The Black Cauldron: diferenças entre revisões

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| legenda = Cartaz do filme
| legenda = Cartaz de lançamento original.
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| ano = 1985
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| direção = Ted Berman<br />Richard Rich
| direção = Ted Berman<br>[[Richard Rich]]
| produção = Joe Hale
| produção = Joe Hale
| produção executiva = Ron Miller
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| produção executiva = [[Ron Miller]]
| roteiro = Art Stevens<br />Peter Young<br />Roy Morita<br />Al Wilson<br />David Jonas<br />Vance Gerry<br />Ted Berman<br />Richard Rich<br />Joe Hale
| história = Ted Berman<br>Vance Gerry<br>Joe Hale<br>David Jonas<br>Roy Morita<br>Richard Rich<br>Art Stevens<br>Al Wilson<br>Peter Young
| roteiro =
| narração = [[John Huston]]
| narração = [[John Huston]]
| elenco = Grant Bardsley<br />Susan Sheridan<br />Freddie Jones<br />[[Nigel Hawthorne]]<br />[[John Hurt]]<br />John Byner
| elenco = Grant Bardsley<br>Susan Sheridan<br>Freddie Jones<br>[[Nigel Hawthorne]]<br>John Byner<br>[[Arthur Malet]]<br>Phil Fondacaro<br>[[John Hurt]]
| criação original = ''[[As Crônicas de Prydain|The Chronicles of Prydain]]'', <br/>de Lloyd Alexander
| criação original = ''[[As Crônicas de Prydain]]'' de<br/>Lloyd Alexander
| música = [[Elmer Bernstein]]
| música = [[Elmer Bernstein]]
| edição = Armetta Jackson<br />James Koford<br />James Melton
| edição = James Melton<br>Jim Koford<br>Armetta Jackson
| estúdio = [[Walt Disney Pictures]]<ref name="AFI">{{citar web|título=The Black Cauldron|url=https://www.afi.com/members/catalog/DetailView.aspx?s=&Movie=55771|publicado=American Film Institute|acessodata=22 de setembro de 2016|arquivodata=19 de outubro de 2016|arquivourl=https://web.archive.org/web/20161019100153/http://www.afi.com/members//catalog/DetailView.aspx?s=&Movie=55771|urlmorta= não}}</ref><br />[[Walt Disney Animation Studios|Walt Disney Productions]]<ref>{{citar jornal|último1=Hughes|primeiro1=William|título=Disney Animation might be returning to the series that nearly killed it 30 years ago|url=https://news.avclub.com/disney-animation-might-be-returning-to-the-series-that-1798245285|acessodata=3 de abril de 2017|obra=The A.V. Club|data=17 de março de 2016|arquivodata=4 de novembro de 2019|arquivourl=https://web.archive.org/web/20191104045601/https://news.avclub.com/disney-animation-might-be-returning-to-the-series-that-1798245285|urlmorta= não}}</ref><br />Silver Screen Partners II<ref name="AFI" />
| estúdio = [[Walt Disney Pictures]]<br>Walt Disney Feature Animation<br>Silver Screen Partners II
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| distribuição = [[Buena Vista Distribution]]<ref name="AFI" />
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| lançamento = {{USAb}} [[24 de julho]] de [[1985]]<br>{{BRAb}} [[19 de setembro]] de [[1985]]<ref name="adorocin" />
| direção de fotografia =
| orçamento = [[US$]] 25–44 milhões<ref>http://jimhillmedia.com/editor_in_chief1/b/jim_hill/archive/2006/02/10/712.aspx</ref><ref>http://www.sfgate.com/movies/article/Review-Waking-Sleeping-Beauty-3269188.php</ref>
| cinematografia =
| receita = [[US$]] 21 milhões<ref name=mojo>{{citar web |url=http://www.boxofficemojo.com/movies/?page=main&id=blackcauldron.htm |publicado=[[Box Office Mojo]] |título=The Black Cauldron (1985) |língua=inglês |data= |acessodata=20 de maio de 2016}}</ref>
| orçamento = [[Dólar dos Estados Unidos|US$]] 25-44 milhões<ref name=WSBBudget>{{citar vídeo|pessoas=[[Don Hahn|Hahn, Don]] (Director)|título=[[Waking Sleeping Beauty]]|medium=Documentary film|publicado=Stone Circle Pictures/[[Walt Disney Studios Motion Pictures]]|local=[[Burbank, CA]]|data=2010|tempo=16:08|citação=Black Cauldron cost $44 million to make and made less than half that at the box office.}}</ref><ref name=SFGSleepingBeauty>{{citar jornal|último1=Hartlaub|primeiro1=Peter|título=Review: 'Waking Sleeping Beauty'|url=https://www.sfgate.com/movies/article/Review-Waking-Sleeping-Beauty-3269188.php|jornal=SFGate|acessodata=7 de setembro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130420151247/http://www.sfgate.com/movies/article/Review-Waking-Sleeping-Beauty-3269188.php|arquivodata=20 de abril de 2013|data=26 de março de 2010|urlmorta= não}}</ref>
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| receita = US$ 21.288.692<ref name=BO>{{citar web|título=The Black Cauldron (1985) |url=https://www.boxofficemojo.com/title/tt0088814/?ref_=bo_se_r_1 |website=[[Box Office Mojo]] |acessodata=23 de outubro de 2010 |arquivodata=26 de outubro de 2020 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20201026031855/https://www.boxofficemojo.com/title/tt0088814/?ref_=bo_se_r_1 |urlmorta= não}}</ref><br><small>(receita interna estadunidense)</small>
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'''''The Black Cauldron''''' {{BRPT2|O Caldeirão Mágico<ref name="adorocin">{{citar web|URL=http://www.adorocinema.com/filmes/filme-32000/|título=''O Caldeirão Mágico''|publicado=[[AdoroCinema]]|local=Brasil|acessodata=20/3/2020}}</ref><ref name="cinplay">{{citar web|URL=https://cineplayers.com/filmes/o-caldeirao-magico|título=''O Caldeirão Mágico''|publicado=CinePlayers|local=Brasil|acessodata=20/3/2020}}</ref>|Taran e o Caldeirão Mágico<ref name="sapo">{{citar web|URL=https://mag.sapo.pt/cinema/filmes/taran-e-o-caldeirao-magico|título=''Taran e o Caldeirão Mágico''|publicado=SapoMag|local=Portugal|acessodata=20/3/2020}}</ref>}} é um [[filme de animação]] norte-americano de 1985, dos gêneros [[aventura (cinema)|aventura]] e [[fantasia (cinema)|fantasia]], dirigido por Ted Berman e Richard Rich para a [[Walt Disney Pictures]], com roteiro baseado nos dois primeiros livros da série ''As Crônicas de Prydain'', de Lloyd Alexander,<ref name="afi">{{citar web|URL=https://catalog.afi.com/Catalog/moviedetails/55771|título=''The Black Cauldron'' (1985)|autor=|data=|publicado=[[American Film Institute]]|acessodata=20/3/2020}}</ref> por sua vez inspirada na mitologia galesa.
'''''The Black Cauldron''''' {{BRPT2|''O Caldeirão Mágico''<ref name="adorocin">{{citar web|URL=http://www.adorocinema.com/filmes/filme-32000/|título=''O Caldeirão Mágico''|publicado=[[AdoroCinema]]|local=Brasil|acessodata=20/3/2020}}</ref><ref name="cinplay">{{citar web|URL=https://cineplayers.com/filmes/o-caldeirao-magico|título=''O Caldeirão Mágico''|publicado=CinePlayers|local=Brasil|acessodata=20/3/2020}}</ref>|''Taran e o Caldeirão Mágico''<ref name="sapo">{{citar web|URL=https://mag.sapo.pt/cinema/filmes/taran-e-o-caldeirao-magico|título=''Taran e o Caldeirão Mágico''|publicado=SapoMag|local=Portugal|acessodata=20/3/2020}}</ref>}} é um filme de animação estadunidense de 1985 dos gêneros [[aventura (cinema)|aventura]] e [[fantasia (cinema)|fantasia]] produzido pela [[Walt Disney Productions]] em associação com a Silver Screen Partners II e lançado pela [[Walt Disney Pictures]].<ref name="AFI" /> É vagamente baseado nos dois primeiros livros de ''[[As Crônicas de Prydain]]'', de autoria de Lloyd Alexander, uma série de cinco romances que, por sua vez, são baseados na mitologia galesa.


Este 25º filme dos estúdios Disney é ambientado na terra mítica de Prydain durante a [[Idade das Trevas]]. A animação conta a história de um místico caldeirão mágico desejado pelo temido Horned King (no Brasil: ''Rei de Chifres''; em Portugal: ''Rei Chifres'') que espera, assim que tomar sua posse, dominar o mundo com a ajuda de seus poderes sobrenaturais vindos do caldeirão. Contudo, um jovem chamado Taran, acompanhado da Princesa Eilonwy, de uma criatura chamada Gurgi, de sua porquinha Hen Wen e do simpático Sr. Flores Flama procuram impedir o vilão de alcançar o tão famigerado caldeirão.
Situado na terra mítica de Prydain durante o início da [[Idade Média]], o filme conta a história de um místico caldeirão mágico desejado pelo temido Horned King que espera, assim que tomar sua posse, dominar o mundo com a ajuda de seus poderes sobrenaturais vindos do caldeirão. Contudo, um jovem chamado Taran, acompanhado da Princesa Eilonwy, de uma criatura chamada Gurgi, de sua porquinha Hen Wen e do simpático Sr. Flores Flama procuram impedir o vilão de alcançar o tão famigerado caldeirão.


Dirigido por Ted Berman e [[Richard Rich]], que já haviam dirigido o filme de animação anterior da Disney ''[[The Fox and the Hound (filme)|The Fox and the Hound]]'' (1981), ''The Black Cauldron'' foi o primeiro filme de animação da Disney a ser gravado em Dolby Stereo. A Disney havia adquirido os direitos cinematográficos dos livros de Alexander em 1973, com a sua produção começando em 1980 tendo inicialmente sua previsão de estreia para o Natal de 1984. Durante a produção, o filme passou por um severo processo de edição, principalmente por conta de sua natureza sombria, que se mostrou perturbadora para as crianças durante uma exibição de teste. O recém-nomeado presidente do [[Walt Disney Studios]], [[Jeffrey Katzenberg]], ordenou que várias cenas fossem cortadas, temendo que o filme assustasse as crianças; como resultado, seu lançamento foi adiado para 1985. Apresenta as vozes de Grant Bardsley, Susan Sheridan, Freddie Jones, [[Nigel Hawthorne]], [[Arthur Malet]], John Byner, Phil Fondacaro e [[John Hurt]]; um [[prólogo]] é narrado pelo famoso ator e diretor [[John Huston]].
O filme é dirigido por Ted Berman e Richard Rich, que anteriormente haviam dirigido o filme ''[[The Fox and the Hound (filme)|The Fox and the Hound]]'' de 1981 (também da Disney). Dentre seu elenco original estão Grant Bardsley, Susan Sheridan, Freddie Jones, Nigel Hawthorne, John Byner e John Hurt que emprestaram suas vozes aos personagens. Foi o primeiro filme de animação da Disney a receber uma classificação PG da [[MPAA]] e também o primeiro do estúdio a utilizar o uso de imagens geradas por computador.<ref name="Não_nomeado-yJ45-1">http://www.slate.com/articles/arts/dvdextras/2010/10/the_black_cauldron.single.html</ref>


Foi o primeiro filme de animação da Disney a receber uma "[[Sistema de classificação de filmes da Motion Picture Association|classificação PG]]" pela [[MPAA]], bem como o primeiro filme do estúdio a utilizar [[imagens geradas por computador]].<ref name=SlateRevisiting>{{citar jornal|último1=Kois|primeiro1=Dan|título=Revisiting The Black Cauldron, the Movie That Almost Killed Disney Animation|url=http://www.slate.com/articles/arts/dvdextras/2010/10/the_black_cauldron.single.html|acessodata=6 de setembro de 2015|obra=Slate|data=19 de outubro de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120117020425/http://www.slate.com/articles/arts/dvdextras/2010/10/the_black_cauldron.single.html|arquivodata=17 de janeiro de 2012|urlmorta= não}}</ref> ''The Black Cauldron'' foi lançado nos cinemas norte-americanos pela [[Buena Vista Distribution]] (sob o selo da Walt Disney Pictures) em 24 de julho de 1985; se tornou um [[Box-office bomb|fracasso de bilheteria]] ao arrecadar US$ 21 milhões na América do Norte contra um orçamento relatado pela Disney de [[US$]] 25 milhões, embora um dos produtores do filme alegou que o longa tenha custado mais de [[US$]] 40 milhões. Considerando qualquer um dos dois valores, se tornou o filme de animação mais caro já feito na época. Seu prejuízo foi tão grande que colocou em risco o futuro do departamento de animação da Disney. Devido ao seu fracasso comercial, a Disney não lançou o filme em [[home video|mídias domésticas]] até 1997. Com o passar dos anos, o filme ganhou [[Filme cult|seguidores cult]].<ref>{{citar web|url=https://www.popoptiq.com/how-the-black-cauldron-became-a-cult-classic/|título=How 'The Black Cauldron' Became a Cult Classic|primeiro=Elizabeth|último=Rico|data=27 de fevereiro de 2014}}</ref><ref>[https://movieweb.com/best-cult-classic-animated-movies/ 22 Animated Cult Classics Worth Checking Out - MovieWeb]</ref>
A animação foi lançada nos cinemas norte-americanos em [[24 de Julho]] de [[1985]], no [[Brasil]] o filme chegou em 19 de setembro do mesmo ano e em [[Portugal]] só chegou em 18 de março de 1986. Sob o custo de [[US$]] 25 milhões (embora um dos produtores do filme alega que o longa tenha custado mais de [[US$]] 40 milhões), o filme não obteve um retorno satisfatório de bilheteria, arrecadando apenas um pouco mais de [[US$]] 21 milhões nos cinemas do mundo inteiro.<ref name=mojo>{{citar web |url=http://www.boxofficemojo.com/movies/?page=main&id=blackcauldron.htm |publicado=[[Box Office Mojo]] |título=The Black Cauldron (1985) |língua=inglês |data= |acessodata=20 de maio de 2016}}</ref>


== Enredo ==
== Enredo ==
{{sinopse|data=março de 2020}}
{{sinopse|data=março de 2020}}
Na terra de Prydain, um jovem garoto chamado Taran é um "guardador de porcos" que sonha ser um grande guerreiro na pequena fazenda do mago Caer Dallben. Dallben descobre que o seu inimigo Rei de Chifres/Rei Chifres está à procura de uma relíquia mística conhecida como Caldeirão Negro com o intuito de criar um exército invencível de guerreiros mortos-vivos para, dessa forma, dominar o Mundo. Dallben teme, ainda, que o Rei de Chifres consigar sequestrar sua porquinha Hen Wen - que possui poderes mágicos - para usá-la para localizar o caldeirão. Dallben ordena que Taran leve Hen Wen em segurança até um esconderijo na floresta. No caminho, entretanto, Taran acaba se descuidando da porquinha e a mesma acaba sendo raptada pelos servos do Rei de Chifres. O jovem rapaz segue-os até o castelo do vilão.
Na terra de Prydain, um jovem garoto chamado Taran é um "guardador de porcos" que sonha ser um grande guerreiro na pequena fazenda do mago Caer Dallben. Dallben descobre que o seu inimigo Horned King{{nota de rodapé|"Rei de Chifres" na dublagem brasileira, "Rei Chifres" na dublagem portuguesa}} está à procura de uma relíquia mística conhecida como Caldeirão Negro com o intuito de criar um exército invencível de guerreiros mortos-vivos para, dessa forma, dominar o mundo. Dallben teme, ainda, que Horned King consiga sequestrar sua porquinha Hen Wen, que possui poderes mágicos, para usá-la para localizar o caldeirão. Dallben ordena que Taran leve Hen Wen em segurança até um esconderijo na floresta. No caminho, entretanto, Taran acaba se descuidando da porquinha e a mesma acaba sendo raptada pelos servos de Horned King. O jovem rapaz segue-os até o castelo do vilão.


