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BQ é o apelido da cidade de Barbacena que é um município do estado de Minas Gerais, no Brasil. Localiza-se a uma latitude 21º13'33" sul e a uma longitude 43º46'25" oeste. De acordo com o censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2012 a estimativa da sua população, é de 128 120 habitantes.3
{{desambiguação}}
É um grande produtor de frutas e de flores. Se destaca como centro de ensino, com expressiva influência regional, tendo também um comércio diversificado. Barbacena fica na Serra da Mantiqueira. Dista 169 quilômetros da capital do estado, Belo Horizonte. O município, com 788,001 quilômetros quadrados, ocupa o sítio de um antigo aldeamento de índios puris, na região conhecida como Campo das Vertentes.

== Características ==
Barbacena é conhecida em todo o Brasil e também no exterior como a "Cidade das Rosas", em função da grande produção local desta flor. No Brasil, o município também é conhecido como a "Cidade dos Loucos", pelo grande número de hospitais psiquiátricos instalados no local. A cidade atraiu esses manicômios em decorrência da antiga ideia, defendida por alguns médicos, de que seu clima ameno, com temperaturas médias bem baixas para os padrões brasileiros, faria com que os doentes mentais ficassem mais quietos e menos arredios, supostamente facilitando o tratamento.

O município possui parque de exposições e um aeroporto com aeroclube.<ref>(autorização de funcionamento revogada em 31/08/2007: Processo ANAC nº 60.830.011771/2007-66,BPS v2 n35)</ref> É sede do Nono Batalhão de Polícia Militar, da 13ª Região da Polícia Militar de Minas Gerais. Abriga estabelecimentos de ensino como a [[Escola Preparatória de Cadetes do Ar]], o [[Instituto Federal do Sudeste de Minas - Barbacena]], a Escola de Hotelaria do [[Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial]], a [[Universidade Presidente Antônio Carlos]], a [[Universidade do Estado de Minas Gerais]], além de escolas de ensino fundamental e médio da [[Rede Salesiana de Escolas]] (Instituto Maria Imaculada) e Educação Vicentina (Colégio Imaculada Conceição). Possui mais de trinta bibliotecas, cinco associações culturais e a [[Academia Barbacenense de Letras]]. Na cidade, também encontram-se escritórios da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais, do [[Departamento de Estradas de Rodagem]] e do [[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]].

Além da intensa produção de frutas europeias e de [[rosas]], exportadas para o país e o exterior, Barbacena é centro de [[pecuária]], [[agricultura]] e da [[indústria]] de [[tecelagem]].


== História ==
=== Origens ===
A atual cidade de Barbacena nasceu na cabeceira do [[Rio das Mortes (Minas Gerais)|Rio das Mortes]]. Era um local habitado por índios [[puris]]. A região começou a ser explorada a partir do século XVII por [[bandeirantes]] oriundos de [[São Paulo (cidade)|São Paulo]] à procura de ouro, pedras preciosas e mão de obra escrava. Os bandeirantes se estabeleceram no local chamado Borda do Campo, também denominado Campolide, onde erigiram a capela de [[Nossa Senhora das Dores|Nossa Senhora da Piedade]].

Era a [[Fazenda da Borda do Campo]], de propriedade, desde o fim do [[século XVII]], dos bandeirantes capitão-mor [[Garcia Rodrigues Pais]] e de seu cunhado coronel [[Domingos Rodrigues da Fonseca Leme]] e, por carta de sesmaria, desde 1703. Ficava às margens do [[Caminho Novo]] da [[Estrada Real]] para o Rio de Janeiro, empreendimento iniciado às expensas do capitão-mor [[Garcia Rodrigues Pais]] em 1698 e que Domingos Leme ajudou a concluir. Garcia Rodrigues Pais também recebeu carta de sesmaria das suas posses antigas na Borda do Campo em 1727. A propriedade, tempos depois, passou às mãos do inconfidente [[José Ayres Gomes]].

Em 1711, a localidade participou de um feito épico: hospedou, às custas de Domingos Rodrigues da Fonseca Leme, o governador da capitania, Antônio de Albuquerque, acompanhado de um exército de 6 000 homens, que ali acampou em marcha de socorro à cidade do [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], então invadida pelos franceses da esquadra de [[René Duguay-Trouin]]. Domingos Leme integrou, ainda, este exército com duzentos de seus homens.

Em 1725, o quarto bispo do Rio de Janeiro, o frei dom [[Antônio de Guadalupe]], criou a Freguesia de Nossa Senhora da Piedade, que teve a antiga capela como sede provisória até 1730 foi o primeiro vigário o Pe. Luiz Pereira da Silva passandi depois a sede para a Capela de N. S. do Pilar do Registro Velho (atual Sá Fortes) capela esta que caiu em ruínas e desapareceu por completo em meados do século XIX.<ref name="Jardim">JARDIM, Conceição (C. Garden). ''Barbacena.'' Rio: Oficinas de "A Noite", 1940.</ref>

Em [[19 de agosto]] de [[1728]] na primeira visita pastoral de D. Frei Antônio de Guadalupe, foi escolhido o "sítio da Igreja Nova" - a atual Matriz - sendo a [[9 de dezembro]] de [[1743]], demarcado o local pelo Pe. Manoel da Silva Lagoinha, com uma Cruz de madeira e iniciada na mesma data a edificação do templo com as licenças do bispo D. Frei João da Cruz.<ref name="Jardim"/>

Em [[27 de novembro]] de [[1748]], a freguesia foi transferida para a Igreja Nova de Nossa Senhora da Piedade (atual matriz), arquitetada por mestre Alpoim. Em torno da igreja, erigiu-se o "Arraial da Igreja Nova de Nossa Senhora da Piedade da [[Borda do Campo]]", chamado também de Arraial ou freguesia da Borda do Campo ou ainda de Arraial da Igreja Nova do Campolide e o templo entregue ao culto pelo Pe. Antônio Pereira Henriques, então vigário, autorizado pelo primeiro bispo de Mariana [[Manuel da Cruz|Dom Frei Manoel da Cruz]], por provisão de 15 de novembro de 1748. As obras, entretanto, prosseguiriam até [[1764]], ano de sua conclusão.<ref name="Jardim"/>

=== Inconfidência Mineira ===
{{Artigo principal|[[Inconfidência Mineira]]}}
Pertenciam ao arraial e depois Vila de Barbacena cinco dos inconfidentes:
* [[Domingos Vidal Barbosa Lage]], irmão do brigadeiro José Vidal; obteve comutação da pena de morte, foi exilado para a Ilha de S. Tiago do Cabo Verde, onde faleceu oito meses após a sua chegada, no Convento de S. Francisco da Cidade de Ribeira Grande.
* Coronel [[Francisco Antônio de Oliveira Lopes]], morreu no degredo, em [[Bié]] na África.
* Padre [[José Lopes de Oliveira]], falecido no cárcere na fortaleza de São Julião da Barra, em [[Lisboa]].
* Padre [[Manuel Rodrigues da Costa]], proprietário da Fazenda e Capela do Registro Velho, depois de preso e degredado para Portugal retornou ao Brasil e tomou parte ativa nos acontecimentos do "Fico", da Independência, foi eleito para as Cortes em 1820 e participante da [[Revolução Liberal de 1842]].
* [[José Aires Gomes]], Coronel de milícias, um dos subscritores da petição ao Visconde de Barbacena para a criação da Vila, proprietário da [[Fazenda da Borda do Campo]], onde hospedou [[Tiradentes]] e foi local de "conventículos" da ''Inconfidência'', morreu no exílio no presídio de [[Inhambane (cidade)|Inhambane]] em [[Moçambique]].

Após a morte de [[Tiradentes]], a vila de Barbacena recebeu um dos seus braços, que teria sido erguido numa "picota" no adro da Igreja de Nossa Senhora do Rosário em cujo adro teria sido sepultado. A bandeira e as armas e brasão da cidade, que contém um braço estendido, memorizam este fato.

=== Criação da vila ===
Em [[14 de agosto]] de [[1791]], foi criada a Vila de Barbacena e erigido o respectivo pelourinho e Câmara pelo Visconde de Barbacena, D. [[Luís António Furtado de Castro do Rio de Mendonça e Faro|Luís Antônio Furtado de Mendonça]], então governador e capitão-general da capitania, que deu à vila o seu próprio título (originalmente, de [[Barbacena (Elvas)|Barbacena]], em Portugal).

A vila teve como sede o antigo Arraial da Igreja Nova de Campolide, compreendendo, ainda, os territórios dos arraiais e freguesias de Nossa Senhora da Conceição do Engenho do Matto e de Nossa Senhora da Glória do Simão Pereira. Foi desmembrada dos territórios das Vilas de [[São João del-Rei|"Sam João de El Rey"]] e de [[Tiradentes (Minas Gerais)|"Sam Joze de El Rey"]], confrontando com as vilas de [[Mariana]], Queluz (atual [[Conselheiro Lafaiete]]), [[São João del-Rei|"Sam João de El Rey"]] e "Sam Joze de El Rey" (atual cidade de [[Tiradentes (Minas Gerais)|Tiradentes]]).

=== "Muito Nobre e Leal Vila" ===
Barbacena, por meio de sua câmara, foi a primeira vila de Minas Gerais a enviar representação a [[Pedro I do Brasil|D. Pedro I]], então regente, em favor do "[[Dia do Fico|Fico]]" ([[9 de janeiro]] de [[1822]]), em [[11 de fevereiro]] de 1822, dirigiu-se a Câmara de Barbacena ao príncipe regente numa representação em que se propunha para ser a sede da Monarquia portuguesa e se ofereciam os barbacenenses para descer "em massa" ao Rio de Janeiro para tomar armas em defesa do Príncipe. Estes atos lhe valeram o título de ''"muito nobre e leal vila"'', conferido por decreto, de [[24 de fevereiro]] de [[1823]] e Alvará de 17 de março do mesmo ano.

=== Revolta dos liberais de 1842 ===
Barbacena foi elevada a cidade pela Lei Provincial nº. 163, de [[9 de março]] de [[1840]].
[[Ficheiro:Cadeia Velha de Barbacena.jpg|thumb|250px|Cadeia Velha - construção do início do século XIX.]]
Em [[10 de junho]] de [[1842]], a cidade aderiu à [[Revolução Liberal]]. Instada pela [[Guarda Nacional (Brasil)|Guarda Nacional]] e o povo, a Câmara Municipal declarou a cidade sede do governo da província e deu posse a [[José Feliciano Pinto Coelho da Cunha]], depois [[Barão de Cocais]], como "presidente interino da Província". Depois deste episódio, ficaram presos vários dos revolucionários na "Cadeia Velha", dentre eles o [[Conde de Prados]], político do Império.

