Maltodextrina

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Maltodextrina
Alerta sobre risco à saúde
Identificadores
Número CAS 9050-36-6
Número EINECS 232-940-4
Propriedades
Fórmula molecular (C6H10O5)n
Massa molar Variável
Aparência Farinha Branca
Ponto de fusão

240 °C[1]

Riscos associados
NFPA 704
1
2
0
 
Compostos relacionados
Oligômeros e polímeros da glicose relacionados Maltose (dímero)
Dextrina (oligômero)
Ciclodextrina (oligômero cíclico)
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.

Maltodextrina é o resultado da hidrólise do amido de milho ou da fécula, normalmente se apresentando comercialmente na forma de pó branco, composto por uma mistura de vários oligômeros da glicose, compostos por cinco a dez unidades.[2]

Pode ser definida como um polímero da glicose. Estas moléculas poliméricas são metabolizadas de forma rápida no organismo humano,[3] contribuindo, em indivíduos saudáveis, para um aumento exponencial de insulina (pico de insulina) na corrente sanguínea.

Sendo que os carboidratos são as principais fontes de energia do nosso organismo (e as de recrutamento mais rápido), glicogênio muscular hepático, correspondendo à maior parte das calorias ingeridas pelo ser humano, numa dieta saudável, o carboidrato deve estar presente em torno de 60%, para que as proteínas não tenham que desviar-se de suas funções específicas, como construção dos tecidos musculares, para obtenção de energia, daí advém o crescente consumo e indicação da maltodextrina para praticantes de atividades físicas de resistência como a musculação e a corrida, fornecendo energia durante estas atividades físicas, intensas e de longa duração, retardando a fadiga, através da gradual liberação de glicose para o sangue.

Esse carboidrato assim sendo fica responsável pelo aumento do nível energético muscular, dando mais força, evitando o catabolismo muscular (perda de músculos) e também ajuda a evitar a fadiga.

Uma colher de sopa (aproximadamente 10 gramas) de maltodextrina corresponde a 40 Kcal.

Apresentação comercial[editar | editar código-fonte]

Apresentam-se no mercado de suplementos alimentares frequentemente aditivados de flavorizantes de diversos sabores, como laranja, limão, tangerina, uva, guaraná, açaí e acidulados com ácido cítrico. Dentre as bebidas desse tipo estão o Gatorade.[4] Uma solução de maltodextrina pode substituir parcial ou totalmente a gordura em uma variedade de formulações. As maltodextrinas também podem ser usadas para substituir gorduras em cereais extrudados de alta fibra e lanches. Atualmente são usados comercialmente para substituição de gordura em molhos de salada, molhos, margarina e sobremesas congeladas. Como substitutos de gordura, as maltodextrinas fornecem apenas quatro calorias por grama, enquanto as gorduras fornecem nove calorias por grama. [5]

Sugestão de uso[editar | editar código-fonte]

É recomendado seu consumo acompanhado de um suplemento protéico, como a whey protein (proteína do soro do leite), a proteína isolada do leite, ou com a ingestão direta de aminoácidos como a valina, leucina, e isoleucina, encontradas em suplementos alimentares chamados comercialmente de aminoácidos ramificados (BCAA).[6][7][8][9]

Referências

  1. chemBlink
  2. Handbook of starch hydrolysis products and their derivatives, By M. W. Kearsley, S. Z. Dziedzic, página 65
  3. Geoffrey Livesey, Hiroyuki Tagami. "Interventions to lower the glycemic response to carbohydrate foods with a low-viscosity fiber (resistant maltodextrin): meta-analysis of randomized controlled trials", "The American Journal Of Clinical Nutrition", p.10 [1]
  4. «Diferença entre as cores e sabores de Gatorade». 12 de abril de 2023 
  5. «Maltodextrin» 
  6. Elisabet Børsheim, Melanie G. Cree, Kevin D. Tipton, Tabatha A. Elliott, Asle Aarsland, and Robert R. Wolfe; Effect of carbohydrate intake on net muscle protein synthesis during recovery from resistance exercise; J Appl Physiol 96: 674-678, 2004. First published October 31, 2003; doi:10.1152/japplphysiol.00333.2003 (em inglês)
  7. R. Koopman, M. Beelen, T. Stellingwerff, B. Pennings, W. H. M. Saris, A. K. Kies, H. Kuipers, and L. J. C. van Loon; Coingestion of carbohydrate with protein does not further augment postexercise muscle protein synthesis; Am J Physiol Endocrinol Metab, September 1, 2007; 293(3): E833 - E842.
  8. M. Beelen, M. Tieland, A. P. Gijsen, H. Vandereyt, A. K. Kies, H. Kuipers, W. H. M. Saris, R. Koopman, and L. J. C. van Loon; Coingestion of Carbohydrate and Protein Hydrolysate Stimulates Muscle Protein Synthesis during Exercise in Young Men, with No Further Increase during Subsequent Overnight Recovery; J. Nutr., November 1, 2008; 138(11): 2198 - 2204
  9. P. J. Morrison, D. Hara, Z. Ding, and J. L. Ivy; Adding protein to a carbohydrate supplement provided after endurance exercise enhances 4E-BP1 and RPS6 signaling in skeletal muscle; J Appl Physiol, April 1, 2008; 104(4): 1029 - 1036.

Ver também[editar | editar código-fonte]


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