Durante o caminho, Taran acaba conhecendo o pequeno e importunado Gurgi, que se junta a Taran em sua busca. Ao chegar perto do castelo, Gurgi recomenda Taran a desistir do resgate da porquinha afirmando que o lugar é muito perigoso. Taran se nega a desistir e decide entrar no sombrio castelo sem a companhia de Gurgi; ele acaba encontrando Hen Wen, mas é logo descoberto. Contudo, Taran consegue libertar a porquinha jogando-a no lago que rodeia o castelo e a manda fugir. Antes de fazer qualquer esforço para tentar acompanhar a porquinha na fuga, Taran acaba sendo capturado e jogado num calabouço, enquanto que Hen Wen escapa ilesa do castelo e foge floresta adentro, não sendo mais vista.
Durante o caminho, Taran acaba conhecendo o pequeno e importunado Gurgi, que se junta a Taran em sua busca. Ao chegar perto do castelo, Gurgi recomenda Taran a desistir do resgate da porquinha afirmando que o lugar é muito perigoso. Taran se nega a desistir e decide entrar no sombrio castelo sem a companhia de Gurgi; ele acaba encontrando Hen Wen, mas é logo descoberto. Contudo, Taran consegue libertar a porquinha jogando-a no lago que rodeia o castelo e a manda fugir. Antes de fazer qualquer esforço para tentar acompanhar a porquinha na fuga, Taran acaba sendo capturado e jogado num calabouço, enquanto que Hen Wen escapa ilesa do castelo e foge floresta adentro, não sendo mais vista.


Depois de se esgueirar pelas ruínas do castelo com o intuito de fugir, uma também prisioneira do Rei de Chifres chamada Princesa Eilonwy liberta Taran. Nas catacumbas abaixo do castelo, Taran e Eilonwy descobrem um antigo [[mausoléu]] onde repousa o corpo de um rei (provavelmente o antigo dono do castelo, morto pelo vilão após este tomar posse do lugar); acima de seu túmulo está uma espada mágica, a qual Taran pega para si. O poder da espada permite que Taran lute eficazmente contra os capangas do Rei de Chifres. Taran e Eilonwy acabam libertando um outro prisioneiro, o senhor de meia-idade tocador de [[harpa]]s Flores Flama. Os três escapam do castelo e se encontram com Gurgi. Quando o Rei de Chifres descobre que Taran escapou, ele ordena seu ajudante Creeper (PT: Arrepio; BR: Nojentinho) a enviar comparsas para capturar Taran e os outros prisioneiros de uma vez por todas.
Depois de se esgueirar pelas ruínas do castelo com o intuito de fugir, uma também prisioneira de Horned King chamada Princesa Eilonwy liberta Taran. Nas catacumbas abaixo do castelo, Taran e Eilonwy descobrem um antigo [[mausoléu]] onde repousa o corpo de um rei (que era o antigo dono do castelo, morto pelo vilão após este tomar posse do lugar); acima de seu túmulo está uma espada mágica, a qual Taran pega para si. O poder da espada permite que Taran lute eficazmente contra os capangas de Horned King. Taran e Eilonwy acabam libertando um outro prisioneiro, o senhor de meia-idade tocador de [[harpa]]s Flores Flama.{{nota de rodapé|Na dublagem original em inglês "Fflewddur Fflam"}} Os três escapam do castelo e se encontram com Gurgi. Quando Horned King descobre que Taran escapou, ele ordena seu ajudante Creeper{{nota de rodapé|"Nojentinho" na dublagem brasileira, "Arrepio" na dublagem portuguesa}} a enviar comparsas para capturar Taran e os outros prisioneiros de uma vez por todas.


Seguindo uma trilha de pegadas deixada por Hen Wen, os quatro amigos descobrem um reino subterrâneo dos Elfies Folks, um grupo de pequeninos magos e fadas que revelam que a porquinha Hen Wen está sob sua proteção. Os minúsculos seres também afirmam saber onde está o famigerado Caldeirão Negro e Taran afirma que precisa encontrar o objeto e destruí-lo para neutralizar qualquer tentativa maléfica do Rei de Chifres. Eilonwy, Flores Flama e Gurgi se juntam a Taran na procura pelo caldeirão juntamente com o antipático Elfo Doli (braço direito do Rei dos Elfos) que é ordenado pelo seu Rei a levá-los para o Pântano de Morva enquanto que os outros Elfos ficam encarregados de levar a porquinha em segurança de volta para a fazenda de Caer Dallben. No tal pântano eles descobrem que o caldeirão está sob a guarda de três bruxas: Orddu, a líder do trio que é bastante gananciosa; Orgoch que possui uma enorme gula; e a Bruxa Orwen, que é mais benevolente e que se apaixona por Flores Flama à primeira vista. Orddu concorda em dar o caldeirão em troca da espada mágica de Taran, o jovem rapaz concorda, embora ciente de que, perdendo sua espada, ele não terá mais chances de realizar seu antigo sonho de se tornar um valente guerreiro. Antes de desaparecerem, Orddu, Orwen, e Orgoch revelam que o caldeirão é indestrutível, e que seu poder só pode ser quebrado se alguém pular por livre e espontânea vontade dentro dele, contudo este alguém jamais retornará com vida. Depois das bruxas sumirem magicamente, nenhum dos amigos se encoraja a fazer tal tarefa; Elfo Doli, enfurecido com a situação decide abandonar o grupo indo embora. Com isso, Taran descobre que trocou sua espada por nada. Taran começa a se sentir culpado pela situação, mas seus amigos o animam, principalmente Eilonwy; quando a moça estava prestes a lhe dar um beijo eles são interrompidos pelos capangas do Rei de Chifres que recuperam os seus prisioneiros e também o cobiçado Caldeirão Mágico. Gurgi, entretanto, consegue escapar e Taran, Eilonwy e Flores Flama são, enfim, capturados e levados de volta para o castelo do vilão.
Seguindo uma trilha de pegadas deixada por Hen Wen, os quatro amigos descobrem o reino subterrâneo dos Elfies Folks, um grupo de pequeninos magos e fadas que revelam que a porquinha Hen Wen está sob sua proteção. Os minúsculos seres também afirmam saber onde está o famigerado Caldeirão Negro e Taran afirma que precisa encontrar o objeto e destruí-lo para neutralizar qualquer tentativa maléfica de Horned King. Eilonwy, Flores Flama e Gurgi se juntam a Taran na procura pelo caldeirão juntamente com o antipático Elfo Doli (braço direito do Rei dos Elfos) que é ordenado pelo seu Rei a levá-los para o Pântano de Morva enquanto que os outros Elfos ficam encarregados de levar a porquinha em segurança de volta para a fazenda de Caer Dallben. No tal pântano eles descobrem que o caldeirão está sob a guarda de três bruxas: Orddu, a líder do trio que é bastante gananciosa; Orgoch que possui uma enorme gula; e a Bruxa Orwen, que é mais benevolente e que se apaixona por Flores Flama à primeira vista.


Orddu concorda em dar o caldeirão em troca da espada mágica de Taran, o jovem rapaz concorda, embora ciente de que, perdendo sua espada, ele não terá mais chances de realizar seu antigo sonho de se tornar um valente guerreiro. Antes de desaparecerem, Orddu, Orwen, e Orgoch revelam que o caldeirão é indestrutível, e que seu poder só pode ser quebrado se alguém pular por livre e espontânea vontade dentro dele, contudo este alguém jamais retornará com vida. Depois das bruxas sumirem magicamente, nenhum dos amigos se encoraja a fazer tal tarefa; Elfo Doli, enfurecido com a situação, decide abandonar o grupo indo embora. Com isso, Taran descobre que trocou sua espada por nada e começa a se culpar pela situação, mas seus amigos o animam, principalmente Eilonwy. Eles são interrompidos pelos capangas de Horned King que os aprisionam novamente e também tomam o Caldeirão Negro para levar ao vilão. Gurgi, entretanto, consegue escapar, enquanto Taran, Eilonwy e Flores Flama são acorrentados.
Já com a posse do caldeirão, o Rei de Chifres usa os poderes do mesmo para criar um exército de mortos vivos para que eles enfim dominem o mundo sob a liderança do vilão. Uma vez livre, Gurgi decide corajosamente entrar no castelo. A criatura liberta os três amigos e Taran decide se jogar no caldeirão para neutralizar seus poderes, mas Gurgi o impede pulando no caldeirão ele mesmo. Com isso, os mortos vivos começam a se enfraquecer por conta do poder do caldeirão ter sido neutralizado por Gurgi. Quando o Rei de Chifres descobre Taran e seus amigos soltos, ele resolve jogar o rapaz dentro do caldeirão, que começa a sugar tudo ao seu redor de forma desordenada. Taran acaba escapando de ser engolido pelo caldeirão se segurando em um degrau do castelo, enquanto que o vilão acaba sendo morto após ser tragado brutalmente para dentro do caldeirão. Após isso, o castelo começar a desmoronar através dos poderes do caldeirão, mas os três amigos conseguem escapar ilesos. Taran se lamenta bastante pela morte de Gurgi, enquanto que as três bruxas reaparecem querendo o caldeirão de volta. Flores Flama resolve desafiar as três bruxas dizendo que só conseguirão o caldeirão de volta se trazerem Gurgi de volta e com vida; de princípio elas se negam, mas após ouvirem de Flores que elas não são poderosas e que não são capazes de nada, as bruxas decidem de forma relutante atender o pedido, retirando Gurgi de dentro do caldeirão com vida. Os quatro amigos, em seguida, retornam a terra de Prydain. Enquanto isso, o mago Caer Dallben e o Elfo Doli os observam através de uma visão num recipiente com água com ajuda dos poderes da porquinha Hen Wen já segura. Caer Dallben elogia Taran pela sua bravura, apesar do fato de o rapaz ser um mero "guardador de porcos".


Já com a posse do caldeirão, Horned King usa os poderes do objeto para criar um exército de mortos vivos para que eles enfim dominem o mundo sob a sua liderança. Gurgi corajosamente entra no castelo para salvar seus amigos. Quando a criatura os liberta, Taran decide se jogar no caldeirão para neutralizar seus poderes, mas Gurgi o impede pulando no caldeirão ele mesmo. Com isso, os mortos vivos começam a se enfraquecer por conta do poder do caldeirão ter sido neutralizado por Gurgi. Quando Horned King descobre Taran e seus amigos soltos, ele tenta jogar o rapaz dentro do caldeirão, mas o objeto começa a sugar tudo ao seu redor de forma desordenada. Taran consegue escapar se segurando em um degrau do castelo, enquanto que o vilão acaba sendo morto após ser tragado brutalmente para dentro do caldeirão. Após isso, o castelo começar a desmoronar através dos poderes do caldeirão, mas os três amigos conseguem escapar ilesos.
== Elenco ==


Taran se lamenta bastante pela morte de Gurgi, enquanto que as três bruxas reaparecem querendo o caldeirão de volta. Flores Flama resolve desafiar as três bruxas dizendo que só conseguirão o caldeirão de volta se trazerem Gurgi de volta e com vida; de princípio elas se negam, mas após ouvirem de Flores que elas não são poderosas e que não são capazes de nada, as bruxas decidem de forma relutante atender o pedido, retirando Gurgi de dentro do caldeirão com vida. Ao se abraçarem, Gurgi faz com que Taran e Eilonwy se beijem. Os quatro amigos, em seguida, retornam a terra de Prydain. Enquanto isso, o mago Caer Dallben e o Elfo Doli os observam através de uma visão num recipiente com água com ajuda dos poderes da porquinha Hen Wen já segura. Caer Dallben elogia Taran pela sua bravura, apesar do fato de o rapaz ser um mero "guardador de porcos".
* Grant Bardsley como Taran
* Susan Sheridan como Princesa Eilonwy
* Freddie Jones como Dallben
* [[Nigel Hawthorne]] como Fflewddur Fflam
* [[Arthur Malet]] como Rei Eidilleg
* John Byner como Gurgi e Doli
* Phil Fondacaro como Nojentinho
* [[John Hurt]] como O Rei de Chifres
* Eda Reiss Merin como Orddu
* Adele Malis-Morey como Orwen
* Billie Hayes como Orgoch
* [[Wayne Allwine]], James Almanzar, Fondacaro, Steve Hale, Jack Laing, Phil Nibbelink, e Peter Renaday como os capangas do Rei dos Chifres
* [[John Huston]] como Narrador


== Produção ==
==Elenco==
*Grant Bardsley como Taran
O trabalho de pré-produção do filme começou em 1973, quando a Disney adquiriu os direitos dos livros de Lloyd Alexander. Com isso o filme começou a ser produzido ''de facto'' a partir de 1980.<ref>http://articles.chicagotribune.com/1985-08-03/features/8502210564_1_horned-king-black-cauldron-disney-films "`Black Cauldron` A Brew Of Vintage Disney Animation"</ref> Os produtores do filme estavam esperançosos por um eventual sucesso do filme, chegando até a afirmarem que ''The Black Cauldron'' poderia ser um sucesso tão bom quanto ''Branca de Neve''. <ref>http://www.norskanimasjon.no/pub/index.php/ffaf/artikler/ollie_johnston_et_intervju_del_1 Ollie Johnston - et intervju, del 1</ref>
*Susan Sheridan como Princesa Eilonwy
*Freddie Jones como Caer Dallben
*[[Nigel Hawthorne]] como Flores Flama
*[[Arthur Malet]] como Rei dos Elfos
*John Byner como Gurgi e Elfo Doli
*Phil Fondacaro como Creeper
*[[John Hurt]] como Horned King
*Eda Reiss Merin como Orddu
*Adele Malis-Morey como Orwen
*Billie Hayes como Orgoch
*[[Wayne Allwine]], James Almanzar, Fondacaro, Steve Hale, Jack Laing, Phil Nibbelink e Peter Renaday como os capangas de Horned King
*[[John Huston]] como o narrador do prólogo do filme


==Produção==
''The Black Cauldron'' inovou por ter sido o primeiro filme da [[Walt Disney Pictures]] a utilizar técnicas feitas em computador em algumas cenas, substituindo a xerografia na Disney (que era usada nos filmes da empresa desde a década de 50).<ref>https://web.archive.org/web/20080706132307/http://www.drawn2gether.com/blog/2008/04/24/crew-picture-ink-and-paint-scene-planning-checking/#more-126drawn2gether The Black Cauldron</ref>
===Desenvolvimento e pré-produção===
Em 1971, a Disney iniciou conversas com o escritor Lloyd Alexander para adquirir os direitos cinematográficos de sua coleção de livros ''[[As Crônicas de Prydain]]'' publicada entre os anos de 1964 a 1968 através de cinco volumes.<ref name=SlateRevisiting /> Com o acordo concretizado em 1973, a pré-produção do filme foi iniciada. O estúdio foi convencido a realizar o filme pelos animadores [[Ollie Johnston]] e [[Frank Thomas]]; Johnston chegou a declarar que, se tivesse sido feito corretamente, o filme poderia ser "tão bom quanto ''[[Branca de Neve e os Sete Anões (filme)|Branca de Neve]]''".<ref>{{citar entrevista|entrevistador=Jo Jürgens |título=Ollie Johnston - an interview, part 1. |url=http://www.norskanimasjon.no/pub/index.php/ffaf/artikler/ollie_johnston_et_intervju_del_1 |língua=no |ano=1996 |acessodata=4 de novembro de 2014 |arquivodata=4 de novembro de 2014 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20141104063327/http://www.norskanimasjon.no/pub/index.php/ffaf/artikler/ollie_johnston_et_intervju_del_1 |urlmorta= não}}</ref> Por causa das inúmeras histórias contidas nos cinco livros, e com mais de trinta personagens na série original, vários artistas e animadores trabalharam no desenvolvimento do filme ao longo da década de 1970.<ref name=D23>{{citar web|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150906012122/https://d23.com/a-to-z/black-cauldron-the-film/|url=https://d23.com/a-to-z/black-cauldron-the-film/|título=Black Cauldron, The (film)|obra=[[Disney D23]]|arquivodata=6 de setembro de 2015|acessodata=11 de maio de 2016}}</ref> Quando ''[[The Rescuers]]'' (1977) foi concluído, ''The Black Cauldron'' foi provisoriamente programado para ser lançado em 1980. O artista veterano [[Mel Shaw]] criou esboços conceituais complexos que o futuro presidente e CEO da Disney, [[Ron Miller]], considerou avançados demais para os animadores novatos recém contratados pelo estúdio.<ref name=JHMWhatWentWrong />


