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Ectoderme: diferenças entre revisões

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{{minidesambig|a visão judaica da Bíblia|Tanakh}}
{{Info/Anatomia |
{{Bíblia}}
Nome = Ectoderme |
{{cristianismo}}
Latim = |
A palavra grega '''Bíblia''', em plural, deriva do grego ''bíblos'' ou ''bíblion'' (''βίβλιον'') que significa "rolo" ou "livro". ''Bíblion'', no caso [[nominativo]] plural, assume a forma ''bíblia'', significando "livros". No latim medieval, ''biblìa'' é usado como uma palavra singular — uma colecção de livros ou "a Bíblia". Foi [[São Jerónimo]], tradutor da [[Vulgata]] Latina, que chamou pela primeira vez ao conjunto dos livros do [[Antigo Testamento]] e [[Novo Testamento]] de "Biblioteca Divina". A Bíblia é uma coleção de livros catalogados, considerados como divinamente inspirados pelas três grandes religiões dos filhos de [[Abraão]], que são o Cristianismo, o Judaismo e o Islamismo. São, por isso, conhecidas como as "religiões do Livro". É sinónimo de "Escrituras Sagradas" e "Palavra de [[Deus]]".
GraySubject = 6 |
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Imagem = Ectoderm.png |
Legenda = Órgãos derivados da ectoderme. |
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Legenda2 = Secção através de um disco embrionário de [[Vespertilio murinus]]. |
Width = 300 |
Sistema = |
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MeshNumber = A16.254.425.273 |
}}
A '''ectoderme''' é a camada exterior de um [[embrião]] em desenvolvimento. As outras duas camadas do embrião são a [[mesoderme]] e a [[endoderme]]. A ectoderme forma-se durante a [[gastrulação]], no estágio em que o sistema digestório primitivo está a se formar. Forma-se a partir do [[epiblasto]].


Os livros bíblicos considerados canônicos pelas igrejas cristãs são ao todo 66 livros, sendo 39 livros no Antigo Testamento e 27 livros no Novo Testamento. A Bíblia Católica contém 7 livros a mais no Antigo Testamento do que outras traduções bíblicas usadas pelas religiões cristãs não-católicas e pelo [[Judaísmo]]. Esses livros são chamados pela Igreja Católica de [[deuterocanónicos]] ou livros do "segundo [[Cânon]]". A lista dos livros deuterocanónicos é a seguinte: [[Tobias]], [[Livro de Judite|Judite]], [[I Macabeus]], [[II Macabeus]], [[Sabedoria]], [[Eclesiástico]] (Ben Sira ou Sirácida) e [[Baruc|Baruque]]. Além disso, ela possui alguns trechos a mais em alguns livros protocanônicos (ou livros do "primeiro Cânon") de [[Ester]] e [[Daniel]]. Outras denominações religiosas consideraram estes livros deuterocanônicos como [[apócrifo]]s, ou seja, livros ou escritos que carecem de inspiração divina, reconhecendo, porém, o valor histórico dos livros dos [[Macabeus]].
Nos [[vertebrado]]s, a ectoderme pode ser dividida em 3 partes, cada qual dando origem a [[tecido]]s diferentes:


== Conceitos sobre a Bíblia ==
*Ectoderme externa
[[Imagem:Bibel-1.jpg|thumb|left|135px|A Bíblia Sagrada]]
**[[pele]] (assim com [[glândula]]s], [[cabelo]] e [[unha]]s)
A Bíblia é um livro muito antigo. Ela é o resultado de longa experiência religiosa do povo de [[Israel]]. É o registro de várias pessoas, em diversos lugares, em contextos diversos. Acredita-se que tenha sido escrita ao longo de um período de 1.600 anos por cerca de 40 homens das mais diversas profissões, origens culturais e classes sociais.
**[[boca]] e [[epitélio]] da [[cavidade nasal]]
**[[lente]] e [[córnea]] dos [[olho]]s


Os cristãos acreditam que estes homens escreveram a Bíblia inspirados por Deus e por isso consideram a Bíblia como a Escritura Sagrada. No entanto, nem todos os seguidores da Bíblia a interpretam de forma literal, e muitos consideram que muitos dos textos da Bíblia são [[metáfora|metafóricos]] ou que são textos datados que faziam sentido no tempo em que foram escritos, mas foram perdendo seu sentido dentro do contexto da atualidade.
*Células da [[crista neural]]
**[[melanócitos]]
**[[sistema nervoso periférico]]
**[[Tecido cartilaginoso|cartilagem]] facial e dentes ([[dentina]]


Para a maior parcela do cristianismo a Bíblia é a Palavra de [[Deus]], portanto ela é mais do que apenas um bom livro, é a vontade de Deus escrita para a humanidade. Para esses cristãos, nela se encontram, acima de tudo, as respostas para os problemas da humanidade e a base para princípios e normas de moral.
*[[Tubo neural]]

**[[cérebro]] ([[romboencéfalo]], [[mesencéfalo]] e [[prosencéfalo]])
Não-cristãos de um modo geral vêem a Bíblia como um livro comum, com importância histórica e que reflete a cultura do povo que os escreveu. Em regra os não-cristãos recusam qualquer origem divina para a Bíblia e a consideram como de pouca ou de nenhuma importância na vida moderna, ainda que na generalidade se reconheça a sua importância na formação da civilização ocidental (apesar de a Bíblia ter origem no [[Médio Oriente]]).
**[[medula espinal]] e [[nervo]]s motores

**[[retina]]
A [[comunidade científica]] tem defendido a Bíblia como um importante [[documento histórico]], narrado na perspectiva de um povo e na sua fé religiosa. Muito da sua narrativa foi de máxima importância para a investigação e descobertas arqueológicas dos últimos séculos. Mas os dados existentes são permanentemente cruzados com outros documentos contemporâneos, uma vez que, a história religiosa do povo de Israel singra em função da soberania de seu povo que se diz o "escolhido" de Deus e, inclusive, manifesta essa atitude nos seus registros.
**[[pituitária]]

Independente da perspectiva que um determinado grupo tem da Bíblia, o que mais chama a atenção neste livro é a sua influência em toda história da sociedade ocidental e mesmo mundial, face ao entendimento dela nações nasceram ([[Estados Unidos da América]] etc.), povos foram destruídos ([[Incas]], [[Civilização maia|Maias]], etc), o calendário foi alterado ([[Calendário Gregoriano]]), entre outros fatos que ainda nos dias de hoje alteram e formatam nosso tempo. Sendo também o livro mais lido, mais pesquisado e mais publicado em toda história da humanidade, boa parte das línguas e dialetos existentes já foram alcançados por suas traduções. Por sua inegável influência no mundo ocidental, cada grupo religioso oferece a sua interpretação, cada qual com compreensão peculiar.

