Zona da Mata Mineira: diferenças entre revisões
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Revisão das 00h37min de 22 de abril de 2016
Zona da Mata Mineira | |
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Divisão regional do Brasil | |
Localização | |
Características geográficas | |
Unidade federativa | Minas Gerais |
Regiões limítrofes | Metropolitana de Belo Horizonte, Campo das Vertentes, Sul e Sudoeste de Minas e Vale do Rio Doce (MG); Sul Fluminense, Centro Fluminense e Noroeste Fluminense (RJ); Sul Espiritossantense (ES). |
Área | 35 747,729 km² |
População | 2,175,254 hab. est. 2010 |
Densidade | 60,0 hab./km² |
Indicadores | |
PIB | R$ 19,112,899 IBGE/2008 |
PIB per capita | R$ 9 786,02 IBGE/2008 |
IDH | 0,762 PNUD/2000 |
A Zona da Mata Mineira é uma das doze mesorregiões do estado brasileiro de Minas Gerais, formada por 142 municípios agrupados em sete microrregiões. Situa-se na porção sudeste do estado, próxima à divisa dos estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.
Antes da colonização, a Zona da Mata era habitada por índios botocudos e puris. Embora percorrida por alguns bandeirantes no século XVII, seu povoamento iniciou-se no século XVIII pelas localidades situadas às margens do Caminho Novo, mas de forma tímida, uma vez que a Coroa Portuguesa proibia a ocupação da região, então chamada de "Sertões do Leste".[1] Com a decadência da produção aurífera, vários exploradores e suas famílias se deslocaram das vilas mineradoras para a Zona da Mata. O povoamento foi fortemente impulsionado ao longo do século XIX pela expansão da lavoura cafeeira.
A Mata Atlântica era originalmente a cobertura vegetal dominante, fato do qual deriva o nome da Zona da Mata. A floresta, entretanto, foi fortemente devastada e atualmente é restrita a exíguas áreas nos pontos mais elevados. O relevo da região é rugoso com altos morros. Na Serra de Caparaó, divisa com o Espírito Santo, situam-se o Pico da Bandeira e o Pico do Cristal. Pelos vales da Serra da Mantiqueira correm os principais afluentes da margem esquerda do Rio Paraíba do Sul, como o Rio Paraibuna, o Rio Pomba e o Rio Muriaé, e, ainda, o Rio Carangola, subafluente do Rio Paraíba do Sul. A porção norte da região é banhada por alguns dos principais formadores e afluentes do Rio Doce, como os rios Piranga, Xopotó, Casca e Manhuaçu.
Na economia da Zona da Mata destacam-se as indústrias, a criação de gado leiteiro e plantações de cana-de-açúcar, café, milho e feijão. A região é servida por importantes rodovias federais, tais como BR-040, BR-116, BR-262, BR-267 e BR-482. A região também é cortada pelas antigas ferrovias Central do Brasil e E.F. Leopoldina.
Microrregiões
Segundo a classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Mesorregião da Zona da Mata é formada por sete microrregiões:[2]
População
A Zona da Mata abrange 142 municípios, os quais somam uma população de 2 175 254 habitantes segundo o IBGE. Predefinição:Cidades mais populosas da Zona da Mata (Minas Gerais)
Segundo o IBGE, os municípios da Zona da Mata podem ser classificados na hierarquia urbana do Brasil da seguinte forma[3]:
- Juiz de Fora – capital regional
- Manhuaçu, Muriaé, Ponte Nova, Ubá – centros sub-regionais A
- Cataguases, Viçosa – centros sub-regionais B
- Além Paraíba, Carangola – centros de zona A
- Bicas, Leopoldina, Rio Pomba, Santos Dumont, São João Nepomuceno, Visconde do Rio Branco – centros de zona B
- Demais municípios - centros locais.
Geografia
Vegetação
A densa cobertura florestal, em suas condições originais, deu origem ao nome Zona da Mata. O padrão de explorações agropecuárias que se estabeleceu na Zona da Mata no início de sua colonização acarretou contínuas derrubadas das matas, que eram, então, substituídas pelas culturas que viriam a ser as tradicionais da região. A vegetação nativa era a floresta tropical, na verdade, expansão da Mata Atlântica das regiões serranas da vertente leste para o interior.
