Usuário:Juan90264/Testes/10

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Silvio Santos
Juan90264/Testes/10
Silvio Santos em 2020
Nome completo Senor Abravanel
Pseudônimo(s) Silvio Santos
Conhecido(a) por Baú da Felicidade, fundar o SBT, Jequiti e Tele Sena
Nascimento 12 de dezembro de 1930 (93 anos)[1]
Rio de Janeiro, DF, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Etnia sefardita
greco-brasileiro
turco-brasileiro
Fortuna Aumento R$ 7,24 bilhões (2020)
Estatura 1,78 m
Parentesco Alexandre Pato (genro)
Fábio Faria (genro)
Tiago Abravanel (neto)
Cônjuge Íris Abravanel (c. 1978)[2]
Filho(a)(s) Cíntia Abravanel (n. 1963)
Silvia Abravanel (n. 1971)
Daniela Beyruti (n. 1976)
Patrícia Abravanel (n. 1977)
Rebeca Abravanel (n. 1980)
Ocupação apresentador de televisão e empresário
Principais trabalhos SBT, Tele Sena, Jequiti, Banco PAN, Sofitel Jequitimar
Prêmios ganhou no total mais de 74 prêmios, entre eles: Melhor animador, Revelação, Líder empresarial e Comunicatividade (ver mais).
Partido PFL (1988–1989)
PMB (1989)
PST (1990–1992)
PFL (1992–2007)
DEM (2007–presente)
Religião judaísmo[3]
Assinatura
Sílvio Santos Abravanel e sua Assinatura
Página oficial
www.sbt.com.br/silviosantos

Silvio Santos OMC, nome artístico de Senor Abravanel[4] (Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 1930), é um apresentador de televisão e empresário brasileiro. Possui mais de sessenta anos de carreira.[5]

Nasceu no bairro da Lapa, na região central da cidade do Rio de Janeiro,[4][6] então capital do Brasil e sede do então Distrito Federal. É filho primogênito de um casal de imigrantes judeus sefarditas vindo em 1924 para o Brasil, Alberto Abravanel (1897–1976), nascido em Tessalônica,[4] e Rebeca Caro, nascida em Esmirna, cidades que à época eram parte do extinto Império Otomano.[7]

Estreou na televisão no início da década de 1960 apresentando o Vamos Brincar de Forca, exibido pela TV Paulista, que posteriormente tornou-se o Programa Silvio Santos, agrupamento de vários programas de auditório e quadros. A atração transformou Silvio Santos em um dos grandes ícones da televisão brasileira.

É proprietário do conglomerado Grupo Silvio Santos, que inclui empresas como o Sistema Brasileiro de Televisão, popularmente conhecido pela sigla SBT, uma das maiores redes de TV do país, a Liderança Capitalização (administradora da loteria Tele Sena), da Jequiti e da TV Alphaville. Seu patrimônio líquido foi estimado em 1,3 bilhão de dólares em 2013, sendo a única celebridade brasileira na lista de bilionários da revista Forbes.[8][9] Em 2001, Silvio Santos foi homenageado pela escola de samba carioca Tradição.[10]

Juventude[editar | editar código-fonte]

Senor Abravanel nasceu em 12 de dezembro de 1930, na Travessa Bemtevi, no bairro da Lapa, na região central da cidade do Rio de Janeiro,[4][6] então capital do Brasil e sede do então Distrito Federal.

