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Civilização Egípcia[editar | editar código-fonte]

O Antigo Egito localizava-se no nordeste da África, onde é hoje a República Árabe do Egito. O rio que corta todo o Antigo Egito é o grande Nilo, com 6 500 km e 6 cataratas. O Antigo Egito localizava-se entre os desertos da Líbia e da Arábia. Ao norte, a viagem por mar e a atividade comercial com as demais civilizações eram favorecidas pelo mar Mediterrâneo. A leste, o mar Vermelho era a segunda via de comunicação, depois do mar Mediterrâneo.[1]

O rio Nilo é conhecido por ser o berço da civilização egípcia. A principal atividade econômica do Antigo Egito era a agricultura. Entre junho e setembro, ocorria o período conhecido como as enchentes. Nesse período, a força das chuvas era responsável pela inundação do rio; o rio causava o transbordamento e cobria as grandes terras extensas que localizavam-se nas suas margens. As águas serviam como fertilizantes para o solo. Isso porque as águas eram condutoras de limo e matéria orgânica. A matéria orgânica era transformada em fertilizante de excelência. Além de existirem fertilizantes, peixes no rio eram abundantes. O rio possibilitava a navegação de milhares de barcos.[1]

Os antigos egípcios acreditavam que o rio era verdadeiramente abençoado pelos deuses. Mas, o próprio rio era uma divindade geográfica. Porém, o Egito não fora apenas uma dádiva da hidrografia. Eram necessários homens inteligentes, trabalhadores, aplicados e organizados. No tempo em que ocorria a estiagem, os egípcios trabalhavam para unir forças e conjunto. Tiravam proveito das águas do rio. Através desse objetivo, só podiam escolher uma das duas vantagens: irrigar as terras que se encontram em sua maior distância ou erguer a construção de diques para fazer o controle das enchentes.[1]

Depois das enchentes, com a diminuição do nível das águas, houve um desmanche dos limites que demarcavam as fazendas. Dessa maneira, a cada ano que passava, havia a necessidade do trabalho do homem para fazer a medição e o cálculo. A medição e o cálculo deram origem à geometria e à matemática como disciplinas que se desenvolveram desde os seus primórdios. Esse esforço comum e a unidade geográfica tornaram fácil a unicidade e a centralização de um governo.[1]

 Períodos históricos do Egito[editar | editar código-fonte]

Os egípcios habitaram o vale do rio Nilo a partir do Paleolítico. Ao longo do tempo houve o surgimento de comunidades dotadas de organização e autonomia que se chamavam nomos. Os nomos se organizaram em grupos de ambos os reinos (do Norte e do Sul). Em 3 200 a.C., o faraó Menés unificou a totalidade dos reinos num único reino. Com o faraó, tiveram início as grandes dinastias (famílias reais governantes do Egito por mais ou menos 3000 anos).[2]

A História do Egito é dividida costumeiramente na periodização em três etapas:[2]

No fim do Médio Império os hebreus imigraram pacificamente ao Egito. Os hebreus foram definitivamente entregues à escravidão. Porém, ganharam de novo a liberdade para garantirem o retorno à pátria de onde originaram. Após os hebreus, o Egito foi invadido pelos hicsos. No Egito, o estabelecimento dos hicsos permaneceu por uma duzentena de anos. Depois os hicsos foram expulsos do Egito, iniciando assim o Reino Novo. Os hicsos foram os introdutores dos carros de guerra, que os egípcios desconheciam.[2]

Ao fim do Reino Novo, o Egito foi enfraquecendo aos poucos e o seu declínio tornou fácil para que o país fosse invadido e dominado por outras civilizações, como persas, gregos, romanos, muçulmanos. Nos tempos da modernidade contemporânea do século XX, os países que dominavam politicamente o Egito foram a França e o Reino Unido, até o seu povo ver sua independência proclamada em 1962, como país moderno com governo próprio.[2]

