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{{Marxismo}}


'''Críticas ao marxismo''' vieram de várias [[Ideologia|ideologias políticas]] e [[disciplina]]s acadêmicas. Estas incluem críticas gerais sobre a falta de consistência interna, críticas relacionadas ao [[materialismo histórico]], a necessidade de supressão dos [[Direitos humanos|direitos individuais]], questões com a implementação do [[comunismo]] e questões econômicas como a distorção ou a ausência de sinais de [[preço]]s e incentivos reduzidos. Além disso, problemas empíricos são freqüentemente identificados.<ref name=Howard>M. C. Howard and J. E. King, 1992, A History of Marxian Economics: Volume II, 1929–1990. Princeton, NJ: Princeton Univ. Press.</ref><ref name=Popper>Popper, Karl (2002). Conjectures and Refutations: The Growth of Scientific Knowledge. Routledge. p. 49. ISBN 0-415-28594-1.</ref><ref name=Keynes>John Maynard Keynes. Essays in Persuasion. W. W. Norton & Company. 1991. p. 300 ISBN 978-0-393-00190-7.</ref>
[[Imagem:012_2007_Monumentul_Victimelor_Comunismului.jpg|miniatura|250px|Memorial para as vítimas do comunismo, localizado em [[Washington,_D.C.|Washington]]. A estátua representa a deusa da democracia.<ref>[http://dcmemorials.com/index_indiv0000002.htm] Victims of Communism Memorial in Washington, D.C.
de Thomas Marsh - Washington D.C. memorials, monuments, statues - Acessado em 19/07/2018.</ref><ref>[https://georgewbush-whitehouse.archives.gov/news/releases/2007/06/20070612-2.html President Bush Attends Dedication of Victims of Communism Memorial - White House Archives] - Acessado em 19/07/2018</ref>]]

Críticas ao [[Marxismo]] vieram de várias [[Ideologia|ideologias políticas]] e disciplinas acadêmicas. Estas incluem críticas gerais sobre a falta de consistência interna, críticas relacionadas ao [[materialismo histórico]], a necessidade de supressão dos [[Direitos humanos|direitos individuais]], questões com a implementação do [[comunismo]] e questões econômicas como a distorção ou a ausência de sinais de preços e incentivos reduzidos. Além disso, problemas empíricos são freqüentemente identificados.<ref name=Howard>M. C. Howard and J. E. King, 1992, A History of Marxian Economics: Volume II, 1929–1990. Princeton, NJ: Princeton Univ. Press.</ref><ref name=Popper>Popper, Karl (2002). Conjectures and Refutations: The Growth of Scientific Knowledge. Routledge. p. 49. ISBN 0-415-28594-1.</ref><ref name=Keynes>John Maynard Keynes. Essays in Persuasion. W. W. Norton & Company. 1991. p. 300 ISBN 978-0-393-00190-7.</ref>


A principal crítica feita ao Marxismo na atualidade alega que este possui caráter simplista, seja na organização da sociedade em classes (capitalista e proletariado),<ref>{{Citar livro|sobrenome=Lawrence H.|nome=Simon|título=Selected Writings/Karl Marx|editor=Hackett Publishing Company, Inc|local=Indianapolis|publicação=1994|páginas=xxxiv|isbn=978-0872202184}}</ref> seja nas diversas interpretações que [[Marx]] faz da inter-relação direta entre os fatores sociais de consciência (como cultura, religião e política) e os da economia.<ref name=preface>{{citar livro|último =Marx |primeiro =Karl |autorlink =Karl Marx |título=Preface to a Critique of Political Economy
A principal crítica feita ao [[marxismo]] na atualidade alega que este possui caráter [[Simplismo|simplista]], seja na organização da sociedade em classes ([[capitalista]] e [[proletariado]]),<ref>{{Citar livro|sobrenome=Lawrence H.|nome=Simon|título=Selected Writings/Karl Marx|editor=Hackett Publishing Company, Inc|local=Indianapolis|publicação=1994|páginas=xxxiv|isbn=978-0872202184}}</ref> seja nas diversas interpretações que [[Marx]] faz da inter-relação direta entre os fatores sociais de consciência (como [[cultura]], [[religião]] e [[política]]) e os da [[economia]].<ref name=preface>{{citar livro|último =Marx |primeiro =Karl |autorlink =Karl Marx |título=Preface to a Critique of Political Economy
|publicado=The Electric Book Company |data=2001 |local=London |páginas= 7–8}}</ref>
|publicado=The Electric Book Company |data=2001 |local=London |páginas= 7–8}}</ref>


Segundo alguns destes críticos, as razões de caráter econômico também são insuficientes para explicar fenômenos modernos como a busca do homem pelo ''status,'' ainda que este não venha a representar qualquer vantagem econômica, ou o crescimento da ''cultura das celebridades''. Também depõem contra as ideias de Karl Marx o resultado histórico dos diversos regimes que foram influenciados pelo ideário político-ideológico do Marxismo, como a [[União das Repúblicas Socialistas Soviéticas|União Soviética]], o regime [[Fidel Castro|castrista]] de [[Cuba]] e as chamadas "repúblicas vermelhas" do [[Ásia|Sudeste Asiático]].<ref>Besançon, Alain; ''A infelicidade do século: sobre o comunismo, o nazismo e a unicidade de Shoah''. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000.</ref><ref>Koba the Dread - Laghter and the Twenty Million" - Vintage - 2002 - p.85-86</ref><ref>Courtois, Stéphane [et al.]; ''O Livro Negro do Comunismo: crimes, terror e repressão''. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.</ref><ref>Courtois, Stéphane [et al.]; ''Cortar o mal pela raiz!: história e memória do comunismo na Europa''. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.</ref>
Segundo alguns destes críticos, as razões de caráter econômico também são insuficientes para explicar fenômenos modernos como a busca do homem pelo ''[[status]],'' ainda que este não venha a representar qualquer vantagem econômica, ou o crescimento da ''cultura das [[celebridade]]s''. Também depõem contra as ideias de [[Karl Marx]] o resultado histórico dos diversos regimes que foram influenciados pelo ideário político-ideológico do Marxismo, como a [[União das Repúblicas Socialistas Soviéticas|União Soviética]], o regime [[Fidel Castro|castrista]] de [[Cuba]] e as chamadas "repúblicas vermelhas" do [[Ásia|Sudeste Asiático]].<ref>Besançon, Alain; ''A infelicidade do século: sobre o comunismo, o nazismo e a unicidade de Shoah''. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000.</ref><ref>Koba the Dread - Laghter and the Twenty Million" - Vintage - 2002 - p.85-86</ref><ref>Courtois, Stéphane [et al.]; ''O Livro Negro do Comunismo: crimes, terror e repressão''. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.</ref><ref>Courtois, Stéphane [et al.]; ''Cortar o mal pela raiz!: história e memória do comunismo na Europa''. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.</ref>


== Críticas gerais ==
== Críticas gerais ==
De acordo com Leszek Kołakowski, as leis da [[Materialismo dialético|dialética]] na base do marxismo são fundamentalmente imperfeitas: algumas são "truísmos sem conteúdo marxista específico", outras "[[Dogma|dogmas filosóficos]] que não podem ser provados por meios científicos", outras são apenas "absurdos". Algumas "leis" marxistas são vagas e podem ser interpretadas de maneira diferente, mas essas interpretações geralmente também se enquadram em uma das categorias de falhas mencionadas anteriormente.<ref>Kołakowski, Leszek (2005). Main Currents of Marxism. New York: W. W. Norton and Company. p. 909. ISBN 9780393329438.</ref>


De acordo com [[Leszek Kołakowski]], as leis da [[Materialismo dialético|dialética]] na base do marxismo são fundamentalmente imperfeitas: algumas são "truísmos sem conteúdo marxista específico", outras "[[Dogma|dogmas filosóficos]] que não podem ser provados por [[Método científico|meios científicos]]", outras são apenas "absurdos". Algumas "leis" marxistas são vagas e podem ser interpretadas de maneira diferente, mas essas interpretações geralmente também se enquadram em uma das categorias de falhas mencionadas anteriormente.<ref>Kołakowski, Leszek (2005). Main Currents of Marxism. New York: W. W. Norton and Company. p. 909. ISBN 9780393329438.</ref>
O economista [[Thomas Sowell]] escreveu em 1985: <blockquote>''O que Marx realizou foi produzir uma visão tão abrangente, dramática e fascinante que pudesse suportar inúmeras contradições empíricas, refutações lógicas e repulsões morais em seus efeitos. A visão marxista tomou a esmagadora complexidade do mundo real e fez as partes se encaixarem, de um modo que era intelectualmente estimulante e conferiu tal senso de superioridade moral que os oponentes poderiam ser simplesmente rotulados e dispensados como leprosos morais ou reacionários cegos. O marxismo foi - e continua sendo - um poderoso instrumento para a aquisição e manutenção do poder político.''<ref>Sowell, Thomas Marxism Philosophy and Economics (William Morrow 1985) p. 218. ISBN</ref>


