Usuário(a):Ursos clio herodoto/Testes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Restauração da Independência

Aclamação de D.João IV como rei de Portugal, pintado por Veloso Salgado (Museu Militar de Lisboa).
Data 1 de dezembro de 1640 - 13 de fevereiro de 1668
Desfecho Além da vitória portuguesa, as ações resultantes da Restauração foram o fim da União Ibérica e da Dinastia Filipina. E o reconhecimento da Casa de Bragança em 1668 por Carlos II, sobre Portugal e suas possessões coloniais.

Portugal e seus territórios de ultramar passam a estar sob o domínio da Casa de Bragança exceto Ceuta e Ermesende que não os reconhecem e passam para a Coroa de Castela.

Beligerantes
Reino de Portugal
Reino da França
(1641-59)
Reino da Inglaterra
(1662-68)
Império Espanhol

A Independência de Portugal ou Restauração de Portugal (1640-1668),[nota 1] foi um processo que buscava a autonomia portuguesa, após sessenta anos de União Ibérica (1580-1640).

A União entre as coroas não teve a aprovação homogênea de ambos os lados desde seu início. Em Portugal, houve uma grande rejeição popular, porém também existiu o interesse de alguns grupos da nobreza, clero, burguesia e comerciantes por uma economia mais estável e um exército eficiente. Em Espanha, existia a preocupação de um poder tirano e a necessidade de um enfrentamento mais direto nos negócios de domínio espanhol.[2]

Os primeiros descontentamentos de Portugal com esta União, tiveram início com a ascensão de Filipe II ao trono, tendo como argumento sua ilegitimidade consanguínea e o não cumprimento de algumas cláusulas do acordo que fez perante as Cortes de Tomar em 1641. [3]

O período de Restauração teve base no apoio de nobres e aristocratas, que vinham se organizando desde 1638 contra as políticas de descentralização e neutralização, administradas pelo duque de Olivares.[4]

O novo rei não foi aclamado como o esperado e ainda teve que encarar a desconfiança do povo, que aguardava o retorno do encoberto, que libertaria os portugueses do julgo espanhol. [5] Porém, foi o messianismo Bragantino que acabou sendo utilizado para legitimar a aprovação de D. João IV, baseado na lealdade dos nobres e na nova dinastia que descendia de D. Manuel. Acompanhada do surgimento do nacionalismo na figura do Quinto Império, relacionando as glórias do passado e vitórias do futuro.[6]

Em meio a essas divergências internas, D. João IV buscava traçar uma política externa de aliança com os países inimigos da Espanha. Neste período, o enfrentamento entre espanhóis e portugueses para a manutenção do poder se estendia pelos domínios que ambos possuíam no ultramar, além de outras mais conhecidas como Guerra Luso-Holandesa, encerrada em 1663, e a Guerra dos Trinta Anos, encerrada em 1648.[7] O fim à monarquia dual da dinastia filipina terminou com o Tratado de Lisboa em 1668.

Contexto[editar | editar código-fonte]

União entre os Reinos[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Crise de sucessão de 1580

O período da União entre as Coroas Ibéricas (1580-1640) teve início com a ausência de um rei para o trono português, após o desaparecimento do rei D. Sebastião (1557-1578) na batalha de Alcácer Quibir, no Norte da África. [8]

D. Sebastião herdou o trono de Portugal com apenas três anos de idade, o que causou a necessidade de um período regencial até sua ascensão. A primeira Regência foi atribuída a sua avó D. Catarina de Áustria (1557-1662), seguida por seu tio-avô Henrique I de Portugal (1562-1568), que também foi cardeal-arcebispo de Lisboa e Arcebispo emérito em Évora. Em 1568, D. Sebastião ascende ao trono com apenas quatorze anos, encontrando um forte predomínio de leis relacionadas à religião e defesa militar deixadas por seus regentes.[9]

Essa relação entre religião e poder enfatizou sua falta de habilidade para governar, pois, motivado por uma ambição pessoal, planejou de modo superficial um ataque ao Marrocos. D. Sebastião obteve a aceitação e ajuda de jovens aristocratas para a empreitada em Marrocos. A Igreja viu nessas conquistas sua expansão, tornando-as mais um meio de aquisição de recursos. D. Sebastião não mediu esforços para arrecadar fundos e contingentes, para isso, taxou o povo, pediu empréstimos a estrangeiros e cristãos-novos - sendo estes últimos beneficiados na fuga da Inquisição - e até mesmo, pediu ajuda diplomática ao seu tio Filipe II, rei de Espanha e futuro sucessor do trono português.[10]

A morte de D. Sebastião em Alcácer Quibir, além de deixar um rombo na receita do país, causou a diminuição do exército aristocrático, que havia sido morto ou aprisionado.[11]

Brasão da União Ibérica de 1580-1640

A crise da monarquia portuguesa e as dúvidas sobre o momento que estavam vivendo, com relação às mortes e aos prisioneiros, bem como as incertezas do destino que a nação tomaria no futuro, resultaram em dúvidas, quanto a escolha de quem ocuparia o trono, e não se tornaria uma ameaça à glória portuguesa, visto que D. Sebastião era o último herdeiro da Dinastia dos Avis. Esta crise dinástica contou ainda com a intensificação da crise econômica, por conta dos resgates dos prisioneiros de Alcácer Quibir; a corrupção das elites, o desinteresse da burguesia em prosseguir com a dinastia de Avis e a sombra do poderio militar espanhol e sua capacidade corruptora.

