Isabel Bowes-Lyon

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Isabel Bowes-Lyon
A Rainha-Mãe
Isabel Bowes-Lyon
Retrato por Richard Stone, 1986
Rainha Consorte do Reino Unido
Reinado 11 de dezembro de 1936
a 6 de fevereiro de 1952
Coroação 12 de maio de 1937
Predecessora Maria de Teck
Sucessor(a) Filipe da Grécia e Dinamarca
Imperatriz Consorte da Índia
Reinado 11 de dezembro de 1936
a 14 de agosto de 1947
Predecessora Maria de Teck
Sucessor(a) Título abolido
 
Nascimento 4 de agosto de 1900
  Londres ou Hitchin, Inglaterra
Morte 30 de março de 2002 (101 anos)
  Chalé Real, Windsor, Berkshire, Inglaterra
Sepultado em 9 de abril de 2002, Capela de São Jorge, Windsor, Berkshire, Inglaterra
Nome completo  
Isabel Ângela Margarida Bowes-Lyon
Marido Jorge VI do Reino Unido
Descendência Isabel II do Reino Unido
Margarida do Reino Unido
Casa Windsor (por casamento)
Pai Claude Bowes-Lyon, 14.º Conde de Strathmore e Kinghorne
Mãe Cecília Cavendish-Bentinck

Isabel Ângela Margarida Bowes-Lyon (4 de agosto de 190030 de março de 2002), também conhecida como A Rainha-Mãe, foi a esposa do rei Jorge VI e rainha consorte do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte de 1936 até 1952. Ela é mãe da rainha Isabel II do Reino Unido e da princesa Margarida, Condessa de Snowdon. Isabel também foi a última Imperatriz da Índia.

Nascida na nobreza britânica, era filha de Claude Bowes-Lyon, 14.º Conde de Strathmore e Kinghorne, e sua esposa Cecília Cavendish-Bentinck. Ela ganhou proeminência em 1923 ao se casar com Alberto, Duque de Iorque, o segundo filho do rei Jorge V e da rainha Maria. O casal e suas duas filhas representavam os ideais de família e serviço público. Isabel participou de uma grande variedade de eventos públicos e ficou conhecida popularmente como a "duquesa sorridente".[1]

Em 1936, seu marido inesperadamente se tornou rei quando seu irmão Eduardo VIII abdicou para se casar com Wallis Simpson. Como rainha consorte, Isabel acompanhou Jorge VI em viagens diplomáticas pela França e América do Norte antes do início da Segunda Guerra Mundial. Seu espírito indômito foi uma fonte de apoio moral ao povo britânico durante o conflito. Em reconhecimento ao seu papel de trunfo para os interesses britânicos, Adolf Hitler a descreveu como "a mulher mais perigosa na Europa". Após a guerra, a saúde do rei piorou e ele morreu em 1952.

Com a morte da rainha Maria em 1953, Eduardo VIII morando no exterior e sua filha sendo rainha, Isabel se tornou o membro mais velho da família real britânica e assumiu uma posição matriarcal. Nos anos posteriores, ela sempre foi popular com o público, mesmo com outros membros da família passando por períodos de impopularidade. Ela continuou a ter uma ativa vida pública até alguns meses antes de morrer aos 101 anos, sete semanas depois da morte de sua filha Margarida.

Início de vida

Ficheiro:Elizabeth Angela Marguerite Bowes-Lyon, c. 1907.jpg
Isabel c. 1907.

Isabel Ângela Margarida Bowes-Lyon nasceu no dia 4 de agosto de 1900, a nona criança de um total de dez de Claude Bowes-Lyon, Lorde Glamis (posteriormente o 14.º Conde de Strathmore e Kinghorne) e sua esposa Cecília Cavendish-Bentinck. Sua mãe descendia do primeiro-ministro britânico William Cavendish-Bentinck, 3.° Duque de Portland, e também do governador-geral da Índia Richard Wellesley, 1.º Marquês Wellesley, irmão mais velho do também primeiro-ministro Arthur Wellesley, 1.º Duque de Wellington.[2]