O economista [[Thomas Sowell]] escreveu em 1985:
Vladimir Karpovich Dmitriev, no seu livro "Economic Essays on Value, Competition and Utility" escrito em 1898,<ref>V. K. Dmitriev, 1974 (1898), Economic Essays on Value, Competition and Utility. Cambridge: Cambridge Univ. Press</ref> Ladislaus von Bortkiewicz em duas de suas obras escrita em 1906 e 1907<ref>Ladislaus von Bortkiewicz, 1952 (1906–1907), "Value and Price in the Marxian System", International Economic Papers 2, 5–60; Ladislaus von Bortkiewicz, 1984 (1907), "On the Correction of Marx’s Fundamental Theoretical Construction in the Third Volume of Capital". In Eugen von Böhm-Bawerk 1984 (1896), Karl Marx and the Close of his System, Philadelphia: Orion Editions</ref><ref>M. C. Howard and J. E. King. (1992) A History of Marxian Economics: Volume II, 1929–1990, chapter 12, sect. III. Princeton, NJ: Princeton Univ. Press.</ref> e críticos subsequentes alegaram que a 'Teoria do Valor-Trabalho' e a lei de Karl Marx da 'Tendência da Taxa de Lucro a Cair' são internamente inconsistentes. Em outras palavras, os críticos alegam que Marx tirou conclusões que na verdade não seguem suas premissas teóricas. Uma vez que esses erros sejam corrigidos, a conclusão de Marx de que Preço Agregado e Lucro são determinados por - e igual a - Valor Agregado e Mais-valia não se aplica mais. Este resultado põe em causa a sua teoria de que a exploração dos trabalhadores é a única fonte de lucro.<ref>M. C. Howard and J. E. King. (1992) A History of Marxian Economics: Volume II, 1929–1990, capítulo 12, parte III. Princeton, NJ: Princeton Univ. Press.</ref>


{{Citação3|''O que Marx realizou foi produzir uma visão tão abrangente, dramática e fascinante que pudesse suportar inúmeras contradições ''[[Empirismo|empíricas]], [[Refutação|refutações]] [[lógica]]s'' e repulsões morais em seus efeitos. A visão marxista tomou a esmagadora complexidade do mundo real e fez as partes se encaixarem, de um modo que era intelectualmente estimulante e conferiu tal senso de superioridade moral que os oponentes poderiam ser simplesmente rotulados e dispensados como leprosos morais ou ''[[reacionário]]s'' cegos. O marxismo foi - e continua sendo - um poderoso instrumento para a aquisição e manutenção do'' [[poder político]].<ref>Sowell, Thomas Marxism Philosophy and Economics (William Morrow 1985) p. 218. ISBN</ref>}}
Também há dúvidas de que a taxa de lucro no [[capitalismo]] tenderia a cair como Marx previu. Em 1961, Nobuo Okishio desenvolveu um teorema (o teorema de Okishio) mostrando que, se os capitalistas buscam técnicas de corte de custos e se o salário real não aumenta, a taxa de lucro deve subir.<ref> M. C. Howard and J. E. King. (1992) ''A History of Marxian Economics: Volume II, 1929–1990'', capítulo 7, parte II–IV. Princeton, NJ: Princeton Univ. Press.</ref>


[[Imagem:012_2007_Monumentul_Victimelor_Comunismului.jpg|miniatura|250px|Memorial para as vítimas do comunismo, localizado em [[Washington,_D.C.|Washington]] (''ver: [[Assassinatos em massa sob regimes comunistas]]''). A estátua representa a deusa da democracia.<ref>[http://dcmemorials.com/index_indiv0000002.htm] Victims of Communism Memorial in Washington, D.C.
Críticos que alegam que Marx tem sido provado inconsistente incluem economistas marxistas e / ou [[Piero Sraffa|sraffianos]] antigos e atuais, como Paul Sweezy,<ref>Paul M. Sweezy, 1970 (1942), The Theory of Capitalist Development, p. 15. New York: Modern Reader Paperbacks</ref> Nobuo Okishio,<ref> Nobuo Okishio, 1961, "Technical Changes and the Rate of Profit," Kobe University Economic Review 7, pp. 85–99.</ref> Ian Steedman,<ref>Ian Steedman, 1977, Marx after Sraffa, pp. 202, 207. London: New Left Books</ref> John Roemer,<ref>John Roemer, Analytical Foundations of Marxian Economic Theory, p. 12. Cambridge: Cambridge Univ. Press, 1981</ref> Gary Mongiovi<ref>[https://web.archive.org/web/20071010135415/http://www.iwgvt.org/files/02-mongiovi.doc Vulgar Economy in Marxian Garb: A Critique of Temporal Single System Marxism], Gary Mongiovi, 2002, ''Review of Radical Political Economics'' 34:4, p. 393. "Marx cometeu vários erros ao elaborar sua teoria do valor e a taxa de lucro."</ref> e David Laibman,<ref> David Laibman, "Rhetoric and Substance in Value Theory" in Alan Freeman, Andrew Kliman and Julian Wells (eds.), ''The New Value Controversy and the Foundations of Economics'', Cheltenham, UK: Edward Elgar, 2004, p. 17</ref> que propõem que a teoria marxists seja fundamentado em suas versões corretas da economia marxiana e não na forma original em que Marx apresentou e desenvolveu em [[O Capital]].<ref>Andrew Kliman, Reclaiming Marx's "Capital": A Refutation of the Myth of Inconsistency, Lanham, MD: Lexington Books, 2007, p. 3 - ISBN: 978-0739118511</ref>
de Thomas Marsh - Washington D.C. memorials, monuments, statues - Acessado em 19/07/2018.</ref><ref>[https://georgewbush-whitehouse.archives.gov/news/releases/2007/06/20070612-2.html President Bush Attends Dedication of Victims of Communism Memorial - White House Archives] - Acessado em 19/07/2018</ref>]]

Vladimir Karpovich Dmitriev, no seu livro "Economic Essays on Value, Competition and Utility" escrito em 1898,<ref>V. K. Dmitriev, 1974 (1898), Economic Essays on Value, Competition and Utility. Cambridge: Cambridge Univ. Press</ref> Ladislaus von Bortkiewicz em duas de suas obras escrita em 1906 e 1907<ref>Ladislaus von Bortkiewicz, 1952 (1906–1907), "Value and Price in the Marxian System", International Economic Papers 2, 5–60; Ladislaus von Bortkiewicz, 1984 (1907), "On the Correction of Marx’s Fundamental Theoretical Construction in the Third Volume of Capital". In Eugen von Böhm-Bawerk 1984 (1896), Karl Marx and the Close of his System, Philadelphia: Orion Editions</ref><ref>M. C. Howard and J. E. King. (1992) A History of Marxian Economics: Volume II, 1929–1990, chapter 12, sect. III. Princeton, NJ: Princeton Univ. Press.</ref> e críticos subsequentes alegaram que a '[[Teoria do valor-trabalho]]' e a lei de Karl Marx da 'Tendência da Taxa de Lucro a Cair' são internamente inconsistentes. Em outras palavras, os críticos alegam que Marx tirou conclusões que na verdade não seguem suas [[premissa]]s teóricas. Uma vez que esses erros sejam corrigidos, a conclusão de Marx de que [[Preço]] [[Agregado (economia)|Agregado]] e [[Lucro]] são determinados por - e igual a - Valor Agregado e [[Mais-valia]] não se aplica mais. Este resultado põe em causa a sua teoria de que a [[Exploração (socioeconomia)|exploração dos trabalhadores]] é a única fonte de lucro.<ref>M. C. Howard and J. E. King. (1992) A History of Marxian Economics: Volume II, 1929–1990, capítulo 12, parte III. Princeton, NJ: Princeton Univ. Press.</ref>

Também há dúvidas de que a taxa de lucro no [[capitalismo]] tenderia a cair como Marx previu. Em 1961, Nobuo Okishio desenvolveu um [[teorema]] (o [[teorema de Okishio]]) mostrando que, se os capitalistas buscam técnicas de corte de [[custo]]s e se o [[salário]] real não aumenta, a taxa de lucro deve subir.<ref> M. C. Howard and J. E. King. (1992) ''A History of Marxian Economics: Volume II, 1929–1990'', capítulo 7, parte II–IV. Princeton, NJ: Princeton Univ. Press.</ref>