Em agosto de 1978, o estúdio adiou a data de lançamento de ''The Black Cauldron'' para o Natal de 1984 devido à parcial incapacidade dos animadores animarem personagens humanos de maneira mais realista; sua data de lançamento original foi posteriormente assumida por ''[[The Fox and the Hound (filme)|The Fox and the Hound]]'' (que acabou sofrendo atrasos e só foi lançado em 1981).<ref>{{citar jornal|último=Harmetz|primeiro=Aljean|autorlink=Aljean Harmetz|url=https://www.nytimes.com/1978/07/27/archives/disney-incubating-new-artists-mickey-mouse-turning-50-pompousness.html|título=Disney Incubating New Artists|obra=The New York Times|página=C10|data=10 de agosto de 1978|acessodata=11 de maio de 2016|arquivodata=27 de setembro de 2018|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180927053350/https://www.nytimes.com/1978/07/27/archives/disney-incubating-new-artists-mickey-mouse-turning-50-pompousness.html|urlmorta= não}}</ref> Durante o desenvolvimento, o artista Vance Gerry foi selecionado para criar ''[[storyboard]]s'' que delineariam o enredo, a ação e os locais. Tendo estabelecido os três personagens principais, Gerry adaptou o vilão Horned King em um ''[[Vikings|viking]]'' barrigudo que tinha barba ruiva, temperamento explosivo e usava um capacete de aço com dois chifres grandes. Enquanto isso, o estúdio contratou a dramaturga inglesa Rosemary Anne Sisson porque desejava um roteirista britânico experiente para o filme.{{sfn|Hulett|2014|page=46}}
''The Black Cauldron'' é notável por ser o primeiro filme longa-metragem animado da Disney a utilizar o uso de imagens geradas por computador em alguns itens do longa como no barco onde Taran e seus amigos utilizam para escapar do castelo do Rei de Chifres/Rei Chifres e na esfera flutuante que representa o ídolo da Princesa Eilonwy. Em uma cena do filme, o animador Don Paul usou névoas de gelo seco de verdade para criar o vapor e a fumaça saindo do caldeirão mágico. Apesar de ''The Black Cauldron'' ter sido lançado um ano antes de ''[[The Great Mouse Detective]]'', ambos foram produzidos de forma simultânea durante algum tempo.


O animador [[John Musker]] foi o diretor inicial do filme, tendo o cargo sido oferecido pelo chefe de produção Tom Wilhite. Como diretor, Musker foi designado para expandir diversas sequências no primeiro ato, mas elas acabaram sendo consideradas cômicas demais.{{sfn|Hulett|2014|pages=47–48}} Musker explicou: "[...] as pessoas mais velhas com quem eu trabalhava não gostaram de nenhuma das minhas ideias".<ref>{{citar jornal|último=Flores |primeiro=Terry |url=https://variety.com/2016/film/spotlight/moana-ron-clements-john-musker-dwayne-johnson-disney-little-mermaid-1201931802/ |título=Disney Animation Veterans Ride the CG Tide With 'Moana' |obra=[[Variety (magazine)|Variety]] |data=2 de dezembro de 2016 |acessodata=4 de março de 2022 |arquivodata=5 de março de 2022 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20220305025035/https://variety.com/2016/film/spotlight/moana-ron-clements-john-musker-dwayne-johnson-disney-little-mermaid-1201931802/ |urlmorta= não}}</ref> Quando a produção de ''The Fox and the Hound'' foi concluída, vários diretores de animação como Art Stevens, [[Richard Rich]], Ted Berman e Dave Michener se envolveram em ''The Black Cauldron''. Miller passou a achar que muitas pessoas estavam envolvidas no projeto, fazendo-o decidir que Stevens não era adequado para supervisionar o mesmo; ele então contatou Joe Hale, que era um artista de ''layout'' de longa data nos estúdios Disney, para atuar como produtor.<ref name=JHMWhatWentWrong />{{sfn|Hulett|2014|pages=47–48}}<ref>{{citar entrevista|entrevistador=Jérémie Noyer|título=The Black Cauldron: Producer Joe Hale talks munchings and crunchings…|url=https://animatedviews.com/2010/the-black-cauldron-producer-joe-hale-talks-munchings-and-crunchings/|website=Animated Views|data=17 de setembro de 2010|acessodata=11 de maio de 2016|arquivodata=27 de junho de 2016|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160627215620/http://animatedviews.com/2010/the-black-cauldron-producer-joe-hale-talks-munchings-and-crunchings/|urlmorta= não}}</ref>
É também a primeira animação da Disney a não contar a inscrição "The End" no fim do filme. O filme também é notável, por incorporar desenhos e gravuras em seus créditos finais, algo que não era feito desde ''[[Alice no País das Maravilhas (1951)|Alice no País das Maravilhas]]'' de 1951; antes disso todos os filmes da Disney terminavam com a inscrição "The End" na tela e mostrava seus créditos finais de maneira simples (sob um fundo preto).


Com Hale sendo produtor, a produção real de ''The Black Cauldron'' começou de fato em 1980.<ref name=D23 /><ref>{{citar jornal| url=https://www.chicagotribune.com/news/ct-xpm-1985-08-03-8502210564-story.html |título='Black Cauldron' A Brew Of Vintage Disney Animation |último=Blowen |primeiro=Michael |obra=[[The Boston Globe]] | via=[[Chicago Tribune]] |data=3 de agosto de 1985 |acessodata=20 de fevereiro de 2015 |arquivodata=7 de abril de 2019 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20190407203410/https://www.chicagotribune.com/news/ct-xpm-1985-08-03-8502210564-story.html |urlmorta= não}}</ref> Após descartar algumas artes visuais dos personagens concebidas por [[Tim Burton]], Hale, junto com Rich e Berman, passaram a desejar um estilo para o filme semelhante ao empregado em ''[[A Bela Adormecida (1959)|A Bela Adormecida]]'' (1959). Os produtores convenceram o veterano [[Milt Kahl]] a retornar da aposentadoria para criar novos ''designs'' de personagens para Taran, Eilonwy, Flores Flama e os outros personagens principais. Hale e a equipe de história (incluindo os dois artistas de história David Jonas e Al Wilson que ele mesmo contratou) revisaram fortemente o filme, resumindo as histórias dos dois primeiros livros. Eles também fizeram algumas mudanças consideráveis, o que levou à saída de Sisson, à medida que ela desenvolvia diferenças criativas com Hale e os diretores.{{sfn|Hulett|2014|p=48}}
=== Revisão e edição ===
Pouco antes do lançamento do filme nos cinemas, o recém-nomeado presidente da Disney Jeffrey Katzenberg ordenou que algumas cenas do longa fossem cortadas principalmente pelo fato do medo de que a sua natureza e história sombria poderiam assustar o público infantil. De princípio, o produtor Joe Hale se opôs às exigências de Katzenberg, e com isso o próprio dirigente se dedicou a editar as cenas.


Os animadores John Musker e [[Ron Clements]], também citando diferenças criativas, foram afastados do projeto e iniciaram o desenvolvimento de ''[[The Great Mouse Detective]]'' (1986).<ref>{{citar entrevista|entrevistador=Michael Mallory|url=https://www.animationmagazine.net/top-stories/john-and-ron-mention-the-unmentionable/|título=John and Ron Mention 'The Unmentionable'|obra=[[Animation (magazine)|Animation]]|data=7 de setembro de 2012|acessodata=11 de maio de 2016|arquivodata=13 de maio de 2016|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160513131500/http://www.animationmagazine.net/top-stories/john-and-ron-mention-the-unmentionable/|urlmorta= não}}</ref> Descontente com o estilo de Gerry para Horned King, Hale transformou o personagem em uma criatura magra vestindo um capuz com um rosto escuro lembrando um [[crânio]] e com olhos vermelhos brilhantes; o personagem foi então expandido para um vilão mais elaborado baseado em vários personagens dos livros originais.<ref name=D23 /> Taran e Eilonwy eventualmente adquiriram elementos dos desenhos e trajes anteriores de personagens antigos da Disney; Eilonwy foi desenhada para se parecer com a [[Aurora (Disney)|Princesa Aurora]], enquanto Taran teve seu ''design'' inspirado em Peter Pan.{{sfn|Hulett|2014|page=48}}<ref>{{citar web|último=Deja|primeiro=Andreas|autorlink=Andreas Deja|url=http://andreasdeja.blogspot.com/2013/02/milt-kahls-black-cauldron.html|título=Milt Kahl's Black Cauldron|website=Deja View|via=[[Blogger (service)|Blogger]]|data=9 de fevereiro de 2013|acessodata=12 de maio de 2016|arquivodata=19 de setembro de 2016|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160919102258/http://andreasdeja.blogspot.com/2013/02/milt-kahls-black-cauldron.html|urlmorta= não}}</ref>
Informado por Hale de que Katzenberg estava editando o filme, o diretor executivo da Disney, [[Michael Eisner]], ligou para Katzenberg na sala de edição e convenceu-o a parar. Embora convencido, Katzenberg insistiu que o filme fosse reeditado, e com isso atrasou seu lançamento originalmente agendado para o Natal de 1984 para julho de 1985, de modo que houvesse tempo para que o filme pudesse ser reformulado.


===Seleção de elenco===
Foram cortados 12 minutos do filme. Algumas cenas que permaneceram no longa precisaram ser reescritas e reanimadas para darem continuidade a produção, como as cenas dos mortos-vivos "nascidos" do caldeirão perto do fim do filme. Apesar da maioria das cenas ter sido perfeitamente removida do filme, outras tiveram muito trabalho para serem cortadas: muitas cenas de violência física entre os personagens e um trecho onde a Princesa Eilonwy aparecia parcialmente despida foram excluídos, além de cenas dos Esqueletos Guerreiros brutalmente matando os soldados humanos do Rei de Chifres/Rei Chifres (esta sequência era para ser mais longa pois mostrava os soldados derretendo da carne ao osso, o corte desta cena fica evidente devido ao áudio que pula e corta abruptamente).<ref>http://www.slate.com/articles/arts/dvdextras/2010/10/the_black_cauldron.single.html "Revisiting The Black Cauldron, the Movie That Almost Killed Disney Animation"</ref> Apesar dos cortes, nada impediu o filme de receber a classificação PG da [[MPAA]], sendo o primeiro filme da Disney a receber tal censura.
De acordo com Musker, Gary Burghoff, que era famoso pelas suas participações no seriado ''[[M*A*S*H (série de televisão)|M*A*S*H]]'', fez o teste para dublar Gurgi. Ele tentou inúmeras iterações vocais, já que Ted Berman não tinha ideia de como o personagem deveria soar. Depois de três horas, os diretores ficaram entediados e Burghoff, que se recusou a sair, foi expulso do estúdio.<ref>{{citar livro|autor1=Kroyer, Bill |autor2=Sito, Tom |editor=Diamond, Ron |título=On Animation: The Director's Perspective Volume 1 |capítulo=John Musker Interview |ano=2019 |publicado=[[CRC Press]] |página=14 |isbn=978-1-138-06707-3}}</ref> Em 1982, o artista [[imitador]] John Byner foi escalado para o papel.<ref>{{citar jornal|último=Hopkins |primeiro=Tom |url=https://www.newspapers.com/newspage/406229128 |título=Cable's 'Bizarre' is so crazy even its star is surprised |obra=[[Dayton Daily News]] |data=5 de fevereiro de 1982 |acessodata=9 de agosto de 2022 |arquivodata=10 de agosto de 2022 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20220810021135/https://www.newspapers.com/newspage/406229128/ |urlmorta= não|url-access=subscription |via=Newspapers.com}}</ref> Depois que Byner estudou o conceito de seu personagem, ele se sentiu inspirado a adicionar uma "inflexão infantil" ao criar a voz de Gurgi.<ref>{{citar episódio|último=Ebsen |primeiro=Buddy (narrator) |url=https://www.youtube.com/watch?v=fHM96zE0H6k |título=Voice Actors |series=[[Disney Family Album]] |número=12 |tempo=22:57 |rede=Disney Channel |data=4 de maio de 1985 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20211007092517/https://www.youtube.com/watch?v=fHM96zE0H6k |arquivodata=7 de outubro de 2021 |acessodata=9 de agosto de 2022 |via=[[YouTube]] |urlmorta= não}}</ref>


Em janeiro de 1981, [[Hayley Mills]] afirmou que estava sendo considerada para a voz de Eilonwy.<ref>{{citar jornal|último=Scott |primeiro=Vernon |url=https://www.newspapers.com/newspage/531764875/ |título=Millions to see Mills; Hayley kid no more |obra=The News |local=[[Paterson, New Jersey]] |data=17 de janeiro de 1981 |acessodata=9 de agosto de 2022 |via=Newspapers.com |url-access=subscription}}</ref> Naquele mesmo ano, Mills apresentou um episódio do programa ''Disney's Wonderful World'' da [[NBC]], no qual ela se encontrou com Hale e os diretores para discutir o papel.<ref>{{citar episódio|último=Mills |primeiro=Hayley (host) |título=Disney Animation: The Illusion of Life |url=https://www.youtube.com/watch?v=tFhqEupQviU |data=26 de abril de 1981 |rede=NBC |series=Disney's Wonderful World |temporada=27 |número=21 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20220810041151/https://www.youtube.com/watch?v=tFhqEupQviU |arquivodata=10 de agosto de 2022 |via=YouTube |urlmorta= não}}</ref> O papel acabou indo para Susan Sheridan. De acordo com Sheridan, ela gravou a voz em três viagens distintas aos estúdios da Disney.<ref>{{citar web|último=Sheridan |primeiro=Susan |título=Voice Overs |url=http://susansheridan.com/voiceover/index.htm |data=2002 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20131210001235/http://susansheridan.com/voiceover/index.htm |website=SusanSheridan.com |arquivodata=10 de dezembro de 2013 |acessodata=9 de agosto de 2022 |urlmorta= sim}}</ref> Em um especial do canal [[Disney Channel]] de 1983 intitulado ''Backstage at Disney'', Hale afirmou que [[Jonathan Winters]] estava dando voz ao Rei dos Elfos.<ref>{{citar vídeo|último=Culhane |primeiro=John (host) |título=Backstage at Disney |url=https://archive.org/details/backstageat-disney-1983 |local=Disney Channel |data=1983 |acessodata=9 de agosto de 2022 |via=Internet Archive}}</ref> No entanto, o papel acabou indo para Arthur Malet.
== Trilha sonora ==

