Etanol como combustível no Brasil: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Novas informações e referências.
Linha 4: Linha 4:


== História ==
== História ==

[[Ficheiro:Canaviais Sao Paulo 01 2008 06.jpg|right|250px|thumb|[[Cana de açúcar]] (''Saccharum officinarum'') pronta para a [[safra]], [[Ituverava]], [[São Paulo]].]]
[[Ficheiro:Canaviais Sao Paulo 01 2008 06.jpg|right|250px|thumb|[[Cana de açúcar]] (''Saccharum officinarum'') pronta para a [[safra]], [[Ituverava]], [[São Paulo]].]]

Os primeiros usos práticos do etanol deram-se entre o final dos [[anos 1920]] e início dos [[anos 1930]]. Mas somente nos [[anos 1970]], com a [[crise do petróleo]], que o [[Brasil]] passou a usar maciçamente o etanol como combustível. Na segunda metade da [[década de 1980]] por diversos motivos ocorreu uma forte retração no consumo de álcool combustível. Atualmente uma combinação de fatores como a preocupação com o [[meio ambiente]] e a esperada futura escassez de [[combustíveis fósseis]] levaram a um interesse renovado pelo etanol.
Os primeiros usos práticos do etanol deram-se entre meados dos [[anos 1920]] e início dos [[anos 1930]]. Mas somente nos [[anos 1970]], com a [[crise do petróleo]], que o [[Brasil]] passou a usar maciçamente o etanol como combustível. Na segunda metade da [[década de 1980]] por diversos motivos ocorreu uma forte retração no consumo de álcool combustível. Atualmente uma combinação de fatores como a preocupação com o [[meio ambiente]] e a esperada futura escassez de [[combustíveis fósseis]] levaram a um interesse renovado pelo etanol.


=== As primeiras experiências de extração do alcool ===
=== As primeiras experiências de extração do alcool ===

A primeira experiência de uso do etanol como combustível no Brasil aconteceu no ano de [[1927]]. A [[USGA]] (''Usina Serra Grande [[Alagoas]]'') foi a primeira do país a produzir etanol combustível no final dos [[anos 1920]].<ref>{{Cite web| url=http://www.aondevamos.eng.br/boletins/edicao07.htm|title=USGA: EM 1927, O PRIMEIRO GRANDE EMPREENDIMENTO BRASILEIRO EM ÁLCOOL COMBUSTÍVEL|author= |publisher= |date=Junho de 2000 |accessdate=20 de Outubro de 2008 |language=Portugués}}</ref> No início da década seguinte com a queda nos preços do petróleo, este empreendimento não teve condições de prosseguir.
A primeira experiência de uso do etanol como combustível no Brasil aconteceu em [[1925]].<ref>[http://www.brasil.gov.br/sobre/ciencia-e-tecnologia/unidades-de-pesquisa/instituto-nacional-de-tecnologia-int/print Brasil.Gov] - Instituto Nacional de Tecnologia (INT). Página visitada em 24/12/2012. {{pt}}</ref> Neste ano, um automóvel adaptado para funcionar com álcool etílico hidratado foi intensamente testado.<ref name="Instituto Nacional de Tecnologia">[http://www.int.gov.br/noticias/tercas-tecnologicas-apresenta-um-panorama-das-pesquisas-em-biocombustiveis-nos-ultimos-90-anos Instituto Nacional de Tecnologia] - Terças Tecnológicas apresenta um panorama das pesquisas em biocombustíveis nos últimos 90 anos. Página visitada em 24/12/2012. {{pt}}</ref> A responsável por esta experiência foi a Estação Experimental de Combustíveis e Minérios (futuro [[Instituto Nacional de Tecnologia]]).<ref name="Instituto Nacional de Tecnologia" />

A [[USGA]] (''Usina Serra Grande [[Alagoas]]'') foi a primeira do país a produzir etanol combustível em [[1927]].<ref>{{Cite web| url=http://www.aondevamos.eng.br/boletins/edicao07.htm|title=USGA: EM 1927, O PRIMEIRO GRANDE EMPREENDIMENTO BRASILEIRO EM ÁLCOOL COMBUSTÍVEL|author= |publisher= |date=Junho de 2000 |accessdate=20 de Outubro de 2008 |language=Portugués}}</ref> No início da década seguinte com a queda nos preços do petróleo, este empreendimento não teve condições de prosseguir.