D. Henrique (1578-1580), ao retornar ao trono português, sendo o último descendente direto da dinastia de Avis, se depara com outras situações, estando rodeado de outros candidatos que tinham interesses na Coroa. Seu primeiro objetivo foi o resgate dos prisioneiros na África, o que foi bem sucedido, contudo, as dificuldades em governar e a debilidade de sua saúde, seu segundo propósito, de nomear um sucessor, falha. Em 1579, convoca as Cortes para buscar uma solução mas, não conta com muitas alternativas. Assim, em 1580, são nomeados cinco governadores regenciais,[12] mas em 31 de janeiro do mesmo ano, D. Henrique morre de tuberculose e deixa o caminho aberto para D. Antônio, filho ilegítimo de Luís de Portugal, que era descendente direto de D. Manuel.

D. Antônio mantinha certa aceitação popular e a refutação destes por uma dominação espanhola, o que não contribuiu para barrar as investidas de Filipe II de Espanha, ao demonstrar que apesar da ilegitimidade de sangue era a melhor escolha para as dificuldades portuguesas. No dia 20 de junho de 1580, ante a decisão do conselho de governo, António, Prior do Crato foi proclamado rei de Portugal em Santarém, sendo aclamado em várias localidades do país; seu governo durou trinta dias, suas tropas foram derrotadas pelo exército espanhol comandado por Fernando Álvarez de Toledo, Duque de Alba, na batalha de Alcântara, em agosto de 1580. Além dessa perspectiva bélica, Filipe II tinha como vantagem habilidades diplomáticas e estabilidade financeira espanhola para prometer uma união baseada na autonomia portuguesa, pautada em uma “boa administração e de manutenção da paz interna”[13]. Filipe II não economizou meios para conquistar o trono português, e a debilidade da nobreza e do clero contribuíram para suas investidas.[14]

Em meio a esta crise de sucessão, nas Cortes de Tomar no dia 16 de Abril de 1581, ao prestar juramento solene, Filipe II de Espanha, se torna Filipe I de Portugal. A partir desta data, o novo rei se dispôs em reconhecer e outorgar os vinte e cinco capítulos apresentados pelos Três Estados do Reino. A afirmação da autonomia de Portugal e muitas de suas declarações buscavam a "manutenção da identidade nacional mais ao nível dos símbolos do que das realidades de que é tecida a vida cotidiana de um povo livre e independente".[15] O compromisso assumido nas Cortes de Tomar deveria guardar “os privilégios, graças e mercês da nação portuguesa”.[16]

Os dois reinos partilhavam de uma mesma legislação, as Ordenações Filipinas que foram organizadas no ano de 1598, entrando em vigência a partir de sua promulgação em 1603. Felipe II ao instituir um novo código, não pretendia atingir a sucessão de novos súditos, e com esta justificativa dizia respeitar os direitos dos portugueses e de suas instituições. As Ordenações Filipinas se estenderam à União Ibérica, contudo as bases do direito atingiam a sociedade de maneira estratificada, um claro exemplo disso, são as diferentes punições, com base na posição social, para um mesmo crime.[17]

Até 1640, Portugal esteve sobre o controle da casa dos Habsburgo, em uma monarquia dual, compartilhada com a Espanha. Todavía, as instituições portuguesas foram conservadas.

A política de casamentos seria talvez a mais difícil de concretizar, conseguindo-se ainda assim o casamento de Dona Luísa de Gusmão com o Duque de Bragança, pois pensavam que a partir dele sairiam frutos da unificação entre Portugal e Espanha. Mas o resultado veio a ser o contrário.

Divergência entre Reinos[editar | editar código-fonte]

Durante o período da União Ibérica, medidas foram tomadas para impedir possíveis animosidades entre o reino português e a monarquia espanhola.[18] Nas quatro primeiras décadas do governo dos Habsburgo em Portugal garantia-se a facilidade de comunicação entre o rei e o reino.[19] A garantia de uma boa relação assinada durante as Cortes de Tomar visava à autonomia portuguesa. Porém, estava no acordo a residência do rei em território português e visitas contínuas, a exclusividade do Conselho Ultramarino com os portugueses, o uso da língua oficial, e a supressão das taxas alfandegárias e etc. Para prestar contas ao rei, manter a prática e orientar sobre a política geral foi criado o Conselho de Portugal.[20]

Mesmo tendo por base essas referências as divergências entre os dois reinos começaram a surgir com o embate entre os interesses portugueses contrários às medidas castelhanas, culminando assim no movimento secessionista.[21] Com a ascensão de Filipe III, que não possuía as mesmas habilidades do pai. Assim, o poder de Portugal vai passando de mão em mão, e as mudanças que ocorrem nas primeiras décadas do século XVII mostra a política centralizadora que estava sendo adotada por Madrid como já acontecia na “Catalunha, Aragão, Navarra, etc.”[22]

A principal delas é as insatisfações em relação à pressão fiscal feita pela Espanha sobre o território português. As insatisfações fiscais portuguesas não são um movimento homogêneo, já que a ordem jurídica era baseada em privilégios, formando assim um movimento com diferentes reações.[23]

O povo, encarregado pela maior parte da contribuição tributária, pede para que a nobreza e a Igreja, que até então mantinham privilégios fiscais, contribuíssem mais com o pagamento de impostos. A nobreza para fugir das despesas, alistava-se no exército para se eximir da contribuição.

Os comerciantes não desejam economizar na defesa de suas rotas marítimas, os oficiais não queriam que diminuíssem seus salários e nem seus ofícios. Os pobres desejavam acabar com a diferença quantitativa de tributo entre eles e as elites econômicas.[24]

Além das queixas sobre a fiscalização econômica, a nobreza tinha dificuldades de comunicar-se com o monarca, pois era privada dos ofícios no palácio. Os senhores viam seus títulos serem desvalorizados pela infiltração de castelhanos em seu território. O princípio do indigenato garantido pelas Cortes de Tomar, que reservava os ofícios de Portugal para os naturais deste território estava sendo violado.[25]

Todos estes acontecimentos compõem a complexidade de motivos que levaram os portugueses a aderirem ao movimento de Restauração e desejarem a volta de um bom governo, sem alterações ilegítimas do viver político.[26]


Cultos milenaristas[editar | editar código-fonte]

Esta situação presente levou a influência de uma produção de boatos e feitiçaria, esta ação decorreu do pânico coletivo que havia se introduzido e o seu resultado foi a instauração da crença sebastianista.[27]

Retrato de D. Sebastião.

