Estação Ferroviária de Oliveira do Bairro
Oliveira do Bairro
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Identificação: | 37218 OBA (Oliv.Bairro)[1] | ||
Denominação: | Estação Satélite de Oliveira do Bairro | ||
Classificação: | ES (estação satélite)[1] | ||
Tipologia: | C [2] | ||
Linha(s): | Linha do Norte (PK 252,240) | ||
Altitude: | 20 m (a.n.m) | ||
Coordenadas: | 40°30′37.11″N × 8°29′56.08″W (=+40.51031;−8.49891) | ||
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Concelho: | ![]() | ||
Serviços: | ![]() ![]() ![]() | ||
Conexões: | ![]() | ||
Equipamentos: | ![]() ![]() ![]() ![]() | ||
Inauguração: | 10 de abril de 1864 (há 159 anos) | ||
Diagrama: | |||
Website: |

A Estação Ferroviária de Oliveira do Bairro é uma interface da Linha do Norte, que serve o concelho de Oliveira do Bairro, no Distrito de Aveiro, em Portugal.

Caracterização[editar | editar código-fonte]
Localização e acessos[editar | editar código-fonte]
Esta interface situa-se junto à localidade de Oliveira do Bairro, possuindo acesso rodoviário pelo Largo da Estação.[3]
Descrição física[editar | editar código-fonte]
Em Janeiro de 2011, a estação apresentava três vias de circulação, com 605 e 717 m de comprimento; as plataformas tinham todas 231 m de extensão de 55 cm de altura.[4] O edifício de passageiros situa-se do lado nordeste da via (lado direito do sentido ascendente, a Campanhã).[5][6]
História[editar | editar código-fonte]

Século XIX[editar | editar código-fonte]
Esta interface situa-se no troço da Linha do Norte entre as Estações de Estarreja e Taveiro, que abriu no dia 10 de Abril de 1864, pela Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses.[7] Foi uma das estações originais deste troço, tendo começado a ser servida desde logo pelos comboios mistos entre Vila Nova de Gaia e Coimbra-B.[8]

Em 1870, a autarquia alertou o governador civil para a necessidade de construir uma estrada entre a estação de Oliveira do Bairro e Palhaça, passando por Malhapão e Pedreira.[9] Em 1879, a autarquia enviou uma representação ao governo, para pedir que os comboios correios tivessem paragem na estação de Oliveira do Bairro.[10]
Século XX[editar | editar código-fonte]
Em 1 de Fevereiro de 1903, a Gazeta dos Caminhos de Ferro noticiou que a Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses tinha ordenado a instalação de semáforos no sistema Barbosa em várias estações, incluindo a de Oliveira do Bairro.[11]
Em 1926, foi aprovado um projecto da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses para a ampliação de Oliveira do Bairro, de forma a acomodar a duplicação da linha, então em construção entre Mogofores e Aveiro; para esta modificação, foi necessário expropriar alguns terrenos junto à estação.[12]
Em 1913, existiam serviços de diligências entre a estação e a vila de Oliveira do Bairro, Silveiro, Perrães, Piedade, Recardães e Águeda.[13]
Em finais de 1927, dois comboios de mercadorias colidiram no interior da estação, causando dois mortos e um dezena de feridos, e grandes estragos materiais.[14]
Em Dezembro de 1928, já tinha sido concluída a duplicação da linha entre Mogofores e Oliveira do Bairro, e já se tinham iniciado as obras do seu prolongamento até Aveiro.[15]
Movimento de mercadorias[editar | editar código-fonte]
Em Oliveira do Bairro, exportava-se principalmente a cerâmica, fabricada numa unidade industrial junto à estação,[9] e a cal, produzida nos fornos de Vale Salgueiro, e destinada a Estarreja, Esmoriz, Ovar, Carvalhos, Porto e Águeda, entre outros pontos.[16] Entre as importações, destacava-se o gado para as feiras.[17]
Ver também[editar | editar código-fonte]
- Comboios de Portugal
- Infraestruturas de Portugal
- Transporte ferroviário em Portugal
- História do transporte ferroviário em Portugal
Referências
- ↑ a b (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
- ↑ Diretório da Rede 2021. IP: 2019.12.09
- ↑ «Estação de Oliveira do Bairro». Comboios de Portugal. Consultado em 24 de Novembro de 2014
- ↑ «Directório da Rede 2012». Rede Ferroviária Nacional. 6 de Janeiro de 2011. p. 75-97
- ↑ (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
- ↑ Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1988), C.P.: Direcção de Transportes: Serviço de Regulamentação e Segurança, 1988
- ↑ TORRES, Carlos Manitto (1 de Janeiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 70 (1681). Lisboa. p. 9-12. Consultado em 1 de Abril de 2014
- ↑ «Escada Rolante: Há 104 anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 81 (1931). 16 de Novembro de 1968. p. 152. Consultado em 1 de Abril de 2014
- ↑ a b Mota, 2002:55
- ↑ Mota, 2002:39
- ↑ «Linhas Portuguezas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 (363). 1 de Fevereiro de 1903. p. 43-44. Consultado em 1 de Abril de 2014
- ↑ «Linhas Portuguesas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 39 (935). Lisboa. 1 de Dezembro de 1926. p. 356. Consultado em 1 de Abril de 2014
- ↑ «Serviço de Diligencias». Guia official dos caminhos de ferro de Portugal. 39 (168). Outubro de 1913. p. 152-155. Consultado em 8 de Fevereiro de 2018
- ↑ «Efemérides» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 51 (1235). 1 de Junho de 1939. p. 281-284. Consultado em 1 de Abril de 2014
- ↑ «Efemérides» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 51 (1236). 16 de Junho de 1939. p. 299-300. Consultado em 1 de Abril de 2014
- ↑ Mota, 2002: 309
- ↑ Mota, 2002:306
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- MOTA, Armor Pires (2002). Oliveira do Bairro. Alma e Memória. Oliveira do Bairro: Câmara Municipal. 372 páginas