Topónimos celtas em Portugal
A toponímica celta portuguesa refere-se aos nomes próprios de lugares em Portugal cuja origem é das línguas celtas.
Na área correspondente ao actual Portugal, diversas localidades com toponímica celta encontram-se citadas até por autores antigos. Nela, as regiões onde podemos encontrar um maior número desses topónimos são o norte (habitado sobretudo pelos Galaicos) o centro do país (habitado pelos Lusitanos, cuja língua tinha diversos celtismos, possivelmente mesmo uma língua celta, e por povos com dialectos potencialmente celtas, de mais difícil categorização, como a língua dos vetões.[1][2]) Mas igualmente o sul (no Alentejo, habitado pelos célticos, e no Algarve, habitado pelos fortemente celtizados Cónios. Mesmo a língua de Tartesso é por alguns classificada como celta, ainda que não haja consenso[3]). Povos que se movimentaram no território hoje português, interagindo, por vezes com migrações e disputas inter-tribais, nas regiões que viriam em grande medida a corresponder às antigas Províncias romanas da Lusitânia e da Galécia.
“ | Éforo, em seu relato, faz Céltica tão grande em seu tamanho que atribui às regiões de Céltica a maioria das regiões, tão longe quanto Gades, do que agora chamamos Ibéria [...] | ” |
Lista de localidades (Poliotopónimos - Nomes de Assentamentos Humanos)
[editar | editar código-fonte]Notas:
- Nomes marcados como asterisco são nomes propostos pelos autores como possíveis, mas que não possuem atestação nas fontes;
- Nomes com sinais de interrogação indicam que sua identificação é incerta.
- "Briga" ou a variante "Brica", é um topónimo muito frequente que significa "Povoação Fortificada", este nome, por sua vez tem origem no vocábulo proto-celta *-brigs[4], que significa "outeiro, sítio alto", e por extensão "castro, fortificação no alto" (atualmente os vestígios destas antigas povoações fortificadas denominam-se castros). Estes topónimos têm uma origem comum, ou seja, são cognatos, com topónimos de outras línguas celtas modernas tais como brí, ("outeiro") em gaélico irlandês, e bre, ("outeiro") em bretão e em galês. Estes topónimos têm equivalência com o topónimo latino castrum (castro) que significa fortaleza, fortificação, ou acampamento militar e com o topónimo de origem árabe alcácer (em árabe al-Qasr), que é a arabização do latim castrum (singular) ou de castra (plural) (empréstimo de origem latina no árabe).
- Por "celta" entenda-se uma denominação genérica para várias línguas e dialetos celtas, que na Antiguidade já eram vários, embora com uma origem comum no proto-celta e aparentados, com variantes na morfologia (forma) dos vocábulos e topónimos (pelo que muitas vezes não há uma forma única de um topónimo variando por regiões).
Topónimos Celtas (latinizados)[5]
[editar | editar código-fonte]Nome celta ou celta latinizado | Etimologia (significado do nome) (tradução) |
Nome português (equivalente) | Nome atual (português) | Localização | Nota | Ref. |
---|---|---|---|---|---|---|
Abelterium | Abeltério | Alter do Chão | Concelho de Alter do Chão, centro do Distrito de Portalegre, Alentejo, Sul interior de Portugal | [6] | ||
Abobriga Abobrica Avobriga Aviobriga Aobriga Adobriga |
Abóbriga Abóbrica Avóbriga Avióbriga Aóbriga Adóbriga |
Talvez Delães (?) | freguesia de Delães, concelho de Vila Nova de Famalicão, norte do Distrito do Porto, Douro Litoral, Norte litoral de Portugal (?) | [7][8][9][10] | ||
Aeminium | Emínio | Coimbra | concelho de Coimbra, centro do Distrito de Coimbra, Beira Litoral, Centro litoral de Portugal. | Esta cidade tomou o nome de "Conimbriga", uma outra cidade, entrada em declínio, situada próximo da atual Condeixa-a-Velha, e passou a ser denominada como tal. | [11] | |
Alanobricae Alaniobricae *Alanobriga *Alanobris |
Alanóbrica Alanióbrica Alanóbriga Alanobris |
Eiras, Santo Amaro | [12][13] | |||
*Alavara *Talavara *Talavarium |
*Alavara *Talavara Talavário |
Aveiro | [14] | |||
*Albocelo | Albócelo | Vilar de Maçada | [15] | |||
Albucelainco | Albucelainco | Repeses | [16] | |||