Críticos que alegam que Marx tem sido provado inconsistente incluem economistas marxistas e / ou [[Piero Sraffa|sraffianos]] antigos e atuais, como [[Paul Sweezy]],<ref>Paul M. Sweezy, 1970 (1942), The Theory of Capitalist Development, p. 15. New York: Modern Reader Paperbacks</ref> Nobuo Okishio,<ref> Nobuo Okishio, 1961, "Technical Changes and the Rate of Profit," Kobe University Economic Review 7, pp. 85–99.</ref> Ian Steedman,<ref>Ian Steedman, 1977, Marx after Sraffa, pp. 202, 207. London: New Left Books</ref> [[John Roemer]],<ref>John Roemer, Analytical Foundations of Marxian Economic Theory, p. 12. Cambridge: Cambridge Univ. Press, 1981</ref> Gary Mongiovi<ref>[https://web.archive.org/web/20071010135415/http://www.iwgvt.org/files/02-mongiovi.doc Vulgar Economy in Marxian Garb: A Critique of Temporal Single System Marxism], Gary Mongiovi, 2002, ''Review of Radical Political Economics'' 34:4, p. 393. "Marx cometeu vários erros ao elaborar sua teoria do valor e a taxa de lucro."</ref> e David Laibman,<ref> David Laibman, "Rhetoric and Substance in Value Theory" in Alan Freeman, Andrew Kliman and Julian Wells (eds.), ''The New Value Controversy and the Foundations of Economics'', Cheltenham, UK: Edward Elgar, 2004, p. 17</ref> que propõem que a teoria marxista seja fundamentada em suas versões corretas da [[economia marxiana]] e não na forma original em que Marx apresentou e desenvolveu em [[O Capital]].<ref>Andrew Kliman, Reclaiming Marx's "Capital": A Refutation of the Myth of Inconsistency, Lanham, MD: Lexington Books, 2007, p. 3 - ISBN: 978-0739118511</ref>


O historiador [[Paul Johnson]] escreveu: "A verdade é que mesmo a investigação mais superficial sobre o uso de evidências de Marx força a pessoa a tratar com ceticismo tudo o que ele escreveu que se baseia em dados factuais". Por exemplo, Johnson declarou: "A totalidade do capítulo VIII do livro ''O Capital'' é uma falsificação deliberada e sistemática para provar uma tese que um exame objetivo dos fatos mostrou ser insustentável".<ref>[https://www.academia.edu/12009844/Intellectuals_From_Marx_and_Tolstoy_to_Sartre_and_Chomsky_by_Paul_Johnson "Intellectuals From Marx and Tolstoy to Sartre and Chomsky by Paul Johnson"].</ref>
O historiador [[Paul Johnson]] escreveu: "A verdade é que mesmo a investigação mais superficial sobre o uso de evidências de Marx força a pessoa a tratar com [[ceticismo]] tudo o que ele escreveu que se baseia em dados factuais". Por exemplo, Johnson declarou: "A totalidade do capítulo VIII do livro ''O Capital'' é uma falsificação deliberada e sistemática para provar uma [[tese]] que um exame objetivo dos fatos mostrou ser insustentável".<ref>[https://www.academia.edu/12009844/Intellectuals_From_Marx_and_Tolstoy_to_Sartre_and_Chomsky_by_Paul_Johnson "Intellectuals From Marx and Tolstoy to Sartre and Chomsky by Paul Johnson"].</ref>


== Supressão de direitos individuais ==
== Supressão de direitos individuais ==
Alguns teóricos liberais argumentam que qualquer redistribuição de propriedade é uma forma de coerção.<ref>{{citar livro|autor =Ludwig Von Mises|título=''Human Action: A Treatise on Economics''|publicado=Martino Fine Books|ano=2012|ISBN=9781441745606}}</ref>


Vários economistas argumentaram que um estado socialista, por sua própria natureza, corroeria os direitos de seus cidadãos. O economista americano [[Milton Friedman]] argumentou que, no socialismo, a ausência de uma economia de mercado livre levaria inevitavelmente a um regime político autoritário. A visão de Friedman também foi compartilhada por [[Friedrich Hayek]], que ambos acreditavam que o capitalismo é uma pré-condição para a liberdade florescer em um Estado-nação.<ref>{{citar livro|autor=Friedrich Hayek|titulo=The Road to Serfdom|editora=University Of Chicago Press|ano=1944|ISBN=0-226-32061-8}}</ref><ref>{{citar livro|autor =Bellamy, Richard|título=The Cambridge History of Twentieth-Century Political Thought|publicado=Cambridge University Press|ano=2003|isbn=0-521-56354-2|página=60}}</ref>
Alguns teóricos liberais argumentam que qualquer redistribuição de [[propriedade]] é uma forma de coerção.<ref>{{citar livro|autor =Ludwig Von Mises|título=''Human Action: A Treatise on Economics''|publicado=Martino Fine Books|ano=2012|ISBN=9781441745606}}</ref>
Vários economistas argumentaram que um [[estado socialista]], por sua própria natureza, corroeria os direitos de seus cidadãos. O economista americano [[Milton Friedman]] argumentou que, no socialismo, a ausência de uma economia de [[mercado livre]] levaria inevitavelmente a um regime político [[autoritário]]. A visão de Friedman também foi compartilhada por [[Friedrich Hayek]], que ambos acreditavam que o capitalismo é uma pré-condição para a liberdade florescer em um [[Estado-nação]].<ref>{{citar livro|autor=Friedrich Hayek|titulo=The Road to Serfdom|editora=University Of Chicago Press|ano=1944|ISBN=0-226-32061-8}}</ref><ref>{{citar livro|autor =Bellamy, Richard|título=The Cambridge History of Twentieth-Century Political Thought|publicado=Cambridge University Press|ano=2003|isbn=0-521-56354-2|página=60}}</ref>


== Implementação do comunismo ==
== Implementação do comunismo ==
Os [[Anarquismo|anarquistas]] sempre argumentaram que o comunismo marxista inevitavelmente levaria à coerção e ao domínio do Estado. [[Mikhail Bakunin]] acreditava que os regimes marxistas levariam ao "controle despótico da população por uma nova e não numerosa aristocracia".<ref name="Statism and Anarchy"/> Mesmo que essa nova aristocracia tivesse se originado entre as fileiras do proletariado, Bakunin argumentou que seu recém-descoberto poder mudaria fundamentalmente sua visão da sociedade e, assim, os levaria a "olhar com inferioridade para as simples massas trabalhadoras".<ref name="Statism and Anarchy">{{citar web|último =Bakunin|primeiro =Mikhail|autorlink =Mikhail Bakunin|título=Statism and Anarchy|publicado=Marxists Internet Archive|url=http://www.marxists.org/reference/archive/bakunin/works/1873/statism-anarchy.htm|acessodata=19 de julho de 2018}}</ref>


Os [[Anarquismo|anarquistas]] sempre argumentaram que o comunismo marxista inevitavelmente levaria à coerção e ao domínio do [[Estado]] (''ver: [[Anarquismo e Marxismo]]''). [[Mikhail Bakunin]] acreditava que os regimes marxistas levariam ao "controle despótico da população por uma nova e não numerosa [[aristocracia]]".<ref name="Statism and Anarchy"/> Mesmo que essa [[Nomenklatura|nova aristocracia]] tivesse se originado entre as fileiras do [[proletariado]], Bakunin argumentou que seu recém-descoberto [[poder]] mudaria fundamentalmente sua visão da sociedade e, assim, os levaria a "olhar com inferioridade para as simples massas [[trabalhador]]as".<ref name="Statism and Anarchy">{{citar web|último =Bakunin|primeiro =Mikhail|autorlink =Mikhail Bakunin|título=Statism and Anarchy|publicado=Marxists Internet Archive|url=http://www.marxists.org/reference/archive/bakunin/works/1873/statism-anarchy.htm|acessodata=19 de julho de 2018}}</ref>
O ativista [[Noam Chomsky]] explicou brevemente sua posição sobre o marxismo, a partir de uma diretriz ideológica de esquerda que se enquadra entre o anarquismo e o populismo:

Ao comparar [[nazismo]] e [[comunismo]], historiadora francesa [[Françoise Thom]], especialista em [[história da União Soviética]], afirma que ambos acreditam ser possuidores de bases científicas.<ref name="The Soviet Story">{{citar web|url=https://www.youtube.com/watch?v=rKdnylUzlMc|titulo=The Soviet Story (A História Soviética)|data=20 de fevereiro de 2016|acessodata=8 de setembro de 2019|publicado=Hugo Venturini ([[YouTube]], a partir de 12min,13s.)|ultimo=|primeiro=}}</ref> Também que estão em guerra contra a [[natureza humana]] e, que ambos, tem o desejo de criar o "[[Novo Homem]]".<ref name="The Soviet Story"/> E, que enquanto o primeiro baseia-se numa "[[Nazismo e raça|falsa biologia]]", o segundo baseia-se numa "[[Sociologia marxista|falsa sociologia]]".<ref name="The Soviet Story"/>

O ativista [[Noam Chomsky]] explicou brevemente sua posição sobre o marxismo, a partir de uma diretriz ideológica de [[esquerda (política)|esquerda]] que se enquadra entre o anarquismo e o [[populismo]]:


<blockquote>''As advertências de Bakunin sobre a burocracia vermelha que instituiria o pior de todos os governos despóticos vieram muito antes de Lênin e foram dirigidas contra os seguidores de Marx. Havia, na verdade, seguidores de muitos tipos; [[Anton Pannekoek]], [[Rosa Luxemburgo]], [[Paul Mattick]] e outros, e eles estavam muito longe de Lênin, e suas opiniões frequentemente convergem com elementos do anarco-sindicalismo. Korsh e outros, de fato, escreveram com simpatia sobre a revolução anarquista na Espanha. Há continuidades de Marx para Lenin, mas também há continuidades para os marxistas que foram severos críticos de Lenin e do [[bolchevismo]]. O trabalho de Teodor Shanin nos últimos anos sobre as atitudes posteriores de Marx em relação à revolução camponesa também é relevante aqui. [...] O início Marx vem em grande parte do ambiente em que ele viveu, e há muitas semelhanças com o pensamento do [[liberalismo clássico]], aspectos do [[Iluminismo]] e [[romantismo]] francês e alemão. Mais uma vez, não sou um estudante de Marx para reivindicar um julgamento autorizado. Minha impressão, no que vale a pena, é que Marx primitivo era muito mais uma figura do Iluminismo tardio, e que o Marx posterior era um ativista muito autoritário e um analista crítico do capitalismo que tinha pouco a dizer sobre alternativas socialistas.''<ref>{{citar web|último =Chomsky|primeiro =Noam|título=Anarquismo Marxismo Y Esperanzas Para El Futuro|publicado=Scribd|url=https://www.scribd.com/document/9784460/Anarquismo-Marxismo-Y-Esperanzas-Para-El-Futuro-Noam-Chomsky|acessodata=19 de julho de 2018}}</ref></blockquote>
{{Citação3|''As advertências de Bakunin sobre a burocracia vermelha que instituiria o pior de todos os governos despóticos vieram muito antes de ''[[Lênin]]'' e foram dirigidas contra os seguidores de Marx. Havia, na verdade, seguidores de muitos tipos; ''[[Anton Pannekoek]], [[Rosa Luxemburgo]], [[Paul Mattick]]'' e outros, e eles estavam muito longe de Lênin, e suas opiniões frequentemente convergem com elementos do ''[[anarcossindicalismo]].'' Korsh e outros, de fato, escreveram com simpatia sobre a revolução anarquista na Espanha. Há continuidades de Marx para Lenin, mas também há continuidades para os marxistas que foram severos críticos de Lenin e do ''[[bolchevismo]].'' O trabalho de Teodor Shanin nos últimos anos sobre as atitudes posteriores de Marx em relação à revolução camponesa também é relevante aqui. [...] O início Marx vem em grande parte do ambiente em que ele viveu, e há muitas semelhanças com o pensamento do ''[[liberalismo clássico]],'' aspectos do ''[[Iluminismo]]'' e ''[[romantismo]]'' francês e alemão. Mais uma vez, não sou um estudante de Marx para reivindicar um julgamento autorizado. Minha impressão, no que vale a pena, é que Marx primitivo era muito mais uma figura do Iluminismo tardio, e que o Marx posterior era um ativista muito autoritário e um analista ''[[Críticas ao capitalismo|crítico do capitalismo]]'' que tinha pouco a dizer sobre alternativas socialistas.''<ref>{{citar web|último =Chomsky|primeiro =Noam|título=Anarquismo Marxismo Y Esperanzas Para El Futuro|publicado=Scribd|url=https://www.scribd.com/document/9784460/Anarquismo-Marxismo-Y-Esperanzas-Para-El-Futuro-Noam-Chomsky|acessodata=19 de julho de 2018}}</ref>}}


== Economia ==
== Economia ==

A economia marxista tem sido criticada por várias razões. Alguns críticos apontam para a análise marxista do capitalismo, enquanto outros argumentam que o sistema econômico proposto pelo comunismo é impraticável.<ref>Shleifer, Andrei, and Robert Vishny. ''Pervasive shortages under socialism''. No. 3791. National Bureau of Economic Research, 1991.</ref><ref>Stringham, Edward Peter. "Kaldor-Hicks efficiency and the problem of central planning." (2001).</ref><ref>{{citar jornal|url=https://www.washingtonexaminer.com/millennials-open-to-socialism-are-not-living-in-the-real-world|título=Millennials open to socialism are not living in the real world|data=2017-12-11|obra=Washington Examiner|acessodata=2018-05-08|língua=en}}</ref> A [[Teoria do valor-trabalho]] é uma dos texto do marxismo mais comumente criticados.<ref>{{citar jornal|url=https://marginalrevolution.com/marginalrevolution/2010/03/what-is-the-biggest-flaw-in-the-labor-theory-of-value.html|título=What is the biggest flaw in the labor theory of value? - Marginal REVOLUTION|data=2010-03-30|obra=Marginal REVOLUTION|acessodata=2018-05-08|língua=en-US}}</ref><ref>{{citar periódico|último =Becker|primeiro =Gary S.|ano=1965|título=A Theory of the Allocation of Time|periódico=The Economic Journal|publicado=Royal Economic Society|volume=75|número=299|páginas=493–517|doi=10.2307/2228949|issn=1468-0297|jstor=2228949|registro=y|via=[[JSTOR]]}}</ref><ref>{{citar jornal|url=https://www.investopedia.com/terms/l/labor-theory-of-value.asp|título=Labor Theory Of Value|último =Staff|primeiro =Investopedia|data=2010-06-24|obra=Investopedia|acessodata=2018-05-08|língua=en-US}}</ref>
{{Principal|Economia marxiana}}

A economia marxista tem sido criticada por várias razões. Alguns críticos apontam para a análise marxista do capitalismo, enquanto outros argumentam que o sistema econômico proposto pelo comunismo é impraticável.<ref>Shleifer, Andrei, and Robert Vishny. ''Pervasive shortages under socialism''. No. 3791. National Bureau of Economic Research, 1991.</ref><ref>Stringham, Edward Peter. "Kaldor-Hicks efficiency and the problem of central planning." (2001).</ref><ref>{{citar jornal|url=https://www.washingtonexaminer.com/millennials-open-to-socialism-are-not-living-in-the-real-world|título=Millennials open to socialism are not living in the real world|data=2017-12-11|obra=Washington Examiner|acessodata=2018-05-08|língua=en}}</ref> A [[Teoria do valor-trabalho]] é um dos textos do marxismo mais comumente criticados.<ref>{{citar jornal|url=https://marginalrevolution.com/marginalrevolution/2010/03/what-is-the-biggest-flaw-in-the-labor-theory-of-value.html|título=What is the biggest flaw in the labor theory of value? - Marginal REVOLUTION|data=2010-03-30|obra=Marginal REVOLUTION|acessodata=2018-05-08|língua=en-US}}</ref><ref>{{citar periódico|último =Becker|primeiro =Gary S.|ano=1965|título=A Theory of the Allocation of Time|periódico=The Economic Journal|publicado=Royal Economic Society|volume=75|número=299|páginas=493–517|doi=10.2307/2228949|issn=1468-0297|jstor=2228949|registro=y|via=[[JSTOR]]}}</ref><ref>{{citar jornal|url=https://www.investopedia.com/terms/l/labor-theory-of-value.asp|título=Labor Theory Of Value|último =Staff|primeiro =Investopedia|data=2010-06-24|obra=Investopedia|acessodata=2018-05-08|língua=en-US}}</ref>


== Reduz incentivos ==
== Reduz incentivos ==
Alguns críticos do socialismo utópico ou igualitário argumentam que a divisão da renda reduz os incentivos individuais ao trabalho e, portanto, a renda deveria ser individualizada o máximo possível.<ref>Zoltan J. Acs & Bernard Young. ''Small and Medium-Sized Enterprises in the Global Economy''. University of Michigan Press, p. 47, 1999.</ref> Críticos do socialismo argumentam que em qualquer sociedade em que todos detenham riqueza igual não haveria incentivo material para o trabalho porque não se receberia recompensa por um trabalho bem feito.


Alguns críticos do [[socialismo utópico]] ou igualitário argumentam que a divisão da [[renda]] reduz os incentivos individuais ao [[trabalho (economia)|trabalho]] e, portanto, a renda deveria ser individualizada o máximo possível.<ref>Zoltan J. Acs & Bernard Young. ''Small and Medium-Sized Enterprises in the Global Economy''. University of Michigan Press, p. 47, 1999.</ref> Críticos do socialismo argumentam que em qualquer [[sociedade]] em que todos detenham riqueza igual não haveria incentivo material para o trabalho porque não se receberia recompensa por um trabalho bem feito.
O economista [[John Kenneth Galbraith]] criticou as formas comunais de socialismo que promovem o [[igualitarismo]] em termos de salários/compensações como irreais em suas suposições sobre a motivação humana: <blockquote>''Essa esperança, que a recompensa igualitária levaria a um nível mais alto de motivação, que se espalhou depois de Marx, foi mostrada pela história e pela experiência humana como irrelevante. Gerações de socialistas aprenderam isso com a sua decepção e, mais frequentemente, com a sua tristeza.''<ref>John Kenneth Galbraith, ''The Good Society: The Humane Agenda'' (Boston, MA: Houghton Mifflin Co., 1996), pp. 59–60.</ref></blockquote>.

