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Domesticação: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Wheatrig farm.JPG|direita|miniatura|300px|[[Fazenda]] com animais pastando. A [[ovelha]] foi uma das primeiras espécies a ser domesticada (8500 a 6500 a.C., no [[Oriente Médio]]).]]
[[Imagem:Wheatrig farm.JPG|direita|miniatura|300px|[[Fazenda]] com animais pastando. A [[ovelha]] foi uma das primeiras espécies a ser domesticada (8500 a 6500 a.C., no [[Oriente Médio]]).]]
A '''domesticação''' é um processo coevolutivo<ref>{{Citar periódico|ultimo=Deloukas|primeiro=Panos|ultimo2=Wray|primeiro2=Gregory A.|ultimo3=Pritchard|primeiro3=Jonathan K.|ultimo4=Bumpstead|primeiro4=Suzannah|ultimo5=Ghori|primeiro5=Jilur|ultimo6=Nyambo|primeiro6=Thomas B.|ultimo7=Lema|primeiro7=Godfrey|ultimo8=Omar|primeiro8=Sabah A.|ultimo9=Ibrahim|primeiro9=Muntaser|data=2007-01|titulo=Convergent adaptation of human lactase persistence in Africa and Europe|url=https://www.nature.com/articles/ng1946|jornal=Nature Genetics|lingua=en|volume=39|numero=1|paginas=31–40|doi=10.1038/ng1946|issn=1546-1718|pmc=PMC2672153|pmid=17159977}}</ref><ref>{{citar periódico|ultimo=Jackson|primeiro=Fatimah|data=1996|titulo=The Coevolutionary Relantionship of Humans and Domesticated Plants|url=https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1002/%28SICI%291096-8644%281996%2923%2B%3C161%3A%3AAID-AJPA6%3E3.0.CO%3B2-8|jornal=Yearbook of Physical Anthropology|acessodata=31/03/2019}}</ref>, mutualístico, biocultural <ref>{{Citar periódico|ultimo=Clutton‐Brock|primeiro=Juliet|data=1992|titulo=The process of domestication|url=https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/j.1365-2907.1992.tb00122.x|jornal=Mammal Review|lingua=en|volume=22|numero=2|paginas=79–85|doi=10.1111/j.1365-2907.1992.tb00122.x|issn=1365-2907}}</ref> e multigeracional, "no qual humanos assumem signifativos níveis de controle sobre a reprodução e cuidado de plantas e/ou animais com objetivo de assegurar suprimentos mais previsíveis de recursos de interesse e pelo qual plantas e animais são capazes de aumentar seu sucesso reprodutivo sobre indivíduos que não participam dessa relação, portanto, aumentando o fitness de ambos: humanos e domesticados"<ref>{{Citar periódico|ultimo=Zeder|primeiro=Melinda A.|data=2012-06-01|titulo=The Domestication of Animals|url=https://www.journals.uchicago.edu/doi/10.3998/jar.0521004.0068.201|jornal=Journal of Anthropological Research|volume=68|numero=2|paginas=161–190|doi=10.3998/jar.0521004.0068.201|issn=0091-7710}}</ref>. Contudo, autores, como David Rindos, sugerem que esse tipo de relação ecológica pode ser travada entre outras espécies além da humana.<ref>{{citar livro|título=The origins of agriculture: An evolutionary perspective|ultimo=Rindos|primeiro=David|editora=Academic Press|ano=1984|local=Orlando|páginas=|acessodata=}}</ref> O processo de domesticação de plantas e animais é um fenômeno mais antigo do que a Revolução Neolítica<ref>{{Citar periódico|ultimo=Vigne|primeiro=Jean-Denis|data=2011-3|titulo=The origins of animal domestication and husbandry: A major change in the history of humanity and the biosphere|url=https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1631069110002982|jornal=Comptes Rendus Biologies|lingua=en|volume=334|numero=3|paginas=171–181|doi=10.1016/j.crvi.2010.12.009}}</ref>, sendo a domesticação de lobos em cães o primeiro exemplo de domesticação reconhecido, sua data, no entanto, é discutível: alguns autores datam em cerca de 12000 AP<ref>{{Citar periódico|ultimo=François R. Valla|ultimo2=Davis|primeiro2=Simon J. M.