Alcobria *Arcobriga |
Alcóbria Arcóbriga |
Alcarva, Ranhados | [17] | |||
Aliobriga | Alióbriga | Castro de Cidadelhe | [7] | |||
Ammaia | Amaia | São Salvador da Aramenha | [18] | |||
Anobrica Anobriga Anobrega |
Anóbrica Anóbriga Anóbrega |
Aboim da Nóbrega (Nóbrega) | [19] | |||
*Analubriga Annubria |
Analúbriga Anubria |
Anobra | [20] | |||
Arabriga Aranker Etobrico (?) |
Aranker - "Próximo ao Rochedo" "Junto ao Rochedo" "Antes do Rochedo" |
Arábriga Arenquer Etóbrico (?) |
Alenquer | Concelho de Alenquer, Distrito de Lisboa, Estremadura, centro de Portugal | Derivado dos étimos celtas antigos ar-, ara, próximo, junto, antes, e de kar ou ker (outras variantes kal ou gal) - rocha, rochedo, penhasco, através do Baixo latim Alancar (que também originou o apelido Alencar). | [21][22] [23] |
Arabriga Axabriga |
Arábriga Axábriga |
Xabregas (?) | freguesia do concelho de Lisboa, Distrito de Lisboa, Estremadura, centro de Portugal | [17][24][25] | ||
Aranni Arandis |
Arandis | Ourique, Castro Verde e Odemira (cividade) Santa Bárbara de Padrões (?) |
[26][27] | |||
*Arcuce(lum?) | Arcúcelo dos Límicos | Abitureira | [15] | |||
Ardesusbriga | Ardesúsbriga | Ardezubre | [17] | |||
Armona | Armona | Armona | [28] | |||
Aruci Aruci Novum Oppidum Arucinatum Arucia Nova Civitas Aruccitana |
"Nova Arucos" "Povoação Principal Arucitana" "Nova Cividade Arucitana" |
Nova Arucos Nova Arúcia Nova Cividade Arucitana |
Moura | Referente aos arucos ou arucitanos, uma tribo dos túrdulos | [29][30][31] | |
Aufragia | Aufrágia | Fareja (?) | [32][33] | |||
*Aulobriga *Aulobrigensis |
Aulóbriga Aulobrigense |
Fermedo | [34] | |||
Baesuris Esuri |
Besuris Esuris |
Castro Marim | [35][36] | |||
Balatucelo | Balatúcelo Balatúcelo dos Corlanos |
Santo Estêvão | [16] | |||
Balsa | Balsa | Luz de Tavira | [37] | |||
Baltum | Balto | Albufeira | [38][39] | |||
Bevipo | Bevipo | Alcácer do Sal | Nome anterior a Salacia. | [40] | ||
Brigantia | Brigância | Bragança | Outro nome da cidade era Julióbriga (em homenagem a Caio Júlio César, mas este nome não perdurou). Referente aos brigantes, uma tribo galaica (nome derivado do celta antigo briga - outeiro, povoação fortificada) |
[41] [42] | ||
Brita/s | Brita/s | ? | [28] | |||
Budens | Budens | Budens | [28] | |||
Burrulobriga Burrulobrigensis |
Burrulóbriga Burrulobrigense |
Borba (?) Elvas (?) |
[34][43] | |||
Caladunum | "Fortaleza da Rocha" "Fortaleza do Penhasco" |
Caladuno | Em Trás-os-Montes, próximo a Chaves | Do celta antigo kala / gala (derivado do étimo kar- / kal-) - rocha, penhasco e dunon - fortaleza. (r > l) | [44][45] | |
Calambriga | Calâmbriga | Vale de Cambra | [46][47][48][47] | |||
Calantia Calantica Calantria Calancia Callancia |
Calância Calântica Calântria |
Arraiolos | Nome derivado do celta antigo kar- / kal-, rocha ou penhasco (r > l), kala | [49] | ||
Cale Calem |
"Rocha" ou "Penhasco" | Cale Calem |
Vila Nova de Gaia | Município de Vila Nova de Gaia, Distrito do Porto, Douro Litoral, norte de Portugal | Derivado do étimo celta antigo kar-, rochedo, penhasco (variantes kal- / gal-) (r > l; k > g), kala ou gala | [50][51] |
Carcavellus | "Pequena Rocha" "Pequeno Penhasco" |
Carcavelos | Carcavelos | antiga freguesia de Carcavelos, município de Cascais, Distrito de Lisboa, Estremadura, centro de Portugal | Carcavellus é o diminutivo de Carcavus, que é a latinização do étimo céltico kar-, 'rochedo' (variantes kal- / gal-) (r > l; k > g) | [52] |
Cairnie Chyd | "Sepulcro da Saúde" | Carnaxide | Carnaxide | freguesia de Carnaxide, município de Oeiras, Distrito de Lisboa, Estremadura, centro de Portugal | De Cairniechyd, "sepulcro da saúde", carn ou cairn - sepulcro coberto de pedras, deriva do étimo céltico kar-, 'rochedo' (variantes kal- / gal-), ch = [ x ] > [ ʃ ] Há outras hipóteses para a origem do nome mas este é o que tem maior semelhança na morfologia. |
[53] |
Carnid | "Sepulcro Coberto de Pedras" | Carnide | Carnide | freguesia de Carnide, município de lisboa, Distrito de Lisboa, Estremadura, centro de Portugal | Derivado do celta antigo carn (comparar com cairn no gaélico escocês, carnedd em galês), vocábulo derivado do étimo céltico kar-, 'rochedo' (variantes kal- / gal-) | [54] |