Dentre os barbacenenses que atuaram no movimento, além do Conde de Prados [[Camilo Ferreira Armond]], participaram o Cel. [[Marcelino Ferreira Armond]], 1º Barão de Pitangui, os irmãos João Gualberto, Pedro Teixeira e Antônio Teixeira de Carvalho e o vigário Joaquim Camilo de Brito

=== O fim do século XIX ===
Por ocasião da [[Guerra do Paraguai]], a cidade forneceu 152 voluntários e 77 guardas nacionais para o esforço de guerra. Em [[1889]], Barbacena hospedou o Imperador [[Pedro II do Brasil|D. Pedro II]] em sua última viagem a Minas Gerais e, em [[1893]], sediou a sessão extraordiária do Congresso Mineiro que deliberou sobre a mudança da capital do estado de [[Ouro Preto]] para [[Belo Horizonte]].

No fim do [[século XIX]], atendendo a uma política do Império, o município recebeu um grande número de imigrantes italianos. A primeira leva era composta por agricultores, a maioria veio do norte da [[Itália]]. Em [[15 de abril]] de [[1888]], o Governo Imperial inaugurou uma colônia de imigrantes nos arredores de Barbacena. O local foi denominado "Colônia Rodrigo Silva", homenageando o então ministro da Agricultura. Assim como em todo o País, à época, o fluxo imigratório na cidade colaborou para o crescimento, a diversificação das atividades comerciais e agrícolas e o desenvolvimento de indústrias, como [[sericicultura]], [[cerâmica]], [[marcenaria]] e [[construção civil]].

=== O fórum judicial e o entrocamento da Oeste ===
Em [[30 de junho]] de [[1923]] foram inaugurados simultaneamente o entroncamento da "antiga linha da Oeste" ([[Estrada de Ferro Oeste de Minas]]) ligando a cidade a [[São João del-Rei]] e o edifício do foro judicial, que mais tarde recebeu o nome de [[Francisco Mendes Pimentel|"Mendes Pimentel"]], foi construído durante o governo [[Artur Bernardes|Arthur Bernardes]] e inaugurado na gestão [[Raul Soares]]. Na ocasião serviu de instalação para os cartórios do 1º. e 2º. ofícios, escrivania de paz, coletoria estadual e tribunal do júri.

As inaugurações foram feitas pelo Ministro da Viação [[Francisco Sá]], pelo secretário do Interior [[Fernando de Mello Vianna|Melo Viana]] e pelo Secretário da Agricultura Daniel de Carvalho com a presença do Arcebispo da [[Arquidiocese de Mariana]], dom [[Helvécio Gomes de Oliveira]] e do padre Sinfrônio de Castro e dos deputados [[José Francisco Bias Fortes|Bias Fortes]] e [[Embaixador José Bonifácio|José Bonifácio]].<ref>Jornal "Cidade de Barbacena" nºs. 1765 e 1906, de [[26 de janeiro]] de [[1922]] e [[30 de junho]] de [[1923]]; [[Hemeroteca]] do [[Arquivo Público Mineiro]]</ref>

O edital de concorrência da obra do fórum foi publicado em [[25 de fevereiro]] de [[1922]] no órgão oficial do Estado, a edificação se deu em terreno adquirido pela Câmara Municipal alguns anos antes na esquina da antiga rua da "Boa Morte" e estava orçada em 77:652$800 ("contos de réis"). Em [[1930]] o prédio serviu de sede para o Comando Revolucionário em Barbacena.

=== Duas revoluções ===
A cidade teve participação ativa na [[Revolução de 1930]] e na [[Revolução de 1932]]. Localizada estrategicamente às margens da estrada que levava à Capital, Rio de Janeiro, a cidade foi sede do "Quartel-General da 4ª Região Militar Revolucionária", em [[1930]]. O avanço dos revolucionários de Barbacena sobre [[Juiz de Fora]] e a tomada desta praça, com a rendição e adesão das tropas legalistas, tornou livre o acesso dos mineiros à capital da República. Esse fato foi decisivo para a deposição de [[Washington Luís]] e a vitória da Revolução. A cidade participou, ainda, dos combates contra os revoltosos paulistas de [[1932]], fornecendo dois batalhões provisórios.


=== Inconfidência Mineira ===
{{Artigo principal|[[Inconfidência Mineira]]}}
Pertenciam ao arraial e depois Vila de Barbacena cinco dos inconfidentes:
* [[Domingos Vidal Barbosa Lage]], irmão do brigadeiro José Vidal; obteve comutação da pena de morte, foi exilado para a Ilha de S. Tiago do Cabo Verde, onde faleceu oito meses após a sua chegada, no Convento de S. Francisco da Cidade de Ribeira Grande.
* Coronel [[Francisco Antônio de Oliveira Lopes]], morreu no degredo, em [[Bié]] na África.
* Padre [[José Lopes de Oliveira]], falecido no cárcere na fortaleza de São Julião da Barra, em [[Lisboa]].
* Padre [[Manuel Rodrigues da Costa]], proprietário da Fazenda e Capela do Registro Velho, depois de preso e degredado para Portugal retornou ao Brasil e tomou parte ativa nos acontecimentos do "Fico", da Independência, foi eleito para as Cortes em 1820 e participante da [[Revolução Liberal de 1842]].
* [[José Aires Gomes]], Coronel de milícias, um dos subscritores da petição ao Visconde de Barbacena para a criação da Vila, proprietário da [[Fazenda da Borda do Campo]], onde hospedou [[Tiradentes]] e foi local de "conventículos" da ''Inconfidência'', morreu no exílio no presídio de [[Inhambane (cidade)|Inhambane]] em [[Moçambique]].

Após a morte de [[Tiradentes]], a vila de Barbacena recebeu um dos seus braços, que teria sido erguido numa "picota" no adro da Igreja de Nossa Senhora do Rosário em cujo adro teria sido sepultado. A bandeira e as armas e brasão da cidade, que contém um braço estendido, memorizam este fato.


=== Criação da vila ===
Em [[14 de agosto]] de [[1791]], foi criada a Vila de Barbacena e erigido o respectivo pelourinho e Câmara pelo Visconde de Barbacena, D. [[Luís António Furtado de Castro do Rio de Mendonça e Faro|Luís Antônio Furtado de Mendonça]], então governador e capitão-general da capitania, que deu à vila o seu próprio título (originalmente, de [[Barbacena (Elvas)|Barbacena]], em Portugal).

A vila teve como sede o antigo Arraial da Igreja Nova de Campolide, compreendendo, ainda, os territórios dos arraiais e freguesias de Nossa Senhora da Conceição do Engenho do Matto e de Nossa Senhora da Glória do Simão Pereira. Foi desmembrada dos territórios das Vilas de [[São João del-Rei|"Sam João de El Rey"]] e de [[Tiradentes (Minas Gerais)|"Sam Joze de El Rey"]], confrontando com as vilas de [[Mariana]], Queluz (atual [[Conselheiro Lafaiete]]), [[São João del-Rei|"Sam João de El Rey"]] e "Sam Joze de El Rey" (atual cidade de [[Tiradentes (Minas Gerais)|Tiradentes]]).


=== "Muito Nobre e Leal Vila" ===
Barbacena, por meio de sua câmara, foi a primeira vila de Minas Gerais a enviar representação a [[Pedro I do Brasil|D. Pedro I]], então regente, em favor do "[[Dia do Fico|Fico]]" ([[9 de janeiro]] de [[1822]]), em [[11 de fevereiro]] de 1822, dirigiu-se a Câmara de Barbacena ao príncipe regente numa representação em que se propunha para ser a sede da Monarquia portuguesa e se ofereciam os barbacenenses para descer "em massa" ao Rio de Janeiro para tomar armas em defesa do Príncipe. Estes atos lhe valeram o título de ''"muito nobre e leal vila"'', conferido por decreto, de [[24 de fevereiro]] de [[1823]] e Alvará de 17 de março do mesmo ano.

=== Revolta dos liberais de 1842 ===
Barbacena foi elevada a cidade pela Lei Provincial nº. 163, de [[9 de março]] de [[1840]].
[[Ficheiro:Cadeia Velha de Barbacena.jpg|thumb|250px|Cadeia Velha - construção do início do século XIX.]]
Em [[10 de junho]] de [[1842]], a cidade aderiu à [[Revolução Liberal]]. Instada pela [[Guarda Nacional (Brasil)|Guarda Nacional]] e o povo, a Câmara Municipal declarou a cidade sede do governo da província e deu posse a [[José Feliciano Pinto Coelho da Cunha]], depois [[Barão de Cocais]], como "presidente interino da Província". Depois deste episódio, ficaram presos vários dos revolucionários na "Cadeia Velha", dentre eles o [[Conde de Prados]], político do Império.

Dentre os barbacenenses que atuaram no movimento, além do Conde de Prados [[Camilo Ferreira Armond]], participaram o Cel. [[Marcelino Ferreira Armond]], 1º Barão de Pitangui, os irmãos João Gualberto, Pedro Teixeira e Antônio Teixeira de Carvalho e o vigário Joaquim Camilo de Brito


=== O fim do século XIX ===
Por ocasião da [[Guerra do Paraguai]], a cidade forneceu 152 voluntários e 77 guardas nacionais para o esforço de guerra. Em [[1889]], Barbacena hospedou o Imperador [[Pedro II do Brasil|D. Pedro II]] em sua última viagem a Minas Gerais e, em [[1893]], sediou a sessão extraordiária do Congresso Mineiro que deliberou sobre a mudança da capital do estado de [[Ouro Preto]] para [[Belo Horizonte]].