O economista [[John Kenneth Galbraith]] criticou as formas comunais de socialismo que promovem o [[igualitarismo]] em termos de salários/compensações como irreais em suas suposições sobre a motivação humana:

{{Citação3|''Essa esperança, que a recompensa igualitária levaria a um nível mais alto de motivação, que se espalhou depois de Marx, foi mostrada pela história e pela experiência humana como irrelevante. Gerações de socialistas aprenderam isso com a sua decepção e, mais frequentemente, com a sua tristeza.''<ref>John Kenneth Galbraith, ''The Good Society: The Humane Agenda'' (Boston, MA: Houghton Mifflin Co., 1996), pp. 59–60.</ref>}}


== Relevância ==
== Relevância ==

O marxismo tem sido criticado como irrelevante, com muitos economistas rejeitando seus princípios e suposições.<ref>{{citar livro|título=Marxism: Philosophy and Economics|último =Sowell|primeiro =Thomas|publicado=William Morrow|ano=1985|isbn=0688029639|local=|páginas=220|}}</ref><ref>Leiter, B. (2002). Marxism and the continuing irrelevance of Normative Theory.</ref><ref>{{citar jornal|url=https://newrepublic.com/article/117673/piketty-read-marx-doesnt-make-him-marx|título=Thomas Piketty Is Pulling Your Leg|último =Judis|primeiro =John B.|data=6 de maio de 2014|obra=The New Republic|acessodata=2018-05-06|língua=en-US}}</ref> Segundo [[George Stigler]], "os economistas que trabalham na tradição marxista representam uma pequena minoria de economistas modernos, e que seus escritos praticamente não têm impacto sobre o trabalho profissional da maioria dos economistas nas principais universidades de língua inglesa".<ref name="Stigler1732">{{citar periódico|último =Stigler|primeiro =George J.|autorlink =George Stigler|data=Dezembro de 1988|título=Palgrave's Dictionary of Economics|periódico=Journal of Economic Literature|publicado=American Economic Association|volume=26|páginas=1729–36|jstor=2726859|ref=harv|número=4}}</ref> [[Robert Solow]], em uma revisão da primeira edição do [[The New Palgrave: A Dictionary of Economics]], criticou por enfatizar demais a importância do marxismo na economia moderna.
O marxismo tem sido criticado como irrelevante, com muitos economistas rejeitando seus princípios e suposições.<ref>{{citar livro|título=Marxism: Philosophy and Economics|último =Sowell|primeiro =Thomas|publicado=William Morrow|ano=1985|isbn=0688029639|local=|páginas=220|}}</ref><ref>Leiter, B. (2002). Marxism and the continuing irrelevance of Normative Theory.</ref><ref>{{citar jornal|url=https://newrepublic.com/article/117673/piketty-read-marx-doesnt-make-him-marx|título=Thomas Piketty Is Pulling Your Leg|último =Judis|primeiro =John B.|data=6 de maio de 2014|obra=The New Republic|acessodata=2018-05-06|língua=en-US}}</ref> Segundo [[George Stigler]], "os economistas que trabalham na tradição marxista representam uma pequena minoria de economistas modernos, e que seus escritos praticamente não têm impacto sobre o trabalho profissional da maioria dos economistas nas principais universidades de língua inglesa".<ref name="Stigler1732">{{citar periódico|último =Stigler|primeiro =George J.|autorlink =George Stigler|data=Dezembro de 1988|título=Palgrave's Dictionary of Economics|periódico=Journal of Economic Literature|publicado=American Economic Association|volume=26|páginas=1729–36|jstor=2726859|ref=harv|número=4}}</ref> [[Robert Solow]], em uma revisão da primeira edição do [[The New Palgrave: A Dictionary of Economics]], criticou por enfatizar demais a importância do marxismo na economia moderna.


Marx foi um pensador importante e influente, e o marxismo tem sido uma doutrina com influência intelectual e prática. O fato é que, no entanto, os economistas mais sérios do idioma inglês consideram a economia marxista um beco sem saída irrelevante.<ref>{{citar jornal|url=https://www.nytimes.com/1988/03/20/books/the-wide-wide-world-of-wealth.html|título=THE WIDE, WIDE WORLD OF WEALTH|último =Solow|primeiro =Robert M.|data=1988|obra=The New York Times|acessodata=2018-05-06|língua=en}}</ref>
Marx foi um pensador importante e influente, e o marxismo tem sido uma doutrina com influência intelectual e prática. O fato é que, no entanto, os economistas mais sérios do idioma inglês consideram a economia marxista um beco sem saída irrelevante.<ref>{{citar jornal|url=https://www.nytimes.com/1988/03/20/books/the-wide-wide-world-of-wealth.html|título=THE WIDE, WIDE WORLD OF WEALTH|último =Solow|primeiro =Robert M.|data=1988|obra=The New York Times|acessodata=2018-05-06|língua=en}}</ref>


Uma pesquisa nacionalmente representativa de professores norte-americanos em 2006 revelou que 3% deles se identificam como marxistas. A parcela sobe para 5% nas humanidades e é cerca de 18% entre os cientistas sociais.<ref>Gross, Neil, and Solon Simmons. "The social and political views of American professors." ''Working Paper presented at a Harvard University Symposium on Professors and Their Politics''. 2007.</ref>
Uma pesquisa nacionalmente representativa de professores norte-americanos em 2006 revelou que 3% deles se identificam como marxistas. A parcela sobe para 5% nas [[humanidades]] e é cerca de 18% entre os [[Ciências sociais|cientistas sociais]].<ref>Gross, Neil, and Solon Simmons. "The social and political views of American professors." ''Working Paper presented at a Harvard University Symposium on Professors and Their Politics''. 2007.</ref>


== Outros intelectuais ==
== Outros intelectuais ==

=== Eric Voegelin ===
=== Eric Voegelin ===
[[Eric Voegelin]], em seu livro ''"Reflexões Autobiográficas"'' relata que, induzido pela onda de interesse sobre a Revolução Russa de 1917, estudou ''"O Capital"'' de Marx e foi marxista entre agosto e dezembro de 1919. Porém, durante seu curso universitário, ao estudar disciplinas de teoria econômica e história da teoria econômica aprendera o que estava errado em Marx. Voegelin afirma que Marx comete uma grave distorção ao escrever sobre Hegel. Como prova de sua afirmação cita os editores dos ''Frühschiften'' [Escritos de Juventude] de Karl Marx (Kröner, 1955), especialmente Siegfried Landshut, que dizem o seguinte sobre o estudo feito por Marx da ''"Filosofia do Direito"'' de Hegel: <blockquote>''"Ao equivocar-se deliberadamente sobre Hegel, se nos é dado falar desta maneira, Marx transforma todos os conceitos que Hegel concebeu como predicados da ideia em anunciados sobre fatos"''.</blockquote>


[[Eric Voegelin]], em seu livro ''"Reflexões Autobiográficas"'' relata que, induzido pela onda de interesse sobre a [[Revolução Russa de 1917]], estudou ''"[[O Capital]]"'' de Marx e foi marxista entre agosto e dezembro de 1919. Porém, durante seu curso universitário, ao estudar [[disciplina]]s de [[teoria econômica]] e [[História do pensamento económico|história da teoria econômica]] aprendera o que estava errado em Marx. Voegelin afirma que Marx comete uma grave distorção ao escrever sobre Hegel. Como prova de sua afirmação cita os editores dos ''Frühschiften'' [Escritos de Juventude] de Karl Marx (Kröner, 1955), especialmente Siegfried Landshut, que dizem o seguinte sobre o estudo feito por Marx da ''"[[Filosofia do direito]]"'' de Hegel:
Para Voegelin, ao equivocar-se deliberadamente sobre Hegel, Marx pretendia sustentar uma ideologia que lhe permitisse apoiar a violência contra seres humanos afetando indignação moral e, por isso, Voegelin considera Karl Marx um mistificador deliberado. Afirma que o charlatanismo de Marx reside também na terminante recusa de dialogar com o argumento etiológico de [[Aristóteles]]. Argumenta que, embora tenha recebido uma excelente formação filosófica, Marx sabia que o problema da etiologia na existência humana era central para uma filosofia do homem e que, se quisesse destruir a humanidade do homem fazendo dele um "homem socialista", Marx precisava repelir a todo custo o argumento etiológico.<ref name='voegelin'/>

{{Citação3|''Ao equivocar-se deliberadamente sobre Hegel, se nos é dado falar desta maneira, Marx transforma todos os conceitos que Hegel concebeu como predicados da ideia em anunciados sobre fatos''.}}

Para Voegelin, ao equivocar-se deliberadamente sobre Hegel, Marx pretendia sustentar uma [[ideologia]] que lhe permitisse apoiar a [[violência]] contra seres humanos afetando indignação moral e, por isso, Voegelin considera Karl Marx um mistificador deliberado. Afirma que o [[charlatanismo]] de Marx reside também na terminante recusa de dialogar com o argumento etiológico de [[Aristóteles]]. Argumenta que, embora tenha recebido uma excelente formação filosófica, Marx sabia que o problema da [[etiologia]] na existência humana era central para uma filosofia do homem e que, se quisesse destruir a [[humanidade]] do homem fazendo dele um "homem socialista", Marx precisava repelir a todo custo o argumento etiológico.<ref name='voegelin'/>


