Casa Real: diferenças entre revisões
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'''Casa Real''' é expressão de múltiplo sentido que tanto se refere ao local físico onde se aloja o [[rei]], o seu [[palácio]], como à realeza ou [[família real]] reinante de uma [[dinastia]], a todo um conjunto de funcionários (servidores do rei e da sua família mais direta) que participavam na administração e funcionamento da referida casa.<ref>[http://www.aatt.org/site/index.php?op=Nucleo&id=1355 Casa Real e Casas Anexas, ANTT]</ref> |
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Enquanto a [[família]] é geralmente representada pelos membros, seniores e juniores, de uma família ou cadetes sucursais, que são vagamente relacionados, mas não necessariamente do mesmo parentesco. Contrariamente à maioria das ocidentais, muitas das famílias reais do mundo não têm nomes familiares, e aqueles que tenham adotado, raramente utilizam. Por sua vez, eles referem os seus títulos, muitas vezes relacionados com uma área excluída ou deliberada/escolhida pela família. O nome de uma casa real não é um apelido, é apenas uma maneira conveniente de [[Dinastia|identificação dinástica]] dos indivíduos. |
Enquanto a [[família]] é geralmente representada pelos membros, seniores e juniores, de uma família ou cadetes sucursais, que são vagamente relacionados, mas não necessariamente do mesmo parentesco. Contrariamente à maioria das ocidentais, muitas das famílias reais do mundo não têm nomes familiares, e aqueles que tenham adotado, raramente utilizam. Por sua vez, eles referem os seus títulos, muitas vezes relacionados com uma área excluída ou deliberada/escolhida pela família. O nome de uma casa real não é um apelido, é apenas uma maneira conveniente de [[Dinastia|identificação dinástica]] dos indivíduos. |
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Os nomes das casas reais na Europa foram geralmente extraídos do pai; nos casos em que uma rainha regente se casasse com um [[príncipe]] de outra casa, os seus filhos (e, portanto, um monarca posterior) pertenciam à sua casa. Assim, a rainha [[Vitória do Reino Unido]] pertencia à [[Casa de Hanôver]], mas a sua linhagem descendente masculina pertencia à casa do seu marido [[Alberto de Saxe-Coburgo-Gota|Alberto]], que era a de [[Casa de Saxe-Coburgo-Gota|Saxe-Coburgo-Gota]]. O nome foi alterado para [[Casa de Windsor]], em [[1917]]. Contudo, esta regra tinha várias exceções noutros países: após o casamento da imperatriz [[Maria Teresa de Áustria]], no |
Os nomes das casas reais na Europa foram geralmente extraídos do pai; nos casos em que uma rainha regente se casasse com um [[príncipe]] de outra casa, os seus filhos (e, portanto, um monarca posterior) pertenciam à sua casa. Assim, a rainha [[Vitória do Reino Unido]] pertencia à [[Casa de Hanôver]], mas a sua linhagem descendente masculina pertencia à casa do seu marido [[Alberto de Saxe-Coburgo-Gota|Alberto]], que era a de [[Casa de Saxe-Coburgo-Gota|Saxe-Coburgo-Gota]]. O nome foi alterado para [[Casa de Windsor]], em [[1917]]. Contudo, esta regra tinha várias exceções noutros países: após o casamento da imperatriz [[Maria Teresa de Áustria]], no {{séc|XVIII}}, com o duque de Lorena [[Francisco I, Sacro Imperador Romano-Germânico|Francisco III]], a sua casa tomou o nome de [[Habsburgo-Lorena]], a fim de associar-se intimamente com a anterior [[dinastia de Habsburgo]]. Após [[1834]], em Portugal, o casamento da rainha [[Maria II de Portugal]] e de [[Fernando II de Portugal|Fernando de Saxe-Coburgo-Gota]] (depois rei consorte Fernando II de Portugal, após o nascimento do seu primeiro filho com a rainha) permaneceu exclusivamente [[Casa de Bragança]], bem como o nome da família e da dinastia, permaneceram inalterados, seguindo as tradições celtíberas matriarcas portuguesas. Mais recentemente, no [[século XX]], as crianças da rainha regente nos [[Países Baixos]] e no Luxemburgo, têm mantido a sua casa à associação materna, e no Reino Unido, a rainha [[Isabel II do Reino Unido|Isabel II]], apesar da descendência pelo seu marido, [[Filipe, Duque de Edimburgo|Filipe da Grécia e da Dinamarca]], permaneceu oficialmente Windsor, apesar de ser tecnicamente [[casa de Schleswig-Holstein-Sonderburg-Glücksburg]], que, por sua vez, é uma linha da [[Casa de Oldenburgo]]. A casa de Schleswig-Holstein-Sonderburg-Glücksburg é regente na [[Noruega]] e na [[Dinamarca]], e governou na [[Grécia]], sendo que na Grécia, os membros da família real são convidados a utilizar o título de Príncipe da Dinamarca, passando a serem cadetes do ramo da casa regente na Dinamarca. |
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Outra forma em que a casa real de um dado país pode mudar é quando um príncipe estrangeiro é convidado a preencher uma vaga no trono ou de um lado dos parentes de uma casa estrangeira. Isso ocorreu com a morte dos filhos da rainha [[Ana da Grã-Bretanha]] da [[casa de Stuart]]: ela foi sucedida por um príncipe da [[casa de Hanôver]], que era o seu parente protestante mais próximo. |
Outra forma em que a casa real de um dado país pode mudar é quando um príncipe estrangeiro é convidado a preencher uma vaga no trono ou de um lado dos parentes de uma casa estrangeira. Isso ocorreu com a morte dos filhos da rainha [[Ana da Grã-Bretanha]] da [[casa de Stuart]]: ela foi sucedida por um príncipe da [[casa de Hanôver]], que era o seu parente protestante mais próximo. |
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Revisão das 22h36min de 13 de novembro de 2014
Predefinição:Traduzir Casa Real é expressão de múltiplo sentido que tanto se refere ao local físico onde se aloja o rei, o seu palácio, como à realeza ou família real reinante de uma dinastia, a todo um conjunto de funcionários (servidores do rei e da sua família mais direta) que participavam na administração e funcionamento da referida casa.[1]
Enquanto a família é geralmente representada pelos membros, seniores e juniores, de uma família ou cadetes sucursais, que são vagamente relacionados, mas não necessariamente do mesmo parentesco. Contrariamente à maioria das ocidentais, muitas das famílias reais do mundo não têm nomes familiares, e aqueles que tenham adotado, raramente utilizam. Por sua vez, eles referem os seus títulos, muitas vezes relacionados com uma área excluída ou deliberada/escolhida pela família. O nome de uma casa real não é um apelido, é apenas uma maneira conveniente de identificação dinástica dos indivíduos.