Celiobriga Caeliobriga Coeliobriga Caliobriga |
"Povoação Fortificada Oculta" | Celióbriga Calióbriga |
Celorico de Basto (?) | Derivado do étimo celta antigo cel - oculto, escondido | [55][56] [57] | |
Celiobriga Caeliobriga Coeliobriga Caliobriga |
"Povoação Fortificada Oculta" | Celióbriga Calióbriga |
Celorico da Beira (?) | Derivado do étimo celta antigo cel - oculto, escondido | [55][56] [57] | |
*Caliabriga | Caliábriga | Castelo Calabre, Vila Nova de Foz Côa | [47][55][56] | |||
Cantippo | Cântipo | ? | [28] | |||
Cattaleucos Catraleucos |
Cataleucos Catraleucos |
Castelo Branco | Um dos elementos do topónimo - leukos, em celta antigo significava "branco" (línguas celtas antigas coincidem com o vocábulo em língua grega antiga para a mesma cor) | [58][59][60] | ||
Cetobriga Cetobrica Cetobrix |
Cetóbriga Cetóbrica Cetóbrix |
Setúbal | [61] | |||
Cilpes | Cilpes | Silves | [62] | |||
Colippo | Colipo | Leiria | [63] | |||
Conimbriga | "Povoação Fortificada dos Cónios" "Povoação Fortificada da Colina" |
Conímbriga | Condeixa-a-Velha | Situada próximo da atual Condeixa-a-Velha, esta cidade, entrada em declínio, teve o seu nome tomado pela cidade de Aeminium que passou a denominar-se "Conimbriga". O topónimo pode referir-se ao etnónimo "cónios" (conii) ou "cinetas" (cynetes, cynei), que tem origem no proto-celta *kwon - cão (como símbolo étnico totémico de um povo neste caso) ou, em alternativa, ao étimo celta antigo kon-, colina (comparar com uma língua celta moderna como o vocábulo do gaélico irlandês cnoc - colina). A colina de Conímbriga refere-se à povoação pré-romana que se situava na colina, a povoação romana do mesmo nome ficava na planície. |
[64][65][64] [66] | |
Conistorgis | Conistorgis | Desconhecido | [67] | |||
Cyneticum Iugum | Cabo Cinético | Cabo de Sines | [68] | |||
Dipo | Dipo | Desconhecido | [69] | |||
Dumium | Dúmio | Dume | [70] | |||
Ebora Ebora Cerealis (misto) Liberalitas Iulia (não celta) |
"Teixo" | Ebora Ebora Cereal Liberalidade Júlia |
Évora | Ebura é um nome derivado do celta antigo eburos (teixo - Taxus baccata) (espécie de árvore ou arbusto de grande porte) |
[71][72][73] | |
Eburobrittium | Eburobrício | Amoreira | [71] | |||
*Eburobris *Eburobriga |
"Povoação Fortificada do Teixo" (Eburos e Briga) | Ebúrobris Eburóbriga |
Fundão | [74] | ||
*Elaneobriga Elaneobrigensis Castello Letiobri |
Elaneóbriga Elaneobrigense Castelo de Letiobris |
Braga | [75][76] | |||
Evion | Évio | ? | [28] | |||
*Helvae | Elvas | Elvas | [77] | |||
Ipses | Ipses | Alvor | [78] | |||
Iulia Modesta (não celta) Verurium (?) Velladis (?) |
Júlia Modesta Verúrio (?) Veladis (?) |
Bobadela | [79][80] | |||
Iurumenia (?) | Jurumenha | Juromenha | Não há acordo em relação à origem do topónimo (arabização de um nome de origem celta?) | [28] | ||
Lacobriga | "Povoação Fortificada do Lago" | Lacóbriga | Lagos | Referente a uma povoação fortificada no Monte Molião, o lago refere-se à massa de água do estuário do Rio Molião ou Ribeira de Bensafrim, na atual marina de Lagos. | [81] | |
Lamecum Lameca Lama |
Lameco Lameca Lama |
Lamego | [82][83] | |||
Lancobriga Loncobriga |
Lancóbriga Loncóbriga |
Fiães | [55][82][7][84][82] | |||
Londobris | Londobris | Peniche | [85] | |||
Longobriga Longobrica |
Longóbriga Longóbrica |
Longroiva | [86] | |||
Lorica Lobriga |
Loriga | Loriga | (?) | |||
Malateca | Malateca | Marateca, Palmela (só o nome) Ribeira da Marateca (só o nome) |
[87][88] | |||
Medobriga Meidubriga Medobrega Medubriga |
Medóbriga Meidúbriga Medóbrega Medúbriga |
Ranhados (?) Freixo de Numão (?) |
[89][90][91] | |||
Mirobriga Meribriga Merobrica |
"Povoação Fortificada do Mar" (do celta antigo miros - "mar" e briga - "outeiro", "povoação fortificada") | Miróbriga Meríbriga Meróbrica |
Santiago do Cacém | Há cognatos em línguas celtas modernas tais como o galês môr - mar. | [92][93] | |
