Anchieta (bairro do Rio de Janeiro)
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Bairro do Brasil | ||
Localização | ||
![]() | ||
Distrito | Zona Norte | |
História | ||
Criado em | 23 de julho de 1981 | |
Características geográficas | ||
Área total | 434,57 ha (em 2003) | |
População total | 55 652 (em 2 010)[1] hab. | |
• IDH | 0,788[2](em 2000) | |
Outras informações | ||
Domicílios | 19 298 (em 2010) | |
Limites | Guadalupe, Parque Anchieta, Ricardo de Albuquerque, Pavuna e Costa Barros[3] | |
Subprefeitura | Zona Norte |
Anchieta é um bairro da Zona Norte do município do Rio de Janeiro, no Brasil. Cercado por morros, tem como vizinhos os bairros de Guadalupe, Parque Anchieta, Ricardo de Albuquerque, Pavuna e Costa Barros[3]. Ao norte, faz limite com o município de Nilópolis, com os bairros Cabral, Olinda, Mina e Paiol de Pólvora.
Seu índice de desenvolvimento social (IDS), no ano 2000, era de 0,519, o 128º colocado entre 158 regiões analisadas no município do Rio de Janeiro.[4] Um grande destaque na região como opção de lazer e comércio é a Praça Granito, maior praça do subúrbio carioca.
Etimologia[editar | editar código-fonte]
O nome deriva de uma homenagem ao padre jesuíta José de Anchieta, fundador do Colégio de São Paulo e fundador da cidade de São Paulo.
História[editar | editar código-fonte]
Antes da fundação, em 1896, as terras eram pertencentes às fazendas Sapopemba e Nazaré. No século XIX, essas antigas e prósperas propriedades eram grandes produtoras de café e cana-de-açúcar.
Foi fundado em 1º de outubro de 1896, juntamente com a construção da sua estação ferroviária, que se tornou ponto de referência da região. Fazia parte da Estrada de Ferro Central do Brasil, a espinha dorsal de todo o sistema ferroviário da época. O primeiro trecho da ferrovia na qual o bairro está localizado ficava entre Belém, atual Japeri, e a estação Dom Pedro II (Central do Brasil).[5]
O bairro vizinho, Ricardo de Albuquerque, foi inaugurado em 1913. O nome é homenagem a José Ricardo de Albuquerque, antigo diretor da ferrovia e poeta.
Existiu uma antiga e pequena linha de trem que cortava Anchieta. O início da linha era no bairro de Ricardo de Albuquerque, e seguia pelo Parque Anchieta e Mariópolis. Havia um trecho no qual um morro foi dividido em dois. Nesse local, foi feito um "corte" chamado de Rasgão onde o trem passava. O leito desse trecho seguia por Anchieta até chegar no Gericinó (área militar conhecida popularmente no passado como "Mata do Governo"). Sabe-se que essa linha foi extinta antes da década de 1950.
O prédio da estação atual de Anchieta, hoje uma estação de trens metropolitanos atendida pela Supervia, foi inaugurado em 1989. A estação fez parte da E. F. Central do Brasil (1896-1975), RFFSA (1975-1996) e recentemente SUPERVIA (desde 1996).
Limites[editar | editar código-fonte]
Segundo o Decreto nº 5 280, de 23 de agosto de 1985, a delimitação do bairro Anchieta, Código 107, é: "Da Divisa do Município no encontro do prolongamento do alinhamento da Rua Lúcio José Filho com o Canal do Rio Pavuna, seguindo pelo leito deste, até a Linha de Transmissão Fontes-Frei Caneca; por esta, até encontrar a Rua Javatá; por esta (incluída) até a Rua Capri; por esta (incluída, incluindo a Rua Francisco de Andrade) até a Rua Morais Pinheiro; por esta (excluída) até a Rua Alcobaça; por esta (excluída) até a Rua Sargento Rego; por esta (incluída) até o Ramal Principal da RFFSA; pelo leito deste, até a Praça Inácio Gomes (excluída); Rua Inácia Gertrudes (excluída) até a Rua Rebelo da Silva; por esta (excluída); Rua Adolfo Coelho (excluída); Estrada do Engenho Novo (excluída, excluindo Praça Professora Santinha) até a Rua Gilson Rezende; por esta (excluída) até a Rua Lúcio José Filho; por esta (excluída) e por seu prolongamento ao ponto de partida."[6]
Cultura[editar | editar código-fonte]
Localizada em Anchieta, a Biblioteca Paulo Freire do Complexo do Chapadão, aberta diariamente ao público, realiza anualmente a FLICC, Festa Literária do Complexo do Chapadão. A Biblioteca conta atualmente com um acervo de mais de três mil livros, além de quadros, esculturas e um mobiliário antigo.
Desde 2014, o bairro também possui o Museu da Humanidade - IPHARJ, uma criação do arqueólogo Claudio Prado de Mello, que também preside o IPHARJ. Com uma área total de 2.500 metros quadrados, o Museu da Humanidade é um castelo construído em estilo Islâmico (Mamalik) e possui quatro andares distribuídos em 14 metros de altura.
Transporte[editar | editar código-fonte]
- Trem: Estação Anchieta (Linha Japeri)
- Acessos
- Avenida Nazaré
- Estrada Rio do Pau
- Estrada Marechal Alencastro
- Rua Cardoso de Castro
- Rua José Lourenço
- Rua Motorista Luís de Abreu
- Estrada do Engenho Novo
- Rua Alcobaça
- Via Light
Sub-bairros[editar | editar código-fonte]
- Mariópolis
- Vila Alvorada
- Conjunto Nova Anchieta
Referências
- ↑ «Dados». Consultado em 20 de março de 2012. Arquivado do original em 2 de setembro de 2013
- ↑ Tabela 1172 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH), por ordem de IDH, segundo os bairros ou grupo de bairros - 2000
- ↑ a b Bairros do Rio
- ↑ «IDS Bairros cariocas - 2000» (PDF)
- ↑ Lopes, Guilherme Esteves Galvão (1 de janeiro de 2021). «De Nazaré a Anchieta: a ferrovia e o desenvolvimento de um subúrbio carioca (1896-1981)». História em foco: abordagens, discussões e perspectivas históricas. Consultado em 3 de dezembro de 2022
- ↑ Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro – Municipalidades de 25 de agosto de 1985).
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
Media relacionados com Anchieta no Wikimedia Commons
- Site oficial: Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro[ligação inativa]
- Bairros Cariocas - Diretoria de Informações Geográficas
- Dados dos bairros cariocas