== Os idiomas originais ==
Foram utilizados três idiomas diferentes na escrita dos diversos livros da Bíblia: o [[hebraico]], o [[Língua grega|grego]] e o [[aramaico]]. Em hebraico consonantal foi escrito todo o [[Antigo Testamento]], com excepção dos livros chamados [[deuterocanónicos]], e de alguns capítulos do livro de [[Daniel]], que foram redigidos em aramaico. Em grego comum, além dos já referidos livros deuterocanónicos do Antigo Testamento, foram escritos praticamente todos os livros do Novo Testamento. Segundo a tradição cristã, o [[Evangelho de Mateus]] teria sido primeiramente escrito em hebraico, visto que a forma de escrever visava alcançar os judeus.

O hebraico utilizado na Bíblia não é todo igual. Encontramos em alguns livros o hebraico clássico (por ex. livros de [[Samuel]] e [[Reis]]), em outros um hebraico mais rudimentar e em outros ainda, nomeadamente os últimos a serem escritos, um hebraico elaborado, com termos novos e influência de outras línguas circunvizinhas. O grego do Novo Testamento, apesar das diferenças de estilo entre os livros, corresponde ao chamado grego ''[[koiné]]'' (isto é, o grego "comum" ou "vulgar", por oposição ao grego clássico), o segundo idioma mais falado no [[Império Romano]].

== Inspirado por Deus ==
O apóstolo [[Paulo]] afirma que "toda a Escritura é inspirada por Deus" [literalmente, "soprada por Deus", que é a tradução da palavra grega θεοπνευστος, ''theopneustos''] ({{Citar bíblia|livro=2 Timóteo|capítulo=3|verso=16}}). Na ocasião, os livros que hoje compõem a Bíblia não estavam todos escritos e a Bíblia não havia sido compilada, entretanto muitos cristãos crêem que Paulo se referia à Bíblia que seria posteriormente canonizada. O apóstolo [[São Pedro|Pedro]] diz que "nenhuma profecia foi proferida pela vontade dos homens. Inspirados pelo [[Espírito Santo]] é que homens falaram em nome de Deus." ({{Citar bíblia|livro=2 Pedro|capítulo=1|verso=21}}) Veja também os artigos [[Cânon Bíblico]] e [[Apócrifo]]s.

Os cristãos crêem que a Bíblia foi escrita por homens sob Inspiração Divina, mas essa afirmação é considerada subjetiva na perspectiva de uma pessoa não-cristã ou não-religiosa. A [[interpretação]] dos textos bíblicos, ainda que usando o mesmo [[Texto-Padrão]], varia de religião para religião. Verifica-se que a compreensão e entendimento a respeito de alguns assuntos pode variar de teólogo para [[Teologia|teólogo]], e mesmo de um crente para outro dependendo do idealismo e da filosofia religiosa defendida, entretanto, quanto aos fatos e às narrações históricas, existe uma unidade.

A [[fé]] dos leitores religiosos da Bíblia baseia-se na premissa de que "Deus está na Bíblia e Ele não fica em silêncio", como declara repetidamente o renomeado teólogo presbiteriano e filósofo, o Pastor [[Francis Schaeffer]], dando a entender que a Bíblia constitui uma carta de Deus para os homens. Para os cristãos, o Espírito Santo de Deus atuou de uma forma única e sobrenatural sobre os escritores. Seguindo este raciocínio, Deus é o ''verdadeiro autor da bíblia'', e não os seus escritores, por si mesmos. Segundo este pensamento Deus usou as suas personalidades e talentos individuais, para registrar por escrito os seus pensamentos e a revelação progressiva dos seus propósitos em suas palavras. Para os crentes, a sua postura diante da Bíblia determinará o seu destino eterno.

== A interpretação bíblica ==
Diferente das várias [[mitologia]]s, os assuntos narrados na Bíblia são geralmente ligados a datas, a personagens ou a acontecimentos históricos (de fato, vários cientistas têm reconhecido a existência de personagens e locais narrados na Bíblia, que até há poucos anos eram desconhecidos ou considerados fictícios), apesar de não confirmarem os fatos nela narrados, por outro lado, comprovando que aconteceram de alguma forma<ref>[http://www.time.com/time/world/article/0,8599,1645738,00.html Time] "A Boost for the Book of Jeremiah". Descoberta de tablete confirma episódio bíblico (21 de julho de 2007)</ref>.

Os [[judeus]] acreditam que todo o [[Velho Testamento]] foi inspirado por Deus e, por isso, constitui não apenas parte da Palavra Divina, mas a própria palavra. Os cristãos, por sua vez, incorporam também a tal entendimento os livros do [[Novo Testamento]]. Os ateus e agnósticos possuem concepção inteiramente diferente, descrendo por completo dos ensinamentos religiosos. Tal descrença ocorre face ao entendimento de que existem personagens cuja real existência e/ou atos praticados são por eles considerados fantásticos ou exagerados, tais como os relatos de [[Adão e Eva]], da narrativa da sociedade humana ante-diluviana, da [[Arca de Noé]], o [[Dilúvio]], [[Jonas]] engolido por um "grande peixe", etc. Os ateus não creem na existencia de Deus algum, portanto para eles qualquer ensinamento religioso, venha da Bíblia ou do Alcorão é falso, desnecessário e até mesmo prejudicial.

A hermenêutica, uma ciência que trata da interpretação dos textos, tem sido utilizada pelos teólogos para se conseguir entender os textos bíblicos. Entre as regras principais desta ciência encontramos:

# A Bíblia - colecção de livros religiosos - se interpreta por si mesma, revelando toda ela uma doutrina interna;
# O texto deve ser interpretado no seu contexto e nunca isoladamente;
# Deve-se buscar a intenção do escritor, e não interpretar a [[intencionalidade autoral|intenção do autor]];
# A análise do idioma original (hebraico, aramaico, grego comum) é importante para se captar o melhor sentido do termo ou as suas possíveis variantes;
# O intérprete jamais pode esquecer os fatos históricos relacionados com o texto ou contexto, bem como as contribuições dadas pela [[geografia]], [[geologia]], [[arqueologia]], [[antropologia]], [[cronologia]], [[biologia]]...

== Sua estrutura interna ==
A Bíblia é um conjunto de pequenos livros ou uma biblioteca. Foi escrita ao longo de um período de cerca de 1600 anos por 40 homens das mais diversas profissões, origens culturais e classes sociais, segundo a tradição judaico cristã. No entanto, [[exegese|exegetas]] cristãos divergem sobre a autoria e a datação das obras. A sua divisão em capítulos e versículos que conhecemos hoje surgiu em momentos diferentes da história. A primeira divisão (em capítulos) credita-se a autoria ao arcebispo [[Stephen Langton]] da Cantuária, no século XIII, que fez as marcações dos mesmos através de uma seqüência numérica em algarismos romanos nas margens dos [[manuscritos]]. A divisão em versículos foi realizada em 1551 numa edição em grego do Novo Testamento pelo humanista e impressor [[Robert Stephanus]]. Pequenas diferenças nas divisões e numerações de capítulos e versículos adotadas podem ser observadas quando se comparam as edições da Bíblia católica, protestante ou judaica (Tanakh).

=== Origem do termo "Testamento" ===
Este vocábulo não se encontra na Bíblia como designação de uma de suas partes.