O local de seu nascimento permanece incerto, porém é provável que ela tenha nascido na casa de seus pais de Westminster em Belgrave Mansions, Grosvenor Gardens, ou em uma ambulância puxada por cavalos no caminho para o hospital.[3] Outros locais possíveis inclui a Casa Forbes em Londres, residência de sua avó materna Caroline Louisa Burnaby.[4] Seu nascimento foi registrado em Hitchin, Hertfordshire,[5] perto da casa de campo dos Strathmore, St Paul's Walden Bury, que foi dado como seu local de nascimento no censo do ano seguinte.[6] Isabel foi batizada na Igreja de Todos os Santos ali perto em 23 de setembro, com suas madrinhas incluindo sua tia paterna Maud Bowes-Lyon e sua prima Venetia James.[7]

Ela passou grande parte de sua infância em St Paul's Walden e no Castelo de Glamis, a casa ancestral dos condes na Escócia. Isabel teve uma educação particular por uma governanta até os oito anos de idade, gostando de esportes, pôneis e cachorros.[8] Quando começou a estudar em uma escola de Londres, ela surpreendeu seus professores ao começar uma redação com duas palavras gregas tiradas de Anábase, de Xenofonte. Suas matérias preferidas eram literatura e redação. Isabel voltou a ser educada por um governanta, a judia alemã Käthe Kübler, passando no Exame Local de Oxford aos treze anos.[9]

O Reino Unido declarou guerra contra o Império Alemão no dia do aniversário de catorze anos de Isabel, iniciando assim a Primeira Guerra Mundial. Quatro de seus irmãos serviram no exército. O mais velho, Fergus, oficial d'A Guarda Negra, foi morto durante a Batalha de Loos em 1915. Seu irmão Michael foi relatado como desaparecido em 28 de abril de 1917.[10] A família descobriu três semanas depois que ele havia sido ferido e capturado. Ele permaneceu em um campo de prisioneiros de guerra pelo restante da guerra. Michael voltou e foi para uma casa convalescenete para soldados feridos que Isabel ajudava a administrar. Ela foi particularmente instrumental ao organizar o resgate dos conteúdos do Castelo de Glamis deurante um incêndio em 16 de setembro de 1916.[11] Um dos soldados que ela tratou escreveu no livro de autógrafos de Isabel que ela deveria ser "Pendurada, puxada e aquartelada ... pendurada em diamentes, puxada por uma carruagem e aquartelada na melhor casa do país".[12]

Casamento

Isabel e Alberto em seu casamento.

O príncipe Alberto, Duque de Iorque – chamado de "Bertie" por sua família – era o segundo filho do rei Jorge V do Reino Unido e da rainha Maria de Teck. Ele pediu Isabel em casamento pela primeira vez em 1921, porém ela recusou por ter "medo de nunca, nunca mais ter a liberdade de pensar e agir como sinto que eu realmente deveria".[13] Quando ele declarou que não se casaria com outra, sua mãe a rainha Maria decidiu visitar os Bowes-Lyon para conferir ela mesma a garota que havia roubado o coração de seu filho. Ela acabou ficando convencida que Isabel era "a única garota que poderia fazer Bertie feliz", mas mesmo assim decidiu não interferir.[14] Ao mesmo tempo, Isabel foi cortejada por James Stuart, o eguariço de Alberto, até ele ter deixado o serviço do príncipe por um trabalho melhor em um negócio patrolífero nos Estados Unidos.[15]

Isabel foi em fevereiro de 1922 uma das damas de honra no casamento de Maria, Princesa Real e irmã de Alberto, com Henrique Lascelles, Visconde Lascelles.[16] Alberto a pediu em casamento novamente um mês depois, porém ela recusou outra vez.[17] Eventualmente, ela aceitou em janeiro de 1923, mesmo com receios sobre uma vida real.[18] A liberdade que Alberto teve ao escolher Isabel, filha de um pariato e não pertencente a uma casa real, foi considerada um gesto em favor de uma modernização política; anteriormente, era esperado que príncipes se casassem com princesas de outras famílias reais.[19] Eles escolheram uma anel de noivado feito de platina com uma safira da Caxemira e dois diamantes adornando as laterais. Ele se casaram na Abadia de Westminster em 23 de abril de 1923. Inesperadamente,[20] Isabel colocou seu buquê na tumba do Soldado Desconhecido na entrada da abadia,[21] uma homenagem a seu irmão Fergus.[22] Ela passou a ser chamada de "Sua Alteza Real, a Duquesa de Iorque".[23] Depois de um café da manhã de casamento realizado no Palácio de Buckingham e preparado pelo chef Gabriel Tschumi, o duque e a duquesa passaram a lua de mel em Polesden Lacey, uma mansão em Surrey, então indo para a Escócia onde Isabel pegou uma "nada romântica" tosse convulsa.[24]

