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É interessante lembrar que a primeira luz não foi elétrica. Diz o povo que um cavaleiro atravessava a Rocinha acendendo os lampiões das pequenas casas. Depois, foram implantadas cabines de energia que faziam a distribuição para as famílias mais próximas. Mais tarde, foram instaladas comissões de luz (bairro Barcelos e Rocinha). A [[Igreja Católica]], em parceria com a pastoral de favelas, pressionou a [[Light]] para implantar energia elétrica nas comunidades e a Rocinha foi uma das primeiras beneficiadas.
É interessante lembrar que a primeira luz não foi elétrica. Diz o povo que um cavaleiro atravessava a Rocinha acendendo os lampiões das pequenas casas. Depois, foram implantadas cabines de energia que faziam a distribuição para as famílias mais próximas. Mais tarde, foram instaladas comissões de luz (bairro Barcelos e Rocinha). A [[Igreja Católica]], em parceria com a pastoral de favelas, pressionou a [[Light]] para implantar energia elétrica nas comunidades e a Rocinha foi uma das primeiras beneficiadas.


A Rocinha tem características peculiares: atualmente, encontra-se, no bairro Barcelos, uma grande variedade de comércio e serviços, além de muitos imóveis residenciais de qualidade. Já em outras áreas, como a Vila Macega, encontram-se casas de madeira em situação de risco sem infraestrutura, onde diversas famílias vivem em extrema pobreza. Sua população é estimada em 120 000 moradores pelos registros da Companhia de Energia Elétrica, em 62 000 pelo último censo oficial e em mais de 150 000 segundo os próprios moradores.{{Carece de fontes|data=Dezembro de 2008}}
A Rocinha tem características peculiares: atualmente, encontra-se, no bairro Barcelos,lá mora us pé de barro, uma grande variedade de negros e serviços, além de muitos imóveis residenciais de qualidade. Já em outras áreas, como a Vila Macega, encontram-se casas de madeira em situação de risco sem infraestrutura, onde diversas famílias vivem em extrema pobreza. Sua população é estimada em 120 000 moradores pelos registros da Companhia de Energia Elétrica, em 62 000 pelo último censo oficial e em mais de 150 000 segundo os próprios moradores.{{Carece de fontes|data=Dezembro de 2008}}


No dia 13 de novembro de 2011, a Rocinha foi cenário de uma grande operação conduzida pelas forças armadas brasileiras e pelas polícias do estado. O objetivo foi a retomada do território das mãos dos traficantes de drogas, visando a preparar o terreno para a futura instalação da vigésima oitava [[Unidade de Polícia Pacificadora]] da cidade<ref>http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,invasao-da-rocinha-tera-2-mil-homens-aparato-belico-e-horario-marcado-5h,797649,0.htm</ref>. Em 20 de Setembro de [[2012]] a comunidade passou a ser atendida pela 28° UPP com o efetivo de 700 policiais. A comunidade possui 80 câmeras de vigilância para ajudar os policiais na segurança da comunidade.
No dia 13 de novembro de 2011, a Rocinha foi cenário de uma grande operação conduzida pelas forças armadas brasileiras e pelas polícias do estado. O objetivo foi a retomada do território das mãos dos traficantes de drogas, visando a preparar o terreno para a futura instalação da vigésima oitava [[Unidade de Polícia Pacificadora]] da cidade<ref>http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,invasao-da-rocinha-tera-2-mil-homens-aparato-belico-e-horario-marcado-5h,797649,0.htm</ref>. Em 20 de Setembro de [[2012]] a comunidade passou a ser atendida pela 28° UPP com o efetivo de 700 policiais. A comunidade possui 80 câmeras de vigilância para ajudar os policiais na segurança da comunidade.

Revisão das 12h31min de 7 de novembro de 2013

Rocinha
  Bairro do Brasil  
Favela da Rocinha.
Favela da Rocinha.
Favela da Rocinha.
Localização
História
Criado em 18 de junho de 1993
Características geográficas
Área total 143,72 ha (em 2003)
População total 69 356 (em 2 010)[1] hab.
 • IDH 0,732[2](em 2000)
Outras informações
Domicílios 24 543 (em 2010)
Limites Gávea, São Conrado e Vidigal[3]


A Rocinha é um bairro localizado na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. Destaca-se por ser a maior favela do Brasil, contando com cerca de 70.000 habitantes.[4] O bairro foi criado e delimitado pela Lei Nº 1995 de 18 de junho de 1993, com alterações nos limites dos bairros da Gávea; Vidigal e São Conrado.[5]

A favela se localiza entre os bairros da Gávea e São Conrado, dois dos bairros com o imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana mais alto da cidade; além da favela do Vidigal[6]. A proximidade entre as residências de classe alta desses dois bairros e as de classe baixa da Rocinha marca um profundo contraste urbano na paisagem da região, que é frequentemente citado como simbolo da desigualdade social do Brasil.

