1=JOHNSON|título=Modern Times: The World from the Twenties to the Nineties |local=Nova York|editora=[[HarperCollins]] |ano=1991|página=880|isbn=978-00-643-3427-3}}</ref> No [[período entreguerras]], a Marinha Real foi destituída de grande parte do seu poder. Os [[Tratado Naval de Washington|Tratados Navais de Washington]] e [[Tratado Naval de Londres|Londres]] impuseram o [[Demolição naval|desmantelamento]] de alguns navios capitais e limitações a novas construções.<ref name="DEEU">{{citar web |url=https://history.state.gov/milestones/1921-1936/naval-conference |titulo=The Washington Naval Conference, 1921–1922|publicado=[[Departamento de Estado dos Estados Unidos]]|autor=|data= |acessodata=4 de janeiro de 2024}}</ref>


A falta de uma fortaleza imperial na região da Ásia, do [[Oceano Índico]] e do [[Oceano Pacífico]] sempre foi uma fraqueza ao longo do século 19, já que as antigas colônias norte-americanas que se tornaram os Estados Unidos da América se multiplicaram em direção à costa do Pacífico da América do Norte, e ao Império Russo e ao Império Japonês ambos tinham portos no Pacífico e começaram a construir grandes frotas modernas que entraram em guerra entre si em 1904. A Grã-Bretanha dependia de Malta, através do Canal de Suez, como a fortaleza imperial mais próxima foi melhorada, contando com a amizade e os interesses comuns que se desenvolveram entre a Grã-Bretanha e os Estados Unidos durante e após a Primeira Guerra Mundial, com a conclusão do Canal do Panamá em 1914, permitindo que os cruzadores baseados nas Bermudas chegassem mais fácil e rapidamente ao leste do Oceano Pacífico (após a guerra, a Estação da Marinha Real Britânica para a [[América do Norte Britânica|América do Norte]] e [[Índias Ocidentais Britânicas|Índias Ocidentais]] foi consequentemente redesignada como ''estação da América e Índias Ocidentais'', incluindo uma divisão sul-americana. O poder crescente e a crescente beligerância do Império Japonês após a Primeira Guerra Mundial, no entanto, resultaram na construção da Base Naval de [[Cingapura]], que foi concluída em 1938, menos de quatro anos antes do início das hostilidades com o Japão durante a Segunda Guerra Mundial.
A falta de uma fortaleza imperial na região da [[Ásia]], no [[Oceano Índico]] e do [[Oceano Pacífico]] sempre foi uma fraqueza ao longo do Século XIX, já que as ex-[[Treze Colônias|colônias norte-americanas]] que se tornaram os [[Estados Unidos da América]] multiplicaram-se em direção à [[Costa Oeste dos Estados Unidos|costa do Pacífico da América do Norte]], e o [[Império Russo]] e o [[Império Japonês]] tinham portos no Pacífico e começaram a construir grandes frotas modernas que entraram em guerra entre si em [[1904]]. A dependência da Grã-Bretanha em Malta, através do [[Canal de Suez]], à medida que a fortaleza imperial mais próxima era melhorada, contando com a amizade e os interesses comuns que se desenvolveram entre a Grã-Bretanha e os Estados Unidos durante e após a Primeira Guerra Mundial, com a conclusão do [[Canal do Panamá]] em [[1914]], permitindo que os cruzadores baseados nas [[Bermudas]] alcancem com mais facilidade e rapidez o leste do Oceano Pacífico (após a guerra, a Estação da América do Norte e [[Índias Ocidentais Britânicas|Índias Ocidentais]] da Marinha Real, baseada nas Bermudas, foi consequentemente redesignada como estação da América e Índias Ocidentais, incluindo uma divisão sul-americana). O poder ascendente e a crescente beligerância do Império Japonês após a Primeira Guerra Mundial no entanto resultaram na construção da Base Naval de [[Singapura]], que foi concluído em [[1938]], menos de quatro anos antes do início das hostilidades com o [[Japão]] durante a [[Segunda Guerra Mundial]].<ref name="Morris">{{Citar livro |nome1=James|sobrenome1=MORRIS|título=Farewell the Trumpets: An Imperial Retreat|local=Londres|editora=[[Penguin Books]]|ano=1979|página=576|isbn=978-01-400-4928-2}}</ref>


