Piranguinho: diferenças entre revisões

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Em 2010, a população do município foi contada pelo [[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]] (IBGE) em {{fmtn|8016}} habitantes.<ref name="IBGE_Pop_2010">{{citar web |url=http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/tabelas_pdf/total_populacao_minas_gerais.pdf |arquivourl=http://www.webcitation.org/62vRN1jFU |arquivodata=3 de novembro de 2011 |título=Censo 2010 - Minas Gerais |autor=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |data=29 de novembro de 2010 |acessodata=5 de setembro de 2013}}</ref> Segundo o [[Censo demográfico|censo]] daquele ano, {{fmtn|4066}} habitantes eram homens e {{fmtn|3950}} habitantes mulheres. Ainda segundo o mesmo censo, {{fmtn|4953}} habitantes viviam na [[zona urbana]] e {{fmtn|3063}} na [[zona rural]].<ref name="IBGE_Pop_2010" /> Já segundo estatísticas divulgadas em 2017, a população municipal era de {{fmtn|8597}} habitantes.
Em 2010, a população do município foi contada pelo [[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]] (IBGE) em {{fmtn|8016}} habitantes.<ref name="IBGE_Pop_2010">{{citar web |url=http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/tabelas_pdf/total_populacao_minas_gerais.pdf |arquivourl=http://www.webcitation.org/62vRN1jFU |arquivodata=3 de novembro de 2011 |título=Censo 2010 - Minas Gerais |autor=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |data=29 de novembro de 2010 |acessodata=5 de setembro de 2013}}</ref> Segundo o [[Censo demográfico|censo]] daquele ano, {{fmtn|4066}} habitantes eram homens e {{fmtn|3950}} habitantes mulheres. Ainda segundo o mesmo censo, {{fmtn|4953}} habitantes viviam na [[zona urbana]] e {{fmtn|3063}} na [[zona rural]].<ref name="IBGE_Pop_2010" /> Já segundo estatísticas divulgadas em 2017, a população municipal era de {{fmtn|8597}} habitantes.


Em 2010, segundo dados do censo do IBGE daquele ano, a população piranguinhense era composta por {{fmtn|6204}} brancos (77,40%); 232 negros (2,89%); 23 amarelos (0,29%); {{fmtn|1551}} pardos (19,35%) e seis indígenas (0,07%).<ref name="SIDRA_Raça">{{citar web|url=http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?z=cd&o=19&i=P&c=3145 |titulo=População de Piranguinho por raça e cor |autor=Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA) |data=2000 |acessodata=5 de setembro de 2013}}</ref> Considerando-se a [[Regiões do Brasil|região]] de nascimento, 13 eram nascidos na [[Região Norte do Brasil|Região Norte]] (0,17%), 68 na [[Região Nordeste do Brasil|Região Nordeste]] (0,84%), {{fmtn|7803}} no [[Região Sudeste do Brasil|Sudeste]] (97,34%), 104 no [[Região Sul do Brasil|Sul]] (1,29%) e sete no [[Região Centro-Oeste do Brasil|Centro-Oeste]] (0,09%). {{fmtn|7212}} habitantes eram naturais do estado de Minas Gerais (89,97%) e, desse total, {{fmtn|4435}} eram nascidos em Piranguinho (55,33%).<ref>{{citar web|URL=http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?z=cd&o=5&i=P&c=1505 |título=Tabela 1505 - População residente, por naturalidade em relação ao município e à unidade da federação - Resultados Gerais da Amostra |autor=Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA) |data=2010 |acessodata=5 de setembro de 2013}}</ref> Entre os 804 naturais de outras unidades da federação, [[São Paulo]] era o estado com maior presença, com 530 pessoas (6,61%), seguido pelo [[Paraná]], com 104 residentes (1,29%), e pelo [[Rio de Janeiro]], com 49 habitantes residentes no município (0,61%).<ref>{{citar web|URL=http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?z=cd&o=5&i=P&c=631 |título=Tabela 631 - População residente, por sexo e lugar de nascimento |autor=Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA) |data=2010 |acessodata=5 de setembro de 2013}}</ref>
Em 2010, segundo dados do censo do IBGE daquele ano, a população piranguinhense era composta por {{fmtn|6204}} brancos (77,40%); 232 negros (2,89%); 23 amarelos (0,29%); {{fmtn|1551}} pardos (19,35%) e seis indígenas (0,07%).<ref name="SIDRA_Raça">{{citar web|url=http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?z=cd&o=19&i=P&c=3145 |titulo=População de Piranguinho por raça e cor |autor=Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA) |data=2000 |acessodata=5 de setembro de 2013}}</ref> Considerando-se a [[Regiões do Brasil|região]] de nascimento, 13 eram nascidos na [[Região Norte do Brasil|Região Norte]] (0,17%), 68 na [[Região Nordeste do Brasil|Região Nordeste]] (0,84%), {{fmtn|7803}} no [[Região Sudeste do Brasil|Sudeste]] (97,34%), 104 no [[Região Sul do Brasil|Sul]] (1,29%) e sete no [[Região Centro-Oeste do Brasil|Centro-Oeste]] (0,09%). {{fmtn|7212}} habitantes eram naturais do estado de Minas Gerais (89,97%) e, desse total, {{fmtn|4435}} eram nascidos em Piranguinho (55,33%).<ref>{{citar web|URL=http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?z=cd&o=5&i=P&c=1505 |título=Tabela 1505 - População residente, por naturalidade em relação ao município e à unidade da federação - Resultados Gerais da Amostra |autor=Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA) |data=2010 |acessodata=5 de setembro de 2013}}</ref> Entre os 804 naturais de outras unidades da federação, [[São Paulo]] era o estado com maior presença, com 530 pessoas (6,61%), seguido pelo [[Paraná]], com 104 residentes (1,29%), e pelo [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], com 49 habitantes residentes no município (0,61%).<ref>{{citar web|URL=http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?z=cd&o=5&i=P&c=631 |título=Tabela 631 - População residente, por sexo e lugar de nascimento |autor=Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA) |data=2010 |acessodata=5 de setembro de 2013}}</ref>