Montobrica | Montóbrica | Desconhecido | Desconhecida Entre Castelo de Vide e San Vicente de Alcántara |
[94] | ||
Moron | Morão | Chões de Alpompé (?) Chã Marcos (?) |
[95][96] | |||
*Nixiebriga | Nixiébriga | Nexebra | [19] | |||
Oge[lensi?] | Ogelensis | Sul | [15] | |||
Ossonoba | Ossónoba | Faro | [97] | |||
Roboretum Velladis (?) |
Reboreto Veladis (?) |
Castro de Avelãs | [98][99] | |||
Scallabis | Escálabis | Santarém | [100] | |||
Segovia | Segóvia | Segóvia, Campo Maior | [101] | |||
*Seliobriga | Selióbriga | Selióbria (hoje São Martinho de Pedrulhais, Sepins) | [102] | |||
Senna | Sena | Seia | Enclave dos túrdulos opidanos em território dos lusitanos | |||
Sellium | Sélio | Tomar | [102] | |||
Serpa | Serpa | Serpa | [103] | |||
Talabara | Talabara | Alpedrinha (?) Capinha (?) |
[104][105] | |||
Talabrica | Talábrica | Cabeço do Vouga, Águeda | [89] | |||
Talabriga | Talábriga | Branca (?) Cacia (?) |
[55][106] | |||
Talabriga | Talábriga | Estorãos | [107] | |||
Tameobriga | Tameóbriga | Foz do rio Tâmega | [7] | |||
Tarbucelum | Tarbúcelo | Montariol | [16] | |||
Tongobriga *Tongobrica *Tongobrigensium Tungobriga (?) Tameobrico |
Tongóbriga Tungóbriga Tongobrigênsio Tongóbrica Tameóbrico |
Freixo concelho de Marco de Canaveses | [7][94][108] | |||
Tubucci | Tubucos | Abrantes | [109] | |||
*Tureobriga Tur(o)lobriga *Sambrucel *Cusicelensibus |
Tureóbriga Turolóbriga Turlóbroga Sambrucel Cusicelênsibo |
Águas Flávias (depois Chaves) | Nome anterior a Aquae Flaviae (Águas Flávias) (depois Chaves) | [110] | ||
Turgallium | Turgálio | ? | [111] | |||
Uxonoba Uxbonna |
Uxonoba Uxbona |
? | [111] | |||
Veniatia | Veniácia | Vinhais | [112] | |||
Viriocelensis | Viriocelense | Vilela | [16] |
Topónimos mistos (celta + outra língua)[5]
[editar | editar código-fonte]Nome celta + outra língua | Etimologia (significado do nome) (tradução) |
Nome português (equivalente) | Nome atual (português) | Localização | Nota | Ref. |
---|---|---|---|---|---|---|
Arcobrica | Arcóbrica | Torrão (?) | [113] | |||
*Arcobriga (Arcus + Briga) | Arcus (latim para "arco") + Briga (celta antigo para "povoação fortificada") | Arcóbriga | Alcarva, Penedono | [17] | ||
Arcobriga (Arcus + Briga) | Arcóbriga | Arcos de Valdevez | [55] | |||
Arcobriga (Arcus + Briga) | Arcóbriga | Norte do rio Douro | [17] | |||
Arcobriga (Arcus + Briga) | Arcóbriga | São Pedro do Sul | [17] | |||
Aritium Praetorium (Aritium + Praetorium) | Pretório de Arício | Pretório de Arício | Abrantes ou Água Branca | [114][115] | ||
Aritium Vetus (Aritium + Vetus) | Arício Velho | Arício Velho | Alvega | [116] | ||
Aruci Aruci Novum (Aruci + Novum) Oppidum Arucinatum Arucia Nova Civitas Aruccitana |
Nova Arucos Nova Arúcia Nova Cividade Arucitana |
Moura | [29][30][31] | |||
Augustobriga (?) (Augustus + Briga) | Augustóbriga (?) | Badajoz | [117] | |||
Bracara Augusta (Bracara + Augusta) | + Augusta - Majestosa (em latim) | Bracara Augusta | Braga | Referente à tribo galaica dos brácaros e em homenagem ao 1º imperador romano Caio Octávio Augusto | [118] | |
Brutobrica Brutobriga (Brutus + Briga) |
Brutóbriga | Desconhecido | Desconhecida Região de Badajoz (?) |
[34][119] | ||
Castellum Araocellum | Castelo Araócelo | São Cosmado | [120] | |||
Civitas Aravorum (Civitas + Aravorum) | Cividade dos Áravos | Marialva | Referente à tribo lusitana dos Áravos | [121][122] | ||
Civitas Igaeditanorum (Civitas + Igaeditanorum) | Cividade dos Igeditanos | Idanha-a-Velha | Referente à tribo lusitana dos Igeditanos | [123] | ||
Forum Limicorum (Forum + Limicorum) | Fórum dos Límicos | Ponte de Lima | Referente à tribo galaica dos Límicos | [124] | ||
Iulia Modesta Verurium (?) (não latino) Velladis (?) (não latino) |
Júlia Modesta Verúrio (?) Veladis (?) |
Bobadela | [79][80] | |||
Iuliobriga (Iulius + Briga) | Julióbriga | Bragança | Homenagem a Caio Júlio César. É a mesma cidade que Brigância (atual Bragança). O nome Julióbriga não perdurou em detrimento de Brigantia. |
[125] | ||
Lancia Oppidana (Lancia + Oppidana) Oppidana |
