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Olavo de Carvalho costuma fazer em seus livros, ensaios e artigos fortes críticas a uma parte da [[academia]] e elite intelectual (principalmente a brasileira). [[Marilena Chauí]] e [[Emir Sader]] são, nesse tocante, alvos bastante habituais. Nem sempre se utilizando de uma linguagem acadêmica ou apropriada, ao citar estes e outros autores, Carvalho denuncia o que considera serem, conforme o caso, [[aparelhamento]] e [[Patrulha ideológica|patrulhamento ideológico]], imposturas acadêmicas e [[falácia]]s intelectuais, como aqueles que levem em consideração exclusiva as massas, o [[materialismo]] e o culto ao [[Estado]], em detrimento do [[indivíduo]] e da [[liberdade]] de consciência.
Olavo de Carvalho costuma fazer em seus livros, ensaios e artigos fortes críticas a uma parte da [[academia]] e elite intelectual (principalmente a brasileira). [[Marilena Chauí]]<ref>In [http://www.olavodecarvalho.org/textos/temfilosofo.htm O Brasil tem filósofo].</ref> e [[Emir Sader]]<ref>In [http://www.olavodecarvalho.org/textos/emirsaderexiste.htm Emir Sader existe].</ref> são, nesse tocante, alvos bastante habituais. Nem sempre se utilizando de uma linguagem acadêmica ou apropriada, ao citar estes e outros autores, Carvalho denuncia o que considera serem, conforme o caso, [[aparelhamento]] e [[Patrulha ideológica|patrulhamento ideológico]], imposturas acadêmicas e [[falácia]]s intelectuais, como aqueles que levem em consideração exclusiva as massas, o [[materialismo]] e o culto ao [[Estado]], em detrimento do [[indivíduo]] e da [[liberdade]] de consciência. Outros alvos de crítica são [[Leandro Konder]]<ref>In [http://www.olavodecarvalho.org/textos/temfilosofo.htm O Brasil tem filósofo].</ref> e Chico Buarque<ref>In [http://www.olavodecarvalho.org/textos/bravo_1998_julho.html Coisas Sérias].</ref><ref>In [http://www.olavodecarvalho.org/semana/090727dc.html A fonte da eterna ignorância].</ref>.

''O dr. [[Emir Sader]], cujos pensamentos estão para a inteligência humana como o cocô está para a haute cuisine, acaba de provar sua existência, estreando como autor no campo do humorismo, no qual até agora só o conhecíamos como personagem e tínhamos boas razões para o julgar fictício.''<ref>In [http://www.olavodecarvalho.org/textos/emirsaderexiste.htm Emir Sader existe].</ref>

''Dizer que uma [[Marilena Chauí]], um [[Leandro Konder]] sejam filósofos é um ultraje à filosofia. A primeira é uma professora de ginásio, o segundo é um propagandista barato.''<ref>In [http://www.olavodecarvalho.org/textos/temfilosofo.htm O Brasil tem filósofo].</ref>

...''o sr. [[Chico Buarque]] é pelo menos tão significativo, antropologicamente, quanto um exemplar de ''[[Notícias Populares]]'', as práticas orçamentárias do [[Congresso Nacional]], o time do [[Corinthians]] ou a [[banheira do Gugu]].''<ref>In [http://www.olavodecarvalho.org/textos/bravo_1998_julho.html Coisas Sérias].</ref>

''Foi preciso, no [[festival de Paraty]], uma escritora irlandesa ([[Edna O'Brien]]) vir avisar aos brasileiros que Chico Buarque de Holanda não faz parte da literatura. Por si mesmos, eles jamais teriam percebido isso. Nos cursos universitários de letras, produzem-se milhares de teses sobre [[Caetano Veloso]] e o próprio Chico, enquanto escritores de primeira ordem e já consagrados pelo tempo, como [[Rosário Fusco]], [[Osman Lins]] ou [[José Geraldo Vieira]], são ignorados já não digo só pelos estudantes, mas pelos professores.''<ref>In [http://www.olavodecarvalho.org/semana/090727dc.html A fonte da eterna ignorância].</ref>