A palavra portuguesa "testamento" corresponde à palavra [[língua hebraica|hebraica]] ''berith'' (que significa aliança, pacto, contrato), e designa a aliança que Deus fez com o povo de Israel no [[Monte Sinai]], tal como descrito no livro de Êxodo ({{Citar bíblia|livro=Êxodo|capítulo=24|verso=1|verso_final=8}} e {{Citar bíblia|livro=Êxodo|capítulo=34|verso=10|verso_final=28}}). Tendo sido esta aliança quebrada pela infidelidade do povo, Deus prometeu uma nova aliança ({{Citar bíblia|livro=Jeremias|capítulo=31|verso=31|verso_final=34}}) que deveria ser ratificada com o sangue de Cristo ({{Citar bíblia|livro=Mateus|capítulo=26|verso=28}}). Os escritores neotestamentários denominam a primeira aliança de antiga ({{Citar bíblia|livro=Hebreus|capítulo=8|verso=13}}), em contraposição à nova ({{Citar bíblia|livro=2 Coríntios|capítulo=3|verso=6|verso_final=14}}).

Os tradutores da [[Septuaginta]] traduziram ''berith'' para ''diatheke'', embora não haja perfeita correspondência entre as palavras, já que berith designa "aliança" (compromisso bilateral) e ''diatheke'' tem o sentido de "última disposição dos próprios bens", "testamento" (compromisso unilateral).

As respectivas expressões "antiga aliança" e "nova aliança" passaram a designar a coleção dos escritos que contém os documentos respectivamente da primeira e da segunda aliança.

O termo testamento veio até nós através do [[latim]] quando a primeira versão latina do Velho Testamento grego traduziu ''diatheke'' por ''testamentum''. [[São Jerônimo]], revisando esta versão latina, manteve a palavra ''testamentum'', equivalendo ao hebraico ''berith'' — aliança, concerto, quando a palavra não tinha essa significação no grego. Afirmam alguns pesquisadores que a palavra grega para "contrato", "aliança" deveria ser ''suntheke'', por traduzir melhor o hebraico ''berith''.

As denominações "Antigo Testamento" e "Novo Testamento", para as duas coleções dos livros sagrados, começaram a ser usadas no final do [[século II]], quando os evangelhos e outros escritos apostólicos foram considerados como parte do cânon sagrado.

=== Livros do Antigo Testamento ===
{{Artigo principal|[[Antigo Testamento]]}}
* O Antigo Testamento é composto de 46 livros: 39 conhecidos como protocanônicos e 7 conhecidos como [[Livros deuterocanônicos|deuterocanônicos]]. Os livros deuterocanônicos fazem parte apenas da Bíblia Católica, não sendo incluídos na Bíblia Protestante ou na Tanakh judaica.

====Livros Protocanônicos====
=====Pentateuco=====
{{Artigo principal|[[Pentateuco]]}}
[[Gênesis]] - [[Êxodo]] - [[Levítico]] - [[Livro dos Números|Números]] - [[Deuteronômio]]

=====Históricos=====
[[Livro de Josué|Josué]] - [[Livro dos Juízes|Juízes]] - [[Livro de Rute|Rute]] - [[I Samuel]] - [[II Samuel]] - [[I Reis]] - [[II Reis]] - [[I Crônicas]] - [[II Crônicas]] - [[Esdras]] - [[Neemias]] - [[Livro de Ester|Ester]]

=====Poéticos e Sapienciais=====
[[Livro de Jó|Jó]] - [[Salmos]] - [[Bíblia:Provérbios|Provérbios]] - [[Eclesiastes]] (ou Coélet) - [[Cântico dos Cânticos]] de Salomão

=====Proféticos=====
;Profetas Maiores
A designação “Maiores” não se trata porém da relevância histórica destes personagens na história de [[Israel]], mas tão somente ao tamanho de seus livros, maiores se comparados aos livros dos Profetas “Menores”.<br />
[[Isaías]] - [[Livro de Jeremias|Jeremias]] - [[Lamentações]] de Jeremias - [[Ezequiel]] - [[Daniel]]

;Profetas Menores
Como referido acima, a designação “Menores” não se trata da relevância histórica destes personagens na história de [[Israel]], mas tão somente ao tamanho de seus livros.<br />
[[Oséias]] - [[Joel]] - [[Amós]] - [[Obadias]] - [[Jonas]] - [[Miquéias]] - [[Naum]] - [[Habacuque]] - [[Sofonias]] - [[Ageu]] - [[Zacarias (Bíblia)|Zacarias]] - [[Malaquias]]

====Livros Deuterocanônicos====
{{Artigo principal|[[Livros deuterocanônicos]]}}
[[Tobias]] - [[Livro de Judite|Judite]] - [[I Macabeus]] - [[II Macabeus]] - [[Baruc|Baruque]] - [[Sabedoria]] - [[Eclesiástico]] (ou Ben Sira) - e alguns acréscimos ao texto dos livros Protocanônicos: [[Adições em Ester]] (Ester 10:4 a 11:1 ou a 16:24) e [[Adições em Daniel]] (Daniel 3:24-90; Cap. 13 e 14)

Os livros deuterocanônicos (ou apócrifos) foram, supostamente, escritos entre Malaquias e Mateus, numa época em que segundo o historiador judeu Flávio Josefo, a Revelação Divina havia cessado porque a sucessão dos profetas era inexistente ou imprecisa. O parecer de Josefo não é aceito pelos cristãos católicos e ortodoxos, porque Jesus afirma que durou até João Batista (cf. {{Citar bíblia|livro=Lucas |capítulo=16|verso=16}}; {{Citar bíblia|livro=Mateus|capítulo=11|verso=13}}).

No período entre o [[século III]] e o século I a.C. ocorre a [[Diáspora]] judaica helenística, numa época em que os judeus já estavam, em partes, dispersos pelo mundo. Uma colônia judaica destaca-se esta se localiza em [[Alexandria]] no Egito, onde se falava muito a [[língua grega]]. A Bíblia foi então traduzida do hebraico para o grego. Alguns escritos recentes foram-lhe acrescentados sem que os judeus de Jerusalém os reconhecessem como inspirados. Somente no final do século I d.C. foi fixado o [[cânon]] (=medida) hebraico, portanto numa época em que a diferenciação entre [[judaísmo]] e [[cristianismo]] já era bem acentuada. E os escritos acrescentados não foram aceitos no cânon hebraico.

Quando [[Jerônimo de Strídon|Jerônimo]] traduziu a Bíblia para o latim (a famosa [[Vulgata]]), no início do [[Século V]], incluiu os deuterocanônicos, e a [[Igreja Católica]] admitiu-os como inspirados da mesma forma que os outros livros. No século XVI, com o surgimento da [[Reforma Protestante]], é novamente colocada em dúvida a canonicidade dos deuterocanônicos pelo fato de não fazerem parte da [[Bíblia hebraica]] primitiva. No [[Concílio de Trento]], em 8 de abril de 1546, no ''Decretum de libris sacris et de traditionibus recipiendis'' (DH 1501), a Igreja Católica novamente os confirmou como partes integrantes da Bíblia Católica, mas desde então foram considerados apócrifos no [[Protestantismo]] e no século XVII deixaram de fazer parte das Bíblias protestantes.

