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António Ramalho Eanes: diferenças entre revisões

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'''António dos Santos Ramalho Eanes''' <small>[[Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito|GColTE]] • [[Medalha Militar da Cruz de Guerra|MSCG]] • [[Ordem Militar de São Bento de Avis|CvA]] • [[Medalha Militar de Serviços Distintos|MPSD]] • [[Ordem do Infante D. Henrique|GColIH]] • [[Ordem da Liberdade|GColL]]</small> ([[Alcains]], [[Castelo Branco]], [[25 de Janeiro]] de [[1935]]) é um [[militar]] e [[político]] [[Portugal|português]]. Grande figura de destaque no [[Golpe de 25 de Novembro de 1975]], foi o [[Lista de presidentes da República Portuguesa|16.º]] [[Presidente da República Portuguesa|presidente da República]] assim como o primeiro democraticamente eleito após a [[revolução de 1974]].
'''António dos Santos Ramalho Eanes''' <small>[[Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito|GColTE]] • [[Medalha Militar da Cruz de Guerra|MSCG]] • [[Ordem Militar de São Bento de Avis|CvA]] • [[Medalha Militar de Serviços Distintos|MPSD]] • [[Ordem do Infante D. Henrique|GColIH]] • [[Ordem da Liberdade|GColL]]</small> ([[Alcains]], [[Castelo Branco]], [[25 de Janeiro]] de [[1935]]) é um [[militar]] e [[político]] [[Portugal|português]]. Grande figura de destaque no [[Golpe de 25 de Novembro de 1975]], foi o [[Lista de presidentes da República Portuguesa|16.º]] [[Presidente da República Portuguesa|presidente da República]] assim como o primeiro democraticamente eleito após a [[revolução de 1974]].
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Ramalho Eanes nasceu em [[Alcains]], concelho de [[Castelo Branco]], numa família humilde, sendo o seu pai, Manuel dos Santos Eanes, um pequeno [[empreiteiro]] de construção civil, e a mãe, Maria do Rosário Ramalho, doméstica. Tem um irmão, João dos Santos Ramalho Eanes.
Ramalho Eanes nasceu em [[Alcains]], concelho de [[Castelo Branco]], numa família humilde, sendo o seu pai, Manuel dos Santos Eanes, um pequeno [[empreiteiro]] de construção civil, e a mãe, Maria do Rosário Ramalho, doméstica. Tem um irmão, João dos Santos Ramalho Eanes.


Em 1942 entrou para o Liceu de Castelo Branco. Terminados os estudos secundários, segue a [[Militar|carreira das armas]] entrando para o [[Exército Português|Exército]] em 1952, estudando tácticas militares ([[Escola do Exército]], de 1952 a 1956; Estágio CIOE-Curso de Instrução de Operações Especiais, em 1962; instrutor de Acção Psicológica no [[Instituto de Altos Estudos Militares]], em 1962). Frequenta, ainda, o [[Instituto Superior de Psicologia Aplicada]], durante três anos.
Em 1942 entrou para o Liceu de Castelo Branco. Terminados os estudos secundários, seguiu a [[Militar|carreira das armas]] entrando para o [[Exército Português|Exército]] em 1952, estudando tácticas militares ([[Escola do Exército]], de 1952 a 1956; Estágio CIOE-Curso de Instrução de Operações Especiais, em 1962; instrutor de Acção Psicológica no [[Instituto de Altos Estudos Militares]], em 1962). Frequentou, ainda, o [[Instituto Superior de Psicologia Aplicada]], durante três anos.


No exército, Ramalho Eanes segue a Arma de [[Infantaria]]. Serve na [[Guerra Colonial]], realizando comissões na [[Estado Português da Índia|Índia Portuguesa]], [[Macau]], [[África Oriental Portuguesa|Moçambique]], [[Guiné-Bissau]] e [[África Ocidental Portuguesa|Angola]].
No exército, Ramalho Eanes seguiu a Arma de [[Infantaria]]. Serve na [[Guerra Colonial]], realizando comissões na [[Estado Português da Índia|Índia Portuguesa]], [[Macau]], [[África Oriental Portuguesa|Moçambique]], [[Guiné-Bissau]] e [[África Ocidental Portuguesa|Angola]].