===Animação===
Inventado por David W. Spencer do departamento de câmeras estáticas do estúdio,<ref name=APT>{{citar jornal|título=Animation photo transfer process|url=https://d23.com/a-to-z/animation-photo-transfer-process/|obra=Disney D23|acessodata=11 de maio de 2016|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150906122901/https://d23.com/a-to-z/animation-photo-transfer-process/|arquivodata=6 de setembro de 2015}}</ref> o processo de transferência de fotos de animação (APT) foi usado pela primeira vez em ''The Black Cauldron'', que aprimoraria a tecnologia pela qual a animação bruta seria processada em [[celuloide]]. Primeiro, a animação seria fotografada em um filme [[Fotolitografia|litográfico]] de alto contraste e o negativo resultante seria copiado em folhas de plástico que transfeririam as linhas e as cores, o que eventualmente eliminaria o processo de tinta à mão.<ref>{{citar jornal|último=Solomon |primeiro=Charles |url=https://www.newspapers.com/clip/106526391/the-los-angeles-times/ |título=Animation Takes a Giant Step |obra=Los Angeles Times |em=Part VI, p. 2 |data=7 de março de 1984 |acessodata=9 de agosto de 2022 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20220810013221/https://www.newspapers.com/clip/106526391/the-los-angeles-times/ |arquivodata=10 de agosto de 2022 |via=Newspapers.com |urlmorta= não}} {{Open access}}</ref><ref>{{citar web|arquivourl=https://web.archive.org/web/20070204150644/http://disney.go.com/vault/archives/movies/blackcauldron/blackcauldron.html|url=http://disney.go.com/vault/archives/movies/blackcauldron/blackcauldron.html|título=The Black Cauldron|website=[[Go.com|Disney.go.com]]|arquivodata=4 de fevereiro de 2007|acessodata=11 de maio de 2016}}</ref> No entanto, como a arte de linha transferida pelo APT desapareceria dos celuloides com o tempo, a maior parte da animação do filme foi feita usando o processo [[Xerografia|xerográfico]], que era usado pela Disney desde o final dos anos 1950.<ref name="d2G">{{citar web|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080706132307/http://www.drawn2gether.com/blog/2008/04/24/crew-picture-ink-and-paint-scene-planning-checking/|url=http://www.drawn2gether.com/blog/2008/04/24/crew-picture-ink-and-paint-scene-planning-checking/|título=The Black Cauldron|data=24 de abril de 2008|arquivodata=6 de julho de 2008|acessodata=11 de maio de 2016}}</ref> Spencer ganharia um Óscar técnico por ter criado esse processo, mas a evolução da [[animação digital]] logo tornaria o APT obsoleto.<ref name=APT />

''The Black Cauldron'' é notável por ser o primeiro longa-metragem de animação da Disney a incorporar [[imagens geradas por computador]] em sua animação para representar bolhas, uma canoa, a esfera de luz flutuante de Eilonwy e o próprio caldeirão.<ref>{{citar livro|título=The Disney Films|último=Maltin|primeiro=Leonard|autorlink=Leonard Maltin|edição=3rd|ano=1995|publicado=Hyperion Books|isbn=0-7868-8137-2|página=286}}</ref> Embora ''The Black Cauldron'' tenha sido lançado um ano antes de ''The Great Mouse Detective'', ambos os filmes estiveram em produção simultaneamente por algum tempo e a computação gráfica do último foi feita primeiro. Quando o produtor Joe Hale soube do que estava sendo feito, as possibilidades o deixaram animado e ele fez a equipe de ''The Great Mouse Detective'' criar uma animação por computador para seu próprio filme. Para outros efeitos, o animador Don Paul usou imagens reais de névoas de gelo seco para criar o vapor e a fumaça que saíam do caldeirão.<ref name="peraza">{{citar web|url=http://michaelperaza.blogspot.com/2010/09/cauldron-of-chaos-part-3.html|título=Cauldron of Chaos, PART 3 - Ink and Paint Club: Memories of the House of Mouse|website=MichaelPereza|data=9 de setembro de 2010|via=[[Blogspot]]|acessodata=20 de fevereiro de 2012|arquivodata=20 de fevereiro de 2012|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120220032611/http://michaelperaza.blogspot.com/2010/09/cauldron-of-chaos-part-3.html|urlmorta= não}}</ref>

===Revisão e edição===
Pouco antes do lançamento teatral inicialmente planejado para 1984, uma exibição de teste para a versão preliminar de ''The Black Cauldron'' foi realizada no teatro privado da Disney em Burbank, Califórnia. Depois que o filme provou ser muito intenso e perturbador para as crianças na plateia, especialmente a sequência sombria do "nascimento dos mortos-vivos",<ref>{{citar web|último1=Alter |primeiro1=Ethan |título=Disney Will Stir 'The Black Cauldron' Again, Rebooting 'Prydain Chronicles' as Live-Action Franchise |url=https://www.yahoo.com/entertainment/disney-will-stir-the-black-cauldron-again-181011796.html |website=Yahoo! Entertainment |data=18 de março de 2016 |acessodata=6 de setembro de 2020 |arquivodata=12 de novembro de 2020 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20201112015734/https://www.yahoo.com/entertainment/disney-will-stir-the-black-cauldron-again-181011796.html |urlmorta= não}}</ref> o recém-nomeado presidente da Disney, [[Jeffrey Katzenberg]], ordenou que certas cenas de ''The Black Cauldron'' fossem removidas, como resultado da extensão e do medo de que sua natureza assustasse as crianças.{{sfn|Stewart|2005|pages=68–70}}

Como os filmes de animação eram geralmente editados em formato de ''storyboard'' usando bobinas Leica (mais tarde conhecidas como "animatics", que são ''storyboards'' filmados sequencialmente e definidos como faixas de áudio temporárias), o produtor Joe Hale se opôs às exigências de Katzenberg. Katzenberg respondeu o protesto trazendo o filme para uma [[ilha de edição]] e editando o filme ele mesmo.{{sfn|Stewart|2005|pages=68–70}} Informado por Hale sobre o que Katzenberg estava fazendo, o recém-nomeado CEO da Disney, [[Michael Eisner]], telefonou para Katzenberg na sala de edição e o convenceu a parar; embora tenha parado a pedido de Eisner, Katzenberg insistiu que o filme fosse modificado, adiando o seu lançamento programado para o Natal de 1984 para julho de 1985 para que o filme pudesse ser retrabalhado.{{sfn|Stewart|2005|pages=68–70}}

O filme foi finalmente cortado em doze minutos,<ref name="peraza" /> com várias cenas que permaneceram no filme sendo reescritas e reanimadas para dar continuidade.{{sfn|Stewart|2005|pages=68–70}} Muitas das cenas excluídas envolveram interações prolongadas entre personagens, mas outras edições envolveram conteúdo violento, incluindo os mortos-vivos "nascidos do caldeirão" que compunham o exército de Horned King no ato final do filme. Apesar da maioria das cenas ter sido perfeitamente removida, outras tiveram muito trabalho para serem cortadas como trechos que retratavam violência física entre os personagens e a sequência dos mortos-vivos brutalmente matando os capangas humanos de Horned King após "nascerem" do caldeirão; esta última sequência originalmente era mais longa e detalhava os capangas derretendo da carne ao osso após serem atacados pelos mortos-vivos (o corte desta cena fica evidente no filme final devido a um trecho onde o áudio apresenta um lapso na trilha sonora). Outra cena que foi deletada incluía um trecho onde a Princesa Eilonwy aparecia parcialmente despida.<ref name="SlateRevisiting" />

===Trilha sonora===
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Diferentemente da maioria dos outros filmes animados da Disney, ''The Black Cauldron'' não contém músicas cantadas pelos personagens. A partitura foi composta e regida por [[Elmer Bernstein]], que empregou o uso de [[Ondas Martenot]] para desenvolver o clima sombrio de Prydain. O compositor já havia usado o instrumento em ''[[Trading Places]]'' (1983) e ''[[Os Caça-Fantasmas]]'' (1984).<ref name="filmtracks">{{citar web|título=Filmtracks: The Black Cauldron (Elmer Bernstein)|publicado=[[Filmtracks.com|Filmtracks]]|data=12 de maio de 2012|url=https://www.filmtracks.com/titles/black_cauldron.html|acessodata=26 de maio de 2012|arquivodata=17 de maio de 2012|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120517235227/http://filmtracks.com/titles/black_cauldron.html|urlmorta= não}}</ref>
'''''The Black Cauldron: Original Motion Picture Soundtrack''''' é o álbum de trilha sonora do filme. Foi composta e regida por [[Elmer Bernstein]] e originalmente lançado em 1985.

Devido às edições de última hora, grande parte da trilha sonora de Bernstein ficou inutilizada do filme final.<ref name="filmtracks" /> Alguns trechos foram regravados para serem disponibilizados no álbum da trilha sonora do filme lançada pela [[Varèse Sarabande]] em 1985, com o compositor regendo a Orquestra Sinfônica de Utah.<ref name="filmtracks" /> O álbum logo saiu de circulação e muitas das faixas do filme não reapareceram comercialmente até que uma cópia pirata intitulada "Taran" fosse fornecida a lojas especializadas em trilhas sonoras em 1986.<ref name="filmtracks" /> A trilha do filme foi relançada em 2012 como parte da parceria da Intrada Records com a [[Walt Disney Records]] para lançar diversas trilhas sonoras de filmes da Disney.<ref name="intrada">{{citar web|título=Intrada Records: The Black Cauldron|publicado=[[Intrada Records]]|url=http://store.intrada.com/s.nl/it.A/id.7514/.f|acessodata=26 de maio de 2012|arquivodata=5 de junho de 2012|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120605051551/http://store.intrada.com/s.nl/it.A/id.7514/.f|urlmorta= não}}</ref>

A trilha sonora foi muito bem recebida pelos críticos de música e hoje é considerada um dos melhores trabalhos feitos por Bernstein em um longa-metragem, apesar do fracasso do filme em si. Jason Ankeny do site de críticas AllMusic deu a trilha sonora uma avaliação positiva, afirmando que "os arranjos sombrios de Bernstein e melodias sinistras vividamente sublinham o mundo de fantasia retratada na tela, o resultado é um sucesso inegável".

==Lançamento e recepção==
Foi o último filme de animação da Disney a ser concluído no Animation Building original do [[Walt Disney Studios]] (então Walt Disney Productions) em Burbank, Califórnia.<ref>[https://web.archive.org/web/20080706131908/http://www.drawn2gether.com/blog/2008/03/24/crew-picture-the-balck-cauldron/ Crew Picture The Balck Cauldron] [sic]. Upload to ''Creative Talent Network'' blog.</ref> Após a finalização de ''The Black Cauldron'', o [[Walt Disney Animation Studios|departamento de animação da empresa]] foi transferido para as instalações da Air Way nas proximidades de [[Glendale (Califórnia)|Glendale]] em dezembro de 1985 e, após a reestruturação corporativa, finalmente retornou ao estúdio de Burbank em meados da década de 1990 em novas instalações.<ref name="Waking Sleeping Beauty"/>

''The Black Cauldron'' se tornou o primeiro filme de animação da Disney a receber a censura "[[Sistema de classificação de filmes da Motion Picture Association|PG" (não recomendado para menores de 13 anos)]] pela [[Motion Picture Association|Motion Picture Association of America]].<ref>{{citar web|último=Hill|primeiro=Jim|url=http://jimhillmedia.com/editor_in_chief1/b/jim_hill/archive/2010/09/10/why-for-did-quot-the-black-cauldron-quot-fail-at-the-box-office.aspx|título=Why For did Disney's "The Black Cauldron" fail to connect with audiences back in 1985?|website=Jim Hill Media|data=10 de setembro de 2010|acessodata=12 de maio de 2016|arquivodata=5 de outubro de 2018|arquivourl=https://web.archive.org/web/20181005134347/http://jimhillmedia.com/editor_in_chief1/b/jim_hill/archive/2010/09/10/why-for-did-quot-the-black-cauldron-quot-fail-at-the-box-office.aspx|urlmorta= não}}</ref> O filme foi apresentado em Super Technirama 70 (o primeiro desde ''A Bela Adormecida'') e som ''surround'' Dolby Stereo 70mm de seis trilhas.<ref>{{citar jornal|url=https://news.google.com/newspapers?nid=2194&dat=19850615&id=1CI0AAAAIBAJ&pg=1391,2043114&hl=en|último=Diehl|primeiro=Bill|título=Disney Pictures back to basics with fully-animated feature|jornal=[[Ottawa Citizen]]|página=C6|data=15 de junho de 1985|acessodata=12 de maio de 2016|via=Google News Archive|arquivodata=13 de julho de 2022|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220713014220/https://news.google.com/newspapers?nid=2194&dat=19850615&id=1CI0AAAAIBAJ&pg=1391%2C2043114&hl=en|urlmorta= não}}</ref> Seu lançamento nos cinemas em 1985 foi acompanhado pelo [[curta-metragem]] de 1956 ''Chips Ahoy'' estrelado pelo [[Pato Donald]].<ref>{{citar jornal|url=https://www.newspapers.com/image/?clipping_id=24744758|título=The Black Cauldron newspaper ad|jornal=[[St. Louis Post-Dispatch]]|página=8C|data=21 de julho de 1985|acessodata=21 de março de 2021|via=[[Newspapers.com]]|arquivodata=22 de junho de 2021|arquivourl=https://web.archive.org/web/20210622110046/https://www.newspapers.com/image/?clipping_id=24744758|urlmorta= não}} {{Open access}}</ref>

O filme foi relançado em 1990 em alguns países selecionados sob o título "Taran and the Magic Cauldron".<ref>{{citar jornal|último=Cowan|primeiro=Ron|url=https://www.newspapers.com/clip/66604714/clipped-from-the-statesman-journal/|título=Disney test-markets film in Salem|jornal=[[Statesman Journal]]|página=B1|data=12 de janeiro de 1990|acessodata=1 de janeiro de 2021|via=[[Newspapers.com]]|arquivodata=22 de junho de 2021|arquivourl=https://web.archive.org/web/20210622115046/https://www.newspapers.com/clip/66604714/clipped-from-the-statesman-journal/|urlmorta= não}}</ref><ref>{{citar jornal|url=https://books.google.com/books?id=Ctc9AAAAIBAJ&q=taran+and+the+magic+cauldron&pg=PA3|título=Starts Wednesday! Walt Disney Classic...Taran and the Magic Cauldron|jornal=[[The Bulletin (Bend)|The Bulletin]]|página=A-2|data=20 de março de 1990|via=[[Google Books]]|acessodata=24 de outubro de 2020|arquivodata=13 de julho de 2022|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220713014220/https://books.google.com/books?id=Ctc9AAAAIBAJ&q=taran+and+the+magic+cauldron&pg=PA3|urlmorta= não}}</ref>

===Desempenho comercial===
''The Black Cauldron'' foi lançado comercialmente na América do Norte em 24 de julho de 1985.<ref name=BO/> Dois dias depois, o filme foi exibido no [[Radio City Music Hall]] em Nova York.<ref name="nytimes">{{citar jornal|url=https://www.nytimes.com/1985/07/26/movies/screen-disney-s-black-cauldron.html|último=Goodman|primeiro=Walter|título=Screen: Disney's 'Black Cauldron'|página=C5|data=24 de julho de 1985|acessodata=22 de novembro de 2010|obra=[[The New York Times]]|arquivodata=24 de maio de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150524174949/http://www.nytimes.com/1985/07/26/movies/screen-disney-s-black-cauldron.html|urlmorta= não}}</ref> Embora a Disney tenha divulgado oficialmente que o filme teria custado US$ 25 milhões,<ref name=JHMWhatWentWrong>{{citar web|último1=Hill|primeiro1=Jim|título="The Black Cauldron" : What went wrong|url=http://jimhillmedia.com/editor_in_chief1/b/jim_hill/archive/2006/02/10/712.aspx|publicado=Jim Hill Media|acessodata=20 de fevereiro de 2012|data=9 de fevereiro de 2006|arquivodata=25 de janeiro de 2019|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190125202702/http://jimhillmedia.com/editor_in_chief1/b/jim_hill/archive/2006/02/10/712.aspx|urlmorta= não}}</ref> o gerente de produção [[Don Hahn]]<ref name=JHMWhatWentWrong /> declarou em seu documentário ''Waking Sleeping Beauty'' de 2009 que ''The Black Cauldron'' teria custado US$ 44 milhões; foi o filme de animação mais caro já feito na época (considerando qualquer dos dois valores).<ref name=WSBBudget /><ref name=SFGSleepingBeauty />