Duquesa de Iorque

Alberto e Isabel com James Douglas, prefeito de Toowoomba, durante sua visita a Austrália em 1927.

Depois de uma visita bem sucedida a Irlanda do Norte em julho de 1924, o governo Trabalhista concordou que Alberto e Isabel poderiam viajar pelo Leste da África entre dezembro de 1924 e abril de 1925.[25] O governo trabalhista foi derrotado nas eleições de novembro pelos Conservadores, algo que Isabel descreveu a sua mãe como "maravilhoso",[26] e três semanas depois o governador-geral do Sudão Anglo-Egípcio, sir Lee Stack, foi assassinado. Mesmo assim a viagem continuou e o casal visitou Áden, Quênia, Uganda e Sudão, porém o Egito foi evitado por causa das tensões políticas.[27]

Alberto sofria de gagueira, algo que muito afetava sua capacidade de discursar, assim Isabel passou a ajudá-lo a partir de outubro de 1925 durante sessões de teparia com Lionel Logue. O casal teve sua primeira filha no ano seguinte, a princesa Isabel – chamada de "Lilibet" pela família. A segunda filha nasceu quatro anos depois, a princesa Margarida. O duque e a duquesa, sem a filha, viajaram pela Austrália em 1927 para abrir o Parlamento da Austrália em Camberra.[28] Ela ficou "muito infeliz em deixar a bebê", como a própria colocou.[29] Sua jornada através do mar passou pela Jamaica, o canal do Panamá e o oceano Pacífico; Isabel muito se preocupava com sua filha no Reino Unido, porém a viagem foi um grande sucesso.[30] Ela encantou o povo de Fiji quando apertou a pata de um cachorro durante uma cerimônia em que cumprimentava uma longa fila de convidados oficiais.[31] Ela ficou resfriada na Nova Zelândia e não compareceu a alguns compromissos, porém gostou de pescar[32] na Baía das Ilhas acompanhada pelo pescador esportivo australiano Harry Andreas.[33] Na viagem de volta, passando por Maurício, o canal de Suez, Malta e Gibraltar, seu navio o HMS Renown pegou fogo e ela e Alberto se preparam para abandonar a embarcação antes do incêndio ser controlado.[34]

Abdicação de Eduardo VIII

Retrato de coroação de Isabel
Por Gerald Kelly, na Royal Collection

Jorge V morreu em 20 de janeiro de 1936 e Eduardo, Príncipe de Gales e irmão mais velho de Alberto, ascendeu ao torno como rei Eduardo VIII. Jorge havia expressado antes de morrer suas preocupações particulares sobre seu sucessor, dizendo: "Eu rezo a Deus que meu filho mais velho nunca se case e que nada fique entre Bertie e Lilibet e o trono".[35]

Eduardo foi forçado a enfrentar uma crise constitucional depois de alguns meses de reinado por insistir em se casar com a americana Wallis Simpson, uma divorciada do primeiro marido e ainda casada com o segundo. Apesar de legalmente poder se casar com ela, como rei ele era também o chefe da Igreja Anglicana, que na época não permitia que pessoas divorciadas se casassem novamente. Os ministros do rei acreditavam que o povo britânico jamais aceitaria Wallis como sua rainha, aconselhando-o contra o casamento. Eduardo foi forçado a aceitar os conselhos como monarca constitucional.[36] Em vez de abandonar seus planos de casamento, ele escolheu abdicar em favor de Alberto,[37] que muito relutantemente se tornou rei em 11 de dezembro de 1936 com o nome de Jorge VI. Ele e Isabel foram coroados como "Rei e Rainha da Grã-Bretanha, Irlanda e Domínios Britânicos de Além-mar", além de "Imperador e Imperatriz da Índia" no dia 12 de maio de 1937, a data que havia sido escolhida para a coroação de Eduardo VIII. A coroa de Isabel era feita de platina e possuía como ornamento o Diamante Koh-i-Noor.[38]