Durante a [[revolução constitucionalista]], [[João Bottene]]<ref>{{Cite web| url=http://www.aprovincia.com/padrao.aspx?texto.aspx?idContent=70981|title=João Bottene: o criador do motor a álcool para carro e avião|author= |publisher= |date=20 de Outubro de 2008 |accessdate=20 de Outubro de 2008|language=Portugués}}</ref> desenvolveu um combustível a base de álcool e [[óleo de mamona]] para auxiliar os revolucionários. Anteriormente ele já adaptara veículos para utilizarem etanol. Mais tarde fabricou uma [[locomotiva]] movida a álcool e adaptou um [[avião]] para funcionar com este combustível.<ref>{{Cite web| url=http://www.aprovincia.com/padrao.aspx?texto.aspx?idContent=71008&idContentSection=712|title=João Bottene: o criador do motor a álcool para carro e avião (2)|author= |publisher= |date=20 de Outubro de 2008|accessdate=20 de Outubro de 2008 |language=Portugués}}</ref>
Durante a [[revolução constitucionalista]], [[João Bottene]]<ref>{{Cite web| url=http://www.aprovincia.com/padrao.aspx?texto.aspx?idContent=70981|title=João Bottene: o criador do motor a álcool para carro e avião|author= |publisher= |date=20 de Outubro de 2008 |accessdate=20 de Outubro de 2008|language=Portugués}}</ref> desenvolveu um combustível a base de álcool e [[óleo de mamona]] para auxiliar os revolucionários. Anteriormente ele já adaptara veículos para utilizarem etanol. Mais tarde fabricou uma [[locomotiva]] movida a álcool e adaptou um [[avião]] para funcionar com este combustível.<ref>{{Cite web| url=http://www.aprovincia.com/padrao.aspx?texto.aspx?idContent=71008&idContentSection=712|title=João Bottene: o criador do motor a álcool para carro e avião (2)|author= |publisher= |date=20 de Outubro de 2008|accessdate=20 de Outubro de 2008 |language=Portugués}}</ref>
Linha 15: Linha 20:


=== Anos 1970: a crise do petróleo e o Pró-álcool ===
=== Anos 1970: a crise do petróleo e o Pró-álcool ===

[[Ficheiro:Primeiro carro alcool.jpg|thumb|250px|Primeiro protótipo de veículo equipado com motor a álcool (um [[Dodge]] 1800), em exposição no ''Memorial Aeroespacial Brasileiro'' de [[São José dos Campos]].]]
[[Ficheiro:Primeiro carro alcool.jpg|thumb|250px|Primeiro protótipo de veículo equipado com motor a álcool (um [[Dodge]] 1800), em exposição no ''Memorial Aeroespacial Brasileiro'' de [[São José dos Campos]].]]

A partir da crise do [[petróleo]], na [[década de 1970]], o Governo [[brasil]]eiro, numa atitude isolada internacionalmente, criou o programa [[Pró-álcool]], e o etanol novamente recebeu as atenções como biocombustível de extrema utilidade.
A partir da crise do [[petróleo]], na [[década de 1970]], o Governo [[brasil]]eiro, numa atitude isolada internacionalmente, criou o programa [[Pró-álcool]], e o etanol novamente recebeu as atenções como biocombustível de extrema utilidade.


Linha 23: Linha 30:


=== A "crise do álcool" ===
=== A "crise do álcool" ===

A partir de então, o consumo de álcool apresentou queda gradual. Os motivos passam pela alta no preço internacional do [[açúcar]], o que desestimulou a fabricação de álcool. Com o produto escasseando no mercado, o Governo brasileiro iniciou a importação de etanol dos [[Estados Unidos]], em [[1991]], ao tempo que ia retirando, progressivamente, os [[subsídio]]s à produção, promovendo a quase extinção do Pró-Álcool.
A partir de então, o consumo de álcool apresentou queda gradual. Os motivos passam pela alta no preço internacional do [[açúcar]], o que desestimulou a fabricação de álcool. Com o produto escasseando no mercado, o Governo brasileiro iniciou a importação de etanol dos [[Estados Unidos]], em [[1991]], ao tempo que ia retirando, progressivamente, os [[subsídio]]s à produção, promovendo a quase extinção do Pró-Álcool.


Linha 32: Linha 40:


=== O álcool hoje ===
=== O álcool hoje ===

No início do [[século XXI]], na certeza de escassez e de crescente elevação no preço dos combustíveis fósseis, priorizam-se novamente os investimentos na produção de etanol por um lado e, por outro, um amplo investimento na pesquisa e criação de novos biocombustiveis. Diante de uma situação nacional antiga e inconstante, justamente causada pelas altas e baixas do petróleo, as grandes montadoras brasileiras aprofundaram-se em pesquisas e, dessa forma, lançaram uma tecnologia revolucionária: os carros dotados de motor [[bicombustível]], fabricados tanto para o uso de gasolina quanto de álcool. De 2002 a 2011 não houve quedas na produção do etanol no centro-sul do Brasil.<ref>{{citar web |url=http://www.brasileconomico.com.br/noticias/oferta-de-etanol-cai-pela-primeira-vez-desde-2002_104263.html |título=Oferta de etanol cai pela primeira vez desde 2002 |acessodata=14 de julho de 2011 |data=14 de julho de 2011 |publicado=[[Brasil Econômico]] |citação= }}</ref>
No início do [[século XXI]], na certeza de escassez e de crescente elevação no preço dos combustíveis fósseis, priorizam-se novamente os investimentos na produção de etanol por um lado e, por outro, um amplo investimento na pesquisa e criação de novos biocombustiveis. Diante de uma situação nacional antiga e inconstante, justamente causada pelas altas e baixas do petróleo, as grandes montadoras brasileiras aprofundaram-se em pesquisas e, dessa forma, lançaram uma tecnologia revolucionária: os carros dotados de motor [[bicombustível]], fabricados tanto para o uso de gasolina quanto de álcool.