Em 1932, o motim de Invergordon ocorreu na Frota do Atlântico por causa do corte salarial proposto pelo Governo Nacional de 25%, que acabou sendo reduzido para 10%. As tensões internacionais aumentaram em meados da década de 1930 e o rearmamento da Marinha Real estava em andamento em 1938. Além da nova construção, vários antigos couraçados, cruzadores de batalha e cruzadores pesados existentes foram reconstruídos, e armamento antiaéreo reforçado, enquanto novas tecnologias, como ASDIC, Huff-Duff e [[Hidrofone|hidrofones]], foram desenvolvidas.
Em [[1932]], o motim de Invergordon ocorreu na Frota do Atlântico devido ao corte salarial proposto pelo Governo Nacional de 25%, que acabou sendo reduzido para 10%.<ref name="MacDonaldYeoman">{{citar web |url=https://www.bbc.com/news/uk-scotland-highlands-islands-38340159 |titulo=Respectful rebels: The Invergordon Mutiny and Granny's MI5 file|publicado=[[BBC]]|autor=Hamish MacDonald e Louise Yeoman|data=20 de dezembro de 2016|acessodata=4 de janeiro de 2024}}</ref> As tensões internacionais aumentaram em meados da [[década de 1930]] e o rearmamento da Marinha Real estava bem encaminhado em 1938. Além da nova construção vários navios de guerra, antigos [[Cruzador de batalha|cruzadores de batalha]] e [[Cruzador pesado|cruzadores pesados]] ​​existentes foram reconstruídos e o [[Defesa antiaérea|armamento antiaéreo]] foi reforçado, enquanto novas tecnologias, como [[Sonar|ASDIC]], Huff-Duff e [[hidrofone|hidrofones]], foram desenvolvidas.<ref name="Abraham">{{Citar livro |nome1=Douglas A.|sobrenome1=ABRAHAM |título= Underwater Acoustic Signal Processing: Modeling, Detection, and Estimation |local=Berlim|editora=[[Springer Science+Business Media|Springer]]|ano=2019|página=869|isbn=978-33-199-2981-1}}</ref>


=== Segunda Guerra Mundial ===
=== Segunda Guerra Mundial ===

Revisão das 13h07min de 4 de janeiro de 2024

Marinha Real Britânica
País Reino da Escócia (até 1707)
Reino da Inglaterra (1546–1707)
Reino da Grã-Bretanha (1707–1801)
Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda (1801–1922)
Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte (1922–presente)
Subordinação Serviço Naval de Sua Majestade
Missão Guerra naval
Unidade Marinha
Denominação Royal Navy
Sigla RN
Criação 1546; há 477 anos[1]
Marcha Rápida: Heart of Oak Play
Lenta: Westering Home (de facto)
Lema Si vis pacem, para bellum
(Se quer paz, prepare-se para a guerra)
Cores Vermelho e Branco
         
Logística
Efetivo 32.360 efetivo da ativa (julho de 2023)[2]
3.370 funcionários da Reserva (julho de 2023)[2]
Navios comissionados 70[3]
Aeronaves 160[4]
Insígnias
Alferes Naval
Jaque
Galhardete
Comando
Comandante em chefe Rei Charles III
Sede
Quartel-general Whitehall, Londres, Reino Unido
Página oficial royalnavy.mod.uk

A Royal Navy (RN), (em português: Marinha Real), é a força de guerra naval do Reino Unido e um componente do Serviço Naval de Sua Majestade. Embora os navios de guerra tenham sido usados ​​pelos reis ingleses e escoceses desde o início do período medieval, os primeiros grandes combates marítimos foram travados na Guerra dos Cem Anos contra a França. A moderna Marinha Real tem suas origens no início do Século XVI; a mais antiga das forças armadas do Reino Unido, é consequentemente conhecida como Senior Service.[5][6]

A partir de meados do Século XVII e ao longo do Século XVIII, a Marinha Real competiu com a Marinha Real Neerlandesa e mais tarde com a Marinha Nacional Francesa pela supremacia marítima. De meados do Século XVIII até a Segunda Guerra Mundial, era a marinha mais poderosa do mundo. A Marinha Real desempenhou um papel fundamental no estabelecimento e defesa do Império Britânico, e quatro colônias de fortalezas imperiais e uma série de bases imperiais e estações de carvão garantiram a capacidade da Marinha Real de afirmar a superioridade naval globalmente. Devido a esta proeminência histórica, é comum, mesmo entre os não-britânicos, referir-se a ela como “a Marinha Real” sem ressalvas. Após a Primeira Guerra Mundial, seu tamanho foi significativamente reduzido,[7] embora no início da Segunda Guerra Mundial ainda fosse o maior do mundo. Durante a Guerra Fria, a Marinha Real transformou-se numa força principalmente antissubmarina, caçando submarinos soviéticos e principalmente ativos na lacuna GIUK. Após o colapso da União Soviética, o seu foco voltou às operações expedicionárias em todo o mundo e continua a ser uma das principais marinhas de águas azuis do mundo.[5][6][8]