O [[Índice de Desenvolvimento Humano]] Municipal (IDH-M) de Piranguinho é considerado alto pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento ([[Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento|PNUD]]), sendo que seu valor é de 0,712 (o 1398º maior do Brasil). A cidade possui a maioria dos indicadores próximos à média nacional segundo o PNUD. Considerando-se apenas o índice de educação o valor é de 0,651, o valor do índice de longevidade é de 0,841 e o de renda é de 0,672.<ref name="PNUD_IDH_2010"/> Segundo o IBGE, no ano de 2003 o [[coeficiente de Gini]], que mede a [[Desigualdade econômica|desigualdade social]], era de 0,38, sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor.<ref name="GINI" /> Naquele ano, a incidência da pobreza, medida pelo IBGE, era de 17,72%, o limite inferior da incidência de pobreza era de 10,84%, o superior era de 24,60% e a incidência da pobreza subjetiva era de 19,84%.<ref name="GINI">{{citar web|url=http://www.ibge.gov.br/cidadesat/xtras/csv.php?tabela=mpobreza2003&codmun=315100&nomemun=Piranguinho |título=Indicadores sociais dos municípios brasileiros |autor=Cidades@ - IBGE |acessodata=5 de setembro de 2013}}</ref>
O [[Índice de Desenvolvimento Humano]] Municipal (IDH-M) de Piranguinho é considerado alto pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento ([[Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento|PNUD]]), sendo que seu valor é de 0,712 (o 1398º maior do Brasil). A cidade possui a maioria dos indicadores próximos à média nacional segundo o PNUD. Considerando-se apenas o índice de educação o valor é de 0,651, o valor do índice de longevidade é de 0,841 e o de renda é de 0,672.<ref name="PNUD_IDH_2010"/> Segundo o IBGE, no ano de 2003 o [[coeficiente de Gini]], que mede a [[Desigualdade econômica|desigualdade social]], era de 0,38, sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor.<ref name="GINI" /> Naquele ano, a incidência da pobreza, medida pelo IBGE, era de 17,72%, o limite inferior da incidência de pobreza era de 10,84%, o superior era de 24,60% e a incidência da pobreza subjetiva era de 19,84%.<ref name="GINI">{{citar web|url=http://www.ibge.gov.br/cidadesat/xtras/csv.php?tabela=mpobreza2003&codmun=315100&nomemun=Piranguinho |título=Indicadores sociais dos municípios brasileiros |autor=Cidades@ - IBGE |acessodata=5 de setembro de 2013}}</ref>
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=== Transportes ===
=== Transportes ===
[[Ficheiro:Rodovia br459 piranguinho1.JPG|thumb|direita|Trecho da [[BR-459]] em Piranguinho.]]
[[Ficheiro:Rodovia br459 piranguinho1.JPG|thumb|direita|Trecho da [[BR-459]] em Piranguinho.]]
A frota municipal no ano de 2012 era de {{fmtn|2586}} veículos, sendo {{fmtn|1463}} automóveis, 180 caminhões, nove caminhões trator, 214 caminhonetes, 60 caminhonetas, 22 micro-ônibus, 547 motocicletas, 17 motonetas, 19 ônibus, nove utilitários e 46 classificados como outros tipos de veículos.<ref name="IBGE_Frota">{{citar web|url=http://www.ibge.gov.br/cidadesat/xtras/csv.php?tabela=frota&codmun=315100&nomemun=Piranguinho |título=Frota 2010 |autor=Cidades@ - IBGE |data=2012 |acessodata=6 de setembro de 2013}}</ref> A principal rodovia que corta o município é a [[BR-459]], que liga [[Paraty (Rio de Janeiro)|Paraty]], no [[Rio de Janeiro]], a [[Poços de Caldas]]. Também há a [[BR-381]], que começa em [[São Mateus (Espírito Santo)|São Mateus]], no litoral do [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]], passa por [[Governador Valadares]], pela [[Região Metropolitana do Vale do Aço]], [[Região Metropolitana de Belo Horizonte]] e sul de Minas e termina na cidade de [[São Paulo (cidade)|São Paulo]]; e a [[MG-295]], que liga o município às cidades vizinhas como [[Brasópolis]], [[Paraisópolis]] e [[Cambuí]].<ref name="cidadesnet.com"/><ref name="Google">[http://maps.google.com.br/ Google Maps]. Acessado em 6 de setembro de 2013.</ref>
A frota municipal no ano de 2012 era de {{fmtn|2586}} veículos, sendo {{fmtn|1463}} automóveis, 180 caminhões, nove caminhões trator, 214 caminhonetes, 60 caminhonetas, 22 micro-ônibus, 547 motocicletas, 17 motonetas, 19 ônibus, nove utilitários e 46 classificados como outros tipos de veículos.<ref name="IBGE_Frota">{{citar web|url=http://www.ibge.gov.br/cidadesat/xtras/csv.php?tabela=frota&codmun=315100&nomemun=Piranguinho |título=Frota 2010 |autor=Cidades@ - IBGE |data=2012 |acessodata=6 de setembro de 2013}}</ref> A principal rodovia que corta o município é a [[BR-459]], que liga [[Paraty (Rio de Janeiro)|Paraty]], no [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], a [[Poços de Caldas]]. Também há a [[BR-381]], que começa em [[São Mateus (Espírito Santo)|São Mateus]], no litoral do [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]], passa por [[Governador Valadares]], pela [[Região Metropolitana do Vale do Aço]], [[Região Metropolitana de Belo Horizonte]] e sul de Minas e termina na cidade de [[São Paulo (cidade)|São Paulo]]; e a [[MG-295]], que liga o município às cidades vizinhas como [[Brasópolis]], [[Paraisópolis]] e [[Cambuí]].<ref name="cidadesnet.com"/><ref name="Google">[http://maps.google.com.br/ Google Maps]. Acessado em 6 de setembro de 2013.</ref>