De 2002 a 2011 não houve quedas na produção do etanol no centro-sul do Brasil.<ref>{{citar web |url=http://www.brasileconomico.com.br/noticias/oferta-de-etanol-cai-pela-primeira-vez-desde-2002_104263.html |título=Oferta de etanol cai pela primeira vez desde 2002 |acessodata=14 de julho de 2011 |data=14 de julho de 2011 |publicado=[[Brasil Econômico]] |citação= }}</ref>


== Características do mercado brasileiro ==
== Características do mercado brasileiro ==

[[Ficheiro:Panorama Usina Costa Pinto Piracicaba SAO 10 2008.jpg|thumb|left|300px|Vista panorâmica da Destilaria Costa Pinto em [[Piracicaba]], fábrica que produz [[açúcar]] e [[Álcool combustível|etanol combustível]] além de outros tipos de [[álcool]].]]
[[Ficheiro:Panorama Usina Costa Pinto Piracicaba SAO 10 2008.jpg|thumb|left|300px|Vista panorâmica da Destilaria Costa Pinto em [[Piracicaba]], fábrica que produz [[açúcar]] e [[Álcool combustível|etanol combustível]] além de outros tipos de [[álcool]].]]


A [[Indústria automobilística no Brasil|indústria automobilística brasileira]] desenvolveu veículos que funcionan com flexibilidade no tipo de combustível, que são conhecidos na [[lingua inglesa]] como "''full flexible-fuel vehicles''" (FFFVs), ou simplesmente "[[Veículo flex|flex]]", no Brasil, pela sua capacidade do motor funcionar com qualquer proporção na mistura de [[gasolina]] e álcool. Disponíveis no mercado desde [[2003]], os [[veículo flex|veículos flex]] resultaram em sucesso comercial,<ref name="ICIS">{{cite web| url=http://www.icis.com/Articles/2007/11/12/9077311/brazils-flex-fuel-car-production-rises-boosting-ethanol-consumption-to-record-highs.html |title=Brazil's flex-fuel car production rises, boosting ethanol consumption to record highs|date=2007-11-12|author=William Lemos |publisher=ICIS chemical business |accessdate=2008-05-03|language=Inglés }}</ref> e já em Agosto de 2008, a frota de automóveis e veículos comercias leves tipo "flex" tinha atingido a marca de 6,2 milhões de veículos, representando 23% da frota automotriz do Brasil.<ref name= "Folha Online"/> O sucesso dos veículos "flex", conjuntamente com a obrigatoriedade ao nível nacional de usar de 20 a 25% do álcool misturado com gasolina convencional ([[Misturas comuns do álcool combustível#E20 e E25|E20-E25]]), permitiu ao etanol combustível superar o consumo de gasolina em Abril de 2008.<ref name="Apollo"/><ref name="Apollo"/><ref name= "ANP07_2008">{{cite web |url=http://br.invertia.com/noticias/noticia.aspx?idNoticia=200807152306_ABR_77211977 |title=ANP: consumo de álcool combustível é 50% maior em 2007 |author=Agência Brasil | date=2008-07-15|publisher=Invertia |accessdate=2008-08-09|language=}}</ref><ref name= "ANP02_2008">{{cite web|url=http://www.agropecuariabrasil.com.br/anp-estima-que-consumo-de-alcool-supere-gasolina/ |title=ANP estima que consumo de álcool supere gasolina |author=Gazeta Mercantil |date=2008|publisher=Agropecuária Brasil |accessdate=2008-08-09|language=}}</ref> O consumo do álcool representou quase 18% da matriz de combustíveis veiculares em 2006 (a matriz inclui os veículos que utilizam óleo [[diesel]]).<ref name= "BEN2007">{{cite web|url=http://www.mme.gov.br/site/menu/select_main_menu_item.do?channelId=1432&pageId=14493 |title=2007 Balanço Energético Nacional: Sumário Executivo ||author= |date=|publisher=Ministério de Minas e Energia do Brasil |accessdate=2008-05-10|language=Portugués}} Tabla 2. El reporte está basado en datos de 2006</ref><ref name= "Brazil48_20">{{cite web|url=http://www.washingtontimes.com/article/20080507/COMMENTARY/381443705/1012/commentary |title=Brazil's energy plan examined |author=D. Sean Shurtleff | |date=2008-05-07|publisher=The Washington Times |accessdate=2008-05-10|language=Inglês}}</ref> No Brasil, o refino do etanol é controlado pela [[Cosan]]/[[Shell]], São Martinho, [[Bunge]] e [[Braskem]].