Eduardo e Wallis se casaram e se tornaram o Duque e a Duquesa de Windsor, porém enquanto o primeiro tinha o estilo de Sua Alteza Real, Jorge reteve o mesmo estilo para a segunda, uma decisão que Isabel apoiou.[39] A rainha mais tarde foi citada como chamando Wallis de "aquela mulher",[40] enquanto a duquesa chamava Isabel de "biscoito" por causa de supostamente ser parecida com um biscoito escocês gordo.[41] Alegações que Isabel permaneceu amarga com ela foram negadas por seus amigos próximos; Hugh FitzRoy, 11.º Duque de Grafton, escreveu que a rainha "nunca disse algo desagradável sobre a Duquesa de Windsor, exceto para dizer que ela não tinha ideia do que estava lidando".[42]

Rainha consorte

Visitas e viagens

Jorge e Isabel na Prefeitura de Toronto, Canadá, em 1939.

Uma visita de estado do rei e da rainha para a França em 1938 foi adiada em três semanas por causa da morte da mãe de Isabel, Cecília Cavendish-Bentinck. Duas semanas depois Norman Hartnell criou para a rainha um enxoval todo branco já que ela não podia usar nada colorido por ainda estar de luto.[43] A visita tinha a intenção de melhorar a solidariedade anglo-francesa no iminente conflito com a Alemanha Nazista. A imprensa francesa elogiou o comportamento e o charme do casal real durante a visita bem sucedida, notando também o guarda-roupa feito por Hartnell.[44]

As agressões da Alemanha continuaram mesmo assim e o governo se preparou para a guerra. O Acordo de Munique de 1938 parecia adiar o advento de um conflito armado, e o primeiro-ministro Neville Chamberlain foi convidado para a varanda do Palácio de Buckingham com o rei e a rainha para receber a aclamação do público.[45] Apesar de amplamente popular com o povo, a política de apaziguamento de Chamberlain com Adolf Hitler era objeto de grande oposição na Câmara dos Comuns, fazendo com que o historiador John Grigg descrevesse o comportamento do rei ao se associar com um político de forma tão proeminente como "o ato mais inconstitucional por um monarca britânico no presente século".[46] Entretanto, historiadores discutiram que Jorge sempre seguia conselhos ministeriais e agiu como estava constitucionalmente obrigado a fazer.[47]

Isabel e Jorge foram em junho de 1939 para o Canadá em uma viagem de costa a costa, visitando também os Estados Unidos e passando um tempo com o presidente Franklin D. Roosevelt na Casa Branca e na sua propriedade no Hudson Valley.[48][49][50][51] A primeira-dama Eleanor Roosevelt disse que Isabel era "perfeita como uma rainha, graciosa, informada, dizendo a coisa certa & gentil porém um pouco auto-conscientemente régia".[52] A viagem foi planejada como melhorar o apoio transatlântico em caso de guerra e também reafirmar a situação do Canadá como um reino auto-governável que partilhava o mesmo monarca com o Reino Unido.[53][54][55] De acordo com uma famosa história, durante uma das primeiras visitas do casal ao país, um veterano da Segunda Guerra dos Bôeres perguntou a Isabel, "Você é escocesa ou inglesa?" Ela respondeu com "Eu sou canadense!".[56] A recepção aos dois pelos públicos canadense e americano foi extremamente entusiasmada,[57] eliminando qualquer sentimento residual que Jorge e Isabel eram substitutos menores para Eduardo.[58] A rainha contou ao primeiro-ministro canadense William Lyon Mackenzie King que "aquela viagem nos fez",[59] e ela voltou ao Canadá várias vezes tanto em viagens oficiais quanto particularmente.[60]