No fim do [[século XIX]], atendendo a uma política do Império, o município recebeu um grande número de imigrantes italianos. A primeira leva era composta por agricultores, a maioria veio do norte da [[Itália]]. Em [[15 de abril]] de [[1888]], o Governo Imperial inaugurou uma colônia de imigrantes nos arredores de Barbacena. O local foi denominado "Colônia Rodrigo Silva", homenageando o então ministro da Agricultura. Assim como em todo o País, à época, o fluxo imigratório na cidade colaborou para o crescimento, a diversificação das atividades comerciais e agrícolas e o desenvolvimento de indústrias, como [[sericicultura]], [[cerâmica]], [[marcenaria]] e [[construção civil]].
=== O fórum judicial e o entrocamento da Oeste ===
Em [[30 de junho]] de [[1923]] foram inaugurados simultaneamente o entroncamento da "antiga linha da Oeste" ([[Estrada de Ferro Oeste de Minas]]) ligando a cidade a [[São João del-Rei]] e o edifício do foro judicial, que mais tarde recebeu o nome de [[Francisco Mendes Pimentel|"Mendes Pimentel"]], foi construído durante o governo [[Artur Bernardes|Arthur Bernardes]] e inaugurado na gestão [[Raul Soares]]. Na ocasião serviu de instalação para os cartórios do 1º. e 2º. ofícios, escrivania de paz, coletoria estadual e tribunal do júri.

As inaugurações foram feitas pelo Ministro da Viação [[Francisco Sá]], pelo secretário do Interior [[Fernando de Mello Vianna|Melo Viana]] e pelo Secretário da Agricultura Daniel de Carvalho com a presença do Arcebispo da [[Arquidiocese de Mariana]], dom [[Helvécio Gomes de Oliveira]] e do padre Sinfrônio de Castro e dos deputados [[José Francisco Bias Fortes|Bias Fortes]] e [[Embaixador José Bonifácio|José Bonifácio]].<ref>Jornal "Cidade de Barbacena" nºs. 1765 e 1906, de [[26 de janeiro]] de [[1922]] e [[30 de junho]] de [[1923]]; [[Hemeroteca]] do [[Arquivo Público Mineiro]]</ref>

O edital de concorrência da obra do fórum foi publicado em [[25 de fevereiro]] de [[1922]] no órgão oficial do Estado, a edificação se deu em terreno adquirido pela Câmara Municipal alguns anos antes na esquina da antiga rua da "Boa Morte" e estava orçada em 77:652$800 ("contos de réis"). Em [[1930]] o prédio serviu de sede para o Comando Revolucionário em Barbacena.


=== Duas revoluções ===
A cidade teve participação ativa na [[Revolução de 1930]] e na [[Revolução de 1932]]. Localizada estrategicamente às margens da estrada que levava à Capital, Rio de Janeiro, a cidade foi sede do "Quartel-General da 4ª Região Militar Revolucionária", em [[1930]]. O avanço dos revolucionários de Barbacena sobre [[Juiz de Fora]] e a tomada desta praça, com a rendição e adesão das tropas legalistas, tornou livre o acesso dos mineiros à capital da República. Esse fato foi decisivo para a deposição de [[Washington Luís]] e a vitória da Revolução. A cidade participou, ainda, dos combates contra os revoltosos paulistas de [[1932]], fornecendo dois batalhões provisórios.


== Bairros ==

[[File:Bairro Jardim.jpg|thumb|250px|right|Bairro Jardim, típico bairro de classe média de Barbacena.]]

[[File:Obras Barbacena.jpg|250px|miniaturadaimagem|direita|Obras em uma rua de Barbacena.]]

{| cellpadding=3
| width=1% valign=top |
* Água Santa
* Andaraí
* Belvedere
* Boa Morte
* [[Boa Vista (Barbacena)|Boa Vista]]
* Bom Pastor
* Caiçaras
* Caminho Novo
* Campo
* Carmo
* [[Centro (Barbacena)|Centro]]
* Chacáras das Andorinhas
* Diniz
* Diniz II
* Eucisa
| width=1% valign=top |
* Fátima
* Floresta
* Funcionários
* Greenville
* Grogotó
* Guarani
* Ibiapaba
* Ipanema
* Jardim
* João Paulo II
* Mansões
* Margaridas
* Marino Ceolin
* Monsenhor Mário Quintão
* Monte Mário
| width=1% valign=top |
* Nossa Senhora Aparecida
* Nova Cidade
* Nova Suíça
* Nove de Março
* Novo Horizonte
* Padre Cunha
* Panorama
* Passarinhos
* Pontilhão
* Retiro das Rosas
* Santa Cecília
* Santa Efigênia
* Santa Luzia
* Santa Maria
* Santa Tereza I
| width=1% valign=top |
* Santa Tereza II
* Santo Antônio
* São Cristóvão
* São Francisco
* São Geraldo
* São Jorge
* São José
* [[São Pedro (Barbacena)|São Pedro]]
* São Sebastião
* São Vicente de Paula
* Serra Verde
* Vale das Rosas
* Valentim Prenassi
* Vilela
* Vista Alegre
|}


== Distritos ==
{{ver anexo|Lista de distritos de Barbacena}}
{| cellpadding=3
| width=1% valign=top |
* Colônia Rodrigo Silva
* Correia de Almeida
* Costas da Mantiqueira
| width=1% valign=top |
* Faria
* Galego
* Mantiqueira do Palmital
| width=1% valign=top |
* Nossa Senhora das Dores
* Padre Brito
* Pinheiro Grosso
| width=1% valign=top |
* Ponte Chique do Martelo
* Ponte do Cosme
* São Sebastião dos Torres
|}

Fonte: Divisão Territorial datada de 2003


== Geografia ==
Barbacena possui um [[clima tropical de altitude]], com [[inverno]]s frios e [[verão|verões]] amenos. A temperatura média anual da cidade é de 17°C.<ref>Fonte: http://br.weather.com/</ref>
{| border="0" cellspacing="1" cellpadding="2"
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| bgcolor="#99CCCC" | '''<font color="#333399" size="-1" face="Arial, Helvetica, sans-serif">Máxima Média °C</font>'''
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|-----
| bgcolor="#99CCCC" | '''<font color="#333399" size="-1" face="Arial, Helvetica, sans-serif">Média °C</font>'''
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| align="center" valign="middle" bgcolor="FF5000" | '''19
|-----
| bgcolor="#99CCCC" | '''<font color="#333399" size="-1" face="Arial, Helvetica, sans-serif">Precipitação (mm)
</font>'''
| align="center" valign="middle" bgcolor="#400080" | <font color="#FFFFFF">'''N/D
'''</font>
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|}

=== Terrestre ===
A cidade possui em média 80 mil veículos, e o transporte público conta com 3 empresas terceirizadas, Cidade das Rosas, Andrea (subsidiária da Empresa Barraca) e Gomes (subsidiária da Gomes Turismo), no transporte urbano e 2 empresas, Empresa Barraca (para [[Antônio Carlos]], [[Alfredo Vasconcelos]], [[Ibertioga]] e [[Campolide]], os demais destinos são rodoviários)e Andrea (subsidiária da Empresa Barraca. Para [[Campolide]]) no transporte interurbano. A cidade é ligada pelas rodovias [[BR-040]], [[BR-265]], [[MG-338]], [[MG-135]], [[MG-132]] e [[MG-448]].


=== Aéreo ===
Está localizado no município o [[Aeroporto Major-Brigadeiro Doorgal Borges]] ([[Código aeroportuário_ICAO|ICAO]]:SBBQ [[IATA]]:QAK)<ref>{{Citar web
| url=http://aviacao.guiadevoo.com/Aviacao/aerodromos.aspx?B=BARBACENA
| titulo = SBBQ - BARBACENA
| publicado = Guia de aeródromos brasileiros
| acessodata = 1 de janeiro de 2013}}</ref>
O Aeroporto Doorgal Borges recebe vôos cargueiros da [[Alba Cargo]] <ref>http://www.albacargo.com.br/areas-de-atuacao</ref> para o [[Aeroporto da Pampulha]] em [[Belo Horizonte]], utilizando aeronaves [[Piper Navajo|Embraer 820C]].


=== Ferroviário ===
Irá começar a operar na cidade em outubro a linha Litorina Expresso Pai da Aviação, que ligará a Estação Ferroviária Central de Barbacena até o [[Museu de Cabangu]], em [[Santos Dumont (Minas Gerais)|Santos Dumont]], fazendo um percurso de 40km pela serra da mantiqueira. O Expresso Pai da Aviação vai funcionar aos feriados e fins de semana, com 2 viagens ao dia, e possui capacidade para 76 passageiros <ref>http://globotv.globo.com/tv-integracao-triangulo-mineiro/mgtv-2-tv-integracao/v/litorina-expresso-pai-da-aviacao-tera-trajeto-entre-barbacena-e-santos-dumont/2773732/</ref>.
Opera também a linha cargueira da [[MRS]].


== Estações e terminais ==
* [[Terminal Rodoviário de Barbacena|Terminal Rodoviário]]
* [[Aeroporto Major-Brigadeiro Doorgal Borges]]
* Estação Ferroviária