A [[Indústria automobilística no Brasil|indústria automobilística brasileira]] desenvolveu veículos que funcionan com flexibilidade no tipo de combustível, que são conhecidos na [[lingua inglesa]] como "''full flexible-fuel vehicles''" (FFFVs), ou simplesmente "[[Veículo flex|flex]]", no Brasil, pela sua capacidade do motor funcionar com qualquer proporção na mistura de [[gasolina]] e álcool. Disponíveis no mercado desde [[2003]], os [[veículo flex|veículos flex]] resultaram em sucesso comercial,<ref name="ICIS">{{cite web| url=http://www.icis.com/Articles/2007/11/12/9077311/brazils-flex-fuel-car-production-rises-boosting-ethanol-consumption-to-record-highs.html |title=Brazil's flex-fuel car production rises, boosting ethanol consumption to record highs|date=2007-11-12|author=William Lemos |publisher=ICIS chemical business |accessdate=2008-05-03|language=Inglés }}</ref> e já em Agosto de 2008, a frota de automóveis e veículos comercias leves tipo "flex" tinha atingido a marca de 6,2 milhões de veículos, representando 23% da frota automotriz do Brasil.<ref name= "Folha Online"/> O sucesso dos veículos "flex", conjuntamente com a obrigatoriedade ao nível nacional de usar de 20 a 25% do álcool misturado com gasolina convencional ([[Misturas comuns do álcool combustível#E20 e E25|E20-E25]]), permitiu ao etanol combustível superar o consumo de gasolina em Abril de 2008.<ref name="Apollo"/><ref name="Apollo"/><ref name= "ANP07_2008">{{cite web |url=http://br.invertia.com/noticias/noticia.aspx?idNoticia=200807152306_ABR_77211977 |title=ANP: consumo de álcool combustível é 50% maior em 2007 |author=Agência Brasil | date=2008-07-15|publisher=Invertia |accessdate=2008-08-09|language=}}</ref><ref name= "ANP02_2008">{{cite web|url=http://www.agropecuariabrasil.com.br/anp-estima-que-consumo-de-alcool-supere-gasolina/ |title=ANP estima que consumo de álcool supere gasolina |author=Gazeta Mercantil |date=2008|publisher=Agropecuária Brasil |accessdate=2008-08-09|language=}}</ref>
Para melhorar a eficiência dos motores a álcool, novas tecnologias ainda são desenvolvidas.<ref>[http://www.redetec.org.br/inventabrasil/malcpre.htm Redetec] - MAPV: Motor à álcool pré-vaporizado. Página visitada em 24/12/2012. {{pt}}</ref> Experiências indicam que o uso de álcool [[vapor]]izado como combustível é uma alternativa promissora.<ref>[http://www.jornalcana.com.br/noticia/Jornal-Cana/43035+Tecnologia-aumenta-a-eficiencia-do-alcool Jornal da Cana] - Tecnologia aumenta a eficiência do álcool. Página visitada em 24/12/2012. {{pt}}</ref> Esta seria uma forma de reduzir consumo e emissões e, ao mesmo tempo, obter ganhos de potência nestes motores (''ver: [[estequiômetro]] e [[Motor_a_álcool_pré_vaporizado#Motor_a_.C3.A1lcool_pr.C3.A9-vaporizado|motor a álcool pré-vaporizado]]'').
O consumo do álcool representou quase 18% da matriz de combustíveis veiculares em 2006 (a matriz inclui os veículos que utilizam óleo [[diesel]]).<ref name= "BEN2007">{{cite web|url=http://www.mme.gov.br/site/menu/select_main_menu_item.do?channelId=1432&pageId=14493 |title=2007 Balanço Energético Nacional: Sumário Executivo ||author= |date=|publisher=Ministério de Minas e Energia do Brasil |accessdate=2008-05-10|language=Portugués}} Tabla 2. El reporte está basado en datos de 2006</ref><ref name= "Brazil48_20">{{cite web|url=http://www.washingtontimes.com/article/20080507/COMMENTARY/381443705/1012/commentary |title=Brazil's energy plan examined |author=D. Sean Shurtleff | |date=2008-05-07|publisher=The Washington Times |accessdate=2008-05-10|language=Inglês}}</ref> No Brasil, o refino do etanol é controlado pela [[Cosan]]/[[Shell]], São Martinho, [[Bunge]] e [[Braskem]].


== Comparação entre a produção de etanol nos Estados Unidos e Brasil ==
== Comparação entre a produção de etanol nos Estados Unidos e Brasil ==