=== Livros do Novo Testamento ===
{{Artigo principal|[[Novo Testamento]]}}
* O Novo Testamento é composto de 27 livros.

====Evangelhos====
{{Artigo principal|[[Evangelho]]}}
[[Mateus]], [[Marcos]], [[Lucas]] e [[João]].

==== Livro Histórico ====
[[Atos dos Apóstolos]] (abrev. Atos)

==== Cartas Paulinas ====
[[Epístola aos Romanos|Romanos]] - [[I Coríntios]] - [[II Coríntios]] - [[Gálatas]] - [[Epístola aos Efésios|Efésios]] - [[Filipenses]] - [[Colossenses]] - [[I Tessalonicenses]] - [[II Tessalonicenses]] - [[I Timóteo]] - [[II Timóteo]] - [[Epístola a Tito|Tito]] - [[Epístola a Filémon|Filémon]]

==== Cartas Gerais ====
[[Hebreus]] - [[Epístola de Tiago|Tiago]] - [[I Pedro]] - [[II Pedro]] - [[I João]] - [[II João]] - [[III João]] - [[Epístola de Judas|Judas]]

==== Livro profético ====
[[Apocalipse de São João|Apocalipse]]

== Versões e traduções bíblicas ==
[[Imagem:Genesis in a Tamil bible from 1723.jpg|thumb|200px|Livro do Gênesis, Bíblia em [[Tamil]] de 1723]]

Apesar da antiguidade dos livros bíblicos, os manuscritos mais antigos que possuímos datam a maior parte do III e IV Século d.C.. Tais manuscritos são o resultado do trabalho de copistas (escribas) que, durante séculos, foram fazendo cópias dos textos, de modo a serem transmitidos às gerações seguintes. Transmitido por um trabalho desta natureza o texto bíblico, como é óbvio, está sujeito a erros e modificações, involuntários ou voluntários, dos copistas, o que se traduz na coexistência, para um mesmo trecho bíblico, de várias versões que, embora não afectem grandemente o conteúdo, suscitam diversas leituras e interpretações dum mesmo texto. O trabalho desenvolvido por especialistas que se dedicam a comparar as diversas versões e a seleccioná-las, denomina-se [[Crítica Textual]]. E o resultado de seu trabalho são os [[Textos-Padrão]].

A grande fonte hebraica para o Antigo Testamento é o chamado [[Texto Massorético]]. Trata-se do texto hebraico fixado ao longo dos séculos por escolas de copistas, chamados [[Massoretas]], que tinham como particularidade um escrúpulo rigoroso na fidelidade da cópia ao original. O trabalho dos [[massoretas]], de cópia e também de vocalização do texto hebraico (que não tem vogais, e que, por esse motivo, ao tornar-se língua morta, necessitou de as indicar por meio de sinais), prolongou-se até ao Século VIII d.C.. Pela grande seriedade deste trabalho, e por ter sido feito ao longo de séculos, o [[Texto Massorético]] (sigla TM) é considerado a fonte mais autorizada para o texto hebraico bíblico original.

No entanto, outras versões do Antigo Testamento têm importância, e permitem suprir as deficiências do [[Texto Massorético]]. É o caso do Pentateuco Samaritano (os [[samaritanos]] eram uma comunidade étnica e religiosa separada dos judeus, que tinham culto e templo próprios, e que só aceitavam como livros sagrados os do [[Pentateuco]]), e principalmente a Septuaginta Grega (sigla LXX).

A Versão dos Setenta ou [[Septuaginta]] Grega, designa a tradução grega do Antigo Testamento, elaborada entre os séculos IV e II a.C., feita em Alexandria, no Egipto. O seu nome deve-se à lenda que referia ter sido essa tradução um resultado milagroso do trabalho de 70 eruditos judeus, e que pretende exprimir que não só o texto, mas também a tradução, fora inspirada por Deus. A Septuaginta Grega é a mais antiga versão do Antigo Testamento que conhecemos. A sua grande importância provém também do facto de ter sido essa a versão da Bíblia utilizada entre os cristãos, desde o início, e a que é citada na grande parte do Novo Testamento.

Da Septuaginta Grega fazem parte, além da Bíblia Hebraica, os Livros Deuterocanónicos (aceites como canónicos apenas pela Igreja Católica), e alguns escritos apócrifos (não aceites como inspirados por Deus por nenhuma das religiões cristãs ocidentais).

Encontram-se 4 mil manuscritos em grego do [[Novo Testamento]], que apresentam variantes. Diferentemente do [[Antigo Testamento]], não há para o Novo Testamento uma versão a que se possa chamar, por assim dizer, normativa. Há contudo alguns manuscritos mais importantes, pelas sua antiguidade ou credibilidade, e que são o alicerce da [[Crítica Textual]].

Uma outra versão com importância é a chamada [[Vulgata]] Latina, ou seja, a tradução latim por [[São Jerónimo]], em [[404]] d.C., e que foi utilizada durante muitos séculos pelas Igrejas Cristãs do Ocidente como a versão bíblica autorizada.

De acordo com as [[Sociedades Bíblicas Unidas]], a Bíblia já foi traduzida, até [[31 de dezembro]] de [[2007]], para pelo menos 2.454 línguas diferentes<ref name="ubs">{{citar web| url=http://www.ubs-translations.org/about_us/| título=Sumário estatístico de idiomas com traduções das Escrituras| publicado=Sociedades Bíblicas Unidas| acessodata=27 de março de 2009| língua=inglês}}</ref>, sendo o livro mais traduzido do mundo.

<center>
{| class="wikitable" align="center" |
|+'''Distribuição mundial de traduções da Bíblia'''<ref name="ubs" />
|-
! '''Continente/Região'''
! '''Porções'''
! '''Testamentos'''
! '''Bíblias'''
! '''Total'''
|-
| '''[[África]]'''
| 218 || 322 || 163 || 703
|-
| '''[[Ásia]]''' e '''[[Oceania]]'''
| 363 || 495 || 171 || 1029
|-
| '''[[Europa]]'''
| 112 || 39 || 61 || 212
|-
| '''[[América]]'''
| 153 || 312 || 42 || 507
|-
| '''[[Língua artificial|Línguas artificiais]]'''
| 2 || 0 || 1 || 3
|-
| '''''Total'''''
| 848 || 1168 || 438 || 2454
|}
</center>

=== A Bíblia em português ===
Os primeiros registros da tradução de trechos da Bíblia para o português remontam ao final do século XIII, por [[Dom Dinis]]. Mas a primeira Bíblia completa em língua portuguesa foi publicada somente em 1753, na tradução de [[João Ferreira de Almeida]] ([[1628]]-[[1691]]), que apesar de muitos não o saberem, não era pastor ou padre.