O Sebastianismo se tornou o episódio mais envolvido pela atmosfera mística das profecias, pois o rei D. Sebastião nunca retornou depois de sua derrota na batalha. O que originou especulações, o número de sebastianistas aumentou, já que tinham fé que ele seria como Messias e voltaria para salvar Portugal. Esta crença era repassada ao longo das gerações. O mito do Sebastianismo se espalhou por ser muito mais ligado ao homem barroco que idealizava e fugia da realidade.[28]

A mística sebastianista é marcada pela melancolia, deste modo, D. Sebastião sofria e seus súditos deveriam sofrer também. O Sebastianismo seria: “Uma questão sentimental e não política de anticastelhanismo, de nacionalismo, de desagravo”.[29]

A crença sebastianista foi utilizada por alguns conjurados como inspiração. Os sebastianistas mais ricos, preferiam esperar a volta de D. Sebastião, do que apoiar D. João. A crença popular no sebastianismo projetava um dia incerto para o retorno do rei e a libertação do povo português, muitos D. Sebastião falsos apareceram e muitas revoltas foram reprimidas. Assim, o processo de espera era também marcado pelo conformismo .[30] Esta melancolia e frustração foram alimentadas pela crença de Providência Divina que iria ser benevolente com Portugal na hora da ação, esta é a razão da sua acomodação.

Acreditavam em determinismo astrológico, que por mais que fosse proibido pela igreja, pessoas como Padre Antônio Vieira acreditavam que Deus se comunicava com os homens por meio dos cometas, pois no ano de 1557 anterior a perda de Dom Sebastião um cometa havia passado no céu, sendo assim um sinal.[31]Suas previsões escandalizavam a corte e para fugir de possíveis punições, migrou para o Brasil. Nos sermões Portugal estava sendo punido e pagava com isso sua independência, tornando-se preso a Castela. Entretanto, haveria o momento em que o sofrimento e o castigo iriam acabar.[32]

A partir das promessas feitas pelo ermitão Afonso Henrique, a restauração era prevista para acontecer com D. João IV na décima sexta geração dos Braganças. Indo contra a interpretação sebastiânica de que D. Sebastião iria retornar para Portugal para salvar Portugal. Inicia-se assim um período de mobilização que acreditava no messianismo bragantino, com previsões de que o próximo príncipe vivia de fato em Vila Viçosa e estava à espera da Restauração .[33]

Com este messianismo bragantino começou a surgir a ideia de nacionalismo na figura do Quinto Império,[34] levando em conta a dinastia e o imperialismo de Portugal, saindo do estado de fatalismo e imobilização, agora buscando novas vitórias e conquistas. Posteriormente ao ano de 1640, o messianismo foi interpretado com um sentimento de lealdade dos fidalgos, pois com a presença de D. Catarina descendente de D. Duarte e neta de D. Manuel, remetia-se o passado de glórias de Portugal.[34]

Toda esta movimentação levou a um sentimento pró-bragantismo que suprimia o sebastianismo, como por exemplo, Vieira em 1641 ao se torna conselheiro de D. João IV, elege Gonçalo Annes Bandarra como grande profeta e eleva a profecia do Quinto Império. Assim, ele age transferindo as profecias de D. Sebastião para D. João. A crença no sebastianismo interferia na estabilidade da nova geração e era visto como mítica popular rival a figura do atual monarca.[35]

Insurgências de 1640[editar | editar código-fonte]

O início da Guerra[editar | editar código-fonte]

Pintura de D. João IV - O Restaurador

A iniciativa de rompimento de Portugal com a Espanha buscou se legitimar na usurpação de Filipe II, ao retirar do trono o herdeiro legítimo de D. Catarina, o duque de Bragança. E na tirania dos Habsburgo por não cumprirem as promessas realizadas perante as Cortes. [36]

Em uma Europa Moderna e monárquica, era dever do rei saber reconhecer a estabilidade das instituições e tradições, visto que a legalidade deles estava entrelaçada a legalidade do rei, e isso os tornavam intocáveis. Morar no reino e governar com justiça faz parte dessas esferas, e ao não fazer isso os reis Habsburgo foram aos poucos perdendo o poder de neutralizar a aristocracia.[37]

Os portugueses que se encontravam desde o início próximos à Madri não foram capazes de mostrar a Filipe IV, que seria mais sensato manter suas obrigações com Portugal, mas os portugueses que durante toda a União não havia participado dos benefícios e se frustrado, deram início a uma oposição. Em 1620 com uma economia instável, ataques anglo-holandeses e a possibilidade de levantes, a divisão existente entre os portugueses reforçaram suas frustrações. [38]

Unido a isso, o ministério de Olivares, que buscava implantar um poder centralizador em Portugal, estava ciente dos benefícios dessa terra, principalmente no que se referia à política internacional e ao controle do ultramar.

A restrição e neutralização de poder e privilégios aos portugueses, atrelada a pretensão de uma arrecadação fiscal à nobres e clérigos, e a permanência de uma vice-rainha espanhola em solo português somada aos descumprimentos derradeiros realizados perante as Cortes de Tomar, ajudaram na motivação para os acontecimentos de 1640.[40]

A ação iniciada em 1º de Dezembro de 1640, liderada por fidalgos que se viam privados de seus poderes nobiliárquicos teve como resultado o ataque que aprisionou a vice-rainha de Portugal, a duquesa de Mântua, Margarida de Saboia, e a morte de seu secretário de Estado, Miguel de Vasconcelos arremessado pela janela do Paço Real de Lisboa.