{| class="wikitable" style="margin: 1em auto 1em auto"
{| class="wikitable" style="margin: 1em auto 1em auto"
! colspan="4" align=center style="background-color: #abcdef;" | Comparação das principais caraterísticas <br /> da indústria do etanol nos Estados Unidos e Brasil
! colspan="4" align=center style="background-color: #abcdef;" | Comparação das principais caraterísticas <br /> da indústria do etanol nos Estados Unidos e Brasil
Linha 77: Linha 94:
| colspan="4" align=left| <small>Notas: (1) Somente [[E.U.A.]] contíguo (excluindo [[Alasca]]) (2) Presume que não tem mudanças no uso do solo.<ref name= "Science08"/> (3) Presume mundanças nos usos do solo na lavoura de cana de açúcar no [[cerrado]] brasileiro e do milho na [[pradaria]] central americana.<ref name="Fargione08"/> (4) Quando inclusos os veículos de motor [[diesel]], o uso do etanol no setor viário foi perto de 18% em 2006.</small><ref name= "BEN2007"/><ref name= "Brazil48_20"/> </small>
| colspan="4" align=left| <small>Notas: (1) Somente [[E.U.A.]] contíguo (excluindo [[Alasca]]) (2) Presume que não tem mudanças no uso do solo.<ref name= "Science08"/> (3) Presume mundanças nos usos do solo na lavoura de cana de açúcar no [[cerrado]] brasileiro e do milho na [[pradaria]] central americana.<ref name="Fargione08"/> (4) Quando inclusos os veículos de motor [[diesel]], o uso do etanol no setor viário foi perto de 18% em 2006.</small><ref name= "BEN2007"/><ref name= "Brazil48_20"/> </small>
|}
|}

{{ref-section|col=2}}


== {{Ver também}} ==
== {{Ver também}} ==

{{Portal-Br}}
* [[Centro de Tecnologia Canavieira]]
{{Portal-Ambiente}}
* [[Energia renovável no Brasil]]
* [[Energia renovável no Brasil]]
* [[Misturas comuns do álcool combustível]]
* [[Misturas comuns do álcool combustível]]
* [[Ônibus movido a etanol]]
* [[Ônibus movido a etanol]]
* [[Veículo flex]]
* [[Centro de Tecnologia Canavieira]]
* [[Usina Termelétrica de Juiz de Fora]]
* [[Usina Termelétrica de Juiz de Fora]]
* [[Veículo flex]]

{{ref-section|col=2}}


== {{Ligações externas}} ==
== {{Ligações externas}} ==
Linha 94: Linha 110:
* {{link|pt|2=http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/bbc/2007/10/25/ult4432u704.jhtm|Etanol|3=é ameaça ao cerrado, afirma relatório da ONU}}
* {{link|pt|2=http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/bbc/2007/10/25/ult4432u704.jhtm|Etanol|3=é ameaça ao cerrado, afirma relatório da ONU}}
* {{link|pt|2=http://veja.abril.com.br/300408/p_058.shtml|3=Ele é o falso vilão, Revista Veja}}
* {{link|pt|2=http://veja.abril.com.br/300408/p_058.shtml|3=Ele é o falso vilão, Revista Veja}}

{{Portal3|Ambiente|Brasil|Transporte}}


{{Brasil/Tópicos}}
{{Brasil/Tópicos}}

Revisão das 19h47min de 24 de dezembro de 2012

O álcool está disponível em todos os postos do país. Posto típico da Petrobras em São Paulo, com fornecimento de álcool (marcado A) e gasolina comum (marcada G).

O Brasil é o segundo maior produtor de etanol do mundo, o maior exportador mundial, e é considerado o líder internacional em matéria de biocombustíveis e a primeira economia em ter atingido um uso sustentável dos biocombustíveis.[1][2][3] Juntamente, o Brasil e os Estados Unidos lideram a produção do etanol, e foram responsáveis em 2008 por 89% da produção mundial [4] e quase 90% do etanol combustível.[5] Em 2008 a produção brasileira foi de 24,5 bilhões de litros,[6] equivalente ao 37,3% da produção mundial de etanol.[5] A indústria brasileira de etanol tem 30 anos de história e o país usa como insumo agrícola a cana de açucar, alem disso, por regulamentação do Governo Federal, toda a gasolina comercializada no país é misturada com 25% de etanol, e desde Julho de 2009 circulam no país mais de 8 milhões de veículos, automóveis e veículos comerciais leves,[7] que podem rodar com 100% de etanol ou qualquer outra combinação de etanol e gasolina, e são chamados popularmente de carros "flex".

História

Cana de açúcar (Saccharum officinarum) pronta para a safra, Ituverava, São Paulo.

Os primeiros usos práticos do etanol deram-se entre meados dos anos 1920 e início dos anos 1930. Mas somente nos anos 1970, com a crise do petróleo, que o Brasil passou a usar maciçamente o etanol como combustível. Na segunda metade da década de 1980 por diversos motivos ocorreu uma forte retração no consumo de álcool combustível. Atualmente uma combinação de fatores como a preocupação com o meio ambiente e a esperada futura escassez de combustíveis fósseis levaram a um interesse renovado pelo etanol.

As primeiras experiências de extração do alcool

A primeira experiência de uso do etanol como combustível no Brasil aconteceu em 1925.[8] Neste ano, um automóvel adaptado para funcionar com álcool etílico hidratado foi intensamente testado.[9] A responsável por esta experiência foi a Estação Experimental de Combustíveis e Minérios (futuro Instituto Nacional de Tecnologia).[9]

A USGA (Usina Serra Grande Alagoas) foi a primeira do país a produzir etanol combustível em 1927.[10] No início da década seguinte com a queda nos preços do petróleo, este empreendimento não teve condições de prosseguir.