===Política Internacional===
===Política Internacional===

Revisão das 22h15min de 26 de fevereiro de 2012

Olavo de Carvalho
Nome completo Olavo Luiz Pimentel de Carvalho
Conhecido(a) por Conservadorismo político, Polêmicas políticas em jornais brasileiros de grande circulação
Nascimento 29 de abril de 1947 (77 anos)
Campinas, São Paulo, Brasil
Nacionalidade Brasil Brasileira
Ocupação jornalista, ensaísta, conferencista, filósofo [1]
Prêmios Medalha do Pacificador em 1999, Medalha Mérito Santos Dumont em 2001, Comendador da Ordem Nacional do Mérito da Romênia em 2000. Primeiro Prêmio em concurso sobre José Ortega y Gasset instituído pela embaixada do Reino da espanha em 1983. Primeiro Prêmio num concurso de ensaios sobre história islâmica instituído pela Embaixada do Reino da Arábia Saudita em 1986.
Magnum opus O Jardim das Aflições
Escola/tradição Escolasticismo, Perenialismo, Conservadorismo, Fenomenologia, Neotomismo
Principais interesses Epistemologia, Religião comparada, Política, Matemática, Antropologia filosófica, História, Simbologia, Metafísica, Filosofia da ciência, Viés midiático, Crítica social
Ideias notáveis Sistematização da teoria aristotélica dos quatro discursos; filósofos modernos como vitimados por paralaxe cognitiva;o método atômico em análise social; a teoria hexapolar em antropologia filosófica
Principais críticos(as) Rodrigo Constantino, Janer Cristaldo, Alberto Dines, Emir Sader, Acadêmia Filósofica
Página oficial
www.olavodecarvalho.org

Olavo Luiz Pimentel de Carvalho (Campinas, 29 de abril de 1947) é um jornalista, ensaísta [2] [3] [4] e filósofo [5] [6],brasileiro de matriz conservadora, considerado um dos articulistas mais abertamente de direita do país em atividade.

Biografia

Filho do Dr. Luiz Gonzaga de Carvalho e D. Nicéa Pimentel de Carvalho, casado com D. Roxane Andrade de Souza e pai de 8 filhos nasceu em Campinas por onde viveu por volta de 1 ano e meio [7]. Passou a maior parte da vida na cidade brasileira de São Paulo, tendo estudado no Colégio Estadual de São Paulo[carece de fontes?]. Começou a trabalhar na imprensa quando não tinha ainda 18 anos completos, na Empresa Folha da Manhã S/A, onde, nos vários jornais que a compõem (Jornal A Gazeta, da Fundação Cásper Líbero como subeditor de reportagem local, revista Atualidades Médicas como editor de texto, semanário Aqui, São Paulo, de Samuel Wainer como subeditor e secretário gráfico, Jornal da Semana como secretário de redação, Jornal da Tarde (O Estado de S. Paulo) como redator, na Editoria de Política e Economia), foi sucessivamente repórter, redator copy desk, setorista credenciado no Palácio do Governo.

Desde muito jovem iniciou seus estudos de filosofia, psicologia e religiões comparadas. Não tendo encontrado, na época, cursos universitários de boa qualidade sobre os tópicos que eram de seu interesse e tendo recebido o Registro de Jornalista Profissional por tempo de serviço, de acordo com a legislação que então entrou em vigor, abdicou temporariamente dos estudos universitários formais e buscou professores particulares e conselheiros qualificados que o orientassem, entre eles Juan Alfredo César Müller[8], Marcel van Cutsem, Lívio Vinardi [9], Marco Pallis [10], José Khoury e Martin Lings [11].

Estudou Filosofia no Conjunto de Pesquisa Filosófica (Conpefil) da PUC-RJ. Embora já tendo apresentado dois trabalhos de conclusão do curso; "Estrutura e Sentido da Enciclopédia das Ciências Filosóficas de Mário Ferreira dos Santos" e "Leitura Analítica da 'Crise da Filosofia Ocidental' de Vladimir Soloviev", não chegou a graduar-se por causa da misteriosa extinção da entidade logo após o falecimento de seu fundador e diretor, Pe. Stanislavs Ladusans

Estudou também desenho Artístico na Escola Panamericana de Arte (São Paulo), frequentou e concluiu o curso de Produção e Direção Cinematográfica da Comissão Estadual de Cinema de São Paulo (1970) e a partir de 1975, concentrou seus esforços no estudo das artes liberais, ou seja, as sete disciplinas básicas para a formação dos letrados na Europa Medieval (lógica, retórica e gramática; aritmética, música, geometria e astrologia); lê e escreve com correção em três línguas estrangeiras (inglês, francês e espanhol), lê correntemente em italiano, embora não escreva nessa língua com segurança, e tem ainda conhecimentos de alemão, árabe (clássico), grego (clássico) e latim.[11] Dos seus oito filhos, um deles, Luiz Gonzaga de Carvalho Neto segue a vocação do pai e promove cursos de filosofia.[12]

