Estudos de gênero: diferenças entre revisões
Desfeita a edição 56297015 de Slade De novo: leia a discussão! Volte a inserir conteúdo rejeitado pela comunidade e a administração será avisa! Etiqueta: Desfazer |
+ tradução da seção "Críticas" da Wikipédia anglófona + ajustes adicionais Etiqueta: Inserção de predefinição obsoleta |
||
Linha 39: | Linha 39: | ||
* Em [[pedagogia]], por exemplo ao estudar a associação entre a ideologia de gênero precoce e simultânea dos pais e os comportamentos de gênero e as atitudes de gênero dos filhos ,<ref name="Halpern2014">{{citar livro|autor =Hillary Paul Halpern|título=Parents' Gender Ideology and Gendered Behavior as Predictors of Children's Gender-role Attitudes: A Longitudinal Exploration|url=https://books.google.com/books?id=Dwh9rgEACAAJ|ano=2014|publicado=University of Massachusetts Amherst}}</ref> |
* Em [[pedagogia]], por exemplo ao estudar a associação entre a ideologia de gênero precoce e simultânea dos pais e os comportamentos de gênero e as atitudes de gênero dos filhos ,<ref name="Halpern2014">{{citar livro|autor =Hillary Paul Halpern|título=Parents' Gender Ideology and Gendered Behavior as Predictors of Children's Gender-role Attitudes: A Longitudinal Exploration|url=https://books.google.com/books?id=Dwh9rgEACAAJ|ano=2014|publicado=University of Massachusetts Amherst}}</ref> |
||
* Em livros sobre religião, como sobre as demandas no programa de catolicismo nacional de [[Francisco Franco]] conflitantes com o desenvolvimento econômico patrocinado pelo Estado que pretendia uma sociedade de consumo moderna,<ref name="Morcillo2008">{{citar livro|autor =Aurora G. Morcillo|título=True Catholic Womanhood: Gender Ideology in Franco's Spain|url=https://books.google.com/books?id=LnCePwAACAAJ|data=maio de 2008|publicado=Northern Illinois University Press|isbn=978-0-87580-997-7}}</ref> estudo e publicação sobre uma "personalização" do catolicismo em [[Gana]].<ref name="Sackey2006">{{citar livro|autor =Brigid M. Sackey|título=New Directions in Gender and Religion: The Changing Status of Women in African Independent Churches|url=https://books.google.com/books?id=KNxAeJmCjxsC|ano=2006|publicado=Lexington Books|isbn=978-0-7391-1058-4}}</ref> Livro de Susan Starr Sered, ''Priestess, Mother, Sacred Sister: Religions Dominated by Women'' que descreve e analisa religiões, espalhadas por todo o mundo, em que as mulheres são a maioria dos líderes e a maioria dos participantes.<ref name="Sered1996">{{citar livro|autor =Susan Starr Sered|título=Priestess, Mother, Sacred Sister: Religions Dominated by Women|url=https://books.google.com/books?id=MrW3dIw0w6wC&pg=PA195|ano=1996|publicado=Oxford University Press|isbn=978-0-19-510467-7|páginas=195–196|citação=Capítulo intitulado "Ideologia de gênero"}}</ref> |
* Em livros sobre religião, como sobre as demandas no programa de catolicismo nacional de [[Francisco Franco]] conflitantes com o desenvolvimento econômico patrocinado pelo Estado que pretendia uma sociedade de consumo moderna,<ref name="Morcillo2008">{{citar livro|autor =Aurora G. Morcillo|título=True Catholic Womanhood: Gender Ideology in Franco's Spain|url=https://books.google.com/books?id=LnCePwAACAAJ|data=maio de 2008|publicado=Northern Illinois University Press|isbn=978-0-87580-997-7}}</ref> estudo e publicação sobre uma "personalização" do catolicismo em [[Gana]].<ref name="Sackey2006">{{citar livro|autor =Brigid M. Sackey|título=New Directions in Gender and Religion: The Changing Status of Women in African Independent Churches|url=https://books.google.com/books?id=KNxAeJmCjxsC|ano=2006|publicado=Lexington Books|isbn=978-0-7391-1058-4}}</ref> Livro de Susan Starr Sered, ''Priestess, Mother, Sacred Sister: Religions Dominated by Women'' que descreve e analisa religiões, espalhadas por todo o mundo, em que as mulheres são a maioria dos líderes e a maioria dos participantes.<ref name="Sered1996">{{citar livro|autor =Susan Starr Sered|título=Priestess, Mother, Sacred Sister: Religions Dominated by Women|url=https://books.google.com/books?id=MrW3dIw0w6wC&pg=PA195|ano=1996|publicado=Oxford University Press|isbn=978-0-19-510467-7|páginas=195–196|citação=Capítulo intitulado "Ideologia de gênero"}}</ref> |
||
*Entre grupos [[Religião|religiosos]] e [[Conservadorismo|conservadores]], desde o início do século XXI, o termo tem sido apropriado sem respaldo científico para distorcer aspectos dos estudos de gênero com o objetivo de criar um tipo de [[pânico moral]] e alimentar [[teorias conspiratórias]] sobre um conluio mundial para "destruir os [[valores familiares]]" e voltar a opinião pública contra políticas sociais direcionadas para as [[Direitos das mulheres|mulheres]] e a população [[LGBT]], uma estratégia conhecida como [[falácia do espantalho]].<ref name=":2">{{Citar periódico|ultimo=Duque|primeiro=Tiago|data=2018|titulo=Ninguém nasce Inês Brasil, torna-se Inês Brasil: artefato cultural, pânico moral e “ideologia de gênero” em Campo Grande (MS)|url=https://periodicos.furg.br/momento/article/view/7787|jornal=Momento - Diálogos em Educação|lingua=pt|volume=27|numero=3|paginas=227–247|doi=10.14295/momento.v27i3.7787|issn=2316-3100}}</ref><ref name=":0">{{Citar periódico|ultimo=Miskolci|primeiro=Richard|ultimo2=Campana|primeiro2=Maximiliano|data=2017|titulo=“Ideologia de gênero”: notas para a genealogia de um pânico moral contemporâneo|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69922017000300725&lng=pt&tlng=pt|jornal=Sociedade e Estado|volume=32|numero=3|paginas=725–748|doi=10.1590/s0102-69922017.3203008|issn=1980-5462|acessodata=}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Correa|primeiro=Sonia|ultimo2=Prado|primeiro2=Marco Aurélio Maximo|data=2018|titulo=Retratos transnacionais e nacionais das cruzadas antigênero|url=http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1519-549X2018000300003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt|jornal=Revista Psicologia Política|lingua=pt|volume=18|numero=43|paginas=444–448|issn=1519-549X|acessodata=}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Junqueira|primeiro=Rogério Diniz|data=2018|titulo=A invenção da "ideologia de gênero": a emergência de um cenário político-discursivo e a elaboração