Durante a revolução constitucionalista, João Bottene[11] desenvolveu um combustível a base de álcool e óleo de mamona para auxiliar os revolucionários. Anteriormente ele já adaptara veículos para utilizarem etanol. Mais tarde fabricou uma locomotiva movida a álcool e adaptou um avião para funcionar com este combustível.[12]

Apesar destas experiências bem sucedidas com o etanol, o uso deste como combustível acabou por ser posto de lado. Tanto que, durante a II guerra mundial o Brasil optou pelo gasogênio como alternativa à gasolina para os automóveis.

Anos 1970: a crise do petróleo e o Pró-álcool

Primeiro protótipo de veículo equipado com motor a álcool (um Dodge 1800), em exposição no Memorial Aeroespacial Brasileiro de São José dos Campos.

A partir da crise do petróleo, na década de 1970, o Governo brasileiro, numa atitude isolada internacionalmente, criou o programa Pró-álcool, e o etanol novamente recebeu as atenções como biocombustível de extrema utilidade.

Enquanto o governo promovia estudos econômicos para a sua produção em grande escala, oferecendo tecnologia e até mesmo subsídios às usinas produtoras de açúcar e álcool, as indústrias automobilísticas instaladas no Brasil na época - Volkswagen, Fiat, Ford e General Motors - adaptavam seus motores para receber o álcool combustível. Daí, surgiriam duas versões no mercado: motor a álcool e a gasolina.

O primeiro carro a álcool lançado foi o Fiat 147 em 1978. Daí até 1986, o carro a álcool ganhou o gosto popular dos brasileiros, sendo que a quase totalidade dos veículos saídos das montadoras brasileiras naquele ano utilizava esse combustível.

A "crise do álcool"

A partir de então, o consumo de álcool apresentou queda gradual. Os motivos passam pela alta no preço internacional do açúcar, o que desestimulou a fabricação de álcool. Com o produto escasseando no mercado, o Governo brasileiro iniciou a importação de etanol dos Estados Unidos, em 1991, ao tempo que ia retirando, progressivamente, os subsídios à produção, promovendo a quase extinção do Pró-Álcool.

A queda no uso desse biocombustível também se deveu, ao longo da década de 1990, a problemas técnicos nos motores a álcool, incapazes de um bom desempenho nos períodos frios, principalmente.

Típicos modelos de automóvel brasileiro de combustível flexível de vários fabricantes, popularmente conhecidos como "flex", operam com qualquer mistura de álcool (E100) e gasolina (E20 a E25).

Durante a década, com altas inesperadas no preço do petróleo, o álcool seria misturado à gasolina, numa taxa em torno de vinte por cento, como forma de amenizar o preço da gasolina ao consumidor.

O álcool hoje

No início do século XXI, na certeza de escassez e de crescente elevação no preço dos combustíveis fósseis, priorizam-se novamente os investimentos na produção de etanol por um lado e, por outro, um amplo investimento na pesquisa e criação de novos biocombustiveis. Diante de uma situação nacional antiga e inconstante, justamente causada pelas altas e baixas do petróleo, as grandes montadoras brasileiras aprofundaram-se em pesquisas e, dessa forma, lançaram uma tecnologia revolucionária: os carros dotados de motor bicombustível, fabricados tanto para o uso de gasolina quanto de álcool.

De 2002 a 2011 não houve quedas na produção do etanol no centro-sul do Brasil.[13]

Características do mercado brasileiro

Vista panorâmica da Destilaria Costa Pinto em Piracicaba, fábrica que produz açúcar e etanol combustível além de outros tipos de álcool.

A indústria automobilística brasileira desenvolveu veículos que funcionan com flexibilidade no tipo de combustível, que são conhecidos na lingua inglesa como "full flexible-fuel vehicles" (FFFVs), ou simplesmente "flex", no Brasil, pela sua capacidade do motor funcionar com qualquer proporção na mistura de gasolina e álcool. Disponíveis no mercado desde 2003, os veículos flex resultaram em sucesso comercial,[14] e já em Agosto de 2008, a frota de automóveis e veículos comercias leves tipo "flex" tinha atingido a marca de 6,2 milhões de veículos, representando 23% da frota automotriz do Brasil.[7] O sucesso dos veículos "flex", conjuntamente com a obrigatoriedade ao nível nacional de usar de 20 a 25% do álcool misturado com gasolina convencional (E20-E25), permitiu ao etanol combustível superar o consumo de gasolina em Abril de 2008.[2][2][15][16]

Para melhorar a eficiência dos motores a álcool, novas tecnologias ainda são desenvolvidas.[17] Experiências indicam que o uso de álcool vaporizado como combustível é uma alternativa promissora.[18] Esta seria uma forma de reduzir consumo e emissões e, ao mesmo tempo, obter ganhos de potência nestes motores (ver: estequiômetro e motor a álcool pré-vaporizado).

O consumo do álcool representou quase 18% da matriz de combustíveis veiculares em 2006 (a matriz inclui os veículos que utilizam óleo diesel).[19][20] No Brasil, o refino do etanol é controlado pela Cosan/Shell, São Martinho, Bunge e Braskem.