[[Imagem:Gutenberg Bible.jpg|thumb|250px|left|Uma cópia da [[Bíblia de Gutenberg]], de propriedade do Congresso norte-americano]]
O missionário e tradutor João Ferreira de Almeida foi o principal tradutor da Bíblia para a língua portuguesa.
Ele já conhecia a Vulgata, já que seu tio era padre. Após converter-se ao protestantismo aos 14 anos, Almeida partiu para a Batávia. Aos 16 anos traduziu um resumo dos evangelhos do espanhol para o português, que nunca chegou a ser publicado. Em Malaca traduziu partes do Novo Testamento também do espanhol.

Aos 17, traduziu o Novo Testamento do latim, da versão de Theodore Beza, além de ter se apoiado nas versões italiana, francesa e espanhola.

Aos 35 anos, iniciou a tradução diretamente dos originais, embora seja um mistério como ele aprendeu os idiomas originais. É certo que ele usou como base o Texto Massorético para o Antigo Testamento, o Textus Receptus, editado em 1633 pelos irmãos Elzevir, e alguma tradução da época, como a Reina-Valera. A tradução do Novo Testamento ficou pronta em 1676.

O texto foi enviado para a Holanda para revisão. O processo de revisão durou 5 anos, sendo publicado em 1681, e teve mais de mil erros. A razão é que os revisores holandeses queriam harmonizar a tradução com a versão holandesa publicada em 1637. A Companhia das Índias Orientais ordenou que se recolhesse e destruísse os exemplares defeituosos. Os que foram salvos foram corrigidos e utilizados em igrejas protestantes no Oriente, sendo que um deles está exposto no Museu Britânico. Após sua morte foram detectados 1.119 erros de tradução.

== Bibliografia ==
* LIMA, Alessandro. O Cânon Bíblico - A Origem da Lista dos Livros Sagrados. São José dos Campos-SP: Editora COMDEUS, 2007.

* PASQUERO, Fedele. O Mundo da Bíblia, Autores Vários. São Paulo: Paulinas, 1986.

* ROST, Leonard. Introdução aos Livros Apócrifos e Pseudo-Epígrafos do Antigo Testamento. São Paulo: Paulinas, 1980.


=={{Ver também}}==
=={{Ver também}}==
{{correlatos|
*[[endoderme]]
|commons = Bible
*[[mesoderme]]
|wikisource = Categoria:Bíblia
*[[neurulação]]
|wikiquote = Bíblia
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|wikinoticias =
|wikcionario = Bíblia
|wikispecies =
}}
* [[Antigo Testamento]]
* [[Novo Testamento]]
* [[Apócrifo]]s
* [[Arqueologia bíblica]]
* [[Cânon Bíblico]]
* [[Cronologia Bíblica]]
* [[:Categoria:Versões e traduções da Bíblia|Versões e traduções bíblicas]]
** [[Almeida Revista e Atualizada|Bíblia Sagrada - Almeida Revista e Atualizada]]
** [[Almeida Revista e Corrigida|Bíblia Sagrada - Almeida Revista e Corrigida]]
** [[Bíblia Sagrada - Almeida]]
** [[Bíblia Sagrada - Ave Maria]]
** [[Edição Pastoral|Bíblia Sagrada - Edição Pastoral]]
** [[Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas]]
* [[Manuscritos do Mar Morto]]
* [[Manuscritos do Novo Testamento]]
* [[Manuscritos do Antigo Testamento]]

{{ref-section}}

=={{Ligações externas}}==
*[http://www.bibliaonline.com.br/ Bíblia online comparativa ''(cerca de 50 versões, entre traduções e linguagens diferentes)'']
*[http://www.sbb.org.br/interna.asp?areaID=118 História da tradução bíblica]
*[http://www.bibliacatolica.com.br/historia_biblia/3.php Origem e Formação da Bíblia Católica]
*[http://www.vatican.va/archive/bible/nova_vulgata/documents/nova-vulgata_jp-ii_apost_const_lt.html Constitutio Apostólica Qua Nova Vulgata Bibliorum Sacrorum Editio “Typica” Declaratur Et Promulgatur] (em latim)
*[http://www.wordproject.org/po/index.htm Associação Bíblica Internacional] - Bíblia Audio em Português -


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Revisão das 19h49min de 7 de abril de 2009

 Nota: Se procura a visão judaica da Bíblia, veja Tanakh.

A palavra grega Bíblia, em plural, deriva do grego bíblos ou bíblion (βίβλιον) que significa "rolo" ou "livro". Bíblion, no caso nominativo plural, assume a forma bíblia, significando "livros". No latim medieval, biblìa é usado como uma palavra singular — uma colecção de livros ou "a Bíblia". Foi São Jerónimo, tradutor da Vulgata Latina, que chamou pela primeira vez ao conjunto dos livros do Antigo Testamento e Novo Testamento de "Biblioteca Divina". A Bíblia é uma coleção de livros catalogados, considerados como divinamente inspirados pelas três grandes religiões dos filhos de Abraão, que são o Cristianismo, o Judaismo e o Islamismo. São, por isso, conhecidas como as "religiões do Livro". É sinónimo de "Escrituras Sagradas" e "Palavra de Deus".

Os livros bíblicos considerados canônicos pelas igrejas cristãs são ao todo 66 livros, sendo 39 livros no Antigo Testamento e 27 livros no Novo Testamento. A Bíblia Católica contém 7 livros a mais no Antigo Testamento do que outras traduções bíblicas usadas pelas religiões cristãs não-católicas e pelo Judaísmo. Esses livros são chamados pela Igreja Católica de deuterocanónicos ou livros do "segundo Cânon". A lista dos livros deuterocanónicos é a seguinte: Tobias, Judite, I Macabeus, II Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico (Ben Sira ou Sirácida) e Baruque. Além disso, ela possui alguns trechos a mais em alguns livros protocanônicos (ou livros do "primeiro Cânon") de Ester e Daniel. Outras denominações religiosas consideraram estes livros deuterocanônicos como apócrifos, ou seja, livros ou escritos que carecem de inspiração divina, reconhecendo, porém, o valor histórico dos livros dos Macabeus.

Conceitos sobre a Bíblia

A Bíblia Sagrada

A Bíblia é um livro muito antigo. Ela é o resultado de longa experiência religiosa do povo de Israel. É o registro de várias pessoas, em diversos lugares, em contextos diversos. Acredita-se que tenha sido escrita ao longo de um período de 1.600 anos por cerca de 40 homens das mais diversas profissões, origens culturais e classes sociais.

Os cristãos acreditam que estes homens escreveram a Bíblia inspirados por Deus e por isso consideram a Bíblia como a Escritura Sagrada. No entanto, nem todos os seguidores da Bíblia a interpretam de forma literal, e muitos consideram que muitos dos textos da Bíblia são metafóricos ou que são textos datados que faziam sentido no tempo em que foram escritos, mas foram perdendo seu sentido dentro do contexto da atualidade.

Para a maior parcela do cristianismo a Bíblia é a Palavra de Deus, portanto ela é mais do que apenas um bom livro, é a vontade de Deus escrita para a humanidade. Para esses cristãos, nela se encontram, acima de tudo, as respostas para os problemas da humanidade e a base para princípios e normas de moral.