de uma retórica reacionária antigênero|url=http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1519-549X2018000300004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt|jornal=Revista Psicologia Política|lingua=pt|volume=18|numero=43|paginas=449–502|issn=1519-549X|acessodata=}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=A GÊNESE DE UMA CATEGORIA|url=http://www.clam.org.br/destaque/conteudo.asp?cod=12704|obra=Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos|data=2017|publicado=|ultimo=Lowenkron|primeiro=Laura|ultimo2=Mora|primeiro2=Claudia|acessodata=|wayb=20190615110355}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Balieiro|primeiro=Fernando de Figueiredo|data=2018-09-13|titulo=“Não se meta com meus filhos”: a construção do pânico moral da criança sob ameaça|url=https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8653414|jornal=Cadernos Pagu|lingua=pt|numero=53|issn=1809-4449}}</ref><ref name=":4">{{Citar periódico|ultimo=Miskolci|primeiro=Richard|ultimo2=Miskolci|primeiro2=Richard|data=2018|titulo=Exorcizando um fantasma: os interesses por trás do combate à “ideologia de gênero”|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0104-83332018000200402&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt|jornal=Cadernos Pagu|lingua=pt|numero=53|doi=10.1590/18094449201800530002|issn=0104-8333|acessodata=}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Aguiar|primeiro=Márcio Mucedula|ultimo2=Ferreira|primeiro2=Camila Camargo|data=2018|titulo=“Ideologia de gênero”: pânicos morais, silêncios tagarelas e a (re)produção de normas binárias de gênero|url=http://ojs.ufgd.edu.br/index.php/nanduty/article/view/8838|jornal=Revista Ñanduty|lingua=pt|volume=6|numero=8|paginas=114–143|doi=10.30612/nty.v6i8.8838|issn=2317-8590|acessodata=}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Miskolci|primeiro=Richard|data=2007|titulo=Pânicos morais e controle social: reflexões sobre o casamento gay|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0104-83332007000100006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt|jornal=Cadernos Pagu|lingua=pt|numero=28|paginas=101–128|doi=10.1590/S0104-83332007000100006|issn=0104-8333|acessodata=}}</ref><ref name=":5">{{Citar periódico|ultimo=Machado|primeiro=Maria das Dores Campos|data=2018|titulo=O discurso cristão sobre a “ideologia de gênero”|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0104-026X2018000200212&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt|jornal=Revista Estudos Feministas|lingua=pt|volume=26|numero=2|doi=10.1590/1806-9584-2018v26n247463|issn=0104-026X|acessodata=}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Arribas|primeiro=Célia da Graça|data=2019-05-06|titulo=O sexo dos espíritos|url=https://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/157776|jornal=Revista USP|lingua=pt-BR|numero=121|paginas=97–108|doi=10.11606/issn.2316-9036.v0i121p97-108|issn=2316-9036}}</ref><ref name=":6">{{Citar web|titulo=Bolsonaro pede ao MEC projeto de lei que proíba ideologia de gênero|url=https://www.metropoles.com/brasil/educacao-br/bolsonaro-pede-ao-mec-projeto-de-lei-que-proiba-ideologia-de-genero|obra=Metrópoles|data=2019-09-03|acessodata=2019-09-03|lingua=pt-BR}}</ref> |
|||
== Críticas == |
|||
O historiador e teórico Bryan Palmer argumenta que a atual dependência dos estudos de gênero no [[pós-estruturalismo]] - com sua reificação do discurso e evitação das estruturas de opressão e lutas de resistência - obscurece as origens, significados e consequências de eventos e processos históricos. Palmer procura combater as tendências atuais nos estudos de gênero com um argumento para a necessidade de analisar as experiências vividas e as estruturas de subordinação e poder.<ref>Bryan Palmer, "Descent into Discourse: The Reification of Language and the Writing of Social History", Trent University (Peterborough, Canada)</ref> |
|||
A teórica feminista [[Rosi Braidotti]] (1994) criticou os estudos de gênero como "a tomada da agenda feminista pelos estudos sobre masculinidade, o que resulta na transferência de financiamento de cargos feministas para outros tipos de cargos. Houve casos de cargos anunciados como 'estudos de gênero' que foram entregues a 'garotos inteligentes'. Algumas das tomadas competitivas têm a ver com estudos sobre homossexuais. De especial significado nesta discussão é o papel da editora [[Routledge]], que, em nossa opinião, é responsável por promover o gênero como uma forma de desradicalizar a agenda feminista, revender a masculinidade e a identidade masculina gay".<ref>{{Cite journal | last = Butler | first = Judith | author-link = Judith Butler | title = Feminism by any other name (Judith Butler interviews Rosi Braidotti) | journal = [[Differences (journal)|differences: A Journal of Feminist Cultural Studies]] | volume = 6 | issue = 2–3 | pages = 44–45 | date = Summer 1994 | url = https://bagelabyss.files.wordpress.com/2012/02/butler-and-braidotti-interview-feminism-by-any-other-name1.pdf | ref = harv }}</ref> Calvin Thomas respondeu que, "como Joseph Allen Boone ressalta, 'muitos dos homens da academia que são os 'aliados' feministas mais solidários são gays'" e que é "falso" ignorar as maneiras pelas quais editoras importantes, como a Routledge, promoveram teóricas feministas.<ref>Thomas, Calvin, ed., "Introduction: Identification, Appropriation, Proliferation", ''Straight with a Twist: Queer Theory and the Subject of Heterosexuality''. University of Illinois Press, 2000.</ref> |
|||