Sociedade egípcia[editar | editar código-fonte]

A antiga sociedade egípcia era dividida em alguns níveis. Cada uma delas tinha funções com boa definição. Nessa sociedade, a mulher era muito prestigiada e tinha autoridade.[1]

No ponto mais alto da pirâmide está o faraó. Os poderes do faraó não tinham limites. Isso porque os egípcios viam o faraó como uma santidade, divindade, e aceitavam como aquele que descendia de deus ou como o próprio deus (sociedades secretas como a Maçonaria e a Ordem Rosacruz se referem ao criador espiritual como Grande Arquiteto do Universo). Esse tipo de governo era chamado de teocracia, ou seja, governo em que deus é regente.[1]

  • O faraó era um rei todo-poderoso, ou seja, tinha poder em tudo, tudo via, tudo falava, tudo pensava. A totalidade do país era de propriedade do faraó. Os campos, os desertos, as minas, os rios, os canais, os homens, as mulheres, o gado e a totalidade dos animais - eram todos pertencentes ao faraó. Ele era, em igual tempo, rei, juiz, sacerdote, tesoureiro, general. Era ele que fazia as decisões e a direção de tudo, porém, não sendo possível a sua presença na totalidade dos locais, era responsável pela distribuição de encargos para mais de cem funcionários que o deram auxílio no trabalho de administrar o Egito. A sagrada figura do faraó era a base elementar para a unidade da totalidade do Egito. O próprio faraó era visto pelo povo como um líder que sobreviveria e esperava ser feliz.[1]
  • Os sacerdotes eram enormemente prestigiados e poderosos, tanto espiritualmente como materialmente. Isso porque eram administradores das riquezas e dos bens dos vastos e preciosos templos. Eram também os egípcios que sabiam muito. Guardavam os segredos científicos e os mistérios religiosos que se relacionavam com sua grande quantidade de deuses.[1]
  • A nobreza se constituía de pessoas que pertenciam à família do faraó, funcionários de primeiro escalão e fazendeiros com salários altamente faturados.[1]
  • Os escribas, que vieram das famílias dotadas de riqueza e poder, eram aprendizes da leitura e da escrita, além de serem dedicados ao registro, documentação e contabilidade de documentos e atividades da vida do Egito.[1]
  • Os artesãos e os comerciantes. Os artesãos eram os trabalhadores exclusivos dos reis, da nobreza e dos templos. Eram fabricantes de belas peças de adorno, utensílios, estatuetas, máscaras funerárias. Eram excelentes trabalhadores de madeira, cobre, bronze, ferro, ouro e marfim. Já os comerciantes eram dedicados ao comércio em nome dos reis e nobres ou em nome próprio, realizando a compra, a venda ou a troca de produtos com outras civilizações, como cretenses, fenícios, povos da Somália, Síria, Núbia, etc. O comércio obrigou à força que fossem construídos grandes barcos de carga.[1]
  • Os camponeses eram a força predominante da população. Os trabalhos dos campos eram feitos sob organização e controle dos funcionários do faraó. Isso porque a totalidade das terras eram do governo. As enchentes que transbordavam o Nilo, os trabalhos de irrigar, semear, colher, armazenar os grãos fizeram com que os camponeses fossem obrigados a trabalhar duro e receber pouca remuneração. Em geral, os camponeses eram pagos com uma pequena parte dos produtos que colhiam e somente o suficiente para a sua sobrevivência. A vida dos camponeses passava em cabanas modestas e os camponeses usavam vestidos de grande simplicidade. Os camponeses eram prestadores de serviços também nas terras que pertenciam aos membros da nobreza e nos templos. A principal atividade econômica do Egito era a agricultura. Isso porque não havia terra de sobra e suficiência de vegetação para praticar a criação de muitos rebanhos. Por serem pobres, os camponeses cultivavam cevada, trigo, lentilhas, árvores frutíferas e videiras. Eram fabricantes de pão, cerveja e vinho. O Nilo era oferecedor de peixes em quantidades abundantes.[1]
  • Os escravos eram, na maioria, vítimas da perseguição entre os que perdiam a guerra. O faraó obrigava com dureza que os escravos trabalhassem nas grandes construções, como as pirâmides, por exemplo.[1]

