Clarissa Garotinho

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Clarissa Garotinho
Clarissa Garotinho
Clarissa Garotinho em 2020
Deputada federal pelo Rio de Janeiro
Período 1º de fevereiro de 2015
até 31 de janeiro de 2023
Secretária Municipal de Desenvolvimento, Emprego e Inovação do Rio de Janeiro
Período 1º de janeiro de 2017[1][2]
a 5 de abril de 2018[3]
Prefeito Marcelo Crivella
Antecessor(a) Marcelo Henrique de Melo Sales
Sucessor(a) José Renato Cardozo Moura
Deputada estadual pelo Rio de Janeiro
Período 1º de fevereiro de 2011
a 31 de janeiro de 2015
Vereadora pelo Rio de Janeiro
Período 1º de janeiro de 2009
a 31 de janeiro de 2011
Dados pessoais
Nome completo Clarissa Garotinho Barros Assed Matheus de Oliveira
Nascimento 2 de julho de 1982 (41 anos)
Campos dos Goytacazes, RJ
Nacionalidade brasileira
Progenitores Mãe: Rosinha Garotinho
Pai: Anthony Garotinho
Alma mater Faculdades Integradas Hélio Alonso
Parentesco Wladimir Garotinho (irmão)
Partido PDT (1999-2000)
PSB (2001-2003)
PMDB (2003-2009)
PR (2009-2016)
PRB (2016-2018)
PROS (2018-2022)
UNIÃO (2022-presente)
Profissão Jornalista
Website clarissagarotinho.com.br

Clarissa Garotinho Barros Assed Matheus de Oliveira, mais conhecida como Clarissa Garotinho (Campos dos Goytacazes, 2 de julho de 1982), é uma jornalista e política brasileira, filiada ao União Brasil (UNIÃO).[4] É filha dos ex-governadores fluminenses Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho, irmã do prefeito de Campos dos Goytacazes, Wladimir Garotinho, e mãe do ator Vicente Alvite. Foi deputada federal pelo estado do Rio de Janeiro por dois mandatos, tendo antes sido deputada estadual e vereadora da capital fluminense.

Carreira política[editar | editar código-fonte]

Dirigência da UNE e presidência do PMDB Jovem[editar | editar código-fonte]

Clarissa cresceu em um ambiente político. Ainda criança, acompanhava os pais em reuniões e comícios. Mais tarde, quando era aluna de Jornalismo na Faculdades Integradas Hélio Alonso, entrou no movimento estudantil. Foi diretora da União Nacional dos Estudantes (UNE). Ao mesmo tempo, iniciava sua carreira de comunicadora na apresentação de programas na Rádio Melodia e na Rádio Manchete, além de colaborar com a Rádio Jovem Pan. Clarissa começou a militar na política muito nova influenciada pelos pais. Seu 1º cargo político foi o de Presidente da PMDB Jovem, que ela assumiu em 2004.

8ª Legislatura da Câmara Municipal do Rio de Janeiro (2009–2011)[editar | editar código-fonte]

Elegeu-se Vereadora pela cidade do Rio de Janeiro em 2008. Após a saída de Garotinho do PMDB, em 2009, Clarissa, algum tempo depois, filiou-se ao PR, o que gerou-lhe um processo de cassação por infidelidade partidária.[5] No dia 4 de dezembro foi empossada como Coordenadora Nacional do PR Jovem.

Em agosto de 2010, foi absolvida da acusação de infidelidade, pois o TRE-RJ entendeu que ela vinha sofrendo perseguições dentro do PMDB, o que justificou, no entendimento do tribunal, sua saída do partido.[5]

10ª Legislatura da Alerj (2011–2015)[editar | editar código-fonte]

Ainda em 2010, elegeu-se deputada estadual, cargo que assumiu em 1 de fevereiro de 2011.[6]

Em 2012 as famílias Garotinho e Maia se uniram em uma inesperada aliança, em prol de derrotar o então prefeito, Eduardo Paes que concorria a reeleição. A coligação "Um Rio Melhor Pros Cariocas" PR/DEM foi encabeçada por Rodrigo Maia, filho do ex-prefeito Cesar Maia e teve Clarissa como vice. A chapa causou surpresa, sendo amplamente debatida. Numa campanha polarizada entre o atual prefeito Eduardo Paes do PMDB e o deputado do PSOL Marcelo Freixo, obteve apenas 95.328 votos (3% dos votos válidos), e Eduardo Paes foi reeleito com mais de 2 milhões de votos (64% dos votos válidos).