Hoje as matas reduzem-se a pequenas manchas e capoeiras nas encostas íngremes. A maior parte das terras da região está ocupada por pastagens naturais e artificiais (principalmente braquiárias), que suportam rebanhos bovinos predominantes mestiços - dupla finalidade - leite / corte, distribuídos em fazendas de porte médio e pequeno.
Entre as culturas tradicionais da região, o café foi o mais importante na formação de rendas. A erradicação dos cafezais contribuiu para o esvaziamento da economia regional, ao passo que a liberação da mão de obra dessa atividade, não absorvida pelos outros setores, reduziu as oportunidades de trabalho, criando tensões sociais.
Relevo
O relevo da Zona da Mata é acidentado, dissecado, isto é, caracterizado pelo predomínio de colinas e vales estreitos e algumas serras, constituído por rochas cristalinas antigas, do arqueando: granito, gnaisse, etc.
O ponto culminante da região é o Pico da Bandeira, com 2 891 metros de altitude, situado na Serra do Caparaó junto à divisa com o Espírito Santo. As maiores altitudes da região ocorrem tanto na serra do Caparaó como na serra da Mantiqueira, situada na parte sul e oeste da região. As menores altitudes ocorrem no vale do Paraíba Sul, chegando a valores em torno dos 70 metros na foz do rio Pirapetinga. Em decorrência dessas altitudes, o clima predominante é do tipo tropical, de verões com médias térmicas mensais na casa dos 25o C. Há registros de temperaturas reduzidas em algumas áreas, sobretudo naquelas superiores a 1 000m de altitude. Outra característica importante são os valores anuais da pluviosidade, que são reduzidos a 1 200 a 1 400 mm.
Rede Hidrográfica
A Zona da Mata situa-se integralmente na Região hidrográfica do Atlântico Sudeste. Os rios da Zona da Mata fazem parte de três importantes bacias hidrográficas dessa região hidrográfica:
- Bacia do rio Paraíba do Sul: A porção sul da Zona da Mata é banhada por rios que integram a bacia do Paraíba do Sul. Os principais são o próprio Paraíba do Sul e seus afluentes como os rios Pomba, Muriaé, Paraibuna, Pirapetinga e subafluentes Carangola, Glória, Novo e Preto.
- Bacia do rio Doce: A porção norte da Zona da Mata é banhada por rios que integram a bacia do rio Doce. Os principais são os rios Carmo e Piranga, formadores do rio Doce, os rios Xopotó e Turvo Limpo, afluentes do Piranga, e os rios Casca e Manhuaçu, afluentes do Doce.
- Bacia do rio Itabapoana: Os rios Preto e São João, formadores do rio Itabapoana, bem como seu afluente Caparaó, banham os municípios da Zona da Mata situados na Serra do Caparaó e adjacências.
Transporte
A Zona da Mata é bem servida de vias de comunicação rodoferroviárias[4].
As rodovias federais que cortam a região são BR-040, BR-116, BR-120, BR-262, BR-265, BR-267, BR-393, BR-356 e BR 482.
Duas importantes ferrovias servem a região: a Ferrovia do Aço e a Centro Atlântica.
O principal aeroporto da região atualmente é o Aeroporto Regional da Zona da Mata, com vôos regulares para Campinas (SP) e pista com capacidade de operações de jatos comerciais. Os demais aeroportos da região atendem somente aviação geral, privada.
Educação
A Zona da Mata possui boa infraestrutura educacional, com três universidades públicas bem conceituadas, um Parque Tecnológico em funcionamento e outro implantação. A Zona da mata ainda conta com universidades particulares e cursos técnicos.
As principais instituições públicas de ensino superior são a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) em Carangola. Além dessas, a região conta com uma série de instituições privadas de ensino superior.
Os maiores centros universitários da região são: Juiz de Fora, Viçosa e Carangola.