A importância de alguns faraós[editar | editar código-fonte]

Inúmeros faraós serviram como governantes do Egito no decorrer da sua história. Poucos são merecedores de algum destaque.[1]

  • Menés (ou Narmer), no ano 3 000 a.C., foi o monarca unificador dos reinos do Norte e do Sul em um único reino.[1]
  • Djoser (Zozer), reino em que foi construído o primeiro edifício monumental em pedra do mundo, a pirâmide de Djoser, cuja medida é feita em degraus.[1]
  • Quéops, Quéfren e Miquerinos ganharam fama como os faraós que construíram as três maiores pirâmides do Egito, localizadas na planície de Gizé. A mais extensa pirâmide é a de Quéops. Pai de Quéfren, foi substituído no seu trono e seu filho também foi construtor da sua pirâmide a uma pequena distância em metros da do pai. Após Quéfren, Miquerinos foi o governante do Egito e ordenador da construção de sua pirâmide próxima das demais, mas com uma pequena diferença de tamanho.[1]
  • Amenófis IV, que também se chamava-se de "sacerdote do deus Sol", ganhou fama como o faraó que realizou a unificação da religião no Egito, obrigando à força que venerassem a uma única divindade, o Sol, que chamava-se de Aton. Seu nome foi mudado de Amenófis (cujo significado é "Amon tem satisfação") para Aquenáton (cujo significado é "aquele que serve Aton"). Tornou-se antipático pelos sacerdotes e pelo fanatismo do povo e este, após falecer o faraó, voltou a venerar o velho politeísmo.[1]
  • Tutancâmon, pertencente à família de Aquenáton, tomou posse do reino ainda na infância (cinco anos de idade). Seu reino durou pouco tempo, devido à sua morte ocorrida com a idade de dezoito anos. Mas o fato de ser notório repercutiu mundialmente no século XX, porque o arqueólogo inglês Howard Carter encontrou o seu sarcófago muito rico no Vale dos Reis no ano de 1924. O túmulo permaneceu por muito tempo sem que alguém tivesse posto o dedo. Por esse motivo, os ladrões não tinham, ainda, conseguido violar o túmulo que ficava na câmara mortuária e ali eram guardadas riquezas de grande valor, pois as matérias-primas desses objetos eram ouro, prata e pedras preciosas. As máscaras mortuárias, os sarcófagos, as estátuas, os móveis, as joias, os vasos e o carro mortuário eram extraordinariamente ricos. Depois que os arqueólogos descobriram os objetos utilizados pela família real que governava o Antigo Egito, pode-se ter uma ideia do quanto era grandiosa, luxuosa e rica a vida dos faraós, enquanto a vida da população majoritária, que constituía-se de camponeses, era muito dura e os camponeses comiam pouco.[1]

Religião e mitologia egípcias[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Mitologia egípcia

O povo egípcio acreditava profundamente na religião. Isto era importante porque a religião, propriamente dita, formava uma sociedade civilizada e organizada. Do ponto de vista matemático, o politeísmo (acreditar em diversos deuses) era o tipo de crença adotado pelos egípcios. A partir da mais alta antiguidade, os egípcios eram adoradores de um sem-número de deuses estranhos. Os mais antigos deuses foram animais e toda a pessoa era protegida por um animal-deus. Eram adoradores de gatos, bois, serpentes, crocodilos, touros, chacais, gazelas, escaravelhos, etc.[3]