55ª legislatura da Câmara dos Deputados (2015–2019)[editar | editar código-fonte]

Após eleger-se deputada federal em 2014 com 335.061 votos,[7] chegou a ser cotada para ser a candidata do PSDB à Prefeitura do Rio em 2016. Em fins de 2015, anunciou sua gravidez do empresário Marcos Altive, de quem anunciou no início de 2016 estar noiva.[8]

No processo de julgamento da admissibilidade do processo de impeachment na Câmara dos Deputados, a deputada ausentou-se e alegou que sua gravidez a impedia de participar da votação.[9] A sua ausência significou um voto a favor da permanência de Dilma Rousseff.[10] A deputada poderia ter deixado seu suplente votar, como outros fizeram, mas preferiu ausentar-se para favorecer o governo petista. Coincidentemente, o pai da deputada, Anthony Garotinho, passou a semana anterior em negociações com a ex-presidente Dilma Roussef.[11][12][13]

Em 17 de novembro de 2016, a deputada entrou em evidência após dar um ataque histérico em frente às câmeras de televisão no momento em que o seu pai era transferido de ambulância até o Complexo Penitenciário de Gericinó, conhecido como presídio de Bangu.[14][15][16]

Em 21 de novembro de 2016, foi expulsa do PR, por ter votado contra a PEC 241, conhecida por PEC do Teto. O partido havia fechado questão pelo voto favorável e a deputada contrariou seu próprio partido na votação. Em 6 de dezembro de 2016, ela se filiou ao PRB a convite do prefeito eleito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella. Dias depois, Clarissa foi anunciada como a nova titular da Secretaria de Desenvolvimento, Emprego e Inovação (SMDEI) do município do Rio de Janeiro.[17]

56ª legislatura da Câmara dos Deputados (2019–2023)[editar | editar código-fonte]

No dia 22 de março de 2018, Clarissa Garotinho anunciou que iria filiar-se ao Partido Republicano da Ordem Social (PROS), partido pelo qual se reelegeu como deputada federal.[18] Em 30 de março de 2022, anunciou sua saída do Partido Republicano da Ordem Social (PROS) para se filiar junto a seu pai, Anthony Garotinho, no União Brasil (UNIÃO).[19] Abriu mão da reeleição à Câmara para concorrer a uma vaga ao Senado Federal nas eleições de outubro. Sua campanha foi marcada pelo alinhamento ao bolsonarismo e pela proposta de castração química para abusadores sexuais, considerada inconstitucional por juristas.[20] Terminou em terceiro lugar, com 14,02% dos votos válidos.

Desempenho em Eleições[editar | editar código-fonte]

Ano Eleição Candidata a Partido Coligação Chapa Votos % Resultado
2008 Municipal do Rio de Janeiro Vereadora PMDB 42.062 1,57% Eleita [21]
2010 Estadual do Rio de Janeiro Deputado estadual PR 118.863 1,58% Eleita [22]
2012 Municipal do Rio de Janeiro Vice-prefeita Um Rio melhor para os Cariocas

(DEM,PR)

Rodrigo Maia

(DEM)

95.328 2.94% Não Eleita [23]

3° Lugar

2014 Estadual do Rio de Janeiro Deputado Federal (PROS, PR) 335.061 4,73% Eleita [22]
2018 Estadual do Rio de Janeiro PROS Por um Rio Feliz

(PROS,PSC)

35.131 0,50% Eleita [24]
2020 Municipal do Rio de Janeiro Prefeita PROS Sem coligação. Jorge Coutinho

(PROS)

12.178 0,46% Não Eleita


10° Lugar

2022 Estadual do Rio de Janeiro Senadora UNIÃO Sem coligação. 1º Suplente: Algacir Moulin (UNIÃO)

2º Suplente: Dudu Canella (UNIÃO)