Para a vice-rainha o levante que estava ocorrendo era mais um dos que acontecimentos que existiam desde 1630, e não a possibilidade de um golpe. Mas a chegada da notícia sobre o aprisionamento da vice-rainha e do golpe em outras regiões poderia causar tumultos e era o que os conjurados não queriam.[41]

A retirada de um monarca não poderia ser compreendida por um levante popular, e sim por pessoas de responsabilidade. Não era algo fácil de assumir, mas para a mentalidade europeia necessário para explicar. O que naturalmente legitimava duas questões.

O triunfo dos conjurados na deposição da monarquia espanhola ganhou repercussão em diversas partes do reino e a propaganda bragantina foi importante para chegar aos ouvidos do povo. Em Lisboa os próprios conjurados saíram às casas, e qualquer indício de desordem foi controlado, na manhã do dia seguinte o padre Nicolau liderou uma procissão em ação de graças.

Interesses[editar | editar código-fonte]

Os conjurados D. Antão de Almada e os irmãos Francisco Jorge de Mello são os três personagens que dão início à conspiração contra o reinado dos Habsburgo. Tendo como destaque uma visita à Madrid para o pedido de favores ao rei espanhol.[44]E ao mesmo tempo verificando a diferença entre os portugueses que ao longo dos reinados tinham se utilizado de privilégios e favores, enquanto tantos outros compatriotas que haviam lutado em guerras e viviam em solo lusitano estavam em desvantagens com os que residiam em Madrid.[45]

A insatisfação dos conjurados não é de causa nacionalista, mas na medida em que se torna uma ferramenta para conquistar a adesão de outros fidalgos e a aceitação do duque de Bragança para o trono “Induzem a crença de que os portugueses, o sentimento nacional e dinástico era tão vivo quanto a totalidade do reino”.[46]

Apesar das diversas investidas dos conjurados para que o Duque aceitasse ser o próximo rei, as divergências de interesses entre D. João e os conjurados estava atrelada a sua relação com os Habsburgo que desde o início da dinastia havia recebido vários favores, entre eles ser casado com dona Luisa de Gusmão irmã do D. duque de Medina[47] e ter sido chamado por Olivares para ser vice-rei em Milão.[48]

A garantia a sua aceitação só se tornou realidade quando Madrid sofreu com o levante da Catalunha, o que proporcionou a ação dos conjurados no 1º de dezembro de 1640, mas como nos mostra a historiografia, D. João não queria ser morto pelo crime de lesa-majestade e sua estadia em Vila Viçosa se manteve até tudo estar concluído.

A defesa de Portugal: as fases da guerra[editar | editar código-fonte]

A Coroa portuguesa estava vivenciando situações antagônicas, por conta das relações que a Espanha possuía com outros países, holandeses, ingleses e franceses se tornaram os seus inimigos. Os territórios portugueses passaram a ser alvos de ataque em todo o mundo, até mesmo pelos seus aliados.[49]

Em 1640 Portugal encontra-se numa condição indefesa, com uma população de 1,2 milhões de habitantes e grande parte de sua força armada residindo no Brasil, pelas expedições do ultramar, e havia aqueles que estavam em Flandres e na Itália lutando pela glória dos Habsburgo.[50] A situação era escassa, a marinha não tinha navios, as fronteiras não estavam seguras, o exército não tinha armas nem munições, e o país não estava em boas condições econômicas.[50]

Portugal teve que recorrer a estratégias para driblar a situação insustentável para realização de uma guerra nos âmbitos financeiros e em recursos humanos. Foi necessário identificar os problemas existentes para estabelecer a estratégia que seria adotada na execução da guerra.

A situação dos portugueses era precária, com a ausência de um exército, em quantidade e qualidade, com a falta militar de nobres que estavam servindo as forças de Flandres e da Alemanha, comandado os terços espanhóis[51]. A ausência de órgãos de defesa nacional e negócios estrangeiros, consequentemente, levou a Espanha a transitar nesses meios.[51]

Aconteceram ameaças de assassinato ao novo rei e aos seus colaboradores, além de ataques as várias partes do Império, com insurreições em alguns locais.[52] As dificuldades internacionais significaram um problema: “(...) para a maioria das potências da época, era mais rentável/útil ter Portugal como inimigo do que como aliado, pois assim se justificava os ataques na América, na África e na Ásia”.[53]

A estratégia política foi iniciar uma “investida” diplomática para conseguir reconhecimento e aliados, em território nacional a principal preocupação era manter a legitimação real.[52] Os mecanismos econômicos buscaram reduzir a exploração no Oriente, para buscar recursos financeiros no território português.[54] As principais estratégias militares foram a criação do Conselho de Guerra e da Junta da Defesa das Fronteiras: “(...) procede-se a organização do 1º exército permanente que existiu no nosso país, revitaliza-se a marinha de guerra e definem-se as formas diferentes de resolver as crises para cada um dos desafios em cada ponto do mundo”.[55]

As fases da Guerra de Restauração Portuguesa podem ser divididas em três partes distintas: A primeira fase ofensiva (1640-1646), a segunda fase defensiva (1646-1660) e terceira (1660-1668).