A Marinha Real mantém uma frota de navios, submarinos e aeronaves tecnologicamente sofisticados, incluindo 2 porta-aviões, 2 docas de transporte anfíbio, 4 submarinos de mísseis balísticos (que mantêm a dissuasão nuclear), 6 submarinos da frota nuclear, 6 destróieres de mísseis guiados, 11 fragatas, 9 navios de contramedidas de minas e 26 navios de patrulha. Em abril de 2023, havia 70 navios operacionais comissionados (incluindo submarinos, bem como um navio histórico, o HMS Victory) na Marinha Real, além de 13 navios da Royal Fleet Auxiliary (RFA). Existem também cinco navios da Marinha Mercante à disposição da RFA no âmbito de uma iniciativa de financiamento privado, enquanto os Serviços da Marinha civis operam embarcações auxiliares que apoiam ainda mais a Marinha Real em diversas capacidades. A RFA reabastece os navios de guerra da Marinha Real no mar e aumenta as capacidades de guerra anfíbia da Marinha Real por meio de seus três navios de desembarque da classe Bay. Também funciona como um multiplicador de força para a Marinha Real, muitas vezes realizando patrulhas que as fragatas costumavam fazer.

A Marinha Real faz parte do Serviço Naval de Sua Majestade, que também inclui os Royal Marines e o Royal Fleet Auxiliary. O chefe profissional do Serviço Naval é o First Sea Lord, Almirante e membro do Conselho de Defesa do Reino Unido. O Conselho de Defesa delega a gestão do Serviço Naval no Conselho do Almirantado, presidido pelo Secretário de Estado para a Defesa do Reino Unido. A Marinha Real opera a partir de três bases na Grã-Bretanha, onde estão baseados navios e submarinos comissionados: HMNB Portsmouth, HMNB Clyde e HMNB Devonport, sendo a última a maior base naval operacional da Europa Ocidental, bem como duas estações aéreas navais, RNAS Yeovilton e RNAS Culdrose, onde estão baseadas as aeronaves marítimas.

Função

Como ramo marítimo das Forças Armadas, o RN desempenha várias funções. Tal como está hoje, o RN declarou as suas seis funções principais, conforme detalhado abaixo em termos gerais:[9]

  • Prevenção de Conflitos – A nível global e regional;
  • Fornecendo Segurança no mar – Para garantir a estabilidade do comércio internacional no mar;
  • Parcerias Internacionais – Para ajudar a cimentar a relação com os aliados do Reino Unido (como a OTAN);
  • Manter a prontidão para lutar – Para proteger os interesses do Reino Unido em todo o mundo;
  • Proteger a Economia – Salvaguardar rotas comerciais vitais para garantir a prosperidade econômica do Reino Unido e dos seus aliados no mar;
  • Fornecer Ajuda humanitária – Para fornecer uma resposta rápida e eficaz às catástrofes globais.

História

A Marinha Real Inglesa foi formalmente fundada em 1546 por Henrique VIII,[10] embora o Reino da Inglaterra possuísse forças navais menos organizadas durante séculos antes disso.[11]

A Royal Scots Navy (ou Old Scots Navy) teve suas origens na Idade Média até sua fusão com a Marinha Real Inglesa de acordo com os Atos de União de 1707.[12]

Frotas anteriores

Ver artigo principal: Conquista normanda da Inglaterra
Ver artigo principal: Primeira Guerra dos Barões

