Economia de Campina Grande

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Fábrica da Caranguejo.

De acordo com a estimativa do IBGE do ano de 2006, o PIB de Campina Grande foi de 2,718 bilhões de reais (0,12% do PIB nacional). Logo, houve um crescimento de 70,3 % entre os PIB dos anos de 2003 (1,9 bi) e 2006.

Em 2006, Campina Grande se mostrou uma das quatro cidades com maior PIB do interior do Nordeste, que foram: Feira de Santana - BA (3,853 bi), Campina Grande - PB (2,718 bi), Mossoró - RN (2,127 bi) e Petrolina - PE.[1] Neste ano, o setor industrial apresentou um bom desempenho, principalmente em vestuário e calçados.

As principais atividades econômicas do município de Campina Grande são: extração mineral; culturas agrícolas; pecuária; indústrias de transformação, de beneficiamento e de desenvolvimento de software; comércio varejista, atacadista e serviços. O município é grande produtor de software para exportação.

A posição privilegiada de Campina Grande contribui para que seja um centro distribuidor e receptor de matéria-prima e mão de obra de vários estados. Campina Grande tem grande proximidade com três capitais brasileiras: Natal, João Pessoa e Recife. Além disso, dentro do próprio estado, situa-se no cruzamento entre a BR-230 e a BR-104.

Setores[editar | editar código-fonte]

Até em 2003, Campina Grande possuía aproximadamente 1229 fábricas (atividade industrial), 200 casas de comércio atacadista e 3.200 unidades de comércio varejista. No setor de prestação de serviços, Campina Grande é um importante centro econômico, especialmente para as dezenas de cidades que fazem parte do Compartimento da Borborema. Na agricultura, destaca-se o algodão herbáceo, feijão, mandioca, milho, sisal, além de outros produtos de natureza hortifrutigranjeira que representam 6.000 toneladas mensalmente comercializadas.

A pecuária atua em função da bacia leiteira. Já em 1934, era inaugurada a primeira usina de pasteurização do município.

A área de informática movimenta anualmente cerca de 30 milhões de dólares, com cerca de 50 empresas de pequenas, médio e grande porte.

Feiras públicas[editar | editar código-fonte]

Antes do crescimento da cidade no início do século XX devido à cultura do algodão, foram as feiras que representaram a principal atividade econômica da localidade. A Feira de Campina Grande se tornou conhecida nacionalmente por conta de sua diversidade e amplitude. É uma das maiores do Nordeste. Ao total, Campina Grande possui mais de oito feiras livres: a principal (primeira), a "arca titão" e "arca catedral", no centro da cidade; a feira da Prata, Bodocongó, e em outros bairros.

Nas feiras são encontrados alimentos, produtos agropecuários, móveis, utensílios domésticos, de vestuários, calçados, ferramentas agrícolas e outros produtos.

Incentivos fiscais[editar | editar código-fonte]

De acordo com a Prefeitura Municipal, o município concede alguns benefícios fiscais com prazos de 20 anos, na forma de isenções de tributos do município:

  • renúncia do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) pertencente ao Município;
  • isenção do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU);
  • isenção de Taxa de Licença para Execução de Obra;
  • isenção do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI);
  • execução parcial ou total de serviços de terraplenagem e infra-estrutura do terreno.

Empresas[editar | editar código-fonte]

De acordo com a Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (FIEP), a Paraíba contava com 40.908 empresas no ano de 2003, que geravam mais de 65.000 empregos.

As empresas com maior contribuição do ICMS industrial do estado são primeiramente as empresas de telecomunicação (14,4% do total), em seguida duas campinenses: São Paulo Alpargatas S/A com 7,5% de participação e Souza Cruz S/A, com 5,8%.

Abaixo estão listadas as principais empresas situadas em Campina Grande, segundo as maiores contribuições de ICMS do estado.

  • São Paulo Alpargatas S.A.
  • Refinações de Milho Brasil Ltda.
  • São Braz S/A
  • Bentonit União Nordeste S/A
  • Cadersil Industrial Ltda
  • Campina Grande Industrial S/A – CANDE
  • ILCASA – Indústria de Laticínios de Campina Grande
  • Indústria Metalúrgica Silvana S/A
  • IPELSA – Industria de Papel e Celulose da Paraíba
  • ENERGISA
  • EMBRATEX – Coteminas
  • WENTEX
  • AMERICANFLEX
  • POLIGRAN – Polimentos de Granitos

Agricultura[editar | editar código-fonte]

A agricultura é bastante diversificada. Destaca-se o algodão herbáceo, algodão colorido, feijão, mandioca, milho, sisal, além de outros produtos de natureza hortifrutigranjeira que representam 6.000 toneladas mensalmente comercializadas. Abaixo, dados da produção agrícola de Campina Grande.

IBGE (2002)
Lavoura Quantidade produzida (ton.) Valor da produção (R$ mil) Área plantada (ha.) Área colhida (ha.) Rendimento médio (kg/ha.)
Abacate 30 4 2 2 15.000
Algodão arbóreo (em caroço) 36 40 60 60 600
Algodão herbáceo (em caroço) 18 11 40 40 450
Banana 150 33 10 10 15.000
Batata-doce 48 14 4 4 12.000
Castanha-de-caju 6 4 10 10 600
Coco-da-baía 40 (mil frutos) 8 10 10 4.000 (frutos/ha.)
Fava 150 128 300 300 500
Feijão (em grão) 1.200 960 3.500 3.500 342
Goiaba 60 13 5 5 12.000
Laranja 80 21 10 10 8.000
Mamão 80 19 4 4 20.000
Mandioca 100 15 10 10 10.000
Manga 300 72 20 20 15.000
Milho (em grão) 1.200 336 3.000 3.000 400
Sisal ou agave 2 1 5 5 400
Tomate 300 75 10 10 30.000

Pecuária[editar | editar código-fonte]

A pecuária atua em função da bacia leiteira, que é uma atividade importante do município, herdada desde 1934, quando foi inaugurada a primeira usina de pausterização no município. Abaixo, criação pecuária.

IBGE (2002)
Rebanho Efetivo (cabeças)
Bovino 14.600
Suíno 1.390
Eqüinos 1.900
Asininos (jumentos) 2.160
Muares (mulas) 570
Ovinos 2.660
Galinhas 6.830
Galos, frangas, frangos e pintos 260.100
Codornas 3.500
Caprinos 3.500
Vacas ordenhadas 3.088
IBGE (2002)
Gênero Produção
Leite de vaca 2.779 (mil litros)
Ovos de codorna 22 (mil dúzias)
Ovos de galinha 39 (mil dúzias)
Mel de abelha 850 (kg)

Notas e referências

  1. «IBGE - Produto Interno Bruto dos Municípios 2006» (PDF). Consultado em 6 de setembro de 2009. Arquivado do original (PDF) em 6 de março de 2009