Entre grupos [[Religião|religiosos]] e [[Conservadorismo|conservadores]], desde o início do século XXI, o termo tem sido apropriado sem respaldo científico para distorcer aspectos dos estudos de gênero com o objetivo de criar um tipo de [[pânico moral]] e alimentar [[teorias conspiratórias]] sobre um conluio mundial para "destruir os [[valores familiares]]" e voltar a opinião pública contra políticas sociais direcionadas para as [[Direitos das mulheres|mulheres]] e a população [[LGBT]], uma estratégia conhecida como [[falácia do espantalho]].<ref name=":2">{{Citar periódico|ultimo=Duque|primeiro=Tiago|data=2018|titulo=Ninguém nasce Inês Brasil, torna-se Inês Brasil: artefato cultural, pânico moral e “ideologia de gênero” em Campo Grande (MS)|url=https://periodicos.furg.br/momento/article/view/7787|jornal=Momento - Diálogos em Educação|lingua=pt|volume=27|numero=3|paginas=227–247|doi=10.14295/momento.v27i3.7787|issn=2316-3100}}</ref><ref name=":0">{{Citar periódico|ultimo=Miskolci|primeiro=Richard|ultimo2=Campana|primeiro2=Maximiliano|data=2017|titulo=“Ideologia de gênero”: notas para a genealogia de um pânico moral contemporâneo|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69922017000300725&lng=pt&tlng=pt|jornal=Sociedade e Estado|volume=32|numero=3|paginas=725–748|doi=10.1590/s0102-69922017.3203008|issn=1980-5462|acessodata=}}</ref> O [[Vaticano]], por exemplo, criticou os estudos de gênero repetidas vezes. O [[Papa Francisco]] falou sobre "colonização ideológica",<ref>{{cite news | first=John |last=Newsome |title=Pope warns of 'ideological colonization' in transgender teachings |work=CNN |date=4 de outubro de 2016 |url=http://www.cnn.com/2016/10/02/world/pope-transgender-comments/}}</ref> dizendo que "ideologia de gênero" ameaça a "família tradicional" e a heterossexualidade fértil. A [[França]] foi um dos primeiros países em que essa alegação se espalhou quando movimentos [[católicos]] marcharam nas ruas de [[Paris]] contra a lei sobre casamento e adoção de [[homossexuais]].<ref>{{Citation|last=Harsin|first=Jayson|date=2018|pages=193–214|series=Palgrave Studies in Globalization, Culture and Society|publisher=Palgrave Macmillan, Cham|language=en|doi=10.1007/978-3-319-63982-6_10|isbn=9783319639819|title=Global Cultures of Contestation|chapter=Tactical Connecting and (Im-)Mobilizing in the French Boycott School Day Campaign and Anti-Gender Theory Movement}}</ref> Bruno Perreau mostrou que esse medo tem profundas raízes históricas.<ref>[[Bruno Perreau]], ''[http://www.sup.org/books/title/?id=27481 Queer Theory: The French Response]'', Stanford University Press, 2016.</ref> Ele argumenta que a rejeição dos estudos de gênero e da [[teoria queer]] expressa ansiedades sobre a [[identidade nacional]] e as políticas voltadas para minorias. Jayson Harsin estudou os aspectos do movimento da teoria anti-estudos de gênero francês e descobriu que ele partilha qualidades com a política [[populista de direita]] do [[pós-verdade]].<ref>{{Cite journal|last=Harsin|first=Jayson|date=2018-03-01|title=Post-Truth Populism: The French Anti-Gender Theory Movement and Cross-Cultural Similarities|journal=Communication, Culture and Critique|language=en|volume=11|issue=1|pages=35–52|doi=10.1093/ccc/tcx017|issn=1753-9129}}</ref> |
|||
O ensino de certos aspectos da teoria de gênero foi banido nas escolas públicas de [[Nova Gales do Sul]], na [[Austrália]], após uma revisão independente sobre como o Estado ensina [[educação sexual]].<ref>{{cite news|last1=Urban|first1=Rebecca|title=Gender theory banned in NSW classrooms|url=http://www.theaustralian.com.au/national-affairs/education/gender-theory-banned-in-nsw-classrooms/news-story/eeb40f3264394798ebe67260fa2f5782|accessdate=2 November 2017|work=[[The Australian]]|date=February 9, 2017|archive-url=https://archive.is/5TEdW|archive-date=2017-02-09}}</ref> Na [[Europa Central]] e [[Europa Oriental|Oriental]], os movimentos "anti-estudos de gênero" estão em ascensão, especialmente na [[Polônia]], na [[Rússia]]<ref>{{Cite web|url=https://www.huffingtonpost.com/the-conversation-global/how-hungary-and-poland-ha_b_12486148.html|title=How Hungary and Poland have silenced women and stifled human rights|last=Global|first=The Conversation|date=2016-10-14|website=Huffington Post|language=en-US|access-date=2018-10-31}}</ref><ref>{{Cite journal|last=|first=|date=|title=Anti-Gender Movements on the Rise?|url=https://pl.boell.org/sites/default/files/anti-gender-movements-on-the-rise.pdf|journal=Publication Series on Democracy|volume=38|pages=|via=}}</ref> e na [[Hungria]], onde chegaram a ser proibidos em outubro de 2018.<ref>{{Cite news|url=https://www.independent.co.uk/news/world/europe/hungary-bans-gender-studies-programmes-viktor-orban-central-european-university-budapest-a8599796.html|title=Hungarian Prime Minister Viktor Orban bans gender studies programmes|last=Oppenheim|first=Maya|date=2018-10-24|work=The Independent|access-date=2018-10-17|language=en-UK}}</ref> |
|||
== Ver também == |
== Ver também == |
||
Linha 108: | Linha 116: | ||
== Ligações externas == |
== Ligações externas == |
||
* [http://www.ieg.ufsc.br/ Instituto de Estudos de Gênero] da [[Universidade Federal de Santa Catarina]] |
* [http://www.ieg.ufsc.br/ Instituto de Estudos de Gênero] da [[Universidade Federal de Santa Catarina]] |
||
{{LGBT}} |
{{LGBT}} |
||
⚫ | |||
{{controle de autoridade}} |
{{controle de autoridade}} |
||
⚫ | |||
[[Categoria:Estudos de gênero]] |
[[Categoria:Estudos de gênero]] |
Revisão das 07h05min de 26 de setembro de 2019
Estudos de gênero é um campo de estudo interdisciplinar dedicado à identidade de gênero e à representação de gênero como categorias centrais de análise. Esse campo inclui estudos sobre as mulheres (sobre mulheres, feminismo, gênero e política), estudos sobre os homens e estudos queer.[1] Às vezes, estudos de gênero são definidos como conjunto ao estudo da sexualidade humana. Essas disciplinas estudam gênero e sexualidade nos campos da literatura, língua, geografia, história, ciência política, sociologia, antropologia, mídia,[2] desenvolvimento humano, direito, saúde pública e medicina.[3] Elas também analisam como raça, etnia, localização, classe, nacionalidade e deficiência se cruzam com as categorias de gênero e sexualidade.[4][5]
Em relação ao gênero, Simone de Beauvoir disse: "Não se nasce mulher, se torna uma".[6] Essa visão propõe que, nos estudos de gênero, o termo "gênero" deve ser usado para se referir às construções sociais e culturais das masculinidades e feminilidades e não ao estado de ser homem ou mulher em sua totalidade.[7] No entanto, essa visão não é mantida por todos os teóricos de gênero. A visão de Beauvoir é a que muitos sociólogos apoiam, embora haja muitos outros contribuintes para o campo dos estudos de gênero com diferentes origens e pontos de vista opostos, como o psicanalista Jacques Lacan e feministas como Judith Butler.