Segundo Voegelin, Marx e Engels enunciam um disparate ao iniciarem o [[Manifesto Comunista]] com a afirmação categórica de que toda a história social até o presente foi a história da [[luta de classes]]. Eles sabiam, desde o colégio, que outras lutas existiram na história, como as [[Guerras Médicas]], as conquistas de Alexandre, a [[Guerra do Peloponeso]], as [[Guerras Púnicas]] e a expansão do [[Império Romano]], as quais decididamente nada tiveram de luta de classes.<ref name='voegelin'/>
Segundo Voegelin, Marx e Engels enunciam um disparate ao iniciarem o [[Manifesto Comunista]] com a afirmação categórica de que toda a história social até o presente foi a história da [[luta de classes]]. Eles sabiam, desde o colégio, que outras lutas existiram na história, como as [[Guerras Médicas]], as conquistas de [[Alexandre, o Grande]], a [[Guerra do Peloponeso]], as [[Guerras Púnicas]] e a expansão do [[Império Romano]], as quais decididamente nada tiveram de luta de classes.<ref name='voegelin'/>


Voegelin diz que Marx levanta questões que são impossíveis de serem resolvidas pelo "homem socialista". Também alega que Marx conduz a uma realidade alternativa, a qual não tem necessariamente nenhum vínculo com a realidade objetiva do sujeito. Segundo Voeglin, quando a realidade entra em conflito com Marx, ele descarta a realidade.<ref name='voegelin'>{{citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=atGePgAACAAJ|título= Estudos de ideias políticas de Erasmo a Nietzsche|editora=Ática Press|data=1996|acessodata=2 de agosto de 2016|isbn=972617130X|autor= Voegelin, Eric}}</ref>
Voegelin diz que Marx levanta questões que são impossíveis de serem resolvidas pelo "homem socialista". Também alega que Marx conduz a uma realidade alternativa, a qual não tem necessariamente nenhum vínculo com a realidade objetiva do sujeito. Segundo Voeglin, quando a realidade entra em conflito com Marx, ele descarta a realidade.<ref name='voegelin'>{{citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=atGePgAACAAJ|título= Estudos de ideias políticas de Erasmo a Nietzsche|editora=Ática Press|data=1996|acessodata=2 de agosto de 2016|isbn=972617130X|autor= Voegelin, Eric}}</ref>


=== Jordan Peterson ===

[[Imagem:Jordan Peterson (29055126178).jpg|thumb|170px|direita|Jordan Peterson em 15 de Junho de 2018.]]

Segundo [[Jordan Peterson]]: "(...) doutrinas marxistas [que] mataram pelo menos 100 milhões de pessoas no século XX. Venho estudando o [[autoritarismo]] na [[direita (política)|direita]] e na [[esquerda (política)|esquerda]] por 35 anos. (...) O resultado dos meus estudos é que passei a acreditar que o [[marxismo]] é uma ideologia assassina."<ref>{{citar web|url=https://nationalpost.com/opinion/jordan-peterson-the-right-to-be-politically-incorrect|titulo=Jordan Peterson: The right to be politically incorrect|data=8 de novembro de 2016|acessodata=8 de setembro de 2019|publicado=[[National Post]] {{en}}|ultimo=|primeiro=}}</ref>

=== George Watson ===

Sobre a relação entre [[genocídio]]s e as ideias de Marx, [[George Watson (historiador)|George Watson]] afirmou: "(...) Eu não sei se muitas pessoas sabem, mas só o socialismo publicamente advogou genocídio nos séculos XIX e XX. É um fato bastante desconhecido e parece chocante se você mencionar."<ref name="George Watson">«The Soviet Story (A História Soviética)». Hugo Venturini (<span class="plainlinks">[https://www.youtube.com/watch?v=rKdnylUzlMc YouTube]</span>, a partir de 14min,15s.). 20 de fevereiro de 2016. Consultado em 8 de setembro de 2019</ref> "(...) Marx foi o predecessor do modelo político do genocídio. Eu não conheço nenhum pensador europeu num período anterior a Marx e Engels que tenha publicamente advogado um extermínio racial. Eu não consigo achar mais nada antigo, então presumo que começou com eles."<ref name="George Watson"/>

=== Roger Scruton ===

[[Imagem:Roger Scruton (1).jpg|thumb|170px|direita|Roger Scruton em [[Budapeste]] (19 de Setembro de 2016).]]

Em seu livro publicado em 1985, ''Thinkers of the New Left'', [[Roger Scruton]] defende a tese de que uma série de [[estudioso]]s ([[Max Weber|Weber]], [[Werner Sombart|Sombart]], [[Böhm-Bawerk]], [[Ludwig von Mises|Mises]], [[Piero Sraffa|Sraffa]], [[Werner Sombart|Sombart]], [[Karl Popper|Popper]], [[Friedrich Hayek|Hayek]], [[Raymond Aron|Aron]] entre outros) já teriam [[Refutação|refutado]] todas as teorias de Karl Marx ([[Historiografia marxista|da história]], [[Teoria do valor-trabalho|valor-trabalho]], [[alienação (marxismo)|alienação]], [[luta de classes]], etc.).<ref>{{citar livro|autor=Scruton, Roger|título=Thinkers of the New Left|editora=Longman {{en}}, pág. 05|ano=1985|páginas=|id=ISBN 9780582902732}} Adicionado em 8 de setembro de 2019.</ref>
=== José Guilherme Merquior ===
=== José Guilherme Merquior ===
No âmbito nacional, [[José Guilherme Merquior]] foi um dos grandes críticos do marxismo. O [[diplomata]] membro da [[Academia Brasileira de Letras]] aponta que, o socialismo, em suas origens intelectuais, não era uma [[teoria política]] e sim uma [[teoria econômica]] que procurava reestruturar a indústria. O movimento foi se politizar com [[Karl Marx]], que fundiu a crítica do [[liberalismo econômico]] com a tradição revolucionária do comunismo.<ref name='merquior'/>


No âmbito [[brasil]]eiro, [[José Guilherme Merquior]] foi um dos grandes críticos do marxismo. O [[diplomata]] membro da [[Academia Brasileira de Letras]] aponta que, o socialismo, em suas origens intelectuais, não era uma [[teoria política]] e sim uma [[teoria econômica]] que procurava reestruturar a indústria. O movimento foi se politizar com [[Karl Marx]], que fundiu a crítica do [[liberalismo econômico]] com a tradição revolucionária do comunismo.<ref name='merquior'/>
Ainda de acordo com Merquior, Marx nunca valorizou os [[direitos civis]] e chegou a condená-los, vendo neles mero instrumento de exploração de classe. O [[marxismo]], em especial regimes comunistas, sempre refletiu esse menosprezo pelos direitos de expressão, profissão, associação, etc.<ref name='merquior'>{{citar web|url=http://www.buscalegis.ufsc.br/revistas/files/anexos/28162-28172-1-PB.html|titulo=SOCIALISMO E LIBERALISMO|acessodata=25 de dezembro de 2016|arquivourl=https://web.archive.org/web/20161226055724/http://www.buscalegis.ufsc.br/revistas/files/anexos/28162-28172-1-PB.html|arquivodata=2016-12-26|urlmorta=yes}}</ref>

Ainda de acordo com Merquior, Marx nunca valorizou os [[direitos civis]] e chegou a condená-los, vendo neles mero instrumento de [[Exploração (socioeconomia)|exploração de classe]]. O [[marxismo]], em especial regimes comunistas, sempre refletiu esse menosprezo pelos direitos de expressão, profissão, associação, etc.<ref name='merquior'>{{citar web|url=http://www.buscalegis.ufsc.br/revistas/files/anexos/28162-28172-1-PB.html|titulo=SOCIALISMO E LIBERALISMO|acessodata=25 de dezembro de 2016|arquivourl=https://web.archive.org/web/20161226055724/http://www.buscalegis.ufsc.br/revistas/files/anexos/28162-28172-1-PB.html|arquivodata=2016-12-26|urlmorta=yes}}</ref>


== Contra-crítica ==
== Contra-crítica ==

{{AP|vt=s|Antianticomunismo}}

Crítica de críticas ao marxismo são diversas. Por um lado, os marxistas têm argumentado que vários relatos falsearam metodologias marxistas por razões políticas e / ou interpretaram mal as teorias marxistas.<ref>{{citar web|url=https://www.marxist.com/marx-keynes-hayek-and-the-crisis-of-capitalism-part-one.htm|título=Marx, Keynes, Hayek and the Crisis of Capitalism}} {{citar web|url=http://www.worldsocialism.org/spgb/socialist-standard/1950s/1956/no-625-september-1956/critics-criticised-professor-popper-looks-histor|título=The Critics Criticised}} {{citar periódico|url=http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1467-9248.1981.tb01280.x/full|título=Kolakowski's Anti-Marx|periódico=Political Studies|volume=29|páginas=115–22|doi=10.1111/j.1467-9248.1981.tb01280.x|ano=2016|último1 =Miliband|primeiro1 =Ralph}} [https://www.marxist.com/in-defence-of-ltv.htm In Defence of Marx's Labour Theory of Value]</ref>
Crítica de críticas ao marxismo são diversas. Por um lado, os marxistas têm argumentado que vários relatos falsearam metodologias marxistas por razões políticas e / ou interpretaram mal as teorias marxistas.<ref>{{citar web|url=https://www.marxist.com/marx-keynes-hayek-and-the-crisis-of-capitalism-part-one.htm|título=Marx, Keynes, Hayek and the Crisis of Capitalism}} {{citar web|url=http://www.worldsocialism.org/spgb/socialist-standard/1950s/1956/no-625-september-1956/critics-criticised-professor-popper-looks-histor|título=The Critics Criticised}} {{citar periódico|url=http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1467-9248.1981.tb01280.x/full|título=Kolakowski's Anti-Marx|periódico=Political Studies|volume=29|páginas=115–22|doi=10.1111/j.1467-9248.1981.tb01280.x|ano=2016|último1 =Miliband|primeiro1 =Ralph}} [https://www.marxist.com/in-defence-of-ltv.htm In Defence of Marx's Labour Theory of Value]</ref>