Entre os animais que os egípcios adoravam, o de maior notoriedade foi o boi Ápis que, no momento de sua morte, era causador de luto na totalidade do Egito e os sacerdotes estiveram à procura nos campos de um substituto que tivesse a mesma semelhança física. Rezava a crença popular de que um deus seria a possível reencarnação de um animal vivo.[3] O rio Nilo, com a periodicidade de suas enchentes, e o calor do vento do deserto, que era o agente destruidor das colheitas, eram venerados como forças naturais.[3]

Os egípcios eram crentes na reencarnação, por esse motivo eram prestadores de culto às pessoas que morreram (cerimônias fúnebres). Cada localidade era protegida pelos seus deuses, com características diferenciadas, sendo certos deles metade homem e metade animal (de modo geral corpo de homem e cabeça de animal — antropomorfismo).[3]

Deuses do Egipto[editar | editar código-fonte]
: o deus Sol, que na sua união com o deus Amon (Amon-Rá) é a mais importante divindade egípcia.[4]
Nut: é o céu, sob representação de uma mulher que põe seus pés no Oriente e suas mãos no Ocidente. Os astros são viajantes no decorrer do seu corpo. Seu filho, Rá (o Sol), é engolido por ela à noite e nasce de novo a cada manhã.[4]
Babuíno divino: aquele que prova que foi o viajante da barca solar.[4]
Barca solar de Rá: numa viagem sem fim, durante a totalidade dos dias Rá é trazido à Terra por essa embarcação espiritual que à noite faz com que volte a ser eterno.[4]
Ísis: esposa de Osíris, mãe de Hórus e deusa que protege a vegetação, as águas (as enchentes que transbordam o Nilo) e as sementes. As chuvas poderiam ser as lágrimas que correm nos olhos de Ísis à procura de seu marido Osíris, que também é a personificação do Nilo.[4]
Néftis: é irmã de Osíris e seu marido é Set.[4]
Maat: deusa que protege a justiça, a verdade e o equilíbrio universal.[4]
Hórus: é o deus-falcão. Seus pais são Osíris e Ísis. Também cultuava-se como o Sol nascente.[4]
Osíris: no seu hábito em forma de múmia, é o deus que protege os mortos, a vegetação, a fecundidade. Também cultuava-se como Sol poente. Era ele que buscava as almas dos mortos para passarem por julgamento no seu tribunal (Tribunal de Osíris).[4]
Sacmis: deusa com corpo feminino e cabeça leonina. Deusa que protegia as guerras. Com sua força, encarregava-se da destruição dos inimigos de Rá.[4]
Ptá: é deus que protegia Mênfis. Considerava-se aquele que criou o mundo e que protegia os artesãos.[4]
Quenúbis: deus pastor, deus que protegia as nascentes e as enchentes do Nilo.[4]
Anúbis: deus chacal, guardava os túmulos, deus que protegia a ressurreição, mediava entre o céu e a Terra.[4]
Tote: deus que protegia a sabedoria, a magia, criador da escrita. Considerava-se o escriba divino e que protegia os escribas.[4]
Hator: deusa apresentada com ambas as formas: como uma vaca com chifres e o Sol entre eles e como uma mulher tendo o Sol entre os chifres. Considerava-se a deusa que protegia a vaidade, a música, a alegria, os prazeres e o amor.[4]
Set: grande inimigo de Osíris (o Nilo) e considerava-se o calor do vento que vem do deserto. Personificava o mal, provocava tempestades e protegia as armas.[4]
Amom (de Tebas): deus dos deuses do Egito, cultuava-se juntamente com Rá, sendo chamado de Amon-Rá.[4]
Bés: espírito (ou demônio) dotado de feiúra e malefício, habitante do inferno.[4]
Tuéris: deusa hipopótamo, aquela que protegia as gestantes.[4]
Bastet: deusa gata, a transmissora das boas influências do deus Sol para as pessoas.[4]
Templos egípcios[editar | editar código-fonte]