O gênero é pertinente a muitas disciplinas, como a teoria literária, os estudos de teatro e do cinema, a história da arte contemporânea, a antropologia, a sociologia, a sociolinguística e a psicologia. No entanto, essas disciplinas às vezes diferem em suas abordagens sobre como e por que o gênero é estudado. Por exemplo, na antropologia, na sociologia e na psicologia, o gênero é frequentemente estudado como uma prática, enquanto nos estudos culturais as representações de gênero são mais frequentemente examinadas. Na política, o gênero pode ser visto como um discurso fundamental que os atores políticos empregam para posicionar-se em uma variedade de questões.[8] Os estudos de gênero também são uma disciplina em si, incorporando métodos e abordagens de uma ampla gama de disciplinas.[9]
Cada campo passou a considerar o "gênero" como uma prática, às vezes referida como algo que é performativo. A teoria feminista da psicanálise, articulada principalmente por Julia Kristeva[10] (a "semiótica" e "abjeção") e Bracha L. Ettinger[11] (o "eros matricial feminino-prematerno-materno",[12] a "trans-subjetividade matricial" e as "fantasias maternais primitivas"),[13] e informadas por Freud, Lacan e pela teoria da relação de objetos, é muito influente nos estudos de gênero. De acordo com Sam Killermann, o gênero também pode ser dividido em três categorias, identidade de gênero, expressão de gênero e sexo biológico.[14]
Histórico
Ainda no século XIX, a questão do estudo de gênero foi abordada em diversas obras como dicionários e revistas através de críticas ao modelo tradicional masculino. Por exemplo, em "Mulheres influentes e seu povo", a feminista alemã Louise Otto-Peters critica os métodos de seleção de biografias da época caracterizados pela união aos homens e não por feitos próprios. Neste contexto, inclui-se também o papel da mulher na revolução francesa no qual também lutaram por igualdades de direitos, seguidos a reivindicações por direitos políticos e sociais principalmente no que se refere a maternidade e posteriormente à questão profissional e do lar.[15]
Brasil
Embora o movimento feminista no Brasil tenha se intensificado a partir dos anos 1970, foi mais tardia a introdução do tema no mundo acadêmico.[16] Foucault se popularizou entre os acadêmicos brasileiros a partir do fim da década de 1980, e a partir de então surgem os primeiros estudos sobre a condição feminina no Brasil baseados nas premissas do debate teórico iniciado nos EUA.
A introdução dos estudos de gênero no Brasil se deu através de iniciativas coordenadas nas áreas de história e sociologia a partir dos anos 1990. Nessa mesma época foi criado na UNICAMP o Grupo de Estudos de Gênero Pagu, sob a liderança de Margareth Rago, Adriana Piscitelli, Elisabeth Lobo e Mariza Corrêa,[17] grupo esse responsável pela edição do periódico Cadernos Pagu,[18] hoje referência na área.
Diferença entre sexo e gênero
Os conceitos de gênero e sexo biológico embora possam parecer sinônimos foram utilizados separadamente para enfatizar a distinção entre a condição biológica determinante do sexo e as construções sociais que envolvem as relações entre gêneros.[15] Segundo Soihet (op cit., págs. 266 e 267), "gênero" abrange o aspecto relacional entre as mulheres e os homens, onde nenhum dos dois podem ser compreendidos em estudos que os considere em separado. Soihet (op cit., pág. 267) frisa ainda que o termo gênero foi proposto em defesa de que "a pesquisa sobre as mulheres transformaria fundamentalmente os paradigmas da disciplina; acrescentaria não só os novos temas, como também imporia uma reavaliação crítica das premissas e critérios do trabalho científico" e que implicaria não apenas em "uma nova história das mulheres, mas uma nova história"[19]
Ideologia de gênero
Nos estudos de gênero, ideologia de gênero é a expressão usada para descrever as crenças normativas sobre os papéis sociais apropriados e as naturezas fundamentais de mulheres e homens, sejam essas pessoas cisgênero ou transgênero, nas sociedades humanas. A distinção entre sexo e gênero é central para o conceito, visto que as diferenças biológicas entre homens e mulheres, ou suas diferenças sexuais, são usadas como base para a atribuição de gênero e a construção cultural de identidades de gênero. As pessoas são atribuídas a um gênero em todas as sociedades, mas os sistemas de gênero e as ideologias de gênero que são pensados para ajudar a sustentá-los são culturalmente variáveis.[20][21] Por esta ótica, não existe apenas o gênero masculino e feminino, mas um espectro que pode ser muito mais amplo do que a identificação binária.[22]
Outros significados
A ideologia de gênero é o sistema de crenças pelas quais as pessoas explicam, responsabilizam e justificam seu comportamento e interpretam e avaliam o dos outros. Em suma, é o conjunto de crenças que governam a participação das pessoas na ordem de gênero e pelo qual explicam e justificam essa participação.[23] O conceito é frequentemente usado, mas raramente questionado, em contraste a outros, como a identidade de gênero. Suspeita-se que a flexibilidade das definições e os múltiplos significados associados à ideologia, em geral, sejam a fonte de seu uso comum e de sua desconsideração conceitual. Em “terminologia de reorganização” (Gerring 1997: 960), a ideologia de gênero é frequentemente usada como sinônimo de conceitos como atitudes de gênero, normas de gênero, poder de gênero, relações de gênero, estruturas de gênero e dinâmicas de gênero.[24]
Em arqueologia, o termo é usado para tentar explicar as dinâmicas de gênero das sociedades, por exemplo no livro In Pursuit of Gender: Worldwide Archaeological Approaches, a definição de Hays-Gilpin e Whitley é que a ideologia de gênero são os significados e valores atribuídos às categorias de gênero em uma dada cultura e atribuição de gênero a fenômenos ou ideias como sol/lua, terra/céu, macio/duro etc.[25]
O termo ideologia de gênero no significado literal é encontrado em publicações e estudos sobre vários temas:
- Nos estudos de linguística, quando pesquisado as relações, as interseções e tensões entre linguagem e gênero.[26]
- Em história, por exemplo as origens da desigualdade entre homens e mulheres que se estabeleceu na Era Vitoriana.[27] A manutenção dos papeis de gênero durante o comunismo na Europa nomeada como "ideologia de gênero neotradicional"[28] e também após o colapso do regime.[29]
- Em sociologia, o termo é encontrado em discussões sobre a exclusão social baseada em gênero por exemplo no trabalho e esfera pública,[30] no serviço militar,[31] nos esportes[32] etc.