Durante grande parte do período medieval, frotas ou "navios do rei" eram frequentemente estabelecidas ou reunidas para campanhas ou ações específicas, e estes se dispersariam depois. Geralmente eram navios mercantes alistados em serviço. Ao contrário de alguns estados europeus, a Inglaterra não manteve um pequeno núcleo permanente de navios de guerra em tempos de paz. A organização naval da Inglaterra era aleatória e a mobilização das frotas quando a guerra eclodiu foi lenta.[11] O controle do mar só se tornou crítico para os reis anglo-saxões no Século X.[13] No Século XI, Aethelred II teve uma grande frota construída por um imposto nacional.[14] Durante o período do domínio dinamarquês no Século XI, as autoridades mantiveram uma frota permanente por meio de impostos, e isso continuou por um tempo sob Eduardo, o Confessor, que frequentemente comandava frotas pessoalmente.[14] Após a conquista normanda da Inglaterra, o poder naval inglês diminuiu e a Inglaterra sofreu ataques navais dos vikings.[15] Em 1069, isto permitiu a invasão e devastação da Inglaterra por Jarl Osborn, irmão do rei Svein Estridsson, e seus filhos.[15]

A falta de uma marinha organizada atingiu o auge durante a Primeira Guerra dos Barões, em que o Príncipe Luís de França invadiu a Inglaterra em apoio aos barões do norte. Com o Rei João incapaz de organizar uma marinha, isso significou que os franceses desembarcaram em Sandwich sem oposição em abril de 1216. A fuga de João para Winchester e sua morte no final daquele ano deixaram o Conde de Pembroke como regente, e ele foi capaz de comandar navios para lutar contra os franceses na Batalha de Sandwich em 1217 – uma das primeiras grandes batalhas inglesas no mar.[16] A eclosão da Guerra dos Cem Anos enfatizou a necessidade de uma frota inglesa. Os planos franceses para uma invasão da Inglaterra falharam quando Eduardo III destruiu a frota francesa na Batalha de Sluys em 1340.[11] As forças navais inglesas não conseguiram evitar ataques frequentes aos portos da costa sul por parte dos franceses e dos seus aliados. Tais ataques só foram interrompidos com a ocupação do norte da França por Henrique V.[11] Uma frota escocesa existia no reinado de Guilherme, o Leão.[17] No início do Século XIII houve um ressurgimento do poder naval dos Vikings na região. Os vikings entraram em confronto com a Escócia pelo controle das ilhas[18] embora Alexandre III tenha conseguido afirmar o controle escocês.[19] A frota escocesa foi de particular importância na repulsão das forças inglesas no início do Século XIV.[11]

Era da Vela

Um retrato do final do Século XVI da Armada Espanhola lutando contra navios de guerra da Marinha Real

Uma "Marinha Real" permanente,[10] com secretaria própria, estaleiros e um núcleo permanente de navios de guerra especialmente construídos, surgiu durante o reinado de Henrique VIII.[11] Sob as ordens de Elizabeth I, a Inglaterra envolveu-se em uma guerra com a Espanha, que viu navios de propriedade privada combinarem-se com os navios da Rainha em ataques altamente lucrativos contra o comércio e as colônias espanholas.[11] A Marinha Real foi então usada em 1588 para repelir a Armada Espanhola, mas a Armada Inglesa foi perdida no ano seguinte. Em 1603, a União das Coroas criou uma união pessoal entre a Inglaterra e a Escócia. Embora os dois tenham permanecido estados soberanos distintos por mais um século, as duas marinhas lutaram cada vez mais como uma força única. Durante o início do Século XVII, o poder naval relativo da Inglaterra deteriorou-se até que Carlos I empreendeu um grande programa de construção naval. Seus métodos de financiamento da frota contribuíram para a eclosão da Guerra Civil Inglesa e para a abolição da monarquia.[11]

A Commonwealth substituiu muitos nomes e símbolos na nova Marinha da Commonwealth, associado à realeza e à alta igreja, e expandiu-a para se tornar o mais poderoso do mundo.[20][21] A frota foi rapidamente testada na Primeira Guerra Anglo-Holandesa (16521654) e a Guerra Anglo-Espanhola (16541660), que viu a conquista da Jamaica e ataques bem-sucedidos às frotas de tesouros espanholas. A Restauração de 1660 viu Carlos II renomear novamente a Marinha Real, e iniciou o uso do prefixo HMS. A Marinha permaneceu uma instituição nacional e não uma posse da Coroa como era antes.[22] Após a Revolução Gloriosa de 1688, a Inglaterra juntou-se à Guerra da Grande Aliança, que marcou o fim da breve preeminência da França no mar e o início de uma supremacia britânica duradoura.[20]