"Lança da Povoação Principal" | Lância Opidana | Guarda | Referente à tribo lusitana dos Lancienses opidanos - Lancienses Oppidani) Opidana Ver Ópido (latim oppidum) |
[126] | |
Olisippo Felicitas Iulia Olisipo (misto) |
Olisipo Felicidade Júlia Olisipo |
Lisboa | Olisippo era a forma no caso nominativo. Olisippona era a forma no caso acusativo singular feminino. Modificação fonética: Olisippona > Lisipona > Lisibona > Lisbona > Lisbõna > Lisbõa > Lisboa A sua etimologia é ainda incerta. Topónimo de uma língua pré-celta celtizado? (por "língua ibérica" entenda-se o nome genérico para uma língua pré-celta) |
[127][128][129] [130] | ||
Petroganum | "Rocha Esbranquiçada", "Pedra Clara" (latim petra - "pedra", "rocha", + celta ganon - clara, branca) |
Petrogano | Pedrógão Grande | [111][131] | ||
Portus Cale (Portus + Cale) Portus |
Portus (Porto = Passagem) + Cale (Kala / Gala = Rocha, Penhasco) | Portucale Portocale |
Porto | Este topónimo está na origem do nome do país Portugal. O topónimo celta deriva de kar- / kal-, rocha ou penhasco (r > l), kala | [132] | |
Vicus Atucausenses (Vicus + Atucausenses) | "Pequena Povoação" + nome nativo | Vico Atucausense | Gatão | Ver vicus e pago | [133] | |
Vicus Camalocus (Vicus + Camalocus) | "Pequena Povoação" + nome nativo | Vico de Camaloco | Xocanal, Crato | Ver vicus e pago | [133] | |
Vicus Vanienses (Vicus + Vanienses) | "Pequena Povoação" + nome nativo | Vico Vaniense | Meimoa | Ver vicus e pago | [133] | |
Villa Cardillio (Villa + Cardillio) | "Casa de Campo" + nome nativo | Vila de Cardílio Vila Cardílio |
Torres Novas | Ver villa | [134] | |
Vispasca | Vispasca | Aljustrel | Pode ter origem num topónimo celtizado de uma língua pré-celta. Pode ter origem no ibérico (termo genérico para língua pré-celta, neste caso) ves, 'montanha' (que aparece em vários topónimos europeus, como Vesúvio). | [135] [136] | ||
Vissaium Viseum (forma em latim vulgar e Baixo latim) |
Viseu | Viseu | Pode ter origem num topónimo celtizado de uma língua pré-celta. Pode ter origem no ibérico (termo genérico para língua pré-celta, neste caso) ves, 'montanha' (que aparece em vários topónimos europeus, como Vesúvio). Existe o derivado Viseus. | [122] [136] |
Corónimos (Nomes de Regiões, Países)
[editar | editar código-fonte]Acidentes geográficos
[editar | editar código-fonte]Hidrónimos (Nomes de Corpos de Água)
[editar | editar código-fonte]Potamónimos (Nomes de Rios)
[editar | editar código-fonte]Potamónimos Celtas Latinizados
[editar | editar código-fonte]Nome celta latinizado | Etimologia (significado do nome) (tradução) |
Nome português (equivalente) | Nome atual (português) | Localização | Nota | Ref. |
---|---|---|---|---|---|---|
Avus Flumen Avis Flumen Avon Flumen |
Água (curso de água, rio) (do celta antigo Avona ou Abona, que deriva de ava ou aba "água") | Rio Avo | Rio Ave | O atual nome "Ave" é uma alteração fonética do nome antigo, não tem relação com ave (espécie animal) | [137] | |
Rio Ardila | ||||||
Calipus Flumen | Rio Calipo | Rio Sado | [138] | |||
Durius Flumen | Rio Dúrio | Rio Douro | [139] | |||
Limia Flumen | Rio Límia | Rio Lima | [137] | |||
Minius Flumen | Rio Mínio | Rio Minho | [139] | |||
Monda Flumen | Rio Monda | Rio Mondego | [140] | |||
Nabantius Flumen | Rio Nabâncio | Rio Nabão | [141] | |||
Nebis Flumen | Rio Nébis | Rio Neiva | [139] | |||
Tamaca Flumen | Rio Tâmaca | Rio Tâmega | [142] | |||
Vacua Flumen | Rio Vágua | Rio Vouga | [139] |
Potamónimos de Origem Incerta
[editar | editar código-fonte]Nome latinizado | Etimologia (significado do nome) (tradução) |
Nome português (equivalente) | Nome atual (português) | Localização | Nota | Ref. |
---|---|---|---|---|---|---|
Anas Flumen | Rio (?) | Rio Anas | Rio Guadiana | Há outros rios com a raiz vocabular e possíveis cognatos em an-, como o rio Annan no sudoeste da Escócia, no condado de Dumfries and Galloway, mas não se sabe qual o seu significado pelo que será oriundo de línguas pré-celtas e pré-romanas muito antigas. Pode ter origem no vocábulo de uma língua pré-celta para "rio" (talvez ibérico, nome genérico para língua pré-celta). | [a] [143] | |