Filho primogênito de um casal de imigrantes vindo em 1924 para o Brasil: Alberto Abravanel (1897–1976), um imigrante judeu sefardita nascido na cidade de Tessalônica (hoje parte da Grécia), e Rebecca Caro (1907—1989) também judia de sefardita nascida na cidade de Esmirna (hoje parte da Turquia). Ambos os pais eram súditos do Império Otomano.[7] Silvio possui outros cinco irmãos: Beatriz (a mais velha), Perla, Sara (Sarita), Leon (Léo) e Henrique (o mais novo).[11] Seus pais estão sepultados no Cemitério Comunal Israelita do Cajú, Rio de Janeiro.[4]

Senor e o irmão Léo frequentaram, juntos, a Escola Primária Celestino da Silva, na rua do Lavradio, perto de onde moravam (nessa época haviam mudado para a rua Gomes Freire). Terminado o primário, estudaram na Escola Técnica de Comércio Amaro Cavalcanti, no Largo do Machado, onde Senor se formou em técnico em contabilidade.[11][12] O primeiro tipo de produto que começou a comercializar foi capa para título de eleitor (o Brasil entrava numa fase de redemocratização após a ditadura do Estado Novo).[6]

Em 1948, serviu o Exército Brasileiro na Escola de Paraquedistas, no bairro de Deodoro, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde se destacou com saltos considerados bons.[4][13]

Carreira televisiva[editar | editar código-fonte]

Sílvio Santos no programa infantil “Revelações” da TV-Rio, 1964. Arquivo Nacional

A mãe de Senor é quem o chamava de "Silvio". O sobrenome artístico surgiu quando Senor foi participar do programa de calouros comandado pelo apresentador Jorge Curi e o produtor Mário Ramos.[4][14]

Logo passou à televisão, adaptando o formato dos shows, espetáculos e sorteios que fazia no circo. Seu primeiro programa, Vamos Brincar de Forca, estreou em 1962 e era transmitido pela TV Paulista canal 5 de São Paulo à noite, tendo obtido um imenso sucesso. Em 1964, passou a comandar seu programa aos domingos, das 12 às 14 horas. No decorrer dos anos, o formato seria expandido e aprimorado no Programa Silvio Santos. Paralelamente, Silvio partiu para novos empreendimentos: adquiriu de seu amigo Manuel de Nóbrega e de um alemão o Baú da Felicidade, empresa que vendia baús de presentes de Natal para crianças mediante pagamento em prestações. Depois de reformas no plano de negócios, a empresa ficou conhecida pela venda de carnês e sorteios.[15]

Quando a TV Paulista foi incorporada à Rede Globo para se tornar TV Globo São Paulo, Silvio seguiu pagando aluguel pelo seu horário dominical, revendendo o tempo dos anúncios a outras empresas. Na medida em que aumentava o sucesso do Programa Silvio Santos, Silvio tinha ótimos resultados financeiros. Realizava sorteios de carros, móveis e eletrodomésticos, o que motivou a expansão dos negócios através da loja de móveis Tamakavy e a concessionária de veículos Vimave.[16][17]

Sílvio Santos no programa “1º Campeonato Brasileiro de Calouros e Cantores Novos”, 1972. Arquivo Nacional
Quase tudo o que sei sobre o público, aprendi com um domador de circo. O público é como um leão, se você tiver medo, ele te devora!
— Silvio Santos, em entrevista para reportagem da Revista Veja, em 1969.[18]

Porém, no início dos anos 1970, Boni e Walter Clark, diretores da Rede Globo, promoveram reformas no padrão de qualidade da emissora, investindo em filmes, esporte, jornalismo e novelas, e acabando com os programas independentes. Para os executivos, o programa de Silvio Santos destoava da grade de programação. O apresentador quase saiu da emissora em 1972, mas o próprio Roberto Marinho o convenceu a ficar, renovando o contrato por mais quatro anos. Por esse contrato, Silvio não poderia ser acionista ou dono de nenhuma outra emissora de televisão, o que motivou sua saída da Globo. Dessa forma, a partir de 1976, Silvio começou a fazer programas na Rede Tupi (vale salientar que, ao contrário do que muitos pudessem pensar, a Tupi nunca vendeu horários), assegurando a transmissão nacional de seu programa, ao mesmo passo em que lutava politicamente para obter seus próprios canais de televisão.[carece de fontes?]