Na década de 1890, o então povoado de Piranguinho passou a ter transporte ferroviário, sendo atendido pela [[Viação Férrea Sapucaí|Estrada de Ferro Sapucaí]], cujas obras de construção deram início ao povoamento da região da atual cidade. Duas estações situavam-se na localidade, sendo que a principal foi inaugurada em 29 de abril de 1892, tendo funcionado até o final da década de 1970, quando a ferrovia foi desativada.<ref>{{citar web|URL=http://www.estacoesferroviarias.com.br/rmv_sapucai/piranguinho.htm |título=Piranguinho |autor=Estações Ferroviárias do Brasil |data=9 de março de 2011 |acessodata=6 de setembro de 2013 |wayb=20131004224731}}</ref> A outra estação situava-se no distrito de [[Olegário Maciel (Piranguinho)|Olegário Maciel]], em um prédio que hoje é usado como escola, tendo sido inaugurada em 23 de agosto de 1894.<ref>{{citar web|URL=http://www.estacoesferroviarias.com.br/rmv_sapucai/olegmaciel.htm |título=Olegário Maciel |autor=Estações Ferroviárias do Brasil |data=9 de junho de 2011 |acessodata=6 de setembro de 2013 |wayb=20141021220414}}</ref>
Na década de 1890, o então povoado de Piranguinho passou a ter transporte ferroviário, sendo atendido pela [[Viação Férrea Sapucaí|Estrada de Ferro Sapucaí]], cujas obras de construção deram início ao povoamento da região da atual cidade. Duas estações situavam-se na localidade, sendo que a principal foi inaugurada em 29 de abril de 1892, tendo funcionado até o final da década de 1970, quando a ferrovia foi desativada.<ref>{{citar web|URL=http://www.estacoesferroviarias.com.br/rmv_sapucai/piranguinho.htm |título=Piranguinho |autor=Estações Ferroviárias do Brasil |data=9 de março de 2011 |acessodata=6 de setembro de 2013 |wayb=20131004224731}}</ref> A outra estação situava-se no distrito de [[Olegário Maciel (Piranguinho)|Olegário Maciel]], em um prédio que hoje é usado como escola, tendo sido inaugurada em 23 de agosto de 1894.<ref>{{citar web|URL=http://www.estacoesferroviarias.com.br/rmv_sapucai/olegmaciel.htm |título=Olegário Maciel |autor=Estações Ferroviárias do Brasil |data=9 de junho de 2011 |acessodata=6 de setembro de 2013 |wayb=20141021220414}}</ref>