Economia
A Zona da Mata tem participação de 7,6% no PIB de Minas Gerais. O setor agrícola, o setor industrial e o setor de serviços da região são responsáveis, respectivamente, por 8,4%, 5,4% e 9% da renda desses setores no estado. Juiz de Fora é o município de maior PIB, respondendo por 37% da riqueza produzida na região. Os municípios de menor representatividade na riqueza regional são Paiva e Pedro Teixeira[5]
O setor de serviços responde por 60,2% do PIB da Zona da Mata. O principal polo regional de serviços é Juiz de Fora, que é o quinto município do estado no setor. Outros municípios que se destacam no setor de serviços são Carangola, Ponte Nova, Viçosa, Ubá, Cataguases, Muriaé, Leopoldina e Além Paraíba.[5]
A indústria representa 19,9% do PIB regional, sendo os principais segmentos a indústria metalúrgica, automobilística, têxtil e moveleira. O principal polo industrial da região é Juiz de Fora, que ocupa a décima posição entre os municípios do estado no setor.[5]
A agropecuária representa 9,1% do PIB da Zona da Mata, sendo Carangola e Manhuaçu os municípios de maior destaque. A atividade também é muito expressiva nos demais municípios como Juiz de Fora, Leopoldina, Lima Duarte, Ervália, Muriaé e Ponte Nova. O principal produto agrícola da região é o café, cultivado principalmente na porção norte da região. Na pecuária, destacam-se a produção de leite e a criação de bovinos, suínos e aves. Como destaque na produção de leite, temos as indústrias Vale do Carangola.[5] Na industria moveleira Ubá se destaca sendo o maior polo moveleiro de Minas Gerais e o segundo maior do Brasil.
Turismo
- Estrada Real
- «Caminho da Luz»
- Parque Nacional do Caparaó
- Parque Estadual Serra do Brigadeiro
- Parque Estadual do Ibitipoca
Comunicações
Entre os meio de comunicação Jornais, rádios e redes de televisão, os principais com a localização da sede são:
Emissoras de TV
- TV Alterosa - Juiz de Fora
- TV Integração - Juiz de Fora
- TV Carangola (TVC) - Carangola
- TV UM - Ubá
- TV Atividade - Muriaé
- TV Viçosa - Viçosa
- TVE Juiz de Fora
- TV EDUCAR - Ponte Nova
Jornais
- Carangola (Click Carangola)
- Cataguases (Mídia Mineira)
- Folha da Mata (Viçosa)
- Tribuna Livre (Viçosa)
- O Popular (Viçosa)
- Outrolhar - UFV (Viçosa)
- Tá na Cara (Viçosa)
- Panorama (Juiz de Fora)
- Tribuna de Minas (Juiz de Fora)
- Diário Regional (Juiz de Fora)
- O Interior (Carangola)
- O Vertente (Carangola)
- O Semanal (Carangola)
- Folha da Mata (Carangola)
- Jornal do Vale (Carangola)
- Folha de Ponte Nova (Ponte Nova)
- Portal O Vigilante Online (Leopoldina)
- Jornal Leopoldinense (Leopoldina)
- Guia Muriaé (Muriaé)
- Jornal de Muriaé (Muriaé)
- Tribuna do Leste (Manhuaçu)
- Diario de Manhuaçu (Manhuaçu)
- O Imparcial (Rio Pomba)
- O Noticiário (Ubá)
- Folha do Povo (Ubá)
- Jornal de Ubá (Ubá)
- Além Parahyba (Além Paraíba)
- Agora (Além Paraíba)
- Gazeta Rejornal (Ubá)
- Tribuna Regional (Ubá)
- A Voz (Ubá)
- O Esportivo (Ubá)
- Jornal Informativo Popular (Ubá)
- O Mercesano (Mercês)
- Jornal do Povo (Santos Dumont)
- Mensagem (Santos Dumont)
- Panorama (Santos Dumont)
- Abaquar Cult (Santos Dumont)
- O Regional (Maripá de Minas)
- O Destaque (Guiricema/São Geraldo)
Referências
- ↑ André Figueiredo Rodrigues. «Os sertões proibidos da Mantiqueira: desbravamento, ocupação da terra e as observações do governador dom Rodrigo José de Meneses». Consultado em 10 de dezembro de 2007
- ↑ «Macrorregiões de Minas Gerais». Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais. Consultado em 20 de fevereiro de 2012
- ↑ «Regiões de influência das cidades 2007». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 10 de outubro de 2008. Consultado em 21 de setembro de 2011
- ↑ «Mapa Multimodal Minas Gerais» (PDF). Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Consultado em 11 de setembro de 2011
- ↑ a b c d «PIB dos municípios de Minas Gerais 2008». Fundação João Pinheiro. Consultado em 22 de setembro de 2011