Não-cristãos de um modo geral vêem a Bíblia como um livro comum, com importância histórica e que reflete a cultura do povo que os escreveu. Em regra os não-cristãos recusam qualquer origem divina para a Bíblia e a consideram como de pouca ou de nenhuma importância na vida moderna, ainda que na generalidade se reconheça a sua importância na formação da civilização ocidental (apesar de a Bíblia ter origem no Médio Oriente).

A comunidade científica tem defendido a Bíblia como um importante documento histórico, narrado na perspectiva de um povo e na sua fé religiosa. Muito da sua narrativa foi de máxima importância para a investigação e descobertas arqueológicas dos últimos séculos. Mas os dados existentes são permanentemente cruzados com outros documentos contemporâneos, uma vez que, a história religiosa do povo de Israel singra em função da soberania de seu povo que se diz o "escolhido" de Deus e, inclusive, manifesta essa atitude nos seus registros.

Independente da perspectiva que um determinado grupo tem da Bíblia, o que mais chama a atenção neste livro é a sua influência em toda história da sociedade ocidental e mesmo mundial, face ao entendimento dela nações nasceram (Estados Unidos da América etc.), povos foram destruídos (Incas, Maias, etc), o calendário foi alterado (Calendário Gregoriano), entre outros fatos que ainda nos dias de hoje alteram e formatam nosso tempo. Sendo também o livro mais lido, mais pesquisado e mais publicado em toda história da humanidade, boa parte das línguas e dialetos existentes já foram alcançados por suas traduções. Por sua inegável influência no mundo ocidental, cada grupo religioso oferece a sua interpretação, cada qual com compreensão peculiar.

Os idiomas originais

Foram utilizados três idiomas diferentes na escrita dos diversos livros da Bíblia: o hebraico, o grego e o aramaico. Em hebraico consonantal foi escrito todo o Antigo Testamento, com excepção dos livros chamados deuterocanónicos, e de alguns capítulos do livro de Daniel, que foram redigidos em aramaico. Em grego comum, além dos já referidos livros deuterocanónicos do Antigo Testamento, foram escritos praticamente todos os livros do Novo Testamento. Segundo a tradição cristã, o Evangelho de Mateus teria sido primeiramente escrito em hebraico, visto que a forma de escrever visava alcançar os judeus.

O hebraico utilizado na Bíblia não é todo igual. Encontramos em alguns livros o hebraico clássico (por ex. livros de Samuel e Reis), em outros um hebraico mais rudimentar e em outros ainda, nomeadamente os últimos a serem escritos, um hebraico elaborado, com termos novos e influência de outras línguas circunvizinhas. O grego do Novo Testamento, apesar das diferenças de estilo entre os livros, corresponde ao chamado grego koiné (isto é, o grego "comum" ou "vulgar", por oposição ao grego clássico), o segundo idioma mais falado no Império Romano.

Inspirado por Deus

O apóstolo Paulo afirma que "toda a Escritura é inspirada por Deus" [literalmente, "soprada por Deus", que é a tradução da palavra grega θεοπνευστος, theopneustos] (2 Timóteo 3:16). Na ocasião, os livros que hoje compõem a Bíblia não estavam todos escritos e a Bíblia não havia sido compilada, entretanto muitos cristãos crêem que Paulo se referia à Bíblia que seria posteriormente canonizada. O apóstolo Pedro diz que "nenhuma profecia foi proferida pela vontade dos homens. Inspirados pelo Espírito Santo é que homens falaram em nome de Deus." (2 Pedro 1:21) Veja também os artigos Cânon Bíblico e Apócrifos.

Os cristãos crêem que a Bíblia foi escrita por homens sob Inspiração Divina, mas essa afirmação é considerada subjetiva na perspectiva de uma pessoa não-cristã ou não-religiosa. A interpretação dos textos bíblicos, ainda que usando o mesmo Texto-Padrão, varia de religião para religião. Verifica-se que a compreensão e entendimento a respeito de alguns assuntos pode variar de teólogo para teólogo, e mesmo de um crente para outro dependendo do idealismo e da filosofia religiosa defendida, entretanto, quanto aos fatos e às narrações históricas, existe uma unidade.

A dos leitores religiosos da Bíblia baseia-se na premissa de que "Deus está na Bíblia e Ele não fica em silêncio", como declara repetidamente o renomeado teólogo presbiteriano e filósofo, o Pastor Francis Schaeffer, dando a entender que a Bíblia constitui uma carta de Deus para os homens. Para os cristãos, o Espírito Santo de Deus atuou de uma forma única e sobrenatural sobre os escritores. Seguindo este raciocínio, Deus é o verdadeiro autor da bíblia, e não os seus escritores, por si mesmos. Segundo este pensamento Deus usou as suas personalidades e talentos individuais, para registrar por escrito os seus pensamentos e a revelação progressiva dos seus propósitos em suas palavras. Para os crentes, a sua postura diante da Bíblia determinará o seu destino eterno.

A interpretação bíblica

Diferente das várias mitologias, os assuntos narrados na Bíblia são geralmente ligados a datas, a personagens ou a acontecimentos históricos (de fato, vários cientistas têm reconhecido a existência de personagens e locais narrados na Bíblia, que até há poucos anos eram desconhecidos ou considerados fictícios), apesar de não confirmarem os fatos nela narrados, por outro lado, comprovando que aconteceram de alguma forma[1].

Os judeus acreditam que todo o Velho Testamento foi inspirado por Deus e, por isso, constitui não apenas parte da Palavra Divina, mas a própria palavra. Os cristãos, por sua vez, incorporam também a tal entendimento os livros do Novo Testamento. Os ateus e agnósticos possuem concepção inteiramente diferente, descrendo por completo dos ensinamentos religiosos. Tal descrença ocorre face ao entendimento de que existem personagens cuja real existência e/ou atos praticados são por eles considerados fantásticos ou exagerados, tais como os relatos de Adão e Eva, da narrativa da sociedade humana ante-diluviana, da Arca de Noé, o Dilúvio, Jonas engolido por um "grande peixe", etc. Os ateus não creem na existencia de Deus algum, portanto para eles qualquer ensinamento religioso, venha da Bíblia ou do Alcorão é falso, desnecessário e até mesmo prejudicial.

A hermenêutica, uma ciência que trata da interpretação dos textos, tem sido utilizada pelos teólogos para se conseguir entender os textos bíblicos. Entre as regras principais desta ciência encontramos:

  1. A Bíblia - colecção de livros religiosos - se interpreta por si mesma, revelando toda ela uma doutrina interna;
  2. O texto deve ser interpretado no seu contexto e nunca isoladamente;
  3. Deve-se buscar a intenção do escritor, e não interpretar a intenção do autor;
  4. A análise do idioma original (hebraico, aramaico, grego comum) é importante para se captar o melhor sentido do termo ou as suas possíveis variantes;
  5. O intérprete jamais pode esquecer os fatos históricos relacionados com o texto ou contexto, bem como as contribuições dadas pela geografia, geologia, arqueologia, antropologia, cronologia, biologia...