== Principais Vias ==

{| class="wikitable"
|-
! Nome !! Ponto de Inicio/Final !! Extensão !! Semáforos !! Sinalização/estado da pista/informações gerais
|-
| Avenida Saldanha Marinho || [[Centro (Barbacena)|Centro]] até [[Aeroporto de barbacena|Aeroporto]] || 5,2 km || 0 || Ótima - Trecho entre Residencial Ceolin e Aeroporto em pista dupla e parcialmente iluminado
|-
| Avenida Frei Orlando || [[Centro (Barbacena)|Centro]] até Faria || 14,6 km || 0 ||Regular - Parcialmente iluminado
|-
| Avenida Bahia || Pontilhão até Zona Norte || 4 km || 1 || Regular - Pista Dupla <small>(Pista sentido Zona Norte interditada na altura da Linha Sanitária desde 2011)</small>
|-
| Avenida Governador Bias Fortes || Viaduto Dom Pedro II até Viaduto Caetés (Acesso a [[BR-040]]) || 4,2 km || 0 || Ótima - Pista Dupla
|-
| Linha Azul <small>(conhecida como Linha Snitária, antiga Av. Noé Lima)</small> || Zona Oeste até Avenida Bahia || 3,1 km || 2 || Ótima - Pista Dupla
|-
| Linha do Oeste || Estação Ferroviária até [[MG-338]] || 11 km || 0 || Ruim - Sem iluminaçao entre a Vila dos Sargentos e a Colonia Rodrigo Silva
|-
| Avenida Pereira Teixeira || [[Centro (Barbacena)|Centro]] até Santa Cecília || 6 km || 1 || Ótima
|-
| Avenida Prefeito Simão Tamm Bias Fortes || Viaduto Dom Pedro II até BR-265 || 4,3 km || 0 || Boa
|-
| Avenida Cruz das Almas || [[Centro (Barbacena)|Centro]] até [[BR-040]] (Acesso secundário a Barbacena via BR-040) || 14 km || 0 || Regular - Trecho em pista dupla
|-
| Avenida Tomaz Gonzaga || [[Centro (Barbacena)|Centro]] até [[MG-338]] || 4,7 km || 0 || Boa
|-
| Avenida Demétrio Ribeiro || Praça Iolanda Maia até Acesso [[BR-040]] via Estrada do Contorno || 5,1 km || 0 || Ruim
|-
| Anel Rodoviário (Estrada do Contorno) || [[BR-265]] até [[BR-040]] || 5,4 km || 0 || Ótima - Trecho em pista dupla
|-
|| Avenida Bias Fortes || Largo Mal. Floriano Peixoto até Rua Comendador João Fernandes || 1,4 km || 0 || Boa
|-
|| Rua Sete de Setembro || Praça Conde de Prados (Praça do Globo) até Rua Sena Madureira || 1,4 km || 1 || Regular
|-
|| Rua Mal. Floriano Peixoto || Pontilhão até Largo Mal. Floriano Peixoto || 1 km || 1 || Ótima
|-
|| Avenida Irmã Paula || Igreja São Sebastião até Rua Mal. Floriano Peixoto || 1,3 km || 1 || Boa
|-
|}


== Comércio ==
[[Ficheiro:Comercio praça dos andradas.jpg|250px|miniaturadaimagem|direita|Estabelecimentos comerciais no entorno da Praça dos Andradas]]
A cidade de Barbacena é o principal centro comercial da macrorregião do Campo das Vertentes.{{carece de fontes|data=maio de 2012}}


== Cultura ==
[[Ficheiro:Basílica de São José Operário.jpg|thumb|250px|A [[Basílica de São José Operário]], onde se realiza o Jubileu.]]
A cidade tem um calendário de eventos e festividades no qual se destacam o Jubileu de São José realizado em abril, o Festival da Loucura, realizado em junho a partir de 2009, a Exposição Agropecuária, em maio e a Festa das [[Rosas]], em outubro.

Na Casa da Cultura, antigo prédio da primeira cadeia pública, funciona a Biblioteca Pública Municipal e o Conservatório Municipal. O prédio foi tombado pelo [[IEPHA]] em 1983, embora tenha recebido diversas reformas até a última década de 80, o que adulterou sua conformação original. A Casa tem história para contar: abrigou o primeiro quartel do século XIX, serviu de casa de detenção dos revoltosos da histórica Revolução Liberal, em 1842, e até 1953 funcionou como espaço prisional. Em seguida, recebeu a Escola Normal do município e, entre 1957 e 1980, sediou a Faculdade de Odontologia de Barbacena <ref>[http://www.iepha.mg.gov.br/noticias/765-iephamg-apresenta-novos-usos-para-predios-tombados Novos usos para prédios tombados] - ''[[IEPHA]]'', 8 de março de 2010 (visitado em 8-3-2010)</ref>.


== Economia ==

Na economia da cidade, destaca-se o setor da [[agropecuária]], principalmente, com o fornecimento de [[leite]] e derivados, além, é claro, do plantio de [[rosa]]s. O município conta com poucas [[indústria]]s. As de maior destaque são a RDM [[Vale S.A.|Vale do Rio Doce]] (Beneficiamento de ferro-ligas a base de manganês) e a Saint Gobain (materiais cerâmicos) e também conta com dois abatedouros de frangos e um matadouro de bovinos e suinos . O setor de serviços é suficiente para a subsistência da cidade e região.


== Educação ==

[[Ficheiro:Colégio Abílio.jpg|thumb|direita|250px|Colégio Abílio de Barbacena no final do século XIX, antigo educandário do [[Barão de Macaúbas]] serviu de sede do Colégio Militar, depois do "Gymnásio Mineiro" e hoje é a sede da [[Escola Preparatória de Cadetes do Ar|EPCAR]].]]

[[Ficheiro:Pintura Original Santuario da Piedade Panoramico.jpg|250px|miniaturadaimagem|direita|Altar do Santuário da Piedade, pode ser visto um recorte na parede, expondo a pintura original.]]

Além do ensino superior, no ensino médio Barbacena possui uma escola entre as melhores do Brasil. No [[Exame Nacional do Ensino Médio|ENEM]] (Exame Nacional do Ensino Médio) 2008 a instituição federal [[Escola Preparatória de Cadetes do Ar]] (EPCAr) ficou em 16º lugar entre as escolas do Brasil,<ref name="ENEM 2008">http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/04/28/ult1811u274.jhtm</ref> e em 2006 a mesma escola ficou em 8º lugar entre as públicas,<ref name="ENEM 2006">http://educacao.uol.com.br/ultnot/2007/02/07/ult1811u157.jhtm</ref>.em 2008 a escola ficou em 3° lugar entre as escolas públicas do país no ENEM. Entretanto, o acesso é restrito àqueles do sexo masculino que prestam exame de seleção para atividades militares. O exame de seleção é de abrangência nacional. Além da EPCAR existe outra instituição de ensino federal no Município: O [[Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais]] - Campus Barbacena. O nível educacional na cidade é elevado e a cidade possui uma das melhores relações aluno/vagas do Estado devido a grande quantidade de estabelecimentos de ensino existentes com relação à população local.

*Índice IDEB

Segundo o [[Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira]] - [[INEP]] a rede pública estadual no município, reativamente à 4a. série/5ºano, no ano de 2009, atingiu a meta estabelecida para o "Índice de Desenvolvimento da Educação Básica" igual a 6,7, já igualando a meta estabelecida pelo [[MEC]] para ser atingida em [[2017]]. Para a 8a. série/9º. ano o índice foi de 4,8, superando a meta prevista para [[2011]]. Já a rede de escolas públicas municipais, no ano de 2009 atingiu o índice 5,2 superando também a meta prevista para aquele ano que era de 4,9.<ref>[http://sistemasideb.inep.gov.br/resultado/ Sítio do INEP] Visitado em 1º. de agosto de 2011.</ref>

=== Turismo ===
Os edifícios históricos, de estilo colonial ou [[barroco]], são, sobretudo, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Piedade, Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte, Igreja de Nossa Senhora do Rosário, Cadeia Velha, Câmara Municipal, Museu Municipal, Solar dos Andradas, Sobrado dos Vidigal, Sobrado Paolucci, Residência Ânuar Fares e o Sobrado de [[Olinto de Magalhães]].

São também atrativos pontos de visitação pelo seu estilo ou importância histórica: o Fórum [[Francisco Mendes Pimentel|Mendes Pimentel]], a Igreja Básilica de São José, o Solar [[Chrispim Jacques Bias Fortes|Bias Fortes]], Solar dos Canedos, Grupo Escolar Bias Fortes, a Fundação Porphíria de José Máximo de Magalhães, Escola Estadual Adelaide Bias Fortes, o Pontilhão Ferroviário, a [[Escola Preparatória de Cadetes-do-Ar]], Escola Agrotécnica Federal "Diaulas Abreu", Santa Casa de Misericórdia, Farmácia Santa Terezinha, Estação Ferroviária, o Colégio Imaculada Conceição, a Casa-museu de [[Georges Bernanos]], o Manicômio Judiciário, Museu da Loucura (no antigo [[Hospital Colônia de Barbacena|Hospital Colônia]]), edifício da antiga Sericicultura e o leito da antiga Estrada de Ferro do Oeste de Minas. O cemitério antigo, da Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte, data da década de [[1850]], também possui algumas obras de arte.

O ponto mais elevado que permite vista de toda a cidade e adjacências é o [[mirante]], localizado no bairro Monte Mário. A cidade tem restaurantes de comida típica italiana, árabe, oriental e mineira, além de bons serviços de hotelaria. No entanto, sofre efeitos da concorrência de outras cidades históricas mais próximas, como Tiradentes e São João del-Rei que têm investido em gastronomia e eventos relacionados ao cinema.

Em virtude do crescimento desordenado e da falta de conservação das vias públicas e construções históricas, o município perdeu seu charme turístico, embora haja potencial para o turismo de eventos e para aqueles relacionados ao clima frio, por apresentar invernos rigorosos devido aos seus 1.100 metros de altitude e pela sua localização estratégica, próxima à BR 040.

=== Fazendas históricas ===
Algumas fazendas próximas, na região, têm ligações históricas com a cidade e com a antiga "Vila" de Barbacena por rememorarem fatos e episódios da sua história:

* [[Fazenda da Borda do Campo]], situada no município de Antônio Carlos, é origem de Barbacena e de todos os municípios dali desmembrados, construída cerca dd 1698, foi um dos locais de reunião dos inconfidentes.
* Fazenda do Registro Velho, situada no distrito de Sá Fortes, município de Antônio Carlos, foi propriedade do Padre e Inconfidente [[Manoel Rodrigues da Cost]]a, foi local de encontros de inconfidentes.
* Fazenda do Ribeiro, sediada na antiga Estação e hoje município de Vasconcelos, local de nascimento dos inconfidentes Cel. Francisco Antônio de Oliveira Lopes e de seu irmão Pe. José Lopes de Oliveira.
* Fazenda do Castelo, foi propriedade do Pe. Antônio da Silva Santos, irmão de Tiradentes.
* Fazenda da Cachoeira, pertenceu ao Brigadeiro José Vidal, irmão do inconfidente Dr. Domingos Vidal Barbosa Lage.
* Fazenda da Mantiqueira, próximo à localidade de igual nome, no município de Santos Dumont, teve seu nome ligado aos crimes da quadrilha de salteadores que atuou na região no século XVIII e à história da Inconfidência.
* Fazenda da Caveira de Cima, na antiga "Estação do Sanatório", sede do depois "Hospital Colônia" e hoje "Museu da Loucura", foi propriedade do delator dos inconfidentes [[Joaquim Silvério dos Reis]].
* Fazenda dos Moinhos, no Rio Fundo, origem da família dos Armond à qual pertenceram o [[Conde de Prados]] e o 2º. Barão de Pitangui [[Antônio Ferreira Armond]], fundador da Santa Casa de Misericórdia de Barbacena.
* Fazenda da Conceição, no antigo distrito de Livramento, hoje município de [[Oliveira Fortes]] local de nascimento do governador [[Chrispim Jacques Bias Fortes]].
* [[Fazenda de Cabangu]], no antigo distrito de João Gomes, depois Palmyra e hoje município de Santos Dumont, local de nascimento de Santos Dumont.
* [[Fazenda do Campo Verde]], desmembrada da antiga Fazenda da Borda do Campo no século XIX.