- Em pedagogia, por exemplo ao estudar a associação entre a ideologia de gênero precoce e simultânea dos pais e os comportamentos de gênero e as atitudes de gênero dos filhos ,[33]
- Em livros sobre religião, como sobre as demandas no programa de catolicismo nacional de Francisco Franco conflitantes com o desenvolvimento econômico patrocinado pelo Estado que pretendia uma sociedade de consumo moderna,[34] estudo e publicação sobre uma "personalização" do catolicismo em Gana.[35] Livro de Susan Starr Sered, Priestess, Mother, Sacred Sister: Religions Dominated by Women que descreve e analisa religiões, espalhadas por todo o mundo, em que as mulheres são a maioria dos líderes e a maioria dos participantes.[36]
Críticas
O historiador e teórico Bryan Palmer argumenta que a atual dependência dos estudos de gênero no pós-estruturalismo - com sua reificação do discurso e evitação das estruturas de opressão e lutas de resistência - obscurece as origens, significados e consequências de eventos e processos históricos. Palmer procura combater as tendências atuais nos estudos de gênero com um argumento para a necessidade de analisar as experiências vividas e as estruturas de subordinação e poder.[37]
A teórica feminista Rosi Braidotti (1994) criticou os estudos de gênero como "a tomada da agenda feminista pelos estudos sobre masculinidade, o que resulta na transferência de financiamento de cargos feministas para outros tipos de cargos. Houve casos de cargos anunciados como 'estudos de gênero' que foram entregues a 'garotos inteligentes'. Algumas das tomadas competitivas têm a ver com estudos sobre homossexuais. De especial significado nesta discussão é o papel da editora Routledge, que, em nossa opinião, é responsável por promover o gênero como uma forma de desradicalizar a agenda feminista, revender a masculinidade e a identidade masculina gay".[38] Calvin Thomas respondeu que, "como Joseph Allen Boone ressalta, 'muitos dos homens da academia que são os 'aliados' feministas mais solidários são gays'" e que é "falso" ignorar as maneiras pelas quais editoras importantes, como a Routledge, promoveram teóricas feministas.[39]
Entre grupos religiosos e conservadores, desde o início do século XXI, o termo tem sido apropriado sem respaldo científico para distorcer aspectos dos estudos de gênero com o objetivo de criar um tipo de pânico moral e alimentar teorias conspiratórias sobre um conluio mundial para "destruir os valores familiares" e voltar a opinião pública contra políticas sociais direcionadas para as mulheres e a população LGBT, uma estratégia conhecida como falácia do espantalho.[40][41] O Vaticano, por exemplo, criticou os estudos de gênero repetidas vezes. O Papa Francisco falou sobre "colonização ideológica",[42] dizendo que "ideologia de gênero" ameaça a "família tradicional" e a heterossexualidade fértil. A França foi um dos primeiros países em que essa alegação se espalhou quando movimentos católicos marcharam nas ruas de Paris contra a lei sobre casamento e adoção de homossexuais.[43] Bruno Perreau mostrou que esse medo tem profundas raízes históricas.[44] Ele argumenta que a rejeição dos estudos de gênero e da teoria queer expressa ansiedades sobre a identidade nacional e as políticas voltadas para minorias. Jayson Harsin estudou os aspectos do movimento da teoria anti-estudos de gênero francês e descobriu que ele partilha qualidades com a política populista de direita do pós-verdade.[45]
O ensino de certos aspectos da teoria de gênero foi banido nas escolas públicas de Nova Gales do Sul, na Austrália, após uma revisão independente sobre como o Estado ensina educação sexual.[46] Na Europa Central e Oriental, os movimentos "anti-estudos de gênero" estão em ascensão, especialmente na Polônia, na Rússia[47][48] e na Hungria, onde chegaram a ser proibidos em outubro de 2018.[49]
Ver também
Referências
- ↑ «Gender Studies». Whitman College. Consultado em 1 de maio de 2012. Arquivado do original em 12 de dezembro de 2012
- ↑ Krijnen, Tonny; van Bauwel, Sofie (2015). Gender And Media: Representing, Producing, Consuming. New York: Routledge. ISBN 978-0-415-69540-4
- ↑ «About – Center for the Study of Gender and Sexuality (CSGS)». The University of Chicago. Consultado em 1 de maio de 2012
- ↑ Healey, J. F. (2003). Race, Ethnicity, Gender and Class: the Sociology of Group Conflict and Change.
- ↑ «Department of Gender Studies». Indiana University (IU Bloomington). Consultado em 1 de maio de 2012
- ↑ de Beauvoir, S. (1949, 1989). "The Second Sex".
- ↑ Garrett, S. (1992). "Gender", p. vii.
- ↑ Salime, Zakia. Between Feminism and Islam: Human Rights and Sharia Law in Morocco. Minneapolis: University of Minnesota Press, 2011.
- ↑ Essed, Philomena; Goldberg, David Theo; Kobayashi, Audrey (2009). A Companion to Gender Studies. [S.l.]: Wiley-Blackwell. ISBN 978-1-4051-8808-1. Consultado em 7 de novembro de 2011
- ↑ Anne-Marie Smith, Julia Kristeva: Speaking the Unspeakable (Pluto Press, 1988).