Comparação entre a produção de etanol nos Estados Unidos e Brasil

Comparação das principais caraterísticas
da indústria do etanol nos Estados Unidos e Brasil
Característica  Brasil  Estados Unidos Unidades/comentário
Matéria prima (insumo agrícola) Cana de açúcar Milho
Matéria prima (química) Glicose (Monossacarideo) Amido
Produção total de etanol (2008) [6] 6,472 9,000 Milhões de galões líquidos EUA
Total terras aráveis [21] 354 270(1) Milhões hectares.
Área total plantada do cultivo para produzir etanol[21][22] 3,6 (1%) 10 (3,7%) Milhões hectares (% total arável) em 2006
Productividade per hectare plantada[1][21][22][23] 6,800-8,000 3,800-4,000 Litros de etanol per hectare produzidos.
Balanço energético (produtividade energética)[3][22] 8,3 a 10,2 vezes 1,3-1,6 vezes Relação da energía gastada na produção/energia obtida do etanol
Redução das emissões de gases de efeito estufa [5][22][24] 86-90%(2) 10-30%(2)  % de emissões evitadas ao substituir gasolina por álcool, sem mudanças nos usos dos solos
Tempo para restituir o carbono pelo uso de terras novas[25] 17 anos(3) 93 anos(3) Cenários com mudanças no uso do solo por Fargione et al.[26]
Frota de veículos flex (autos e comercias leves)[7][27] 8,2 milhões 8,0 milhões Somente automóveis e camionetes. Brasil em Julho de 2009 (frota usa E25 a E100) e E.U.A no início de 2009 (usa somente E85).
Postos de gasolina com venda de etanol no país[1][2] 33.070 (100%) 1.963 (1%) % do total de postos em cada país. Em Dezembro 2007 para Brasil e Março 2009 para E.U.A.[28]
Participação do etanol no mercado de gasolina[15][16][29] 50%(4) 4% % do consumo total em base volumétrica. Brasil até Abril 2008 e ano 2006 para E.U.A.
Custo de produção (USD/galão) [1] 0,83 1,14 2006/2007 para o Brasil (22¢/litro), 2004 para E.U.A (35¢/litro)
Subsídio agrícola (em USD) [2][21] 0 0,45/glão E.U.A. desde 01 de Janeiro 2009. No Brasil a produção do etanol já não tem subsídios.
Tarifas de importação (em USD) [1][3] 0 0,54/galão Até 30 de Abril 2008, o Brasil não importa etanol, E.U.A. importa, a maioria do Brasil
Notas: (1) Somente E.U.A. contíguo (excluindo Alasca) (2) Presume que não tem mudanças no uso do solo.[24] (3) Presume mundanças nos usos do solo na lavoura de cana de açúcar no cerrado brasileiro e do milho na pradaria central americana.[26] (4) Quando inclusos os veículos de motor diesel, o uso do etanol no setor viário foi perto de 18% em 2006.[19][20]