Segunda Guerra Mundial

O rei e a rainha tornaram-se símbolos nacionais da resistência durante a Segunda Guerra Mundial.[61] O Livro da Cruz Vermelha da Rainha foi criado pouco depois da declaração de guerra. Cinquenta autores e artistas contribuíram com o livro, que tinha na capa um retrato de Isabel tirado por Cecil Beaton e foi vendido para ajudar a Cruz Vermelha.[62] Ela publicamente se recusou a deixar Londres ou enviar suas filhas para o Canadá, mesmo durante a Blitz quando foi aconselhada pelo gabinete a fazer isso. "As crianças não vão sem mim. Eu não vou partir sem o rei. E o rei nunca partirá".[63]

Isabel visitou tropas, hospitais, fábricas e áreas do Reino Unido que foram alvos da Luftwaffe, particularmente o East End perto das Docas de Londres. Suas visitas inicialmente provocaram hostilidade; lixo foi atirado em sua direção e as multidões vaiavam,[41] em parte porque ela usava roupas caras que a alienavam do povo que estava sofrendo com a guerra. Ela se explicou dizendo que o público usaria suas melhores roupas caso fossem vê-la, então ela estava apenas sendo recíproca; Hartnell passou a vesti-la com cores suaves e evitou o preto para representar "o arco-íris de esperança".[64] Quando o próprio Palácio de Buckingham foi atingido por bombardeios, a rainha disse que "Estou feliz que fomos bombardeados. Me faz sentir que agora posso olhar o East End na cara".[65]

Eleanor Roosevelt (centro) junto com Jorge e Isabel em Londres, 23 de outubro de 1942.

Apesar do rei e da rainha passarem o dia trabalhando no Palácio de Buckingham, os dois passavam as noites no Castelo de Windsor, a 32km ao oeste de Londres, junto com as princesas Isabel e Margarida por motivos de segurança e questões familiares. O palácio perdeu boa parte de seus funcionários para o exército e vários aposentos foram fechados e lacrados.[66] As janelas foram tapadas para proteção contra bombas.[67] Isabel foi treinada no uso de um revólver durante a "Guerra de Mentira" por temores de uma invasão alemã.[68]

Afirma-se que Adolf Hitler a chamou de "a mulher mais perigosa da Europa" por ver sua popularidade como uma ameaça aos interesses alemães.[69] Entretanto, como a maior parte do povo britânico, ela e o rei tinham apoiado a política de apaziguamento do primeiro-ministro Chamberlain, acreditando que depois da Primeira Guerra Mundial um conflito armado devia ser evitado a qualquer custo. Jorge pediu para Winston Churchill formar um novo governo logo depois da renuncia de Chamberlain. Apesar do rei inicialmente suspeitar da personalidade e motivações de Churchill, eventualmente o casal real veio a admirá-lo e respeitá-lo. Ao final da guerra em 1945, Churchill foi convidado para a varanda de Buckingham.[70][71]

Pós-guerra

Selo da Rodésia do Sul celebrando a visita real de 1947.

O Partido Conservador de Churchill foi derrotado pelo Partido Trabalhista de Clement Attlee nas eleições gerais parlamentares de 1945. As opiniões políticas de Isabel raramente eram conhecidas,[72] porém ela descreveu em 1947 as "grandes esperanças de um paraíso socilista na terra" de Attlee como desvanecendo e supostamente chamou seus eleitores de "pessoas pobres, tantos meio educados e estupefatos. Eu ainda os amo".[73] Woodrow Wyatt achava que ela era "muito mais pró-conservadora" que outros membros da família real, porém Isabel mais tarde disse a ele que "Eu gosto do querido Partido Trabalhista".[74] Ela também contou a Fortune FitzRoy, Duquesa de Grafton, que "Eu amo comunistas".[75]