Os templos egípcios não se assemelhavam às igrejas atuais. Tinham grandiosidade, eram enormemente dimensionados, com um portão dotado de imponência e a amplitude dos pátios com abertura própria. As gigantescas colunas sustentavam os templos. Na parte do fundo estava situada a estátua que representa o deus local e na parte dos lados os demais poucos deuses. Nas partes da frente, o colosso das estátuas dos faraós pelos quais foi obrigada a construção dos templos. No interior dos templos, os inúmeros sacerdotes passavam sua vida, com raspão no cabelo e se vestiam com uma única túnica. Do Antigo Egito existem poucos restos das ruínas da grandiosidade de ambos os templos, o templo de Luxor e o templo de Karnak.[5]

Cerimônias fúnebres[editar | editar código-fonte]

Quanto às múmias, os egípcios baseavam-se na crença de que o ser humano se constituía de (o corpo) e de (a alma). Na opinião deles, quando morria, a alma (Rá) deixava o corpo (Ká), mas era possível a continuidade vital da alma (Rá) no reino de Osíris ou de Amon-Rá. Isso podia acontecer se o corpo, pelo qual era devida a sustentação da alma, passasse por conservação. Daí vinha a ser importante o embalsamamento ou a mumificação do corpo para que seja impedida a decomposição do mesmo. Para a garantia de que a alma sobrevivesse, em caso de destruição da múmia, eram colocadas no túmulo estatuetas que representavam a pessoa que morreu.[6]

O túmulo era onde habitava um morto assim como a casa é onde habita um vivo, com mobiliários e alimentos provisionados. As pinturas que aparecem nas paredes são imagens representativas das cenas da vida de um morto à mesa, na perseguição aos animais e na atividade pesqueira. Eles baseavam a sua crença na magia dos poderes dessas pinturas, pois na opinião deles, isso representava o sentimento de felicidade e serenidade da alma durante a sua contemplação perante às imagens. A alma da pessoa que morreu era apresentada ao Tribunal de Osíris, onde julgava-se por suas obras, para ver se era possível a sua admissão no reino de Osíris.[6]

Os túmulos eram moradias de eternidade. Para melhorar a proteção dos corpos, colocavam-se as múmias em sarcófagos com fechamento hermético. Os faraós, os nobres, os milionários e certos sacerdotes trabalhavam como construtores da grandeza dos túmulos feitos de pedras para a garantia de que os corpos fossem protegidos contra ladrões e profanadores. Sua finalidade era a garantia de que se esperava por muito tempo até o retorno da alma.[6]

Assim, construíram-se mastabas, pirâmides e hipogeus com rico adorno.[6]

Cultura egípcia[editar | editar código-fonte]

Durante a antiguidade, a cultura egípcia era o conjunto de manifestações culturais desenvolvidas no Antigo Egito. Sem falar nas pirâmides, mastabas, hipogeus e na grandeza dos templos, a arte do Antigo Egito também era vista como uma manifestação artística nos palácios, na grandiosidade das colunas e obeliscos, nas esfinges, na estatuária e na arte decorativa em baixo-relevo. Listados abaixo:[7]

  • Mastabas: As mastabas eram túmulos com revestimento de lajes rochosas ou feitos de tijolo especial. Eram integradas por uma capela, a câmara mortuária e demais compartimentos.
  • Hipogeus: Escavação de túmulos nas rochas, nas imediações do talvegue do Nilo. O hipogeu de maior fama foi de Tutancâmon, que situa-se no Vale dos Reis.
  • Esfinge: Nas esfinges guardavam-se os templos e as pirâmides. A esfinge na parte dianteira da pirâmide de Quéfren tem cabeça humana e corpo leonino. Sua frase célebre é "Decifra-me ou te devoro".
  • Obelisco: Monumento cuja matéria-prima trata-se de uma única pedra no formato de agulha para fazer a marcação de algum fato ou realização. É também o monumento representativo de um raio da divindade solar.
Pirâmides[editar | editar código-fonte]