Primeira fase (1640-1646)[editar | editar código-fonte]

A fase ofensiva caracteriza-se pelo avanço das tropas portuguesas sobre as fronteiras com o território espanhol. No limite dos dois territórios não havia grandes obstáculos geográficos que impedisse ou interrompesse o avanço das tropas, se tornando uma facilidade para seus deslocamentos.[56] Neste momento a coroa espanhola travava guerras com outros territórios além do português, como a Catalunha, a Holanda e a França. A distribuição dos recursos para as guerras era feita de modo desigual, enquanto que o Exército Espanhol de Extremadura, responsável por sufocar a revolta portuguesa tinha pouca contribuição com recursos para sustentar a guerra e obter resultados favoráveis a Madrid, os outros combates obtinham mais dinheiros e recursos para manter as tropas em guerra.[57]

Apesar de haverem combates que contrapunham portugueses e espanhóis, houveram conflitos dentro de Portugal que mostravam que a aclamação ao golpe de Dezembro de 1640 não era unitária. Em junho de 1641 houve uma proposta de contragolpe questionando a aclamação de D. João, almejando a volta de D. Felipe, Arcebispo Noronha foi responsável por encabeçar este movimento, com a presença de fidalgos, banqueiros, burocratas, eclesiásticos, etc. Mostrando assim que nem todos os portugueses compartilhavam do sentimento antifelipista. Ao descobrirem a organização foram rapidamente advertidos os responsáveis pelo movimento.[58]

Além do exército de Extremadura, havia o exército da Galícia que também era responsável por conter o avanço lusitano. Inicialmente o exército da Galícia tinha 16.000 soldados postos em combate, por volta de 1664 este número caiu para 10.000 soldados em 10 terços de 10 companhias cada um.[59]

A capital general da Extremadura era a cidade de Badajos, enquanto que o quartel general lusitano ficava na cidade de Elvas, ambos muito usados na concentração de tropas.[60] Os choques entre castelhanos e lusitanos foram reduzidos, pois o exército espanhol estava sem recursos para se manter em guerra.[61]

No dia 26 de maio de 1644 ocorreu a batalha de Montijo, na qual as tropas portuguesas avançaram sobre o território espanhol e capturaram o quartel Valencia de Alcántara, um dos mais importante do Exército de Badajos, porém não teve tanta importância estratégica no decorrer da guerra.[62]

Segunda Fase (1646-1656)[editar | editar código-fonte]

No ano de 1646 os portugueses enfrentaram dificuldades para realizar um acordo com os holandeses, até que as tentativas demonstraram sua impossibilidade, o governo luso insistia em seguir com as colônias americanas e asiáticas portuguesas, e inquietava-se com o previsível fim da Guerra dos Oitenta Anos unido ao temor de perder as relações com a França.[63] Consequentemente, João IV, apresentou a Mazarino uma proposta de divisão do reino e de proclamação de uma regência francesa nas terras peninsulares que o ministro francês recusou.[64]

A esperança de Portugal de ter reconhecimento internacional foi frustrada em 1648, e sua independência na Paz de Westfalia [nota 2] também. A mesma situação foi vivenciada pelos Pirineos.[66]

Os diplomatas portugueses buscavam o estabelecimento da colaboração da França, das Província Unidas e de Veneza, para tentar impulsionar Felipe IV a dar uma trégua de pelo menos cinco anos, contudo não alcançaram esse propósito.[67] No fim deste ano o governo luso quase cedeu Pernambuco Angola para os holandeses, o plano foi desfeito após a vitória destes últimos.[68]

No ano de 1651 os portugueses tomaram as terras de Coria e Valencia de Alcántara, contudo não conseguiram obter as vilas [69]. Três anos depois os embates diminuíram, mas multiplicaram-se em 1656 e 1657.[70]

A morte do rei João IV de Portugal em 1656 marcou o começo da regência de sua esposa Luísa de Gusmão (1613-1666), o momento foi seguido de uma crise sucessória e o golpe palaciano de 1662 , vários nobres lusos não estavam de acordo com a sucessão.[71]

Portugal continuou buscando o seu objetivo de firmar um pacto formal com a França. Após a assinatura desse tratado, e com fim das hostilidades na Catalunha, a Espanha concentrou suas forças em Portugal, que sofria com a falta de homens e recursos para o combate.[72] A conquista dos galegos sobre a Lapela em 1658 trouxera oportunidade par os espanhóis acometerem a recuperação de Portugal, mas os portugueses solicitaram ajuda internacional para evitar essa ação.[73]

Terceira Fase (1656-1659)[editar | editar código-fonte]

Com o fim da insurreição castelhana e a morte do rei português João IV, levando a regência da rainha dona Luísa de Gusmán, ocorreram sérios problemas para a Corte lusitana.[74] O estado de dificuldade lusitana na política parecia o momento ideal para ofensiva dos governantes espanhóis, para isso organizaram um plano de ofensiva militar, no qual entrariam em Lisboa através do Alentejo e acabariam com a façanha do Duque de Alba em 1580, a tarefa ficou a cargo do Duque de San Germán que deveria recrutar 18.000 infantes e 4.500 cavalos.[74]

O exército marchou em 1657 os principais focos de luta foram em Badajoz e Olivença, aproveitaram o número reduzido de homens para atacar Alcântara na primavera do mesmo ano.[75] No ano seguinte cercaram Badajoz, mas a estratégia não foi bem sucedida, causando uma situação embaraçosa para monarquia hispânica, tendo pouca interferência no desenvolvimento da guerra[62].

