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Itaquera: diferenças entre revisões

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== Topônimo ==
== Topônimo ==
"Itaquera" é um termo proveniente da [[língua tupi]] que significa "pedra que dorme".
"Itaquera" é um termo proveniente da [[língua tupi]] que significa "povo do pinto pequeno".


== História ==
== História ==

Revisão das 15h34min de 26 de março de 2014

Itaquera
Itaquera
Área 14 km²
População (décimo) 220 292 hab. (2010)
Densidade 150,88 hab/ha
Renda média R$ 1.058,87
IDH 0,795 - médio (76°)
Subprefeitura Itaquera
Região Administrativa Leste 1
Área Geográfica 4
Distritos de São Paulo
 Nota: Se procura o bairro de mesmo nome, veja Itaquera (bairro).
Vista do bairro de Vila Santana
Estação Dom Bosco da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos
Vista de edifícios da Vila Carmosina

Itaquera é um distrito da Zona Leste da cidade de São Paulo, no Brasil. É administrado pela subprefeitura de mesmo nome.

Vem sendo beneficiada, assim como Guaianases, por vários investimentos sociais do governo estadual e municipal, de modo que obteve significativa melhora em sua infraestrutura. Dentro de seus limites passa a avenida Jacu Pêssego, obra com projetos de extensão até o Grande ABC, na porção meridional, e até o município de Guarulhos, na porção setentrional.

Suas principais vias são: Avenida Jacu Pêssego/Nova Trabalhadores, Rua Augusto Carlos Baumann, Avenida dos Campanellas que leva até o bairro de Artur Alvim,e a Rua Virgínia Ferni que liga a Cohab até a radial leste, além das avenidas Radial Leste e Avenida Itaquera. O distrito também é atendido pela Linha 3 (vermelha) do Metrô de São Paulo e pelo Expresso Leste da CPTM.

Em Itaquera, está a Obra Social Dom Bosco - Itaquera, que vem auxiliando os jovens da região a profissionalizarem-se em busca de uma oportunidade de emprego.

Topônimo

"Itaquera" é um termo proveniente da língua tupi que significa "povo do pinto pequeno".

História

Colonização

Por volta de 1620, apareceram as primeiras referências à "Roça Itaquera", localizada nas proximidades do Aldeamento de São Miguel.[1] No final do século XVII a região passou a ser citada como povoamento de São Miguel, no fim do século XVIII, como território da freguesia da Penha e por último como bairro do distrito de São Miguel Paulista. Em 1920, passou a ser um distrito autônomo.[2]

Desenvolvimento

O desenvolvimento do distrito se deu, em grande parte, sob a forma clássica de loteamentos e vilas. Em 1837 existiam apenas duas fazendas: Fazenda Caguaçu e a fazenda do doutor Rodrigo Pereira Barreto, conhecida como Sítio Caguaçu. Após 14 anos as fazendas foram divididas em lotes e vendidas. Os compradores fizeram casas no local e ergueram uma capela em louvor a Santa Ana, surgindo assim a Vila Santana. A Fazenda Caguaçu foi vendida à Companhia Pastoril e Agrícola, esta fazenda abarcava as áreas que hoje são conhecidas como Vila Carmosina, Colônia Japonesa, Jardim do Carmo e Parque do Carmo. O primeiro "loteamento" ocorrido na região foi no Sitio Caguaçu, que foi dividido em lotes de 10.000 metros quadrados cada um, vendidos como áreas de veraneio e chácaras. Posteriormente, a Companhia Pastoril e Agrícola vendeu parte da Fazenda Caguaçu para Oscar Americano (área do Jardim e do Parque do Carmo). Este fez um loteamento de cunho popular e urbano plenamente planejado (um dos primeiros da Zona Leste de São Paulo) no que hoje conhecemos como Vila Carmosina e fez loteamentos de cunho rural, na área hoje conhecida como Colônia Japonesa.

Em 1875, um acontecimento moldou o desenvolvimento econômico da região: a inauguração da Estação de Trem de Itaquera pelo ramal da Estrada de Ferro Central do Brasil.[1] O impacto da chegada da estrada de ferro foi enorme, propiciando o transporte de seus moradores a outras regiões e das mercadorias produzidas em Itaquera ao centro de São Paulo.[1] Ao redor da estação se consolidou um pujante centro comercial.[1]

A partir da década de 1920, imigrantes japoneses passaram a residir nas glebas rurais existentes na região.[1] A principal atividade econômica dessas famílias era a produção de pêssegos em uma extensa área circundante à Mata do Carmo.[1] No transcorrer do século XX, processos econômicos foram aos poucos substituindo as áreas de roçado por vilas e loteamentos.[1] Grandes levas populacionais, sobretudo do Nordeste assentaram-se na região, atraídas pelos terrenos baratos e pela estação d etrem, que permitia o deslocamento rápido até o centro da cidade.[1]

Até o início da década de 1980, Itaquera era um bairro com pouca infraestrutura urbana.[1] Sua população era composta de operários e trabalhadores assalariados no comércio e no ramo de serviços.[1] Foi nessa época que surgiram as primeiras favelas na região.[1] A partir de 1980, no entanto, a construção dos conjuntos habitacionais (conhecidos como Cohabs) potencializou a explosão demográfica de Itaquera.[1] O primeiro deles, o Cohab José Bonifácio foi inaugurado em 1980 pelo então presidente João Batista Figueiredo e se localiza em um enorme terreno ao lado das plantações de pêssegos.[1] Após a inauguração do primeiro conjunto habitacional, vários outros foram construídos, sendo rapidamente povoados.[1] A população pressionou o poder público por serviços essenciais de saúde e educação, sendo em parte atendida, uma vez que até hoje a prestação de serviços públicos é deficitária.[1]

Em fevereiro de 1987, uma batida entre dois trens próximo à estação de Itaquera causou mais de 70 mortes, sendo este o maior acidente ferroviário da história de São Paulo.[1] Em setembro de 1988, a chegada do metrô referendou Itaquera enquanto centralidade da zona leste.[1] Em 1995, o então prefeito Paulo Maluf inaugurou a Avenida Jacu-Pêssego, que atravessa o bairro de ponta a ponta.[1] Em 2000, a inauguração da linha de trem Itaquera-Guaianases serviu para desativar o trajeto da antiga estrada de ferro, tirando a linha férrea do centro do bairro e do local da batida dos trens.[1]

Atualmente

Itaquera

Em 2004, sobre o traçado da antiga linha de trem foi inaugurado a Nova Radial Leste.[1] Enquanto tramitava o processo de tombamento da antiga estação, memória histórica do bairro, uma ação silenciosa da prefeitura a demoliu, em 2004.[1] Em 2007, influenciado pelo aquecimento do comércio na região, foi inaugurado o Shopping Metrô Itaquera, ao lado da estação de metrô Corinthians-Itaquera.[1] No mesmo período, começou a ser inaugurada uma série de edifícios de padrão médio, voltados às demandas da classe média baixa.[1] É neste momento de ascensão social e encarecimento do padrão de vida no bairro que é anunciada a construção do Estádio do Corinthians, palco de abertura da Copa do Mundo FIFA de 2014.[1] As obras viárias, com a finalidade de ligar o estádio ao aeroporto, irão causar a retirada de 4.500 famílias moradoras de favelas da região.[1]

Geografia

Relevo

O distrito de Itaquera localiza-se na porção oriental do Estado de São Paulo. A estrutura geológica da área é constituída de rochas muito antigas do tipo cristalino. A região é constituída por morros com altitudes que variam entre 700 e 800 metros de altitude.[3]

Hidrografia

O principal rio que banha a área de Itaquera é o Jacu. A área é servida por uma densa rede de rios todos afluentes e sub-afluentes do Tietê. São rios pouco expressivos, sendo os principais eixos: Jacu, Itaquera e Aricanduva.[3]

Indicadores sociais

Os Indicadores sociodemográficos do censo de 2012 apontam um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) médio de 0,795 que o coloca na 76ª posição entre os distritos da cidade.

IDH's do ano 2012[4]
  • IDH - médio: 0,795
  • IDH - renda: 0,735
  • IDH - longevidade: 0,743
  • IDH - educação: 0,908

A média da idade do Itaquera é 36,1 anos. Em se tratando de níveis sociais, na população do distrito há um predomínio da Classe C, pesquisa feita no ano de 2008 pela Folha de São Paulo.

Jardim Liderança.
Classes Sociais [5]
Classe A

1 %

Classe B

33 %

Classe C

58 %

Classe D

6 %

Classe E

1 %

Distritos Limítrofes

Ver também

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y D'ANDREA, Tiarajú. "Itaquera, muito além da Copa do Mundo". Le Monde Diplomatique Brasil. Número 57. Abril de 2012.
  2. Stanojev Pereira, M. A. et al. (2012), "História e Estórias do Povoamento e Gentes de Vila Sant´Ana e Itaquera",São Paulo: 1ª Edição. 609 pp. Livro on line na íntegra em: <http://issuu.com/marcoantoniostanojevpereira/docs/livro_hist_ria_de_itaquera>.
  3. a b «Histórico - Subprefeitura de Itaquera» 
  4. Atlas do Trabalho e Desenvolvimento da Cidade de São Paulo - Prefeitura do Município de São Paulo, 12 de novembro de 2007
  5. «DNA Paulistano Extremo Leste» (PDF) 
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