|data=1978-12|titulo=Evidence for domestication of the dog 12,000 years ago in the Natufian of Israel|url=https://www.nature.com/articles/276608a0|jornal=Nature|lingua=en|volume=276|numero=5688|paginas=608–610|doi=10.1038/276608a0|issn=1476-4687}}</ref>, outros em cerca de 33000 AP<ref>{{Citar periódico|ultimo=Plicht|primeiro=Johannes van der|ultimo2=Hodgins|primeiro2=Gregory W. L.|ultimo3=Higham|primeiro3=Thomas F. G.|ultimo4=Kuzmin|primeiro4=Yaroslav V.|ultimo5=Crockford|primeiro5=Susan J.|ultimo6=Ovodov|primeiro6=Nikolai D.|data=2011-07-28|titulo=A 33,000-Year-Old Incipient Dog from the Altai Mountains of Siberia: Evidence of the Earliest Domestication Disrupted by the Last Glacial Maximum|url=https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0022821|jornal=PLOS ONE|lingua=en|volume=6|numero=7|paginas=e22821|doi=10.1371/journal.pone.0022821|issn=1932-6203|pmc=PMC3145761|pmid=21829526}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Wayne|primeiro=Robert K.|ultimo2=Graphodatsky|primeiro2=Alexander S.|ultimo3=Ovodov|primeiro3=Nikolai D.|ultimo4=Vorobieva|primeiro4=Nadezhda V.|ultimo5=Leonard|primeiro5=Jennifer A.|ultimo6=Trifonov|primeiro6=Vladimir A.|ultimo7=Thalmann|primeiro7=Olaf|ultimo8=Druzhkova|primeiro8=Anna S.|data=2013-03-06|titulo=Ancient DNA Analysis Affirms the Canid from Altai as a Primitive Dog|url=https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0057754|jornal=PLOS ONE|lingua=en|volume=8|numero=3|paginas=e57754|doi=10.1371/journal.pone.0057754|issn=1932-6203|pmc=PMC3590291|pmid=23483925}}</ref> e outros ainda falam em cerca de 135000 AP<ref>{{Citar periódico|ultimo=Vila|primeiro=C.|data=1997-06-13|titulo=Multiple and Ancient Origins of the Domestic Dog|url=http://www.sciencemag.org/cgi/doi/10.1126/science.276.5319.1687|jornal=Science|volume=276|numero=5319|paginas=1687–1689|doi=10.1126/science.276.5319.1687}}</ref>. Os gatos podem ter sido domesticados no intervalo entre 12000 e 9000 AP<ref>{{Citar periódico|ultimo=Vigne|primeiro=J.-D.|data=2004-04-09|titulo=Early Taming of the Cat in Cyprus|url=http://www.sciencemag.org/cgi/doi/10.1126/science.1095335|jornal=Science|lingua=en|volume=304|numero=5668|paginas=259–259|doi=10.1126/science.1095335|issn=0036-8075}}</ref>.
A '''domesticação''' é um processo utilizado desde a [[pré-história]]. Consiste na seleção e adaptação de certos seres vivos, considerados úteis para suprir necessidades humanas. A domesticação consiste numa relação ecológica do tipo [[Mutualismo (biologia)|escravagismo]] desenvolvido pelos [[Homo sapiens|seres humanos]] associados com outras [[espécie]]s de seres vivos. Ao longo de milhares de anos, esse processo acarretou modificações em várias características originais dos seres vivos domesticados, chegando em muitos casos ao desenvolvimento de dezenas de raças, como os [[Canis lupus familiaris|cães]] e [[gato]]s.