O filme arrecadou US$ 21,3 milhões no mercado interno estadunidense,<ref name=BO/> o que significou um prejuízo enorme para a Walt Disney Productions a ponto de ameaçar o futuro do departamento de animação; o filme mais tarde ganharia a fama de "quase ter matado a Disney".<ref name=SlateRevisiting /> A animação conseguiu perder receita até mesmo para o canadense ''The Care Bears Movie'' (que arrecadou US$ 22,9 milhões no mercado interno), lançado alguns meses antes por um estúdio de animação muito menor do que a própria Disney: a [[Nelvana]].<ref name="Waking Sleeping Beauty">{{citar vídeo|pessoas=[[Don Hahn|Hahn, Don]] (Director)|título=[[Waking Sleeping Beauty]]|medium=Documentary film|publicado=Stone Circle Pictures/[[Walt Disney Studios Motion Pictures]]|local=[[Burbank, CA]]|ano=2010}}</ref> Contudo, na França, o filme foi muito bem recebido, sendo assistido por mais de 3 milhões de espectadores se tornando o quinto filme mais assistido nos cinemas franceses em 1985.<ref>{{citar web|url=http://jpbox-office.com/fichfilm.php?id=6389&affich=france|título=The Black Cauldron (1985)- JPBox-Office|último=JP|website=jpbox-office.com|acessodata=1 de dezembro de 2013|arquivodata=3 de dezembro de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131203040340/http://jpbox-office.com/fichfilm.php?id=6389&affich=france|urlmorta= não}}</ref>

===Recepção crítica===
No site agregador de críticas cinematográficas [[Rotten Tomatoes]], o filme obtém um índice de aprovação de 56% com base em 34 críticas, com pontuação média de 5,7/10; o consenso dos críticos do site diz: "Ambicioso, mas falho, ''The Black Cauldron'' é tecnicamente brilhante como sempre, mas carece dos personagens atraentes de outros clássicos de animação da Disney".<ref name=":4">{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://www.rottentomatoes.com/m/black_cauldron |titulo=The Black Cauldron |data= |acessodata= |publicado=[[Rotten Tomatoes]]}}</ref> ​​No [[Metacritic]], outro agregador de resenhas, filme tem a [[Média aritmética ponderada|pontuação média ponderada]] de 59/100, com base em 16 críticos, indicando "críticas mistas ou médias".<ref>{{citar web|url=https://www.metacritic.com/movie/the-black-cauldron|título=The Black Cauldron: Reviews|obra=Metacritic|acessodata=28 de outubro de 2020|arquivodata=13 de julho de 2022|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220713014220/https://www.metacritic.com/movie/the-black-cauldron|urlmorta= não}}</ref>

[[Roger Ebert]], crítico de cinema do jornal ''[[Chicago Sun-Times]]'', deu ao filme três estrelas e meia de quatro, elogiando o filme como "um conto estrondoso de espadas e feitiçaria, maldade e vingança, magia, coragem e sorte... E isso nos leva a uma jornada através de um reino de alguns dos personagens mais memoráveis ​​de qualquer filme recente da Disney"; ele notou o quão "envolvente" a história era e sentiu que "a chave do filme está na riqueza das caracterizações", considerando Horned King e Gurgi seus dois melhores personagens preferidos do filme.<ref>{{citar jornal|último=Ebert|primeiro=Roger|autorlink=Roger Ebert|url=https://www.rogerebert.com/reviews/the-black-cauldron-1985|título=The Black Cauldron Movie Review|obra=Chicago Sun-Times|via=[[RogerEbert.com]]|data=24 de julho de 1985|acessodata=11 de maio de 2016|arquivodata=11 de maio de 2016|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160511110827/http://www.rogerebert.com/reviews/the-black-cauldron-1985|urlmorta= não}}</ref>

Charles Solomon, do ''[[Los Angeles Times]]'', escreveu que a "trilha sonora altamente dimensional, com sua partitura de Elmer Bernstein e excelentes performances vocais, [o filme] é uma obra de arte tecnológica. Mas é o próprio trabalho de animação que se destaca, sendo com certeza um dos melhores trabalhos que o estúdio já produziu desde a morte de [[Walt Disney]] em 1966, o que deslumbra o espectador". Solomon opinou que se "seu roteiro e direção fossem iguais à animação, [''The Black''] ''Cauldron'' seria uma obra-prima comparada à ''Branca de Neve'' e ''[[Pinóquio (filme de 1940)|Pinóquio]]'', em vez do filme frustrante, bonito, emocionante e, em última análise, insatisfatório que ele se tornou".<ref>{{citar jornal|último=Solomon |primeiro=Charles |url=https://www.newspapers.com/clip/59222014/charles-solomons-review-of-the-black/ |título='CAULDRON' A Treat for Kidvid-Sore Eyes |obra=Los Angeles Times |em=Part V, p. 2 |data=27 de julho de 1985 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210622115822/https://www.newspapers.com/clip/59222014/charles-solomons-review-of-the-black/ |arquivodata=22 de junho de 2021 |acessodata=13 de setembro de 2020 |via=Newspapers.com |urlmorta= não}} {{Open access}}</ref>

Walter Goodman, resenhando para o jornal ''[[The New York Times]]'', elogiou a animação e o desempenho de John Hurt, mas acreditou que "[pessoas] com idade suficiente para recordar seu deleite com animações anteriores, sem dúvida polidas pela memória, não são, obviamente, o público a qual ''The Black Cauldron'' é direcionado. Nem, aparentemente, é direcionado a jovens que experimentaram técnicas de animação mais sofisticadas em filmes da série ''[[Star Wars]]''".<ref name="nytimes" />

Muitos críticos afirmaram que o filme havia exagerado em seu aspecto "sombrio" e alegaram, principalmente, a "falta de magia" que são muito comuns nos filmes da Disney. A revista ''Time Out'' de Londres considerou ''The Black Cauldron'' "uma grande decepção", acrescentando que "o charme, a caracterização e o bom humor" encontrados nos trabalhos anteriores da Disney "estão infelizmente ausentes".<ref>{{citar livro|último=Peretta|primeiro=Don|editor-sobrenome=Pym|editor-nome=John|título=Time Out Film Guide 2009|edição=17th|capítulo=The Black Cauldron|página=104|isbn=978-1846701009|ano=2008|publicado=Time Out Group Ltd}}</ref> [[Charles Champlin]], também crítico do jornal ''Los Angeles Times'', escreveu que ''The Black Cauldron'' carece "da simplicidade e da clareza dos grandes contos de fadas, ou da maravilha infantil das histórias de Margery Sharp que inspiraram ''The Rescuers'', a última animação de sucesso da Disney [...]".<ref>{{citar jornal|último=Champlin |primeiro=Charles |url=https://www.latimes.com/archives/la-xpm-1985-07-27-ca-6478-story.html |título='Cauldron': Words Away from the Pot of Gold |obra=Los Angeles Times |em=Part V, pp. 1, 3 |data=25 de julho de 1985 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20220713014257/https://www.latimes.com/archives/la-xpm-1985-07-27-ca-6478-story.html |arquivodata=13 de julho de 2022 |acessodata=13 de setembro de 2020 |url-access=limited |urlmorta= não}}</ref> [[Jeffrey Katzenberg]], então presidente do Walt Disney Studios, também expressou descontentamento com o filme final, afirmando que alguns animadores também acreditaram que o filme não continha "o humor e a fantasia que eram tão fortes nos livros de Lloyd Alexander. A história foi uma oportunidade única na vida e foi de partir o coração ver um material tão maravilhoso sendo desperdiçado".<ref>{{citar livro|último1=Johnston|primeiro1=Ollie|último2=Thomas|primeiro2=Frank|título=The Disney Villain|data=7 de outubro de 1993|local=New York|publicado=[[Hachette Books#Hyperion Books|Hyperion Books]]|isbn=1-56282-792-8|página=173}}</ref>

Lloyd Alexander, o autor dos livros onde o filme foi baseado, teve uma reação mais complexa para o filme:<ref>{{citar web|último1=Alexander|primeiro1=Lloyd|título=Lloyd Alexander Interview Transcript|url=https://www.scholastic.com/teachers/articles/teaching-content/lloyd-alexander-interview-transcript/|publicado=Scholastic|data=26 de janeiro de 1999<!--interview date evidently 1999-01-26: "I will be 75 in another four days" -->|acessodata=27 de setembro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120121195938/http://www.scholastic.com/teachers/article/lloyd-alexander-interview-transcript|arquivodata=21 de janeiro de 2012|urlmorta= não}}</ref>

<blockquote>
Em primeiro lugar, devo dizer, não há nenhuma semelhança entre o filme e o livro. Dito isto, o filme em si, apenas como um filme, é um tanto agradável. Eu me diverti assistindo-o. O que eu espero é que quem vê o filme certamente possa apreciá-lo, mas eu também espero que as pessoas também leiam o livro. O livro é bem diferente. É muito poderoso, com uma história muito comovente, e eu acho que as pessoas iriam encontrar muito mais clareza e detalhes no livro.</blockquote>

==Mídia doméstica==
O fracasso de ''The Black Cauldron'' desencorajou a Disney a disponibilizar o filme em formatos ''home video'' por mais de uma década após seu lançamento nos cinemas.{{sfn|Stewart|2005|pages=68–70}} Seu primeiro lançamento numa mídia doméstica ocorreu em 1997 no [[Reino Unido]], onde o filme foi disponibilizado no formato [[VHS]]; em 4 de agosto do ano seguinte, o filme foi lançado também em VHS nos Estados Unidos. Tais lançamentos, ambos como parte da linha Walt Disney Masterpiece Collection, só ocorreram graças a diversos apelos de fãs ''[[cult]]''.<ref name=JHMWhatWentWrong/> Para esse lançamento, o filme foi recortado no formato ''[[pan e scan]]''.<ref name=JHMWhatWentWrong/>

Em 2000, o filme foi lançado pela primeira vez em [[DVD]] com transferência ''widescreen'' não anamórfica 2.20:1, como parte da linha Walt Disney Gold Classic Collection; os bônus que incluíam o disco foram uma galeria de desenhos conceituais, um jogo interativo chamado "The Quest for the Black Cauldron" e o curta-metragem do [[Pato Donald]] de 1952, ''Trick or Treat''. Em 2008, a Disney anunciou o lançamento de uma edição especial em DVD do filme, que seria lançada no ano seguinte, mas posteriormente foi reanunciada como uma "edição comemorativa do 25º aniversário" a ser lançada em 2010; tal lançamento ocorreu em 14 de setembro de 2010 nos Estados Unidos e no Reino Unido. Esse segundo lançamento em DVD continha a transferência ''widescreen'' anamórfica 2,35:1 original, um novo jogo interativo intitulado "Witch's Challenge", uma cena excluída inacabada e todos os recursos do lançamento do DVD de 2000.<ref name="uD">{{citar web|url=https://www.dvdizzy.com/blackcauldron.html|título=The Black Cauldron 25th Anniversary DVD Review|publicado=DVDDizzy|acessodata=20 de fevereiro de 2012|arquivodata=26 de abril de 2012|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120426184943/http://www.dvdizzy.com/blackcauldron.html|urlmorta= não}}</ref>

Em novembro de 2019, o filme foi disponibilizado em [[4K]] na plataforma [[Disney+]].<ref>{{citar web|último=Bevil|primeiro=Dewayne|título=Disney Plus review: 'Black Cauldron' stirs up trouble|url=https://www.orlandosentinel.com/travel/attractions/the-daily-disney/os-et-disney-plus-review-black-cauldron-20200911-5qndiboifrfjtp7g4jqvbqrma4-story.html|acessodata=2021-04-20|website=orlandosentinel.com|data=11 de setembro de 2020 |arquivodata=20 de abril de 2021|arquivourl=https://web.archive.org/web/20210420150101/https://www.orlandosentinel.com/travel/attractions/the-daily-disney/os-et-disney-plus-review-black-cauldron-20200911-5qndiboifrfjtp7g4jqvbqrma4-story.html|urlmorta= não}}</ref> Em 4 de maio de 2021, o filme foi lançado em [[Blu-ray]] exclusivamente pelo Disney Movie Club.<ref>{{Citation|título=Disney's BLACK CAULDRON Blu-ray FINALLY Announced! {{!}} CARTOON NEWS|url=https://www.youtube.com/watch?v=6PceW9K4Kpc|língua=en|acessodata=2021-04-20|arquivodata=20 de abril de 2021|arquivourl=https://web.archive.org/web/20210420150100/https://www.youtube.com/watch?v=6PceW9K4Kpc|urlmorta= não}}</ref>

==Outras mídias e legado==
===Videogames===
Um jogo de [[videogame]] homônimo foi desenvolvido por [[Al Lowe]] da [[Sierra Entertainment|Sierra On-Line]] e lançado em 1986. Compatível com as plataformas [[Amiga]], Apples [[Apple II|II]] e [[Apple IIGS|IIGS]], [[Atari ST]], [[MS-DOS]] e [[Tandy 1000]], o jogo possui elementos bastante semelhantes com o título anterior da Sierra ''[[King's Quest]]''. Junto com ''The Dark Crystal'', continua sendo um dos poucos jogos de aventura da Sierra baseado em filmes.<ref>{{citar livro|último1=Lee|primeiro1=Newton|url=https://books.google.com/books?id=E9GVJJqNjGAC&q=black+cauldron+game&pg=PA96|título=Disney Stories: Getting to Digital|último2=Madej|primeiro2=Krystina|data=2012-04-26|publicado=Springer Science & Business Media|isbn=978-1-4614-2101-6|língua=en|acessodata=24 de outubro de 2020|arquivodata=13 de julho de 2022|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220713014222/https://books.google.com/books?id=E9GVJJqNjGAC&q=black+cauldron+game&pg=PA96|urlmorta= não}}</ref>

O jogo de [[Jogo eletrônico de construção de cidade|construção de cidade]] ''Disney Magic Kingdoms'' lançado em 2016 inclui os personagens Taran, Eilonwy, Flores Flama, Gurgi e Horned King como personagens jogáveis, além de cenários baseados no castelo de Horned King e no reino dos Elfies, bem como alguns estabelecimentos e decorações baseadas em ''The Black Cauldron''.<ref name="Update75">{{citar web|url=https://www.youtube.com/watch?v=pYhSec2ZRbY&t=145s |título=Update 75: The Black Cauldron {{!}} Event Walkthrough|autor=''Disney Magic Kingdoms'' ([[Gameloft]])|publicado=[[YouTube]]|data=6 de outubro de 2023}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.disney-magic-kingdoms.com/en/patch-notes/patchnote_upd75 |título=PATCH NOTES – UPDATE 75 The Black Cauldron|autor=''Disney Magic Kingdoms'' ([[Gameloft]])|website=disney-magic-kingdoms.com|data=6 de outubro de 2023}}</ref>


=== Composição ===
===Em outras mídias===
Assim como outros personagens dos vários filmes de animação lançados pela Disney, os personagens de ''The Black Cauldron'' têm aparições recorrentes na série de televisão ''[[House of Mouse]]''. Durante o episódio "House of Magic", [[Margarida (Disney)|Margarida]] usa o Caldeirão Negro para um show de mágica, embora obtenha resultados desastrosos.<ref>{{citar episódio|título=House of Magic |episódiolink=List of House of Mouse episodes#ep42 |series=House of Mouse |series-link=House of Mouse |rede=[[American Broadcasting Company|ABC]] |data=2 de setembro de 2002 |temporada=3 |número=16}}</ref>
Diferentemente da maioria dos outros filmes animados da Disney, ''The Black Cauldron'' não contém músicas cantadas. Na época, o compositor Elmer Bernstein havia acabado de produzir a trilha sonora do clássico ''[[Ghostbusters]]'' de 1984.


O enredo de ''The Black Cauldron'' é um dos focos principais no filme antológico lançado diretamente em vídeo ''[[Once Upon a Halloween]]'' de 2005, que mostra diversas cenas de ''The Black Cauldron'' através de ''flashbacks''. No referido filme também é mencionado que um dos caldeirões que pertencia às Bruxas de Morva é agora propriedade da [[Rainha Má (Disney)|Rainha Má]] (de ''Branca de Neve e os Sete Anões'').
=== Lançamento original ===
Por causa das edições de última hora do filme (devido as várias cenas cortadas), grandes trechos das músicas de Elmer Bernstein no filme foram cortados e, consequentemente, não foram utilizados no longa.<ref>http://www.filmtracks.com/titles/black_cauldron.html Filmtracks.com - The Black Cauldron</ref> Por conta disso, as músicas precisaram ser refeitas para serem lançadas no álbum de trilha sonora do filme, gravado pela [[Varèse Sarabande]] em 1985.


Junto com outros personagens oriundos da [[Walt Disney Animation Studios]], os personagens principais do filme tiveram participações especiais no curta-metragem ''[[Once Upon a Studio]]'' de 2023.<ref>{{citar web|último1=Reif |primeiro1=Alex |título=Disney's "Once Upon a Studio" – List of Characters in Order of Appearance |url=https://www.laughingplace.com/w/disney-entertainment/disneys-once-upon-a-studio-list-of-characters-in-order-of-appearance/ |website=Laughing Place |data=16 de outubro de 2023}}</ref>
=== Recepção crítica ===
A trilha sonora foi muito bem recebida pelos críticos de música e hoje é considerada um dos melhores trabalhos feitos por Bernstein em um longa-metragem de animação, apesar do fracasso do filme. Jason Ankeny do site de críticas ''AllMusic'' deu a trilha sonora uma avaliação positiva, afirmando que "os arranjos sombrios de Bernstein e melodias sinistras vividamente sublinham o mundo de fantasia retratada na tela, o resultado é um sucesso inegável".


== Recepção ==
===Parques temáticos===
Versões fantasiadas dos personagens do filme fizeram [[Disney Parks, Experiences and Products|aparições ocasionais nos Parques e Resorts da Disney]], principalmente na Fantasyland.
=== Desempenho comercial ===
''The Black Cauldron'' foi lançado nos cinemas norte-americanos em 24 de julho de 1985.<ref name=mojo>{{citar web |url=http://www.boxofficemojo.com/movies/?page=main&id=blackcauldron.htm |publicado=[[Box Office Mojo]] |título=The Black Cauldron (1985) |língua=inglês |data= |acessodata=20 de maio de 2016}}</ref> O filme também foi exibido no Radio City Music Hall, em Nova York. <ref>http://www.nytimes.com/movie/review?res=990DE3D91238F935A15754C0A963948260 SCREEN: DISNEY'S 'BLACK CAULDRON'</ref> Embora a Disney tenha divulgado oficialmente que o filme havia custado [[US$]] 25 milhões, o gerente de produção do filme, Don Hahn, disse em seu documentário, ''Waking Sleeping Beauty'', que o longa havia custado [[US$]] 44 milhões.<ref>http://jimhillmedia.com/editor_in_chief1/b/jim_hill/archive/2006/02/10/712.aspx "The Black Cauldron" : What went wrong"</ref><ref>http://www.sfgate.com/movies/article/Review-Waking-Sleeping-Beauty-3269188.php Review: 'Waking Sleeping Beauty'</ref>. Na época, ''The Black Cauldron'' havia se tornado o filme de animação mais caro já feito na história (considerando tanto o orçamento de 25 milhões quanto o de 44 milhões).<ref name="Não_nomeado-yJ45-1"/> O filme arrecadou um pouco mais de [[US$]] 21 milhões nas bilheterias do mundo, se tornando um fracasso de bilheteria. O prejuízo foi tão grande para os estúdios Disney que ''The Black Cauldron'' só obteve um lançamento em [[VHS]] depois de mais uma década de seu lançamento nos cinemas. A animação conseguiu perder receita, inclusive, para o canadense ''The Care Bears Movie'', lançado alguns meses antes por um estúdio de animação muito menor do que a própria Disney: a [[Nelvana]]. Contudo, na França, o filme foi muito bem recebido sendo assistido por mais de 3 milhões de espectadores se tornando o quinto filme mais assistido nos cinemas franceses em 1985. <ref>http://jpbox-office.com/fichfilm.php?id=6389&affich=france JP's Box-Office - The Black Cauldron</ref>


Em 1986, o restaurante Lancer's Inn, no [[Walt Disney World Resort|Walt Disney World]], foi renomeado para Gurgi's Munchies and Crunchies. No entanto, em 1993 ele foi fechado para ser remodelado se tornando outra atração no parque.
=== Recepção crítica ===
Além de se tornar um fracasso nas bilheterias, ''The Black Cauldron'' também recebeu críticas mistas<ref name=mojo>{{citar web |url=http://www.boxofficemojo.com/movies/?page=main&id=blackcauldron.htm |publicado=[[Box Office Mojo]] |título=The Black Cauldron (1985) |língua=inglês |data= |acessodata=20 de maio de 2016}}</ref>. Vários críticos afirmaram que o filme havia exagerado pelo seu aspecto "sombrio" e alegaram, principalmente, a "falta de magia" que são muito comuns nos filmes da Walt Disney Pictures. No site agregador Rotten Tomatoes o filme possui a porcentagem de 55% de avaliação positiva dos espectadores, com o consenso "ambicioso, mas falho, ''The Black Cauldron'' é tecnicamente brilhante como de costume, mas não tem os personagens convincentes de outros clássicos animados da Disney." <ref>http://www.rottentomatoes.com/m/black_cauldron/ Rotten Tomatoes - The Black Cauldron</ref> O crítico [[Roger Ebert]] deu uma avaliação positiva do filme<ref>http://rogerebert.suntimes.com/apps/pbcs.dll/article?AID=/19850724/REVIEWS/507240301/1023 Suntimes.com</ref>, enquanto que no jornal ''[[Los Angeles Times]]'' Charles Solomon elogiou seus "visuais esplêndidos".<ref>http://pqasb.pqarchiver.com/latimes/doc/154338502.html?FMT=ABS&FMTS=ABS:AI&type=historic&date=Jul%2024,%201985&author=&pub=Los%20Angeles%20Times&edition=&startpage=&desc=MOVIEREVIEW Los Angeles Times - Archives</ref>. A revista londrina ''[[Time Out (revista)|Time Out]]'' considerou a animação "uma grande decepção", acrescentando que "o charme, e o bom humor puro comuns nos filmes da Disney estavam bastante ausentes". [[Jeffrey Katzenberg]], o então presidente da Walt Disney Studios, afirmou estar consternado com o longa e os próprios animadores do filme admitiram a que "a animação pecou por não utilizar muito o humor, e a fantasia que tinha era tão forte no livro original de Lloyd Alexander".


Em 11 de julho de 1986, a [[Tokyo Disneyland|Disneylândia de Tóquio]] inaugurou o Cinderella Castle Mystery Tour, uma atração na qual Horned King fazia uma aparição, funcionando até 2006.<ref>{{citar web|url=http://www.jtcent.com/disneyland/fantasy/fancmt.html|título=Cinderella Castle Mystery Tour - Fantasyland - Tokyo Disneyland - Joe's Tokyo Disney Resort Photo Site|website=Jtcent.com|acessodata=2 de agosto de 2015|arquivodata=6 de novembro de 2016|arquivourl=https://web.archive.org/web/20161106111512/http://www.jtcent.com/disneyland/fantasy/fancmt.html|urlmorta= não}}</ref><ref>{{citar web|url=http://1971collective.com/2014/05/16/cinderella-castle-mystery-tour-20-terrifying-years-1986-2006/ |título=Cinderella Castle Mystery Tour: 20 Terrifying Years (1986–2006) - 1971 Collective|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150817204241/http://1971collective.com/2014/05/16/cinderella-castle-mystery-tour-20-terrifying-years-1986-2006/|arquivodata=17 de agosto de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.parkeology.com/2011/01/great-mystery.html|título=A Great Mystery… - Parkeology|data=13 de janeiro de 2011|acessodata=10 de agosto de 2020|arquivodata=8 de agosto de 2020|arquivourl=https://web.archive.org/web/20200808201955/https://www.parkeology.com/2011/01/great-mystery.html|urlmorta= não}}</ref> Para comemorar a inauguração da atração, um evento especial que incluiu uma peça de teatro foi apresentado no Palco do Pátio do Castelo da Cinderela durante catorze dias, que apresentava [[Mickey Mouse]], [[Pato Donald]] e [[Pateta]], acompanhados da [[Aurora (Disney)|Princesa Aurora]], Príncipe Phillip e [[Maleficent (Disney)|Malévola]] de ''A Bela Adormecida''; nessa peça que se seguiu nos dias de abertura, numa cena que retratava uma batalha contra as forças de Malévola por Pateta, Donald, Phillip e Aurora, Creeper realizou uma aparição especial na peça junto com outros vilões da Disney.<ref>{{citar vídeo|url=https://www.youtube.com/watch?v=H6rnPqSrE40 |arquivourl=https://ghostarchive.org/varchive/youtube/20211221/H6rnPqSrE40 |arquivodata=2021-12-21 |urlmorta= não|título=Defunctland: The History of Disney's Scariest Attraction, Cinderella Castle Mystery Tour|data=25 de outubro de 2018|via=[[YouTube]]}}{{cbignore}}</ref>
Lloyd Alexander, o autor dos livros onde o filme foi baseado, teve uma reação mais complexa para o filme:<ref>http://www.scholastic.com/teachers/article/lloyd-alexander-interview-transcript Lloyd Alexander Interview Transcript</ref>


===Na cultura popular===
:"Em primeiro lugar, devo dizer, não há nenhuma semelhança entre o filme e o livro. Dito isto, o filme em si, apenas como um filme, é um tanto agradável. Eu me diverti assistindo-o. O que eu espero é que quem vê o filme certamente possa apreciá-lo, mas eu também espero que as pessoas também leiam o livro. O livro é bem diferente. É muito poderoso, com uma história muito comovente, e eu acho que as pessoas iriam encontrar muito mais clareza e detalhes no livro."
O personagem Gurgi foi supostamente a inspiração para a interpretação do personagem [[Gollum]] por [[Andy Serkis]] nos filmes da franquia ''[[O Senhor dos Anéis (série de filmes)|O Senhor dos Anéis]]''.<ref>[https://www.workandmoney.com/s/most-underrated-movies-8f5cf1ba58b5413a Most Underrated Movies of All Time|Work + Money]</ref>


==Eventuais projetos==
== Lançamento doméstico ==
Em 2016, a [[Walt Disney Pictures]] readquiriu os direitos cinematográficos de ''[[As Crônicas de Prydain]]'', no qual o longa-metragem de animação ''The Black Cauldron'' foi baseado, com a intenção de adaptar a série de livros em uma série de longas-metragens em ''[[live-action]]''. O projeto estava em desenvolvimento inicial no Walt Disney Studios, sem nenhum diretor, produtor ou roteirista contratado. Entretanto, não houve mais relatos sobre o andamento do projeto.<ref>{{citar web|último=McNary |primeiro=Dave |data=2016-03-17 |título=‘Chronicles of Prydain’ Movie in the Works at Disney (EXCLUSIVE) |url=https://variety.com/2016/film/news/chronicles-of-prydain-movie-disney-1201733058/ |acessodata=2023-08-25 |website=Variety |língua=en-US}}</ref>
''The Black Cauldron'' foi lançado em [[VHS]] pela primeira vez em 4 de agosto de 1998 (13 anos depois de seu lançamento original nos cinemas), depois de muitos apelos de fãs ''[[cult]]''.<ref>http://articles.chicagotribune.com/1998-07-30/features/9807300404_1_anchor-bay-polygram-video-first-run-features</ref> O filme também foi lançado em DVD no ano de 2000 em um formato não-anamórfico com widescreen, como parte da linha ''Walt Disney Gold Collection Classics''.<ref>http://www.dvdizzy.com/blackcauldron.html The Black Cauldron: 25th Anniversary DVD Review</ref>


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Revisão das 18h22min de 6 de abril de 2024

The Black Cauldron
The Black Cauldron
Cartaz de lançamento original.
No Brasil O Caldeirão Mágico
Em Portugal Taran e o Caldeirão Mágico
 Estados Unidos
1985 •  cor •  80 min 
Género animação, aventura, fantasia sombria
Direção Ted Berman
Richard Rich
Produção Joe Hale
Produção executiva Ron Miller
História Ted Berman
Vance Gerry
Joe Hale
David Jonas
Roy Morita
Richard Rich
Art Stevens
Al Wilson
Peter Young
Baseado em As Crônicas de Prydain de
Lloyd Alexander
Narração John Huston
Elenco Grant Bardsley
Susan Sheridan
Freddie Jones
Nigel Hawthorne
John Byner
Arthur Malet
Phil Fondacaro
John Hurt
Música Elmer Bernstein
Edição James Melton
Jim Koford
Armetta Jackson
Companhia(s) produtora(s) Walt Disney Pictures[1]
Walt Disney Productions[2]
Silver Screen Partners II[1]
Distribuição Buena Vista Distribution[1]
Lançamento Estados Unidos 24 de julho de 1985
Brasil 19 de setembro de 1985[3]
Idioma inglês
Orçamento US$ 25-44 milhões[4][5]
Receita US$ 21.288.692[6]
(receita interna estadunidense)

The Black Cauldron (bra: O Caldeirão Mágico[3][7]; prt: Taran e o Caldeirão Mágico[8]) é um filme de animação estadunidense de 1985 dos gêneros aventura e fantasia produzido pela Walt Disney Productions em associação com a Silver Screen Partners II e lançado pela Walt Disney Pictures.[1] É vagamente baseado nos dois primeiros livros de As Crônicas de Prydain, de autoria de Lloyd Alexander, uma série de cinco romances que, por sua vez, são baseados na mitologia galesa.

Situado na terra mítica de Prydain durante o início da Idade Média, o filme conta a história de um místico caldeirão mágico desejado pelo temido Horned King que espera, assim que tomar sua posse, dominar o mundo com a ajuda de seus poderes sobrenaturais vindos do caldeirão. Contudo, um jovem chamado Taran, acompanhado da Princesa Eilonwy, de uma criatura chamada Gurgi, de sua porquinha Hen Wen e do simpático Sr. Flores Flama procuram impedir o vilão de alcançar o tão famigerado caldeirão.

Dirigido por Ted Berman e Richard Rich, que já haviam dirigido o filme de animação anterior da Disney The Fox and the Hound (1981), The Black Cauldron foi o primeiro filme de animação da Disney a ser gravado em Dolby Stereo. A Disney havia adquirido os direitos cinematográficos dos livros de Alexander em 1973, com a sua produção começando em 1980 tendo inicialmente sua previsão de estreia para o Natal de 1984. Durante a produção, o filme passou por um severo processo de edição, principalmente por conta de sua natureza sombria, que se mostrou perturbadora para as crianças durante uma exibição de teste. O recém-nomeado presidente do Walt Disney Studios, Jeffrey Katzenberg, ordenou que várias cenas fossem cortadas, temendo que o filme assustasse as crianças; como resultado, seu lançamento foi adiado para 1985. Apresenta as vozes de Grant Bardsley, Susan Sheridan, Freddie Jones, Nigel Hawthorne, Arthur Malet, John Byner, Phil Fondacaro e John Hurt; um prólogo é narrado pelo famoso ator e diretor John Huston.

Foi o primeiro filme de animação da Disney a receber uma "classificação PG" pela MPAA, bem como o primeiro filme do estúdio a utilizar imagens geradas por computador.[9] The Black Cauldron foi lançado nos cinemas norte-americanos pela Buena Vista Distribution (sob o selo da Walt Disney Pictures) em 24 de julho de 1985; se tornou um fracasso de bilheteria ao arrecadar US$ 21 milhões na América do Norte contra um orçamento relatado pela Disney de US$ 25 milhões, embora um dos produtores do filme alegou que o longa tenha custado mais de US$ 40 milhões. Considerando qualquer um dos dois valores, se tornou o filme de animação mais caro já feito na época. Seu prejuízo foi tão grande que colocou em risco o futuro do departamento de animação da Disney. Devido ao seu fracasso comercial, a Disney não lançou o filme em mídias domésticas até 1997. Com o passar dos anos, o filme ganhou seguidores cult.[10][11]

Enredo

Na terra de Prydain, um jovem garoto chamado Taran é um "guardador de porcos" que sonha ser um grande guerreiro na pequena fazenda do mago Caer Dallben. Dallben descobre que o seu inimigo Horned King[nota 1] está à procura de uma relíquia mística conhecida como Caldeirão Negro com o intuito de criar um exército invencível de guerreiros mortos-vivos para, dessa forma, dominar o mundo. Dallben teme, ainda, que Horned King consiga sequestrar sua porquinha Hen Wen, que possui poderes mágicos, para usá-la para localizar o caldeirão. Dallben ordena que Taran leve Hen Wen em segurança até um esconderijo na floresta. No caminho, entretanto, Taran acaba se descuidando da porquinha e a mesma acaba sendo raptada pelos servos de Horned King. O jovem rapaz segue-os até o castelo do vilão.

Durante o caminho, Taran acaba conhecendo o pequeno e importunado Gurgi, que se junta a Taran em sua busca. Ao chegar perto do castelo, Gurgi recomenda Taran a desistir do resgate da porquinha afirmando que o lugar é muito perigoso. Taran se nega a desistir e decide entrar no sombrio castelo sem a companhia de Gurgi; ele acaba encontrando Hen Wen, mas é logo descoberto. Contudo, Taran consegue libertar a porquinha jogando-a no lago que rodeia o castelo e a manda fugir. Antes de fazer qualquer esforço para tentar acompanhar a porquinha na fuga, Taran acaba sendo capturado e jogado num calabouço, enquanto que Hen Wen escapa ilesa do castelo e foge floresta adentro, não sendo mais vista.

Depois de se esgueirar pelas ruínas do castelo com o intuito de fugir, uma também prisioneira de Horned King chamada Princesa Eilonwy liberta Taran. Nas catacumbas abaixo do castelo, Taran e Eilonwy descobrem um antigo mausoléu onde repousa o corpo de um rei (que era o antigo dono do castelo, morto pelo vilão após este tomar posse do lugar); acima de seu túmulo está uma espada mágica, a qual Taran pega para si. O poder da espada permite que Taran lute eficazmente contra os capangas de Horned King. Taran e Eilonwy acabam libertando um outro prisioneiro, o senhor de meia-idade tocador de harpas Flores Flama.[nota 2] Os três escapam do castelo e se encontram com Gurgi. Quando Horned King descobre que Taran escapou, ele ordena seu ajudante Creeper[nota 3] a enviar comparsas para capturar Taran e os outros prisioneiros de uma vez por todas.

Seguindo uma trilha de pegadas deixada por Hen Wen, os quatro amigos descobrem o reino subterrâneo dos Elfies Folks, um grupo de pequeninos magos e fadas que revelam que a porquinha Hen Wen está sob sua proteção. Os minúsculos seres também afirmam saber onde está o famigerado Caldeirão Negro e Taran afirma que precisa encontrar o objeto e destruí-lo para neutralizar qualquer tentativa maléfica de Horned King. Eilonwy, Flores Flama e Gurgi se juntam a Taran na procura pelo caldeirão juntamente com o antipático Elfo Doli (braço direito do Rei dos Elfos) que é ordenado pelo seu Rei a levá-los para o Pântano de Morva enquanto que os outros Elfos ficam encarregados de levar a porquinha em segurança de volta para a fazenda de Caer Dallben. No tal pântano eles descobrem que o caldeirão está sob a guarda de três bruxas: Orddu, a líder do trio que é bastante gananciosa; Orgoch que possui uma enorme gula; e a Bruxa Orwen, que é mais benevolente e que se apaixona por Flores Flama à primeira vista.

Orddu concorda em dar o caldeirão em troca da espada mágica de Taran, o jovem rapaz concorda, embora ciente de que, perdendo sua espada, ele não terá mais chances de realizar seu antigo sonho de se tornar um valente guerreiro. Antes de desaparecerem, Orddu, Orwen, e Orgoch revelam que o caldeirão é indestrutível, e que seu poder só pode ser quebrado se alguém pular por livre e espontânea vontade dentro dele, contudo este alguém jamais retornará com vida. Depois das bruxas sumirem magicamente, nenhum dos amigos se encoraja a fazer tal tarefa; Elfo Doli, enfurecido com a situação, decide abandonar o grupo indo embora. Com isso, Taran descobre que trocou sua espada por nada e começa a se culpar pela situação, mas seus amigos o animam, principalmente Eilonwy. Eles são interrompidos pelos capangas de Horned King que os aprisionam novamente e também tomam o Caldeirão Negro para levar ao vilão. Gurgi, entretanto, consegue escapar, enquanto Taran, Eilonwy e Flores Flama são acorrentados.

Já com a posse do caldeirão, Horned King usa os poderes do objeto para criar um exército de mortos vivos para que eles enfim dominem o mundo sob a sua liderança. Gurgi corajosamente entra no castelo para salvar seus amigos. Quando a criatura os liberta, Taran decide se jogar no caldeirão para neutralizar seus poderes, mas Gurgi o impede pulando no caldeirão ele mesmo. Com isso, os mortos vivos começam a se enfraquecer por conta do poder do caldeirão ter sido neutralizado por Gurgi. Quando Horned King descobre Taran e seus amigos soltos, ele tenta jogar o rapaz dentro do caldeirão, mas o objeto começa a sugar tudo ao seu redor de forma desordenada. Taran consegue escapar se segurando em um degrau do castelo, enquanto que o vilão acaba sendo morto após ser tragado brutalmente para dentro do caldeirão. Após isso, o castelo começar a desmoronar através dos poderes do caldeirão, mas os três amigos conseguem escapar ilesos.

Taran se lamenta bastante pela morte de Gurgi, enquanto que as três bruxas reaparecem querendo o caldeirão de volta. Flores Flama resolve desafiar as três bruxas dizendo que só conseguirão o caldeirão de volta se trazerem Gurgi de volta e com vida; de princípio elas se negam, mas após ouvirem de Flores que elas não são poderosas e que não são capazes de nada, as bruxas decidem de forma relutante atender o pedido, retirando Gurgi de dentro do caldeirão com vida. Ao se abraçarem, Gurgi faz com que Taran e Eilonwy se beijem. Os quatro amigos, em seguida, retornam a terra de Prydain. Enquanto isso, o mago Caer Dallben e o Elfo Doli os observam através de uma visão num recipiente com água com ajuda dos poderes da porquinha Hen Wen já segura. Caer Dallben elogia Taran pela sua bravura, apesar do fato de o rapaz ser um mero "guardador de porcos".

Elenco

  • Grant Bardsley como Taran
  • Susan Sheridan como Princesa Eilonwy
  • Freddie Jones como Caer Dallben
  • Nigel Hawthorne como Flores Flama
  • Arthur Malet como Rei dos Elfos
  • John Byner como Gurgi e Elfo Doli
  • Phil Fondacaro como Creeper
  • John Hurt como Horned King
  • Eda Reiss Merin como Orddu
  • Adele Malis-Morey como Orwen
  • Billie Hayes como Orgoch
  • Wayne Allwine, James Almanzar, Fondacaro, Steve Hale, Jack Laing, Phil Nibbelink e Peter Renaday como os capangas de Horned King
  • John Huston como o narrador do prólogo do filme

Produção

Desenvolvimento e pré-produção

Em 1971, a Disney iniciou conversas com o escritor Lloyd Alexander para adquirir os direitos cinematográficos de sua coleção de livros As Crônicas de Prydain publicada entre os anos de 1964 a 1968 através de cinco volumes.[9] Com o acordo concretizado em 1973, a pré-produção do filme foi iniciada. O estúdio foi convencido a realizar o filme pelos animadores Ollie Johnston e Frank Thomas; Johnston chegou a declarar que, se tivesse sido feito corretamente, o filme poderia ser "tão bom quanto Branca de Neve".[12] Por causa das inúmeras histórias contidas nos cinco livros, e com mais de trinta personagens na série original, vários artistas e animadores trabalharam no desenvolvimento do filme ao longo da década de 1970.[13] Quando The Rescuers (1977) foi concluído, The Black Cauldron foi provisoriamente programado para ser lançado em 1980. O artista veterano Mel Shaw criou esboços conceituais complexos que o futuro presidente e CEO da Disney, Ron Miller, considerou avançados demais para os animadores novatos recém contratados pelo estúdio.[14]

Em agosto de 1978, o estúdio adiou a data de lançamento de The Black Cauldron para o Natal de 1984 devido à parcial incapacidade dos animadores animarem personagens humanos de maneira mais realista; sua data de lançamento original foi posteriormente assumida por The Fox and the Hound (que acabou sofrendo atrasos e só foi lançado em 1981).[15] Durante o desenvolvimento, o artista Vance Gerry foi selecionado para criar storyboards que delineariam o enredo, a ação e os locais. Tendo estabelecido os três personagens principais, Gerry adaptou o vilão Horned King em um viking barrigudo que tinha barba ruiva, temperamento explosivo e usava um capacete de aço com dois chifres grandes. Enquanto isso, o estúdio contratou a dramaturga inglesa Rosemary Anne Sisson porque desejava um roteirista britânico experiente para o filme.[16]

O animador John Musker foi o diretor inicial do filme, tendo o cargo sido oferecido pelo chefe de produção Tom Wilhite. Como diretor, Musker foi designado para expandir diversas sequências no primeiro ato, mas elas acabaram sendo consideradas cômicas demais.[17] Musker explicou: "[...] as pessoas mais velhas com quem eu trabalhava não gostaram de nenhuma das minhas ideias".[18] Quando a produção de The Fox and the Hound foi concluída, vários diretores de animação como Art Stevens, Richard Rich, Ted Berman e Dave Michener se envolveram em The Black Cauldron. Miller passou a achar que muitas pessoas estavam envolvidas no projeto, fazendo-o decidir que Stevens não era adequado para supervisionar o mesmo; ele então contatou Joe Hale, que era um artista de layout de longa data nos estúdios Disney, para atuar como produtor.[14][17][19]

Com Hale sendo produtor, a produção real de The Black Cauldron começou de fato em 1980.[13][20] Após descartar algumas artes visuais dos personagens concebidas por Tim Burton, Hale, junto com Rich e Berman, passaram a desejar um estilo para o filme semelhante ao empregado em A Bela Adormecida (1959). Os produtores convenceram o veterano Milt Kahl a retornar da aposentadoria para criar novos designs de personagens para Taran, Eilonwy, Flores Flama e os outros personagens principais. Hale e a equipe de história (incluindo os dois artistas de história David Jonas e Al Wilson que ele mesmo contratou) revisaram fortemente o filme, resumindo as histórias dos dois primeiros livros. Eles também fizeram algumas mudanças consideráveis, o que levou à saída de Sisson, à medida que ela desenvolvia diferenças criativas com Hale e os diretores.[21]

Os animadores John Musker e Ron Clements, também citando diferenças criativas, foram afastados do projeto e iniciaram o desenvolvimento de The Great Mouse Detective (1986).[22] Descontente com o estilo de Gerry para Horned King, Hale transformou o personagem em uma criatura magra vestindo um capuz com um rosto escuro lembrando um crânio e com olhos vermelhos brilhantes; o personagem foi então expandido para um vilão mais elaborado baseado em vários personagens dos livros originais.[13] Taran e Eilonwy eventualmente adquiriram elementos dos desenhos e trajes anteriores de personagens antigos da Disney; Eilonwy foi desenhada para se parecer com a Princesa Aurora, enquanto Taran teve seu design inspirado em Peter Pan.[21][23]

Seleção de elenco

De acordo com Musker, Gary Burghoff, que era famoso pelas suas participações no seriado M*A*S*H, fez o teste para dublar Gurgi. Ele tentou inúmeras iterações vocais, já que Ted Berman não tinha ideia de como o personagem deveria soar. Depois de três horas, os diretores ficaram entediados e Burghoff, que se recusou a sair, foi expulso do estúdio.[24] Em 1982, o artista imitador John Byner foi escalado para o papel.[25] Depois que Byner estudou o conceito de seu personagem, ele se sentiu inspirado a adicionar uma "inflexão infantil" ao criar a voz de Gurgi.[26]

Em janeiro de 1981, Hayley Mills afirmou que estava sendo considerada para a voz de Eilonwy.[27] Naquele mesmo ano, Mills apresentou um episódio do programa Disney's Wonderful World da NBC, no qual ela se encontrou com Hale e os diretores para discutir o papel.[28] O papel acabou indo para Susan Sheridan. De acordo com Sheridan, ela gravou a voz em três viagens distintas aos estúdios da Disney.[29] Em um especial do canal Disney Channel de 1983 intitulado Backstage at Disney, Hale afirmou que Jonathan Winters estava dando voz ao Rei dos Elfos.[30] No entanto, o papel acabou indo para Arthur Malet.