Revisão das 04h46min de 28 de junho de 2018

Piranguinho
  Município do Brasil  
Vista parcial de Piranguinho
Vista parcial de Piranguinho
Vista parcial de Piranguinho
Símbolos
Bandeira de Piranguinho
Bandeira
Brasão de armas de Piranguinho
Brasão de armas
Hino
Gentílico piranguinhense
Localização
Localização de Piranguinho em Minas Gerais
Localização de Piranguinho em Minas Gerais
Localização de Piranguinho em Minas Gerais
Piranguinho está localizado em: Brasil
Piranguinho
Localização de Piranguinho no Brasil
Mapa
Mapa de Piranguinho
Coordenadas 22° 24' 03" S 45° 31' 55" O
País Brasil
Unidade federativa Minas Gerais
Municípios limítrofes Norte: Santa Rita do Sapucaí;
Noroeste: Cachoeira de Minas;
Oeste: Brazópolis;
Sul: Piranguçu;
Leste: Itajubá;
Nordeste: São José do Alegre.
Distância até a capital 436 km
História
Fundação 30 de dezembro de 1962
Administração
Distritos
Prefeito(a) Helena Maria da Silveira (DEM, 2017 – 2020)
Características geográficas
Área total [2] 124,803 km²
População total (estatísticas IBGE/2017[3]) 8 597 hab.
Densidade 68,9 hab./km²
Clima tropical mesotérmico mediano úmido (Cwa)
Altitude 840 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[4]) 0,717 alto
PIB (IBGE/2014[5]) R$ 86 379 mil
PIB per capita (IBGE/2014[5]) R$ 10 215,10

Piranguinho é um município brasileiro no interior do estado de Minas Gerais, Região Sudeste do país. Localiza-se a sudoeste da capital do estado, distando desta cerca de 480 km. Ocupa uma área de 124,803 km², sendo que 0,3 km² estão em perímetro urbano, e sua população em 2017 era de 8 597 habitantes.

A sede tem uma temperatura média anual de 15,9 °C e na vegetação do município predomina a Mata Atlântica. Com 61% da população vivendo na zona urbana, a cidade contava, em 2009, com sete estabelecimentos de saúde. O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,717, considerando como alto em relação ao estado.

O povoamento de origem europeia do lugar teve início no final do século XIX, com a construção da Estrada de Ferro Sapucaí. Nas décadas seguintes, houve um desenvolvimento da agropecuária na região, que propiciou o crescimento econômico e populacional, tendo a cidade se emancipado do município de Brazópolis em 1962 e instalada em 1º de março de 1963. O comércio e o turismo ganharam força a partir da década de 1990, sendo que Piranguinho é considerada hoje como a capital nacional do pé de moleque, devido à tradição na produção desse doce.

História

O primeiro povo conhecido a habitar o sul de Minas Gerais foi o povo puri, que viria a ser dizimado com o avanço da colonização de origem europeia na região ao longo dos séculos XVIII e XIX.[6] No fim do século XIX, o o Brasil passava por uma hegemônica produção de café, cultura esta que se expandia pela Região Sudeste do país e favorecia investimentos na modernização da economia nacional. As terras do atual município pertenciam a Leocádia de Lourenço e estavam subordinadas a São Caetano da Vargem Grande (atual Brasópolis), sendo um dos lugares onde planejava-se a implantação do projeto "Rede Mineira de Viação", com objetivo de construir uma ferrovia que ligasse Itajubá a Santa Rita do Sapucaí.[7] Com as obras da estrada de ferro, começaram a ser construídas as primeiras casas, dando início ao povoamento, que aos poucos ganhava infraestrutura. Em 1913, cria-se a primeira escola e o povoamento passou a ter abastecimento de água e energia elétrica.[7]

Dado o desenvolvimento observado na localidade, pela lei estadual nº 556, de 30 de agosto de 1911, é criado o distrito de Piranguinho, subordinado ao então município de Vila Braz, que passa a denominar-se Brasópolis em 7 de setembro de 1923. Piranguinho emancipa-se pela lei estadual nº 2.764, de 30 de dezembro de 1962, com instalação oficial ocorrida em 1º de março de 1963 e sendo constituído por dois distritos: Olegário Maciel e a Sede. Pela lei nº 970, de 29 de abril de 2004, é criado o distrito de Santa Bárbara do Sapucaí.[1]

A economia foi fortalecida na década de 1990 com o crescimento do comércio, apesar de as principais fontes de renda serem representadas pela agropecuária, extração vegetal e pesca. A cidade também destaca-se pela produção de doces, tendo passado a ser conhecida nacionalmente como capital do pé de moleque.[7][1]

Topônimo

Existem duas hipóteses etimológicas tradicionais para o nome do município, ambas baseadas na junção dos termos tupis antigos piranga ("vermelho") e ĩ (sufixo diminutivo):

  • seria uma referência ao ribeirão Piranguinho;
  • seria uma referência a uma pedra vermelha de tamanho médio que existiria no município.[8]

Geografia

A área do município, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 124,803 km², sendo que 0,3682 km² constituem a zona urbana.[9] Situa-se a 22°24'04" de latitude sul e 45°31'54" de longitude oeste e está a uma distância de 436 quilômetros a sul da capital mineira. Seus municípios limítrofes são Santa Rita do Sapucaí, a norte; Cachoeira de Minas, a noroeste; Brazópolis, a oeste; Piranguçu, a sul; Itajubá, a leste; e São José do Alegre, a nordeste.[10]

De acordo com a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística vigente desde 2017,[11] o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária de Pouso Alegre e Imediata de Itajubá.[12] Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, o município fazia parte da microrregião de Itajubá, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Sul e Sudoeste de Minas.[13]

Relevo, hidrografia e meio ambiente

Rio Sapucaí entre Itajubá e Piranguinho.