Ver também

Referências

  1. a b c d e Daniel Budny and Paulo Sotero, editor (abril de 2007). «Brazil Institute Special Report: The Global Dynamics of Biofuels» (PDF) (em Inglés). Brazil Institute of the Woodrow Wilson Center. Consultado em 3 de maio de 2008 
  2. a b c d e Jay Inslee e Bracken Hendricks (2007). Apollo's Fire (em inglês). [S.l.]: Island Press, Washington, D.C. pp. 153–155, 160–161. ISBN 978-1-59726-175-3  Parâmetro desconhecido |Autor= ignorado (|autor=) sugerido (ajuda); Ver o capítulo 6. Homegrown Energy (Energía cultivada en casa).
  3. a b c Larry Rother (10 de abril de 2006). «With Big Boost From Sugar Cane, Brazil Is Satisfying Its Fuel Needs» (em Inglés). The New York Times. Consultado em 28 de abril de 2008 
  4. Marcela Sanchez (23 de fevereiro de 2007). «Latin America -- the 'Persian Gulf' of Biofuels?» (em Inglés). The Washington Post. Consultado em 3 de maio de 2008 
  5. a b c «Biofuels: The Promise and the Risks, in World Development Report 2008» (PDF) (em Inglés). The Worl Bank. 2008. pp. pp. 70–71. Consultado em 4 de maio de 2008 
  6. a b «Industry Statistics: Annual World Ethanol Production by Country» (em Inglés). Renewable Fuels Association. Consultado em 2 de maio de 2008 
  7. a b c «Veículos flex somam 6 milhões e alcançam 23% da frota» (em Portugués). Folha Online. 4 de agosto de 2008. Consultado em 9 de agosto de 2008 
  8. Brasil.Gov - Instituto Nacional de Tecnologia (INT). Página visitada em 24/12/2012. (em português)
  9. a b Instituto Nacional de Tecnologia - Terças Tecnológicas apresenta um panorama das pesquisas em biocombustíveis nos últimos 90 anos. Página visitada em 24/12/2012. (em português)
  10. «USGA: EM 1927, O PRIMEIRO GRANDE EMPREENDIMENTO BRASILEIRO EM ÁLCOOL COMBUSTÍVEL» (em Portugués). Junho de 2000. Consultado em 20 de Outubro de 2008 
  11. «João Bottene: o criador do motor a álcool para carro e avião» (em Portugués). 20 de Outubro de 2008. Consultado em 20 de Outubro de 2008 
  12. «João Bottene: o criador do motor a álcool para carro e avião (2)» (em Portugués). 20 de Outubro de 2008. Consultado em 20 de Outubro de 2008 
  13. «Oferta de etanol cai pela primeira vez desde 2002». Brasil Econômico. 14 de julho de 2011. Consultado em 14 de julho de 2011 
  14. William Lemos (12 de novembro de 2007). «Brazil's flex-fuel car production rises, boosting ethanol consumption to record highs» (em Inglés). ICIS chemical business. Consultado em 3 de maio de 2008 
  15. a b Agência Brasil (15 de julho de 2008). «ANP: consumo de álcool combustível é 50% maior em 2007». Invertia. Consultado em 9 de agosto de 2008 
  16. a b Gazeta Mercantil (2008). «ANP estima que consumo de álcool supere gasolina». Agropecuária Brasil. Consultado em 9 de agosto de 2008 
  17. Redetec - MAPV: Motor à álcool pré-vaporizado. Página visitada em 24/12/2012. (em português)
  18. Jornal da Cana - Tecnologia aumenta a eficiência do álcool. Página visitada em 24/12/2012. (em português)
  19. a b «2007 Balanço Energético Nacional: Sumário Executivo» (em Portugués). Ministério de Minas e Energia do Brasil. Consultado em 10 de maio de 2008  Tabla 2. El reporte está basado en datos de 2006
  20. a b D. Sean Shurtleff (7 de maio de 2008). «Brazil's energy plan examined» (em inglês). The Washington Times. Consultado em 10 de maio de 2008 
  21. a b c d Julia Duailibi (27 de abril de 2008). «Ele é o falso vilão» (em Portuguese). Revista Veja. Consultado em 3 de maio de 2008 
  22. a b c d Jeffrey Goettemoeller e Adrian Goettemoeller (2007). Sustainable Ethanol: Biofuels, Biorefineries, Cellulosic Biomass, Flex-Fuel Vehicles, and Sustainable Farming for Energy Independence (em inglês). [S.l.]: Praire Oak Publishing, Maryville, Missouri. 42 páginas. ISBN 978-0-9786293-0-4  Parâmetro desconhecido |Autor= ignorado (|autor=) sugerido (ajuda);
  23. Maria Helena Tachinardi (13 de junho de 2008). «Por que a cana é melhor que o milho». Revista Época. Consultado em 6 de agosto de 2008  Edición impresa pp. 73
  24. a b Timothy Searchinger; et al. (29 de fevereiro de 2008). «Use of U.S. Croplands for Biofuels Increases Greenhouse Gases Through Emissions from Land-Use Change». Science (em inglês). 319 (5867): 1238 - 1240. doi:10.1126/science.1151861. Consultado em 9 de maio de 2008  Originalmente publicado "online" em Science Express em 2008-02-07. Nota: Existe controvérsia sobre os resultados desta publicação por considerar que usou supostos correspondentes ao ‘’pior cenário‘’. Ver ‘’Letters to Science‘’ de Wang e Haq.
  25. «Another Inconvenient Truth» (PDF) (em inglês). Oxfam. 28 de junho de 2008. Consultado em 6 de agosto de 2008  Oxfam Briefing Paper 114, figura 2 pp.8
  26. a b Fargione; et al. (29 de fevereiro de 2008). «Land Clearing and the Biofuel Carbon Debt». Science (em Inglés). 319 (5867): 1235 - 1238. doi:10.1126/science.1152747. Consultado em 6 de agosto de 2008  Originalmente publicado "online" em Science Express em 2008-02-07. Nota: Existe controvérsia aos resultados desta publicação por considerar que usou supostos correspondentes ao ‘’pior cenário‘’.
  27. National Renewable Energy Laboratory, U.S. Department of Energy (17 de setembro de 2007). «Data, Analysis and Trends: Light Duty E85 FFVs in Use (1998-2008)» (em inglês). Alternative Fuels and Advanced Vehicles Data Center. Consultado em 19 de agosto de 2008  Trend of total FFVs in use from 1998-2008, based on FFV production rates and life expectancy (Excel file)
  28. National Ethanol Vehicle Coalition (8 de agosto de 2008). «New E85 Stations» (em inglês). NEVC FYI Newsletter (Vol 14 no. 13). Consultado em 19 de agosto de 2008 
  29. Energy Information Administration (August 2007). «Renewable Energy Consumption and Electricity Preliminary 2006 Statistics: Ethanol» (em inglês). EIA. Consultado em 9 de agosto de 2008  Verifique data em: |data= (ajuda)

Ligações externas

Predefinição:Bom interwiki