== Jornal ==

{| cellpadding=3
| width=1% valign=top |
* {{Link||2=http://correiodaserra.com.br/ |3=Correio da Serra}}
* Expresso
| width=1% valign=top |
* {{Link||2=http://jornaldesabadoonline.com.br |3=Jornal de Sábado}}
* {{Link||2=http://ojornaldebarbacena.com.br |3=Praça Pública}}
|}


== Rádio ==

{| cellpadding=3
| width=1% valign=top |
Rádio AM<br>
* Correio da Serra AM<br>
* Globo AM<br>
| width=1% valign=top |
Rádio FM<br>
* {{Link||2=http://radiosucesso.com.br |3=Sucesso FM}}
* {{Link||2=http://93radiofm.com.br |3=93 FM}}
| width=1% valign=top |
Rádio Web<br>
*{{Link||2=http://radiomegaminas.com |3=Radio Mega Minas}}
|}


== TV ==

{| cellpadding=3
| width=1% valign=top |
Analógico

* Canal 2 - [[SBT]] | [[TV Alterosa Zona da Mata e Campo das Vertentes]]
* Canal 4 - [[Record Minas]]
* Canal 6 - [[RedeVida]]
* Canal 8 - [[Rede Globo]] | [[TV Integração Zona da Mata]]
* Canal 10 - [[TV Cultura]] | TV Estrada Real + TV Lafaiete
* Canal 13 - [[Band Minas]]
* Canal 14 - [[TV Canção Nova]]
* Canal 55 - [[Rede Minas]]
* Canal 58 - [[TV Assembleia (Minas Gerais)]]
| width=1% valign=top |
Digital

* Canal 24 - [[RedeVida]] HD
| width=1% valign=top |
On-Line

*[[TVBQ]]
|}


== {{Ver também}} ==
{{Commonscat|Barbacena (Brazil)}}
{{Categoria|Barbacena}}
* [[Anexo:Lista de prefeitos de Barbacena]]
* [[Câmara Municipal de Barbacena]]
* [[Minas Gerais]]
* [[Serra da Mantiqueira]]
* [[Lista de famílias políticas do Brasil]]

{{Referências}}
http://pt.wikipedia.org/wiki/Barbacena_(Minas_Gerais)

== {{Bibliografia}} ==
* ''A cultura em Barbacena'': literatura, história e geografia. Barbacena: Fundação Presidente Antonio Carlos, s. d.
* ANDRADA, Antônio Carlos Doorgal de. ''Um século de história. A imigração italiana em Barbacena (1888 - 1988)''. Barbacena: Gráfica e Editora Cidade de Barbacena, 2006. ISBN 85-99449-04-4
* ANDRADA, Bonifácio José Tamm de. ''A revolução de 1930, marco histórico''. Prefeitura Municipal de Barbacena - FUNDAC, Belo Horizonte: Rona, 1995.
* ANDRADA E SILVA, José Bonifácio. ''Uma fazenda histórica: Borda do Campo - O inconfidente José Aires Gomes''. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, tomo 72. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1910.
* BASTOS, Wilson de Lima. ''A fazenda da Borda do Campo e o inconfidente José Aires Gomes''. Juiz de Fora: Paraibuna, 1992.
* BURTON, Richard Francis, Sir. ''Viagem do Rio de Janeiro a Morro Velho''. Apresentação e notas de [[Mário Guimarães Ferri]]; tradução de David Jardim Junior. São Paulo: Ed. Itatiaia e Ed. da Universidade de São Paulo, 1976.
* JARDIM, Conceição (C. Garden). ''Barbacena.'' Rio: Oficinas de "A Noite", 1940.
* MASSENA, Nestor. ''Barbacena: a terra e o homem''. Belo Horizonte: Imprensa Oficial, 1985.
* Revista do Archivo Público Mineiro - Ano I - Fascículo 1º., janeiro a março de 1896, Imprensa Oficial de Minas Gerais, 1896. - (Documentos sobre a criação da vila de Barbacena).
* SAVASSI, Altair José. ''Barbacena - 200 anos''. Belo Horizonte: Editora Lemi S.A., 1991.
* SAVASSI, Altair José . ''Resumo histórico do município de Barbacena''. Barbacena: Prefeitura Municipal, 1953.
* TRINDADE, José da Santíssima, Dom Frei. ''Visitas pastorais'' (1821-1825) - Texto e índices de José Arnaldo Coêlho de Aguiar e Ronald Polito Oliveira. Belo Horizonte: Centro de Estudos Históricos e Culturais. Fundação João Pinheiro. Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais, 1998.


== {{Ligações externas}} ==
* {{Link||2=http://www.barbacenamais.com.br |3=Portal BarbacenaMais}}
* {{Link||2=http://barbacena.mg.gov.br |3=Prefeitura Municipal de Barbacena}}
* {{Link||2=http://camarabarbacena.mg.gov.br |3=Câmara Municipal de Barbacena}}
* {{Link||2=http://mg.gov.br/ |3=Governo do Estado de Minas Gerais}}
* {{Link||2=http://almg.gov.br/ |3=Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais}}

{{Hierarquia urbana do Brasil}}
{{Subdivisões de Minas Gerais}}
{{Mesorregião do Campo das Vertentes}}

{{Portal3|Minas Gerais}}

[[Categoria:Barbacena| ]]



'''Bq''' pode ser:
'''Bq''' pode ser:

Revisão das 01h29min de 5 de outubro de 2013

BQ é o apelido da cidade de Barbacena que é um município do estado de Minas Gerais, no Brasil. Localiza-se a uma latitude 21º13'33" sul e a uma longitude 43º46'25" oeste. De acordo com o censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2012 a estimativa da sua população, é de 128 120 habitantes.3 É um grande produtor de frutas e de flores. Se destaca como centro de ensino, com expressiva influência regional, tendo também um comércio diversificado. Barbacena fica na Serra da Mantiqueira. Dista 169 quilômetros da capital do estado, Belo Horizonte. O município, com 788,001 quilômetros quadrados, ocupa o sítio de um antigo aldeamento de índios puris, na região conhecida como Campo das Vertentes.

Características

Barbacena é conhecida em todo o Brasil e também no exterior como a "Cidade das Rosas", em função da grande produção local desta flor. No Brasil, o município também é conhecido como a "Cidade dos Loucos", pelo grande número de hospitais psiquiátricos instalados no local. A cidade atraiu esses manicômios em decorrência da antiga ideia, defendida por alguns médicos, de que seu clima ameno, com temperaturas médias bem baixas para os padrões brasileiros, faria com que os doentes mentais ficassem mais quietos e menos arredios, supostamente facilitando o tratamento.

O município possui parque de exposições e um aeroporto com aeroclube.[1] É sede do Nono Batalhão de Polícia Militar, da 13ª Região da Polícia Militar de Minas Gerais. Abriga estabelecimentos de ensino como a Escola Preparatória de Cadetes do Ar, o Instituto Federal do Sudeste de Minas - Barbacena, a Escola de Hotelaria do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, a Universidade Presidente Antônio Carlos, a Universidade do Estado de Minas Gerais, além de escolas de ensino fundamental e médio da Rede Salesiana de Escolas (Instituto Maria Imaculada) e Educação Vicentina (Colégio Imaculada Conceição). Possui mais de trinta bibliotecas, cinco associações culturais e a Academia Barbacenense de Letras. Na cidade, também encontram-se escritórios da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais, do Departamento de Estradas de Rodagem e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Além da intensa produção de frutas europeias e de rosas, exportadas para o país e o exterior, Barbacena é centro de pecuária, agricultura e da indústria de tecelagem.


História

Origens

A atual cidade de Barbacena nasceu na cabeceira do Rio das Mortes. Era um local habitado por índios puris. A região começou a ser explorada a partir do século XVII por bandeirantes oriundos de São Paulo à procura de ouro, pedras preciosas e mão de obra escrava. Os bandeirantes se estabeleceram no local chamado Borda do Campo, também denominado Campolide, onde erigiram a capela de Nossa Senhora da Piedade.

Era a Fazenda da Borda do Campo, de propriedade, desde o fim do século XVII, dos bandeirantes capitão-mor Garcia Rodrigues Pais e de seu cunhado coronel Domingos Rodrigues da Fonseca Leme e, por carta de sesmaria, desde 1703. Ficava às margens do Caminho Novo da Estrada Real para o Rio de Janeiro, empreendimento iniciado às expensas do capitão-mor Garcia Rodrigues Pais em 1698 e que Domingos Leme ajudou a concluir. Garcia Rodrigues Pais também recebeu carta de sesmaria das suas posses antigas na Borda do Campo em 1727. A propriedade, tempos depois, passou às mãos do inconfidente José Ayres Gomes.

Em 1711, a localidade participou de um feito épico: hospedou, às custas de Domingos Rodrigues da Fonseca Leme, o governador da capitania, Antônio de Albuquerque, acompanhado de um exército de 6 000 homens, que ali acampou em marcha de socorro à cidade do Rio de Janeiro, então invadida pelos franceses da esquadra de René Duguay-Trouin. Domingos Leme integrou, ainda, este exército com duzentos de seus homens.