Animação

Inventado por David W. Spencer do departamento de câmeras estáticas do estúdio,[31] o processo de transferência de fotos de animação (APT) foi usado pela primeira vez em The Black Cauldron, que aprimoraria a tecnologia pela qual a animação bruta seria processada em celuloide. Primeiro, a animação seria fotografada em um filme litográfico de alto contraste e o negativo resultante seria copiado em folhas de plástico que transfeririam as linhas e as cores, o que eventualmente eliminaria o processo de tinta à mão.[32][33] No entanto, como a arte de linha transferida pelo APT desapareceria dos celuloides com o tempo, a maior parte da animação do filme foi feita usando o processo xerográfico, que era usado pela Disney desde o final dos anos 1950.[34] Spencer ganharia um Óscar técnico por ter criado esse processo, mas a evolução da animação digital logo tornaria o APT obsoleto.[31]

The Black Cauldron é notável por ser o primeiro longa-metragem de animação da Disney a incorporar imagens geradas por computador em sua animação para representar bolhas, uma canoa, a esfera de luz flutuante de Eilonwy e o próprio caldeirão.[35] Embora The Black Cauldron tenha sido lançado um ano antes de The Great Mouse Detective, ambos os filmes estiveram em produção simultaneamente por algum tempo e a computação gráfica do último foi feita primeiro. Quando o produtor Joe Hale soube do que estava sendo feito, as possibilidades o deixaram animado e ele fez a equipe de The Great Mouse Detective criar uma animação por computador para seu próprio filme. Para outros efeitos, o animador Don Paul usou imagens reais de névoas de gelo seco para criar o vapor e a fumaça que saíam do caldeirão.[36]

Revisão e edição

Pouco antes do lançamento teatral inicialmente planejado para 1984, uma exibição de teste para a versão preliminar de The Black Cauldron foi realizada no teatro privado da Disney em Burbank, Califórnia. Depois que o filme provou ser muito intenso e perturbador para as crianças na plateia, especialmente a sequência sombria do "nascimento dos mortos-vivos",[37] o recém-nomeado presidente da Disney, Jeffrey Katzenberg, ordenou que certas cenas de The Black Cauldron fossem removidas, como resultado da extensão e do medo de que sua natureza assustasse as crianças.[38]

Como os filmes de animação eram geralmente editados em formato de storyboard usando bobinas Leica (mais tarde conhecidas como "animatics", que são storyboards filmados sequencialmente e definidos como faixas de áudio temporárias), o produtor Joe Hale se opôs às exigências de Katzenberg. Katzenberg respondeu o protesto trazendo o filme para uma ilha de edição e editando o filme ele mesmo.[38] Informado por Hale sobre o que Katzenberg estava fazendo, o recém-nomeado CEO da Disney, Michael Eisner, telefonou para Katzenberg na sala de edição e o convenceu a parar; embora tenha parado a pedido de Eisner, Katzenberg insistiu que o filme fosse modificado, adiando o seu lançamento programado para o Natal de 1984 para julho de 1985 para que o filme pudesse ser retrabalhado.[38]

O filme foi finalmente cortado em doze minutos,[36] com várias cenas que permaneceram no filme sendo reescritas e reanimadas para dar continuidade.[38] Muitas das cenas excluídas envolveram interações prolongadas entre personagens, mas outras edições envolveram conteúdo violento, incluindo os mortos-vivos "nascidos do caldeirão" que compunham o exército de Horned King no ato final do filme. Apesar da maioria das cenas ter sido perfeitamente removida, outras tiveram muito trabalho para serem cortadas como trechos que retratavam violência física entre os personagens e a sequência dos mortos-vivos brutalmente matando os capangas humanos de Horned King após "nascerem" do caldeirão; esta última sequência originalmente era mais longa e detalhava os capangas derretendo da carne ao osso após serem atacados pelos mortos-vivos (o corte desta cena fica evidente no filme final devido a um trecho onde o áudio apresenta um lapso na trilha sonora). Outra cena que foi deletada incluía um trecho onde a Princesa Eilonwy aparecia parcialmente despida.[9]

Trilha sonora

The Black Cauldron: Original Motion Picture Soundtrack
Trilha sonora de Elmer Bernstein
Lançamento 1985
Gênero(s) Orquestra
Duração 30:25
Gravadora(s) Varèse Sarabande
Produção George Korngold, Randy Thornton
Cronologia de Elmer Bernstein
Ghostbusters
(1984)
Spies Like Us
(1985)
Críticas profissionais
Avaliações da crítica
Fonte Avaliação
AllMusic 4 de 5 estrelas.[39]
Filmtracks 4 de 5 estrelas.

Diferentemente da maioria dos outros filmes animados da Disney, The Black Cauldron não contém músicas cantadas pelos personagens. A partitura foi composta e regida por Elmer Bernstein, que empregou o uso de Ondas Martenot para desenvolver o clima sombrio de Prydain. O compositor já havia usado o instrumento em Trading Places (1983) e Os Caça-Fantasmas (1984).[40]

Devido às edições de última hora, grande parte da trilha sonora de Bernstein ficou inutilizada do filme final.[40] Alguns trechos foram regravados para serem disponibilizados no álbum da trilha sonora do filme lançada pela Varèse Sarabande em 1985, com o compositor regendo a Orquestra Sinfônica de Utah.[40] O álbum logo saiu de circulação e muitas das faixas do filme não reapareceram comercialmente até que uma cópia pirata intitulada "Taran" fosse fornecida a lojas especializadas em trilhas sonoras em 1986.[40] A trilha do filme foi relançada em 2012 como parte da parceria da Intrada Records com a Walt Disney Records para lançar diversas trilhas sonoras de filmes da Disney.[41]

A trilha sonora foi muito bem recebida pelos críticos de música e hoje é considerada um dos melhores trabalhos feitos por Bernstein em um longa-metragem, apesar do fracasso do filme em si. Jason Ankeny do site de críticas AllMusic deu a trilha sonora uma avaliação positiva, afirmando que "os arranjos sombrios de Bernstein e melodias sinistras vividamente sublinham o mundo de fantasia retratada na tela, o resultado é um sucesso inegável".

Lançamento e recepção

Foi o último filme de animação da Disney a ser concluído no Animation Building original do Walt Disney Studios (então Walt Disney Productions) em Burbank, Califórnia.[42] Após a finalização de The Black Cauldron, o departamento de animação da empresa foi transferido para as instalações da Air Way nas proximidades de Glendale em dezembro de 1985 e, após a reestruturação corporativa, finalmente retornou ao estúdio de Burbank em meados da década de 1990 em novas instalações.[43]

The Black Cauldron se tornou o primeiro filme de animação da Disney a receber a censura "PG" (não recomendado para menores de 13 anos) pela Motion Picture Association of America.[44] O filme foi apresentado em Super Technirama 70 (o primeiro desde A Bela Adormecida) e som surround Dolby Stereo 70mm de seis trilhas.[45] Seu lançamento nos cinemas em 1985 foi acompanhado pelo curta-metragem de 1956 Chips Ahoy estrelado pelo Pato Donald.[46]

O filme foi relançado em 1990 em alguns países selecionados sob o título "Taran and the Magic Cauldron".[47][48]

Desempenho comercial

The Black Cauldron foi lançado comercialmente na América do Norte em 24 de julho de 1985.[6] Dois dias depois, o filme foi exibido no Radio City Music Hall em Nova York.[49] Embora a Disney tenha divulgado oficialmente que o filme teria custado US$ 25 milhões,[14] o gerente de produção Don Hahn[14] declarou em seu documentário Waking Sleeping Beauty de 2009 que The Black Cauldron teria custado US$ 44 milhões; foi o filme de animação mais caro já feito na época (considerando qualquer dos dois valores).[4][5]

O filme arrecadou US$ 21,3 milhões no mercado interno estadunidense,[6] o que significou um prejuízo enorme para a Walt Disney Productions a ponto de ameaçar o futuro do departamento de animação; o filme mais tarde ganharia a fama de "quase ter matado a Disney".[9] A animação conseguiu perder receita até mesmo para o canadense The Care Bears Movie (que arrecadou US$ 22,9 milhões no mercado interno), lançado alguns meses antes por um estúdio de animação muito menor do que a própria Disney: a Nelvana.[43] Contudo, na França, o filme foi muito bem recebido, sendo assistido por mais de 3 milhões de espectadores se tornando o quinto filme mais assistido nos cinemas franceses em 1985.[50]

Recepção crítica

No site agregador de críticas cinematográficas Rotten Tomatoes, o filme obtém um índice de aprovação de 56% com base em 34 críticas, com pontuação média de 5,7/10; o consenso dos críticos do site diz: "Ambicioso, mas falho, The Black Cauldron é tecnicamente brilhante como sempre, mas carece dos personagens atraentes de outros clássicos de animação da Disney".[51] ​​No Metacritic, outro agregador de resenhas, filme tem a pontuação média ponderada de 59/100, com base em 16 críticos, indicando "críticas mistas ou médias".[52]

Roger Ebert, crítico de cinema do jornal Chicago Sun-Times, deu ao filme três estrelas e meia de quatro, elogiando o filme como "um conto estrondoso de espadas e feitiçaria, maldade e vingança, magia, coragem e sorte... E isso nos leva a uma jornada através de um reino de alguns dos personagens mais memoráveis ​​de qualquer filme recente da Disney"; ele notou o quão "envolvente" a história era e sentiu que "a chave do filme está na riqueza das caracterizações", considerando Horned King e Gurgi seus dois melhores personagens preferidos do filme.[53]

Charles Solomon, do Los Angeles Times, escreveu que a "trilha sonora altamente dimensional, com sua partitura de Elmer Bernstein e excelentes performances vocais, [o filme] é uma obra de arte tecnológica. Mas é o próprio trabalho de animação que se destaca, sendo com certeza um dos melhores trabalhos que o estúdio já produziu desde a morte de Walt Disney em 1966, o que deslumbra o espectador". Solomon opinou que se "seu roteiro e direção fossem iguais à animação, [The Black] Cauldron seria uma obra-prima comparada à Branca de Neve e Pinóquio, em vez do filme frustrante, bonito, emocionante e, em última análise, insatisfatório que ele se tornou".[54]

Walter Goodman, resenhando para o jornal The New York Times, elogiou a animação e o desempenho de John Hurt, mas acreditou que "[pessoas] com idade suficiente para recordar seu deleite com animações anteriores, sem dúvida polidas pela memória, não são, obviamente, o público a qual The Black Cauldron é direcionado. Nem, aparentemente, é direcionado a jovens que experimentaram técnicas de animação mais sofisticadas em filmes da série Star Wars".[49]

Muitos críticos afirmaram que o filme havia exagerado em seu aspecto "sombrio" e alegaram, principalmente, a "falta de magia" que são muito comuns nos filmes da Disney. A revista Time Out de Londres considerou The Black Cauldron "uma grande decepção", acrescentando que "o charme, a caracterização e o bom humor" encontrados nos trabalhos anteriores da Disney "estão infelizmente ausentes".[55] Charles Champlin, também crítico do jornal Los Angeles Times, escreveu que The Black Cauldron carece "da simplicidade e da clareza dos grandes contos de fadas, ou da maravilha infantil das histórias de Margery Sharp que inspiraram The Rescuers, a última animação de sucesso da Disney [...]".[56] Jeffrey Katzenberg, então presidente do Walt Disney Studios, também expressou descontentamento com o filme final, afirmando que alguns animadores também acreditaram que o filme não continha "o humor e a fantasia que eram tão fortes nos livros de Lloyd Alexander. A história foi uma oportunidade única na vida e foi de partir o coração ver um material tão maravilhoso sendo desperdiçado".[57]

Lloyd Alexander, o autor dos livros onde o filme foi baseado, teve uma reação mais complexa para o filme:[58]

Em primeiro lugar, devo dizer, não há nenhuma semelhança entre o filme e o livro. Dito isto, o filme em si, apenas como um filme, é um tanto agradável. Eu me diverti assistindo-o. O que eu espero é que quem vê o filme certamente possa apreciá-lo, mas eu também espero que as pessoas também leiam o livro. O livro é bem diferente. É muito poderoso, com uma história muito comovente, e eu acho que as pessoas iriam encontrar muito mais clareza e detalhes no livro.

Mídia doméstica

O fracasso de The Black Cauldron desencorajou a Disney a disponibilizar o filme em formatos home video por mais de uma década após seu lançamento nos cinemas.[38] Seu primeiro lançamento numa mídia doméstica ocorreu em 1997 no Reino Unido, onde o filme foi disponibilizado no formato VHS; em 4 de agosto do ano seguinte, o filme foi lançado também em VHS nos Estados Unidos. Tais lançamentos, ambos como parte da linha Walt Disney Masterpiece Collection, só ocorreram graças a diversos apelos de fãs cult.[14] Para esse lançamento, o filme foi recortado no formato pan e scan.[14]

Em 2000, o filme foi lançado pela primeira vez em DVD com transferência widescreen não anamórfica 2.20:1, como parte da linha Walt Disney Gold Classic Collection; os bônus que incluíam o disco foram uma galeria de desenhos conceituais, um jogo interativo chamado "The Quest for the Black Cauldron" e o curta-metragem do Pato Donald de 1952, Trick or Treat. Em 2008, a Disney anunciou o lançamento de uma edição especial em DVD do filme, que seria lançada no ano seguinte, mas posteriormente foi reanunciada como uma "edição comemorativa do 25º aniversário" a ser lançada em 2010; tal lançamento ocorreu em 14 de setembro de 2010 nos Estados Unidos e no Reino Unido. Esse segundo lançamento em DVD continha a transferência widescreen anamórfica 2,35:1 original, um novo jogo interativo intitulado "Witch's Challenge", uma cena excluída inacabada e todos os recursos do lançamento do DVD de 2000.[59]

Em novembro de 2019, o filme foi disponibilizado em 4K na plataforma Disney+.[60] Em 4 de maio de 2021, o filme foi lançado em Blu-ray exclusivamente pelo Disney Movie Club.[61]

Outras mídias e legado

Videogames

Um jogo de videogame homônimo foi desenvolvido por Al Lowe da Sierra On-Line e lançado em 1986. Compatível com as plataformas Amiga, Apples II e IIGS, Atari ST, MS-DOS e Tandy 1000, o jogo possui elementos bastante semelhantes com o título anterior da Sierra King's Quest. Junto com The Dark Crystal, continua sendo um dos poucos jogos de aventura da Sierra baseado em filmes.[62]

O jogo de construção de cidade Disney Magic Kingdoms lançado em 2016 inclui os personagens Taran, Eilonwy, Flores Flama, Gurgi e Horned King como personagens jogáveis, além de cenários baseados no castelo de Horned King e no reino dos Elfies, bem como alguns estabelecimentos e decorações baseadas em The Black Cauldron.[63][64]

Em outras mídias

Assim como outros personagens dos vários filmes de animação lançados pela Disney, os personagens de The Black Cauldron têm aparições recorrentes na série de televisão House of Mouse. Durante o episódio "House of Magic", Margarida usa o Caldeirão Negro para um show de mágica, embora obtenha resultados desastrosos.[65]

O enredo de The Black Cauldron é um dos focos principais no filme antológico lançado diretamente em vídeo Once Upon a Halloween de 2005, que mostra diversas cenas de The Black Cauldron através de flashbacks. No referido filme também é mencionado que um dos caldeirões que pertencia às Bruxas de Morva é agora propriedade da Rainha Má (de Branca de Neve e os Sete Anões).

Junto com outros personagens oriundos da Walt Disney Animation Studios, os personagens principais do filme tiveram participações especiais no curta-metragem Once Upon a Studio de 2023.[66]

Parques temáticos

Versões fantasiadas dos personagens do filme fizeram aparições ocasionais nos Parques e Resorts da Disney, principalmente na Fantasyland.

Em 1986, o restaurante Lancer's Inn, no Walt Disney World, foi renomeado para Gurgi's Munchies and Crunchies. No entanto, em 1993 ele foi fechado para ser remodelado se tornando outra atração no parque.

Em 11 de julho de 1986, a Disneylândia de Tóquio inaugurou o Cinderella Castle Mystery Tour, uma atração na qual Horned King fazia uma aparição, funcionando até 2006.[67][68][69] Para comemorar a inauguração da atração, um evento especial que incluiu uma peça de teatro foi apresentado no Palco do Pátio do Castelo da Cinderela durante catorze dias, que apresentava Mickey Mouse, Pato Donald e Pateta, acompanhados da Princesa Aurora, Príncipe Phillip e Malévola de A Bela Adormecida; nessa peça que se seguiu nos dias de abertura, numa cena que retratava uma batalha contra as forças de Malévola por Pateta, Donald, Phillip e Aurora, Creeper realizou uma aparição especial na peça junto com outros vilões da Disney.[70]

Na cultura popular

O personagem Gurgi foi supostamente a inspiração para a interpretação do personagem Gollum por Andy Serkis nos filmes da franquia O Senhor dos Anéis.[71]

Eventuais projetos

Em 2016, a Walt Disney Pictures readquiriu os direitos cinematográficos de As Crônicas de Prydain, no qual o longa-metragem de animação The Black Cauldron foi baseado, com a intenção de adaptar a série de livros em uma série de longas-metragens em live-action. O projeto estava em desenvolvimento inicial no Walt Disney Studios, sem nenhum diretor, produtor ou roteirista contratado. Entretanto, não houve mais relatos sobre o andamento do projeto.[72]

Notas e referências

Notas

  1. "Rei de Chifres" na dublagem brasileira, "Rei Chifres" na dublagem portuguesa
  2. Na dublagem original em inglês "Fflewddur Fflam"
  3. "Nojentinho" na dublagem brasileira, "Arrepio" na dublagem portuguesa

Referências

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Precedido por
The Fox and the Hound
Lista de filmes da Disney
1985
Sucedido por
The Great Mouse Detective