Em 1707, a marinha escocesa uniu-se à Marinha Real inglesa. Nos navios de guerra escoceses, a Cruz de Santo André foi substituída pela Union Jack. Nos navios ingleses, as insígnias vermelhas, brancas ou azuis tiveram a Cruz de São Jorge da Inglaterra removida do cantão e as cruzes combinadas da bandeira da União colocadas em seu lugar.[23] Ao longo dos Séculos XVIII e XIX, a Marinha Real foi a maior força marítima do mundo,[20] manter a superioridade em financiamento, táticas, treinamento, organização, coesão social, higiene, apoio logístico e design de navios de guerra.[20] O acordo de paz após a Guerra da Sucessão Espanhola (17021714) concedeu à Grã-Bretanha os territórios de Gibraltar e Menorca, fornecendo à Marinha bases no Mediterrâneo. A expansão da Marinha Real encorajaria a colonização britânica das Américas, com a América Britânica (do Norte) se tornando uma fonte vital de madeira para a Marinha Real.[24] Houve uma derrota durante o cerco frustrado de Cartagena das Índias em 1741. Uma nova tentativa francesa de invadir a Grã-Bretanha foi frustrada pela derrota da sua frota de escolta na extraordinária Batalha da Baía de Quiberon em 1759, lutou em condições perigosas.[20] Em 1762 o reinício das hostilidades com Espanha levou à captura britânica de Manila e de Havana, junto com uma frota espanhola abrigada lá.[20] A supremacia naval britânica poderia, no entanto, ser desafiada ainda neste período por coligações de outras nações, como visto na Guerra da Independência Americana. Os Estados Unidos eram aliados da França, a Holanda e a Espanha também estavam em guerra com a Grã-Bretanha. Na Batalha de Chesapeake, a frota britânica não conseguiu levantar o bloqueio francês, resultando na rendição de todo um exército britânico em Yorktown.[20]

As Guerras Revolucionárias Francesas e Napoleônicas (17931801, 18031814 e 1815) viram a Marinha Real atingir um pico de eficiência, dominando as marinhas de todos os adversários da Grã-Bretanha, que passou a maior parte da guerra bloqueado no porto. Sob o comando de Lord Nelson, a marinha derrotou a frota combinada franco-espanhola em Trafalgar (1805).[20] Navios de linha e até fragatas, bem como mão de obra, foram priorizados para a guerra naval na Europa, no entanto, deixando apenas navios menores na Estação América do Norte e outras estações menos ativas, e uma forte dependência do trabalho impressionado. Isso resultaria em problemas no combate às grandes e bem armadas fragatas da Marinha dos Estados Unidos que superavam os navios da Marinha Real em ações de oponente único, bem como os corsários dos Estados Unidos, quando a Guerra Anglo-Americana de 1812 eclodiu simultaneamente com a guerra contra a França napoleônica e seus aliados. A Marinha Real ainda desfrutava de uma vantagem numérica sobre os ex-colonos do Atlântico, e de sua base nas Bermudas bloqueou a costa atlântica dos Estados Unidos durante a guerra e executou (com unidades do corpo militar da Marinha Real, da Marinha Colonial, do Exército Britânico e do Conselho de Artilharia) várias operações anfíbias, principalmente a campanha de Chesapeake. Nos Grandes Lagos, porém, a Marinha dos Estados Unidos estabeleceu uma vantagem.[25]

Isolação esplêndida

Em 1860, o príncipe Alberto de Saxe-Coburgo-Gota escreveu ao secretário dos Negócios Estrangeiros, John Russell, 1.º Conde Russell, com a sua preocupação sobre "uma desgraça perfeita para o nosso país, e particularmente para o Almirantado". A política declarada de construção naval da monarquia britânica era aproveitar as vantagens das mudanças tecnológicas e, assim, ser capaz de implantar um novo sistema de armas que poderia defender os interesses britânicos antes que outros recursos nacionais e imperiais sejam razoavelmente mobilizados. No entanto, os contribuintes britânicos examinaram minuciosamente o progresso na modernização da Marinha Real, de modo a garantir que o dinheiro dos contribuintes não fosse desperdiçado.[26]