O relevo do município de Piranguinho é predominantemente ondulado. Em aproximadamente 75% do território piranguinhense há o predomínio de áreas onduladas, enquanto cerca de 5% é coberto por mares de morros e terrenos montanhosos e os 20% restantes são lugares planos.[10] A altitude máxima encontra-se no Pico da Boa Vista, que chega aos 1 399 metros, enquanto que a altitude mínima está na foz do Ribeirão Vargem Grande, com 902 metros. Já o ponto central da cidade está a 840 m.[10]

O principal rio que passa por Piranguinho é o Rio Sapucaí,[14] porém o território municipal é banhado por vários pequenos rios e córregos, sendo os principais o Ribeirão dos Porcos e o Ribeirão Piranguinho, fazendo parte da Bacia do Rio Grande.[10] A vegetação predominante no município é a Mata Atlântica, sendo que o principal problema ambiental presente, segundo a prefeitura em 2010, era o assoreamento de corpos d'água. A cidade conta, entretanto, com Conselho Municipal de Meio Ambiente, criado em 2008 e de caráter paritário, Fundo Municipal de Meio Ambiente e realização de licenciamento ambiental de impacto local.[15]

Clima

O clima piranguinhense é caracterizado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, como tropical mesotérmico mediano úmido (tipo Cwa segundo Köppen),[16] tendo temperatura média anual de 15,9 °C com invernos secos e frios e verões chuvosos e amenos.[17][18] O mês mais quente, janeiro, tem temperatura média de 19,0 °C, sendo a média máxima de 23,5 °C e a mínima de 14,6 °C. E o mês mais frio, julho, de 11,7 °C, sendo 17,6 °C e 5,9 °C as médias máxima e mínima, respectivamente. Outono e primavera são estações de transição.[19]

A precipitação média anual é de 1 504,9 mm, sendo julho o mês mais seco, quando ocorrem apenas 17,6 mm. Em dezembro, o mês mais chuvoso, a média fica em 276,7 mm.[19] Nos últimos anos, entretanto, os dias quentes e secos durante o inverno têm sido cada vez mais frequentes, não raro ultrapassando a marca dos 28 °C, especialmente entre julho e setembro. Em julho de 1998, por exemplo, a precipitação de chuva em Piranguinho não passou dos 0 mm.[20]

Demografia

Crescimento populacional
Censo Pop.
19705 544
19805 542−0,0%
19916 37014,9%
20007 39916,2%
20108 0168,3%
Fonte: Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística
(IBGE)[21]

Em 2010, a população do município foi contada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 8 016 habitantes.[22] Segundo o censo daquele ano, 4 066 habitantes eram homens e 3 950 habitantes mulheres. Ainda segundo o mesmo censo, 4 953 habitantes viviam na zona urbana e 3 063 na zona rural.[22] Já segundo estatísticas divulgadas em 2017, a população municipal era de 8 597 habitantes.

Em 2010, segundo dados do censo do IBGE daquele ano, a população piranguinhense era composta por 6 204 brancos (77,40%); 232 negros (2,89%); 23 amarelos (0,29%); 1 551 pardos (19,35%) e seis indígenas (0,07%).[23] Considerando-se a região de nascimento, 13 eram nascidos na Região Norte (0,17%), 68 na Região Nordeste (0,84%), 7 803 no Sudeste (97,34%), 104 no Sul (1,29%) e sete no Centro-Oeste (0,09%). 7 212 habitantes eram naturais do estado de Minas Gerais (89,97%) e, desse total, 4 435 eram nascidos em Piranguinho (55,33%).[24] Entre os 804 naturais de outras unidades da federação, São Paulo era o estado com maior presença, com 530 pessoas (6,61%), seguido pelo Paraná, com 104 residentes (1,29%), e pelo Rio de Janeiro, com 49 habitantes residentes no município (0,61%).[25]

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Piranguinho é considerado alto pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), sendo que seu valor é de 0,712 (o 1398º maior do Brasil). A cidade possui a maioria dos indicadores próximos à média nacional segundo o PNUD. Considerando-se apenas o índice de educação o valor é de 0,651, o valor do índice de longevidade é de 0,841 e o de renda é de 0,672.[4] Segundo o IBGE, no ano de 2003 o coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social, era de 0,38, sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor.[26] Naquele ano, a incidência da pobreza, medida pelo IBGE, era de 17,72%, o limite inferior da incidência de pobreza era de 10,84%, o superior era de 24,60% e a incidência da pobreza subjetiva era de 19,84%.[26]

De acordo com dados do censo de 2010 realizado pelo IBGE, a população de Piranguinho está composta por: 6 672 católicos (83,24%), 1 082 evangélicos (13,50%), 115 pessoas sem religião (1,44%), 41 espíritas (0,51%) e 1,31% estão divididas entre outras religiões.[27]

Política e administração

Sala de sessões da Câmara Municipal de Piranguinho.