- ↑ Griselda Pollock, "Inscriptions in the Feminine" and "Introduction" to "The With-In-Visible Screen", in: Inside the Visible edited by Catherine de Zegher. MIT Press, 1996.
- ↑ Ettinger, Bracha L. (2007). «Diotima and the Matrixial Transference: Psychoanalytical Encounter-Event as Pregnancy in Beauty». In: Van der Merwe, Chris N.; Viljoen, Hein. Across the Threshold. NY: Peter Lang
- ↑ Ettinger, Bracha L. (2010). «(M)Other Re-spect: Maternal Subjectivity, the Ready-made mother-monster and The Ethics of Respecting». Studies in the Maternal. 2 (1–2). doi:10.16995/sim.150. Arquivado do original em 3 de dezembro de 2013
- ↑ Understanding the Complexities of Gender: Sam Killermann at TEDxUofIChicago. YouTube (Notas de mídia). 3 de maio de 2013. Consultado em 26 de julho de 2015
- ↑ a b Soihet, R. História das Mulheres. In: Cardoso, C.F.; Vainfas, R. (Orgs.) Domínios da História. 2a Ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011:263-283
- ↑ Silva, Susana Veleda da. (15 de novembro de 2000). «Os estudos de gênero no Brasil: algumas considerações.» (PDF) 262 ed. Universidad de Barcelona. Biblio 3W. Revista Bibliográfica de Geografía y Ciencias Sociales.[ligação inativa]
- ↑ Rago, M. Descobrindo historicamente o gênero. Cadernos Pagu, 11 (1998), p. 89.
- ↑ Revista Cadernos Pagu - SciELO
- ↑ apud Scott, J. Gênero uma categoria útil de análise histórica. Recife: SOS Corpo,1991
- ↑ S.U. Philips (2001). International Encyclopedia of the Social & Behavioral Sciences, ed. «Gender Ideology: Cross-cultural Aspects». Consultado em 15 de junho de 2019
- ↑ Sarah M. Nelson (2002). «In Pursuit of Gender: Worldwide Archaeological Approaches». Consultado em 15 de junho de 2019
- ↑ Ideologia de gênero - esboço da palestra por Ewerton B. Tokashiki (2018)
- ↑ Penelope Eckert; Eckert Penelope; Sally McConnell-Ginet (9 de janeiro de 2003). Language and Gender (em inglês). [S.l.]: Cambridge University Press. pp. 35–36. ISBN 978-0-521-65426-5
- ↑ Duerst-Lahti, G. (2008). Gender ideology: Masculinism and feminalism. In G. Goertz & A. Mazur (Eds.), Politics, Gender, and Concepts: Theory and Methodology (pp. 159-192). Cambridge: Cambridge University Press. doi:10.1017/CBO9780511755910.008 (em inglês)
- ↑ Sarah M. Nelson; Myriam Rosen-Ayalon (2002). In Pursuit of Gender: Worldwide Archaeological Approaches (em inglês). [S.l.]: Rowman Altamira. p. 9. ISBN 978-0-7591-0087-9
- ↑ Susan Ehrlich; Miriam Meyerhoff; Janet Holmes (19 de março de 2014). The Handbook of Language, Gender, and Sexuality. [S.l.]: Wiley. p. 517". ISBN 978-1-118-58433-0
- ↑ Aşkın Haluk Yildirim (2015). Victorian Gender Ideology and Literature. [S.l.]: Nova Science Publishers, Incorporated. ISBN 978-1-63482-618-1.
Na época, as mulheres foram forçadas a levar uma existência passiva ditada pelas normas da ideologia de gênero vitoriana.
- ↑ Janet Elise Johnson; Jean C. Robinson (12 de dezembro de 2006). Living Gender after Communism. [S.l.]: Indiana University Press. p. 11. ISBN 0-253-11229-X
- ↑ V. Nikolic-Ristanovic (17 de abril de 2013). Social Change, Gender and Violence: Post-communist and war affected societies. [S.l.]: Springer Science & Business Media. p. 174. ISBN 978-94-015-9872-9.
(...)O estabelecimento de uma economia capitalista em sociedades pós-comunistas também contribuíram para o reforço do patriarcado. A privatização e a economia de mercado levaram ao desenvolvimento de ambas ideologias de gênero e re-tradicionalização das estruturas de gênero.
- ↑ Nanneke Redclift; M Thea Sinclair; M. Thea Sinclair (23 de setembro de 2005). Working Women: International Perspectives on Labour and Gender Ideology. [S.l.]: Routledge. ISBN 978-1-134-97821-2
- ↑ Saskia Stachowitsch (março de 2013). Gender Ideologies and Military Labor Markets in the U.S. [S.l.]: Routledge. p. 25. ISBN 978-1-136-64235-7
- ↑ Michael F. Collins; Tess Kay (2 de julho de 2003). Sport and Social Exclusion. [S.l.]: Routledge. p. 97. ISBN 978-1-134-51173-0
- ↑ Hillary Paul Halpern (2014). Parents' Gender Ideology and Gendered Behavior as Predictors of Children's Gender-role Attitudes: A Longitudinal Exploration. [S.l.]: University of Massachusetts Amherst
- ↑ Aurora G. Morcillo (maio de 2008). True Catholic Womanhood: Gender Ideology in Franco's Spain. [S.l.]: Northern Illinois University Press. ISBN 978-0-87580-997-7
- ↑ Brigid M. Sackey (2006). New Directions in Gender and Religion: The Changing Status of Women in African Independent Churches. [S.l.]: Lexington Books. ISBN 978-0-7391-1058-4
- ↑ Susan Starr Sered (1996). Priestess, Mother, Sacred Sister: Religions Dominated by Women. [S.l.]: Oxford University Press. pp. 195–196. ISBN 978-0-19-510467-7.
Capítulo intitulado "Ideologia de gênero"
- ↑ Bryan Palmer, "Descent into Discourse: The Reification of Language and the Writing of Social History", Trent University (Peterborough, Canada)
- ↑ Butler, Judith (Summer 1994). «Feminism by any other name (Judith Butler interviews Rosi Braidotti)» (PDF). differences: A Journal of Feminist Cultural Studies. 6 (2–3): 44–45 Verifique data em:
|data=
(ajuda) - ↑ Thomas, Calvin, ed., "Introduction: Identification, Appropriation, Proliferation", Straight with a Twist: Queer Theory and the Subject of Heterosexuality. University of Illinois Press, 2000.