Outros exemplos de animais domésticos são o [[cavalo]], [[vaca]], [[porco]], [[Capra aegagrus hircus|cabra]], [[coelho]], [[ovelha]] e várias [[aves]] como a [[galinha]]. Muitos deles são utilizados na [[pecuária]].
Outros exemplos de animais domésticos são o [[cavalo]], [[vaca]], [[porco]], [[Capra aegagrus hircus|cabra]], [[coelho]], [[ovelha]] e várias [[aves]] como a [[galinha]]. Muitos deles são utilizados na [[pecuária]].
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** [[Canis lupus familiaris|Cão]] (''[[Canis lupus familiaris]]'', 14&nbsp;000-18&nbsp;000 anos por [[arqueologia]], ou 135&nbsp;000 anos por exames genéticos de fósseis encontrados na Europa), espécie original é o [[Lobo]]: ''Canis lupus pallipes'', ''Canis lupus arabs'', ''Canis lupus lupus''. Mas o [[Lobo-etíope]] (''Canis simensis'') também cruza com o cão. O [[Dingo]] (''Canis lupus dingo'') com seus 4000 anos na Austrália dá uma boa ideia da domesticação do cão.<ref>Na [[Estônia]] é „hunt“ a palavra para „lobo“, muito similar com „Hund“, que é cão em alemão.</ref><ref>Dr.med.vet.Herbert Meyer, [http://www.mein-hundetrainer.de/uber_hunde.html], {{de}}.</ref><ref>[http://home.arcor.de/amdo/Domestikation.html Die Domestikation des Wolfs, {{de}}.]</ref><ref>[http://marri.free.fr/hundgekommen.htm Auf den Hund gekommmen (Arte TV), {{de}}.]</ref><ref>Christian Natanaelsson, Mattias CR Oskarsson, Helen Angleby, Joakim Lundeberg, Ewen Kirkness,2 und Peter Savolainen: ''Dog Y chromosomal DNA sequence: identification, sequencing and SNP discovery'', BMC Genet. 2006; 7: 45 http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=1630699, {{en}}.</ref>
**[[Canis lupus familiaris|Cão]] (''[[Canis lupus familiaris]]'', 14&nbsp;000-18&nbsp;000 anos por [[arqueologia]], ou 135&nbsp;000 anos por exames genéticos de fósseis encontrados na Europa), espécie original é o [[Lobo]]: ''Canis lupus pallipes'', ''Canis lupus arabs'', ''Canis lupus lupus''. Mas o [[Lobo-etíope]] (''Canis simensis'') também cruza com o cão. O [[Dingo]] (''Canis lupus dingo'') com seus 4000 anos na Austrália dá uma boa ideia da domesticação do cão.<ref>Na [[Estônia]] é „hunt“ a palavra para „lobo“, muito similar com „Hund“, que é cão em alemão.</ref><ref>Dr.med.vet.Herbert Meyer, [http://www.mein-hundetrainer.de/uber_hunde.html], {{de}}.</ref><ref>[http://home.arcor.de/amdo/Domestikation.html Die Domestikation des Wolfs, {{de}}][[Língua alemã|alemão]]<span>)</span><span>.</span></ref><ref>[http://marri.free.fr/hundgekommen.htm Auf den Hund gekommmen (Arte TV), {{de}}][[Língua alemã|alemão]]<span>)</span><span>.</span></ref><ref>Christian Natanaelsson, Mattias CR Oskarsson, Helen Angleby, Joakim Lundeberg, Ewen Kirkness,2 und Peter Savolainen: ''Dog Y chromosomal DNA sequence: identification, sequencing and SNP discovery'', BMC Genet. 2006; 7: 45 http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=1630699, {{en}}.</ref>
** [[Gado]] (''[[Bos taurus]]'' e Gado [[Zebu]], ''Bos taurus indicus'' ou ''Bos primigenius indicus''; 10&nbsp;500 anos atrás na Ásia do Sudoeste), a espécie original é o [[Auroque]] (''Bos primigenius''). Mas outras espécies foram domesticadas também: ''Bos javanicus f. domestica'', ''[[Bos javanicus]]'', [[Bos frontalis|''Bos gaurus f. frontalis'']], [[Gauro]] (''Bos gaurus'') e [[Iaque]] (''Bos mutus f. grunniens''); as espécies de gado se cruzam.<ref name="bw.info">[http://www.landwirtschaft-bw.info/servlet/PB/menu/1063626_l1/index.html Historische Entwicklung der Rinderhaltung], {{de}}.</ref><ref name="weidewelt">Das Rote Hoehenvieh - Zuchtgeschichte, aktuelle Situation und Einsatzmoeglichkeit in der Landschaftspflege, Gerd Bauschmann [http://www.weidewelt.de/deutsch/5/Rotes%20H%F6henvieh.pdf], {{de}}.