Entre 1815 e 1914 a Marinha teve poucas ações sérias devido à ausência de qualquer oponente forte o suficiente para desafiar o seu domínio, embora não tenha sofrido os cortes drásticos que as diversas forças militares sofreram no período de austeridade econômica que se seguiu ao fim das Guerras Napoleônicas e da Guerra Americana de 1812 (quando o Exército Britânico e o corpo militar do Conselho de Artilharia foram reduzidos, enfraquecendo as guarnições em todo o Império, a Milícia tornou-se um tigre de papel e a Força Voluntária e as unidades Fencible se desfizeram, embora o Yeomanry tenha sido mantido como apoio à polícia). A Grã-Bretanha confiou, ao longo do Século XIX e na primeira metade do Século XX, em colônias-fortalezas imperiais (originalmente Bermudas, Gibraltar, Halifax, Nova Escócia e Malta, embora o controle militar na Nova Escócia tenha passado para o novo governo de domínio após a Confederação do Canadá de 1867 e o controle naval do Halifax Yard foi transferido para a nova Marinha Real Canadense em 1905) como bases para esquadrões navais com armazéns e estaleiros. Estes permitiram o controle não apenas do Atlântico, mas presumiu-se também dos outros oceanos. Antes da década de 1920, presumia-se que as únicas marinhas que poderiam desafiar a Marinha Real pertenciam às nações do Oceano Atlântico ou dos seus mares conectados. A Grã-Bretanha confiaria em Malta, no Mar Mediterrâneo, para projetar energia para o Oceano Índico e para o oeste do Oceano Pacífico através do Canal de Suez após a sua conclusão em 1869 e contando com a amizade e os interesses comuns entre a Grã-Bretanha e os Estados Unidos (que controlavam o trânsito através do Canal do Panamá, concluído em 1914) durante e após a Primeira Guerra Mundial, nas Bermudas para projetar poder em toda a extensão do Atlântico Ocidental, incluindo o Mar do Caribe e o Golfo do México, e o Pacífico oriental, do Ártico à Antártida – originalmente, a área controlada pelas Bermudas (e Halifax até 1905) era a América do Norte, até a década de 1820, em seguida, absorveu a Estação Jamaica para se tornar a Estação América do Norte e Índias Ocidentais, e após a Primeira Guerra Mundial absorveu o leste do Oceano Pacífico e o oeste do Atlântico Sul para se tornar a Estação América e Índias Ocidentais até 1956.[27][28][29][30][31][32][33][34][35][36]

Durante este período, a guerra naval passou por uma transformação abrangente, provocada pela propulsão a vapor, construção de navios metálicos e munições explosivas. Apesar de ter de substituir completamente a sua frota de guerra, a Marinha conseguiu manter a sua esmagadora vantagem sobre todos os potenciais rivais. Devido à liderança britânica na Revolução Industrial, o país gozava de capacidade de construção naval e de recursos financeiros incomparáveis, o que garantia que nenhum rival pudesse tirar partido destas mudanças revolucionárias para anular a vantagem britânica no número de navios.[37] Em 1889, o Parlamento aprovou a Lei de Defesa Naval, que adotou formalmente o 'padrão de duas potências', que estipulava que a Marinha Real deveria manter um número de navios de guerra pelo menos igual à força combinada das próximas duas maiores marinhas.[38] O final do Século XIX assistiu a mudanças estruturais e os navios mais antigos foram desmantelados ou colocados em reserva, disponibilizando fundos e mão de obra para navios mais novos. O lançamento do HMS Dreadnought em 1906 tornou obsoletos todos os navios de guerra existentes. A transição, nesta altura, do carvão para o óleo combustível para a produção de caldeiras encorajaria a Grã-Bretanha a expandir a sua posição nos antigos territórios otomanos no Médio Oriente, especialmente no Iraque.[39]

Exploração

Ver artigo principal: Expedição Challenger
Ver artigo principal: James Cook
Ver artigo principal: Passagem Noroeste
Ver artigo principal: Segunda viagem do HMS Beagle
As rotas das três viagens do capitão da Marinha Real James Cook

A Marinha Real desempenhou um papel histórico em várias grandes explorações globais de ciência e descoberta.[40] A partir do Século XVIII muitas grandes viagens foram encomendadas muitas vezes em cooperação com a Royal Society, como a expedição da Passagem do Noroeste de 1741. James Cook liderou três grandes viagens com objetivos como descobrir a Terra Australis, observando o Trânsito de Vênus e procurando a indescritível Passagem Noroeste, essas viagens são consideradas como tendo contribuído para o conhecimento e a ciência mundiais.[41]