A administração municipal se dá pelos Poderes Executivo e Legislativo. O Executivo é exercido pelo prefeito, auxiliado pelo seu gabinete de secretários. A atual prefeita é Helena Maria da Silveira, do DEM, eleita nas eleições municipais de 2016 com 64,6% dos votos válidos e empossada em 1º de janeiro de 2017, ao lado de Pedro Valdomiro como vice-prefeito.[28] O Poder Legislativo, por sua vez, é constituído pela câmara municipal, composta por nove vereadores.[29] Cabe à casa elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao Executivo, especialmente o orçamento participativo (Lei de Diretrizes Orçamentárias).[30]

Piranguinho se rege por sua lei orgânica, promulgada em 24 de março de 1990,[31] e é termo da Comarca de Brazópolis, do Poder Judiciário estadual, de primeira entrância, criada em 1º de janeiro de 1926.[32] O município possuía, em julho de 2017, 9 392 eleitores, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que representa 0,06% do eleitorado mineiro.[33]

Economia

O Produto Interno Bruto (PIB) de Piranguinho é um dos maiores de sua microrregião, destacando-se na agropecuária e na área de prestação de serviços. De acordo com dados do IBGE, relativos a 2010, o PIB do município era de R$ 51 495 mil.[34] 2 015 mil eram de impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes.[34] O PIB per capita é de R$ 6 423,99.[34] Em 2011, havia 841 trabalhadores categorizados como pessoal ocupado total e 588 se enquadravam como ocupado assalariado. Salários juntamente com outras remunerações somavam 7 689 mil reais e o salário médio mensal de todo município era de 1,6 salários mínimos. Havia 192 unidades locais e 187 empresas atuantes.[35]

Setor primário
Produção de cana-de-açúcar, milho e mandioca (2011)[36]
Produto Área colhida (hectares) Produção (tonelada)
Cana-de-açúcar 20 900
Milho 50 300
Mandioca 6 180

A agricultura é o segundo setor mais relevante na economia de Piranguinho. Em 2010, de todo o PIB da cidade, 10 604 mil reais era o valor adicionado bruto da agropecuária.[34] Segundo o IBGE, em 2011 o município possuía um rebanho de 12 asininos, 11 618 bovinos, 210 caprinos, 500 equinos, 300 muares, 50 ovinos, 1 970 suínos e 35 mil aves, entre estas 20 mil galinhas e 15 mil galos, frangos e pintinhos.[37] Neste mesmo ano a cidade produziu 6 280 mil litros de leite de 4 382 vacas, 109 mil dúzias de ovos de galinha, 37 quilos de de 20 ovinos tosquiados e 6 500 quilos de mel de abelha.[37]

Na lavoura temporária são produzidos principalmente a cana-de-açúcar (900 toneladas produzidas e 20 hectares cultivados), o milho (50 toneladas e 300 hectares) e a mandioca (180 toneladas e 6 hectares), além do arroz, batata-doce, ervilha, feijão e tomate.[36] Já na lavoura permanente destacam-se a banana, o café, a laranja, o limão, o mamão, o maracujá e a tangerina.[38]

Comércio em Piranguinho.
Setores secundário e terciário

A indústria, em 2010, era o setor menos relevante para a economia do município. 6 563 reais do PIB municipal eram do valor adicionado bruto da indústria (setor secundário).[34] A produção industrial ainda é muito incipiente na cidade, mesmo que comece a dar sinais de aprimoramento,[7] sendo resumida principalmente à fabricação de produtos alimentícios, à transformação mineral ou pequenas fábricas. Segundo estatísticas do ano de 2000, 801 pessoas estavam ocupadas no setor industrial.[10]

O movimento comercial piranguinhense tem se expandido desde o início da década de 1990. Era um sinal visível do crescimento econômico, da modernização e, consequentemente, do progresso da cidade, apesar da lentidão com que se desenvolveu antes da década de 90, vindo se destacado pela venda de doces produzidos na própria cidade e comercializados em várias regiões do Brasil.[7] Em 2000, 331 pessoas estavam ocupadas no setor comercial e 742 dedicavam-se à prestação de serviços[10] e em 2010 32 313 reais do PIB municipal eram do valor adicionado bruto do setor terciário.[34]

Infraestrutura

Habitação e criminalidade

Área residencial em Piranguinho.

No ano de 2010 a cidade tinha 2 408 domicílios particulares permanentes. Desse total, 2 387 eram casas, 20 eram apartamentos e um era habitação em casa de vila ou em condomínio. Do total de domicílios, 1 758 são imóveis próprios (1 699 já quitados e 59 em aquisição); 314 foram alugados; 327 foram cedidos (171 cedidos por empregador e 156 cedidos de outra forma) e nove foram ocupados de outra maneira.[39] Parte dessas residências conta com água tratada, energia elétrica, esgoto, limpeza urbana, telefonia fixa e telefonia celular. 1 516 domicílios eram atendidos pela rede geral de abastecimento de água (62,95% do total); 2 404 (99,83%) possuíam banheiros para uso exclusivo das residências; 2 310 (95,93% deles) eram atendidos por algum tipo de serviço de coleta de lixo; e 2 404 (99,83%) possuíam abastecimento de energia elétrica.[39]