No antigo Egito foram realizadas as construções de centenas de pirâmides. As três grandes incluem-se entre as Sete Maravilhas do Mundo antigo. Até os dias atuais, as pirâmides são oferecedoras de certos mistérios para a mente humana. Dessa forma a moderna engenharia não foi capaz ainda de conseguir a explicação de como, naquele momento, foram trazidos blocos rochosos de 2 a 10 ou mais toneladas que vieram de longe até o deserto onde são encontradas as pirâmides. A maior dificuldade ainda é a explicação de como foram deslocadas pedras sobre pedras até uma altura de 146 metros (a altura da grande pirâmide de Quéops). Outro mistério é a explicação do porque construíram-se as pirâmides com seus lados que voltam-se rigorosamente para os quatro pontos cardeais. Atualmente, a maior parte das pessoas no mundo inteiro baseia sua crença num misterioso poder que concentra energia e conservação no interior das pirâmides. Assim, não seriam estragadas certas coisas perecíveis que se colocassem na posição que a câmara do rei ocupa.[8]

Para isso, com a ajuda de uma bússola, é importante gque sejam orientadas as bases piramidais posicionadas nos quatro pontos cardeais. Também há uma crença que baseia-se em curar ou melhorar a saúde por usar uma pirâmide de cobre em condições de ser abrigado um ser humano dentro dela.[8]

As ciências egípcias[editar | editar código-fonte]

Não é à toa que as sete maravilhas do mundo antigo estão no Egito, que legou à humanidade grandes conhecimentos. Os egípcios ficaram famosos por serem os desenvolvedores da arquitetura, da matemática, da astronomia, da medicina e da engenharia, além do ano dividido em 365 dias, 12 meses com 30 dias. Eles foram os utilizadores dos relógios solares, estelares e à base de água para realizar a medição do tempo.[8]

Na matemática, foram os grandes desenvolvedores da geometria, porque foram necessárias a medição das terras rurais e o levantamento das construções distinguidas pela sua grandeza.[8] Na medicina, foram responsáveis pelo tratamento de uma variedade de doenças, além de trabalharem como cirurgiões, inclusive utilizando-se de anestésicos.[9] Mas, a medicina egípcia era mais esotérica que científica, por acompanhar-se de magias e por ser também invocativa dos deuses.[10]

Especializaram-se em mumificação de corpos por meio de recursos de embalsamamento pelos quais foi conservado um sem-número de corpos nos dias atuais. De acordo com Heródoto, um historiador grego de muita fama, o processo de mumificar o corpo era feito da seguinte forma:[10]

[10]

Língua e literaturas egípcias[editar | editar código-fonte]

Os egípcios foram uma das primeiras civilizações utilizadoras da escrita no mundo. Foram os desenvolvedores de três alfabetos:[10]

  • O alfabeto hieróglifo era uma escrita consideradamente religiosa;
  • O alfabeto hierático, de maior simplicidade, era uma escrita que os nobres e os membros do sacerdócio utilizavam.
  • O alfabeto demótico era um tipo de escrita utilizada pela maioria da população. Era utilizada pelas classes economicamente menos privilegiadas da sociedade egípcia.

Na época da campanha de Napoleão Bonaparte no Egito, o francês especialista em arqueologia Jean François Champollion levou para França, no ano de 1799, um documento rochoso do aglomerado urbano de Roseta. Nesta rocha estão escritos três tipos de alfabeto. São eles: hieróglifo, grego e demótico. Em 1822, Champollion, com a comparação do texto em língua grega clássica com o tema exatamente igual em hieróglifos. Conseguiu fazer a decifração do alfabeto egípcio. Isso foi uma contribuição dada por Champollion para os trabalhos intelectuais sobre a civilização egípcia.[10]