Tagus Flumen | Rio Tago | Rio Tejo | [144] |
Limnónimos (Nomes de Lagos)
[editar | editar código-fonte]Talassónimos (Nomes de Mares, Oceanos)
[editar | editar código-fonte]Actónimos ou Paraliónimos (Nomes de Costas, Cabos, Promontórios, Penínsulas)
[editar | editar código-fonte]Actónimos Mistos (Celta + outra língua)
Nome celta latinizado | Etimologia (significado do nome) (tradução) |
Nome português (equivalente) | Nome atual (português) | Localização | Nota | Ref. |
---|---|---|---|---|---|---|
Promontorium Avarum Promontorium Avarus |
"Promontório" + (nome nativo derivado de ava - água) | Promontório Avaro | Cabo de Santo André | Aver-o-Mar, concelho da Póvoa de Varzim, Distrito do Porto, norte litoral de Portugal | Um dos elementos do nome refere-se a água (ava ou aba em celta antigo) (tal como a própria localidade Aver-o-Mar) | |
Promontorium Barbarium | Promontório Barbário | Cabo Espichel | Distrito de Setúbal, Estremadura, centro litoral de Portugal. | Topónimo possivelmente baseado num nome celta nativo (não tem relação com o latim barbarus - bárbaro) | ||
Promontorium Cuneus | "Promontório Cúneo" "Promontório Cónio" |
Promontório Cúneo | Cabo de Santa Maria | Extremo sul da Ilha da Barreta, Distrito de Faro, Algarve, sul litoral de Portugal. | Referente aos cúneos ou cónios, povo que habitava o atual Algarve, então denominado Cyneticum ou Conia devido a este povo. |
Orónimos (Nomes de Elevações) (Montanhas, Montes, Colinas)
[editar | editar código-fonte]Nome celta latinizado | Etimologia (significado do nome) (tradução) |
Nome português (equivalente) | Nome atual (português) | Localização | Nota | Ref. |
---|---|---|---|---|---|---|
Herminius Mons | Montes Hermínios | Serra da Estrela | [145] | |||
Ogerensis, Ugerensis, Aquis Ogerensis, Aquis Ocerensis |
Água Ogerense | Serra do Gerês | Mansio da Via Nova na comarca do Baixa Limia, Lóvios, Galiza que deu seu nome a serra. | Mudança fonética: em português - Ogerense > Ogeres > Geres (Gerês); em galego - Gerés > Xerés > Xurés (em galego [ dʒ ] / [ ʒ ] > [ ʃ ]) |
[146] |
Referências
- ↑ Cunliffe, Barry W.; Koch, John T., eds. (2010). «"Chapter 11: The Problem of Lusitanian"». Celtic from the West: alternative perspectives from archaeology, genetics, language, and literature. Oxford ; Oakville, CT: Oxbow Books
- ↑ Martín, Almagro Gorbea. Celtas y vetones (PDF). 2008: [s.n.] pp. 44–61. ISBN 978-84-451-3171-8
- ↑ CORREA RODRÍGUEZ, José Antonio (1989). Posibles antropónimos en las inscripciones en escritura del S.O. (o Tartesia). [S.l.: s.n.] pp. 243–252
- ↑ Moralejo 2010, 104-105.
- ↑ a b MACHADO, José Pedro. (1993). Dicionário Onomástico e Etimológico da Língua Portuguesa. Lisboa: Livros Horizonte
- ↑ BCPEH 1959, p. 399.
- ↑ a b c d e Jorge 1990, p. 326.
- ↑ Resende 2009, p. 100.
- ↑ Vasconcelos 1905, p. 43.
- ↑ Machado 1945, p. 21.
- ↑ Saa 1959, p. 211; 224-225.
- ↑ Guerra 2002, p. 150.
- ↑ RPH 2003, p. 435.
- ↑ Teixeira 2008, p. 110.
- ↑ a b c Guerra 2005, p. 812.
- ↑ a b c d Guerra 2005, p. 811.
- ↑ a b c d e f Amaral 1997, p. 164.
- ↑ Conímbriga 1991, p. 199.
- ↑ a b Amaral 1997, p. 399.
- ↑ Amaral 1997, p. 164.
- ↑ Resende 2009, p. 482.
- ↑ Garcia 1991, p. 292; 609.
- ↑ «Alenquer». Infopédia
- ↑ Tovar 1990, p. 353.
- ↑ Nascentes 1932, p. 389.
- ↑ Alarcão 1988, p. 52.
- ↑ Conímbriga 2006, p. 157.
- ↑ a b c d e f Freire 1999, p. 268.
- ↑ a b Fernandes 1941, p. 147; 169.
- ↑ a b BCPEH 1956, p. 58.
- ↑ a b Resende 2009, p. 386-387; 447.
- ↑ GEPB 1987, p. 908.
- ↑ Fernandes 1941, p. 148.
- ↑ a b c Guerra 2005, p. 813.
- ↑ Resende 2009, p. 461.
- ↑ Santos 1971, p. 184.
- ↑ Santos 1971, p. 281.
- ↑ Santos 1971, p. 141.
- ↑ Fernandes 1941, p. 149.
- ↑ Paiva 2016, p. 51.
- ↑ Editores 1998.
- ↑ «Bragança». Infopédia
- ↑ Conímbriga 2006, p. 235-236.
- ↑ Barradas 1956, p. 218.
- ↑ Fernandes 1941, p. 151.
- ↑ Arqueólogo Português 1967, p. 387; 435.
- ↑ a b c Amaral 1997, p. 165.
- ↑ GEPB 1967, p. 387; 435.
- ↑ Fernandes 1941, p. 115.
- ↑ BF 1962, p. 117.