O primeiro livro foi lançado em 1980 e chama-se A imagem do homem na astrologia, um ensaio sobre astrologia que serve de base para um desenvolvimento do tema cientificamente. Em 1996, publica o livro que o torna conhecido, O imbecil coletivo: atualidades inculturais brasileiras, no qual critica o meio cultural e intelectual brasileiro. Trabalhou em revistas e periódicos tais como Bravo!, Primeira Leitura, O Globo, Época, Zero Hora e Jornal do Brasil, tendo sido demitido destes quatro últimos[13] (nas palavras do próprio Carvalho, foi "chutado"[14]). Atualmente é colunista do Diário do Comércio, periódico mantido pela Associação Comercial de São Paulo.

Em 2002, lançou, com o apoio financeiro da Associação Comercial de São Paulo, o site de notícias Mídia Sem Máscara. Em 2004, lançou um programa de televisão de mesmo nome na TV a cabo. Desde 2005 reside nos Estados Unidos.

Olavo de Carvalho declarou em seu programa que em dezembro de 2009 recebeu do governo dos Estados Unidos o visto especial de residência EB-1,[15] o qual é concedido a estrangeiros com "habilidade extraordinárias" na área intelectual, artística ou científica. Esse visto dá ao estrangeiro o direito de residência permanente nos Estados Unidos.[16]

Opiniões

De acordo com o próprio Olavo de Carvalho, a tônica de seu pensamento é a "a defesa da interioridade humana contra a tirania da autoridade coletiva, sobretudo quando escorada numa ideologia "científica"",[17] ideologias aqui entendidas, na obra do autor, como o positivismo, cientificismo, evolucionismo, comunismo e socialismo, entre outras.

Segundo Carvalho, haveria um vínculo indissolúvel entre a objetividade do conhecimento e a autonomia da consciência individual. Para o autor, a consciência individual é comprometida quando usada de forma exclusiva como critério de validade do saber para uso de uma classe, como, por exemplo, a "classe acadêmica", ou a "classe intelectual".[carece de fontes?]

Olavo de Carvalho também procura identificar novas formas de interpretação para os símbolos e ritos das tradições espirituais já mencionadas, tornando-as matrizes de um sistema de pensamento filosófico e científico, que pode ser usado na resolução de problemas atuais da cultura e da civilização. Um exemplo desse sistema de resolução de problemas é o breve ensaio intitulado Os Gêneros Literários: Seus Fundamentos Metafísicos, no qual o pensador emprega o simbolismo dos tempos verbais de certas línguas sacras (v.g. árabe, hebraico, sânscrito e grego antigo) para refundamentar e ressignificar as distinções entre os gêneros literários.

Outro exemplo é Uma Filosofia Aristotélica da Cultura: Introdução à Teoria dos Quatro Discursos, obra na qual o autor busca promover uma reinterpretação dos escritos lógicos de Aristóteles, sustentando a existência, entre a Poética, a Retórica, a Dialética e a Lógica, de princípios comuns que subentenderiam uma ciência unificada do discurso, na qual encontrar-se-iam respostas a muitas questões atuais de interdisciplinaridade. A propósito, a obra e o legado filosófico do estagirita são habitualmente citadas e discutidas nos escritos de Olavo de Carvalho, sendo esta uma das influências intelectuais mais visíveis.

Cristo no Jardim das Oliveiras (1889), de Paul Gauguin, pintura que ilustra a segunda edição do livro O Jardim das Aflições, de Olavo de Carvalho

Da obra publicada de Olavo de Carvalho no Brasil destaca-se também o O Jardim das Aflições: De Epicuro à Ressurreição de César, Ensaio sobre o Materialismo e a Religião Civil, trabalho no qual sustenta a existência de interconexões principiológicas entre Epicurismo e Marxismo.

É também nesse trabalho que Carvalho elege certos símbolos e arquétipos primordiais da humanidade como o Leviatã e o Behemoth bíblicos, a cruz do Cristianismo, o khien e o khouen da tradição chinesa do I Ching, entre outros, para erigir as bases estruturais de uma Filosofia da História, com vistas a dar sentido e unicidade à obra escrita, extremamente fértil em textos, apostilas, ensaios, videoaulas e artigos esparsos (e as respectivas compilações), mas carecedora de livros estruturados, no sentido estrito do termo. A técnica narrativa de O Jardim das Aflições é relativamente simples: partindo de um evento aparentemente menor e quotidiano, Carvalho toma-o como case para demonstrar as relações entre o pequeno e o grande, o quotidiano e o eterno, o mundano e o erudito, o secular e o sacro e outras dicotomias. Tal estrutura, mediante giros concêntricos e hipérboles, açambarcaria, no entender do autor, o horizonte de toda a cultura ocidental.