</ref><ref>[http://www.comp-archaeology.org/WendorfSAA98.html Late Neolithic megalithic structures at Nabta Playa (Sahara), southwestern Egypt.], {{en}}.</ref><ref>Source : Laboratoire de Préhistoire et Protohistoire de l'Ouest de la France [http://palissy.humana.univ-nantes.fr/LABOS/UMR/serveur/recherche/pruvost.html], {{fr}}.</ref>
** [[Gado]] (''[[Bos taurus]]'' e Gado [[Zebu]], ''Bos taurus indicus'' ou ''Bos primigenius indicus''; 10&nbsp;500 anos atrás na Ásia do Sudoeste), a espécie original é o [[Auroque]] (''Bos primigenius''). Mas outras espécies foram domesticadas também: ''Bos javanicus f. domestica'', ''[[Bos javanicus]]'', [[Bos frontalis|''Bos gaurus f. frontalis'']], [[Gauro]] (''Bos gaurus'') e [[Iaque]] (''Bos mutus f. grunniens''); as espécies de gado se cruzam.<ref name="bw.info">[http://www.landwirtschaft-bw.info/servlet/PB/menu/1063626_l1/index.html Historische Entwicklung der Rinderhaltung], {{de}}.</ref><ref name="weidewelt">Das Rote Hoehenvieh - Zuchtgeschichte, aktuelle Situation und Einsatzmoeglichkeit in der Landschaftspflege, Gerd Bauschmann [http://www.weidewelt.de/deutsch/5/Rotes%20H%F6henvieh.pdf], {{de}}.</ref><ref>[http://www.comp-archaeology.org/WendorfSAA98.html Late Neolithic megalithic structures at Nabta Playa (Sahara), southwestern Egypt.], {{en}}.</ref><ref>Source : Laboratoire de Préhistoire et Protohistoire de l'Ouest de la France [http://palissy.humana.univ-nantes.fr/LABOS/UMR/serveur/recherche/pruvost.html], {{fr}}.</ref>
** [[Ovelha]] (''[[Ovis orientalis]] aries'', 10&nbsp;000 anos atrás na Ásia do Oeste)<ref name="bw.info"/><ref>{{citar livro|autor =Krebs, Robert E. & Carolyn A. |título=Groundbreaking Scientific Experiments, Inventions & Discoveries of the Ancient World |local=Westport, CT |publicado=Greenwood Press |ano=2003 | isbn=0-313-31342-3}}, {{en}}.</ref><ref name="storey">{{citar livro|título=Storey's Guide to Raising Sheep |último =Simmons |primeiro =Paula |coautor=Carol Ekarius |ano=2001 |publicado=Storey Publishing LLC |local=North Adams, MA |isbn=978-1-58017-262-2 }}, {{en}}.</ref>. Espécie original é o [[Urial]].
** [[Ovelha]] (''[[Ovis orientalis]] aries'', 10&nbsp;000 anos atrás na Ásia do Oeste)<ref name="bw.info"/><ref>{{citar livro|autor =Krebs, Robert E. & Carolyn A. |título=Groundbreaking Scientific Experiments, Inventions & Discoveries of the Ancient World |local=Westport, CT |publicado=Greenwood Press |ano=2003 | isbn=0-313-31342-3}}, {{en}}.</ref><ref name="storey">{{citar livro|título=Storey's Guide to Raising Sheep |último =Simmons |primeiro =Paula |coautor=Carol Ekarius |ano=2001 |publicado=Storey Publishing LLC |local=North Adams, MA |isbn=978-1-58017-262-2 }}, {{en}}.</ref>. Espécie original é o [[Urial]].
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** [[Cyprinidae]]; cujo nome provém do nome em grego do [[peixinho-dourado]], é uma família de peixes teleósteos que inclui as carpas; na China ou Ásia oriental numa época desconhecida. O peixinho-dourado (''[[Carassius auratus]]'') é uma variedade domesticada mais recentemente; o [[Nishikigoi|Koi]] é uma variedade domesticada da [[Carpa-comum]] (''[[Cyprinus carpio]]''); as duas variedades se cruzam mas a prole resultante é estéril.
** [[Cyprinidae]]; cujo nome provém do nome em grego do [[peixinho-dourado]], é uma família de peixes teleósteos que inclui as carpas; na China ou Ásia oriental numa época desconhecida. O peixinho-dourado (''[[Carassius auratus]]'') é uma variedade domesticada mais recentemente; o [[Nishikigoi|Koi]] é uma variedade domesticada da [[Carpa-comum]] (''[[Cyprinus carpio]]''); as duas variedades se cruzam mas a prole resultante é estéril.