Criação da TVS e formação do SBT[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Sistema Brasileiro de Televisão

No dia 22 de outubro de 1975, o presidente Ernesto Geisel assinou o decreto 76.488, outorgando a Silvio Santos o canal 11 do Rio de Janeiro. Silvio passou a transmitir seus programas simultaneamente na Tupi e na TVS (TV Studios). Depois da falência da Rede Tupi, em 1980, o Programa Silvio Santos, em São Paulo, foi transferido para a TV Record. Durante a década de 80, Silvio chegou a ser dono de 50% da emissora do empresário Paulo Machado de Carvalho. Todavia, Silvio planejava ter uma rede nacional de televisão, produzir uma programação completa e usar o canal para seus sorteios e promoções.[carece de fontes?]

Em 1981, através de um lobby com a primeira-dama Dulce Figueiredo, com quem tinha longas conversas por telefone, Silvio Santos obteve a licença para operar o canal 4 de São Paulo, que se tornou a TVS da capital paulista.[19] A partir das emissoras do Rio de Janeiro e de São Paulo, surgiu o embrião do SBT. A rede se expandiu rapidamente através de afiliações, mas o Programa Silvio Santos continuava sendo transmitido simultaneamente pela Record, especialmente para alcançar o interior de São Paulo, até 1987. Em 1988, Silvio assegurou a permanência de Gugu Liberato no SBT, cobrindo uma proposta da Globo. Gugu passou a apresentar alguns quadros do Programa Silvio Santos e sua participação cresceu expressivamente nos anos 1990, com o sucesso do Domingo Legal. Outros quadros passaram a ser comandados por Celso Portiolli e por outros apresentadores.[carece de fontes?]

Silvio Santos no Palácio do Planalto, em 2010.

No dia 30 de novembro de 2011, foi anunciado que Silvio perdeu em última instância o direito de reproduzir "Silvio Santos Vem Aí", jingle que marcou sua carreira na televisão, que só poderia ser reproduzido caso Silvio comprasse os direitos do mesmo, sendo que desde 2001 Silvio já travava um processo contra o compositor musical Archimedes Messina, disputando os direitos autorais. Silvio teve de pagar 5 milhões de reais a Messina como indenização. Como já estava na última instância, não houve possibilidade de recurso.[20]

Atividades paralelas[editar | editar código-fonte]

Silvio Santos foi radialista da sua mocidade até a década de 1980, abandonando paulatinamente essa carreira em função da profissão de apresentador.

Discografia[editar | editar código-fonte]

Durante muitos anos, Silvio Santos gravou marchinhas carnavalescas. Fez sucesso destacável com Coração Corintiano, cuja letra fazia referência à cirurgia de transplante de coração, técnica introduzida no Brasil pelo pioneiro Dr. Zerbini. Outra marchinha que fez sucesso foi "A Pipa do Vovô", alardeando a impotência sexual masculina. Tais marchinhas passaram a ser reprisadas ao longo dos anos, no SBT, durante o Carnaval. Ao longo da carreira, Silvio Santos gravou 135 músicas, espalhadas por 4 álbuns (Silvio Santos e Suas Colegas de Trabalho,[21] Show de Alegria,[22] 15 Anos de Sucessos Carnavalescos e Silvio Santos[23]), 41 compactos[24] além de narrar histórias infantis gravadas em CDs.

Na década de 1970, atuou também como locutor, narrando em discos as histórias infantis criada por Ely Barbosa e intitulada Silvio Santos para as Crianças.[25] Os discos foram relançados em CD,[26] obtendo notável sucesso. Em 2005, firmou parceira com a empresa americana Walt Disney, onde passou a narrar também as histórias infantis desta empresa ("O príncipe e o mendigo", "O Rei Leão", "101 dálmatas", "A Bela e a Fera", entre outros).[27]

Ações sociais[editar | editar código-fonte]