Entre 2006 e 2008, houve registro de um homicídio (ocorrido em 2007),[40] duas mortes por suicídio (também em 2007)[41] e dez óbitos por acidentes de trânsito (todos ocorridos entre 2007 e 2008).[42]

Saúde e educação

Em 2009, o município possuía quatro estabelecimentos de saúde entre hospitais, pronto-socorros, postos de saúde e serviços odontológicos, sendo todos públicos, pertencentes à rede municipal e integrantes do Sistema Único de Saúde (SUS).[43] Em 2012, 98,4% das crianças menores de 1 ano de idade estavam com a carteira de vacinação em dia.[44] Em 2011 foram registrados 105 nascidos vivos,[45] sendo que o índice de mortalidade infantil neste ano foi de 9,5 óbitos de crianças menores de cinco anos de idade a cada mil nascidos.[44] Em 2010, 20,0% do total de mulheres grávidas eram de meninas que tinham menos de 20 anos.[46] 1 718 crianças foram pesadas pelo Programa Saúde da Família, sendo que 0,1% do total estavam desnutridas.[47]

Na área da educação, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) médio entre as escolas públicas de Piranguinho era, no ano de 2011, de 4,9 (numa escala de avaliação que vai de nota 1 a 10), sendo que a nota obtida por alunos do 5º ano (antiga 4ª série) foi de 5,6 e do 9º ano (antiga 8ª série) foi de 4,2; o valor das escolas públicas de todo o Brasil era de 4,0.[48] O município contava, em 2012, com aproximadamente 1 839 matrículas nas instituições de ensino da cidade.[49] Segundo o IBGE, neste mesmo ano, das seis escolas do ensino fundamental, uma pertencia à rede pública estadual, três à rede pública municipal e uma era escola particular. Dentre as duas instituições de ensino médio, uma pertencia à rede pública estadual e uma à rede particular.[49]

Em 2010, de acordo com dados da amostra do censo demográfico, da população total, 2 418 habitantes frequentavam creches e/ou escolas. Desse total, 37 frequentavam creches, 198 estavam no ensino pré-escolar, 215 na classe de alfabetização, 28 na alfabetização de jovens e adultos, 1 102 no ensino fundamental, 395 no ensino médio, 58 na educação de jovens e adultos do ensino fundamental, 128 na educação de jovens e adultos do ensino médio, 16 na especialização de nível superior, 204 em cursos superiores de graduação e 37 cursavam mestrado. 5 197 pessoas não frequentavam unidades escolares, sendo que 731 nunca haviam frequentado e 4 867 haviam frequentado alguma vez.[50] No mesmo ano, 22,4% das crianças com faixa etária entre sete e quatorze anos não estavam cursando o ensino fundamental. A taxa de conclusão, entre jovens de 15 a 17 anos, era de 57,2% e o percentual de alfabetização de jovens e adolescentes entre 15 e 24 anos era de 99,3%. A distorção idade-série entre alunos do ensino fundamental, ou seja, com com idade superior à recomendada, era de 18,8% para os anos iniciais e 26,2% nos anos finais e, no ensino médio, a defasagem chegava a 24,0%.[48]

Educação de Piranguinho em números (2012)[49]
Nível Matrículas Docentes Escolas (total)
Ensino pré-escolar 241 16 5
Ensino fundamental 1 232 91 6
Ensino médio 366 42 2

Comunicação e serviços básicos

O código de área (DDD) de Piranguinho é 035[51] e o Código de Endereçamento Postal (CEP) é 37508-000.[52] No dia 12 de janeiro de 2009 o município passou a ser servido pela portabilidade, juntamente com outros municípios com o mesmo DDD. A portabilidade é um serviço que possibilita a troca da operadora sem a necessidade de se trocar o número do aparelho.[53]

A responsável pelo serviço de abastecimento de energia elétrica é a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Segundo a empresa, em 2003 havia 2 636 consumidores e foram consumidos 5 060 514 KWh de energia.[10] O serviço de coleta de esgoto é feito pela própria prefeitura, enquanto que o abastecimento de água da cidade é feito pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa),[10] sendo que em 2008 havia 1 980 unidades consumidoras e eram distribuídos em média 859 m³ de água tratada por dia.[54] Desde 1913 há abastecimento água e energia elétrica em Piranguinho.[7]

Transportes

Trecho da BR-459 em Piranguinho.