== Ver também ==
== Ver também ==

* [[Pitirim Sorokin]]
* [[Roger Scruton]]
* [[Roger Scruton]]

{{Referências}}


== Bibliografia ==
== Bibliografia ==

* PAYNE, Robert; ''Marx''. Londres: W. H. ALLEN & COMPANY, 1968.
* PAYNE, Robert; ''Marx''. Londres: W. H. ALLEN & COMPANY, 1968.
* ARON, Raymond; ''O Ópio dos Intelectuais''. Tradução de Yvonne Jean. Brasília: Ed. UNB, 1980.
* ARON, Raymond; ''O Ópio dos Intelectuais''. Tradução de Yvonne Jean. Brasília: Ed. UNB, 1980.
Linha 84: Linha 124:
* [[Marshall Berman|BERMAN, Marshall]]. [[Tudo que É Sólido Desmancha no Ar]]
* [[Marshall Berman|BERMAN, Marshall]]. [[Tudo que É Sólido Desmancha no Ar]]


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Revisão das 16h27min de 8 de setembro de 2019

Críticas ao marxismo vieram de várias ideologias políticas e disciplinas acadêmicas. Estas incluem críticas gerais sobre a falta de consistência interna, críticas relacionadas ao materialismo histórico, a necessidade de supressão dos direitos individuais, questões com a implementação do comunismo e questões econômicas como a distorção ou a ausência de sinais de preços e incentivos reduzidos. Além disso, problemas empíricos são freqüentemente identificados.[1][2][3]

A principal crítica feita ao marxismo na atualidade alega que este possui caráter simplista, seja na organização da sociedade em classes (capitalista e proletariado),[4] seja nas diversas interpretações que Marx faz da inter-relação direta entre os fatores sociais de consciência (como cultura, religião e política) e os da economia.[5]

Segundo alguns destes críticos, as razões de caráter econômico também são insuficientes para explicar fenômenos modernos como a busca do homem pelo status, ainda que este não venha a representar qualquer vantagem econômica, ou o crescimento da cultura das celebridades. Também depõem contra as ideias de Karl Marx o resultado histórico dos diversos regimes que foram influenciados pelo ideário político-ideológico do Marxismo, como a União Soviética, o regime castrista de Cuba e as chamadas "repúblicas vermelhas" do Sudeste Asiático.[6][7][8][9]

Críticas gerais

De acordo com Leszek Kołakowski, as leis da dialética na base do marxismo são fundamentalmente imperfeitas: algumas são "truísmos sem conteúdo marxista específico", outras "dogmas filosóficos que não podem ser provados por meios científicos", outras são apenas "absurdos". Algumas "leis" marxistas são vagas e podem ser interpretadas de maneira diferente, mas essas interpretações geralmente também se enquadram em uma das categorias de falhas mencionadas anteriormente.[10]

O economista Thomas Sowell escreveu em 1985:

Memorial para as vítimas do comunismo, localizado em Washington (ver: Assassinatos em massa sob regimes comunistas). A estátua representa a deusa da democracia.[12][13]

Vladimir Karpovich Dmitriev, no seu livro "Economic Essays on Value, Competition and Utility" escrito em 1898,[14] Ladislaus von Bortkiewicz em duas de suas obras escrita em 1906 e 1907[15][16] e críticos subsequentes alegaram que a 'Teoria do valor-trabalho' e a lei de Karl Marx da 'Tendência da Taxa de Lucro a Cair' são internamente inconsistentes. Em outras palavras, os críticos alegam que Marx tirou conclusões que na verdade não seguem suas premissas teóricas. Uma vez que esses erros sejam corrigidos, a conclusão de Marx de que Preço Agregado e Lucro são determinados por - e igual a - Valor Agregado e Mais-valia não se aplica mais. Este resultado põe em causa a sua teoria de que a exploração dos trabalhadores é a única fonte de lucro.[17]

Também há dúvidas de que a taxa de lucro no capitalismo tenderia a cair como Marx previu. Em 1961, Nobuo Okishio desenvolveu um teorema (o teorema de Okishio) mostrando que, se os capitalistas buscam técnicas de corte de custos e se o salário real não aumenta, a taxa de lucro deve subir.[18]

Críticos que alegam que Marx tem sido provado inconsistente incluem economistas marxistas e / ou sraffianos antigos e atuais, como Paul Sweezy,[19] Nobuo Okishio,[20] Ian Steedman,[21] John Roemer,[22] Gary Mongiovi[23] e David Laibman,[24] que propõem que a teoria marxista seja fundamentada em suas versões corretas da economia marxiana e não na forma original em que Marx apresentou e desenvolveu em O Capital.[25]

O historiador Paul Johnson escreveu: "A verdade é que mesmo a investigação mais superficial sobre o uso de evidências de Marx força a pessoa a tratar com ceticismo tudo o que ele escreveu que se baseia em dados factuais". Por exemplo, Johnson declarou: "A totalidade do capítulo VIII do livro O Capital é uma falsificação deliberada e sistemática para provar uma tese que um exame objetivo dos fatos mostrou ser insustentável".[26]

Supressão de direitos individuais

Alguns teóricos liberais argumentam que qualquer redistribuição de propriedade é uma forma de coerção.[27]

Vários economistas argumentaram que um estado socialista, por sua própria natureza, corroeria os direitos de seus cidadãos. O economista americano Milton Friedman argumentou que, no socialismo, a ausência de uma economia de mercado livre levaria inevitavelmente a um regime político autoritário. A visão de Friedman também foi compartilhada por Friedrich Hayek, que ambos acreditavam que o capitalismo é uma pré-condição para a liberdade florescer em um Estado-nação.[28][29]

Implementação do comunismo

Os anarquistas sempre argumentaram que o comunismo marxista inevitavelmente levaria à coerção e ao domínio do Estado (ver: Anarquismo e Marxismo). Mikhail Bakunin acreditava que os regimes marxistas levariam ao "controle despótico da população por uma nova e não numerosa aristocracia".[30] Mesmo que essa nova aristocracia tivesse se originado entre as fileiras do proletariado, Bakunin argumentou que seu recém-descoberto poder mudaria fundamentalmente sua visão da sociedade e, assim, os levaria a "olhar com inferioridade para as simples massas trabalhadoras".[30]

Ao comparar nazismo e comunismo, historiadora francesa Françoise Thom, especialista em história da União Soviética, afirma que ambos acreditam ser possuidores de bases científicas.[31] Também que estão em guerra contra a natureza humana e, que ambos, tem o desejo de criar o "Novo Homem".[31] E, que enquanto o primeiro baseia-se numa "falsa biologia", o segundo baseia-se numa "falsa sociologia".[31]

O ativista Noam Chomsky explicou brevemente sua posição sobre o marxismo, a partir de uma diretriz ideológica de esquerda que se enquadra entre o anarquismo e o populismo:

Economia

Ver artigo principal: Economia marxiana

A economia marxista tem sido criticada por várias razões. Alguns críticos apontam para a análise marxista do capitalismo, enquanto outros argumentam que o sistema econômico proposto pelo comunismo é impraticável.[33][34][35] A Teoria do valor-trabalho é um dos textos do marxismo mais comumente criticados.[36][37][38]

Reduz incentivos

Alguns críticos do socialismo utópico ou igualitário argumentam que a divisão da renda reduz os incentivos individuais ao trabalho e, portanto, a renda deveria ser individualizada o máximo possível.[39] Críticos do socialismo argumentam que em qualquer sociedade em que todos detenham riqueza igual não haveria incentivo material para o trabalho porque não se receberia recompensa por um trabalho bem feito.

O economista John Kenneth Galbraith criticou as formas comunais de socialismo que promovem o igualitarismo em termos de salários/compensações como irreais em suas suposições sobre a motivação humana:

Relevância

O marxismo tem sido criticado como irrelevante, com muitos economistas rejeitando seus princípios e suposições.[41][42][43] Segundo George Stigler, "os economistas que trabalham na tradição marxista representam uma pequena minoria de economistas modernos, e que seus escritos praticamente não têm impacto sobre o trabalho profissional da maioria dos economistas nas principais universidades de língua inglesa".[44] Robert Solow, em uma revisão da primeira edição do The New Palgrave: A Dictionary of Economics, criticou por enfatizar demais a importância do marxismo na economia moderna.