Depois de demorada carreira de combatente, Eanes encontrava-se ainda em serviço em [[Angola]] aquando da revolução de [[Revolução dos Cravos|25 de Abril]]. Aderiu ao [[Movimento das Forças Armadas]] e, regressado a [[Portugal]], foi director de programas e nomeado presidente do conselho de administração da [[RTP]], até março de 1975.
Depois de demorada carreira de combatente, Eanes encontrava-se ainda em serviço em [[Angola]] aquando da revolução de [[Revolução dos Cravos|25 de Abril]]. Aderiu ao [[Movimento das Forças Armadas]] e, regressado a [[Portugal]], foi director de programas e nomeado presidente do conselho de administração da [[RTP]], até março de 1975.
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Nomeado [[General#Portugal|General de quatro estrelas]] em 24 de Maio de 1978, passou à reserva, por sua iniciativa, em Março de 1986. Em 2000, Ramalho Eanes recusou, por razões de princípio<ref>{{citar web |url=http://primeirasedicoes.expresso.clix.pt/ed1464/pu-primeira.asp |título=Ramalho Eanes rejeita promoção a marechal |arquivourl=https://web.archive.org/web/20040810164756/http://primeirasedicoes.expresso.clix.pt/ed1464/pu-primeira.asp |arquivodata=2004-08-10 |data=18-11-2000 |publicado=Semanário Expresso |acessodata=2014-05-18 |urlmorta=no }}</ref>, a promoção a [[Marechal]].
Nomeado [[General#Portugal|General de quatro estrelas]] em 24 de Maio de 1978, passou à reserva, por sua iniciativa, em Março de 1986. Em 2000, Ramalho Eanes recusou, por razões de princípio<ref>{{citar web |url=http://primeirasedicoes.expresso.clix.pt/ed1464/pu-primeira.asp |título=Ramalho Eanes rejeita promoção a marechal |arquivourl=https://web.archive.org/web/20040810164756/http://primeirasedicoes.expresso.clix.pt/ed1464/pu-primeira.asp |arquivodata=2004-08-10 |data=18-11-2000 |publicado=Semanário Expresso |acessodata=2014-05-18 |urlmorta=no }}</ref>, a promoção a [[Marechal]].


Ramalho Eanes é, actualmente, membro do [[Conselho de Estado (Portugal)|Conselho de Estado]] e presidente do Conselho de Curadores do [[ISCTE]] - Instituto Universitário de Lisboa.
Ramalho Eanes é, atualmente, membro do [[Conselho de Estado (Portugal)|Conselho de Estado]] e presidente do Conselho de Curadores do [[ISCTE]] - Instituto Universitário de Lisboa.


É casado com [[Maria Manuela Portugal Eanes|Manuela Eanes]]. O casamento teve lugar em [[Lisboa]], no [[Palácio de Queluz]], a [[28 de Outubro]] de [[1970]] e o casal teve dois filhos: Manuel António Neto de Portugal Ramalho Eanes, nascido a 5 de Maio de 1972, casado e pai de Joana; e Miguel Neto de Portugal Ramalho Eanes, nascido a 20 de Outubro de 1977, casado em Julho de 2006 com Sílvia Romeiro, com dois filhos António e Madalena.
É casado com [[Maria Manuela Portugal Eanes|Manuela Eanes]]. O casamento teve lugar em [[Lisboa]], no [[Palácio de Queluz]], a [[28 de Outubro]] de [[1970]] e o casal teve dois filhos: Manuel António Neto de Portugal Ramalho Eanes, nascido a 5 de Maio de 1972, casado e pai de Joana; e Miguel Neto de Portugal Ramalho Eanes, nascido a 20 de Outubro de 1977, casado em Julho de 2006 com Sílvia Romeiro, com dois filhos António e Madalena.