- ↑ Boletim de Filologia 1962, p. 117.
- ↑ «Carcavelos». Infopédia
- ↑ «Carnaxide». Infopédia
- ↑ «Carnide». Infopédia
- ↑ a b c d e f Anais 1968, p. 167.
- ↑ a b c Lopo 1983, p. 53.
- ↑ a b «Celorico». Infopédia
- ↑ Saa 1967, p. 224; 226.
- ↑ BCPEH 1957, p. 507.
- ↑ Douro-Litoral 1957, p. 507.
- ↑ Resende 2009, p. 180; 324; 382.
- ↑ Conímbriga 1994, p. 226.
- ↑ GEPB 1950s, p. 833.
- ↑ a b Conímbriga 1987, p. 27.
- ↑ Resende 2009, p. 324; 378.
- ↑ «Coimbra». Infopédia
- ↑ Deserto 2016, p. 102.
- ↑ Almeida 1996, p. 27.
- ↑ Alarcão 1988, p. 221.
- ↑ GEPB 1950, p. 496.
- ↑ a b Mattoso 1993, p. 182.
- ↑ Reis 2000, p. 102.
- ↑ Gorbea 2003, p. 355.
- ↑ Salvado 2004, p. 241.
- ↑ Guerra 2005, p. 814-815.
- ↑ Conímbriga 2003, p. 17.
- ↑ Resende 2009, p. 350-351.
- ↑ & Arqueólogo Português 2005, p. 70.
- ↑ a b Vilaça 2017, p. 227.
- ↑ a b Alarcão 1988, p. 47.
- ↑ Resende 2009, p. 324; 386-387.
- ↑ a b c Resende 2009, p. 384-385.
- ↑ Conímbriga 2005, p. 151.
- ↑ Mattoso 1993, p. 256.
- ↑ Saa 1959, p. 44.
- ↑ Fernandes 1941, p. 165.
- ↑ Resende 2009, p. 445.
- ↑ Conímbriga 2006, p. 215-216.
- ↑ a b Guerra 2005, p. 815.
- ↑ Resende 2009, p. 415.
- ↑ Fernandes 1941, p. 166.
- ↑ Resende 2009, p. 380.
- ↑ O Arqueólogo Português 1967, p. 48.
- ↑ a b Guerra 2005, p. 814.
- ↑ Anais 1968, p. 195.
- ↑ Vasconcelos 1999, p. 325; 337.
- ↑ Resende 2009, p. 386.
- ↑ Conímbriga 2003, p. 47.
- ↑ Rodrigues 1998, p. 77.
- ↑ Fernandes 1941, p. 173.
- ↑ Gamito 1987, p. 156-157.
- ↑ a b Fernandes 1941, p. 175.
- ↑ Resende 2009, p. 308; 386.
- ↑ Conímbriga 1889, p. 66.
- ↑ Conímbriga 1995, p. 113.
- ↑ Resende 2009, p. 378.
- ↑ Caminiana 1982, p. 45; 47.
- ↑ Revista de Guimarães 1949, p. 349.
- ↑ Resende 2009, p. 292.
- ↑ Guerra 2005, p. 803; 812; 815.
- ↑ a b c Freire 1999, p. 268-269.
- ↑ Jacob 1997, p. 14.
- ↑ Guerra 2005, p. 813.
- ↑ Saa 1967, p. 13; 29; 34.
- ↑ Conímbriga 2006, p. 224-225; 244.
- ↑ Carneiro 2014, p. 41.
- ↑ Resende 2009, p. 380.
- ↑ Fernandes 1941, p. 229; 237.
- ↑ Conímbriga 1995, p. 56.
- ↑ Alarcão 1988, p. 81.
- ↑ Saa 1964, p. 246.
- ↑ a b Teixeira 2017, p. 21.
- ↑ Vilaça 2017, p. 237.
- ↑ Resende 2009, p. 384.
- ↑ EB 1998.
- ↑ Perestrelo 2003, p. 51.
- ↑ Resende 2009, p. 292-293.
- ↑ Carneiro 2014, p. 157.
- ↑ RIHGB 1986, p. 340.
- ↑ «Lisboa». Infopédia
- ↑ «Pedrógrão». Infopédia
- ↑ BA 2002, p. 316.
- ↑ a b c Garcia 1991, p. 118.
- ↑ Alarcão 2012, p. 350.
- ↑ Saraiva 1997, p. 169.
- ↑ a b «Viseu». Infopédia
- ↑ a b Resende 2009, p. 196.
- ↑ Almeida 1938, p. 255.
- ↑ a b c d Curado 2014, p. 651.
- ↑ J.N.H. 1999.
- ↑ Gonçalves 1965, p. 203.
- ↑ Castro 2004, p. 193.
- ↑ «Guadiana». Infopédia
- ↑ Resende 2009, p. 186.
- ↑ Resende 2009, p. 152.