O [[Gamo]] (''[[Dama dama]]''), a "[[codorna]]" (Brasil) ou "codorniz" (Portugal, ''[[Phasianidae]]'', ''[[Coturnix coturnix]]'') e o [[avestruz]] (''[[Struthio camelus]]'') não são reconhecidos como animais domesticados, mas são mantidos em cativeiro por motivos comerciais. Mas a codorna-japonesa parece ser uma variedade domesticada (''Coturnix coturnix japonica'').<ref>[http://www.plant21.de/wachteln/sx_aufzucht-Jap.htm Die Japanwachteln, {{de}}.]</ref>
O [[Gamo]] (''[[Dama dama]]''), a "[[codorna]]" (Brasil) ou "codorniz" (Portugal, ''[[Phasianidae]]'', ''[[Coturnix coturnix]]'') e o [[avestruz]] (''[[Struthio camelus]]'') não são reconhecidos como animais domesticados, mas são mantidos em cativeiro por motivos comerciais. Mas a codorna-japonesa parece ser uma variedade domesticada (''Coturnix coturnix japonica'').<ref>[http://www.plant21.de/wachteln/sx_aufzucht-Jap.htm Die Japanwachteln, {{de}}][[Língua alemã|alemão]]<span>)</span><span>.</span></ref>