Seu IDH, no ano 2000, era de 0,732, o 120º colocado entre 126 regiões analisadas na cidade do Rio de Janeiro.[7]

História

Aspecto da Rocinha: padrão urbanístico de favela.

A favela teve origem na divisão em chácaras da antiga Fazenda Quebra-cangalha, produtora de café. Adquiridas por imigrantes portugueses e espanhóis, tornaram-se, por volta da década de 1930, um centro fornecedor de hortaliças para a feira da Praça Santos Dummont, que abastecia a Zona Sul da cidade. Aos moradores mais curiosos sobre a origem dos produtos, os vendedores informavam que provinham de uma "Rocinha" instalada no alto da Gávea.[8]

As grandes glebas em que as terras foram divididas eram, na maior parte, pertencentes aos portugueses da Companhia Castro Guidão. As do bairro Barcelos, eram pertencentes à Companhia Cristo Redentor. O Laboriaux pertencia a uma companhia francesa. Nesta época, alguns guardas sanitários foram instalados para controlar uma infestação de mosquitos que estavam causando febre amarela na Barra da Tijuca.

Em 1938, a Estrada da Gávea foi asfaltada, tornando-se o local onde ocorria o "circuito da baratinha". Na década de 1940, acelerou-se o processo de ocupação por pessoas que acreditavam serem aquelas terras públicas, isto é, sem dono.

A partir da década de 1950, houve um aumento de migração de nordestinos para o Rio de Janeiro, direcionando-se em parte para a Rocinha. Nas décadas de 1960 e de 1970, registrou-se um novo surto de expansão, agora devido aos projetos de abertura dos túneis Rebouças e Dois Irmãos, que contribuíram para uma maior oferta de empregos na região.

O descaso do governo com a comunidade, a falta de infraestrutura, a construção de barracos de papelão, a degradação de áreas verdes, o crescimento desordenado, a distribuição de água através de bicas, entre outros problemas, provocou grande indignação, reivindicações e abaixo-assinados da população, que se organizou, engajando-se em muitos protestos em prol da comunidade.

A partir da década de 1970, a comunidade obteve os primeiros progressos, resultado das reivindicações ao poder público, como a implantação de creches, escolas, jornal local, passarela, canalização de valas, agência de correios, região administrativa etc. O primeiro posto de saúde foi criado em 1982, com muito esforço dos moradores, através da iniciativa do padre local que ofertou à comunidade um presente de natal.[carece de fontes?] Os moradores mobilizaram-se para promover a canalização do valão e, por conseguinte, criou-se o posto de saúde. Nesse processo, algumas famílias que habitavam o valão foram deslocadas para o Laboriaux, no qual havia 75 casas construídas pela prefeitura, sendo que duas destas foram unidas para a instalação da Creche Yacira Frasão.

Vista do Morro Dois Irmãos a partir da Rocinha.
A Rocinha, vista de cima.

É interessante lembrar que a primeira luz não foi elétrica. Diz o povo que um cavaleiro atravessava a Rocinha acendendo os lampiões das pequenas casas. Depois, foram implantadas cabines de energia que faziam a distribuição para as famílias mais próximas. Mais tarde, foram instaladas comissões de luz (bairro Barcelos e Rocinha). A Igreja Católica, em parceria com a pastoral de favelas, pressionou a Light para implantar energia elétrica nas comunidades e a Rocinha foi uma das primeiras beneficiadas.

A Rocinha tem características peculiares: atualmente, encontra-se, no bairro Barcelos,lá mora us pé de barro, uma grande variedade de negros e serviços, além de muitos imóveis residenciais de qualidade. Já em outras áreas, como a Vila Macega, encontram-se casas de madeira em situação de risco sem infraestrutura, onde diversas famílias vivem em extrema pobreza. Sua população é estimada em 120 000 moradores pelos registros da Companhia de Energia Elétrica, em 62 000 pelo último censo oficial e em mais de 150 000 segundo os próprios moradores.[carece de fontes?]

No dia 13 de novembro de 2011, a Rocinha foi cenário de uma grande operação conduzida pelas forças armadas brasileiras e pelas polícias do estado. O objetivo foi a retomada do território das mãos dos traficantes de drogas, visando a preparar o terreno para a futura instalação da vigésima oitava Unidade de Polícia Pacificadora da cidade[9]. Em 20 de Setembro de 2012 a comunidade passou a ser atendida pela 28° UPP com o efetivo de 700 policiais. A comunidade possui 80 câmeras de vigilância para ajudar os policiais na segurança da comunidade.

Referências

Ligações externas

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Rocinha

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