As fortificações tiveram grande importância na guerra, um exército liderado por Felipe IV com dezenove mil homens saiu vitorioso da tentativa do general Luís de Haro e seus dezoito soldados de apoderar-se de Elvas durante três meses.[76] Esta situação possibilitou que o exército português se organizasse, assim em 14 de janeiro de 1659 Haro e seus soldados foram derrotados.[76]

Após a assinatura do tratado dos Pirineus em 1659, a Espanha ameaçava a independência de Portugal, os espanhóis pretendiam transportar uma parcela do exército de Flandres para outras forças mais experientes, para que pudessem encerrar a contenção, caso contrário poderia ocorrer uma invasão.[77]

Os espanhóis enfrentaram dificuldades para mandar as tropas de Flandres para Península Ibérica, o primeiro grupo de soldados, com quatro mil infantes e quatrocentos ginetes, partiram de Ostende até a península em fevereiro de 1662.[78] As dificuldades financeiras do exército de Flandres, sendo que dependiam da ajuda externa, não levaram Madrid a solicitar menos navios e soldados frente a ofensiva portuguesa.[79] A Espanha enfrentava problemas internos para manter a unidade, com as penúrias que sua tropa estava sofrendo e o cerco formado em Castilha, fomentando a miséria.[80]

A possessão portuguesa em Elvas foi debilitada após Juán José se apoderar de Arronches,[81] que ficava a vinte e sete quilômetros do rio Caia.[76] Após a perda de Arronches os portugueses mudaram o exército do Alentejo para Estremoz.[82] Com a finalidade de estabelecer uma trégua a rebelião de Portugal, a Espanha organizou três exércitos: O de Badajoz que a comando de Juan José de Austria, filho de Felipe IV, atacaria a partir de Extremadura; o exército de Galicia sobre o encargo do Marquês de Viana e o da Cidade de Rodrigo com o duque de Osuna.[83]

Em 1663 a Austria conquistou Juromenha,[84] e no dia 8 de junho do mesmo ano Juan José foi derrotado pelos portugueses na Batalha de Ameixal.[85] Em junho de 1664 Valencia de Alcántara ficou sobre o poder dos portugueses até fevereiro de 1668,[86] foi a principal conquista lusitana, frente às tentativas de obter Albuquerque e Badajoz.[87]

Sobre as ordens de Antônio Luís Menezes a coluna portuguesa abateu-se na Batalha de Montes Claros em 17 de junho de 1665.[88] No mesmo ano, os portugueses desencadearam uma ofensiva em Galicia, coincidindo com a subida ao trono de Carlos II, o principal objetivo era apoderar-se do porto de Vigo, ao ocuparem o vale de Rosal conseguiram render La Guardia.[89]

A morte do rei Felipe IV levou a falta de recursos para empreender novas ofensivas, com a estagnação a frente se reuniu em 1667 a Guerra de Devolução, a rainha regente, ao contrário dos ministros, não se resignava diante de uma possível perda de Portugal.[90] Portugal havia solicitado uma trégua, a vitória na Batalha de Montes Claros e a firmação do Tratado de Lisboa em 1668, entre a França e Portugal decidiram o fim do conflito, os Habsburgos espanhóis reconheceram a independência de Portugal.[91] A Casa de Bragança passou a ser a nova dinastia de Portugal em 13 de fevereiro de 1668. A paz foi firmada no convento de San Eloy de Lisboa.[92]

Resultados de 1640 a 1688[editar | editar código-fonte]

Coroação de D. João IV

Com a proclamação de D. João IV; Portugal, perdeu sua influência na Europa, pois estava agora fora da aliança do Império Habsburgo. D. João IV não conseguiu ser reconhecido como rei, em Roma, por conta da influência da Espanha que era forte, o reconhecimento viria em 1688.[93]

Em 1654 Portugal, após perder a disputa com os ingleses, é obrigado a assinar o Tratado de Westminster, aceitando assim a abertura dos portos para o comércio entre os ingleses e as colônias portuguesas e a liberdade de culto para os ingleses, em território luso. Além disso, com a restauração dos Stuarts no trono em 1660, foi arranjado um casamento entre Carlos II e a filha de D. João IV, Catarina de Bragança e o Tratado de 23 de junho de 1661, que fez com que os Reinos inglês e portugueses voltassem a ter uma relação de amizade.[94]

Grande parte do dinheiro que foi conseguido nesse período, foi de origem judaica, através de empréstimos. Ademais de passaram, da Inquisição para o Estado o controle dos bens, conquistados, das pessoas que teriam sido sentenciadas pela Inquisição. Com a escassez de dinheiro, Portugal muito frequentemente não conseguia proteger suas possessões de além-mar. Com a morte de D. João IV em 1656, o governo foi compartilhado com um pequeno grupo de conselheiros.[7]

D. Afonso VI assume o trono ainda menor de idade, e como era incapaz de reinar, sua mãe - D. Luísa de Gusmão - se torna regente. Para conter os gastos, é criado pela Rainha mais impostos, e assim a oposição a Rainha aumenta. Em 1662 sofre um golpe de governo, onde se passa o governo para a figura do Rei, e se instala um governo de ministérios; D. Luís de Vasconcelos e Sousa - conde de Castelo Melhor - passa a ocupar o cargo de primeiro ministro; e D. António de Sousa e Macedo toma o controle da Secretaria do Estado.[95]

Com isso Portugal, consegue ganhar algumas batalhas, e se manter como nação. Ganhando assim a Batalha de Montes Claros em 1665. Para manter o trono, o conde de Castelo Melhor, casa D. Afonso VI com a princesa francesa Maria Francisca de Nemour - Mademoiselle d’Aumale em 1666. E assina um tratado com os franceses em 1667 - para tentar combater a Espanha. Contudo D. Afonso VI não consegue ser um bom marido; e ocorre um caso de amor entre a nova Princesa e D. Pedro - irmão do Rei D. Afonso VI, consequentemente, o conde Castelo Melhor perde apoio dos franceses, e ocorre a saída de Sousa e Macedo - que era amigo dos ingleses, e por isso sofria a oposição dos franceses.[96]

Com todos esses acontecimentos, em 1667 ocorre um novo golpe, entre D. Pedro e o duque de Cadaval. Ocorrendo então a demissão do conde Castelo Melhor, e seus partidários; e no fim o aprisionamento do próprio D. Pedro - que assumiu o título de príncipe regente - além de ter se casado em 1668 com D. Maria Francisca. (p.305). Filipe IV da Espanha, acaba falecendo e seu filho de quatro anos Carlos II, ascende ao trono. Então em 1668 assinasse o Tratado de Lisboa, que tinha como objetivo criar a paz, entre Espanha e Portugal, além de promover o reconhecimento de Portugal como Reino- Ceuta ainda sim permaneceu fiel a Espanha.[97]

Feriado[editar | editar código-fonte]

Em Portugal, a primeira comemoração oficial da Restauração da Independência deu-se em 1823, no recinto do Picadeiro Real do Palácio de Belém (hoje Museu Nacional dos Coches), com a presença de D. João VI. O acontecimento deu-se não a 1º de Dezembro mas no dia 3, por "difficuldades grandes", segundo a Gazeta de Lisboa.[98] Foram convidados embaixadores estrangeiros, oficiais da Marinha e do Exército, "as pessoas mais conspícuas da Capital, de todas as jerarquias", decorrendo um baile que durou até de madrugada enquanto uma sumptuosa ceia era servida no Palácio. Houve um evidente aproveitamento político das celebrações pela facção afeta ao Infante D. Miguel e ao regresso do absolutismo real.[99]

O dia 1º de Dezembro é feriado desde a segunda metade do século XIX, sendo o feriado civil mais antigo, tendo sobrevivido à Primeira República, ao Estado Novo e à chegada da democracia.

Menos de uma semana após a revolução republicana de 1910, um decreto acabou com os feriados religiosos e instituiu apenas cinco dias de "folga nacional". Os republicanos aceitaram apenas uma celebração civil vinda da monarquia: o feriado que marca a Restauração da Independência, em relação a Espanha.

É costume comemorar-se este feriado na Praça dos Restauradores, em Lisboa com honras de Estado onde também se comemora o Dia da Bandeira. Em 2012, o XIX Governo Constitucional, apoiado por uma maioria PSD-CDS e liderado por Passos Coelho, suspendeu o feriado em dia da semana a partir de 2013. Esta medida, inicialmente anunciada como abolição,[100] foi posteriormente redesignada de suspensão. O objectivo da medida, conforme declaração do Governo, era o de "acompanhar, por esta via, os esforços de Portugal e dos portugueses para superar a crise económica e financeira que o País atravessa".[100] O feriado foi reposto em Janeiro de 2016, com os votos do XXI Governo Constitucional liderado por António Costa e com o apoio parlamentar dos partidos de esquerda.[100]

Notas e referências

Notas

  1. Para Hespanha a Restauração não trata propriamente de um movimento de Independência, pois eles priorizavam o retorno de um bom governo,da justiça e de um viver político sem alteração ilegítima..Para França eles queriam o retorno de um rei legítimo desencadeado a partir de um sentimento saudosista. HESPANHA, António Manuel. As estruturas políticas em Portugal na Época Moderna.[1]
  2. A mesma situação foi vivenciada pelos Pirineos[65]