O comportamento sereno de Isabel em público foi excepcionalmente quebrado em 1947 durante a viagem real pela África do Sul, quando ela se levantou do carro para atacar um admirador com seu guarda-chuva por ter confundido seu entusiasmo com hostilidade.[76] As visitas em 1948 pela Austrália e Nova Zelândia foram adiadas por causa da saúde ruim de Jorge. Ele realizou uma operação bem sucedida em março de 1949 para melhorar a circulação de sangue pela perna direita.[77] Isabel e suas filhas acabaram cumprindo os compromissos do rei em seu lugar durante o verão de 1951.[78] Jorge foi diagnosticado com câncer de pulmão em setembro.[79] Ele fez uma resseção pulmonar e pareceu se recuperar, porém a viagem adiada para a Austrália e Nova Zelândia foi alterada para que a princesa Isabel e seu marido Filipe, Duque de Edimburgo, assumissem o lugar do rei e da rainha em janeiro de 1952.[80]

Rainha mãe

Viuvez

Jorge VI morreu em 6 de fevereiro de 1952 enquanto dormia. Isabel assim passou a ser chamada de "Sua Majestade, a Rainha Isabel, a Rainha Mãe" porque o estilo normal para se chamar a viúva de um rei, "Rainha Isabel", era muito similar ao estilo de sua filha mais velha, a agora rainha soberana Isabel II.[81] Popularmente ela ficou conhecida como "Rainha Mãe" ou "Rainha Mamãe".[82]

Ela ficou devastada pela morte do rei e foi para um retiro na Escócia. Entretanto, ela saiu do retiro e voltou para seus deveres públicos depois de conversar com Churchill, que havia voltado para o cargo de primeiro-ministro.[83] Eventualmente ela se tornou tão ocupada como Rainha Mãe quanto havia sido anteriormente como Rainha Consorte. Isabel realizou sua primeira viagem internacional depois da morte de Jorge em julho de 1953, quando visitou com a princesa Margarida a Federação da Rodésia e Niassalândia. Ela colocou a pedra fundamental da Universidade da Rodésia e Niassalândia, atual Universidade de Zimbabwe.[84] Ela inaugurou a Faculdade do Presidente ao voltar para a região em 1957, comparecendo a outros eventos deliberadamente organizados para serem multiraciais.[85] Isabel atuou como Conselheira de Estado entre 1953 e 1954 durante as viagens de sua filha pelo exterior, também cuidando de seus netos Carlos e Ana.[86]

Isabel no Castelo de Dover.

Isabel supervisionou a restauração do distante Castelo de Mey em Caithness, costa nordeste da Escócia, que ela usava para "fugir de tudo"[87] anualmente durante três semanas de agosto e dez dias de outubro.[88] Ela desenvolveu interesse em corridas de cavalos, principalmente corrida com obstáculos, tendo sido inspirada em 1949 pelo jóquei amador Anthony Bingham Mildmay, 2.º Barão Mildmay de Flete.[89] Ela foi dona de cavalos vencedores de aproximadamente quinhentas corridas. Isabel costumava usar roupas azuis com listras amarelas, uma característica seguida por seus cavalos como Special Cargo, vencedor da Whitbread Gold Cup de 1984, e Devon Loch, que espetacularmente parou pouco antes da linha de chegada do Grand National de 1956.[90] Ao contrário dos rumores ela nunca apostou nas disputas, porém fazia com que as narrações fossem transmitidas para sua residência na Casa Clarence para assim poder acompanhar as corridas.[91] Era também uma colecionadora de artes, tendo comprado obras de Claude Monet, Augustus John, Peter Carl Fabergé, dentre outros artistas.[92]

Ela precisou realizar uma apendicectomia em fevereiro de 1964, forçando o adiamento até 1966 de sua viagem pela Austrália, Nova Zelândia e Fiji.[93] Isabel se recuperou abordo do iate real HMY Britannia em um cruzeiro pelo caribe. Ela passou por uma operação para retirar um tumor em dezembro de 1966 depois de ser diagnosticada com câncer de colo. Ao contrário dos rumores ela não passou por colostomia.[94][95] Isabel foi levada às pressas para o hospital em 1982 quando ficou com um osso de peixe preso em sua garganta, realizando uma operação para retirá-lo. Sendo fã de pescaria, ela brincou depois do incidente: "o salmão teve a sua própria volta".[96] Incidentes similares ocorreram no Castelo de Balmoral em agosto de 1986, quando foi levada para a Real Enfermária de Aberdeen, porém nenhuma intervenção cirúrgica foi necessária,[97] e em maio de 1993, quando teve uma cirurgia sob uma anestesia geral.[98] Isabel realizou uma segunda operação para o câncer em 1984, quando uma protuberância foi retirada de seu seio.[99] Um segundo problema gástrico em 1986 se resolveu sem a necessidade de cirurgias, porém ela passou a noite no hospital.[100]