Em 1725, o quarto bispo do Rio de Janeiro, o frei dom Antônio de Guadalupe, criou a Freguesia de Nossa Senhora da Piedade, que teve a antiga capela como sede provisória até 1730 foi o primeiro vigário o Pe. Luiz Pereira da Silva passandi depois a sede para a Capela de N. S. do Pilar do Registro Velho (atual Sá Fortes) capela esta que caiu em ruínas e desapareceu por completo em meados do século XIX.[2]

Em 19 de agosto de 1728 na primeira visita pastoral de D. Frei Antônio de Guadalupe, foi escolhido o "sítio da Igreja Nova" - a atual Matriz - sendo a 9 de dezembro de 1743, demarcado o local pelo Pe. Manoel da Silva Lagoinha, com uma Cruz de madeira e iniciada na mesma data a edificação do templo com as licenças do bispo D. Frei João da Cruz.[2]

Em 27 de novembro de 1748, a freguesia foi transferida para a Igreja Nova de Nossa Senhora da Piedade (atual matriz), arquitetada por mestre Alpoim. Em torno da igreja, erigiu-se o "Arraial da Igreja Nova de Nossa Senhora da Piedade da Borda do Campo", chamado também de Arraial ou freguesia da Borda do Campo ou ainda de Arraial da Igreja Nova do Campolide e o templo entregue ao culto pelo Pe. Antônio Pereira Henriques, então vigário, autorizado pelo primeiro bispo de Mariana Dom Frei Manoel da Cruz, por provisão de 15 de novembro de 1748. As obras, entretanto, prosseguiriam até 1764, ano de sua conclusão.[2]

Inconfidência Mineira

Ver artigo principal: Inconfidência Mineira

Pertenciam ao arraial e depois Vila de Barbacena cinco dos inconfidentes:

Após a morte de Tiradentes, a vila de Barbacena recebeu um dos seus braços, que teria sido erguido numa "picota" no adro da Igreja de Nossa Senhora do Rosário em cujo adro teria sido sepultado. A bandeira e as armas e brasão da cidade, que contém um braço estendido, memorizam este fato.

Criação da vila

Em 14 de agosto de 1791, foi criada a Vila de Barbacena e erigido o respectivo pelourinho e Câmara pelo Visconde de Barbacena, D. Luís Antônio Furtado de Mendonça, então governador e capitão-general da capitania, que deu à vila o seu próprio título (originalmente, de Barbacena, em Portugal).

A vila teve como sede o antigo Arraial da Igreja Nova de Campolide, compreendendo, ainda, os territórios dos arraiais e freguesias de Nossa Senhora da Conceição do Engenho do Matto e de Nossa Senhora da Glória do Simão Pereira. Foi desmembrada dos territórios das Vilas de "Sam João de El Rey" e de "Sam Joze de El Rey", confrontando com as vilas de Mariana, Queluz (atual Conselheiro Lafaiete), "Sam João de El Rey" e "Sam Joze de El Rey" (atual cidade de Tiradentes).

"Muito Nobre e Leal Vila"

Barbacena, por meio de sua câmara, foi a primeira vila de Minas Gerais a enviar representação a D. Pedro I, então regente, em favor do "Fico" (9 de janeiro de 1822), em 11 de fevereiro de 1822, dirigiu-se a Câmara de Barbacena ao príncipe regente numa representação em que se propunha para ser a sede da Monarquia portuguesa e se ofereciam os barbacenenses para descer "em massa" ao Rio de Janeiro para tomar armas em defesa do Príncipe. Estes atos lhe valeram o título de "muito nobre e leal vila", conferido por decreto, de 24 de fevereiro de 1823 e Alvará de 17 de março do mesmo ano.

Revolta dos liberais de 1842

Barbacena foi elevada a cidade pela Lei Provincial nº. 163, de 9 de março de 1840.

Cadeia Velha - construção do início do século XIX.

Em 10 de junho de 1842, a cidade aderiu à Revolução Liberal. Instada pela Guarda Nacional e o povo, a Câmara Municipal declarou a cidade sede do governo da província e deu posse a José Feliciano Pinto Coelho da Cunha, depois Barão de Cocais, como "presidente interino da Província". Depois deste episódio, ficaram presos vários dos revolucionários na "Cadeia Velha", dentre eles o Conde de Prados, político do Império.

Dentre os barbacenenses que atuaram no movimento, além do Conde de Prados Camilo Ferreira Armond, participaram o Cel. Marcelino Ferreira Armond, 1º Barão de Pitangui, os irmãos João Gualberto, Pedro Teixeira e Antônio Teixeira de Carvalho e o vigário Joaquim Camilo de Brito

O fim do século XIX

Por ocasião da Guerra do Paraguai, a cidade forneceu 152 voluntários e 77 guardas nacionais para o esforço de guerra. Em 1889, Barbacena hospedou o Imperador D. Pedro II em sua última viagem a Minas Gerais e, em 1893, sediou a sessão extraordiária do Congresso Mineiro que deliberou sobre a mudança da capital do estado de Ouro Preto para Belo Horizonte.

No fim do século XIX, atendendo a uma política do Império, o município recebeu um grande número de imigrantes italianos. A primeira leva era composta por agricultores, a maioria veio do norte da Itália. Em 15 de abril de 1888, o Governo Imperial inaugurou uma colônia de imigrantes nos arredores de Barbacena. O local foi denominado "Colônia Rodrigo Silva", homenageando o então ministro da Agricultura. Assim como em todo o País, à época, o fluxo imigratório na cidade colaborou para o crescimento, a diversificação das atividades comerciais e agrícolas e o desenvolvimento de indústrias, como sericicultura, cerâmica, marcenaria e construção civil.

O fórum judicial e o entrocamento da Oeste

Em 30 de junho de 1923 foram inaugurados simultaneamente o entroncamento da "antiga linha da Oeste" (Estrada de Ferro Oeste de Minas) ligando a cidade a São João del-Rei e o edifício do foro judicial, que mais tarde recebeu o nome de "Mendes Pimentel", foi construído durante o governo Arthur Bernardes e inaugurado na gestão Raul Soares. Na ocasião serviu de instalação para os cartórios do 1º. e 2º. ofícios, escrivania de paz, coletoria estadual e tribunal do júri.

As inaugurações foram feitas pelo Ministro da Viação Francisco Sá, pelo secretário do Interior Melo Viana e pelo Secretário da Agricultura Daniel de Carvalho com a presença do Arcebispo da Arquidiocese de Mariana, dom Helvécio Gomes de Oliveira e do padre Sinfrônio de Castro e dos deputados Bias Fortes e José Bonifácio.[3]

O edital de concorrência da obra do fórum foi publicado em 25 de fevereiro de 1922 no órgão oficial do Estado, a edificação se deu em terreno adquirido pela Câmara Municipal alguns anos antes na esquina da antiga rua da "Boa Morte" e estava orçada em 77:652$800 ("contos de réis"). Em 1930 o prédio serviu de sede para o Comando Revolucionário em Barbacena.

Duas revoluções

A cidade teve participação ativa na Revolução de 1930 e na Revolução de 1932. Localizada estrategicamente às margens da estrada que levava à Capital, Rio de Janeiro, a cidade foi sede do "Quartel-General da 4ª Região Militar Revolucionária", em 1930. O avanço dos revolucionários de Barbacena sobre Juiz de Fora e a tomada desta praça, com a rendição e adesão das tropas legalistas, tornou livre o acesso dos mineiros à capital da República. Esse fato foi decisivo para a deposição de Washington Luís e a vitória da Revolução. A cidade participou, ainda, dos combates contra os revoltosos paulistas de 1932, fornecendo dois batalhões provisórios.


Inconfidência Mineira

Ver artigo principal: Inconfidência Mineira

Pertenciam ao arraial e depois Vila de Barbacena cinco dos inconfidentes:

Após a morte de Tiradentes, a vila de Barbacena recebeu um dos seus braços, que teria sido erguido numa "picota" no adro da Igreja de Nossa Senhora do Rosário em cujo adro teria sido sepultado. A bandeira e as armas e brasão da cidade, que contém um braço estendido, memorizam este fato.


Criação da vila

Em 14 de agosto de 1791, foi criada a Vila de Barbacena e erigido o respectivo pelourinho e Câmara pelo Visconde de Barbacena, D. Luís Antônio Furtado de Mendonça, então governador e capitão-general da capitania, que deu à vila o seu próprio título (originalmente, de Barbacena, em Portugal).

A vila teve como sede o antigo Arraial da Igreja Nova de Campolide, compreendendo, ainda, os territórios dos arraiais e freguesias de Nossa Senhora da Conceição do Engenho do Matto e de Nossa Senhora da Glória do Simão Pereira. Foi desmembrada dos territórios das Vilas de "Sam João de El Rey" e de "Sam Joze de El Rey", confrontando com as vilas de Mariana, Queluz (atual Conselheiro Lafaiete), "Sam João de El Rey" e "Sam Joze de El Rey" (atual cidade de Tiradentes).


"Muito Nobre e Leal Vila"

Barbacena, por meio de sua câmara, foi a primeira vila de Minas Gerais a enviar representação a D. Pedro I, então regente, em favor do "Fico" (9 de janeiro de 1822), em 11 de fevereiro de 1822, dirigiu-se a Câmara de Barbacena ao príncipe regente numa representação em que se propunha para ser a sede da Monarquia portuguesa e se ofereciam os barbacenenses para descer "em massa" ao Rio de Janeiro para tomar armas em defesa do Príncipe. Estes atos lhe valeram o título de "muito nobre e leal vila", conferido por decreto, de 24 de fevereiro de 1823 e Alvará de 17 de março do mesmo ano.

Revolta dos liberais de 1842

Barbacena foi elevada a cidade pela Lei Provincial nº. 163, de 9 de março de 1840.

Cadeia Velha - construção do início do século XIX.

Em 10 de junho de 1842, a cidade aderiu à Revolução Liberal. Instada pela Guarda Nacional e o povo, a Câmara Municipal declarou a cidade sede do governo da província e deu posse a José Feliciano Pinto Coelho da Cunha, depois Barão de Cocais, como "presidente interino da Província". Depois deste episódio, ficaram presos vários dos revolucionários na "Cadeia Velha", dentre eles o Conde de Prados, político do Império.

Dentre os barbacenenses que atuaram no movimento, além do Conde de Prados Camilo Ferreira Armond, participaram o Cel. Marcelino Ferreira Armond, 1º Barão de Pitangui, os irmãos João Gualberto, Pedro Teixeira e Antônio Teixeira de Carvalho e o vigário Joaquim Camilo de Brito


O fim do século XIX

Por ocasião da Guerra do Paraguai, a cidade forneceu 152 voluntários e 77 guardas nacionais para o esforço de guerra. Em 1889, Barbacena hospedou o Imperador D. Pedro II em sua última viagem a Minas Gerais e, em 1893, sediou a sessão extraordiária do Congresso Mineiro que deliberou sobre a mudança da capital do estado de Ouro Preto para Belo Horizonte.