Por essa e outras razões, o Jardim é considerado, por certos críticos, o seu livro mais bem estruturado (do ponto de vista narrativo), contrastando com a imagem habitual de Carvalho como cronista político e pelas coletâneas impressas de ensaios, polêmicas culturais e artigos esparsos, como O Imbecil Coletivo: Atualidades Inculturais Brasileiras e O Imbecil Coletivo II: A Longa Marcha da Vaca para o Brejo, que primeiro o notabilizaram perante o grande público, para fora de um círculo — relativamente iniciático — de estudantes e alunos dos cursos.

Os alvos da crítica

Arte, Literatura e Cultura

Néscio discursando aos porcos e gansos, gravura de Albrecht Dürer, que ilustra a capa da terceira edição de O Imbecil Coletivo, de Olavo de Carvalho

Olavo de Carvalho costuma fazer em seus livros, ensaios e artigos fortes críticas a uma parte da academia e elite intelectual (principalmente a brasileira). Marilena Chauí[18] e Emir Sader[19] são, nesse tocante, alvos bastante habituais. Nem sempre se utilizando de uma linguagem acadêmica ou apropriada, ao citar estes e outros autores, Carvalho denuncia o que considera serem, conforme o caso, aparelhamento e patrulhamento ideológico, imposturas acadêmicas e falácias intelectuais, como aqueles que levem em consideração exclusiva as massas, o materialismo e o culto ao Estado, em detrimento do indivíduo e da liberdade de consciência. Outros alvos de crítica são Leandro Konder[20] e Chico Buarque[21][22].

Política Internacional

Olavo de Carvalho, a despeito de seu passado de militante comunista[23], na juventude, é também um crítico mordaz de movimentos políticos de esquerda, do Socialismo, dos movimentos sociais e das organizações globalistas.

Alvos habituais da crítica de Olavo de Carvalho, em trabalhos e artigos, são entidades como a Fundação Ford, a Fundação Rockefeller, o Council of Foreign Relations, o Fórum Social Mundial e indivíduos da atualidade como Barack Obama,[24][25] George Soros e Al Gore e, no Brasil, as entidades como o Foro de São Paulo, o MST, o Partido dos Trabalhadores, da CNBB (como divulgadora nacional da teologia da libertação), entre outros.

"O maior financiador da campanha pela liberação das drogas é George Soros, que também subsidia organizações pró-terroristas e desarmamentistas... Já comprou terras na Bolívia, onde, uma vez retirados os entraves legais, terá tudo para ser o maior fornecedor de matéria-prima para as FARC." [26]

"Como explicar, ... algumas dezenas de milhares de angolanos mortos pelas tropas de ocupação enviadas ao ultramar sob o comando de Che Guevara, com farto estoque de armas bacteriológicas?" [27]

"Na juventude, Bill Clinton foi um dos milhares de estudantes esquerdistas que se beneficiaram das verbas da KGB..." [28]

"Nossas Forças Armadas, que até agora conseguiram adiar um confronto com a realidade, terão de escolher entre continuar definhando ou integrar-se alegremente na preparação de uma guerra continental contra os EUA, ao lado das Farc e sob o comando de Hugo Chávez." [29]

Ultimamente, Carvalho tem se dedicado a estudar o movimento abortista e o ativismo gay (e as respectivas manifestações em território brasileiro) que, segundo o autor, estariam integrados a movimentos e fluxos maiores de internacionalização e massificação de valores materialistas, segundo agendas que seriam ditadas pela burocracia internacional, notadamente a Organização das Nações Unidas. Carvalho também costuma reagir à postura do establishment acadêmico e intelectual que o critica por não ter titulação acadêmica. Olavo de Carvalho aborda, também, entre outras questões, ao que ele considera baixa qualidade da formação acadêmica em Filosofia.