- ↑ Duque, Tiago (2018). «Ninguém nasce Inês Brasil, torna-se Inês Brasil: artefato cultural, pânico moral e "ideologia de gênero" em Campo Grande (MS)». Momento - Diálogos em Educação. 27 (3): 227–247. ISSN 2316-3100. doi:10.14295/momento.v27i3.7787
- ↑ Miskolci, Richard; Campana, Maximiliano (2017). «"Ideologia de gênero": notas para a genealogia de um pânico moral contemporâneo». Sociedade e Estado. 32 (3): 725–748. ISSN 1980-5462. doi:10.1590/s0102-69922017.3203008
- ↑ Newsome, John (4 de outubro de 2016). «Pope warns of 'ideological colonization' in transgender teachings». CNN
- ↑ Harsin, Jayson (2018), «Tactical Connecting and (Im-)Mobilizing in the French Boycott School Day Campaign and Anti-Gender Theory Movement», Global Cultures of Contestation, ISBN 9783319639819, Palgrave Studies in Globalization, Culture and Society (em inglês), Palgrave Macmillan, Cham, pp. 193–214, doi:10.1007/978-3-319-63982-6_10
- ↑ Bruno Perreau, Queer Theory: The French Response, Stanford University Press, 2016.
- ↑ Harsin, Jayson (1 de março de 2018). «Post-Truth Populism: The French Anti-Gender Theory Movement and Cross-Cultural Similarities». Communication, Culture and Critique (em inglês). 11 (1): 35–52. ISSN 1753-9129. doi:10.1093/ccc/tcx017
- ↑ Urban, Rebecca (February 9, 2017). «Gender theory banned in NSW classrooms». The Australian. Consultado em 2 November 2017. Cópia arquivada em 9 de fevereiro de 2017 Verifique data em:
|acessodata=, |data=
(ajuda) - ↑ Global, The Conversation (14 de outubro de 2016). «How Hungary and Poland have silenced women and stifled human rights». Huffington Post (em inglês). Consultado em 31 de outubro de 2018
- ↑ «Anti-Gender Movements on the Rise?» (PDF). Publication Series on Democracy. 38
- ↑ Oppenheim, Maya (24 de outubro de 2018). «Hungarian Prime Minister Viktor Orban bans gender studies programmes». The Independent (em inglês). Consultado em 17 de outubro de 2018
Bibliografia
- Soihet, Rachel (2011). CARDOSO, Ciro Flamarion. (Ed.), ed. Domínios da História 2 ed. Rio de Janeiro: Elsevier. ISBN 978-85-352-4381-9
- Armstrong, Carol; de Zegher, Catherine (27 de outubro de 2006). Women Artists at the Millennium. [S.l.]: MIT Press. ISBN 978-0-262-01226-3. OCLC 62766150
- Berger, Anne Emmanuelle (Setembro de 2016). «Gender springtime in Paris: a twenty-first century tale of seasons». differences: A Journal of Feminist Cultural Studies. 27 (2): 1–26. doi:10.1215/10407391-3621685
- Boone, Joseph Allen; Cadden, Michael, eds. (1990). Engendering Men: The Question of Male Feminist Criticism. [S.l.]: Routledge. ISBN 978-0415902557. OCLC 20992567
- Butler, Judith (16 de dezembro de 1993). Bodies That Matter: On the Discursive Limits of 'Sex'. New York: Routledge. ISBN 978-0-415-90366-0. OCLC 27897792
- Butler, Judith (1994). «Feminism by any other name (Judith Butler interviews Rosi Braidotti)» (PDF). differences: A Journal of Feminist Cultural Studies. 6 (2–3): 272–361
- Butler, Judith (1999). Gender Trouble: Feminism and the Subversion of Identity 2nd ed. New York: Routledge. ISBN 978-0-415-92499-3. OCLC 41326734
- Cante, Richard C. (Março de 2008). Gay Men and the Forms of Contemporary US Culture. London: Ashgate Publishing. ISBN 978-0-7546-7230-2. OCLC 173218594
- Cárdenas, Micha and Barbara Fornssler, 2010. Trans Desire/Affective Cyborgs. New York: Atropos press. ISBN 0-9825309-9-4
- Clark, April K. (Março de 2017). «Updating the gender gap(s): a multilevel approach to what underpins changing cultural attitudes». Politics & Gender. 13 (1): 26–56. doi:10.1017/S1743923X16000520
- Cranny-Francis, Anne; Kirkby, Joan; Stavropoulos, Pam; Waring, Wendy (28 de novembro de 2002). Gender studies: terms and debates. Basingstoke: Palgrave Macmillan. ISBN 978-0-333-77612-4. OCLC 50645644
- De Beauvoir, Simone (Dezembro de 1989). The Second Sex. Traduzido por Borde, Constance; Malovany-Chevallier, Sheila Reissue ed. New York: Vintage. ISBN 978-0-333-77612-4. OCLC 50645644
- Ettinger, Bracha L. (30 de setembro de 2001). «The Red Cow Effect». In: Howe, Mica; Aguiar, Sarah A. He Said, She Says: An RSVP to the Male Text. [S.l.]: Fairleigh Dickinson University Press. pp. 57–88. ISBN 978-0-8386-3915-3. OCLC 46472137
- Ettinger, Bracha L. (Janeiro de 2006). Massumi, Brian, ed. The Matrixial Borderspace (Theory Out of Bounds). Foreword by Judith Butler, Introduction by Griselda Pollock. [S.l.]: University of Minnesota Press. ISBN 978-0-8166-3587-0. OCLC 62177997
- Ettinger, Bracha L., 2006. "From Proto-ethical Compassion to Responsibility: Besidedness, and the three Primal Mother-Phantasies of Not-enoughness, Devouring and Abandonment". Athena: Philosophical Studies. Vol. 2. ISSN 1822-5047.