A frota municipal no ano de 2012 era de 2 586 veículos, sendo 1 463 automóveis, 180 caminhões, nove caminhões trator, 214 caminhonetes, 60 caminhonetas, 22 micro-ônibus, 547 motocicletas, 17 motonetas, 19 ônibus, nove utilitários e 46 classificados como outros tipos de veículos.[55] A principal rodovia que corta o município é a BR-459, que liga Paraty, no Rio de Janeiro, a Poços de Caldas. Também há a BR-381, que começa em São Mateus, no litoral do Espírito Santo, passa por Governador Valadares, pela Região Metropolitana do Vale do Aço, Região Metropolitana de Belo Horizonte e sul de Minas e termina na cidade de São Paulo; e a MG-295, que liga o município às cidades vizinhas como Brasópolis, Paraisópolis e Cambuí.[10][56]

Na década de 1890, o então povoado de Piranguinho passou a ter transporte ferroviário, sendo atendido pela Estrada de Ferro Sapucaí, cujas obras de construção deram início ao povoamento da região da atual cidade. Duas estações situavam-se na localidade, sendo que a principal foi inaugurada em 29 de abril de 1892, tendo funcionado até o final da década de 1970, quando a ferrovia foi desativada.[57] A outra estação situava-se no distrito de Olegário Maciel, em um prédio que hoje é usado como escola, tendo sido inaugurada em 23 de agosto de 1894.[58]

Cultura

Manifestações culturais

Estátua na entrada de Piranguinho representando o pé de moleque, inaugurada em junho de 2012, durante a VII Festa do Maior Pé De Moleque do Mundo.

Para estimular o desenvolvimento socioeconômico local, a prefeitura de Piranguinho, juntamente ou não com instituições locais, passou a investir mais no segmento de festas e eventos.[59] Os principais eventos são o Carnaval, organizado em fevereiro ou março, com desfiles dos blocos carnavalescos formados por grupos da cidade, marchinhas, concursos e shows com bandas regionais;[60] as festas juninas, em junho ou julho, que são realizadas anualmente e em algumas edições atraem cerca de 8 mil pessoas durante os dias dos eventos, sendo uma das mais conhecidas da região e contando com shows com bandas locais, exposições e barracas de alimentação com comidas típicas e tradicionais, em grande parte produzidas na própria cidade;[61][62] a Festa de Santa Isabel, na semana de seu dia, 4 de julho, com shows musicais, barracas com comidas típicas, procissões e missas;[62] a Festa de Santa Ifigênia, em setembro;[59] e as comemorações de Natal, durante o mês de dezembro.[62]

A cidade possui uma tradição muito forte na produção e comércio do pé de moleque. Assim, anualmente ocorre a "Festa do Maior Pé de Moleque do Mundo", unindo as tradicionais festas juninas de Minas Gerais com a produção do doce, que é considerado patrimônio cultural imaterial do estado. O principal atrativo da festa é justamente o maior pé de moleque do mundo, que é feito com parceria das diversas barracas e restaurantes da cidade que produzem o doce. Em 2012, na sua sétima edição, foi feito um doce de pé de moleque com 17 metros de comprimento e 800 quilos.[63][64]

Instituições

Piranguinho conta com um conselho de preservação do patrimônio, criado em 2002 e de caráter consultivo, deliberativo, normativo e fiscalizador.[65] Dentre os espaços culturais, destaca-se a existência uma biblioteca mantida pelo poder público municipal, dois estádios ou ginásios poliesportivos, também mantidos pelo município, clubes e associações recreativas, um arquivo público municipal e centro cultural destinado a atividades artístico-culturais, segundo o IBGE em 2005 e 2012.[66][67]

Fachada da Igreja de Santa Isabel, construída em 1945 e situada na Praça Coronel Bráz.

Também há existência de manifestações tradicionais populares, grupos de teatro, dança, música e capoeira, bandas, corais, blocos carnavalescos e instituições com foco ao desenho e pintura, de acordo com o IBGE em 2012.[68] O artesanato também é uma das formas mais espontâneas da expressão cultural piranguinhense, sendo que, segundo o IBGE, as principais atividades artesanais desenvolvidas em Piranguinho são a culinária típica, trabalhos com madeira e construção de produtos envolvendo materiais recicláveis.[69]

Atrativos arquitetônicos

Piranguinho, juntamente com os municípios de Conceição das Pedras, Cristina, Delfim Moreira, Itajubá, Marmelópolis, Pedralva, Piranguçu, Santa Rita do Sapucaí, São José do Alegre e Wenceslau Braz, faz parte do Caminhos do Sul de Minas, que foi criado em 26 de março de 2006 pela Secretaria de Estado de Turismo com o objetivo de estimular o turismo na região dessas cidades.[70]

Alguns dos principais atrativos concretos do município são a ponte entre Piranguinho e Itajubá, que foi construída no final do século XIX, inicialmente como ponte ferroviária da Estrada de Ferro Sapucaí; a estação ferroviária do distrito de Olegário Maciel, que apesar de ter sido desativada na década de 1970 ainda preserva sua arquitetura original da década de 1890; a Praça Coronel Bráz, com seus jardins arborizados, sendo onde situa-se a Igreja Matriz de Santa Isabel, construída em 1945, e o Monumento Abraço, instalado em maio de 2006 em homenagem aos primeiros moradores de Piranguinho; o Marco Zero da cidade, próximo ao local onde tiveram início as obras da ferrovia, às margens do Ribeirão dos Porcos; e a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, construída em 1875 e tombada como patrimônio histórico municipal em 2003.[71]

Ver também

Referências

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