"Mas – cá entre nós -- vocês já viram, na Inglaterra ou no Brasil, alguma camisinha com aviso governamental de que sexo anal pode dar câncer do reto? Ah, isso não! Perigoso mesmo é mingau de aveia." [30]

"Discípulo do gangster misto de revolucionário Saul Alinsky e amparado numa aliança de radicais muçulmanos, comunistas e globalistas, Barack Hussein Obama chegou à presidência com documentos falsos e desde sua posse não fez outra coisa senão contrair mais dívidas do que todos os seus antecessores somados, promover o crescimento das forças inimigas por toda parte, incentivar a rebelião comunista do Occupy Wall Street, atiçar a fogueira da guerra cultural anti-americana e anti-religiosa por todos os meios ao seu alcance, debilitar o poder de ação dos militares no exterior e voltá-los para o front interno como polícia política, escorada numa lei iníqua que permite prender cidadãos americanos por tempo indefinido, sem direito a habeas corpus." [31]

"Causas sagradas"

"É um impulso natural do ser humano evadir-se da estreiteza da rotina pessoal e familiar para aventurar-se no universo mais amplo da História, onde sente que sua vida se transcende e adquire um “sentido” superior. A maneira mais banal e tosca de fazer isso, acessível até aos medíocres, incapazes e pilantras, é a militância num partido ou numa “causa”, isto é, em algum egoísmo grupal embelezado de palavras pomposas como “liberdade”, “igualdade”, “justiça”, “patriotismo”, “moralidade” ou “direitos humanos”. Essas palavras podem representar algum valor substantivo, mas não quando o indivíduo adquire delas todo o valor que possa ter, em vez de preenchê-las com sua própria substância pessoal. A mais criminosa ilusão da modernidade foi persuadir os homens de que podem enobrecer-se mediante a identificação com uma “causa”, quando na verdade todas as causas, enquanto nomes de valores abstratos, só adquirem valor concreto pela nobreza dos homens que a representam. O fundo da degradação se atinge quando algumas “causas” são tão valorizadas que parecem infundir virtudes, automaticamente, em qualquer vagabundo, farsante ou bandido que consinta em representá-las."[32]

Ciência

"Newton não espalhou só o ateísmo pela cultura ocidental: espalhou o vírus de uma burrice formidável." [33]

Relação entre Protestantismo, Marxismo e Capitalismo

"Os homens que criaram o capitalismo eram religiosos protestantes, imbuídos da noção de que o comércio era o campo preferencial para a prática coletiva das virtudes cristãs."[34]

"O marxismo não começou com Marx e não nasceu de nenhum estudo científico da economia. Tudo o que Karl Marx viria a pensar e dizer – com exceção do pretexto materialista-dialético e das estatísticas que ele falsificou dos célebres Blue Books do parlamento britânico – já estava nas doutrinas dos heresiarcas messiânicos desde o século XIV. Tudo: a luta de classes, a revolução, a socialização dos meios de produção, a ditadura do proletariado, a missão da vanguarda revolucionária. Até as idéias de Lênin e de Gramsci já estão ali claramente antecipadas. John Wyclif, John Huss, Thomas Münzer e outros “profetas” das origens da modernidade não são apenas precursores do movimento revolucionário mundial: são seus criadores." [35]

Salazarismo

"Não tenho a menor dúvida de que António de Oliveira Salazar foi um homem honesto e um grande administrador. Mas o salazarismo foi infectado da mesma ambição de controle burocrático total, que é característica do movimento revolucionário." [36]

Direita no Brasil

"O general Golbery foi o pai da ascensão petista, restando apenas saber se o foi por pura presunção e ignorância ou se houve da sua parte um pouco de cegueira voluntária, alimentada por ambições nasseristas de absorver a esquerda continental num esquema militar nacionalista e anti-americano. [37]

"O Brasil não tem uma direita há muito tempo. Nas últimas eleições presidenciais, os discursos de todos os candidatos eram semelhantes. O Partido Democratas foi inspirado na esquerda americana. Portanto, não pode ser considerado exemplo de partido conservador."

"O povo brasileiro é profundamente conservador. Sobretudo no aspecto social. É maciçamente contra o aborto, o feminismo radical, as quotas raciais, o gayzismo organizado. No entanto, não há político que fale em nome do povo: estão todos comprometidos com os lobbies bilionários que protegem esses movimentos." [38]

Alvo de críticas

Da mesma forma, Carvalho é alvo de muitas críticas, inclusive de ex-colaboradores do Mídia Sem Máscara como Janer Cristaldo, entre outros:

  • "Astrólogo por ofício, já que escreveu três ou quatro livros de astrologia, que curiosamente prefere nem mais citar em sua bibliografia. Aliás, o 'filósofo' parece ter desistido de definir-se como astrólogo, pois em seus créditos já não acrescenta o antigo ofício. Quando a profissão é infamante, melhor declarar-se bailarina."
- Janer Cristaldo, jornalista, Quem financia o astrólogo?, 28/01/2008.[39]
  • "Escrevo um longo texto não para debater com Olavo, pois isso parece impossível, mas sim para expor o que está por trás de sua postura arrogante e desequilibrada: a desonestidade intelectual. Não dá para esperar muito de quem afirma que Sir Newton espalhou o vírus da burrice pelo Ocidente."
- Rodrigo Constantino, jornalista e economista, A desonestidade de Olavo, 15/02/2007.[40]
  • "Olavo foi alçado ao patamar de “líder iluminado” por seus seguidores, e isso o cegou. Sua vaidade é tanta que perdeu o costume de ser criticado por pessoas que concordam com muitas de suas idéias. E quando é alvo de um “fogo amigo”, que não é proferido por comunistas, fica perdido, desnorteado, partindo para o ataque pessoal. [...] Creio que a vaidade de Olavo é ainda maior que seu fanatismo religioso.
- Rodrigo Constantino, jornalista e economista, A vaidade de Olavo, 08/02/2007.[41]
  • "O senhor Carvalho, que se intitula filósofo, vale lembrar, foi desqualificado academicamente pelos professores de filosofia da USP (notoriamente de esquerda), em função de sua inconsistência de argumentos no debate filosófico naquela universidade. Chateado, ele decidiu ir à forra e utilizou este fracasso para reconstruir junto a um setor empresarial paulista a figura do intelectual pró-capitalista perseguido pelos comunistas. Na realidade, desde o governo Collor ele tenta se tornar o teórico da nova extrema direita brasileira. É um direito que lhe assiste, desde que não agisse de forma irresponsável, caluniando e difamando".
- Mário Augusto Jakobskind, jornalista, Olavo de Carvalho no banco dos réus, 28/10/2005.[42]
  • "O homem não é coerente sequer na ofensa. Abro mão do direito adquirido de responder da mesma forma. O leitor não merece isso. Melhor reconhecer logo a superioridade de Olavo de Carvalho na área dos ataques pessoais. Nisso ele é imbatível. Quem duvidar que digite no Google as palavras-chaves: " Olavo de Carvalho, criatura vermicular, anal" ".
- José Colucci Jr., jornalista e engenheiro, O fantasma de Darwin (2), 05/10/2004.[43]
  • "Devemos passar por cima das grosserias de Olavo de Carvalho e, cuidando para que elas não nos sujem a sola dos sapatos, levar a discussão para o terreno onde as suas deficiências são patentes: o das idéias".
- José Colucci Jr., jornalista e engenheiro, O fantasma de Darwin (2), 05/10/2004.[43]
  • "Quando apanhado em erro, finge que não é com ele e muda de assunto. Imagino que suas grosserias agradem alguns, mas rudeza é o truque que o fraco usa para imitar os fortes".
- José Colucci Jr., jornalista e engenheiro, O fantasma de Darwin (2), 05/10/2004.[43]
  • "Antes de exibir seu congênito e hidrófobo racismo, Olavo de Carvalho devia primeiro explicar três coisas bem simples, bem pé-rapadas, que seus alunos na "UniverCidade" vivem tentando saber e jamais conseguiram:

1. Com base em que diploma Olavo se assina "filósofo"?

2. Em que Universidade Olavo estudou Filosofia, para ensinar filosofia em Universidade?

3. O Ministério da Educação permite ser professor sem diploma?

Isso tem nome: falsidade ideológica. E está no Código Penal"

- Sebastião Nery, jornalista, "Filósofo Pé-rapado", 09/ 06/ 2003.[44]
  • "Seus mitos pejorativos anti-soviéticos e anti-russos, suas teorias conspiratórias estúpidas, seu racismo cultural ocidantal implícito e o ressentimento contra seu próprio país natal não são sequer dignos de crítica. Sem comentários. (His anti-soviet and anti-Russian pejorative myths, stupid conspiracy theories, implicit cultural Western racism, the ressentiment to his own native country are not even worth of critics. No comments.)"
- Aleksandr Dugin, ativista e ideólogo político russo, "Debate entre Olavo de Carvalho e Alexandr Dugin", 07/03/2011.[45] [46] [47]

Divulgação intelectual e cultural

Olavo de Carvalho é coordenador de séries editoriais (como a Biblioteca de Filosofia da Editora Record e os Ensaios Reunidos de Otto Maria Carpeaux, pela Editora Topbooks), tendo escrito um número considerável de prefácios, posfácios, anotações e introduções a obras de pensadores e intelectuais diversos, como o próprio Otto Maria Carpeaux, José Osvaldo de Meira Penna, Constantin Noica, Alain Peyrefitte, Jean-François Revel, Eugen Rosenstock-Huessy, Mário Ferreira dos Santos e outros.