- Farrell, Warren (31 de janeiro de 2001) [First published in 1993 as The Myth of Male Power: Why Men are the Disposable Sex]. The Myth of Male Power Reprint ed. New York: Berkley Publishing Corporation. ISBN 978-0425181447
- Farrell, Warren; Svoboda, Steven; Sterba, James P. (10 de outubro de 2007). Does Feminism Discriminate Against Men? A Debate (Point/Counterpoint). [S.l.]: Oxford University Press. ASIN B019L52IHW
- Foucault, Michel (1 de novembro de 1988). The Care of the Self: The History of Sexuality. 3 Reprint ed. [S.l.]: Vintage Books USA. ISBN 978-0-394-74155-0. OCLC 20521501
- Foucault, Michel (31 de dezembro de 1990). History of Sexuality: An Introduction. [S.l.]: Vintage Books. ISBN 978-0-679-72469-8. OCLC 5102034
- Foucault, Michel (1 de março de 1990). The Use of Pleasure: The History of Sexuality. 2. [S.l.]: Vintage Books. ISBN 978-0-394-75122-1. OCLC 5102034
- Foucault, Michel (1 de janeiro de 1995). Discipline and Punish: The Birth of the Prison. Traduzido por Sheridan, Allen. [S.l.]: Random House. ISBN 978-0-679-75255-4. OCLC 32367111
- Fraser, Nancy; Butler, Judith; Benhabib, Seyla; Cornell, Drucilla (6 de abril de 1995). Feminist Contentions: A Philosophical Exchange. New York: Routledge. ISBN 978-0-415-91086-6. OCLC 30623637
- Frug, Mary Joe. "A Postmodern Feminist Legal Manifesto (An Unfinished Draft)", in "Harvard Law Review", Vol. 105, No. 5, March, 1992, pp. 1045–1075. ISSN 0017-811X
- Grebowicz, Margaret, ed. (4 de janeiro de 2007). Gender After Lyotard. [S.l.]: State University of New York Press. ISBN 978-0-7914-6956-9. OCLC 63472631
- Healey, Joseph F. (25 de março de 2003). Race, Ethnicity, Gender and Class: the Sociology of Group Conflict and Change 3rd ed. [S.l.]: Sage Publications. ISBN 978-0-7619-8763-5. OCLC 50604843
- Kahlert, Heike; Schäfer, Sabine, eds. (2012). Engendering Transformation. Post-socialist Experiences on Work, Politics and Culture. Opladen, Berlin, London, Toronto: Barbara Budrich Publishers. ISBN 9783866494220
- Hemmings, Clare (Setembro de 2016). «Is Gender Studies Singular? Stories of Queer/Feminist Difference and Displacement» (PDF). differences: A Journal of Feminist Cultural Studies. 27 (2): 79–102. doi:10.1215/10407391-3621721
- Khanna, Ranjana (Setembro de 2016). «On the Name, Ideation, and Sexual Difference». differences: A Journal of Feminist Cultural Studies. 27 (2): 62–78. doi:10.1215/10407391-3621709
- Kristeva, Julia (14 de maio de 1984) [First published 1980 in French as Pouvoirs de l'horreur by Éditions du Seuil]. Powers of Horror. Traduzido por Roudiez, Leon S. Reprinted ed. [S.l.]: Columbia University Press. ISBN 978-0-231-05347-1. OCLC 8430152
- McElroy, Wendy (31 de maio de 2001). Sexual Correctness: The Gender-Feminist Attack on Women. Jefferson, North Carolina: McFarland & Company. ISBN 978-0-7864-0226-7. OCLC 34839792
- Oyěwùmí, Oyèrónkẹ́, ed. (13 de outubro de 2006). African Gender Studies: A Reader. London: Palgrave MacMillan. ISBN 978-1-4039-6283-6
- Palmer, Bryan D. (25 de janeiro de 1990). Descent into Discourse: The Reification of Language and the Writing of Social History (Critical Perspectives on the Past Series) Reprint ed. Philadelphia: Temple University Press. ISBN 978-0-87722-720-5. OCLC 233030494
- Pinker, Susan (29 de fevereiro de 2008). The Sexual Paradox: Extreme Men, Gifted Women and the Real Gender Gap. [S.l.]: Random House of Canada Ltd. ISBN 978-0-679-31415-8. OCLC 181078409
- Pollock, Griselda (7 de março de 2001). Florence, Penny, ed. Looking Back to the Future: 1990-1970: Essays on Art, Life and Death (Critical Voices in Art, Theory and Culture). [S.l.]: Routledge. ISBN 978-90-5701-132-0. OCLC 42875273
- Pollock, Griselda (22 de novembro de 2007). Encounters in the Virtual Feminist Museum: Time, Space and the Archive. [S.l.]: Routledge. ISBN 978-0-415-41374-9. OCLC 129952714
- Pulkkinen, Tuija (Setembro de 2016). «Feelings of Injustice: The Institutionalization of Gender Studies and the Pluralization of Feminism». differences: A Journal of Feminist Cultural Studies. 27 (2): 103–124. doi:10.1215/10407391-3621733
- Reeser, Todd W. (12 de janeiro de 2010). Masculinities in Theory: An Introduction. [S.l.]: Wiley-Blackwell. ISBN 978-1405168601
- Scott, Joan W. (1 de fevereiro de 2000). Gender and the Politics of History 2ª revisada ed. [S.l.]: Columbia University Press. ISBN 978-0231118576
- Spector, Judith A., ed. (15 de dezembro de 1986). Gender Studies: New Directions in Feminist Criticism. [S.l.]: Bowling Green University Popular Press. ISBN 978-0-87972-351-4
- Thomas, Calvin (1 de outubro de 1999). «Introduction: Identification, Appropriation, Proliferation». In: Thomas, Calvin. Straight with a Twist: Queer Theory and the Subject of Heterosexuality. [S.l.]: University of Illinois Press. ISBN 978-0-252-06813-3
- Weed, Elizabeth (Setembro de 2016). «Gender and the Lure of the Postcritical». differences: A Journal of Feminist Cultural Studies. 27 (2): 153–177. doi:10.1215/10407391-3621757
- Wright, Elizabeth (1 de setembro de 2000). Lacan and Postfeminism. [S.l.]: Icon Books Ltd. ISBN 978-1-84046-182-4. OCLC 44484099
- Zajko, Vanda; Leonard, Miriam, eds. (12 de janeiro de 2006). Laughing with Medusa: Classical Myth and Feminist Thought (Classical Presences). [S.l.]: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-927438-3
- de Zegher, M. Catherine, ed. (8 de maio de 1996). Inside the Visible: Elliptical Traverse of Twentieth Century Art in, of and from the Feminine 2nd ed. [S.l.]: MIT Press. ISBN 978-0-262-54081-0. OCLC 33863951