Canal Gov: diferenças entre revisões
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== História == |
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Revisão das 11h43min de 23 de julho de 2023
Canal Gov Empresa Brasil de Comunicação S.A. - EBC | |
---|---|
Tipo | Canal de televisão aberta |
País | ![]() |
Fundação | 24 de julho de 2023[1] por Governo Federal do Brasil (Poder Executivo do Brasil) |
Pertence a | |
Proprietário | Empresa Brasil de Comunicação |
Presidente | Hélio Doyle[2] |
Cidade de origem | Brasília, DF |
Sede | Brasília, DF |
Formato de vídeo | |
Canais irmãos | TV Brasil Canal Educação Canal Saúde Rádios EBC |
Canal Gov é uma rede de televisão pública brasileira pertencente à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), conglomerado de mídia do governo do país. A emissora é voltada para a cobertura de ações do Governo Federal e o dia a dia do Poder Executivo. Sua inauguração esta prevista para o dia 24 de julho de 2023, substituindo a TV Brasil 2.[1]
História
Antecedentes
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/3a/Magnifying_glass_01.svg/17px-Magnifying_glass_01.svg.png)
Em 30 de janeiro de 1998, durante o Governo Fernando Henrique Cardoso, foi inaugurada a TV Nacional do Brasil, mais conhecida como TV NBR, ainda sob fases de testes. A emissora tinha como missão cobrir as ações do Governo Federal, além de exibir programas educativos. Apesar de entrar no ar pelo dia 30 de janeiro, o canal iniciou oficialmente as suas transmissões no dia 13 de junho, que era considerada a data de sua inauguração.[3] Em seu início, o canal utilizava profissionais da Agência Funas e da Radiobrás, além de obter retransmissão em 15 cidades. Entre as suas afiliadas mais notáveis, estava a Rede Cultura do Pará. A rápida expansão da TV NBR causava polêmica pelo uso ilegal de meios de comunicação para ações eleitorais, faltando menos de quatro meses para as eleições gerais daquele ano.[4] A emissora integrava o complexo de comunicações Radiobrás, formado até então por cinco emissoras de rádio, uma emissora de televisão aberta, um centro produção de notícias, setor de produtos jornalísticos (mídia impressa, sinopse, etc) e um serviço radiofônico via satélite. A NBR estava fisicamente ligada à TV Nacional por fibra ótica lançada até a Embratel, onde o sinal é digitalizado e transmitido para o satélite, que faz a distribuição do sinal para todo o Brasil. Com a criação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), em 2007, a NBR passou a ser de responsabilidade da EBC Serviços.[5]
Fusão com a TV Brasil
Com o início do Governo Bolsonaro e a entrada de um novo ministro na Secretaria de Governo, o militar Carlos Alberto dos Santos Cruz (à época sem partido), foi anunciada uma proposta de fusão da NBR com a TV Brasil com o objetivo de reduzir gastos.[6] Para a Folha de S.Paulo, Carlos Santos Cruz disse que a proposta de fusão iria respeitar a legislação de cada uma: "Fazer uma estrutura que transmita o interesse de estado e de governo ao mesmo tempo." A proposta era que a grade de programação do novo canal dê destaque a conteúdos culturais e educativos, mas com perfil mais próximo ao que já existe na NBR.[7] No fim de março, em texto da coluna Radar da Veja, foi anunciado que a NBR seria encerrada, acarretando em dispensa dos quase mil funcionários terceirizados.[8] Parte da produção da NBR foi unida com a nova programação da TV Brasil, que entrou no ar em 10 de abril de 2019, sendo extinta e tendo seu sinal trocado para TV Brasil 2. Os conteúdos que eram disponibilizados no site da NBR foram migrados para a TV Brasil Distribuição,[9] e as redes sociais mudaram para 'TV Brasil Gov'.[10][11]
Desmembramento da TV Brasil e criação do Canal Gov