Seja por meio de artigos e colunas, seja por meio de seminários e cursos, Olavo é divulgador da obra de pensadores tidos por ele como pouco discutidos ou estudados no Brasil, tais como Xavier Zubiri, Eric Voegelin (cuja tradução de A Nova Ciência da Política, por José Viegas, é considerada falha e irregular por Carvalho), além de Bernard Lonergan, René Girard, Viktor Frankl, Karl Kraus, Leopold Szondi, Jacob Burckhardt, Arthur Schopenhauer e outros.

Atividades correntes

Desde 2005 residente em Richmond, no estado norte-americano da Virgínia, trabalhando como correspondente internacional do periódico mineiro Diário do Comércio. Concomitantemente, Olavo de Carvalho faz pesquisas para seus novos livros e mantém uma página pessoal na internet para divulgação de artigos, ensaios e cursos a distância.

Além disso, Carvalho é co-editor do coletivo virtual Mídia Sem Máscara, no qual conta com o apoio de diversos colaboradores, como economistas, jornalistas, administradores de empresas, advogados, militares reformados, magistrados e estudantes, em sua maioria vinculados ao pensamento dito "de direita" (conservador, liberal econômico, anarco-liberal, libertarianismo e outras tendências e correntes).

Olavo de Carvalho publica colunas semanais em dois jornais brasileiros: o Jornal do Brasil, do Rio de Janeiro e o Diário do Comércio (periódico mantido pela Associação Comercial de São Paulo).

Anteriormente, o autor publicava colunas na revista Bravo!, Primeira Leitura, no jornal O Globo e no semanário Época, do qual foi desligado, em 2005, por razões que o próprio Olavo ainda considera inexplicadas. Em outubro de 2006 e similarmente, as colunas de Carvalho foram canceladas no jornal brasileiro Zero Hora. O autor reagiu de forma veemente, enviando um telegrama.[48]

Além da manutenção periódica da página pessoal com novos artigos e ensaios (majoritariamente voltados para fatos do noticiário nacional e internacional, mas também para antecipação de conceitos e teorias relacionados aos seus projetos editoriais), Carvalho ministra, com certa frequência, cursos à distância de História da Filosofia e realiza palestras e conferências, mantendo, desde 2006, um programa periódico de rádio em streaming pela internet, denominado True Outspeak - Sinceridade de Fato, com participação do público por telefone, VOIP ou correio eletrônico, além de ser o presidente do Interamerican Insitute.[49].

Em Richmond, devido às limitações no visto de permanência (o qual não lhe permite trabalhar remuneradamente), Carvalho dispõe das contribuições de leitores e seguidores para continuar nos Estados Unidos e prosseguir com estudos e atividades de pesquisa. Segundo as próprias palavras, "o objetivo imediato [da presença nos Estados Unidos] é conscientizar a elite americana da loucura que faz ao dar suporte político, jornalístico e financeiro a organizações latino-americanas de esquerda que, por baixo de uma persuasiva máscara democrática e legalista, conspiram com o Foro de São Paulo para a disseminação do caos revolucionário no continente".[50]

Ficheiro:Olavo-lenin.jpg
O comunismo e suas variantes são alvos recorrentes das críticas filosóficas de Olavo de Carvalho – aqui o autor aparece sentado sobre uma estátua de Vladimir Lênin no Leste Europeu.