Exemplos
Devido aos casamentos entre famílias reais e à criação de cadetes sucursais, uma casa real geralmente não corresponde inteiramente a uma família imediata ou local; membros da mesma casa em diferentes ramos podem declarar inteiramente diferentes países e ser apenas vagamente relacionados, a família pode se ter originado inteiramente noutro lugar. A dinastia Capetiana (que inclui qualquer descendente direto de Hugo Capeto da França) é o mais antigo dirigente da continuidade dinástica na Europa - originada em 987 e presente nas atuais casas dirigentes em Espanha e no Luxemburgo.
A casa de Wettin, outro exemplo, tem origem no Sacro Império Romano-Germânico (atual Alemanha) como uma família condal. Hoje em dia, já não possui qualquer estatuto na Alemanha, mas diferentes ramos sentaram-se em vários tronos, incluindo o do Reino Unido e da Commonwealth, bem como na Bélgica. Antigos monarcas de Portugal e da Bulgária também pertenciam a esta casa, mas eles não eram especial e estreitamente relacionados com as citadas linhas, como eles descendem de vários ramos, alguns deles distintos por muitas gerações.
Até recentemente, a realeza não tinha apelidos, e eram conhecidos apenas pelos seus títulos, ou pelas suas denominações cristãs, seguido do nome da casa, feudo, estado ou país a que pertenciam.
Os nomes das casas reais na Europa foram geralmente extraídos do pai; nos casos em que uma rainha regente se casasse com um príncipe de outra casa, os seus filhos (e, portanto, um monarca posterior) pertenciam à sua casa. Assim, a rainha Vitória do Reino Unido pertencia à Casa de Hanôver, mas a sua linhagem descendente masculina pertencia à casa do seu marido Alberto, que era a de Saxe-Coburgo-Gota. O nome foi alterado para Casa de Windsor, em 1917. Contudo, esta regra tinha várias exceções noutros países: após o casamento da imperatriz Maria Teresa de Áustria, no século XVIII, com o duque de Lorena Francisco III, a sua casa tomou o nome de Habsburgo-Lorena, a fim de associar-se intimamente com a anterior dinastia de Habsburgo. Após 1834, em Portugal, o casamento da rainha Maria II de Portugal e de Fernando de Saxe-Coburgo-Gota (depois rei consorte Fernando II de Portugal, após o nascimento do seu primeiro filho com a rainha) permaneceu exclusivamente Casa de Bragança, bem como o nome da família e da dinastia, permaneceram inalterados, seguindo as tradições celtíberas matriarcas portuguesas. Mais recentemente, no século XX, as crianças da rainha regente nos Países Baixos e no Luxemburgo, têm mantido a sua casa à associação materna, e no Reino Unido, a rainha Isabel II, apesar da descendência pelo seu marido, Filipe da Grécia e da Dinamarca, permaneceu oficialmente Windsor, apesar de ser tecnicamente casa de Schleswig-Holstein-Sonderburg-Glücksburg, que, por sua vez, é uma linha da Casa de Oldenburgo. A casa de Schleswig-Holstein-Sonderburg-Glücksburg é regente na Noruega e na Dinamarca, e governou na Grécia, sendo que na Grécia, os membros da família real são convidados a utilizar o título de Príncipe da Dinamarca, passando a serem cadetes do ramo da casa regente na Dinamarca.
Outra forma em que a casa real de um dado país pode mudar é quando um príncipe estrangeiro é convidado a preencher uma vaga no trono ou de um lado dos parentes de uma casa estrangeira. Isso ocorreu com a morte dos filhos da rainha Ana da Grã-Bretanha da casa de Stuart: ela foi sucedida por um príncipe da casa de Hanôver, que era o seu parente protestante mais próximo.