Isabel visitou o Irã depois de um convite pelo xá Mohammad Reza Pahlavi. O embaixador britânico e sua esposa, Anthony e Sheila Parsons, contaram sobre como os iranianos ficaram espantados pelo hábito da Rainha Mãe de conversar com qualquer pessoa independente de seu grau de importância, esperando que o séquito do xá aprendesse com a visista a dar mais atenção ao povo comum.[101] Reza Pahlavi foi deposto quatro anos depois. Ela realizou visitas anuais para a França durante o verão entre 1976 e 1984,[102] que estavam dentre as 22 viagens para a Europa continental que realizou entre 1963 e 1992.[103] Conhecida por seu charme pessoal e público,[13] Isabel era um dos membros mais populares da família real.[104]

Centenário

Isabel passou a ser conhecida em seus últimos anos por sua longevidade. Seu aniversário de noventa anos em 4 de agosto de 1990 foi celebrado com um desfile no dia 27 de junho envolvendo muitas das trezentas organizações que ela era patrona.[105] Ela compareceu em 1995 ao eventos de comemoração dos cinquenta anos do fim da Segunda Guerra Mundial; no mesmo ano passou por duas operações: uma para retirar catarata de seu olho esquerdo e outra para substituir seu quadril direito.[106] Seu quadril esquerdo também foi substituído em 1998 quando ela escorregou e caiu durante uma visita aos estábulos da Casa Sandringham.[107] Seu centenário foi comemorado de diversas maneiras: um desfile celebrando sua vida teve contribuições de Norman Wisdom e John Mills,[108] sua imagem apareceu em uma nota especial de vinte libras emitida pelo Banco Real da Escócia,[109] e compareceu a um almoço na Guildhall de Londres em que George Carey, o Arcebispo da Cantuária, acidentalmente tentou beber o copo de vinho dela. Seu rápido aviso de "Isso é meu!" causou grande divertimento.[110] Isabel quebrou sua clavícula em uma queda em novembro de 2000, se recuperando em casa durante o natal e ano novo.[111] Ela realizou uma transfusão de sangue em 1 agosto de 2001 devido a uma anemia causada por exaustão, porém estava bem o bastante três dias depois para fazer sua tradicional aparição no lado de fora da Casa Clarence em comemoração de seu aniversário de 101 anos.[112][113] Seus últimos compromissos públicos incluiram plantar uma cruz em 8 de novembro de 2001 no Campo das Lembranças,[114] uma recepção na Guildhall em 15 de novembro para a reformação do Esquadrão 600 da Força Área Real,[115] e o re-comissionamento do HMS Ark Royal em 22 de novembro.[116]

Ela fraturou sua pélvis numa queda em dezembro de 2001 aos 101 anos. Mesmo assim insistiu em ficar de pé para o hino nacional durante um serviço em memória de seu marido no dia 6 de fevereiro de 2002.[117] Sua segunda filha, a princesa Margarida, morreu três dias depois. Isabel caiu e cortou seu braço em 13 de fevereiro na Casa Sandringham; uma ambulância foi chamada e o ferimento foi fechado.[118] Ela mesmo assim estava determinada a comparecer dois dias depois ao funeral da filha na Capela de São Jorge,[119] mesmo com a rainha e o resto da família real ficando preocupados com a viagem que ela deveria fazer de Norfolk até Windsor;[120] também existiam rumores que ela estava comendo muito pouco.[121] Isabel acabou voando até Windsor de helicóptero e insistiu que fosse protegida da imprensa para não ser fotografada em uma cadeira de rodas,[120] assim ela foi para o funeral em uma minivan com todos os vidros escuros,[122] o mesmo veículo que anteriormente havia sido usado por Margarida.[120][123] Isabel esteve presente no almoço anual da festa da Eton Beagles em 5 de março, assistindo as corridas de cavalo pela televisão. Entretanto, sua saúde começou a deteriorar rapidamente depois de se retirar para o Chalé Real.[124]

Morte

O funeral de Isabel. Seu caixão está coberto com seu estandarte pessoal.