No fim do século XIX, atendendo a uma política do Império, o município recebeu um grande número de imigrantes italianos. A primeira leva era composta por agricultores, a maioria veio do norte da Itália. Em 15 de abril de 1888, o Governo Imperial inaugurou uma colônia de imigrantes nos arredores de Barbacena. O local foi denominado "Colônia Rodrigo Silva", homenageando o então ministro da Agricultura. Assim como em todo o País, à época, o fluxo imigratório na cidade colaborou para o crescimento, a diversificação das atividades comerciais e agrícolas e o desenvolvimento de indústrias, como sericicultura, cerâmica, marcenaria e construção civil.

O fórum judicial e o entrocamento da Oeste

Em 30 de junho de 1923 foram inaugurados simultaneamente o entroncamento da "antiga linha da Oeste" (Estrada de Ferro Oeste de Minas) ligando a cidade a São João del-Rei e o edifício do foro judicial, que mais tarde recebeu o nome de "Mendes Pimentel", foi construído durante o governo Arthur Bernardes e inaugurado na gestão Raul Soares. Na ocasião serviu de instalação para os cartórios do 1º. e 2º. ofícios, escrivania de paz, coletoria estadual e tribunal do júri.

As inaugurações foram feitas pelo Ministro da Viação Francisco Sá, pelo secretário do Interior Melo Viana e pelo Secretário da Agricultura Daniel de Carvalho com a presença do Arcebispo da Arquidiocese de Mariana, dom Helvécio Gomes de Oliveira e do padre Sinfrônio de Castro e dos deputados Bias Fortes e José Bonifácio.[4]

O edital de concorrência da obra do fórum foi publicado em 25 de fevereiro de 1922 no órgão oficial do Estado, a edificação se deu em terreno adquirido pela Câmara Municipal alguns anos antes na esquina da antiga rua da "Boa Morte" e estava orçada em 77:652$800 ("contos de réis"). Em 1930 o prédio serviu de sede para o Comando Revolucionário em Barbacena.


Duas revoluções

A cidade teve participação ativa na Revolução de 1930 e na Revolução de 1932. Localizada estrategicamente às margens da estrada que levava à Capital, Rio de Janeiro, a cidade foi sede do "Quartel-General da 4ª Região Militar Revolucionária", em 1930. O avanço dos revolucionários de Barbacena sobre Juiz de Fora e a tomada desta praça, com a rendição e adesão das tropas legalistas, tornou livre o acesso dos mineiros à capital da República. Esse fato foi decisivo para a deposição de Washington Luís e a vitória da Revolução. A cidade participou, ainda, dos combates contra os revoltosos paulistas de 1932, fornecendo dois batalhões provisórios.


Bairros

Bairro Jardim, típico bairro de classe média de Barbacena.
Obras em uma rua de Barbacena.
  • Água Santa
  • Andaraí
  • Belvedere
  • Boa Morte
  • Boa Vista
  • Bom Pastor
  • Caiçaras
  • Caminho Novo
  • Campo
  • Carmo
  • Centro
  • Chacáras das Andorinhas
  • Diniz
  • Diniz II
  • Eucisa
  • Fátima
  • Floresta
  • Funcionários
  • Greenville
  • Grogotó
  • Guarani
  • Ibiapaba
  • Ipanema
  • Jardim
  • João Paulo II
  • Mansões
  • Margaridas
  • Marino Ceolin
  • Monsenhor Mário Quintão
  • Monte Mário
  • Nossa Senhora Aparecida
  • Nova Cidade
  • Nova Suíça
  • Nove de Março
  • Novo Horizonte
  • Padre Cunha
  • Panorama
  • Passarinhos
  • Pontilhão
  • Retiro das Rosas
  • Santa Cecília
  • Santa Efigênia
  • Santa Luzia
  • Santa Maria
  • Santa Tereza I
  • Santa Tereza II
  • Santo Antônio
  • São Cristóvão
  • São Francisco
  • São Geraldo
  • São Jorge
  • São José
  • São Pedro
  • São Sebastião
  • São Vicente de Paula
  • Serra Verde
  • Vale das Rosas
  • Valentim Prenassi
  • Vilela
  • Vista Alegre


Distritos

  • Colônia Rodrigo Silva
  • Correia de Almeida
  • Costas da Mantiqueira
  • Faria
  • Galego
  • Mantiqueira do Palmital
  • Nossa Senhora das Dores
  • Padre Brito
  • Pinheiro Grosso
  • Ponte Chique do Martelo
  • Ponte do Cosme
  • São Sebastião dos Torres

Fonte: Divisão Territorial datada de 2003


Geografia

Barbacena possui um clima tropical de altitude, com invernos frios e verões amenos. A temperatura média anual da cidade é de 17°C.[5]

  Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Máxima Média °C 26 27 26 24 23 22 21 23 24 24 25 25
Mínima Média °C 16 16 16 14 12 11 10 11 12 14 15 16
Média °C 21 21 20 18 17 15 15 16 17 18 19 19
Precipitação (mm)

N/D

188

142

66 38 23 20 23 64 124

221

N/D

Terrestre

A cidade possui em média 80 mil veículos, e o transporte público conta com 3 empresas terceirizadas, Cidade das Rosas, Andrea (subsidiária da Empresa Barraca) e Gomes (subsidiária da Gomes Turismo), no transporte urbano e 2 empresas, Empresa Barraca (para Antônio Carlos, Alfredo Vasconcelos, Ibertioga e Campolide, os demais destinos são rodoviários)e Andrea (subsidiária da Empresa Barraca. Para Campolide) no transporte interurbano. A cidade é ligada pelas rodovias BR-040, BR-265, MG-338, MG-135, MG-132 e MG-448.


Aéreo

Está localizado no município o Aeroporto Major-Brigadeiro Doorgal Borges (ICAO:SBBQ IATA:QAK)[6] O Aeroporto Doorgal Borges recebe vôos cargueiros da Alba Cargo [7] para o Aeroporto da Pampulha em Belo Horizonte, utilizando aeronaves Embraer 820C.


Ferroviário

Irá começar a operar na cidade em outubro a linha Litorina Expresso Pai da Aviação, que ligará a Estação Ferroviária Central de Barbacena até o Museu de Cabangu, em Santos Dumont, fazendo um percurso de 40km pela serra da mantiqueira. O Expresso Pai da Aviação vai funcionar aos feriados e fins de semana, com 2 viagens ao dia, e possui capacidade para 76 passageiros [8]. Opera também a linha cargueira da MRS.


Estações e terminais


Principais Vias

Nome Ponto de Inicio/Final Extensão Semáforos Sinalização/estado da pista/informações gerais
Avenida Saldanha Marinho Centro até Aeroporto 5,2 km 0 Ótima - Trecho entre Residencial Ceolin e Aeroporto em pista dupla e parcialmente iluminado
Avenida Frei Orlando Centro até Faria 14,6 km 0 Regular - Parcialmente iluminado
Avenida Bahia Pontilhão até Zona Norte 4 km 1 Regular - Pista Dupla (Pista sentido Zona Norte interditada na altura da Linha Sanitária desde 2011)
Avenida Governador Bias Fortes Viaduto Dom Pedro II até Viaduto Caetés (Acesso a BR-040) 4,2 km 0 Ótima - Pista Dupla
Linha Azul (conhecida como Linha Snitária, antiga Av. Noé Lima) Zona Oeste até Avenida Bahia 3,1 km 2 Ótima - Pista Dupla
Linha do Oeste Estação Ferroviária até MG-338 11 km 0 Ruim - Sem iluminaçao entre a Vila dos Sargentos e a Colonia Rodrigo Silva
Avenida Pereira Teixeira Centro até Santa Cecília 6 km 1 Ótima
Avenida Prefeito Simão Tamm Bias Fortes Viaduto Dom Pedro II até BR-265 4,3 km 0 Boa
Avenida Cruz das Almas Centro até BR-040 (Acesso secundário a Barbacena via BR-040) 14 km 0 Regular - Trecho em pista dupla
Avenida Tomaz Gonzaga Centro até MG-338 4,7 km 0 Boa
Avenida Demétrio Ribeiro Praça Iolanda Maia até Acesso BR-040 via Estrada do Contorno 5,1 km 0 Ruim
Anel Rodoviário (Estrada do Contorno) BR-265 até BR-040 5,4 km 0 Ótima - Trecho em pista dupla
Avenida Bias Fortes Largo Mal. Floriano Peixoto até Rua Comendador João Fernandes 1,4 km 0 Boa
Rua Sete de Setembro Praça Conde de Prados (Praça do Globo) até Rua Sena Madureira 1,4 km 1 Regular
Rua Mal. Floriano Peixoto Pontilhão até Largo Mal. Floriano Peixoto 1 km 1 Ótima
Avenida Irmã Paula Igreja São Sebastião até Rua Mal. Floriano Peixoto 1,3 km 1 Boa


Comércio

Estabelecimentos comerciais no entorno da Praça dos Andradas

A cidade de Barbacena é o principal centro comercial da macrorregião do Campo das Vertentes.[carece de fontes?]


Cultura

A Basílica de São José Operário, onde se realiza o Jubileu.

A cidade tem um calendário de eventos e festividades no qual se destacam o Jubileu de São José realizado em abril, o Festival da Loucura, realizado em junho a partir de 2009, a Exposição Agropecuária, em maio e a Festa das Rosas, em outubro.

Na Casa da Cultura, antigo prédio da primeira cadeia pública, funciona a Biblioteca Pública Municipal e o Conservatório Municipal. O prédio foi tombado pelo IEPHA em 1983, embora tenha recebido diversas reformas até a última década de 80, o que adulterou sua conformação original. A Casa tem história para contar: abrigou o primeiro quartel do século XIX, serviu de casa de detenção dos revoltosos da histórica Revolução Liberal, em 1842, e até 1953 funcionou como espaço prisional. Em seguida, recebeu a Escola Normal do município e, entre 1957 e 1980, sediou a Faculdade de Odontologia de Barbacena [9].


Economia

Na economia da cidade, destaca-se o setor da agropecuária, principalmente, com o fornecimento de leite e derivados, além, é claro, do plantio de rosas. O município conta com poucas indústrias. As de maior destaque são a RDM Vale do Rio Doce (Beneficiamento de ferro-ligas a base de manganês) e a Saint Gobain (materiais cerâmicos) e também conta com dois abatedouros de frangos e um matadouro de bovinos e suinos . O setor de serviços é suficiente para a subsistência da cidade e região.