No final do Século XVIII, durante uma viagem de quatro anos, o capitão George Vancouver fez mapas detalhados da costa oeste dos Estados Unidos. No Século XIX, Charles Darwin fez novas contribuições à ciência durante a segunda viagem do HMS Beagle.[42] A expedição de Ross à Antártica fez várias descobertas importantes em biologia e zoologia.[43] Várias viagens da Marinha Real terminaram em desastre, como as de Franklin e Scott.[44] Entre 1872 e 1876, o HMS Challenger empreendeu a primeira expedição global de pesquisa marinha, a Expedição Challenger.[45]

Primeira Guerra Mundial

Ver artigo principal: Primeira Guerra Mundial
HMS Warspite e Malaya, vistos do Valiant na Batalha da Jutlândia.

Durante a Primeira Guerra Mundial a força da Marinha Real foi principalmente implantada em casa na Grande Frota, confrontando a Frota Alemã de Alto Mar no Mar do Norte. Vários confrontos inconclusivos ocorreram entre eles, principalmente a Batalha da Jutlândia em 1916.[46] A vantagem de combate britânica revelou-se intransponível, levando a Frota de Alto Mar a abandonar qualquer tentativa de desafiar o domínio britânico.[47] A Marinha Real comandada por John Jellicoe também tentou evitar o combate e permaneceu no porto de Scapa Flow durante grande parte da guerra.[48] Isto era contrário às expectativas generalizadas antes da guerra de que, no caso de um conflito continental, a Grã-Bretanha forneceria principalmente apoio naval às potências da Tríplice Entente, enviando no máximo apenas um pequeno exército terrestre. No entanto a Marinha Real desempenhou um papel importante na segurança das Ilhas Britânicas e do Canal da Mancha, nomeadamente transportando toda a Força Expedicionária Britânica para a Frente Ocidental sem a perda de uma única vida no início da guerra.[49]

A Marinha Real, no entanto, permaneceu ativa em outros teatros, principalmente no Mar Mediterrâneo, onde travaram as campanhas dos Dardanelos e Galípoli em 1914 e 1915. Os cruzadores britânicos caçaram invasores comerciais alemães nos oceanos do mundo em 1914 e 1915, incluindo as batalhas de Coronel, Ilhas Malvinas, Cocos e Delta de Rufiji, entre outras.[50]

Período entreguerras

No final da Primeira Guerra Mundial, a Marinha Real permaneceu de longe a Marinha mais poderosa do mundo, maior do que a Marinha dos Estados Unidos e a Marinha Nacional Francesa juntas, e duas vezes maior que a Marinha Imperial Japonesa e a Marinha Real Italiana combinadas. Seu antigo principal concorrente, a Marinha Imperial Alemã, foi destruída no final da guerra.[51] No período entreguerras, a Marinha Real foi destituída de grande parte do seu poder. Os Tratados Navais de Washington e Londres impuseram o desmantelamento de alguns navios capitais e limitações a novas construções.[52]

A falta de uma fortaleza imperial na região da Ásia, no Oceano Índico e do Oceano Pacífico sempre foi uma fraqueza ao longo do Século XIX, já que as ex-colônias norte-americanas que se tornaram os Estados Unidos da América multiplicaram-se em direção à costa do Pacífico da América do Norte, e o Império Russo e o Império Japonês tinham portos no Pacífico e começaram a construir grandes frotas modernas que entraram em guerra entre si em 1904. A dependência da Grã-Bretanha em Malta, através do Canal de Suez, à medida que a fortaleza imperial mais próxima era melhorada, contando com a amizade e os interesses comuns que se desenvolveram entre a Grã-Bretanha e os Estados Unidos durante e após a Primeira Guerra Mundial, com a conclusão do Canal do Panamá em 1914, permitindo que os cruzadores baseados nas Bermudas alcancem com mais facilidade e rapidez o leste do Oceano Pacífico (após a guerra, a Estação da América do Norte e Índias Ocidentais da Marinha Real, baseada nas Bermudas, foi consequentemente redesignada como estação da América e Índias Ocidentais, incluindo uma divisão sul-americana). O poder ascendente e a crescente beligerância do Império Japonês após a Primeira Guerra Mundial no entanto resultaram na construção da Base Naval de Singapura, que foi concluído em 1938, menos de quatro anos antes do início das hostilidades com o Japão durante a Segunda Guerra Mundial.[53]