Isabel morreu às 3h15min de 30 de março de 2002 enquanto dormia no Chalé Real, Windsor, com sua filha a rainha ao seu lado. Ela estava sofrendo de um resfriado que já durava quatro meses.[118] Isabel tinha 101 anos de idade, sendo na época de sua morte o membro da família real britânica com a maior longevidade da história. Esse recorde foi quebrado um ano depois em 24 de julho de 2003 por sua cunhada Alice, Duquesa de Gloucester, que veio a falecer aos 102 anos em 29 de outubro de 2004.

A Rainha Mãe plantava camélias nos jardins de todas as ruas residências, com um arranjo especial sendo colocado em cima de seu caixão quando ela foi levada de Windsor para seu velório no Salão de Westminster.[125] Mais de duzentas mil pessoas passaram para ver seu caixão no Palácio de Westminster. Membros de várias divisões das forças armadas ficaram de guarda nos quatro cantos de seu catafalco. Em certo momento, seus quatro netos, Carlos, Príncipe de Gales, André, Duque de Iorque, Eduardo, Conde de Wessex e David Armstrong-Jones, Visconde Linley, montaram guarda como um sinal de respeito conhecido como Vigília dos Príncipes – uma honra concedida apenas uma vez antes durante o velório do rei Jorge V.

Títulos, estilos e brasão

Títulos e estilos

  • 4 de agosto de 1900 – 16 de fevereiro de 1904: "A Honorável Isabel Bowes-Lyon"
  • 16 de fevereiro de 1904 – 26 de abril de 1923: "Lady Isabel Bowes Lyon"
  • 26 de abril de 1923 – 11 de dezembro de 1936: "Sua Alteza Real, a Duquesa de Iorque"
  • 11 de dezembo de 1936 – 6 de fevereiro de 1952: "Sua Majestade, a Rainha"
  • 6 de fevereiro de 1952 – 30 de março de 2002: "Sua Majestade, a Rainha Isabel, a Rainha Mãe"

Brasão

O brasão de Isabel era o real brasão de armas do Reino Unido de seu marido, impalado com o brasão de seu pai; com o segundo sendo: I e IV argente, um leão rampant azure, armado e linguado goles, dentro de um treassure flory-contra-flory duplo; II e III arminhos, três arcos em pala proper.[126] O escudo é encimado pela coroa imperial e tendo como suportes o leão coroado da Inglaterra e um leão rampant em faixa or e goles.[127]

Brasão de Isabel Bowes-Lyon como rainha

Descendência

Imagem Nome Nascimento Morte Notas
Rainha Isabel II 21 de abril de 1926 Casou-se com Filipe da Grécia e Dinamarca, com descendência.
Princesa Margarida 21 de agosto de 1930 9 de fevereiro de 2002 Casou-se com Antony Armstrong-Jones, com descendência.

Ancestrais

Referências

  1. British Screen News (1930). Our Smiling Duchess. Londres: British Screen Productions
  2. a b «Elizabeth Bowes-Lyon (Queen Elizabeth the Queen Mother) > Ancestors». RoyaList. Consultado em 28 de dezembro de 2014 
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  4. Shawcross 2009, p. 15
  5. Civil Registration Indexes: Births, General Register Office, England and Wales. Jul–Sep 1900 Hitchin, vol. 3a, p. 667
  6. 1901 England Census, Class RG13, piece 1300, folio 170, p. 5
  7. Demoskoff, Yvonne (27 de dezembro de 2005). «Christenings of the Royal Family». Yvonne's Royalty Home Page. Consultado em 28 de dezembro de 2014 
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Ligações externas

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Isabel Bowes-Lyon (em inglês) na página oficial da monarquia britânica

Isabel Bowes-Lyon
4 de agosto de 1900 – 30 de março de 2002
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Maria de Teck

Rainha Consorte do Reino Unido
11 de dezembro de 1936 – 6 de fevereiro de 1952
Sucedida por
Filipe da Grécia e Dinamarca