João Suassuna
João Suassuna | |
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João Suassuna ainda jovem | |
14° Governador da Paraíba | |
Período | 22 de outubro de 1924 até 22 de outubro de 1928 |
Antecessor(a) | Sólon de Lucena |
Sucessor(a) | João Pessoa |
Dados pessoais | |
Nome completo | João Urbano Pessoa de Vasconcelos Suassuna |
Nascimento | 16 de janeiro de 1886 Catolé do Rocha, PB |
Morte | 9 de outubro de 1930 (44 anos) Rio de Janeiro, DF |
Filhos(as) | Ariano Suassuna |
Partido | Partido Republicano da Paraíba |
Profissão | advogado e político |
João Urbano Pessoa de Vasconcelos Suassuna[nota 1] (Catolé do Rocha, 16 de janeiro de 1886 – Rio de Janeiro, 9 de outubro de 1930) foi um advogado e político brasileiro filiado ao Partido Republicano da Paraíba.[2]
Vida e carreira
[editar | editar código-fonte]Suassuna nasceu em Catolé do Rocha em 16 de janeiro de 1886. Formou-se pela Faculdade de Direito de Recife, tendo atuado como advogado no Rio Grande do Norte e juiz na Paraíba. Foi casado com Rita de Cássia Vilar Suassuna, com quem teve nove filhos, incluindo o escritor Ariano Suassuna.[3][4]
No começo dos anos 1920, após ter assumido alguns cargos no governo local, Suassuna foi eleito deputado federal. Ainda estava no mandato quando foi eleito presidente[nota 2] da Paraíba, logo antes de João Pessoa. Enquanto Suassuna era defensor da cultura agrícola do Sertão, João Pessoa era um defensor da modernização.[3][6] Seu filho Ariano escreveu sobre a oposição entre os dois:[7]
Pessoa representava a classe média das cidades e da capital, e estava na vanguarda. Meu pai, no entanto, representava os sertanejos e o status quo. Pode-se dizer que eles foram os dois últimos senhores feudais do sertão...[8]
Quando Pessoa se tornou presidente de seu estado e Suassuna voltou ao cargo de deputado federal, os militares ficaram preocupados com essa situação e declararam parte da Paraíba independente, o que provocou o então presidente do Brasil, Washington Luís, a intervir em nome do governo nacional. Pessoa foi assassinado em 26 de julho de 1930 por um primo da esposa de Suassuna, João Duarte Dantas.[9]
João Suassuna foi assassinado com um tiro pelas costas no Rio de Janeiro em 9 de outubro de 1930 por Miguel Alves de Souza. O crime nunca foi totalmente explicado, mas se acredita que tenha sido encomendado como retaliação ao recente assassinato de João Pessoa, seu adversário político.[3]
Legado
[editar | editar código-fonte]- Ariano Suassuna inspirou-se na vida de seu pai para escrever o livro O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta.[10]
- Em 1960 o Aeroporto de Campina Grande foi renomeado para Aeroporto Presidente João Suassuna.[11]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Notas
- ↑ Por força dos direitos da personalidade, garantidos pelo ordenamento constitucional e cível das nações lusófonas, a Base XXI do Acordo Ortográfico de 1990[1] garante a preservação dos antropônimos e suas firmas segundo as normas ortográficas anteriores à vigente.
- ↑ O cargo de presidente de estado passou a ser denominado governador de estado, a partir de 1947.[5]
Referências
- ↑ BRASIL (29 de setembro de 2008). «Decreto federal nº 6.583». Promulga o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa em 16 de dezembro de 1990. Presidência da República. Consultado em 20 de novembro de 2014
- ↑ iG São Paulo. «João Urbano Pessoa de Vasconcelos Suassuna». Internet Group. Último Segundo. Consultado em 20 de novembro de 2014
- ↑ a b c Medeiros, Rostand (11 de setembro de 2018). «O pai de Ariano Suassuna – quem foi João Suassuna, como se deu a sua morte e como este fato influenciou a vida e a obra do seu filho Ariano». Fundação Joaquim Nabuco. Consultado em 27 de julho de 2023
- ↑ «Ariano Suassuna: Biografia». Academia Brasileira de Letras (ABL). Consultado em 20 de novembro de 2014
- ↑ «Governador». Mundo Educação. Universo Online. Cópia arquivada em 25 de janeiro de 2018
- ↑ André Bueno; Literatura e sociedade, narrativa, poesia, cinema, teatro e canção popular; 7LetrasM; 2006; ISBN 9788575772836
- ↑ José Augusto Guerra; O mundo mágico e poético de Ariano Suassuno, Cultura3, pag. 96-102, Rio de Janeiro, MEC, 1971, p.100
- ↑ José Augusto Guerra; O mundo mágico e poético de Ariano Suassuno, (Cultura) 3° volume; MEC; 1971
- ↑ Idelette Muzart-Fonseca dos Santos; Littérature/Histoire, regards croisés; Un siècle d'histoire du Nordeste dans "Le Romance d'A Pedra do Reino"; ISBN 9782840500643
- ↑ Mathieu Lindon (19 de março de 1998). «L'épopée carabinée d'Ariano Suassuna». Libération (em francês). Consultado em 28 de outubro de 2018
- ↑ «Lei 3.795 2 de agosto de 1960». câmara. Consultado em 28 de outubro de 2018
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Mensagem 1925. Mensagem apresentada à Assembleia Legislativa pelo presidente do estado da Paraíba, João Suassuna, em 1º de outubro de 1925, durante a abertura de sua 2ª sessão ordinária da 9ª legislatura. Visitado em 20 de novembro de 2014.
- Mensagem 1926. Mensagem apresentada à Assembleia Legislativa pelo presidente do estado da Paraíba, João Suassuna, em 1º de outubro de 1926, durante a abertura de sua 3ª sessão ordinária da 9ª legislatura. Visitado em 20 de novembro de 2014.
- Mensagem 1927. Mensagem apresentada à Assembleia Legislativa pelo presidente do estado da Paraíba, João Suassuna, em 1º de outubro de 1927, durante a abertura de sua 4ª sessão ordinária da 9ª legislatura. Visitado em 20 de novembro de 2014.
- Mensagem 1928. Mensagem apresentada à Assembleia Legislativa pelo presidente do estado da Paraíba, João Suassuna, em 20 de outubro de 1928, durante a abertura de sua 1ª sessão ordinária da 10ª legislatura. Visitado em 20 de novembro de 2014.
Precedido por Sólon de Lucena |
Governador da Paraíba 1924 — 1928 |
Sucedido por João Pessoa |
- Nascidos em 1886
- Mortos em 1930
- Governadores da Paraíba
- Naturais de Catolé do Rocha
- Família Suassuna
- Advogados da Paraíba
- Alunos da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco
- Políticos brasileiros assassinados
- Mortes por armas de fogo no Brasil
- Deputados federais do Brasil pela Paraíba
- Pessoas assassinadas no Brasil na década de 1930