- ↑ Navaza, Gonzalo (2004). Universidade da Coruña, eds. "Os topónimos Acea de Ama e O Xurés". Revista Galega de Filoloxía 5: 141–162. ISSN 1576-2661. doi:10.17979/rgf.2016.17.0.1873.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Alarcão, Jorge de (1988). O domínio romano em Portugal. Lisboa: Publicações Europa-América
- Amaral, João Ferreira do; Amaral, Augusto Ferreira do (1997). Povos antigos em Portugal: paleoetnologia do território hoje português. Lisboa: Quetzal Editores
- Barradas, Lereno A. (1956). «Vias romanas das regiões de Chaves a Bragança» (PDF). Revista de Guimarães. LXVI
- Carneiro, André (2014). Lugares, tempos e pessoas: povoamento rural romano no Alto Alentejo - vol. I. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra
- Revista de Guimarães. 59–60. Guimarães: Sociedade Martins Sarmento. 1949
- Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira Vol. XIV. Lisboa: Editorial Enciclopédia. 1950s
- Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira Vol. XXXV. Lisboa: Editorial Enciclopédia
- Douro-Litoral: boletim da Comissão Provincial de Etnografia e História. Lisboa: Edição da Junta. 1957
- «Boletim de Filologia». Lisboa: Imprensa nacional. 20–22. 1962
- «O Arqueólogo Português». Lisboa: Museu Nacional de Arqueologia e Etnologia. I. 1967
- «Anais». Lisboa: Academia Portuguesa da História. 1968
- «Caminiana - Revista de Cultura Histórica, Literária, Artística, Etnográfica e Numismática». Caminha. 6–7. 1982
- «Conimbriga». Coimbra: Universidade de Coimbra. 25–27. 1987
- Editores (1998). «Bragança». Enciclopédia Britânica
- «Conimbriga». Coimbra: Universidade de Coimbra. 42
- «Revista Portuguesa de História». Lisboa. 36. 2003
- «Conimbriga». Coimbra: Universidade de Coimbra. 44. 2005
- «Conimbriga». Coimbra: Universidade de Coimbra. 45. 2006
- Fernandes, Ivo Xavier (1941). Topónimos e gentílicos Vol. I. Lisboa: Editôra Educação Nacional
- Freire, José (1999). «A Toponímia Céltica e os vestígios de cultura material da Proto-História de Portugal» (PDF). Revista de Guimarães
- Garcia, José Manuel (1991). Religiões antigas de Portugal: aditamentos e observações às "Religiões da Lusitânia" de J. Leite de Vasconcelos : fontes epigráficas. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda
- Guerra, Amílcar (2005). «Povos, Cultura e Língua no Ocidente Peninsular: uma perspectiva, a partir da toponomástica» (PDF). Acta Palaeohispanica. 5
- Guerra, Amílcar (2002). «Omnibus Numinibus et Lapitearum: algumas reflexões sobre a nomenclatura teonímica do Ocidente peninsular». Revista Portuguesa de Arqueologia. 5 (1)
- Gorbea, Martín Almagro (2003). 250 años de arqueología y patrimonio: documentación sobre arqueología y patrimonio histórico de la Real Academia de la Historia : estudio general e índices. Madri: Real Academia de História
- Jorge, Vítor Oliveira (1990). Portugal, das origens à romanização. Queluz de Baixo: Editorial Presença
- Lopo, Albino dos Santos Pereira (1983). Bragança e Benquerença. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda
- Machado, José Pedro (1945). As origens do português. Lisboa: Empresa contemporânea de edições
- Mattoso, Jorge (1993). História de Portugal: Antes de Portugal Vol. I. Lisboa: Editorial Estampa
- Nascentes, Antenor (1932). Dicionário etimológico da língua portuguesa Vol. 2. Rio de Janeiro: F. Alves
- Paiva, José Pedro de Matos; Marnoto, Rita (2016). «Suave, mari magno: Roma, a navegação e os seus mares». Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra. Biblos (2)
- Reis, João da Encarnação (2000). Crónicas com Évora em fundo. Lisboa: Casa do Sul Editora
- Resende, André de (2009). As antiguidades da Lusitânia. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra
- Saa, Mário (1959). As grandes vias da Lusitania: o itinerário de Antonino Pio. 3. Lisboa
- Saa, Mário (1967). As grandes vias da Lusitania: o itinerário de Antonino Pio. 6. Lisboa
- Salvado, Pedro; Rosa, João Mendes; Guerra, Amílcar (2004). «Um monumento votivo a Arância e Arâncio, proveniente de Castelejo (concelho do Fundão)». Revista Portuguesa de Arqueologia. 7 (2): 237-242
- Saraiva, José H.; Robertson, Ian; Taylor, Len Clive (1997). Portugal: a companion history. Manchester, Reino Unido: Carcanet
- Teixeira, Madalena Telles Dia (2008). A entrada de estrangeirismos na língua portuguesa. Lisboa: Cosmos
- Teixeira, Cláudia; Carneiro, André (2017). Arqueologia da transição: entre o mundo romano e a Idade Média. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra
- Tovar, Antonio; Michelena, Luis (1990). Studia Indogermanica Et Palaeohispanica in Honorem A. Tovar Et L. Michelena. Salamanca: Universidade de Salamanca
- Vasconcelos, José Leite (1905). Religiões da Lusitania na parte que principalmente se refere a Portugal. 2. Lisboa: Imprensa Nacional
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Topónimos celtas na Galiza
- Topónimos romanos em Portugal
- Topónimos germânicos em Portugal
- Topónimos árabes em Portugal