1.145.413 14,02% Não Eleita


3° Lugar[25]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «DOM-RJ 1/01/2017 - Pg. 22 - Suplemento | Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro | Diários Jusbrasil». Jusbrasil. Consultado em 11 de abril de 2020 
  2. «Veja quem são os secretários de Marcelo Crivella». O Globo. 21 de dezembro de 2016. Consultado em 11 de abril de 2020 
  3. «Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro | Poder Executivo | Ano XXXII | Nº 15 | Sexta-feira, 06 de Abril de 2018» (PDF). Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. p. 3. Consultado em 11 de abril de 2020 
  4. «Garotinho se filia ao União Brasil e deverá ser candidato a Deputado Federal». ErreJota Notícias. 30 de março de 2022. Consultado em 30 de março de 2022 
  5. a b Band (23 de agosto de 2010). «TRE-RJ mantém mandato de Clarissa Garotinho». Consultado em 19 de janeiro de 2011 [ligação inativa]
  6. SRZD (5 de outubro de 2010). «Clarissa Garotinho diz que irá fiscalizar ações do governo do estado». Consultado em 26 de janeiro de 2011 
  7. «Clarissa Garotinho». Eleições 2014. Consultado em 21 de novembro de 2016 
  8. Extra (1 de janeiro de 2016). «Deputada Clarissa Garotinho está noiva». Consultado em 27 de janeiro de 2016 
  9. Magalhães, Vera (14 de abril de 2016). «Grávida, Clarissa Garotinho deve se ausentar de votação». Veja. Consultado em 2 de agosto de 2016 
  10. Noblat, Ricardo (15 de abril de 2016). «Afinal, o governo ganha mais um voto contra o impeachment». O Globo. Consultado em 2 de agosto de 2016 
  11. Amado, Guilherme (15 de abril de 2016). «O porquê da súbita mudança de Clarissa Garotinho sobre o impeachment». O Globo. Consultado em 19 de novembro de 2016 
  12. Della Coletta, Ricardo (14 de abril de 2016). «Garotinho se reuniu com Berzoini no Planalto». Época. Consultado em 19 de novembro de 2016 
  13. Abreu Barbosa, Aluysio (15 de abril de 2016). «Garotinho negociou "venda do futuro" pelo voto de Clarissa no impeachment?». Folha da Manhã. Consultado em 19 de novembro de 2016 
  14. Castro, Juliana (17 de novembro de 2016). «Aos berros, Garotinho vai para complexo penitenciário de Bangu onde está Cabral». O Globo. Globo.com. Consultado em 19 de novembro de 2016 
  15. «Sob protesto e aos gritos, Garotinho é levado para complexo de Bangu». Correio Braziliense. 18 de novembro de 2016. Consultado em 19 de novembro de 2016 
  16. Rizério, Lara (18 de novembro de 2016). «Sob protestos e gritos da família, Garotinho é transferido para Complexo de Bangu». InfoMoney. Consultado em 19 de novembro de 2016 
  17. «Marcelo Crivella divulga nomes de secretários da Prefeitura do Rio». G1. 20 de dezembro de 2016. Consultado em 23 de março de 2018 
  18. «Garotinho anuncia candidatura ao governo do Rio». Brasil 247. 23 de março de 2018. Consultado em 23 de março de 2018 
  19. «Garotinho, Clarissa e Tassiana Oliveira se filiam ao União Brasil - Terceira Via Terceira Via». Terceira Via. 30 de março de 2022. Consultado em 26 de maio de 2022 
  20. «Castração química de abusadores, proposta por Clarissa Garotinho na TV, é inconstitucional, apontam juristas». O Globo. 1 de setembro de 2022. Consultado em 6 de setembro de 2022 
  21. «Poder 360 | CLARISSA GARONTINHO». eleicoes.poder360.com.br. Consultado em 3 de junho de 2020 
  22. a b «Resultados: Rio de Janeiro - Eleições 2010 - Terra». noticias.terra.com.br. Consultado em 3 de junho de 2020 
  23. «Poder 360 | CLARISSA GARONTINHO». eleicoes.poder360.com.br. Consultado em 3 de junho de 2020 
  24. «Apuração de votos e resultado das Eleições 2018 RJ: Governador eleito». UOL Eleições 2018. Consultado em 3 de junho de 2020 
  25. Povo, Gazeta do. «Veja o resultado da eleição para senador pelo Rio de Janeiro». Gazeta do Povo. Consultado em 4 de dezembro de 2022 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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