Sua estrutura interna

A Bíblia é um conjunto de pequenos livros ou uma biblioteca. Foi escrita ao longo de um período de cerca de 1600 anos por 40 homens das mais diversas profissões, origens culturais e classes sociais, segundo a tradição judaico cristã. No entanto, exegetas cristãos divergem sobre a autoria e a datação das obras. A sua divisão em capítulos e versículos que conhecemos hoje surgiu em momentos diferentes da história. A primeira divisão (em capítulos) credita-se a autoria ao arcebispo Stephen Langton da Cantuária, no século XIII, que fez as marcações dos mesmos através de uma seqüência numérica em algarismos romanos nas margens dos manuscritos. A divisão em versículos foi realizada em 1551 numa edição em grego do Novo Testamento pelo humanista e impressor Robert Stephanus. Pequenas diferenças nas divisões e numerações de capítulos e versículos adotadas podem ser observadas quando se comparam as edições da Bíblia católica, protestante ou judaica (Tanakh).

Origem do termo "Testamento"

Este vocábulo não se encontra na Bíblia como designação de uma de suas partes.

A palavra portuguesa "testamento" corresponde à palavra hebraica berith (que significa aliança, pacto, contrato), e designa a aliança que Deus fez com o povo de Israel no Monte Sinai, tal como descrito no livro de Êxodo (Êxodo 24:1–8 e Êxodo 34:10–28). Tendo sido esta aliança quebrada pela infidelidade do povo, Deus prometeu uma nova aliança (Jeremias 31:31–34) que deveria ser ratificada com o sangue de Cristo (Mateus 26:28). Os escritores neotestamentários denominam a primeira aliança de antiga (Hebreus 8:13), em contraposição à nova (2 Coríntios 3:6–14).

Os tradutores da Septuaginta traduziram berith para diatheke, embora não haja perfeita correspondência entre as palavras, já que berith designa "aliança" (compromisso bilateral) e diatheke tem o sentido de "última disposição dos próprios bens", "testamento" (compromisso unilateral).

As respectivas expressões "antiga aliança" e "nova aliança" passaram a designar a coleção dos escritos que contém os documentos respectivamente da primeira e da segunda aliança.

O termo testamento veio até nós através do latim quando a primeira versão latina do Velho Testamento grego traduziu diatheke por testamentum. São Jerônimo, revisando esta versão latina, manteve a palavra testamentum, equivalendo ao hebraico berith — aliança, concerto, quando a palavra não tinha essa significação no grego. Afirmam alguns pesquisadores que a palavra grega para "contrato", "aliança" deveria ser suntheke, por traduzir melhor o hebraico berith.

As denominações "Antigo Testamento" e "Novo Testamento", para as duas coleções dos livros sagrados, começaram a ser usadas no final do século II, quando os evangelhos e outros escritos apostólicos foram considerados como parte do cânon sagrado.

Livros do Antigo Testamento

Ver artigo principal: Antigo Testamento
  • O Antigo Testamento é composto de 46 livros: 39 conhecidos como protocanônicos e 7 conhecidos como deuterocanônicos. Os livros deuterocanônicos fazem parte apenas da Bíblia Católica, não sendo incluídos na Bíblia Protestante ou na Tanakh judaica.

Livros Protocanônicos

Pentateuco
Ver artigo principal: Pentateuco

Gênesis - Êxodo - Levítico - Números - Deuteronômio

Históricos

Josué - Juízes - Rute - I Samuel - II Samuel - I Reis - II Reis - I Crônicas - II Crônicas - Esdras - Neemias - Ester

Poéticos e Sapienciais

- Salmos - Provérbios - Eclesiastes (ou Coélet) - Cântico dos Cânticos de Salomão

Proféticos
Profetas Maiores

A designação “Maiores” não se trata porém da relevância histórica destes personagens na história de Israel, mas tão somente ao tamanho de seus livros, maiores se comparados aos livros dos Profetas “Menores”.
Isaías - Jeremias - Lamentações de Jeremias - Ezequiel - Daniel

Profetas Menores

Como referido acima, a designação “Menores” não se trata da relevância histórica destes personagens na história de Israel, mas tão somente ao tamanho de seus livros.
Oséias - Joel - Amós - Obadias - Jonas - Miquéias - Naum - Habacuque - Sofonias - Ageu - Zacarias - Malaquias

Livros Deuterocanônicos

Ver artigo principal: Livros deuterocanônicos

Tobias - Judite - I Macabeus - II Macabeus - Baruque - Sabedoria - Eclesiástico (ou Ben Sira) - e alguns acréscimos ao texto dos livros Protocanônicos: Adições em Ester (Ester 10:4 a 11:1 ou a 16:24) e Adições em Daniel (Daniel 3:24-90; Cap. 13 e 14)

Os livros deuterocanônicos (ou apócrifos) foram, supostamente, escritos entre Malaquias e Mateus, numa época em que segundo o historiador judeu Flávio Josefo, a Revelação Divina havia cessado porque a sucessão dos profetas era inexistente ou imprecisa. O parecer de Josefo não é aceito pelos cristãos católicos e ortodoxos, porque Jesus afirma que durou até João Batista (cf. Lucas 16:16; Mateus 11:13).

No período entre o século III e o século I a.C. ocorre a Diáspora judaica helenística, numa época em que os judeus já estavam, em partes, dispersos pelo mundo. Uma colônia judaica destaca-se esta se localiza em Alexandria no Egito, onde se falava muito a língua grega. A Bíblia foi então traduzida do hebraico para o grego. Alguns escritos recentes foram-lhe acrescentados sem que os judeus de Jerusalém os reconhecessem como inspirados. Somente no final do século I d.C. foi fixado o cânon (=medida) hebraico, portanto numa época em que a diferenciação entre judaísmo e cristianismo já era bem acentuada. E os escritos acrescentados não foram aceitos no cânon hebraico.

Quando Jerônimo traduziu a Bíblia para o latim (a famosa Vulgata), no início do Século V, incluiu os deuterocanônicos, e a Igreja Católica admitiu-os como inspirados da mesma forma que os outros livros. No século XVI, com o surgimento da Reforma Protestante, é novamente colocada em dúvida a canonicidade dos deuterocanônicos pelo fato de não fazerem parte da Bíblia hebraica primitiva. No Concílio de Trento, em 8 de abril de 1546, no Decretum de libris sacris et de traditionibus recipiendis (DH 1501), a Igreja Católica novamente os confirmou como partes integrantes da Bíblia Católica, mas desde então foram considerados apócrifos no Protestantismo e no século XVII deixaram de fazer parte das Bíblias protestantes.

Livros do Novo Testamento

Ver artigo principal: Novo Testamento
  • O Novo Testamento é composto de 27 livros.

Evangelhos

Ver artigo principal: Evangelho

Mateus, Marcos, Lucas e João.