Marx foi um pensador importante e influente, e o marxismo tem sido uma doutrina com influência intelectual e prática. O fato é que, no entanto, os economistas mais sérios do idioma inglês consideram a economia marxista um beco sem saída irrelevante.[45]

Uma pesquisa nacionalmente representativa de professores norte-americanos em 2006 revelou que 3% deles se identificam como marxistas. A parcela sobe para 5% nas humanidades e é cerca de 18% entre os cientistas sociais.[46]

Outros intelectuais

Eric Voegelin

Eric Voegelin, em seu livro "Reflexões Autobiográficas" relata que, induzido pela onda de interesse sobre a Revolução Russa de 1917, estudou "O Capital" de Marx e foi marxista entre agosto e dezembro de 1919. Porém, durante seu curso universitário, ao estudar disciplinas de teoria econômica e história da teoria econômica aprendera o que estava errado em Marx. Voegelin afirma que Marx comete uma grave distorção ao escrever sobre Hegel. Como prova de sua afirmação cita os editores dos Frühschiften [Escritos de Juventude] de Karl Marx (Kröner, 1955), especialmente Siegfried Landshut, que dizem o seguinte sobre o estudo feito por Marx da "Filosofia do direito" de Hegel:

Para Voegelin, ao equivocar-se deliberadamente sobre Hegel, Marx pretendia sustentar uma ideologia que lhe permitisse apoiar a violência contra seres humanos afetando indignação moral e, por isso, Voegelin considera Karl Marx um mistificador deliberado. Afirma que o charlatanismo de Marx reside também na terminante recusa de dialogar com o argumento etiológico de Aristóteles. Argumenta que, embora tenha recebido uma excelente formação filosófica, Marx sabia que o problema da etiologia na existência humana era central para uma filosofia do homem e que, se quisesse destruir a humanidade do homem fazendo dele um "homem socialista", Marx precisava repelir a todo custo o argumento etiológico.[47]

Segundo Voegelin, Marx e Engels enunciam um disparate ao iniciarem o Manifesto Comunista com a afirmação categórica de que toda a história social até o presente foi a história da luta de classes. Eles sabiam, desde o colégio, que outras lutas existiram na história, como as Guerras Médicas, as conquistas de Alexandre, o Grande, a Guerra do Peloponeso, as Guerras Púnicas e a expansão do Império Romano, as quais decididamente nada tiveram de luta de classes.[47]

Voegelin diz que Marx levanta questões que são impossíveis de serem resolvidas pelo "homem socialista". Também alega que Marx conduz a uma realidade alternativa, a qual não tem necessariamente nenhum vínculo com a realidade objetiva do sujeito. Segundo Voeglin, quando a realidade entra em conflito com Marx, ele descarta a realidade.[47]

Jordan Peterson

Jordan Peterson em 15 de Junho de 2018.

Segundo Jordan Peterson: "(...) doutrinas marxistas [que] mataram pelo menos 100 milhões de pessoas no século XX. Venho estudando o autoritarismo na direita e na esquerda por 35 anos. (...) O resultado dos meus estudos é que passei a acreditar que o marxismo é uma ideologia assassina."[48]

George Watson

Sobre a relação entre genocídios e as ideias de Marx, George Watson afirmou: "(...) Eu não sei se muitas pessoas sabem, mas só o socialismo publicamente advogou genocídio nos séculos XIX e XX. É um fato bastante desconhecido e parece chocante se você mencionar."[49] "(...) Marx foi o predecessor do modelo político do genocídio. Eu não conheço nenhum pensador europeu num período anterior a Marx e Engels que tenha publicamente advogado um extermínio racial. Eu não consigo achar mais nada antigo, então presumo que começou com eles."[49]

Roger Scruton

Roger Scruton em Budapeste (19 de Setembro de 2016).

Em seu livro publicado em 1985, Thinkers of the New Left, Roger Scruton defende a tese de que uma série de estudiosos (Weber, Sombart, Böhm-Bawerk, Mises, Sraffa, Sombart, Popper, Hayek, Aron entre outros) já teriam refutado todas as teorias de Karl Marx (da história, valor-trabalho, alienação, luta de classes, etc.).[50]

José Guilherme Merquior

No âmbito brasileiro, José Guilherme Merquior foi um dos grandes críticos do marxismo. O diplomata membro da Academia Brasileira de Letras aponta que, o socialismo, em suas origens intelectuais, não era uma teoria política e sim uma teoria econômica que procurava reestruturar a indústria. O movimento foi se politizar com Karl Marx, que fundiu a crítica do liberalismo econômico com a tradição revolucionária do comunismo.[51]

Ainda de acordo com Merquior, Marx nunca valorizou os direitos civis e chegou a condená-los, vendo neles mero instrumento de exploração de classe. O marxismo, em especial regimes comunistas, sempre refletiu esse menosprezo pelos direitos de expressão, profissão, associação, etc.[51]

Contra-crítica

Ver também : Antianticomunismo

Crítica de críticas ao marxismo são diversas. Por um lado, os marxistas têm argumentado que vários relatos falsearam metodologias marxistas por razões políticas e / ou interpretaram mal as teorias marxistas.[52]

Ver também

Bibliografia

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  • PAGE, Leslie R.; Karl Marx and Critical Examination of his Works - Part 2. Londres: Sentinel Publishing, 2000.
  • JOHNSON, Paul; Os Intelectuais. Rio de Janeiro: Imago, 1990.
  • MISES, Ludwig von; Marxismo Desmascarado. Campinas: Vide Editorial, 2016.
  • VOEGELIN, Eric; Reflexões Autobiográficas. Rio de Janeiro: É Realizações, 2008.
  • SINGER, Peter; A Darwinian Left: Politics, Evolution, and Cooperation. Yale University Press, 2000.
  • BERMAN, Marshall. Tudo que É Sólido Desmancha no Ar

Referências

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  2. Popper, Karl (2002). Conjectures and Refutations: The Growth of Scientific Knowledge. Routledge. p. 49. ISBN 0-415-28594-1.
  3. John Maynard Keynes. Essays in Persuasion. W. W. Norton & Company. 1991. p. 300 ISBN 978-0-393-00190-7.
  4. Lawrence H., Simon. Hackett Publishing Company, Inc, ed. Selected Writings/Karl Marx. 1994. Indianapolis: [s.n.] pp. xxxiv. ISBN 978-0872202184 
  5. Marx, Karl (2001). Preface to a Critique of Political Economy. London: The Electric Book Company. pp. 7–8 
  6. Besançon, Alain; A infelicidade do século: sobre o comunismo, o nazismo e a unicidade de Shoah. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000.
  7. Koba the Dread - Laghter and the Twenty Million" - Vintage - 2002 - p.85-86
  8. Courtois, Stéphane [et al.]; O Livro Negro do Comunismo: crimes, terror e repressão. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.
  9. Courtois, Stéphane [et al.]; Cortar o mal pela raiz!: história e memória do comunismo na Europa. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.
  10. Kołakowski, Leszek (2005). Main Currents of Marxism. New York: W. W. Norton and Company. p. 909. ISBN 9780393329438.
  11. Sowell, Thomas Marxism Philosophy and Economics (William Morrow 1985) p. 218. ISBN
  12. [1] Victims of Communism Memorial in Washington, D.C. de Thomas Marsh - Washington D.C. memorials, monuments, statues - Acessado em 19/07/2018.
  13. President Bush Attends Dedication of Victims of Communism Memorial - White House Archives - Acessado em 19/07/2018
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  17. M. C. Howard and J. E. King. (1992) A History of Marxian Economics: Volume II, 1929–1990, capítulo 12, parte III. Princeton, NJ: Princeton Univ. Press.
  18. M. C. Howard and J. E. King. (1992) A History of Marxian Economics: Volume II, 1929–1990, capítulo 7, parte II–IV. Princeton, NJ: Princeton Univ. Press.
  19. Paul M. Sweezy, 1970 (1942), The Theory of Capitalist Development, p. 15. New York: Modern Reader Paperbacks
  20. Nobuo Okishio, 1961, "Technical Changes and the Rate of Profit," Kobe University Economic Review 7, pp. 85–99.
  21. Ian Steedman, 1977, Marx after Sraffa, pp. 202, 207. London: New Left Books
  22. John Roemer, Analytical Foundations of Marxian Economic Theory, p. 12. Cambridge: Cambridge Univ. Press, 1981
  23. Vulgar Economy in Marxian Garb: A Critique of Temporal Single System Marxism, Gary Mongiovi, 2002, Review of Radical Political Economics 34:4, p. 393. "Marx cometeu vários erros ao elaborar sua teoria do valor e a taxa de lucro."
  24. David Laibman, "Rhetoric and Substance in Value Theory" in Alan Freeman, Andrew Kliman and Julian Wells (eds.), The New Value Controversy and the Foundations of Economics, Cheltenham, UK: Edward Elgar, 2004, p. 17
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  52. «Marx, Keynes, Hayek and the Crisis of Capitalism»  «The Critics Criticised»  Miliband, Ralph (2016). «Kolakowski's Anti-Marx». Political Studies. 29: 115–22. doi:10.1111/j.1467-9248.1981.tb01280.x  In Defence of Marx's Labour Theory of Value
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