Em 1932, o motim de Invergordon ocorreu na Frota do Atlântico devido ao corte salarial proposto pelo Governo Nacional de 25%, que acabou sendo reduzido para 10%.[54] As tensões internacionais aumentaram em meados da década de 1930 e o rearmamento da Marinha Real estava bem encaminhado em 1938. Além da nova construção vários navios de guerra, antigos cruzadores de batalha e cruzadores pesados ​​existentes foram reconstruídos e o armamento antiaéreo foi reforçado, enquanto novas tecnologias, como ASDIC, Huff-Duff e hidrofones, foram desenvolvidas.[55]

Segunda Guerra Mundial

No início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, a Marinha Real ainda era a maior do mundo, com mais de 1 400 embarcações. A Marinha Real Britânica forneceu cobertura crítica durante a Operação Dínamo, as evacuações britânicas de Dunquerque, e como o último dissuasor para uma invasão alemã da Grã-Bretanha durante os quatro meses seguintes. A Luftwaffe sob o comando de Hermann Göring tentou ganhar supremacia aérea sobre o sul da Inglaterra na Batalha da Grã-Bretanha, a fim de neutralizar a Frota Doméstica, mas enfrentou forte resistência da Força Aérea Real. A ofensiva de bombardeio da Luftwaffe durante a fase Kanalkampf da batalha teve como alvo comboios e bases navais, a fim de atrair grandes concentrações de combatentes da RAF para a guerra de atrito. Em Taranto, o Almirante Cunningham comandou uma frota que lançou o primeiro ataque naval totalmente aéreo da história. A Marinha Real sofreu pesadas perdas nos dois primeiros anos da guerra. Mais de 3 000 pessoas foram perdidas quando o navio de tropas convertido Lancastria foi afundado em junho de 1940, o maior desastre marítimo da história da Grã-Bretanha. A luta mais crítica da Marinha foi a Batalha do Atlântico defendendo as vitais linhas de abastecimento comercial norte-americanas da Grã-Bretanha contra o ataque de submarinos. Um sistema tradicional de comboios foi instituído desde o início da guerra, mas as táticas submarinas alemãs, baseadas em ataques de grupos por "matilhas de lobos", foram muito mais eficazes do que na guerra anterior, e a ameaça permaneceu séria por mais de três anos.

Guerra Fria

Após a Segunda Guerra Mundial, o declínio do Império Britânico e as dificuldades econômicas na Grã-Bretanha forçaram a redução do tamanho e da capacidade da Marinha Real. A Marinha dos Estados Unidos, em vez disso, assumiu o papel de potência naval global. Desde então, os governos têm enfrentado crescentes pressões orçamentárias, em parte devido ao aumento do custo dos sistemas de armas.

Em 1981, o secretário de Defesa John Nott defendeu e iniciou uma série de cortes na Marinha. A Guerra das Malvinas, no entanto, provou ser uma necessidade para a Marinha Real para recuperar uma capacidade expedicionária e litorânea que, com seus recursos e estrutura na época, seria difícil. No início da década de 1980, a Marinha Real era uma força focada na guerra antissubmarino. Seu objetivo era procurar e destruir submarinos soviéticos no Atlântico Norte, e operar a força de submarinos de dissuasão nuclear. A marinha recebeu suas primeiras armas nucleares com a introdução do primeiro submarino da classe Resolução armado com o míssil Polaris.

Pós-Guerra Fria

Após a conclusão do colapso da União Soviética e o fim da Guerra Fria em 1991, a Marinha Real começou a experimentar um declínio gradual no tamanho de sua frota, de acordo com a mudança do ambiente estratégico em que operava. Enquanto navios novos e mais capazes são continuamente colocados em serviço, como os porta-aviões da classe Queen Elizabeth, submarinos da classe Astute e contratorpedeiros Tipo 45, o número total de navios e submarinos operados continuou a reduzir constantemente. Isso causou um debate considerável sobre o tamanho da Marinha Real. Um relatório de 2013 descobriu que a Marinha Real já era muito pequena e que o Reino Unido teria que depender de seus aliados se seus territórios fossem atacados.

Os custos financeiros associados à dissuasão nuclear, incluindo atualizações e substituições de mísseis Trident, tornaram-se uma questão cada vez mais significativa para a marinha.

Fotos

Ver também

Referências

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Ligações externas

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