== Plantas ==
== Plantas ==

Revisão das 16h59min de 31 de março de 2019

Fazenda com animais pastando. A ovelha foi uma das primeiras espécies a ser domesticada (8500 a 6500 a.C., no Oriente Médio).

A domesticação é um processo coevolutivo[1][2], mutualístico, biocultural [3] e multigeracional, "no qual humanos assumem signifativos níveis de controle sobre a reprodução e cuidado de plantas e/ou animais com objetivo de assegurar suprimentos mais previsíveis de recursos de interesse e pelo qual plantas e animais são capazes de aumentar seu sucesso reprodutivo sobre indivíduos que não participam dessa relação, portanto, aumentando o fitness de ambos: humanos e domesticados"[4]. Contudo, autores, como David Rindos, sugerem que esse tipo de relação ecológica pode ser travada entre outras espécies além da humana.[5] O processo de domesticação de plantas e animais é um fenômeno mais antigo do que a Revolução Neolítica[6], sendo a domesticação de lobos em cães o primeiro exemplo de domesticação reconhecido, sua data, no entanto, é discutível: alguns autores datam em cerca de 12000 AP[7], outros em cerca de 33000 AP[8][9] e outros ainda falam em cerca de 135000 AP[10]. Os gatos podem ter sido domesticados no intervalo entre 12000 e 9000 AP[11].

Outros exemplos de animais domésticos são o cavalo, vaca, porco, cabra, coelho, ovelha e várias aves como a galinha. Muitos deles são utilizados na pecuária.

A domesticação acompanha a História da civilização, sendo benéfica para o desenvolvimento da mesma, porém é extremamente prejudicial à natureza e à ecologia, já que, em contraste com a seleção natural, a domesticação provoca uma seleção artificial de alguns seres vivos em detrimento de outros que o ser humano procura eliminar por considerar hostis à sua sobrevivência. A domesticação, desse modo é um fator de redução da biodiversidade. A agricultura quando vista como praga biológica acarreta a devastação de florestas naturais e em seu lugar são instaladas monoculturas. O habitat e os alimentos de animais selvagens são dessa forma destruídos.

O termo domesticação aplica-se tanto a vegetais cultivados como a animais.

Origem

Após a Era do Gelo as florestas se expandiram gradualmente sobre as grandes estepes, provocando a migração e/ou extinção de algumas espécies de animais. Em muitos casos se trataram das espécies que constituíam como parte essencial da dieta do homem. Os grupos humanos, até então caçadores-coletores, tiveram que se adaptar a esta transformação para manter a sua subsistência. Os homens se espalharam em pequenos grupos que começaram a ser semi-sedentários usando moradias estacionárias. Algumas teorias afirmam que em seu contínuo ir e vir, os caçadores que atiravam as sementes das frutas consumidas podiam ver que, em condições adequadas, estas geravam novas plantas. O resultado dessa transformação é o começo do período Neolítico.[12]

Houve um período em que as plantas e os animais foram domesticados e durou 15 séculos. O termo neolítico, citado pelo naturalista britânico John Lubbock em 1865, deriva do grego neo "novo" e lithos "pedra", referindo-se à capacidade humana de polir a pedra, em contraste com o tamanho da mesma, própria do período Paleolítico. A aplicação desta nova atividade interagiu com uma série de características que poderiam causar uma mudança radical nas formas da cultura humana; uma delas representa um fenômeno que levou muitos especialistas a considerar uma "Revolução Neolítica": a domesticação de plantas e animais.

O acontecimento, no entanto, se espalhou gradualmente. A origem da agricultura, envolvendo a domesticação de plantas e animais foi representada principalmente por uma tendência a um estilo de vida sedentária e foi a necessidade dos grupos humanos caçadores-coletores que impulsionou a mudança. A prova é que a própria agricultura é uma atividade que exige maior dedicação e horas de trabalho que a caça.

Dessa maneira, a natureza deixou de ser um habitat e transformou-se em um conjunto de recursos econômicos que deviam ser geridos pelo homem. Ainda que a mudança tenha sido materializada em várias partes do mundo, os estudos arqueológicos determinaram a presença, cerca de dez mil anos atrás, dos primeiros assentamentos permanentes no Oriente Médio, na área conhecida como o Crescente Fértil a partir de Canaã (Jericó), passando pelo sul da Turquia (Çatalhüyük) até a Mesopotâmia e o Golfo Pérsico.

Os períodos que completam a pré-história são a Idade da Pedra e a Idade dos Metais.

Quanto à pecuária, em princípio se limitaram ao controle dos recursos animais, protegendo a fauna de outros predadores e caçando seletivamente. Mas só pode falar sobre a pecuária quando começa a criar o animal: controlando sua reprodução e cuidando deles durante o inverno.