Ao longo dos anos, o Programa Silvio Santos e a programação da TVS e do SBT acumularam uma reputação de popularescos e alienantes, situação agravada pelo fato de Silvio ter conquistado suas concessões de televisão durante a ditadura militar e transmitir desde o governo Figueiredo o oficialista A Semana do Presidente. A partir de 1988, Silvio Santos revelou preocupação com os rumos do Brasil e pôs em prática várias ações para incluir conteúdo socialmente edificante na programação do SBT. A manobra surpreendeu alguns críticos e intelectuais. No início dos anos 1990, Silvio tentou convencer as outras emissoras a transmitir telejornais de no mínimo trinta minutos no horário noturno, todos no mesmo horário, para incentivar o brasileiro a assistir a notícias, refletir e se informar melhor, mesmo que fosse por um período curto. Tal iniciativa não encontrou apoio da maioria das emissoras e Silvio Santos logo abandonou a proposta. Desde os anos 1990, Silvio tem estimulado o Teleton, programa de televisão de 24 horas, transmitido uma vez por ano, para arrecadar fundos para a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD). O SBT cede gratuitamente seus artistas, empregados e recursos materiais para o projeto. Silvio também produziu um Show do Milhão especial com políticos, no qual os prêmios seriam destinados a instituições de caridade.[carece de fontes?]

Candidaturas políticas[editar | editar código-fonte]

Também em 1988, Silvio Santos propôs sua candidatura a prefeitura de São Paulo pelo Partido da Frente Liberal (PFL). Considerando seus recentes problemas de saúde, Silvio anunciou sua intenção como forma de retribuir à sociedade todas as suas conquistas como apresentador e homem de negócios. O anúncio foi feito durante um dos quadros do Programa Silvio Santos. O caso foi amplamente divulgado pela imprensa. A candidatura, contudo, não se concretizou. Em 1989, Silvio decidiu concorrer à Presidência da República, mas sem sucesso. Tentou encontrar um partido para se filiar e lançar sua candidatura e ficou com o nanico PMB (Partido Municipalista Brasileiro).[28] Era o primeiro nas pesquisas, estava com folga na liderança. Mas no dia 9 de novembro de 1989, sua candidatura foi cassada. Eduardo Cunha, na época filiado ao PRN, entrou com o pedido no TSE para extinguir o partido e anular a candidatura de Silvio. Cunha alegava que o PMB havia realizado apenas quatro convenções, contrariando o valor estipulado pela lei na época, de nove convenções.[29][30] De acordo com o TSE, Silvio Santos é atualmente filiado ao Democratas (DEM).[31]

Grupo Silvio Santos[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Grupo Silvio Santos
Logo do Grupo Silvio Santos.

O Grupo Silvio Santos, formado por 34 empresas, completou, em 2008, 50 anos de atuação, acumulando cerca de onze mil funcionários e incluindo, entre as mais conhecidas, a Liderança Capitalização (que opera a Tele Sena), o Hotel Jequitimar, a Jequiti Cosméticos, e empreendimentos agropecuários e imobiliários como a Sisan. Em 8 de novembro de 2010, o Grupo Silvio Santos entrou em crise financeira por conta do rombo ocorrido no Banco PanAmericano, também pertencente ao grupo. O prejuízo dado pelo banco somou uma quantia próxima a R$ 2,5 bilhões, o que provocou a necessidade de empréstimo junto ao Fundo Garantidor de Crédito para recuperar o banco. Em razão desse empréstimo, o Grupo Silvio Santos colocou como garantia para pagamento do empréstimo algumas empresas do grupo, incluindo o SBT, a Jequiti Cosméticos e o Baú da Felicidade, agravando a crise em que a emissora entrou a partir de 2007, quando perdeu a vice-liderança para a Rede Record. O prazo para pagamento desse empréstimo seria de 10 anos. Em 1 de fevereiro de 2011, Silvio Santos anunciou a venda do Banco PanAmericano ao BTG Pactual, por 450 milhões de reais. Em 13 de junho do mesmo ano, o Grupo Silvio Santos anunciou a venda da rede "Baú da Felicidade" à Magazine Luiza. A rede desembolsou 83 milhões de reais pelo Baú, em uma operação envolvendo 121 lojas em São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Além disso, a Magazine Luiza adiciona 3 milhões de clientes à sua base de cartões.[32]