Os egípcios praticavam a escrita principalmente numa planta que chama-se papiro. Esta planta era encontrada em abundância às margens do rio Nilo. Cortava-se o miolo do papiro. Suas partes ligavam-se umas com as outras e prensavam-se. Eram formados assim rolos que inclusive exportavam-se para as civilizações vizinhas. Os egípcios eram contribuintes de vários livros escritos. A maioria dessas publicações trata de temas relacionados à religião. Um famoso exemplo é o Livro dos mortos.[11]

Música egípcia[editar | editar código-fonte]

Pelos documentos que os arqueólogos encontraram, como músicas fragmentadas e instrumentos, a arte musical começaria na Mesopotâmia e no Antigo Egito. De fato, em 1950 os arqueólogos foram os descobridores de uma canção de origem assíria datada de 4000 a.C., com gravação numa tabuleta feita de argila.[11]

Os egípcios foram os utilizadores da música em quaisquer das ocasiões religiosas ou da sociedade, como casamentos, festas, canções de guerra, de vitória, ou para a expressão de sentimentos tristes e fúnebres. Eram tocadores de instrumentos musicais como lira, cítara, oboé, címbalo, harpa e outros que possuíam caixa de ressonância. Era de praxe o dom musical das mulheres que ganhavam dinheiro. Juntamente com a música, foram desenvolvidas a dança e a coreografia, Os mesopotâmios e os egípcios foram os conquistadores da escrita da música de sinais próprios para a sua execução pública.[11]

Influência da civilização egípcia sobre outras civilizações[editar | editar código-fonte]

Os egípcios eram influentes no processo evolutivo de uma diversidade de povos limítrofes ou longínquos. Em sua maioria, os eruditos dos demais outros povos da antiguidade eram o público pelos quais eram buscados os seus conhecimentos no Egipto, onde trabalhavam como estagiários. Foram os inventores de várias ciências tais como a geometria, que depois os gregos passaram a seguir, assim como outros povos e países.[11]

A medicina foi influenciada quase totalmente pelos egípcios. De fato, os antigos egípcios são o povo pelo qual foram ultrapassados todos os conhecimentos médicos dos povos antigos, como tentativa de cura para todas as doenças que existiam na antiguidade oriental.[11]

No que diz respeito à religião, seus deuses e suas crenças passaram a ser espalhadas por toda a parte. O mundo foi impressionado pelas pirâmides, e considerava-se a alma imortal como um espiritualmente avançada.[11]

No que tange à escrita, lançavam novas ideias na arte de escrever, os sinais e marcas tiveram sua chegada à Fenícia, onde simplificaram-se, fato que deu origem ao atual alfabeto latino, utilizado na maioria das línguas europeias, como o português. O que os egípcios mais contribuíram às civilizações antigas foi o fornecimento de papiro à totalidade do mundo antigo para que sejam escritos os seus livros, formadas as suas bibliotecas e o fornecido material para que os seus sábios estudem.[11]

  1. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s Casson, Lionel (c1969). O antigo Egito. Rio de Janeiro: J. Olympio. pp. 203 p.  Verifique data em: |ano= (ajuda) Erro de citação: Código <ref> inválido; o nome "Antigo Egito" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes
  2. a b c d Casson, Lionel (c1969). O antigo Egito. Rio de Janeiro: J. Olympio. pp. 203 p.  Verifique data em: |ano= (ajuda)
  3. a b c d Edge, E. A. Wallis (sem data). A religião egípcia: idéias egípcias sobre a vida futura. São Paulo: Cultrix  Verifique data em: |ano= (ajuda)
  4. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t «Gods and Godesses». Museu Britânico. Consultado em 21 de julho de 2014 
  5. Cantele, Bruna Renata ([1989?]). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 30  Verifique data em: |ano= (ajuda)
  6. a b c d Cantele, Bruna Renata ([1989?]). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 30  Verifique data em: |ano= (ajuda)
  7. Cantele, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 31 
  8. a b c d Cantele, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 32 
  9. Cantele, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 32-33 
  10. a b c d e Cantele, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 33 
  11. a b c d e f g Cantele, Bruna Renata (1989). História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP. p. 34