Nesse período houve um número de descobertas técnicas promovidas pela nova economia: a cerâmica para guardar os grãos se transformaram na primeira expressão artística do Período Neolítico; o polimento aplicado a um novo tipo de machado e uma renovação geral do equipamento, que foram utilizados na fábrica de moagem para desenvolver a farinha.[13]

Caracterização

Numerosos autores têm definido a domesticação:

  • A domesticação é um processo pelo qual uma população animal se adapta ao homem e a uma situação de cativeiro através de uma série modificações genéticas que ocorrem ao longo de gerações e através de uma série de processos adaptativos produzidos pelo ambiente e repetidos por gerações.[14]

Nesta definição, o autor fala de uma adaptação evolutiva gradual ao ser humano e a condições ambientais, o que indica que o processo envolve períodos longos e a passagem de muitas gerações, para que estas alterações se fixem geneticamente, sejam alterações no comportamento na morfologia, fisiologia ou embriologia dos seres vivos.

  • Há cinco etapas fundamentais no processo de domesticação:[15]

Na primeira, a União homem - animal é muito fraca e há cruzamentos frequentes das formas mantidas em cativeiro com as formas selvagens originais, sendo o controle que o homem exerce sobre os animais, muito pequeno.

Na segunda, o homem começa a controlar a reprodução dos animais e selecioná-los para reduzir seu tamanho e aumentar características de docilidade, para melhor manejá-los. Nesta fase, é importante evitar o cruzamento com as formas selvagens, para manter e fixar as características desejadas. Em seguida, o homem começa a mostrar um interesse crescente na produção de carne, e percebe a utilidade que envolve o aumento do tamanho dos animais reprodutores.

Na terceira, começa o trabalho para voltar a cruzar as formas domésticas, menores, com formas selvagens, maiores, com atenção em manter as características de docilidade selecionadas anteriormente.

Na quarta, o interesse em produtos de origem animal se juntou à crescente capacidade do homem para controlar os animais de produção mediante um longo processo de seleção e criação de raças especializadas com diferentes habilidades produtivas, que garantissem um aumento na produção de carne, lã, leite, etc.

Neste momento, já no quinto estágio, que é absolutamente necessário para evitar os cruzamentos entre a forma selvagem com as raças domésticas especializadas. Por estas razões, se realiza uma atividade de controle numérico da população selvagem, que, em tais casos implica o extermínio de formas selvagens e, no melhor dos casos, a sua assimilação dentro das formas domésticas.

  • Atualmente é a sexta etapa do processo de domesticação, em que características comportamentais e genéticas dos animais de produção foram modificadas de tal forma que eles perderam a capacidade de sobreviver e se reproduzir sem intervenção humana. No entanto, se é verdade que os animais de estimação perderam muitas das características que lhes permitiam adaptar-se à vida na natureza, também é verdade que algumas destas características podiam ser recompradas, num processo de reajuste à vida selvagem.

História da domesticação

A domesticação não foi realizada simultaneamente em todo o mundo. Estima-se que em cerca de 9 000 anos a. C. se iniciou a Revolução neolítica, na qual o ser humano começou a sedentarizar-se, como um resultado da prática da domesticação e, em seguida, da agricultura. Isso aconteceu no Oriente Médio. Possivelmente, o primeiro animal de estimação era o cão, faz cerca de 15 000 anos.