Revisão das 16h21min de 2 de abril de 2020

General do Exército
António Ramalho Eanes
GColTEMSCGCvAMPSDGColIHGColL

Retrato oficial do Presidente Ramalho Eanes (1991), Luís Pinto Coelho. Museu da Presidência da República
16Presidente da República Portuguesa
Período 14 de julho de 1976
a 9 de março de 1986
Primeiro(a)-ministro(a) José Pinheiro de Azevedo
Mário Soares
Alfredo Nobre da Costa
Carlos Mota Pinto
Maria de Lourdes Pintasilgo
Francisco Sá Carneiro
Francisco Pinto Balsemão
Aníbal Cavaco Silva
Antecessor(a) Francisco da Costa Gomes
Sucessor(a) Mário Soares
Presidente do Conselho da Revolução
Período 14 de julho de 1976
a 30 de setembro de 1982
Presidente do Conselho da RTP
Período 28 de outubro de 1974
a 11 de março de 1975
Antecessor(a) Casimiro Gomes
Sucessor(a) João António de Figueiredo
Dados pessoais
Nome completo António dos Santos Ramalho Eanes
Nascimento 25 de janeiro de 1935 (89 anos)
Alcains, Castelo Branco, Portugal
Primeira-dama Manuela Ramalho Eanes
Partido Sem partido (1974–1986, 1990–actualidade)
Partido R. Democrático (1986–1990)
Profissão Militar
Assinatura Assinatura de António Ramalho Eanes

António dos Santos Ramalho Eanes GColTEMSCGCvAMPSDGColIHGColL (Alcains, Castelo Branco, 25 de Janeiro de 1935) é um militar e político português. Grande figura de destaque no Golpe de 25 de Novembro de 1975, foi o 16.º presidente da República assim como o primeiro democraticamente eleito após a revolução de 1974.

Biografia

Ramalho Eanes nasceu em Alcains, concelho de Castelo Branco, numa família humilde, sendo o seu pai, Manuel dos Santos Eanes, um pequeno empreiteiro de construção civil, e a mãe, Maria do Rosário Ramalho, doméstica. Tem um irmão, João dos Santos Ramalho Eanes.

Em 1942 entrou para o Liceu de Castelo Branco. Terminados os estudos secundários, seguiu a carreira das armas entrando para o Exército em 1952, estudando tácticas militares (Escola do Exército, de 1952 a 1956; Estágio CIOE-Curso de Instrução de Operações Especiais, em 1962; instrutor de Acção Psicológica no Instituto de Altos Estudos Militares, em 1962). Frequentou, ainda, o Instituto Superior de Psicologia Aplicada, durante três anos.

No exército, Ramalho Eanes seguiu a Arma de Infantaria. Serve na Guerra Colonial, realizando comissões na Índia Portuguesa, Macau, Moçambique, Guiné-Bissau e Angola.

Depois de demorada carreira de combatente, Eanes encontrava-se ainda em serviço em Angola aquando da revolução de 25 de Abril. Aderiu ao Movimento das Forças Armadas e, regressado a Portugal, foi director de programas e nomeado presidente do conselho de administração da RTP, até março de 1975.

Ramalho Eanes, em visita de Estado aos Estados Unidos, acompanhado de George Shultz (à direita) e Manuela Eanes (à esquerda).

Em 1975, então com a patente de Tenente-Coronel, dirigiu as operações militares do Golpe de 25 de Novembro desse mesmo ano, contra a facção mais radical da esquerda política do MFA.

Já como General do Exército, foi o 10.º Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas de Portugal de 14 de Julho de 1976 a 16 de Fevereiro de 1981.

Em 1976 foi eleito Presidente da República, sendo reeleito em finais de 1980. Foi, com 41 anos ao começar o primeiro mandato, o mais jovem Presidente da República de sempre e também o primeiro Presidente da República eleito, logo a seguir ao 25 de Abril, tendo cumprido dois mandatos, entre 1976 e 1986.

Com o fim do segundo mandato, em Fevereiro de 1986, assume pouco depois a presidência do Partido Renovador Democrático, vindo a demitir-se desse cargo em 1987.

Nomeado General de quatro estrelas em 24 de Maio de 1978, passou à reserva, por sua iniciativa, em Março de 1986. Em 2000, Ramalho Eanes recusou, por razões de princípio[1], a promoção a Marechal.