Referências

  1. HESPANHA, António Manuel. As estruturas políticas em Portugal na Época Moderna. IN: TENGARRINHA, José e (org.) História de Portugal. São Paulo: EDUSC/ UNESP, 2001, p. 139-147. FRANÇA, Eduardo D’Oliveira. Portugal na época da Restauração. São Paulo: Editora HUCITEC, 1997.
  2. Marques 2009, p. 286-287.
  3. FRANÇA 1997, p. 269.
  4. MARQUES 2009, p. 298.
  5. MARQUES 2009, p. 244-245; 298-30.
  6. FRANÇA 1997, p. 251).
  7. a b MARQUES 2009, p. 302-303.
  8. MARQUES 2009, p. 285.
  9. MARQUES 2009, p. 283-284.
  10. MARQUES 2009, p. 284.
  11. FRANÇA 1997, p. 284.
  12. MARQUES & 2009 p.286.
  13. MARQUES 2009, pp. 287-288.
  14. MARQUES 2009, p. 287.
  15. GODINHO 1978.
  16. SERRÃO 1997, p. 16.
  17. HESPANHA 1993, p. 27.
  18. HESPANHA 2001, p. 139-147.
  19. HESPANHA 2001, p. 141.
  20. HESPANHA & 2001 p.289.
  21. HESPANHA & 2001 p.144.
  22. HESPANHA 2009, p. 291.
  23. HESPANHA & 2001 p-144.
  24. HESPANHA 2001, p. 145.
  25. HESPANHA 2001, p. 146.
  26. HESPANHA 2001, p. 147.
  27. CURTO 2003, p. 22-23.
  28. FRANÇA 1997, p. 242-243.
  29. FRANÇA 1997, p. 246.
  30. FRANÇA 1997, p. 144-145.
  31. FRANÇA 1997, p. 236.
  32. FRANÇA 1997, p. 238-240.
  33. FRANÇA1 997, p. 250.
  34. a b FRANÇA 1997, p. 251.
  35. FRANÇA 1997, p. 256-257.
  36. FRANÇA 1997, p. 272.
  37. LADURIE 1994.
  38. VALLADARES 1995, p. 109.
  39. VALLADARES, 1995. p.109
  40. VALLADARES 1995.
  41. VALLADARES 1995, p. 119.
  42. VALLADRES, 1995. p.103-136
  43. VALLADARES, 1995. p.120
  44. VALLADARES 1995, p. 110.
  45. VALLADARES 1995, p. 110-111.
  46. FRANÇA 1997, p. 367.
  47. VALLADARES 1995, p. 114.
  48. SOTO 1996, p. 232.
  49. LEMOS 2009, p. 337.
  50. a b LEMOS 2009, p. 339.
  51. a b LEMOS 2009, p. 341.
  52. a b LEMOS 2009, p. 342.
  53. LEMOS & 2009 p.342.
  54. LEMOS 2009, p. 342-343.
  55. LEMOS 2009, p. 343.
  56. WHITE 2003, p. 63.
  57. CORRAL 2012, p. 194.
  58. VALLADARES 1995, p. 122-124.
  59. SOTO 1996, p. 238.
  60. CORRAL 2012, p. 196.
  61. CORRAL 2012, p. 201.
  62. a b WHITE 2003, p. 82.
  63. VALLADARES 1998, p. 63.
  64. VALLADARES 1998, pp. 63-64.
  65. Predefinição:BOUZA, 1991, p.206
  66. BOUZA 1991, p. 206.
  67. VALLADARES 1991, p. 64.
  68. Valladares 1998, p. 64.
  69. (Cora del Coral, 2012, p.217)
  70. Cora del Coral 2012, p. 218.
  71. Cora del Coral 2012, p. 221.
  72. Castilha, Soto, Cuba & Regueira 1996, p. 234.
  73. Castilha et al. 1996, p. 234.
  74. a b CARO DE CORAL 2012, p. 221.
  75. CARO DE CORAL & 2012 p-222.
  76. a b c WHITE 2003, p. 68.
  77. HERNÁNDEZ 2007, p. 84.
  78. HERNÁNDEZ 2007, p. 86.
  79. HERNÁNDEZ 2007, p. 88.
  80. HERNÁNDEZ 2007, p. 111.
  81. HERNÁNDEZ 2007, p. 68.
  82. WHITE 2003, p. 68-69.
  83. Castilha et al. 1996, p. 234-235.
  84. WHITE 2003, p. 72.
  85. Caro del Coral 2012, p. 223.
  86. Caro de Coral 2012, p. 224.
  87. WHITE & 2003 p.82.
  88. Caro del Coral 2012, p. 225.
  89. Castilha et al. 1996, p. 235.
  90. HERNÁNDEZ 2007, p. 212.
  91. Caro del Coral 2012, p. 226.
  92. Caro de Coral 2012, p. 226.
  93. MARQUES 2009, p. 295.
  94. MARQUES 2009, p. 295-301.
  95. MARQUES 2009, p. 304.
  96. MARQUES 2009, p. 305.
  97. MARQUES 2009, p. 306.
  98. Gazeta de Lisboa, 8 de Dezembro de 1823 (n.º 290), pp. 1789 e 1790
  99. MENDONÇA 2005, p. 301.
  100. a b c [[#CITEREF|]].

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

BOUZA, F. J. (1991). «Primero de diciembre de 1640: ¿una revolución desprevenida?». _Revista d'història moderna. v.9: 205-226 

CORRAL, J. A. C. D (2012). «La frontera cacereña ante la Guerra de Restauración de Portugal: Organización defensiva y sucesos de armas (1640-1668).» (PDF). Revista de Estudios Extremeños. v.68: 194-195 

CURDO, D.R (2003). «A Restauração de 1640: Nomes e pessoas» (PDF). Porto. Peninsula. Revista de Estudos Ibéricos. v.0 

FRANÇA, Eduardo D'Oliveira (1997). Portugal na Época da Restauração. São Paulo: HUCITEC 

HESPANHA, A. M. (1993). «A nobreza nos tratados jurídicos dos séculos XVI a XVIII» (PDF). Penélope: revista de história e ciências sociais (12): 27-42 

TENGARRINHA, J (2001). História de Portugal. Bauru: EDUSC. pp. 139–147 

MARQUES, H. D. O. (2003). Breve história de Portugal. Lisboa: Presença 

PIRES, N. L. (2009). «Guerra global portuguesa: a Restauração» (PDF). Histórias das Ideias 

HERNÁNDEZ, A. J. (2007). España, Flandes y la Guerra de Devolución (1667-1668). Guerra, reclutamiento y movilización para el mantenimiento de los Países Bajos españoles. Madrid: Ministerio de Defensa 

SILVA, F. R. D. (2000). Filipe II de Espanha, Rei de Portugal (Colectânea de documentos filipinos guardados em Arquivos Portugueses. Zamora: Fundação Rei Afonso Henriques 

SOTO, J. C. (1996). «La aportación de Galicia a la Guerra de Secesión de Portugal (1640-1668)». Espacio Tiempo y Forma. Serie IV, Historia Moderna 

VAINFAS, R. (2008). Traição: Um jesuíta a serviço do Brasil holandês processado pela Inquisição. São Paulo: Companhia das Letras 

VALLADARES, R. (1995). «Sobre reyes de invierno. El diciembre portugués y los cuarenta fidalgos (o algunos menos, con otros más» (PDF). Pedrales, Revista d'História Moderna 

VALLADARES, R. (1998). La rebelión de Portugal: guerra, conflicto y poderes en la monarquía hispánica 1640-1680. [S.l.: s.n.] 

WHITE, L. (2009). «Estrategia geográfica y fracaso en la reconquista de Portugal por la monarquía hispánica 1640-1668.». Studia Historica: Historia Moderna 

MENDONÇA, Isabel (2005). Do Palácio De Belém. Lisboa: Museu da Presidência da República. 301 páginas 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  • «Efemérides: A Restauração (1640)». in Hemeroteca da Câmara Municipal de Lisboa citando Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Editorial Enciclopédia, Limitada, Vol. 25, Lisboa/Rio de Janeiro, 1978, pp. 317-319. 
Ícone de esboço Este artigo sobre História de Portugal é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.