AspargoBananaBatataAbacateMaracujáGranadilhaPepinoAbacaxiChirimoiaQuinoaErva mateMandiocaAipoRabanetePêssegoUvaCana de açúcarAmendoimCacauPupunhaSojaCebolaFigoCháPalmeiraCitrusMelanciaAzeitonaPimentãoBayaLentilhaPanicum miliaceumBatataFeijãoAbóboraTabacoArrozTomateAlgodãoMilhoCevadaTrigoCenteioElefantePeru-domésticoRenaGansoAlpacaDromedárioCameloYakBicho-da-sedaPatoLhamaGatoGalinhaAbelhaBúfaloBurroPorquinho da ÍndiaVacaPorcoOvelhaCavaloCabra

Quando os animais são domesticados, ocorrem mudanças morfológicas, fisiológicas, reprodutivas e comportamentais. Com os avanços das ferramentas e da engenharia genética se tornou possível investigar as mudanças que sofrem os animais em seu comportamento durante as fases de adaptação que lhes permite adaptar-se e sobreviver nas condições previstas pelo ser humano.

Cronologia

A cronologia não está completamente esclarecida e os períodos apresentados são estimados. Os acontecimentos ao redor da erupção do vulcão Toba (Teoria da catástrofe de Toba)[16] teriam diminuído a população humana a um número geneticamente equivalente a 3000 - 10 000 indivíduos, 70 a 75 mil anos atrás. Numa população tão pequena a raça doméstica pura se perde, em parte quando se cruzam com as variedades selvagens.

Existem muitas variedades de plantas e animais selecionados nos últimos 150 anos, mas o interesse é em plantas de decoração e animais de estimação, um mercado pequeno. Não se sabe se as linhas genéticas serão preservadas numa crise econômica.

Mamíferos

Cão.
Ovelha.
Cavalo.

Aves

Galo e galinha.

Outras aves também experimentaram a domesticação, como os falcões, as águias, os papagaios e sua grande variedade, avestruzes e outros mais.

Outros Animais

Abelhas.

O Gamo (Dama dama), a "codorna" (Brasil) ou "codorniz" (Portugal, Phasianidae, Coturnix coturnix) e o avestruz (Struthio camelus) não são reconhecidos como animais domesticados, mas são mantidos em cativeiro por motivos comerciais. Mas a codorna-japonesa parece ser uma variedade domesticada (Coturnix coturnix japonica).[43]

Plantas

Atribui-se a origem do cultivo e seleção genética do tomate como alimento à civilização inca.

A domesticação dos animais inicialmente afetou os genes que controlavam seu comportamento. Já a domesticação das plantas em princípio impactou nos genes que controlavam sua morfologia (tamanho da semente, arquitetura da planta, mecanismos de dispersão) e sua fisiologia (tempo de germinação ou amadurecimento).[44][45]

A domesticação do trigo pode ser tomada como exemplo. O trigo selvagem quebra-se e cai no chão para ressuscitar quando maduro, mas o trigo domesticado permanece no caule para facilitar a colheita. Essa mudança foi possível por causa de uma mutação aleatória nas populações selvagens no início do cultivo do trigo. O trigo com esta mutação foi colhido com mais freqüência e se tornou a semente para a próxima safra. Portanto, sem perceber, os primeiros agricultores ajudaram na seleção artificial voltada para esta mutação. O resultado é o trigo domesticado, que depende dos agricultores para sua reprodução e disseminação.[46]

As primeiras tentativas humanas de domesticação vegetal ocorreram no Oriente Médio. Há evidências precoces para o cultivo consciente e a seleção de traços de plantas por grupos pré-neolíticos: os grãos de centeio com traços domésticos foram recuperados dos contextos Epipaleolítico (c. 11 050 a.C.) em Abu Hureyra na Síria, mas isso parece ser um fenômeno localizado resultante do cultivo de escombros de centeio selvagem, em vez de um passo definitivo em direção à domesticação.[47]

    • Milho (Zea mays) - América Central[48]
    • Arroz (Oryza)- Ásia (Japão), 7.000 a.C.
    • Trigo (Triticum spp.) - Ásia (Oriente Médio), 8.000 a.C.
    • Tomate (Solanum lycopersicum) - América do Sul

Ver também

Referências

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Literatura

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Ligações externas