Em 29 de dezembro de 2022, o futuro Ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta (PT-RS), anunciou em entrevista à CNN Brasil um novo desmembramento da TV Brasil em duas vertentes, como era antes, com o canal principal voltando a focar exclusivamente em conteúdos generalistas e o segundo canal voltando ao seu foco inicial de cobertura do dia a dia do Governo Federal. A mudança deu margem a uma possível recriação da TV NBR, extinta em 2019.[12]
Em 15 de junho de 2023, durante uma reunião com a direção e funcionários da Empresa Brasil de Comunicação, o presidente Hélio Doyle anunciou uma reformulação na programação da TV Brasil, confirmando o que já havido sido anunciado pelo ministro da SECOM, Paulo Pimenta, em dezembro de 2022. A TV Brasil deixaria de transmitir ao vivo as cerimônias de inauguração de obras e pronunciamento de ministros do terceiro Governo Lula e do presidente da república e seu vice, que ocasionalmente interrompia a programação normal do canal, passando a realizar as coberturas destes na frequência ocupada pela TV Brasil 2, que receberia o nome de Canal Gov. Com isso, a TV Brasil voltaria a veicular exclusivamente conteúdos educativos, jornalísticos e transmissões esportivas, à exemplo de emissoras públicas como a RAI, TVE e BBC. A mudança começaria a valer a partir do dia 24 de julho.[1]
Na primeira semana de julho, a EBC e a Secom apresentaram para o público o novo projeto, com o Canal Gov fazendo parte de uma nova rede de comunicações do Governo Federal, que envolvem também uma rádio web, newsletter, agência de notícias, rede nacional de rádios e rede sociais. A nova cadeia de mídias receberia o nome de RedeGov. Pelo consórcio, ocorreria também a transmissão de programas já exibidos na NBR e que atualmente são exibidos na Rádio Nacional como o Bom Dia Ministro, Conversa com o Presidente, Brasil em Dia e A Voz do Brasil, esse último ainda exibido de maneira obrigatória em todas as rádios do país na faixa das 19h.[13] Apesar da reformulação, a portaria que uniu a TV Brasil e a NBR, que foi aprovada no Governo Bolsonaro, ainda não havia sido revogada.[14]
Ver também
Referências
- ↑ a b c «MENOS LULA NA TV BRASIL». Revista Piauí. 15 de junho de 2023. Consultado em 9 de julho de 2023
- ↑ «Hélio Doyle será novo presidente da EBC». Agência Brasil. 26 de janeiro de 2023
- ↑ Peng, Ricardo (2014). NBR : A TV do Governo Federal [livro eletrônico] (PDF). Florianópolis: Combook. p. 21. ISBN 978-85-917216-0-3. Consultado em 9 de julho de 2023
- ↑ «Escândalo: NBr, a TV do FHC». web.archive.org. Consultado em 9 de julho de 2023
- ↑ «NBR completa 20 anos ampliando disponibilização de conteúdos». Agência Brasil. 30 de junho de 2018. Consultado em 9 de julho de 2023
- ↑ Gustavo Uribe (13 de janeiro de 2019). «Contratos de comunicação serão revistos, diz chefe da Secretaria de Governo». Folha de S.Paulo. Consultado em 9 de julho de 2023
- ↑ Gustavo Uribe (2 de março de 2019). «Governo prevê cortar R$ 130 mi com reforma de estatal de comunicação». Folha de S.Paulo. Consultado em 9 de julho de 2023
- ↑ Evandro Éboli (29 de março de 2019). «TV Bolsonaro vai exibir obras do Exército e acaba com a NBR». Veja. Consultado em 9 de julho de 2023
- ↑ «TV NBR». 30 de outubro de 2020. Consultado em 9 de julho de 2023
- ↑ Chico Marés, Maurício Moraes, Nathália Afonso (17 de abril de 2019). «#Verificamos: Publicação lista 31 ações de Bolsonaro em três meses, mas só sete são verdadeiras». Agência Lupa. Consultado em 9 de julho de 2023
- ↑ Eu,Rio!; Gontijo, Gabriel; Rio!, Eu (9 de abril de 2019). «Portaria oficializa fusão da TV Brasil com NBR». Eu, Rio!. Consultado em 9 de julho de 2023
- ↑ Redação (30 de dezembro de 2022). «Pimenta anuncia volta da NBR, tevê que vai prestar informações oficiais do governo». Agenda do Poder. Consultado em 9 de julho de 2023
- ↑ «Rede_Gov.pdf». Google Docs. Consultado em 9 de julho de 2023
- ↑ https://telaviva.com.br/author/marcosurupa (7 de julho de 2023). «Secom e EBC apresentam nova proposta para o canal de TV do poder executivo, antiga NBR». TELA VIVA News. Consultado em 9 de julho de 2023