Controvérsias[editar | editar código-fonte]

Entrevista à Contigo! em 2003[editar | editar código-fonte]

Em julho de 2003, enquanto estava em férias na cidade de Orlando, Flórida, Silvio Santos concedeu uma entrevista à revista Contigo!, revelando que tinha uma doença terminal e que restavam-lhe apenas seis anos de vida.[33] Por isso, Silvio havia vendido o SBT para um consórcio formado por Boni e pela rede mexicana Televisa.[33] Alguns dias mais tarde, Silvio desmentiu suas declarações nos programas Boa Noite, Brasil, apresentado por Gilberto Barros na Rede Bandeirantes, e no Domingo Legal.[33] Disse que respondeu à entrevista em tom de brincadeira diante da insistência do repórter, e que acreditava que a revista notaria sua intenção. No entanto, Contigo! decidiu publicar a matéria transcrevendo ipsis litteris as declarações de Silvio Santos, ao mesmo tempo que punha em dúvida as declarações do entrevistado.[33] Silvio dizia, por exemplo, que estava se locomovendo em cadeira de rodas. A revista mostrou fotos do período que mostram o empresário andando normalmente.[33]

Suposta venda de horário para igreja evangélica[editar | editar código-fonte]

Em 2011, houve boatos de que a Igreja Mundial do Poder de Deus iria comprar a programação da madrugada do canal de Silvio Santos por 300 milhões de reais por ano.[34] Em 2013, após algumas entrevistas à Folha de S. Paulo, ele se manifestou sobre o ocorrido dizendo que nenhuma religião entrará na emissora, por seus princípios religiosos, e que o SBT é uma emissora judaica.[35]

Acusações de racismo e gordofobia[editar | editar código-fonte]

Em novembro de 2014, durante a participação do elenco da novela infantil Chiquititas no Teleton, Silvio Santos comentou sobre o cabelo da atriz negra Julia Olliver. Ao falar que queria ser "atriz ou cantora" quando crescer, ouviu do apresentador: "Mas com esse cabelo?”. A menina ficou visivelmente espantada com o comentário, que comentou em seu Instagram sobre o assunto.[36] Em setembro de 2016, durante o Programa Silvio Santos, o apresentador comentou que o cabelo crespo de uma menina negra da plateia "chamava muita atenção". O comentário foi considerado pejorativo por muitos internautas, e fez com que o nome de Silvio Santos fosse parar na lista dos assuntos mais comentados do Twitter enquanto o programa estava sendo exibido.[37]

Em novembro de 2016, durante o Teleton, ao entrevistar uma dançarina negra plus size, Silvio Santos disse: "Você é muito graciosa. Embora sendo a única negra entre as brancas, é bonita. É bonita de verdade". Depois de perguntar quanto Daiane pesava (120 kg), emendou: "Quem casar contigo vai ter dois prazeres. Um na hora do bem bom e outro na hora em que você sai de cima". As declarações repercutiram negativamente nas redes sociais.[38] Em junho de 2018, no "Jogo das 3 Pistas", quadro do Programa Silvio Santos, Silvio disse a cantora Preta Gil: "Você está mais gorda do que da última vez que esteve aqui [no SBT], mas o seu rosto continua bonito". A fala deixou Preta apreensiva.[39]

Em dezembro de 2019, Silvio Santos não aceitou a vitória da cantora Jennyfer Oliver, na competição musical em seu programa. Depois de anunciar a vitória de Jennyfer como escolhida pelo auditório, Silvio resolveu dividir o prêmio para todas as participantes e elogiou a outra competidora dizendo que era melhor. O público, através das redes sociais, criticou Silvio acusando-o de racismo.[40][41] Uma semana após o ocorrido, Silvio Santos ironizou as acusações de racismo, declarando não ser homofóbico.[42]

Acusações de machismo[editar | editar código-fonte]

No início de julho de 2017, Silvio criticou a aparência da apresentadora Fernanda Lima, ao dizer: "magrela, muito magra", que "não tem amor nem sexo" e "quem gosta de osso é cachorro". Fernanda, questionada sobre o assunto no Pânico na Band, respondeu: "Silvio, por que não te calas?". Nisso, Silvio retruca: "Fernanda, eu vou me calar, mas não vou me calar agora, vou fazer uns 10 programas só falando de você". Depois, Fernanda disse, em entrevista ao TV Fama: "Uma pessoa com a importância e a trajetória que ele tem, muitas vezes ele perde a oportunidade de colaborar, por ser uma voz que pode ajudar a combater todos os tipos de opressões a minorias políticas. Muitas vezes a gente acaba escondendo por trás das brincadeiras seríssimas opressões, então no momento em que ele tem uma legião de mulheres que o ajudaram a ser o que ele é hoje, ele deve respeito a todas elas ...".[43][44]

Em dezembro de 2018, ao participar do Teleton, Claudia Leitte ouviu críticas de Silvio Santos ao figurino: "(...) Alguma coisa aconteceu na sua vida: ou perdeu o namorado ou perdeu o marido... Ou está a perigo mesmo". A conversa continua e Claudia pede que o público aplauda o apresentador e pergunta se ele a daria um abraço. Silvio Santos responde: "Esse negócio de eu ficar dando abraço me excita, e eu não gosto de ficar excitado". A cantora então questiona: "No sentido feliz da palavra, né? De alegria, euforia, excitação". Silvio Santos então conclui: "Não é euforia, não. É excitação mesmo (...) da maneira como você está se apresentando, dá vontade de... Sair da poltrona, tomar um chopes, umas cervejas e depois procurar algum conforto". No dia seguinte, Claudia se pronunciou em suas redes sociais: "Quando passamos por episódios desse tipo, vemos em exemplificação o que acontece com muitas mulheres todos os dias, em muitos lugares."[45] Após o ocorrido, Silvio Santos abriu o vestido de Lívia Andrade para espiar o decote da apresentadora e ameaçou demitir bailarinas com coxas finas, além de também ter rebatido um texto publicado pela revista IstoÉ, que o chamou de misógino: "Não sei o que é misógino, mas achei bonito. Eu sou misógino! Eu sou misógino!".[46]

O Programa Silvio Santos também realiza o "Miss Infantil", concurso de beleza com crianças que, em 2019, apresentou meninas desfilando em trajes de banho: "Agora, vocês do auditório, que estão com o aparelhinho [de votar], vão ver quem tem as pernas mais bonitas, o colo mais bonito, o rosto mais bonito e o conjunto mais bonito", disse Silvio ao apresentar as garotas. O quadro virou alvo de inquéritos do Ministério Público do Trabalho em São Paulo e da Promotoria de Justiça de Osasco.[46]

Acusação de censura[editar | editar código-fonte]

Em março de 2018, Jeff Benício, do portal Terra chamou de censura quando Silvio Santos tirou o espaço de opiniões da jornalistas, após repercussão dos comentários de Rachel Sheherazade no jornal do SBT[47]: "O próprio Silvio Santos, que financia o telejornalismo de seu canal por mera obrigação e prefere não desagradar governantes, determinou o fim das opiniões no ‘SBT Brasil’. O jornalismo da emissora, conhecido pelo estilo burocrático, perdeu muito com a censura imposta a Sheherazade. Era a única voz que repercutia".[47] Após o questionado afastamento de Rachel Sheherazade do SBT Brasil, em agosto de 2019, o jornalista e apresentador Dudu Camargo declarou:[48] "Em uma outra época, o Silvio chegou e falou 'nossa, a Raquel acaba falando demais', não se mete em política, Dudu".[48]

Brincadeira com saudação nazista[editar | editar código-fonte]

Em novembro de 2019, no quadro "Perguntas para o Auditório" de seu programa, Silvio Santos perguntou ao público: "Como se chama o pai de Adolf Hitler?" Como a plateia não soube responder, Silvio Santos instiga: "Como se chama o pai do Adolf Hitler? Ninguém sabe? Ninguém sabe? Adolf Hitler? Heil, Hitler. Heil, Hitler." A saudação feita significa "Salve, Hitler". Em seguida, Silvio Santos entrega 50 reais para uma mulher que respondeu que o pai de Hitler "é o capeta. Acho que é o capeta, é o demônio".[49] O presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo chamou de "uma brincadeira totalmente inapropriada e é um tema com o qual não se brinca".[50]

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Família Abravanel
Silvio Santos ao lado de Íris Abravanel.

Silvio foi casado com Maria Aparecida Vieira Abravanel, falecida aos 39 anos, em virtude de câncer, no dia 22 de abril de 1977, com quem teve a sua primeira filha, Cíntia, além de adotar Silvia.[51] Em 1978 casou-se com Íris Pássaro, com quem teve quatro filhas: Daniela, Patrícia, Rebeca e Renata. Silvio é descendente direto, na linhagem paterna, de Isaac Abravanel, um estadista judeu português, filósofo, comentador da Bíblia e financista.[52] O nome Senor vem de seu avô Señor Abram Abravanel, falecido em 1933.[53]

Doença nas cordas vocais[editar | editar código-fonte]

Em 1988, Silvio teve problemas com a voz, ficando praticamente afônico por alguns dias. Teve suspeita de câncer na garganta, não divulgada ou confirmada. Silvio chegou a interromper um de seus programas para transmitir depoimentos emocionados e lembranças da sua carreira, incluindo particularidades sobre suas relações com o pessoal do Exército (na juventude, Silvio servira como paraquedista). Silvio teve que fazer um tratamento no exterior e ficou algumas semanas sem gravar os seus programas dominicais, causando preocupação de seus fãs quanto ao seu real estado de saúde. Mais tarde, Orestes Quércia, governador de São Paulo, gravou longo depoimento congratulando Silvio Santos pelo retorno, salientando a ausência sentida por todos os telespectadores. Silvio não voltaria a ter problemas sérios com a voz, mas temeu por seu próprio futuro como apresentador.[carece de fontes?]

Sequestro[editar | editar código-fonte]

Em 21 de agosto de 2001, a filha de Silvio Santos, Patrícia Abravanel, foi sequestrada na porta da própria casa, no Jardim Morumbi, em São Paulo. Depois de alguns dias de negociação, o resgate foi pago e Patrícia foi libertada. O sequestrador Fernando Dutra Pinto acabou sendo perseguido pela polícia e matou a tiros dois policiais. Sem ter para onde ir, acabou invadindo a casa de Silvio Santos no dia 30 de agosto, sendo que o apresentador estava na sala de ginástica fazendo exercícios no momento, facilitando o trabalho do sequestrador de manter Silvio e toda sua família como reféns. Silvio convenceu o sequestrador a libertar rapidamente as outras pessoas da família e seguiu em cativeiro em sua própria casa durante sete horas. Fernando só se entregou com a chegada do governador Geraldo Alckmin, que garantiu a integridade do criminoso. Alguns meses depois de preso, no dia 2 de janeiro de 2002, Fernando morreu em consequência de uma infecção generalizada causada por um corte profundo nas costas. Há indícios de que a morte do detento tenha sido causada por maus tratos e negligência médica.[54]

Prêmios[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

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Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Silva, Arlindo (2000). A fantástica história de Silvio Santos. 1 1 ed. São Paulo: EDITORA DO BRASIL SP. 278 páginas. ISBN 8510028389 

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