Ramalho Eanes é, atualmente, membro do Conselho de Estado e presidente do Conselho de Curadores do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa.

É casado com Manuela Eanes. O casamento teve lugar em Lisboa, no Palácio de Queluz, a 28 de Outubro de 1970 e o casal teve dois filhos: Manuel António Neto de Portugal Ramalho Eanes, nascido a 5 de Maio de 1972, casado e pai de Joana; e Miguel Neto de Portugal Ramalho Eanes, nascido a 20 de Outubro de 1977, casado em Julho de 2006 com Sílvia Romeiro, com dois filhos António e Madalena.

Em 15 de Novembro de 2006, Eanes apresentou na Universidade de Navarra, Espanha, a sua tese de doutoramento. A investigação desenvolvida ao longo de dez anos por Eanes teve como título "Sociedade civil e poder político em Portugal", com duas mil páginas, e foi defendida perante um júri composto por três catedráticos espanhóis e dois portugueses.

Eanes foi também o primeiro Chefe de Estado que ao deixar a Belém iniciou um trabalho de investigação científica conducente à obtenção do grau de doutor. Uma iniciativa pioneira, a nível nacional, desconhecendo-se inclusive casos idênticos na Europa.

Em 2008 é noticiado que o General Ramalho Eanes não aceita receber os retroactivos de cerca de um milhão de euros.[2][3]

Dia 11 de Outubro de 2010 recebeu o Doutoramento Honoris causa pela Universidade de Lisboa aquando das comemorações do centenário desta, coincidindo com as comemorações do centenário da República Portuguesa (5 de Outubro).

Resultados eleitorais

Eleições presidenciais de 27 de Junho de 1976

Candidato votos %
Ramalho Eanes 2 967 137

61,59 %

Otelo Saraiva de Carvalho 792 760

16,46 %

Pinheiro de Azevedo 692 147

14,37 %

Octávio Pato 365 586

7,59 %

Eleições presidenciais de 7 de Dezembro de 1980

Candidato votos %
Ramalho Eanes 3 262 520

56,44 %

Soares Carneiro 2 325 481

40,23 %

Otelo Saraiva de Carvalho 85 896

1,49 %

Galvão de Melo 48 468

0,84 %

Pires Veloso 45 132

0,78 %

Aires Rodrigues 12 745

0,22 %

Carlos Brito desistiu --

Condecorações

Ordens nacionais:[4]

Medalhas Militares:[5]

Ordens estrangeiras:[6]

Referências

  1. «Ramalho Eanes rejeita promoção a marechal». Semanário Expresso. 18 de novembro de 2000. Consultado em 18 de maio de 2014. Cópia arquivada em 10 de agosto de 2004 
  2. Susete Francisco (19 de abril de 2008). «PS 'repõe' pensão de Ramalho Eanes». Diário de Notícias. Consultado em 18 de maio de 2014. Arquivado do original em 18 de maio de 2014 
  3. SPP (13 de setembro de 2008). «Eanes prescinde de um milhão de euros». TVI24. Consultado em 18 de maio de 2014. Arquivado do original em 13 de dezembro de 2013 
  4. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "António Ramalho Eanes". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 18 de maio de 2014 
  5. «Listas de condecorações atribuídas pelas forças armadas portuguesas a combatentes em Moçambique e Guiné:» (PDF). e http://ultramar.terraweb.biz/Condecoracoes/Cond_moc.pdf 
  6. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Estrangeiras». Resultado da busca de "António Ramalho Eanes". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 18 de maio de 2014 
  • Redacção Quidnovi, com coordenação de José Hermano Saraiva, História de Portugal, Dicionário de Personalidades, Volume XIV, , Ed. QN-Edição e Conteúdos, S. A., 2004

Ligações externas

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Precedido por
Casimiro Gomes
Presidente do Conselho de Administração da RTP
19741975
Sucedido por
João António de Figueiredo
Precedido por
Francisco da Costa Gomes
Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas
19761981
Sucedido por
Nuno Viriato Tavares de Melo Egídio
Precedido por
Francisco da Costa Gomes

16.º Presidente da República Portuguesa

19761986
Sucedido por
Mário Soares
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