Livros publicados

  • A imagem do homem na astrologia. São Paulo: Jvpiter. 1980.
  • O crime da Madre Agnes ou A confusão entre espiritualidade e psiquismo. São Paulo: Speculum. 1983.
  • Questões de simbolismo astrológico. São Paulo: Speculum. 1983
  • Universalidade e abstração e outros estudos. São Paulo: Speculum. 1983.
  • Astros e símbolos. São Paulo: Nova Stella. 1985.
  • Astrologia e religião. São Paulo: Nova Stella. 1986.
  • Fronteiras da tradição. São Paulo: Nova Stella. 1986.
  • Símbolos e mitos no filme "O silêncio dos inocentes". Rio de Janeiro: Instituto de Artes Liberais. 1992.
  • Os gêneros literários: seus fundamentos metafísicos. 1993.
  • O caráter como forma pura da personalidade. 1993.
  • A nova era e a revolução cultural: Fritjof Capra & Antonio Gramsci. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro : Instituto de Artes Liberais & Stella Caymmi. 1994, disponível online: [2]
  • Uma filosofia aristotélica da cultura. Rio de janeiro: Instituto de Artes Liberais. 1994.
  • O jardim das aflições: de Epicuro à ressurreição de César - Ensaio sobre o materialismo e a religião civil. Rio de Janeiro: Diadorim. 1995.
  • Aristóteles em nova perspectiva: Introdução à teoria dos quatro discursos. Rio de janeiro: Topbooks. 1996.
  • O imbecil coletivo: atualidades inculturais brasileiras. Rio de Janeiro: Faculdade da Cidade. 1996.
  • O futuro do pensamento brasileiro. Estudos sobre o nosso lugar no mundo. 1998.
  • O imbecil coletivo II: A longa marcha da vaca para o brejo e, logo atrás dela, os filhos da PUC, as quais obras juntas formam, para ensinança dos pequenos e escarmento dos grandes. Rio de Janeiro: Topbooks. 1998.
  • Coleção história essencial da filosofia. São Paulo: É Realizações. 2002-2006.
  • A Dialética Simbólica - Ensaios Reunidos São Paulo: É Realizações. 2006.
  • Maquiavel ou A Confusão Demoníaca São Paulo: Vide Editorial. 2011.
Como autor secundário
  • Arthur Schopenhauer - Como vencer um debate sem precisar ter razão: em 38 estratagemas (dialética erística). Introdução, notas e comentários de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Topbooks, 1997.
  • Otto Maria Carpeaux - Ensaios reunidos, 1942-1978. Organização, introdução e notas de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: UniverCidade & Topbooks. 1999.
  • Émile Boutroux - Aristóteles. Introdução e notas de Olavo de Carvalho. Rio de Janeiro: Record. 1999.
  • René Guénon - A Metafísica Oriental. Tradução de Olavo de Carvalho.

Referências

  1. Olavo de Carvalho: esquerda ocupou vácuo pós-ditadura
  2. Os Gêneros Literários: Seus Fundamentos Metafísicos
  3. Símbolos e Mitos no Filme "O Silêncio dos Inocentes"
  4. TPM Magazine, November 2005. Vol. 4, Nº 49. ISSN 1519-4035. Trip Editora e Propaganda SA.
  5. Olavo de Carvalho: esquerda ocupou vácuo pós-ditadura
  6. Filosofia Moderna e Contemporânea
  7. [1] True outspeak 31, março 2011
  8. Dados biográficos e da obra de Juan Alfredo César Müller
  9. Dados biográficos e da obra de Lívio Vinardi
  10. Dados biográficos e da obra de Marco Pallis
  11. a b Curriculum Vitae do Prof. Olavo de Carvalho até 2005
  12. website do Luiz Gonzaga de Carvalho Neto
  13. Carvalho, Olavo de. (2005). Cartas a O Globo e a Olavo de Carvalho <http://www.olavodecarvalho.org/textos/cartas_oglobo_oglobo.htm>. Acessado em 19 de Setembro de 2008.
  14. http://www.olavodecarvalho.org/semana/100525dc.html
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  16. Employment-Based Immigration: First Preference EB-1, US Citizenship and immigration services
  17. http://www.olavodecarvalho.org/bio.htm
  18. In O Brasil tem filósofo.
  19. In Emir Sader existe.
  20. In O Brasil tem filósofo.
  21. In Coisas Sérias.
  22. In A fonte da eterna ignorância.
  23. Época Online - Chat - Arquivo
  24. Site oficial, Radiografia do caso Obama
  25. Milagres da fé obâmica, Mídia sem máscara
  26. In Pensando com a cabeça de George Soros.
  27. In Intriga criminosa 2.
  28. In Clinton, a guerra e a China.
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  32. In Causas sagradas
  33. In Nas origens da burrice ocidental.
  34. In Profetas do capitalismo global
  35. In O inimigo é um só
  36. In Bruno Garschagen entrevista Olavo de Carvalho
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  38. In O PT já nasceu corrompido
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  46. http://theinteramerican.org/blogs/olavo-de-carvalho/286-olavo-de-carvalho-debates-alexandr-dugin-iv.html
  47. http://debateolavodugin.blogspot.com/2011/07/duguin-conclusao.html
  48. Nota ao Zero Hora
  49. In
  50. http://www.olavodecarvalho.org/donation.html

Ligações externas

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