Livro Histórico

Atos dos Apóstolos (abrev. Atos)

Cartas Paulinas

Romanos - I Coríntios - II Coríntios - Gálatas - Efésios - Filipenses - Colossenses - I Tessalonicenses - II Tessalonicenses - I Timóteo - II Timóteo - Tito - Filémon

Cartas Gerais

Hebreus - Tiago - I Pedro - II Pedro - I João - II João - III João - Judas

Livro profético

Apocalipse

Versões e traduções bíblicas

Livro do Gênesis, Bíblia em Tamil de 1723

Apesar da antiguidade dos livros bíblicos, os manuscritos mais antigos que possuímos datam a maior parte do III e IV Século d.C.. Tais manuscritos são o resultado do trabalho de copistas (escribas) que, durante séculos, foram fazendo cópias dos textos, de modo a serem transmitidos às gerações seguintes. Transmitido por um trabalho desta natureza o texto bíblico, como é óbvio, está sujeito a erros e modificações, involuntários ou voluntários, dos copistas, o que se traduz na coexistência, para um mesmo trecho bíblico, de várias versões que, embora não afectem grandemente o conteúdo, suscitam diversas leituras e interpretações dum mesmo texto. O trabalho desenvolvido por especialistas que se dedicam a comparar as diversas versões e a seleccioná-las, denomina-se Crítica Textual. E o resultado de seu trabalho são os Textos-Padrão.

A grande fonte hebraica para o Antigo Testamento é o chamado Texto Massorético. Trata-se do texto hebraico fixado ao longo dos séculos por escolas de copistas, chamados Massoretas, que tinham como particularidade um escrúpulo rigoroso na fidelidade da cópia ao original. O trabalho dos massoretas, de cópia e também de vocalização do texto hebraico (que não tem vogais, e que, por esse motivo, ao tornar-se língua morta, necessitou de as indicar por meio de sinais), prolongou-se até ao Século VIII d.C.. Pela grande seriedade deste trabalho, e por ter sido feito ao longo de séculos, o Texto Massorético (sigla TM) é considerado a fonte mais autorizada para o texto hebraico bíblico original.

No entanto, outras versões do Antigo Testamento têm importância, e permitem suprir as deficiências do Texto Massorético. É o caso do Pentateuco Samaritano (os samaritanos eram uma comunidade étnica e religiosa separada dos judeus, que tinham culto e templo próprios, e que só aceitavam como livros sagrados os do Pentateuco), e principalmente a Septuaginta Grega (sigla LXX).

A Versão dos Setenta ou Septuaginta Grega, designa a tradução grega do Antigo Testamento, elaborada entre os séculos IV e II a.C., feita em Alexandria, no Egipto. O seu nome deve-se à lenda que referia ter sido essa tradução um resultado milagroso do trabalho de 70 eruditos judeus, e que pretende exprimir que não só o texto, mas também a tradução, fora inspirada por Deus. A Septuaginta Grega é a mais antiga versão do Antigo Testamento que conhecemos. A sua grande importância provém também do facto de ter sido essa a versão da Bíblia utilizada entre os cristãos, desde o início, e a que é citada na grande parte do Novo Testamento.

Da Septuaginta Grega fazem parte, além da Bíblia Hebraica, os Livros Deuterocanónicos (aceites como canónicos apenas pela Igreja Católica), e alguns escritos apócrifos (não aceites como inspirados por Deus por nenhuma das religiões cristãs ocidentais).

Encontram-se 4 mil manuscritos em grego do Novo Testamento, que apresentam variantes. Diferentemente do Antigo Testamento, não há para o Novo Testamento uma versão a que se possa chamar, por assim dizer, normativa. Há contudo alguns manuscritos mais importantes, pelas sua antiguidade ou credibilidade, e que são o alicerce da Crítica Textual.

Uma outra versão com importância é a chamada Vulgata Latina, ou seja, a tradução latim por São Jerónimo, em 404 d.C., e que foi utilizada durante muitos séculos pelas Igrejas Cristãs do Ocidente como a versão bíblica autorizada.

De acordo com as Sociedades Bíblicas Unidas, a Bíblia já foi traduzida, até 31 de dezembro de 2007, para pelo menos 2.454 línguas diferentes[2], sendo o livro mais traduzido do mundo.

Distribuição mundial de traduções da Bíblia[2]
Continente/Região Porções Testamentos Bíblias Total
África 218 322 163 703
Ásia e Oceania 363 495 171 1029
Europa 112 39 61 212
América 153 312 42 507
Línguas artificiais 2 0 1 3
Total 848 1168 438 2454

A Bíblia em português

Os primeiros registros da tradução de trechos da Bíblia para o português remontam ao final do século XIII, por Dom Dinis. Mas a primeira Bíblia completa em língua portuguesa foi publicada somente em 1753, na tradução de João Ferreira de Almeida (1628-1691), que apesar de muitos não o saberem, não era pastor ou padre.

Uma cópia da Bíblia de Gutenberg, de propriedade do Congresso norte-americano

O missionário e tradutor João Ferreira de Almeida foi o principal tradutor da Bíblia para a língua portuguesa. Ele já conhecia a Vulgata, já que seu tio era padre. Após converter-se ao protestantismo aos 14 anos, Almeida partiu para a Batávia. Aos 16 anos traduziu um resumo dos evangelhos do espanhol para o português, que nunca chegou a ser publicado. Em Malaca traduziu partes do Novo Testamento também do espanhol.

Aos 17, traduziu o Novo Testamento do latim, da versão de Theodore Beza, além de ter se apoiado nas versões italiana, francesa e espanhola.

Aos 35 anos, iniciou a tradução diretamente dos originais, embora seja um mistério como ele aprendeu os idiomas originais. É certo que ele usou como base o Texto Massorético para o Antigo Testamento, o Textus Receptus, editado em 1633 pelos irmãos Elzevir, e alguma tradução da época, como a Reina-Valera. A tradução do Novo Testamento ficou pronta em 1676.

O texto foi enviado para a Holanda para revisão. O processo de revisão durou 5 anos, sendo publicado em 1681, e teve mais de mil erros. A razão é que os revisores holandeses queriam harmonizar a tradução com a versão holandesa publicada em 1637. A Companhia das Índias Orientais ordenou que se recolhesse e destruísse os exemplares defeituosos. Os que foram salvos foram corrigidos e utilizados em igrejas protestantes no Oriente, sendo que um deles está exposto no Museu Britânico. Após sua morte foram detectados 1.119 erros de tradução.

Bibliografia

  • LIMA, Alessandro. O Cânon Bíblico - A Origem da Lista dos Livros Sagrados. São José dos Campos-SP: Editora COMDEUS, 2007.
  • PASQUERO, Fedele. O Mundo da Bíblia, Autores Vários. São Paulo: Paulinas, 1986.
  • ROST, Leonard. Introdução aos Livros Apócrifos e Pseudo-Epígrafos do Antigo Testamento. São Paulo: Paulinas, 1980.

Ver também

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Referências

  1. Time "A Boost for the Book of Jeremiah". Descoberta de tablete confirma episódio bíblico (21 de julho de 2007)
  2. a b «Sumário estatístico de idiomas com traduções das Escrituras» (em inglês). Sociedades Bíblicas Unidas. Consultado em 27 de março de 2009 

Ligações externas