Educação

Colégio Abílio de Barbacena no final do século XIX, antigo educandário do Barão de Macaúbas serviu de sede do Colégio Militar, depois do "Gymnásio Mineiro" e hoje é a sede da EPCAR.
Altar do Santuário da Piedade, pode ser visto um recorte na parede, expondo a pintura original.

Além do ensino superior, no ensino médio Barbacena possui uma escola entre as melhores do Brasil. No ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) 2008 a instituição federal Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAr) ficou em 16º lugar entre as escolas do Brasil,[10] e em 2006 a mesma escola ficou em 8º lugar entre as públicas,[11].em 2008 a escola ficou em 3° lugar entre as escolas públicas do país no ENEM. Entretanto, o acesso é restrito àqueles do sexo masculino que prestam exame de seleção para atividades militares. O exame de seleção é de abrangência nacional. Além da EPCAR existe outra instituição de ensino federal no Município: O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - Campus Barbacena. O nível educacional na cidade é elevado e a cidade possui uma das melhores relações aluno/vagas do Estado devido a grande quantidade de estabelecimentos de ensino existentes com relação à população local.

  • Índice IDEB

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP a rede pública estadual no município, reativamente à 4a. série/5ºano, no ano de 2009, atingiu a meta estabelecida para o "Índice de Desenvolvimento da Educação Básica" igual a 6,7, já igualando a meta estabelecida pelo MEC para ser atingida em 2017. Para a 8a. série/9º. ano o índice foi de 4,8, superando a meta prevista para 2011. Já a rede de escolas públicas municipais, no ano de 2009 atingiu o índice 5,2 superando também a meta prevista para aquele ano que era de 4,9.[12]

Turismo

Os edifícios históricos, de estilo colonial ou barroco, são, sobretudo, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Piedade, Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte, Igreja de Nossa Senhora do Rosário, Cadeia Velha, Câmara Municipal, Museu Municipal, Solar dos Andradas, Sobrado dos Vidigal, Sobrado Paolucci, Residência Ânuar Fares e o Sobrado de Olinto de Magalhães.

São também atrativos pontos de visitação pelo seu estilo ou importância histórica: o Fórum Mendes Pimentel, a Igreja Básilica de São José, o Solar Bias Fortes, Solar dos Canedos, Grupo Escolar Bias Fortes, a Fundação Porphíria de José Máximo de Magalhães, Escola Estadual Adelaide Bias Fortes, o Pontilhão Ferroviário, a Escola Preparatória de Cadetes-do-Ar, Escola Agrotécnica Federal "Diaulas Abreu", Santa Casa de Misericórdia, Farmácia Santa Terezinha, Estação Ferroviária, o Colégio Imaculada Conceição, a Casa-museu de Georges Bernanos, o Manicômio Judiciário, Museu da Loucura (no antigo Hospital Colônia), edifício da antiga Sericicultura e o leito da antiga Estrada de Ferro do Oeste de Minas. O cemitério antigo, da Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte, data da década de 1850, também possui algumas obras de arte.

O ponto mais elevado que permite vista de toda a cidade e adjacências é o mirante, localizado no bairro Monte Mário. A cidade tem restaurantes de comida típica italiana, árabe, oriental e mineira, além de bons serviços de hotelaria. No entanto, sofre efeitos da concorrência de outras cidades históricas mais próximas, como Tiradentes e São João del-Rei que têm investido em gastronomia e eventos relacionados ao cinema.

Em virtude do crescimento desordenado e da falta de conservação das vias públicas e construções históricas, o município perdeu seu charme turístico, embora haja potencial para o turismo de eventos e para aqueles relacionados ao clima frio, por apresentar invernos rigorosos devido aos seus 1.100 metros de altitude e pela sua localização estratégica, próxima à BR 040.

Fazendas históricas

Algumas fazendas próximas, na região, têm ligações históricas com a cidade e com a antiga "Vila" de Barbacena por rememorarem fatos e episódios da sua história:

  • Fazenda da Borda do Campo, situada no município de Antônio Carlos, é origem de Barbacena e de todos os municípios dali desmembrados, construída cerca dd 1698, foi um dos locais de reunião dos inconfidentes.
  • Fazenda do Registro Velho, situada no distrito de Sá Fortes, município de Antônio Carlos, foi propriedade do Padre e Inconfidente Manoel Rodrigues da Costa, foi local de encontros de inconfidentes.
  • Fazenda do Ribeiro, sediada na antiga Estação e hoje município de Vasconcelos, local de nascimento dos inconfidentes Cel. Francisco Antônio de Oliveira Lopes e de seu irmão Pe. José Lopes de Oliveira.
  • Fazenda do Castelo, foi propriedade do Pe. Antônio da Silva Santos, irmão de Tiradentes.
  • Fazenda da Cachoeira, pertenceu ao Brigadeiro José Vidal, irmão do inconfidente Dr. Domingos Vidal Barbosa Lage.
  • Fazenda da Mantiqueira, próximo à localidade de igual nome, no município de Santos Dumont, teve seu nome ligado aos crimes da quadrilha de salteadores que atuou na região no século XVIII e à história da Inconfidência.
  • Fazenda da Caveira de Cima, na antiga "Estação do Sanatório", sede do depois "Hospital Colônia" e hoje "Museu da Loucura", foi propriedade do delator dos inconfidentes Joaquim Silvério dos Reis.
  • Fazenda dos Moinhos, no Rio Fundo, origem da família dos Armond à qual pertenceram o Conde de Prados e o 2º. Barão de Pitangui Antônio Ferreira Armond, fundador da Santa Casa de Misericórdia de Barbacena.
  • Fazenda da Conceição, no antigo distrito de Livramento, hoje município de Oliveira Fortes local de nascimento do governador Chrispim Jacques Bias Fortes.
  • Fazenda de Cabangu, no antigo distrito de João Gomes, depois Palmyra e hoje município de Santos Dumont, local de nascimento de Santos Dumont.
  • Fazenda do Campo Verde, desmembrada da antiga Fazenda da Borda do Campo no século XIX.

Jornal


Rádio

Rádio AM

  • Correio da Serra AM
  • Globo AM

Rádio FM

Rádio Web


TV

Analógico

Digital

On-Line


Ver também

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Referências

  1. (autorização de funcionamento revogada em 31/08/2007: Processo ANAC nº 60.830.011771/2007-66,BPS v2 n35)
  2. a b c JARDIM, Conceição (C. Garden). Barbacena. Rio: Oficinas de "A Noite", 1940.
  3. Jornal "Cidade de Barbacena" nºs. 1765 e 1906, de 26 de janeiro de 1922 e 30 de junho de 1923; Hemeroteca do Arquivo Público Mineiro
  4. Jornal "Cidade de Barbacena" nºs. 1765 e 1906, de 26 de janeiro de 1922 e 30 de junho de 1923; Hemeroteca do Arquivo Público Mineiro
  5. Fonte: http://br.weather.com/
  6. «SBBQ - BARBACENA». Guia de aeródromos brasileiros. Consultado em 1 de janeiro de 2013 
  7. http://www.albacargo.com.br/areas-de-atuacao
  8. http://globotv.globo.com/tv-integracao-triangulo-mineiro/mgtv-2-tv-integracao/v/litorina-expresso-pai-da-aviacao-tera-trajeto-entre-barbacena-e-santos-dumont/2773732/
  9. Novos usos para prédios tombados - IEPHA, 8 de março de 2010 (visitado em 8-3-2010)
  10. http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/04/28/ult1811u274.jhtm
  11. http://educacao.uol.com.br/ultnot/2007/02/07/ult1811u157.jhtm
  12. Sítio do INEP Visitado em 1º. de agosto de 2011.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Barbacena_(Minas_Gerais)

  • A cultura em Barbacena: literatura, história e geografia. Barbacena: Fundação Presidente Antonio Carlos, s. d.
  • ANDRADA, Antônio Carlos Doorgal de. Um século de história. A imigração italiana em Barbacena (1888 - 1988). Barbacena: Gráfica e Editora Cidade de Barbacena, 2006. ISBN 85-99449-04-4
  • ANDRADA, Bonifácio José Tamm de. A revolução de 1930, marco histórico. Prefeitura Municipal de Barbacena - FUNDAC, Belo Horizonte: Rona, 1995.
  • ANDRADA E SILVA, José Bonifácio. Uma fazenda histórica: Borda do Campo - O inconfidente José Aires Gomes. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, tomo 72. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1910.
  • BASTOS, Wilson de Lima. A fazenda da Borda do Campo e o inconfidente José Aires Gomes. Juiz de Fora: Paraibuna, 1992.
  • BURTON, Richard Francis, Sir. Viagem do Rio de Janeiro a Morro Velho. Apresentação e notas de Mário Guimarães Ferri; tradução de David Jardim Junior. São Paulo: Ed. Itatiaia e Ed. da Universidade de São Paulo, 1976.
  • JARDIM, Conceição (C. Garden). Barbacena. Rio: Oficinas de "A Noite", 1940.
  • MASSENA, Nestor. Barbacena: a terra e o homem. Belo Horizonte: Imprensa Oficial, 1985.
  • Revista do Archivo Público Mineiro - Ano I - Fascículo 1º., janeiro a março de 1896, Imprensa Oficial de Minas Gerais, 1896. - (Documentos sobre a criação da vila de Barbacena).
  • SAVASSI, Altair José. Barbacena - 200 anos. Belo Horizonte: Editora Lemi S.A., 1991.
  • SAVASSI, Altair José . Resumo histórico do município de Barbacena. Barbacena: Prefeitura Municipal, 1953.
  • TRINDADE, José da Santíssima, Dom Frei. Visitas pastorais (1821-1825) - Texto e índices de José Arnaldo Coêlho de Aguiar e Ronald Polito Oliveira. Belo Horizonte: Centro de Estudos Históricos e Culturais. Fundação João Pinheiro. Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais, 1998.


Ligações externas

Predefinição:Hierarquia urbana do Brasil

Predefinição:Mesorregião do Campo das Vertentes


Bq pode ser:

  • Becquerel - a unidade de medida no Sistema Internacional para radioatividade.

BQ pode ser: