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Cachalote: diferenças entre revisões

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[[imagem:Three Beached Whales, 1577.jpg|miniaturadaimagem|280px|Gravura de 1577 representando cachalotes encalhados. O desenho é bastante grosseiro. Note-se que o autor representou (por engano) duas narinas (ou respiradouros) na extremidade do [[melão (órgão)|melão]] de cada animal, olhos bem colocados e barbatanas dorsais mais salientes que as naturais.]]
[[imagem:Three Beached Whales, 1577.jpg|miniaturadaimagem|280px|Gravura de 1577 representando cachalotes encalhados. O desenho é bastante grosseiro. Note-se que o autor representou (por engano) duas narinas (ou respiradouros) na extremidade do [[melão (órgão)|melão]] de cada animal, olhos bem colocados e barbatanas dorsais mais salientes que as naturais.]]


O cachalote pertence à ordem dos [[cetartiodáctilos]] (''Cetartiodactyla''),<ref>{{citar periódico|título=The phylogeny of Cetartiodactyla: the importance of dense taxon sampling, missing data, and the remarkable promise of cytochrome b to provide reliable species-level phylogenies. |periódico=Mol Phylogenet Evol |ano=2008 |último1=Agnarsson |primeiro1=I. |último2=May-Collado |primeiro2=LJ. |volume=48 |número=3 |páginas=964–985 |doi=10.1016/j.ympev.2008.05.046 |pmid=18590827}}</ref><ref>{{citar periódico|título=A complete phylogeny of the whales, dolphins and even-toed hoofed mammals (Cetartiodactyla). |periódico=Biol Rev Camb Philos Soc |ano=2005 |último1=Price |primeiro1=SA. |último2=Bininda-Emonds |primeiro2=OR. |último3=Gittleman |primeiro3=JL. |volume=80 |número=3 |páginas=445–473 |doi=10.1017/s1464793105006743 |pmid=16094808|s2cid=45056197 |url=https://semanticscholar.org/paper/c800efd62302c28907a6a2b07d021f2426d44d83 }}</ref> a ordem que contém todos os cetáceos e [[artiodátilos|ungulados de dedos pares]]. É um membro do [[clado]] não classificado dos [[cetáceos]] (''Cetacea''), com todas as baleias, golfinhos e botos, e ainda classificado em [[odontocetos]] (''Odontoceti''), contendo todas as baleias dentadas e golfinhos. é colocado no gênero ''Physeter'', da família dos fiseterídeos (''Physeteridae''), ele próprio colocado na superfamília dos fiseteroídeos (''Physeteroidea''), que agrupa todos as cachalotes.<ref>{{Citar periódico|sobrenome=Lambert|nome=Olivier|sobrenome2=Bianucci|nome2=Giovanni|sobrenome3=Muizon|nome3=Christian de|título=A new stem-sperm whale (Cetacea, Odontoceti, Physeteroidea) from the Latest Miocene of Peru|jornal=Comptes Rendus Palevol|volume=7|número=6|ano=2008|páginas=361–369|doi=10.1016/j.crpv.2008.06.002}}</ref> Duas espécies existentes relacionadas do gênero ''Kogia'' — a saber, o [[cachalote-anão]] (''K. sima'') e o [[cachalote-pigmeu]] (K. breviceps) — às vezes também são colocados nesta família, ou então em sua própria família, a dos cogiídeos (''Kogiidae'').<ref>{{Citar livro|sobrenome=Mead|nome=James G.|sobrenome2=Brownell Jr.|nome2=Robert L.|capítulo=Order Cetacea|editor1=Wilson, Don E.|editor2=Reeder, DeeAnn M.|título=Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference|local=Baltimore|editora=Imprensa da Universidade Johns Hopkins|data=16 de novembro de 2005|página=2142|url=https://books.google.com.br/books?id=JgAMbNSt8ikC&printsec=frontcover&redir_esc=y&hl=pt-BR#v=onepage&q&f=false|isbn=978-0-8018-8221-0}}</ref>
O cachalote pertence à ordem dos [[cetartiodáctilos]] (''Cetartiodactyla''),<ref>{{citar periódico|título=The phylogeny of Cetartiodactyla: the importance of dense taxon sampling, missing data, and the remarkable promise of cytochrome b to provide reliable species-level phylogenies. |periódico=Mol Phylogenet Evol |ano=2008 |último1=Agnarsson |primeiro1=I. |último2=May-Collado |primeiro2=LJ. |volume=48 |número=3 |páginas=964–985 |doi=10.1016/j.ympev.2008.05.046 |pmid=18590827}}</ref><ref>{{citar periódico|título=A complete phylogeny of the whales, dolphins and even-toed hoofed mammals (Cetartiodactyla). |periódico=Biol Rev Camb Philos Soc |ano=2005 |último1=Price |primeiro1=SA. |último2=Bininda-Emonds |primeiro2=OR. |último3=Gittleman |primeiro3=JL. |volume=80 |número=3 |páginas=445–473 |doi=10.1017/s1464793105006743 |pmid=16094808|s2cid=45056197 |url=https://semanticscholar.org/paper/c800efd62302c28907a6a2b07d021f2426d44d83 }}</ref> a ordem que contém todos os cetáceos e [[artiodátilos|ungulados de dedos pares]]. É um membro do [[clado]] não classificado dos [[cetáceos]] (''Cetacea''), com todas as baleias, golfinhos e botos, e ainda classificado em [[odontocetos]] (''Odontoceti''), contendo todas as baleias dentadas e golfinhos. é colocado no gênero ''Physeter'', da família dos fiseterídeos (''Physeteridae''), ele próprio colocado na superfamília dos fiseteroídeos (''Physeteroidea''), que agrupa todos os cachalotes.<ref>{{Citar periódico|sobrenome=Lambert|nome=Olivier|sobrenome2=Bianucci|nome2=Giovanni|sobrenome3=Muizon|nome3=Christian de|título=A new stem-sperm whale (Cetacea, Odontoceti, Physeteroidea) from the Latest Miocene of Peru|jornal=Comptes Rendus Palevol|volume=7|número=6|ano=2008|páginas=361–369|doi=10.1016/j.crpv.2008.06.002}}</ref> Duas espécies existentes relacionadas do gênero ''Kogia'' — a saber, o [[cachalote-anão]] (''K. sima'') e o [[cachalote-pigmeu]] (K. breviceps) — às vezes também são colocados nesta família, ou então em sua própria família, a dos cogiídeos (''Kogiidae'').<ref>{{Citar livro|sobrenome=Mead|nome=James G.|sobrenome2=Brownell Jr.|nome2=Robert L.|capítulo=Order Cetacea|editor1=Wilson, Don E.|editor2=Reeder, DeeAnn M.|título=Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference|local=Baltimore|editora=Imprensa da Universidade Johns Hopkins|data=16 de novembro de 2005|página=2142|url=https://books.google.com.br/books?id=JgAMbNSt8ikC&printsec=frontcover&redir_esc=y&hl=pt-BR#v=onepage&q&f=false|isbn=978-0-8018-8221-0}}</ref>


O [[ictiologia|ictiólogo]] [[suecos|sueco]] [[Peter Artedi]] descreveu a espécie como ''Physeter catodon'' em seu trabalho de 1738 ''Genera piscium'', a partir do relato de um espécime encalhado nas [[Órcadas]] em 1693 e dois encalhados na Holanda em 1598 e 1601.<ref name="Artedi 1730">{{citar livro|último1=Artedi |primeiro1=Peter |título=Genera piscium : in quibus systema totum ichthyologiae proponitur cum classibus, ordinibus, generum characteribus, specierum differentiis, observationibus plurimis : redactis speciebus 242 ad genera 52 : Ichthyologiae pars III. |data=1730 |local=Greifswald|editora=Impensis Ant. Ferdin. Röse |páginas=[https://archive.org/details/petriartedisueci03arte/page/553 553]–555 |url=https://archive.org/details/petriartedisueci03arte |língua=la}}</ref> [[Carlos Lineu]], descritor da espécie em 1758 em sua obra ''Systema Naturae'', descreve quatro espécies do gênero:<ref>{{Citar livro|sobrenome=Lineu|nome=Carlos|título=Systema naturae per regna tria naturae, secundum classes, ordines, genera, species, cum characteribus, differentiis, synonymis, locis, t. I|local=Estocolmo|editora=Laurentii Salvii|ano=1758|edição=10.ª|página=76–77}}</ref> ''P. catodon'', ''P. macrocephalus'', ''P. microps'' e ''P. tursio''. Com base em um estudo de 1836 de [[Frédéric Cuvier]] seguido por todos os cetólogos, as quatro espécies foram reduzidas a uma única, mas permaneceu da descrição original uma ambiguidade à nomenclatura das espécies, ''P. macrocephalus'' e ''P catodon'', que era usados ​​por Lineu ​​de forma intercambiável. A espécie era inicialmente conhecida como ''P. catodon'', até que Husson e Holthuis em 1974 propuseram como o nome correto era ''P. macrocephalus'',<ref>{{Citar periódico|sobrenome=Husson|nome=A. M.|sobrenome2=Holthuis|nome2=L. B.|título=Physeter macrocephalus Linnaeus, 1758, the valid name for the sperm whale|jornal=Zoologische Mededelingen|volume=48|ano=1974|páginas=205–217}}</ref> o segundo nome originalmente descrito no gênero ''Physeter'' por Lineu junto com ''P. catodon'', com base no fato de que os dois nomes são sinônimos publicados simultaneamente, devendo ser aplicado o [[princípio do primeiro revisor]] do [[Código Internacional de Nomenclatura Zoológica|CINZ]], levando neste caso à escolha de ''P. macrocephalus'', opinião repetida por Holthuis em 1987.<ref >{{Citar periódico|sobrenome=Holthuis|nome=L. B.|título=The scientific name of the sperm whale|jornal=Marine Mammal Science|volume=3|número=1|ano=1987|páginas=87–89}}</ref> A maioria dos autores seguiu esse conclusão, embora Schevill (em 1986 e 1987) argumentou que ''P. macrocephalus'' havia sido publicado com uma descrição imprecisa e, portanto, apenas ''P. catodon'' poderia ser considerado válido, tornando inaplicável o princípio do "primeiro revisor".<ref>{{citar periódico|sobrenome=Schevill|nome=W. E.|título=The International Code of Zoological Nomenclature and a paradigm: the name Physeter catodon Linnaeus 1758|periódico=Marine Mammal Science|volume=2|número=2|ano=1986|páginas=153–157}}</ref><ref>{{Citar periódico|sobrenome=Schevill|nome=W. E.|título=Reply to L.B. Holthuis "The scientific name of the sperm whale"|jornal=Marine Mammal Science|volume=3|número=1|ano=1987|páginas=89–90}}</ref> A versão mais recente do ITIS alterou seu uso de ''P. catodon'' para ''P. macrocephalus'',<ref>{{citar web|url=https://www.itis.gov/servlet/SingleRpt/SingleRpt?search_topic=TSN&search_value=180489|título=ITIS Standard Report Page: ''Physeter catodon''|acessodata=19 de janeiro de 2015}}</ref> seguindo L. B. Holthuis e discussões mais recentes (2008) com especialistas relevantes.<ref>{{citar periódico|autor1=Husson A.M. |autor2=Holthuis L.B. |ano=1974 |título=''Physeter macrocephalus'' Linnaeus, 1758, the valid name for the sperm whale |url=http://www.repository.naturalis.nl/record/318605 |periódico=Zoologische Mededelingen |volume=48 |páginas=205–217 }}</ref> Além disso, o [[Comitê de Taxonomia da Sociedade para Mamíferos Marinhos]], a maior associação internacional de cientistas de mamíferos marinhos do mundo, usa oficialmente ''Physeter macrocephalus'' ao publicar sua lista definitiva de espécies de mamíferos marinhos.<ref>{{citar web|título=List of Marine Mammal Species and Subspecies|url=https://www.marinemammalscience.org/species-information/list-marine-mammal-species-subspecies/|website=marinemammalscience.org|acessodata=25 de maio de 2017}}</ref>
O [[ictiologia|ictiólogo]] [[suecos|sueco]] [[Peter Artedi]] descreveu a espécie como ''Physeter catodon'' em seu trabalho de 1738 ''Genera piscium'', a partir do relato de um espécime encalhado nas [[Órcadas]] em 1693 e dois encalhados na Holanda em 1598 e 1601.<ref name="Artedi 1730">{{citar livro|último1=Artedi |primeiro1=Peter |título=Genera piscium : in quibus systema totum ichthyologiae proponitur cum classibus, ordinibus, generum characteribus, specierum differentiis, observationibus plurimis : redactis speciebus 242 ad genera 52 : Ichthyologiae pars III. |data=1730 |local=Greifswald|editora=Impensis Ant. Ferdin. Röse |páginas=[https://archive.org/details/petriartedisueci03arte/page/553 553]–555 |url=https://archive.org/details/petriartedisueci03arte |língua=la}}</ref> [[Carlos Lineu]], descritor da espécie em 1758 em sua obra ''Systema Naturae'', descreve quatro espécies do gênero:<ref>{{Citar livro|sobrenome=Lineu|nome=Carlos|título=Systema naturae per regna tria naturae, secundum classes, ordines, genera, species, cum characteribus, differentiis, synonymis, locis, t. I|local=Estocolmo|editora=Laurentii Salvii|ano=1758|edição=10.ª|página=76–77}}</ref> ''P. catodon'', ''P. macrocephalus'', ''P. microps'' e ''P. tursio''. Com base em um estudo de 1836 de [[Frédéric Cuvier]] seguido por todos os cetólogos, as quatro espécies foram reduzidas a uma única, mas permaneceu da descrição original uma ambiguidade à nomenclatura das espécies, ''P. macrocephalus'' e ''P catodon'', que era usados ​​por Lineu ​​de forma intercambiável. A espécie era inicialmente conhecida como ''P. catodon'', até que Husson e Holthuis em 1974 propuseram como o nome correto era ''P. macrocephalus'',<ref>{{Citar periódico|sobrenome=Husson|nome=A. M.|sobrenome2=Holthuis|nome2=L. B.|título=Physeter macrocephalus Linnaeus, 1758, the valid name for the sperm whale|jornal=Zoologische Mededelingen|volume=48|ano=1974|páginas=205–217}}</ref> o segundo nome originalmente descrito no gênero ''Physeter'' por Lineu junto com ''P. catodon'', com base no fato de que os dois nomes são sinônimos publicados simultaneamente, devendo ser aplicado o [[princípio do primeiro revisor]] do [[Código Internacional de Nomenclatura Zoológica|CINZ]], levando neste caso à escolha de ''P. macrocephalus'', opinião repetida por Holthuis em 1987.<ref >{{Citar periódico|sobrenome=Holthuis|nome=L. B.|título=The scientific name of the sperm whale|jornal=Marine Mammal Science|volume=3|número=1|ano=1987|páginas=87–89}}</ref> A maioria dos autores seguiu esse conclusão, embora Schevill (em 1986 e 1987) argumentou que ''P. macrocephalus'' havia sido publicado com uma descrição imprecisa e, portanto, apenas ''P. catodon'' poderia ser considerado válido, tornando inaplicável o princípio do "primeiro revisor".<ref>{{citar periódico|sobrenome=Schevill|nome=W. E.|título=The International Code of Zoological Nomenclature and a paradigm: the name Physeter catodon Linnaeus 1758|periódico=Marine Mammal Science|volume=2|número=2|ano=1986|páginas=153–157}}</ref><ref>{{Citar periódico|sobrenome=Schevill|nome=W. E.|título=Reply to L.B. Holthuis "The scientific name of the sperm whale"|jornal=Marine Mammal Science|volume=3|número=1|ano=1987|páginas=89–90}}</ref> A versão mais recente do ITIS alterou seu uso de ''P. catodon'' para ''P. macrocephalus'',<ref>{{citar web|url=https://www.itis.gov/servlet/SingleRpt/SingleRpt?search_topic=TSN&search_value=180489|título=ITIS Standard Report Page: ''Physeter catodon''|acessodata=19 de janeiro de 2015}}</ref> seguindo L. B. Holthuis e discussões mais recentes (2008) com especialistas relevantes.<ref>{{citar periódico|autor1=Husson A.M. |autor2=Holthuis L.B. |ano=1974 |título=''Physeter macrocephalus'' Linnaeus, 1758, the valid name for the sperm whale |url=http://www.repository.naturalis.nl/record/318605 |periódico=Zoologische Mededelingen |volume=48 |páginas=205–217 }}</ref> Além disso, o [[Comitê de Taxonomia da Sociedade para Mamíferos Marinhos]], a maior associação internacional de cientistas de mamíferos marinhos do mundo, usa oficialmente ''Physeter macrocephalus'' ao publicar sua lista definitiva de espécies de mamíferos marinhos.<ref>{{citar web|título=List of Marine Mammal Species and Subspecies|url=https://www.marinemammalscience.org/species-information/list-marine-mammal-species-subspecies/|website=marinemammalscience.org|acessodata=25 de maio de 2017}}</ref>
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Embora os dados fósseis sejam pobres,<ref name=Fordyce>{{Citar periódico|sobrenome=Fordyce|nome=R. E.|sobrenome2=Barnes|nome2=L. G.|título=The Evolutionary History of Whales and Dolphins|jornal=Annual Review of Earth and Planetary Sciences|volume=22|mês=maio|ano=1994|páginas=419–455|doi=10.1146/annurev.ea.22.050194.002223}}</ref> vários gêneros extintos foram atribuídos à superfamília perfeitamente monofilética dos fiseteroídeos, que inclui o último ancestral comum do cachalote moderno, do cachalote-pigmeu e do cachalote-anão, e todos os descendentes desse ancestral. ''[[Ferecetotherium]]'', encontrado no [[Azerbaijão]] e datado do [[Oligoceno]] (cerca de 28 a 23 milhões de anos atrás), é o fóssil mais primitivo encontrado que possui características específicas do esperma, como um rostro assimétrico.<ref name=Mcchdlidze>{{Citar livro|sobrenome=Mchedlidze|nome=Guram Andreevich|capítulo=Sperm Whales, Evolution|editor1=Perrin, William F.|editor2=Würsig, Bernd G.|editor3=Thewissen, J. G. M.|título=Encyclopedia of Marine Mammals|local=Burlington|editora=Academic Press|ano=2009|edição=2.ª|isbn=978-0-12-373553-9|páginas=1097–1098}}</ref> A maioria dos cachalotes fósseis datam do período [[Mioceno]], de 23 a 5 milhões de anos atrás. ''[[Diaphorocetus]]'', da [[Argentina]], foi datado do Mioceno Inferior. Fósseis do Mioceno Médio incluem ''[[Aulophyseter]]'', ''[[Idiorophus]]'' e ''[[Orycterocetus]]'', todos encontrados na costa oeste dos [[Estados Unidos]], ''[[Livyatan melvillei]]'' encontrado em 2010 mais ao sul no [[Peru]], e ''[[Scaldicetus]]'' que foi encontrado na [[Europa]] e [[Japão]]<ref name=Mcchdlidze /><ref name=Hirota>{{Citar periódico|sobrenome=Hirota|nome=K.|sobrenome2=Barnes|nome2=L. G.|título=A new species of Middle Miocene sperm whale of the genus Scaldicetus (Cetacea; Physeteridae) from Shiga-mura, Japan|jornal=Island Arc|volume=3|número=4|data=5 de abril de 2006|páginas=453–472| doi=10.1111/j.1440-1738.1994.tb00125.x}}</ref> Fósseis de ''[[Orycterocetus]]'' também foram encontrados no Oceano Atlântico Norte e no Mar Mediterrâneo, além da costa oeste dos Estados Unidos.<ref>{{Citar periódico|sobrenome=Bianucci|nome=Giovanni|sobrenome2=Landini|nome2=Walter|sobrenome3=Varola|nome3=Angelo|título=First discovery of the Miocene northern Atlantic sperm whale Orycterocetus in the Mediterranean|jornal=Geobios|volume=37|número=5|mês=setembro-outubro|ano=2004|páginas=569–573|doi=10.1016/j.geobios.2003.05.004}}</ref> ''[[Placoziphius]]'', encontrado na Europa, e ''[[Acrophyseter]]'' no Peru, são datados do final do Mioceno.<ref name=Mcchdlidze /><ref>{{Citar periódico|sobrenome=Lambert|nome=Oliver|sobrenome2=Bianucci|nome2=Giovanni|sobrenome3=Muizon|nome3=Christian de|título=A new stem-sperm whale (Cetacea, Odontoceti, Physeteroidea) from the Latest Miocene of Peru|jornal=Comptes Rendus Palevol|volume=7|número=6|ano=2008|páginas=361–369|doi=10.1016/j.crpv.2008.06.002}}</ref>
Embora os dados fósseis sejam pobres,<ref name=Fordyce>{{Citar periódico|sobrenome=Fordyce|nome=R. E.|sobrenome2=Barnes|nome2=L. G.|título=The Evolutionary History of Whales and Dolphins|jornal=Annual Review of Earth and Planetary Sciences|volume=22|mês=maio|ano=1994|páginas=419–455|doi=10.1146/annurev.ea.22.050194.002223}}</ref> vários gêneros extintos foram atribuídos à superfamília perfeitamente monofilética dos fiseteroídeos, que inclui o último ancestral comum do cachalote moderno, do cachalote-pigmeu e do cachalote-anão, e todos os descendentes desse ancestral. ''[[Ferecetotherium]]'', encontrado no [[Azerbaijão]] e datado do [[Oligoceno]] (cerca de 28 a 23 milhões de anos atrás), é o fóssil mais primitivo encontrado que possui características específicas do esperma, como um rostro assimétrico.<ref name=Mcchdlidze>{{Citar livro|sobrenome=Mchedlidze|nome=Guram Andreevich|capítulo=Sperm Whales, Evolution|editor1=Perrin, William F.|editor2=Würsig, Bernd G.|editor3=Thewissen, J. G. M.|título=Encyclopedia of Marine Mammals|local=Burlington|editora=Academic Press|ano=2009|edição=2.ª|isbn=978-0-12-373553-9|páginas=1097–1098}}</ref> A maioria dos cachalotes fósseis datam do período [[Mioceno]], de 23 a 5 milhões de anos atrás. ''[[Diaphorocetus]]'', da [[Argentina]], foi datado do Mioceno Inferior. Fósseis do Mioceno Médio incluem ''[[Aulophyseter]]'', ''[[Idiorophus]]'' e ''[[Orycterocetus]]'', todos encontrados na costa oeste dos [[Estados Unidos]], ''[[Livyatan melvillei]]'' encontrado em 2010 mais ao sul no [[Peru]], e ''[[Scaldicetus]]'' que foi encontrado na [[Europa]] e [[Japão]]<ref name=Mcchdlidze /><ref name=Hirota>{{Citar periódico|sobrenome=Hirota|nome=K.|sobrenome2=Barnes|nome2=L. G.|título=A new species of Middle Miocene sperm whale of the genus Scaldicetus (Cetacea; Physeteridae) from Shiga-mura, Japan|jornal=Island Arc|volume=3|número=4|data=5 de abril de 2006|páginas=453–472| doi=10.1111/j.1440-1738.1994.tb00125.x}}</ref> Fósseis de ''[[Orycterocetus]]'' também foram encontrados no Oceano Atlântico Norte e no Mar Mediterrâneo, além da costa oeste dos Estados Unidos.<ref>{{Citar periódico|sobrenome=Bianucci|nome=Giovanni|sobrenome2=Landini|nome2=Walter|sobrenome3=Varola|nome3=Angelo|título=First discovery of the Miocene northern Atlantic sperm whale Orycterocetus in the Mediterranean|jornal=Geobios|volume=37|número=5|mês=setembro-outubro|ano=2004|páginas=569–573|doi=10.1016/j.geobios.2003.05.004}}</ref> ''[[Placoziphius]]'', encontrado na Europa, e ''[[Acrophyseter]]'' no Peru, são datados do final do Mioceno.<ref name=Mcchdlidze /><ref>{{Citar periódico|sobrenome=Lambert|nome=Oliver|sobrenome2=Bianucci|nome2=Giovanni|sobrenome3=Muizon|nome3=Christian de|título=A new stem-sperm whale (Cetacea, Odontoceti, Physeteroidea) from the Latest Miocene of Peru|jornal=Comptes Rendus Palevol|volume=7|número=6|ano=2008|páginas=361–369|doi=10.1016/j.crpv.2008.06.002}}</ref>

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{{cladograma|1=
{{clado
|label1=[[Cetáceos]]
|1={{clado
|label1=[[Odontocetos]]
|1={{clado
|label1=[[Physeteroidea]]
|1={{clado
|1=Outros Physeteroidea'''†'''
|2={{clado
|label1=[[Cogiídeos]]
|1={{clado
|1=[[Cachalote-pigmeu]]
|2=[[Cachalote-anão]]
}}
|label2=[[Fiseterídeos]]
|2={{clado
|1=Outros fiseterídeos'''†'''
|2='''Cachalote'''
}}
}}
}}
|2={{clado
|1=[[golfinho-do-ganges]]
|2={{clado
|1={{clado
|1=[[Golfinho de água doce|Outros golfinhos de rio]]
|2=[[Delfinídeos|Golfinhos oceânicos]]
|3=[[Focenídeos|Botos]]
|4=[[Monodontídeos|Baleias árticas]]
}}
|2=[[Zifiídeos|Baleias de bico]]
}}
}}
}}
|2=[[Misticetos|Baleias de barba]]
}}
}}
| título = Árvore genealógica evolutiva dos cachalotes,<ref name=Nikaido /><br/>incluindo resumo simplificado de grupos extintos ('''†''')<ref name=Zygophyseter />
}}
-->


Os fósseis de cachalote diferem do cachalote moderno em particular pelo número de dentes, bem como pela forma do rosto e da mandíbula.<ref name=Mcchdlidze /> Por exemplo, ''Scaldicetus'' tem um rostro afilado.<ref name=Hirota /> Os gêneros do Oligoceno e início do Mioceno Médio, com a possível exceção de ''Aulophyseter'', tinham dentes na mandíbula superior. ''Acrophyseter'', do final do Mioceno, também tinha dentes nas mandíbulas superior e inferior e um focinho curto com uma mandíbula inferior curvada para cima (mandíbula). Essas diferenças anatômicas sugerem que as espécies fósseis não eram necessariamente caçadoras de águas profundas, como o cachalote moderno, mas que alguns gêneros comiam principalmente peixes.<ref name=Mcchdlidze /> ''[[Zygophyseter]]'', vivendo no meio ao final do Mioceno, tinha dentes em ambas as mandíbulas e parece ter sido adaptado para se alimentar de grandes presas, bem como a orca moderna.<ref name=Zygophyseter>{{Citar periódico|sobrenome=Bianucci|nome=Giovanni|sobrenome2=Landini|nome2=Walter|título=Killer sperm whale: a new basal physeteroid (Mammalia, Cetacea) from the Late Miocene of Italy|jornal=Zoological Journal of the Linnean Society, Wiley-Blackwell|volume=148|número= 1|mês=setembro|ano=2006|páginas=103-131|issn=1096-3642|oclc=01799617|doi=10.1111/J.1096-3642.2006.00228.X}}</ref>
Os fósseis de cachalote diferem do cachalote moderno em particular pelo número de dentes, bem como pela forma do rosto e da mandíbula.<ref name=Mcchdlidze /> Por exemplo, ''Scaldicetus'' tem um rostro afilado.<ref name=Hirota /> Os gêneros do Oligoceno e início do Mioceno Médio, com a possível exceção de ''Aulophyseter'', tinham dentes na mandíbula superior. ''Acrophyseter'', do final do Mioceno, também tinha dentes nas mandíbulas superior e inferior e um focinho curto com uma mandíbula inferior curvada para cima (mandíbula). Essas diferenças anatômicas sugerem que as espécies fósseis não eram necessariamente caçadoras de águas profundas, como o cachalote moderno, mas que alguns gêneros comiam principalmente peixes.<ref name=Mcchdlidze /> ''[[Zygophyseter]]'', vivendo no meio ao final do Mioceno, tinha dentes em ambas as mandíbulas e parece ter sido adaptado para se alimentar de grandes presas, bem como a orca moderna.<ref name=Zygophyseter>{{Citar periódico|sobrenome=Bianucci|nome=Giovanni|sobrenome2=Landini|nome2=Walter|título=Killer sperm whale: a new basal physeteroid (Mammalia, Cetacea) from the Late Miocene of Italy|jornal=Zoological Journal of the Linnean Society, Wiley-Blackwell|volume=148|número= 1|mês=setembro|ano=2006|páginas=103-131|issn=1096-3642|oclc=01799617|doi=10.1111/J.1096-3642.2006.00228.X}}</ref>


==== Filogenia ====
==== Filogenia ====

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{{Cladograma|alinhamento=right|título=Árvore filogenética do cachalote,<Ref name=Nikaido /><br />incluindo ramos simplificados de grupos extintos ({{extintotaxo}})<ref name=Zygophyseter/>|1={{clado
* [[Cetáceos]]
** [[Odontocetos]]
*** [[fiseteroides]]
**** Grupo-tronco dos fitosteroides {{extintotaxo}}
****
***** [[Cogiídeos]]
****** [[Cachalote-pigmeu]]
****** [[Cachalote-anão]]
***** [[Fiseterídeos]]
****** '''Cachalote'''
****** Outros fiseterídeos {{extintotaxo}}
***
**** [[Golfinho-do-ganges]]
****
*****
****** [[Golfinho fluvial]]<br /><small>&nbsp;sem o golfinho-do-ganges</small>
****** [[Delfinídeos|Golfinhos e orcas]]
****** [[Focenídeos|Botos]]
****** [[Monodontidae|Beluga e narval]]
***** [[Zifiídeos|Baleias de bico]]
** [[Misticetos|Baleias de barbatana]]
}}}}
-->
A teoria mais aceita afirma que os [[misticetos]] (baleias de barbatanas) e odontocetos (baleias dentadas) derivam de baleias primitivas do início do Oligoceno, e que a superfamília dos fisteroídeos divergiu de outras baleias dentadas pouco depois, há mais de 23 milhões de anos.<ref name=Fordyce /><ref name=Mcchdlidze /> Realizadas entre 1993 e 1996, análises moleculares filogenéticas sugeriram que os cachalotes estão mais relacionados com as baleias de barbatanas do que com outras baleias dentadas, o que significaria que a subordem dos odontocetos não era monofilética, ou seja, não era um grupo de espécies que compreendem uma baleia dentada ancestral e todos os seus descendentes.<Ref name=Nikaido>{{Citar periódico|sobrenome=Nikaido|nome=M.|sobrenome2=Matsuno|nome2=F.|sobrenome3=Hamilton|nome3=H.|sobrenome4=Brownwell|nome4=R.|sobrenome5=Cao|nome5=Y.|sobrenome6=Ding|nome6=W.|sobrenome7=Zuouan|nome7=Z.|sobrenome8=Shedlock|nome8=A.|sobrenome9=Fordyce|nome9=R. E.|sobrenome10=Hasegawa|nome10=M.|sobrenome11=Okada|nome11=N.|título=Retroposon analysis of major cetacean lineages: The monophyly of toothed whales and the paraphyly of river dolphins|jornal=Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America|volume=98|número=13|data=19 de junho de 2001|páginas=7384–7389|doi=10.1073/pnas.121139198}}</ref><ref>{{Citar periódico|sobrenome=Milinkovitch|nome=Michel C.|sobrenome2=Orti|nome2=Guillermo|sobrenome3=Meyer|nome3=Axel|título=Revised phylogeny of whales suggested by mitochondrial ribosomal DNA sequences|jornal=Nature|volume=361|número=6410|ano=1993|páginas=346–348|doi=10.1038/361346a0}}</ref> No entanto, estudos subsequentes de anatomia comparada e filogenia molecular usando um conjunto maior de caracteres morfológicos e marcadores moleculares contestaram esses resultados por motivos técnicos (enraizamento de árvores e alinhamentos usados) e concluíram que os odontocetos eram monofiléticos.<ref>{{Citar periódico|sobrenome=Heyning|nome=J.|título=Sperm Whale Phylogeny Revisited: Analysis of the Morphological Evidence|jornal=Marine Mammal Science|volume=13|número=4|data=23 de agosto de 2006|página=596–613|doi=10.1111/j.1748-7692.1997.tb00086.x}}</ref><ref>{{Citar periódico|sobrenome=McGowen|nome=Michael R.|sobrenome2=Spaulding|nome2=Michelle|sobrenome3=Gatesy|nome3=John|título=Divergence date estimation and a comprehensive molecular tree of extant cetaceans|jornal=Molecular Phylogenetics and Evolution|volume=53|número=3|ano=2009|páginas=891–906|doi=10.1016/j.ympev.2009.08.018}}</ref><ref>{{Citar livro|sobrenome=Whitehead|nome=Hal|título=Sperm Whales Social Evolution in the Ocean|local=Chicago|editora=Imprensa da Universidade de Chicago|ano=2003|isbn=0-226-89518-1|página=2–3}}</ref>
A teoria mais aceita afirma que os [[misticetos]] (baleias de barbatanas) e odontocetos (baleias dentadas) derivam de baleias primitivas do início do Oligoceno, e que a superfamília dos fisteroídeos divergiu de outras baleias dentadas pouco depois, há mais de 23 milhões de anos.<ref name=Fordyce /><ref name=Mcchdlidze /> Realizadas entre 1993 e 1996, análises moleculares filogenéticas sugeriram que os cachalotes estão mais relacionados com as baleias de barbatanas do que com outras baleias dentadas, o que significaria que a subordem dos odontocetos não era monofilética, ou seja, não era um grupo de espécies que compreendem uma baleia dentada ancestral e todos os seus descendentes.<Ref name=Nikaido>{{Citar periódico|sobrenome=Nikaido|nome=M.|sobrenome2=Matsuno|nome2=F.|sobrenome3=Hamilton|nome3=H.|sobrenome4=Brownwell|nome4=R.|sobrenome5=Cao|nome5=Y.|sobrenome6=Ding|nome6=W.|sobrenome7=Zuouan|nome7=Z.|sobrenome8=Shedlock|nome8=A.|sobrenome9=Fordyce|nome9=R. E.|sobrenome10=Hasegawa|nome10=M.|sobrenome11=Okada|nome11=N.|título=Retroposon analysis of major cetacean lineages: The monophyly of toothed whales and the paraphyly of river dolphins|jornal=Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America|volume=98|número=13|data=19 de junho de 2001|páginas=7384–7389|doi=10.1073/pnas.121139198}}</ref><ref>{{Citar periódico|sobrenome=Milinkovitch|nome=Michel C.|sobrenome2=Orti|nome2=Guillermo|sobrenome3=Meyer|nome3=Axel|título=Revised phylogeny of whales suggested by mitochondrial ribosomal DNA sequences|jornal=Nature|volume=361|número=6410|ano=1993|páginas=346–348|doi=10.1038/361346a0}}</ref> No entanto, estudos subsequentes de anatomia comparada e filogenia molecular usando um conjunto maior de caracteres morfológicos e marcadores moleculares contestaram esses resultados por motivos técnicos (enraizamento de árvores e alinhamentos usados) e concluíram que os odontocetos eram monofiléticos.<ref>{{Citar periódico|sobrenome=Heyning|nome=J.|título=Sperm Whale Phylogeny Revisited: Analysis of the Morphological Evidence|jornal=Marine Mammal Science|volume=13|número=4|data=23 de agosto de 2006|página=596–613|doi=10.1111/j.1748-7692.1997.tb00086.x}}</ref><ref>{{Citar periódico|sobrenome=McGowen|nome=Michael R.|sobrenome2=Spaulding|nome2=Michelle|sobrenome3=Gatesy|nome3=John|título=Divergence date estimation and a comprehensive molecular tree of extant cetaceans|jornal=Molecular Phylogenetics and Evolution|volume=53|número=3|ano=2009|páginas=891–906|doi=10.1016/j.ympev.2009.08.018}}</ref><ref>{{Citar livro|sobrenome=Whitehead|nome=Hal|título=Sperm Whales Social Evolution in the Ocean|local=Chicago|editora=Imprensa da Universidade de Chicago|ano=2003|isbn=0-226-89518-1|página=2–3}}</ref>


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[[imagem:Sperm whale male and female size.svg|miniaturadaimagem|315px|Comparação de um adulto macho e fêmea com um mergulhador]]
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Com alguns machos adultos medindo até 20,5 metros de comprimento e pesando 80 toneladas (79 toneladas longas; 88 toneladas curtas), o cachalote é a maior das baleias dentadas.<ref name = "Wood">{{citar livro|autor= Wood, Gerald | url = https://archive.org/details/guinnessbookofan00wood/page/256 |título= The Guinness Book of Animal Facts and Feats |local=Londres|editora=Guinness Superlatives Limited|ano= 1983 |página= 256| isbn = 978-0-85112-235-9}}</ref><ref name=Carwardine>{{citar livro|título=The Guinness book of Animal records|último=Carwardine, Mark.|data=1995|publicado=Guinness Publishing|isbn=978-0851126586|local=Enfield|oclc=60244977}}</ref><ref name=McClain>{{citar periódico|último1=McClain|primeiro1=Craig R.|último2=Balk|primeiro2=Meghan A.|último3=Benfield|primeiro3=Mark C.|último4=Branch|primeiro4=Trevor A.|último5=Chen|primeiro5=Catherine|último6=Cosgrove|primeiro6=James|último7=Dove|primeiro7=Alistair D.M.|último8=Gaskins|primeiro8=Leo C.|último9=Helm|primeiro9=Rebecca R.|data=2015-01-13|título=Sizing ocean giants: patterns of intraspecific size variation in marine megafauna|periódico=PeerJ|língua=en|volume=3|páginas=e715|doi=10.7717/peerj.715|issn=2167-8359|pmc=4304853|pmid=25649000}}</ref><ref name=Whitehead>{{Citar livro|sobrenome=Whitehead|nome=Hal|editor1=Perrin, William F.|editor2=Würsig, Bernd G.|editor3=Thewissen, J. G. M.|título=Encyclopedia of Marine Mammals|local=Burlington|editora=Academic Press|ano=2009|edição=2.ª|isbn=978-0-12-373553-9|páginas=1414}}</ref> A título de comparação, as segundas maiores baleias dentadas, a ''[[Berardius]]'', medem 12,8 metros para uma massa de até "apenas" 15 toneladas.<Ref name=Shirihai21-24>{{Citar livro|sobrenome=Shirihai|nome=Hadoram|sobrenome2=Jarrett|nome2=Brett|título=Whales Dolphins and Other Marine Mammals of the World|local=Princeton|editora= Imprensa da Universidade de Princeton|ano=2006|página=21–24|isbn=978-0-691-12756-9}}</ref> O [[dimorfismo sexual]] na espécie é um dos mais marcantes entre todos os cetáceos. Ao nascer, os representantes de ambos os sexos têm aproximadamente o mesmo tamanho,<Ref name=Shirihai21-24 /> mas os machos adultos são geralmente 30% a 50% mais longos e até três vezes mais pesados.<ref name=Whitehead /> De fato, as fêmeas pesam em média 14 toneladas por 11 metros de comprimento, enquanto os machos também pesam, em média, 41 toneladas por 16 metros de comprimento.<Ref name=Shirihai21-24 /> Cachalotes recém-nascidos geralmente têm entre 3,7 e 4,3 metros (12 a 14 pés) de comprimento.<ref>{{citar periódico|último1=Ruelas-Inzunza|primeiro1=J|último2=Páez-Osuna|primeiro2=F|data=setembro de 2002|título=Distribution of Cd, Cu, Fe, Mn, Pb and Zn in selected tissues of juvenile whales stranded in the SE Gulf of California (Mexico)|periódico=Environment International|volume=28|número=4|páginas=325–329|doi=10.1016/s0160-4120(02)00041-7|pmid=12220119|issn=0160-4120}}</ref> As cachalotes fêmeas são fisicamente maduras em cerca de 10,6 a 11 metros (35 a 36 pés) de comprimento e geralmente não crescem muito mais do que cerca de 12 metros (39 pés). Cachalotes machos são fisicamente maduros em cerca de 16 metros (52 pés) de comprimento e geralmente atingindo um máximo de cerca de 18 a 19 metros (59 a 62 pés).<ref>{{citar enciclopédia|último=Whitehead|primeiro=Hal|título=Sperm Whale: Physeter macrocephalus|capítulo=Sperm Whale|ano=2018 |enciclopédia=Encyclopedia of Marine Mammals|páginas=919–925|publicado=Elsevier|língua=en|doi=10.1016/b978-0-12-804327-1.00242-9|isbn=978-0-12-804327-1 }}</ref><ref>{{citar periódico|último1=Perry|primeiro1=Simona L.|url=https://spo.nmfs.noaa.gov/sites/default/files/pdf-content/mfr6117.pdf|título=The Great Whales: History and Status of Six Species Listed as Endangered Under the U.S. Endangered Species Act of 1973|último2=DeMaster|primeiro2=Douglas P.|último3=Silber|primeiro3=Gregory K.|obra=Marine Fisheries Review|publicado=NMFS Publications Office|ano=1999|páginas=1–74|issn=0090-1830}}</ref><ref name=":0">{{citar livro|último=Ellis|primeiro=Richard|url=https://archive.org/details/greatspermwhalen0000elli/page/432|título=The Great Sperm Whale: A Natural History of the Ocean's Most Magnificent and Mysterious Creature|publicado=University Press of Kansas|ano=2011|isbn=978-0-7006-1772-2|series=Zoology|volume=179|local=USA|página=[https://archive.org/details/greatspermwhalen0000elli/page/432 432]|zbl=0945.14001}}</ref>
Com alguns machos adultos medindo até 20,5 metros de comprimento e pesando 80 toneladas (79 toneladas longas; 88 toneladas curtas), o cachalote é a maior das baleias dentadas.<ref name = "Wood">{{citar livro|autor= Wood, Gerald | url = https://archive.org/details/guinnessbookofan00wood/page/256 |título= The Guinness Book of Animal Facts and Feats |local=Londres|editora=Guinness Superlatives Limited|ano= 1983 |página= 256| isbn = 978-0-85112-235-9}}</ref><ref name=Carwardine>{{citar livro|título=The Guinness book of Animal records|último=Carwardine, Mark.|data=1995|publicado=Guinness Publishing|isbn=978-0851126586|local=Enfield|oclc=60244977}}</ref><ref name=McClain>{{citar periódico|último1=McClain|primeiro1=Craig R.|último2=Balk|primeiro2=Meghan A.|último3=Benfield|primeiro3=Mark C.|último4=Branch|primeiro4=Trevor A.|último5=Chen|primeiro5=Catherine|último6=Cosgrove|primeiro6=James|último7=Dove|primeiro7=Alistair D.M.|último8=Gaskins|primeiro8=Leo C.|último9=Helm|primeiro9=Rebecca R.|data=2015-01-13|título=Sizing ocean giants: patterns of intraspecific size variation in marine megafauna|periódico=PeerJ|língua=en|volume=3|páginas=e715|doi=10.7717/peerj.715|issn=2167-8359|pmc=4304853|pmid=25649000}}</ref><ref name=Whitehead>{{Citar livro|sobrenome=Whitehead|nome=Hal|editor1=Perrin, William F.|editor2=Würsig, Bernd G.|editor3=Thewissen, J. G. M.|título=Encyclopedia of Marine Mammals|local=Burlington|editora=Academic Press|ano=2009|edição=2.ª|isbn=978-0-12-373553-9|páginas=1414}}</ref> A título de comparação, as segundas maiores baleias dentadas, a ''[[Berardius]]'', medem 12,8 metros para uma massa de até "apenas" 15 toneladas.<Ref name=Shirihai21-24>{{Citar livro|sobrenome=Shirihai|nome=Hadoram|sobrenome2=Jarrett|nome2=Brett|título=Whales Dolphins and Other Marine Mammals of the World|local=Princeton|editora= Imprensa da Universidade de Princeton|ano=2006|página=21–24|isbn=978-0-691-12756-9}}</ref> O [[dimorfismo sexual]] na espécie é um dos mais marcantes entre todos os cetáceos. Ao nascer, os representantes de ambos os sexos têm aproximadamente o mesmo tamanho,<Ref name=Shirihai21-24 /> mas os machos adultos são geralmente 30% a 50% mais longos e até três vezes mais pesados.<ref name=Whitehead /> De fato, as fêmeas pesam em média 14 toneladas por 11 metros de comprimento, enquanto os machos também pesam, em média, 41 toneladas por 16 metros de comprimento.<Ref name=Shirihai21-24 /> Cachalotes recém-nascidos geralmente têm entre 3,7 e 4,3 metros (12 a 14 pés) de comprimento.<ref>{{citar periódico|último1=Ruelas-Inzunza|primeiro1=J|último2=Páez-Osuna|primeiro2=F|data=setembro de 2002|título=Distribution of Cd, Cu, Fe, Mn, Pb and Zn in selected tissues of juvenile whales stranded in the SE Gulf of California (Mexico)|periódico=Environment International|volume=28|número=4|páginas=325–329|doi=10.1016/s0160-4120(02)00041-7|pmid=12220119|issn=0160-4120}}</ref> Os cachalotes fêmeas são fisicamente maduras em cerca de 10,6 a 11 metros (35 a 36 pés) de comprimento e geralmente não crescem muito mais do que cerca de 12 metros (39 pés). Cachalotes machos são fisicamente maduros em cerca de 16 metros (52 pés) de comprimento e geralmente atingindo um máximo de cerca de 18 a 19 metros (59 a 62 pés).<ref>{{citar enciclopédia|último=Whitehead|primeiro=Hal|título=Sperm Whale: Physeter macrocephalus|capítulo=Sperm Whale|ano=2018 |enciclopédia=Encyclopedia of Marine Mammals|páginas=919–925|publicado=Elsevier|língua=en|doi=10.1016/b978-0-12-804327-1.00242-9|isbn=978-0-12-804327-1 }}</ref><ref>{{citar periódico|último1=Perry|primeiro1=Simona L.|url=https://spo.nmfs.noaa.gov/sites/default/files/pdf-content/mfr6117.pdf|título=The Great Whales: History and Status of Six Species Listed as Endangered Under the U.S. Endangered Species Act of 1973|último2=DeMaster|primeiro2=Douglas P.|último3=Silber|primeiro3=Gregory K.|obra=Marine Fisheries Review|publicado=NMFS Publications Office|ano=1999|páginas=1–74|issn=0090-1830}}</ref><ref name=":0">{{citar livro|último=Ellis|primeiro=Richard|url=https://archive.org/details/greatspermwhalen0000elli/page/432|título=The Great Sperm Whale: A Natural History of the Ocean's Most Magnificent and Mysterious Creature|publicado=University Press of Kansas|ano=2011|isbn=978-0-7006-1772-2|series=Zoology|volume=179|local=USA|página=[https://archive.org/details/greatspermwhalen0000elli/page/432 432]|zbl=0945.14001}}</ref>


Há relatos antigos de cachalotes se aproximando, atingindo ou excedendo 80 pés (24 metros) de comprimento, mas há discordância quanto à precisão dessas alegações que são frequentemente consideradas exageros ou medidas ao longo das curvas do corpo.<ref name="Wood" /><ref name="McClain" /> O espécime que se diz ter afundado o ''[[Essex (baleeiro)|Essex]]'' (um dos incidentes por trás da lenda de ''[[Moby Dick]]'') foi descrito como tendo 26 metros de comprimento.<ref name=":0" /><ref>{{Citar web|sobrenome=Tikkanen|nome=Amy|título=Essex|url=https://www.britannica.com/topic/Essex-whaling-ship|publicado=Britânica Online|ano=2017}}</ref> O [[Museu da Baleia de Nantucket]] possui uma mandíbula de 5,5 metros de comprimento, de um indivíduo medindo, por extrapolação, 24 metros de comprimento. Um maxilar de 5 metros (16 pés) de comprimento é mantido no [[Museu de História Natural Britânico]] e um maxilar de 4,7 metros (15 pés) de comprimento é mantido no [[Museu de História Natural da Universidade de Oxford]].<ref name="Wood" /> Em 1853, foi relatado um cachalote de 62 pés (19 metros) de comprimento com uma cabeça medindo 20 pés (6,1 metros).<ref>{{citar livro|título=Explanations and Sailing Directions to Accompany the Wind and Current Charts|autor=Maury, M.|página=297|ano=1853|publicado=C. Alexander|local=Washington|url=https://books.google.com/books?id=DH8TAAAAYAAJ&pg=PA313}}</ref>
Há relatos antigos de cachalotes se aproximando, atingindo ou excedendo 80 pés (24 metros) de comprimento, mas há discordância quanto à precisão dessas alegações que são frequentemente consideradas exageros ou medidas ao longo das curvas do corpo.<ref name="Wood" /><ref name="McClain" /> O espécime que se diz ter afundado o ''[[Essex (baleeiro)|Essex]]'' (um dos incidentes por trás da lenda de ''[[Moby Dick]]'') foi descrito como tendo 26 metros de comprimento.<ref name=":0" /><ref>{{Citar web|sobrenome=Tikkanen|nome=Amy|título=Essex|url=https://www.britannica.com/topic/Essex-whaling-ship|publicado=Britânica Online|ano=2017}}</ref> O [[Museu da Baleia de Nantucket]] possui uma mandíbula de 5,5 metros de comprimento, de um indivíduo medindo, por extrapolação, 24 metros de comprimento. Um maxilar de 5 metros (16 pés) de comprimento é mantido no [[Museu de História Natural Britânico]] e um maxilar de 4,7 metros (15 pés) de comprimento é mantido no [[Museu de História Natural da Universidade de Oxford]].<ref name="Wood" /> Em 1853, foi relatado um cachalote de 62 pés (19 metros) de comprimento com uma cabeça medindo 20 pés (6,1 metros).<ref>{{citar livro|título=Explanations and Sailing Directions to Accompany the Wind and Current Charts|autor=Maury, M.|página=297|ano=1853|publicado=C. Alexander|local=Washington|url=https://books.google.com/books?id=DH8TAAAAYAAJ&pg=PA313}}</ref>
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O maior animal pesado por inteiro era um cachalote que media 18 metros (59 pés) de comprimento e pesava 53 toneladas (52 toneladas longas; 58 toneladas curtas).<ref name="Wood" /> O maior cachalote pesava aos poucos tinha 18,1 metros (59 pés) de comprimento e pesava 57 toneladas (56 toneladas longas; 63 toneladas curtas).<ref name=Carwardine/> Um indivíduo medindo 20,7 metros (68 pés) foi relatado por uma frota baleeira soviética perto das [[ilhas Curilas]] em 1950 e é citado por alguns autores como o maior medido com precisão. Estima-se que pesava 80 toneladas (79 toneladas longas; 88 toneladas curtas).<ref name="Wood" /><ref name="Carwardine" /> Em uma revisão da variação de tamanho na megafauna marinha, McClain e colegas observaram que o maior macho registrado pela Comissão Baleeira Internacional tinha 24 metros (79 pés) em 1933, que apoiaram como o maior. No entanto, tamanhos como esses são raros, com 95% dos cachalotes registrados abaixo de 15,85 metros (52,0 pés).<ref name="McClain"/> A caça extensiva de baleias pode ter diminuído seu tamanho, pois os machos eram muito procurados, principalmente após a [[Segunda Guerra Mundial]].<ref name="SpermwhalesDotInfo">{{citar web|título=Sperm Whale|url=http://www.spermwhales.info|arquivourl=https://web.archive.org/web/20070220113910/http://www.spermwhales.info/ |arquivodata=2007-02-20}}</ref> Hoje, os machos geralmente não excedem 18,3 metros (60 pés) de comprimento ou 51 toneladas (50 toneladas longas; 56 toneladas curtas) de peso.<Ref name=Shirihai21-24 /> Outra visão sustenta que a exploração por sobrepeso praticamente não teve efeito sobre o tamanho dos cachalotes, e seu tamanho pode ter aumentado nos tempos atuais com base nos efeitos dependentes da densidade.<ref>{{citar periódico|último= Kasuya|primeiro= Toshio|título=Density dependent growth in North Pacific sperm whales |periódico= Marine Mammal Science| volume = 7|número= 3|páginas= 230–257|publicado= Wiley|local= USA|data=julho de 1991| doi = 10.1111/j.1748-7692.1991.tb00100.x}}</ref> Velhos machos capturados nas [[ilhas Solander]] foram registrados como extremamente grandes e extraordinariamente ricos em gordura.<ref>{{citation |url=http://docs.niwa.co.nz/library/public/NIWAis76.pdf |título=Sperm whaling on the Solanders Grounds and in Fiordland – A maritime historian's perspective |último=Richards |primeiro=Rhys |obra=NIWA |series=NIWA Information Series No. 76 |issn=1174-264X}}</ref>
O maior animal pesado por inteiro era um cachalote que media 18 metros (59 pés) de comprimento e pesava 53 toneladas (52 toneladas longas; 58 toneladas curtas).<ref name="Wood" /> O maior cachalote pesava aos poucos tinha 18,1 metros (59 pés) de comprimento e pesava 57 toneladas (56 toneladas longas; 63 toneladas curtas).<ref name=Carwardine/> Um indivíduo medindo 20,7 metros (68 pés) foi relatado por uma frota baleeira soviética perto das [[ilhas Curilas]] em 1950 e é citado por alguns autores como o maior medido com precisão. Estima-se que pesava 80 toneladas (79 toneladas longas; 88 toneladas curtas).<ref name="Wood" /><ref name="Carwardine" /> Em uma revisão da variação de tamanho na megafauna marinha, McClain e colegas observaram que o maior macho registrado pela Comissão Baleeira Internacional tinha 24 metros (79 pés) em 1933, que apoiaram como o maior. No entanto, tamanhos como esses são raros, com 95% dos cachalotes registrados abaixo de 15,85 metros (52,0 pés).<ref name="McClain"/> A caça extensiva de baleias pode ter diminuído seu tamanho, pois os machos eram muito procurados, principalmente após a [[Segunda Guerra Mundial]].<ref name="SpermwhalesDotInfo">{{citar web|título=Sperm Whale|url=http://www.spermwhales.info|arquivourl=https://web.archive.org/web/20070220113910/http://www.spermwhales.info/ |arquivodata=2007-02-20}}</ref> Hoje, os machos geralmente não excedem 18,3 metros (60 pés) de comprimento ou 51 toneladas (50 toneladas longas; 56 toneladas curtas) de peso.<Ref name=Shirihai21-24 /> Outra visão sustenta que a exploração por sobrepeso praticamente não teve efeito sobre o tamanho dos cachalotes, e seu tamanho pode ter aumentado nos tempos atuais com base nos efeitos dependentes da densidade.<ref>{{citar periódico|último= Kasuya|primeiro= Toshio|título=Density dependent growth in North Pacific sperm whales |periódico= Marine Mammal Science| volume = 7|número= 3|páginas= 230–257|publicado= Wiley|local= USA|data=julho de 1991| doi = 10.1111/j.1748-7692.1991.tb00100.x}}</ref> Velhos machos capturados nas [[ilhas Solander]] foram registrados como extremamente grandes e extraordinariamente ricos em gordura.<ref>{{citation |url=http://docs.niwa.co.nz/library/public/NIWAis76.pdf |título=Sperm whaling on the Solanders Grounds and in Fiordland – A maritime historian's perspective |último=Richards |primeiro=Rhys |obra=NIWA |series=NIWA Information Series No. 76 |issn=1174-264X}}</ref>


É improvável que o corpo único do cachalote seja confundido com qualquer outra espécie. A forma distinta do cachalote vem de sua cabeça muito grande em forma de bloco, que pode ter de um quarto a um terço do comprimento do animal. O espiráculo em forma de S está localizado muito perto da frente da cabeça e deslocado para a esquerda da baleia.<ref name="encyc">{{citar livro|autor=Whitehead, H.|ano=2002|capítulo=Sperm whale ''Physeter macrocephalus''|páginas=[https://archive.org/details/encyclopediaofma2002unse/page/1165 1165–1172]|editor=Perrin, W.|editor2=Würsig B.|editor3=[[Hans Thewissen|Thewissen]], J.|título=Encyclopedia of Marine Mammals|local=Burlington|publicado=Academic Press|isbn=978-0-12-551340-1|capítulourl=https://archive.org/details/encyclopediaofma2002unse/page/1165}}</ref> Os lóbulos da causa da cachalote são triangulares e muito grossos. Proporcionalmente, são maiores do que qualquer outro cetáceo e são muito flexíveis.<ref>{{Citar livro|sobrenome=Gordon|nome=Jonathan|ano=1998|título=Sperm Whales|editora=Voyageur|local=Mineápolis|página=14|isbn=0-89658-398-8}}</ref> A baleia levanta suas barbatanas para fora da água quando começa um mergulho de alimentação.<ref name="encyc" /> Tem uma série de cumes no terço caudal das costas em vez de uma barbatana dorsal. A maior crista foi chamada de 'corcunda' pelos baleeiros, e pode ser confundida com uma barbatana dorsal devido à sua forma e tamanho.<Ref name=Shirihai21-24 /> Em contraste com a pele lisa da maioria das baleias grandes, sua pele traseira é geralmente enrugada e tem sido comparada a uma ameixa seca por entusiastas da observação de baleias.<ref name="prune">{{citar livro|autor=Carwardine, Mark |título=On the Trail of the Whale |capítulo=1|publicado=Thunder Bay Publishing Co.|local=Guildford|ano=1994 | isbn=978-1-899074-00-6 | url=https://archive.org/details/ontrailofwhale0000carw }}</ref> Albinos foram relatados.<ref name="audubon">{{citar livro|título=Guide to Marine Mammals of the World|autor=Reeves, R.|autor2=Stewart, B.|autor3=Clapham, P.|autor4=Powell, J.|name-list-style=amp|páginas=[https://archive.org/details/guidetomarinemam00folk/page/240 240–243]|ano=2003|isbn=978-0-375-41141-0|publicado=A.A. Knopf|local=Nova Iorque|url=https://archive.org/details/guidetomarinemam00folk/page/240}}</ref><ref>{{citar web|título=Sperm Whale (''Physeter macrocephalus''): Species Accounts|url=http://animals.jrank.org/pages/3164/Sperm-Whales-Physeteridae-SPERM-WHALE-Physeter-macrocephalus-SPECIES-ACCOUNTS.html|acessodata=2008-10-12}}</ref><ref>{{citar web|título=Offshore Cetacean Species|url=http://www.coreresearch.org/education/offshorespecies.htm|publicado=CORE|acessodata=2008-10-12|urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080516101558/http://www.coreresearch.org/education/offshorespecies.htm|arquivodata=16 de maio de 2008}}</ref>
É improvável que o corpo único do cachalote seja confundido com qualquer outra espécie. A forma distinta do cachalote vem de sua cabeça muito grande em forma de bloco, que pode ter de um quarto a um terço do comprimento do animal. O espiráculo em forma de S está localizado muito perto da frente da cabeça e deslocado para a esquerda da baleia.<ref name="encyc">{{citar livro|autor=Whitehead, H.|ano=2002|capítulo=Sperm whale ''Physeter macrocephalus''|páginas=[https://archive.org/details/encyclopediaofma2002unse/page/1165 1165–1172]|editor=Perrin, W.|editor2=Würsig B.|editor3=[[Hans Thewissen|Thewissen]], J.|título=Encyclopedia of Marine Mammals|local=Burlington|publicado=Academic Press|isbn=978-0-12-551340-1|capítulourl=https://archive.org/details/encyclopediaofma2002unse/page/1165}}</ref> Os lóbulos da cauda do cachalote são triangulares e muito grossos. Proporcionalmente, são maiores do que qualquer outro cetáceo e são muito flexíveis.<ref>{{Citar livro|sobrenome=Gordon|nome=Jonathan|ano=1998|título=Sperm Whales|editora=Voyageur|local=Mineápolis|página=14|isbn=0-89658-398-8}}</ref> A baleia levanta suas barbatanas para fora da água quando começa um mergulho de alimentação.<ref name="encyc" /> Tem uma série de cumes no terço caudal das costas em vez de uma barbatana dorsal. A maior crista foi chamada de 'corcunda' pelos baleeiros, e pode ser confundida com uma barbatana dorsal devido à sua forma e tamanho.<Ref name=Shirihai21-24 /> Em contraste com a pele lisa da maioria das baleias grandes, sua pele traseira é geralmente enrugada e tem sido comparada a uma ameixa seca por entusiastas da observação de baleias.<ref name="prune">{{citar livro|autor=Carwardine, Mark |título=On the Trail of the Whale |capítulo=1|publicado=Thunder Bay Publishing Co.|local=Guildford|ano=1994 | isbn=978-1-899074-00-6 | url=https://archive.org/details/ontrailofwhale0000carw }}</ref> Albinos foram relatados.<ref name="audubon">{{citar livro|título=Guide to Marine Mammals of the World|autor=Reeves, R.|autor2=Stewart, B.|autor3=Clapham, P.|autor4=Powell, J.|name-list-style=amp|páginas=[https://archive.org/details/guidetomarinemam00folk/page/240 240–243]|ano=2003|isbn=978-0-375-41141-0|publicado=A.A. Knopf|local=Nova Iorque|url=https://archive.org/details/guidetomarinemam00folk/page/240}}</ref><ref>{{citar web|título=Sperm Whale (''Physeter macrocephalus''): Species Accounts|url=http://animals.jrank.org/pages/3164/Sperm-Whales-Physeteridae-SPERM-WHALE-Physeter-macrocephalus-SPECIES-ACCOUNTS.html|acessodata=2008-10-12}}</ref><ref>{{citar web|título=Offshore Cetacean Species|url=http://www.coreresearch.org/education/offshorespecies.htm|publicado=CORE|acessodata=2008-10-12|urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080516101558/http://www.coreresearch.org/education/offshorespecies.htm|arquivodata=16 de maio de 2008}}</ref>


=== Esqueleto ===
=== Esqueleto ===
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=== Sentidos ===
=== Sentidos ===


==== Órgão do espermacite e melão ====
==== Órgão do espermacete e melão ====


[[imagem:Sperm whale head anatomy (transverse + sagittal).svg|miniaturadaimagem|Anatomia da cabeça do cachalote; os órgãos acima da mandíbula são dedicados à geração de som]]
[[imagem:Sperm whale head anatomy (transverse + sagittal).svg|miniaturadaimagem|Anatomia da cabeça do cachalote; os órgãos acima da mandíbula são dedicados à geração de som]]
[[imagem:Sperm whale phonic lips (NASA).jpg|miniaturadaimagem|Lábios fônicos]]
[[imagem:Sperm whale phonic lips (NASA).jpg|miniaturadaimagem|Lábios fônicos]]
[[imagem:Sperm whale exposed frontal sac.jpg|O saco frontal, exposto; Sua superfície é coberta com protuberâncias cheios de fluido]]
[[imagem:Sperm whale exposed frontal sac.jpg|miniaturadaimagem|O saco frontal, exposto; Sua superfície é coberta com protuberâncias cheias de fluido]]


No topo do crânio da baleia está posicionado um grande complexo de órgãos preenchidos com uma mistura líquida de gorduras e ceras chamada [[espermacete]]. O objetivo deste complexo é gerar sons de clique poderosos e focados, cuja existência foi comprovada por [[Valentine Worthington]] e [[William Schevill]] quando uma gravação foi produzida em um navio de pesquisa em maio de 1959.<ref name=":1">{{Cite journal|last1=WORTHINGTON|first1=L. V.|last2=SCHEVILL|first2=WILLIAM E.|date=August 1957|title=Underwater Sounds heard from Sperm Whales|url=http://dx.doi.org/10.1038/180291a0|journal=Nature|volume=180|issue=4580|pages=291|doi=10.1038/180291a0|bibcode=1957Natur.180..291W|s2cid=4173897|issn=0028-0836}}</ref> O cachalote usa esses sons para ecolocalização e comunicação.<ref name="Obaldia2015Estimating">{{cite journal | author = de Obaldia, C. | author2 = Simkus, G. | author3 = Zölzer, U. | name-list-style = amp | title = Estimating the number of sperm whale (''Physeter macrocephalus'') individuals based on grouping of corresponding clicks | journal = 41. Jahrestagung für Akustik (DAGA 2015), Nürnberg | year = 2015 | doi = 10.13140/RG.2.1.3764.9765 | url= https://www.researchgate.net/publication/277009691}}</ref><ref name="Cranford2000ImpulseSoundSources">{{cite book|author=Cranford, T.W.|year=2000|chapter=In Search of Impulse Sound Sources in Odontocetes|title=Hearing by Whales and Dolphins (Springer Handbook of Auditory Research series)|editor=Au, W.W.L |editor2=Popper, A.N. |editor3=Fay, R.R.|publisher=Springer-Verlag, New York|isbn=978-0-387-94906-2}}</ref><ref name="Zimmer, W.M.X., Tyack, P.L., Johnson, M.P. & Madsen, P.T. 2005 1473–1485">{{cite journal| author=Zimmer, W.M.X.| author2=Tyack, P.L.| author3=Johnson, M.P.| author4=Madsen, P.T.| name-list-style=amp | title=Three dimensional beam pattern of regular sperm whale clicks confirms bent-horn hypothesis| journal=Journal of the Acoustical Society of America | volume=117| pages=1473–1485 | year=2005| doi=10.1121/1.1828501| pmid=15807035| issue=3 Pt 1|bibcode = 2005ASAJ..117.1473Z | hdl=1912/2361| hdl-access=free}}</ref> O órgão do espermacete é como um grande barril de espermacete. Sua parede circundante, conhecida como case, é extremamente resistente e fibrosa. O estojo pode conter até {{fmtn|1900}} litros de espermacete.<ref>{{Citar web|url=http://www.nhm.ac.uk/nature-online/species-of-the-day/biodiversity/endangered-species/physeter-catodon/taxonomy/index.html|título=Taxonomy|publicado=Museu de História Natural|acessodata=18 de abril de 2022}}</ref> É proporcionalmente maior nos machos.<ref>{{Citar livro|sobrenome=Whitehead|nome=H.|ano=2003|título=Sperm Whales: Social Evolution in the Ocean|local=Chicago|editora=Imprensa da Univerdade de Chicago|página=321|isbn=978-0-226-89518-5}}</ref> Este óleo é uma mistura de [[triglicerídeo]]s e [[éster]]es de [[cera]]. A proporção de ésteres de cera no órgão do espermacete aumenta com a idade da baleia: 38–51% em bezerros, 58–87% em fêmeas adultas e 71–94% em machos adultos.<ref>{{Citar livro|sobrenome=Miller|nome=Edward H.|capítulo=Territorial Behavior|editor1=Perrin, William F.|editor2=Würsig, Bernd G.|editor3=Thewissen, J. G. M.|título=Encyclopedia of Marine Mammals|local=Burlington|editora=Academic Press|ano=2009|edição=2.ª|isbn=978-0-12-373553-9|página=1164}}</ref> O espermacete no centro do órgão tem um teor de cera mais alto do que as áreas externas.<ref>{{cite journal|author=Morris, Robert J. |year=1975|title=Further studies into the lipid structure of the spermaceti organ of the sperm whale (''Physeter catodon'')|journal= Deep-Sea Research|volume= 22|pages= 483–489|doi=10.1016/0011-7471(75)90021-2|issue=7 |bibcode=1975DSRA...22..483M}}</ref> A velocidade do som no espermacete é de {{fmtn|2684}} m/s (a 40 kHz, 36°C), tornando-o quase duas vezes mais rápido que no óleo do [[melão (órgão)|melão]] de um golfinho.<ref name=NorrisHarvey1972>{{cite book|chapter-url=https://archive.org/stream/nasa_techdoc_19720017412/19720017412#page/n419/mode/2up |author1=Norris, Kenneth S. |author2=Harvey, George W. |name-list-style=amp |year=1972|title=Animal orientation and navigation|chapter=A Theory for the Function of the Spermaceti Organ of the Sperm Whale|publisher=NASA}}</ref>
No topo do crânio da baleia está posicionado um grande complexo de órgãos preenchidos com uma mistura líquida de gorduras e ceras chamada [[espermacete]]. O objetivo deste complexo é gerar sons de clique poderosos e focados, cuja existência foi comprovada por [[Valentine Worthington]] e [[William Schevill]] quando uma gravação foi produzida em um navio de pesquisa em maio de 1959.<ref name=":1">{{citar periódico|último1=WORTHINGTON|primeiro1=L. V.|último2=SCHEVILL|primeiro2=WILLIAM E.|data=agosto de 1957|título=Underwater Sounds heard from Sperm Whales|url=http://dx.doi.org/10.1038/180291a0|periódico=Nature|volume=180|número=4580|páginas=291|doi=10.1038/180291a0|bibcode=1957Natur.180..291W|s2cid=4173897|issn=0028-0836}}</ref> O cachalote usa esses sons para ecolocalização e comunicação.<ref name="Obaldia2015Estimating">{{citar periódico|autor= de Obaldia, C. |autor2= Simkus, G. |autor3= Zölzer, U. | name-list-style = amp |título= Estimating the number of sperm whale (''Physeter macrocephalus'') individuals based on grouping of corresponding clicks |periódico= 41. Jahrestagung für Akustik (DAGA 2015), Nürnberg |ano= 2015 | doi = 10.13140/RG.2.1.3764.9765 | url= https://www.researchgate.net/publication/277009691}}</ref><ref name="Cranford2000ImpulseSoundSources">{{citar livro|autor=Cranford, T.W.|ano=2000|capítulo=In Search of Impulse Sound Sources in Odontocetes|título=Hearing by Whales and Dolphins (Springer Handbook of Auditory Research series)|editor=Au, W.W.L |editor2=Popper, A.N. |editor3=Fay, R.R.|editora=Springer-Verlag|local=Nova Iorque|isbn=978-0-387-94906-2}}</ref><ref name="Zimmer, W.M.X., Tyack, P.L., Johnson, M.P. & Madsen, P.T. 2005 1473–1485">{{citar periódico|autor=Zimmer, W.M.X.|autor2=Tyack, P.L.|autor3=Johnson, M.P.|autor4=Madsen, P.T.| name-list-style=amp |título=Three dimensional beam pattern of regular sperm whale clicks confirms bent-horn hypothesis|periódico=Journal of the Acoustical Society of America | volume=117|páginas=1473–1485 |ano=2005| doi=10.1121/1.1828501| pmid=15807035|número=3 Pt 1|bibcode = 2005ASAJ..117.1473Z | hdl=1912/2361| hdl-access=free}}</ref> O órgão do espermacete é como um grande barril de espermacete. Sua parede circundante, conhecida como case, é extremamente resistente e fibrosa. O estojo pode conter até {{fmtn|1900}} litros de espermacete.<ref>{{Citar web|url=http://www.nhm.ac.uk/nature-online/species-of-the-day/biodiversity/endangered-species/physeter-catodon/taxonomy/index.html|título=Taxonomy|publicado=Museu de História Natural|acessodata=18 de abril de 2022}}</ref> É proporcionalmente maior nos machos.<ref>{{Citar livro|sobrenome=Whitehead|nome=H.|ano=2003|título=Sperm Whales: Social Evolution in the Ocean|local=Chicago|editora=Imprensa da Univerdade de Chicago|página=321|isbn=978-0-226-89518-5}}</ref> Este óleo é uma mistura de [[triglicerídeo]]s e [[éster]]es de [[cera]]. A proporção de ésteres de cera no órgão do espermacete aumenta com a idade da baleia: 38–51% em bezerros, 58–87% em fêmeas adultas e 71–94% em machos adultos.<ref>{{Citar livro|sobrenome=Miller|nome=Edward H.|capítulo=Territorial Behavior|editor1=Perrin, William F.|editor2=Würsig, Bernd G.|editor3=Thewissen, J. G. M.|título=Encyclopedia of Marine Mammals|local=Burlington|editora=Academic Press|ano=2009|edição=2.ª|isbn=978-0-12-373553-9|página=1164}}</ref> O espermacete no centro do órgão tem um teor de cera mais alto do que as áreas externas.<ref>{{citar periódico|autor=Morris, Robert J. |ano=1975|título=Further studies into the lipid structure of the spermaceti organ of the sperm whale (''Physeter catodon'')|periódico= Deep-Sea Research|volume= 22|páginas= 483–489|doi=10.1016/0011-7471(75)90021-2|número=7 |bibcode=1975DSRA...22..483M}}</ref> A velocidade do som no espermacete é de {{fmtn|2684}} m/s (a 40 kHz, 36°C), tornando-o quase duas vezes mais rápido que no óleo do [[melão (órgão)|melão]] de um golfinho.<ref name=NorrisHarvey1972>{{citar livro|capítulourl=https://archive.org/stream/nasa_techdoc_19720017412/19720017412#page/n419/mode/2up |autor1=Norris, Kenneth S. |autor2=Harvey, George W. |name-list-style=amp |ano=1972|título=Animal orientation and navigation|capítulo=A Theory for the Function of the Spermaceti Organ of the Sperm Whale|publicado=NASA|local=Washington}}</ref>
Perrin


Abaixo do órgão do espermacete encontra-se o "lixo" que consiste em compartimentos de espermacete separados por [[cartilagem]]. É análogo ao melão encontrado em outras baleias dentadas.<ref name=Carrier>{{Cite journal|last1=Carrier|first1=David R.|last2=Deban|first2=Stephen M.|last3=Otterstrom|first3=Jason|date=2002-06-01|title=The face that sank the Essex: potential function of the spermaceti organ in aggression|journal=The Journal of Experimental Biology|volume=205|issue=Pt 12|pages=1755–1763|doi=10.1242/jeb.205.12.1755|issn=0022-0949|pmid=12042334}}</ref> A estrutura do lixo redistribui o estresse físico pelo crânio e pode ter evoluído para proteger a cabeça durante o golpe.<ref>{{cite web|url=http://www.popsci.com/science-says-sperm-whales-could-really-wreck-ships|title=Science Says Sperm Whales Could Really Wreck Ships|website=Popular Science|date=8 April 2016|publisher=[[Popular Science]]|access-date=2016-04-13}}</ref><ref>{{Cite journal|last1=Panagiotopoulou|first1=Olga|last2=Spyridis|first2=Panagiotis|last3=Abraha|first3=Hyab Mehari|last4=Carrier|first4=David R.|last5=Pataky|first5=Todd C.|title=Architecture of the sperm whale forehead facilitates ramming combat|journal=PeerJ|volume=4|doi=10.7717/peerj.1895|pmc=4824896|pmid=27069822|pages=e1895|year=2016}}</ref><ref name=Carrier/> Passando pela cabeça há duas passagens de ar. A passagem esquerda corre ao longo do órgão espermacete e vai diretamente para o espiráculo, enquanto a passagem direita corre por baixo do órgão espermacete e passa o ar através de um par de lábios fônicos e para o saco distal na frente do nariz. O saco distal é conectado ao espiráculo e ao término da passagem esquerda. Quando a baleia está submersa, pode fechar o espiráculo e o ar que passa pelos lábios fônicos pode circular de volta aos pulmões. O cachalote, ao contrário de outros odontocetos, tem apenas um par de lábios fônicos, enquanto todas as outras baleias dentadas têm dois.<ref name=Cranfordetal996>{{Cite journal | last1 = Cranford | first1 = T. W. | last2 = Amundin | first2 = M. | last3 = Norris | first3 = K. S. | doi= 10.1002/(SICI)1097-4687(199606)228:3<223::AID-JMOR1>3.0.CO;2-3 | title = Functional morphology and homology in the odontocete nasal complex: Implications for sound generation | journal = Journal of Morphology | volume = 228 | issue = 3 | pages = 223–285 | year = 1996 | pmid = 8622183 }}</ref> Na extremidade posterior deste complexo de espermacete está o saco frontal, que cobre a superfície côncava do crânio. A parede posterior do saco frontal é coberta por protuberâncias cheias de líquido, com cerca de 4 a 13 milímetros de diâmetro e separadas por sulcos estreitos. A parede anterior é lisa. A superfície nodosa reflete as ondas sonoras que vêm através do órgão do espermacete dos lábios fônicos. As ranhuras entre as protuberâncias prendem uma película de ar que é consistente qualquer que seja a orientação ou profundidade da baleia, tornando-a um excelente espelho de som.<ref name="NorrisHarvey1972"/>
Abaixo do órgão do espermacete encontra-se o "lixo" que consiste em compartimentos de espermacete separados por [[cartilagem]]. É análogo ao melão encontrado em outras baleias dentadas.<ref name=Carrier>{{citar periódico|último1=Carrier|primeiro1=David R.|último2=Deban|primeiro2=Stephen M.|último3=Otterstrom|primeiro3=Jason|data=2002-06-01|título=The face that sank the Essex: potential function of the spermaceti organ in aggression|periódico=The Journal of Experimental Biology|volume=205|número=Pt 12|páginas=1755–1763|doi=10.1242/jeb.205.12.1755|issn=0022-0949|pmid=12042334}}</ref> A estrutura do lixo redistribui o estresse físico pelo crânio e pode ter evoluído para proteger a cabeça durante o golpe.<ref>{{citar web|url=http://www.popsci.com/science-says-sperm-whales-could-really-wreck-ships|título=Science Says Sperm Whales Could Really Wreck Ships|website=Popular Science|data=8 de abril de 2016|publicado=[[Popular Science]]|acessodata=2016-04-13}}</ref><ref>{{citar periódico|último1=Panagiotopoulou|primeiro1=Olga|último2=Spyridis|primeiro2=Panagiotis|último3=Abraha|primeiro3=Hyab Mehari|último4=Carrier|primeiro4=David R.|último5=Pataky|primeiro5=Todd C.|título=Architecture of the sperm whale forehead facilitates ramming combat|periódico=PeerJ|volume=4|doi=10.7717/peerj.1895|pmc=4824896|pmid=27069822|páginas=e1895|ano=2016}}</ref><ref name=Carrier/> Passando pela cabeça há duas passagens de ar. A passagem esquerda corre ao longo do órgão espermacete e vai diretamente para o espiráculo, enquanto a passagem direita corre por baixo do órgão espermacete e passa o ar através de um par de lábios fônicos e para o saco distal na frente do nariz. O saco distal é conectado ao espiráculo e ao término da passagem esquerda. Quando a baleia está submersa, pode fechar o espiráculo e o ar que passa pelos lábios fônicos pode circular de volta aos pulmões. O cachalote, ao contrário de outros odontocetos, tem apenas um par de lábios fônicos, enquanto todas as outras baleias dentadas têm dois.<ref name=Cranfordetal996>{{citar periódico|último1= Cranford |primeiro1= T. W. |último2= Amundin |primeiro2= M. |último3= Norris |primeiro3= K. S. | doi= 10.1002/(SICI)1097-4687(199606)228:3<223::AID-JMOR1>3.0.CO;2-3 |título= Functional morphology and homology in the odontocete nasal complex: Implications for sound generation |periódico= Journal of Morphology | volume = 228 |número= 3 |páginas= 223–285 |ano= 1996 | pmid = 8622183 }}</ref> Na extremidade posterior deste complexo de espermacete está o saco frontal, que cobre a superfície côncava do crânio. A parede posterior do saco frontal é coberta por protuberâncias cheias de líquido, com cerca de 4 a 13 milímetros de diâmetro e separadas por sulcos estreitos. A parede anterior é lisa. A superfície nodosa reflete as ondas sonoras que vêm através do órgão do espermacete dos lábios fônicos. As ranhuras entre as protuberâncias prendem uma película de ar que é consistente qualquer que seja a orientação ou profundidade da baleia, tornando-a um excelente espelho de som.<ref name="NorrisHarvey1972"/>


Os órgãos do espermacete também podem ajudar a ajustar a flutuabilidade da baleia. Supõe-se que antes da baleia mergulhar, a água fria entra no órgão e é provável que os vasos sanguíneos se contraiam, reduzindo o fluxo sanguíneo e, portanto, a temperatura. A cera solidifica e reduz de volume.<ref name="clarke"/><ref name="clarke2">{{cite journal|doi=10.1017/S0025315400024383|title=Physical Properties of Spermaceti Oil in the Sperm Whale|url=http://sabella.mba.ac.uk/2029/01/Physical_properties_of_spermaceti_oil_in_the_sperm_whale.pdf|archive-url=https://web.archive.org/web/20081217073244/http://sabella.mba.ac.uk/2029/01/Physical_properties_of_spermaceti_oil_in_the_sperm_whale.pdf|url-status=dead|archive-date=2008-12-17|author=Clarke, M.|journal=Journal of the Marine Biological Association of the United Kingdom|volume=58|pages=19–26|year=1978|access-date=2008-11-05|issue=1}}</ref> Durante a caça, o consumo de oxigênio, juntamente com a dilatação dos vasos sanguíneos, produz calor e derrete o espermacete, aumentando sua flutuabilidade e facilitando a submersão.<ref>{{cite journal| author=Clarke, M.R. | title=Function of the Spermaceti Organ of the Sperm Whale | journal=Nature | volume=228 | issue=5274 | pages=873–874 |date = November 1970 | pmid=16058732| doi=10.1038/228873a0|bibcode = 1970Natur.228..873C | s2cid=4197332 }}</ref> No entanto, trabalhos mais recentes<ref name="Cranford, T.W. 1999 1133–1157"/> encontraram muitos problemas com essa teoria, incluindo a falta de estruturas anatômicas à troca de calor real.<ref>{{Citar livro|sobrenome=Whitehead|nome=H.|ano=2003|título=Sperm Whales: Social Evolution in the Ocean|local=Chicago|editora=Imprensa da Univerdade de Chicago|página=317–321|isbn=978-0-226-89518-5}}</ref> A história fictícia de [[Herman Melville]], ''Moby-Dick'', sugere que a "caixa" contendo o espermacete serve como um [[aríete]] para uso em brigas entre machos.<ref name="battering">{{cite web|url=http://autodax.net/Carrieretal2002.pdf|title=Spermaceti as battering ram?|access-date=2007-03-19 |archive-url = https://web.archive.org/web/20061002033440/http://autodax.net/Carrieretal2002.pdf |archive-date = 2 October 2006}}</ref> Alguns exemplos famosos incluem o bem documentado naufrágio dos navios ''Essex'' e ''[[Ann Alexander]]'' por atacantes estimados em apenas um quinto do peso dos navios.<ref name=Carrier />
Os órgãos do espermacete também podem ajudar a ajustar a flutuabilidade da baleia. Supõe-se que antes da baleia mergulhar, a água fria entra no órgão e é provável que os vasos sanguíneos se contraiam, reduzindo o fluxo sanguíneo e, portanto, a temperatura. A cera solidifica e reduz de volume.<ref name="clarke"/><ref name="clarke2">{{citar periódico|doi=10.1017/S0025315400024383|título=Physical Properties of Spermaceti Oil in the Sperm Whale|url=http://sabella.mba.ac.uk/2029/01/Physical_properties_of_spermaceti_oil_in_the_sperm_whale.pdf|arquivourl=https://web.archive.org/web/20081217073244/http://sabella.mba.ac.uk/2029/01/Physical_properties_of_spermaceti_oil_in_the_sperm_whale.pdf|urlmorta= sim|arquivodata=2008-12-17|autor=Clarke, M.|periódico=Journal of the Marine Biological Association of the United Kingdom|volume=58|páginas=19–26|ano=1978|acessodata=2008-11-05|número=1}}</ref> Durante a caça, o consumo de oxigênio, juntamente com a dilatação dos vasos sanguíneos, produz calor e derrete o espermacete, aumentando sua flutuabilidade e facilitando a submersão.<ref>{{citar periódico|autor=Clarke, M.R. |título=Function of the Spermaceti Organ of the Sperm Whale |periódico=Nature | volume=228 |número=5274 |páginas=873–874 |data=novembro de 1970 | pmid=16058732| doi=10.1038/228873a0|bibcode = 1970Natur.228..873C | s2cid=4197332 }}</ref> No entanto, trabalhos mais recentes<ref name="Cranford, T.W. 1999 1133–1157">{{citar periódico|autor=Cranford, T.W.|título=The Sperm Whale's Nose: Sexual Selection on a Grand Scale?|periódico=Marine Mammal Science | volume=15|número=4|páginas=1133–1157 |ano=1999 | doi=10.1111/j.1748-7692.1999.tb00882.x}}</ref> encontraram muitos problemas com essa teoria, incluindo a falta de estruturas anatômicas à troca de calor real.<ref>{{Citar livro|sobrenome=Whitehead|nome=H.|ano=2003|título=Sperm Whales: Social Evolution in the Ocean|local=Chicago|editora=Imprensa da Univerdade de Chicago|página=317–321|isbn=978-0-226-89518-5}}</ref> A história fictícia de [[Herman Melville]], ''Moby-Dick'', sugere que a "caixa" contendo o espermacete serve como um [[aríete]] para uso em brigas entre machos.<ref name="battering">{{citar web|url=http://autodax.net/Carrieretal2002.pdf|título=Spermaceti as battering ram?|acessodata=2007-03-19 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20061002033440/http://autodax.net/Carrieretal2002.pdf |arquivodata=2 de outubro de 2006}}</ref> Alguns exemplos famosos incluem o bem documentado naufrágio dos navios ''Essex'' e ''[[Ann Alexander]]'' por atacantes estimados em apenas um quinto do peso dos navios.<ref name=Carrier />


==== Olhos e visão ====
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[[Imagem:Physeter macrocephalus jumping.jpg|left|frame|Cachalote saltando nas águas dos Açores]]
[[Imagem:A piece of sperm whale skin with Giant Squid sucker scars.JPG|thumb|200px|Um fragmento de pele de cachalote exibindo cicatrizes de ferimentos provocados por ventosas de [[lula-gigante]]]]


[[imagem:Sperm whale frontal sac surface close-up.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|Um pedaço da parede posterior do saco frontal]]
=== Ameaças ===
[[imagem:Sperm whale eye retraction.ogv|miniaturadaimagem|esquerda|Como outras baleias dentadas, o cachalote pode retrair seus olhos]]


O olho do cachalote não difere muito dos de outras baleias dentadas, exceto em tamanho. É a maior entre as baleias dentadas, pesando cerca de 170 gramas. É de forma geral elipsoide, comprimido ao longo do eixo visual, medindo cerca de 7×7×3 centímetros. A [[córnea]] é elíptica e o cristalino é esférico. A [[esclera]] é muito dura e espessa, cerca de 1 centímetro anteriormente e 3 centímetros posteriormente. Não há [[músculo ciliar|músculos ciliares]]. A [[coroide]] é muito espessa e contém um ''[[tapetum lucidum]]'' fibroso. Como outras baleias dentadas, o cachalote pode retrair e projetar seus olhos, graças a um músculo retrator de 2 centímetros de espessura preso ao redor do olho no equador,<ref name=Bjerager2003>{{citar periódico|autor1=Bjerager, P. |autor2=Heegaard, S. |autor3=Tougaar, J. |name-list-style=amp |título=Anatomy of the eye of the sperm whale (''Physeter macrocephalus'' L.)|doi=10.1578/016754203101024059|ano=2003|periódico=Aquatic Mammals|volume=29|páginas=31–36|número=1}}</ref> mas é incapaz de rolar os olhos em suas órbitas.<ref>{{citar web|url=https://www.researchgate.net/figure/Macroanatomy-of-the-sperm-whale-eye-A-The-eye-seen-from-the-side-anterior-to-the_fig1_236115733|título=Macroanatomy of the sperm whale eye}}</ref> De acordo com Fristrup e Harbison (2002),[117] os olhos do cachalote proporcionam boa visão e sensibilidade à luz. Eles conjecturaram que os cachalotes usam a visão para caçar lulas, detectando silhuetas de baixo ou detectando bioluminescência.<ref name="FristrupHarbison2002">{{citar periódico|doi=10.1111/j.1748-7692.2002.tb01017.x|título=How do sperm whales catch squids?|ano= 2002 |primeiro1= K. M. |último1=Fristrup|primeiro2=G. R.|último2=Harbison |periódico= Marine Mammal Science |volume=18|número=1|páginas=42–54}}</ref>
Apesar de a [[baleação]] com [[navio-fábrica|navios-fábrica]] ter sido proibida em 1979, a ameaça humana ao cachalote não desapareceu. O [[Japão]] adicionou o cachalote às espécies de cetáceos caçadas ao abrigo de ''baleação científica''. Os produtos obtidos desta baleação acabam por ser vendidos em mercado aberto no Japão, país em que a carne de baleia é muito apreciada.<ref>{{en}} http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2005/06/18/AR2005061800890.html</ref><ref>{{en}} http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/asia-pacific/4106688.stm</ref> Outras ameaças são as colisões com grandes embarcações, a prisão em redes de pesca,<ref name="iucnredlist.org">{{en}} http://apiv3.iucnredlist.org/api/v3/website/Physeter%20macrocephalus</ref> ingestão de resíduos sólidos como plásticos, derrames de [[hidrocarboneto]]s, despejo de resíduos industriais e a poluição sonora oriunda de operações de [[prospecção sísmica]], [[sonar]]es e tráfego naval.<ref name="iucnredlist.org"/>

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==== Sono ====

Há algum tempo, os pesquisadores estão cientes de que os cachalotes podem dormir por curtos períodos, assumindo uma posição vertical com a cabeça logo abaixo ou na superfície, ou de cabeça para baixo.<ref>{{citar web|último=Gibbens |primeiro=Sarah |data=2017-08-05 |título=Photo Shows How Sperm Whales Sleep |url=https://www.nationalgeographic.com/photography/article/sperm-whales-nap-sleeping-photography-spd |acessodata=2021-06-25 |website=[[National Geographic (revista)|National Geographic]] |língua=en}}</ref> Um estudo de 2008 publicado na ''Current Biology'' registrou evidências de que as baleias podem dormir com os dois lados do cérebro. Parece que algumas baleias podem cair em um sono profundo por cerca de 7% do tempo, na maioria das vezes entre as 18h e meia-noite.<ref>{{citar jornal|título=Sperm Whales Sleep While 'Drifting' Vertically, Scientists Say (VIDEO) |primeiro=Jacqueline |último=Howard |url=http://www.huffingtonpost.com/2012/08/08/sperm-whales-sleep_n_1757951.html |jornal=[[HuffPost]] |data=2012-09-08 |acessodata=2013-02-08}}</ref>

==== Genética ====

Os cachalotes têm 21 pares de cromossomos (2n=42).<ref name="Arnason1981">{{citar periódico|último1= Árnason |primeiro1= U. |título= Banding studies on the gray and sperm whale karyotypes | doi = 10.1111/j.1601-5223.1981.tb01418.x |periódico= Hereditas | volume = 95 |número= 2 |páginas= 277–281 |ano= 2009 | pmid = 7309542| doi-access = free }}</ref> O genoma de baleias vivas pode ser examinado recuperando a pele perdida.<ref>{{citar web|url=http://www.seaswap.info/study/genetics.html |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090105161744/http://www.seaswap.info/study/genetics.html |urlmorta= sim|arquivodata=2009-01-05 |título=SEASWAP: Genetic Sampling |publicado=Seaswap.info|acessodata=2013-07-23}}</ref>

== Complexo de vocalização ==

Após a descoberta de Valentine Worthington e William Schevill confirmarem a existência de vocalização de baleias,<ref name=":1" /> outros estudos realizados descobriram que os cachalotes são capazes de emitir sons a um volume de 230 [[decibel|decibéis]] – mais do que um motor a jato de avião na decolagem – que o torno o animal mais barulhento do mundo.<ref>{{citar jornal|url=http://www.bbc.com/earth/story/20160331-the-worlds-loudest-animal-might-surprise-you|título=The world's loudest animal might surprise you|último=Davies|primeiro=Ella|publicado=BBC|língua=en|acessodata=2020-01-13}}</ref> A vocalização do cachalote é um comportamento aprendido que é específico do clã.<ref>{{citar periódico|último1=Cantor|primeiro1=Maurício|último2=Whitehead|primeiro2=Hal|ano=2015|título=How does social behavior differ among sperm whale clans?|url=https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/mms.12218|periódico=Marine Mammal Science|língua=en|volume=31|número=4|páginas=1275–1290|doi=10.1111/mms.12218|issn=1748-7692}}</ref>

=== Mecanismo ===

Ao ecolocalizar, o cachalote emite um feixe de cliques de banda larga focado direcionalmente. Os cliques são gerados forçando o ar através de um par de lábios fônicos (também conhecidos como "lábios de macaco" ou ''museau de singe'') na extremidade frontal do nariz, logo abaixo do espiráculo. O som então viaja para trás ao longo do comprimento do nariz através do órgão do espermacete. A maior parte da energia sonora é então refletida do saco frontal no crânio e no melão, cuja estrutura semelhante a uma lente a focaliza.<ref name="Cranford2000ImpulseSoundSources"/><ref name="Zimmer, W.M.X., Tyack, P.L., Johnson, M.P. & Madsen, P.T. 2005 1473–1485"/><ref name="Norris, K.S. & Harvey, G.W. 1972 397–417">{{citar livro|autor1=Norris, K.S. |autor2=Harvey, G.W. |name-list-style=amp |ano=1972|capítulo=A theory for the function of the spermaceti organ of the sperm whale|título=Animal orientation and navigation|editor=Galler, S.R |editor2=Schmidt-Koenig, K |editor3=Jacobs, G.J. |editor4=Belleville, R.E.|editora=NASA|local=Washington, D.C.|páginas=397–417|capítulourl= https://ntrs.nasa.gov/search.jsp?R=19720017437 }}</ref> Parte do som será refletido de volta para o órgão do espermacete e de volta à frente do nariz da baleia, onde será refletido através do órgão do espermacete pela terceira vez. Essa reflexão para frente e para trás que acontece na escala de alguns milissegundos cria uma estrutura de cliques de vários pulsos.<ref>{{citar livro|último1= Backus |primeiro1= R.H. |último2= Schevill |primeiro2= W.E.|ano=1966|capítulo=Physeter clicks|título=Whales, dolphins and porpoises| editor=Norris, K.S.|editora=Imprensa da Universidade da Califórnia|local=Berkeley, Califórnia|páginas=510–527}}</ref> Essa estrutura de cliques de múltiplos pulsos permite que os pesquisadores meçam o órgão do espermacete da baleia usando apenas o som de seus cliques.<ref>{{citar periódico|último= Goold |primeiro= J.C. |título=Signal processing techniques for acoustic measurement of sperm whale body lengths|periódico=Journal of the Acoustical Society of America | volume=100|páginas=3431–3441 |ano=1996| doi=10.1121/1.416984| pmid=8914321|número=5|bibcode = 1996ASAJ..100.3431G }}</ref><ref name="JCDG Eval 1991">{{citar periódico|último= Gordon |primeiro= J.C.D. |título=Evaluating a method for determining the length of sperm whales (''Physeter catodon'') from their vocalizations|periódico=Journal of Zoology, London | volume=224|páginas=301–314 |ano= 1991| doi=10.1111/j.1469-7998.1991.tb04807.x|número=2}}</ref>

Como o intervalo entre os pulsos do clique de um cachalote está relacionado ao comprimento do órgão produtor de som, o clique de uma baleia é exclusivo para esse indivíduo. No entanto, se a baleia amadurece e o tamanho do órgão do espermacete aumenta, o tom do clique da baleia também muda.<ref name="JCDG Eval 1991" /> A mandíbula inferior é o caminho de recepção primária para os ecos. Um canal contínuo cheio de gordura transmite os sons recebidos ao ouvido interno.<ref name=echo>{{Citar livro|sobrenome=Whitlow|nome=W.|capítulo=Echolocation|editor1=Perrin, William F.|editor2=Würsig, Bernd G.|editor3=Thewissen, J. G. M.|título=Encyclopedia of Marine Mammals|local=Burlington|editora=Academic Press|ano=2009|edição=2.ª|isbn=978-0-12-373553-9|página=1164}}</ref> A fonte do ar forçado através dos lábios fônicos é a passagem nasal direita. Enquanto a passagem nasal esquerda se abre para o orifício de respiração, a passagem nasal direita evoluiu para fornecer ar aos lábios fônicos. Acredita-se que as narinas do ancestral terrestre do cachalote migraram através da evolução para suas funções atuais, a narina esquerda tornando-se o espiráculo e a narina direita tornando-se os lábios fônicos.<ref name="tohora">{{citar web| url= http://collections.tepapa.govt.nz/exhibitions/whales/segment.aspx?irn=163 |obra=Museum of New Zealand Te Papa Tongarewa|título= Whale Sounds |data=19 de janeiro de 2018}}</ref> O ar que passa pelos lábios fônicos passa para o saco distal, depois desce pela passagem nasal esquerda. Essa reciclagem do ar permite que a baleia gere continuamente cliques enquanto estiver submersa.<ref>{{citar periódico|url=http://groups.csail.mit.edu/drl/wiki/images/c/cc/spermwhaletagging.pdf|título=Sperm whale sound production studied with ultrasound time/depth-recording tags|primeiro1=P. T.|último1=Madsen|primeiro2=R.|último2=Payne|primeiro3=N. U.|último3=Kristiansen|primeiro4=M.|último4=Wahlberg|primeiro5=I.|último5=Kerr|primeiro6=B.|último6=Møhl|ano=2002|acessodata=8 de dezembro de 2015|periódico=The Journal of Experimental Biology |volume=205|número=Pt 13|páginas=1899–1906|doi=10.1007/s00265-015-1877-1|pmid=12077166|hdl=10023/8168|s2cid=13711121}}</ref>

=== Tipos de vocalização ===

Um rangido é uma série rápida de cliques de alta frequência que soam um pouco como uma dobradiça de porta rangendo. Geralmente é usado ao se aproximar de uma presa.<ref name=Whitehead135/> Cliques lentos são ouvidos apenas na presença de machos (não é certo se as fêmeas ocasionalmente os fazem). Os machos fazem muitos cliques lentos em áreas de reprodução (74% do tempo), tanto perto da superfície quanto em profundidade, o que sugere que são principalmente sinais de acasalamento. Fora dos criadouros, cliques lentos raramente são ouvidos e geralmente perto da superfície.<ref name=Whitehead144>{{Citar livro|sobrenome=Whitehead|nome=H.|ano=2003|título=Sperm Whales: Social Evolution in the Ocean|local=Chicago|editora=Imprensa da Univerdade de Chicago|página=144|isbn=978-0-226-89518-5}}</ref> Uma coda é um padrão curto de 3 a 20 cliques que é usado em situações sociais. Já foram pensados ​​para serem uma maneira pela qual os indivíduos se identificavam, mas indivíduos foram observados produzindo várias codas, e as mesmas codas são usadas por vários indivíduos.<ref name=Whitehead141>{{Citar livro|sobrenome=Whitehead|nome=H.|ano=2003|título=Sperm Whales: Social Evolution in the Ocean|local=Chicago|editora=Imprensa da Univerdade de Chicago|página=141|isbn=978-0-226-89518-5}}</ref> No entanto, cada clique contém uma assinatura física que sugere que os cliques podem ser usados ​​para identificar indivíduos.<ref name=Obaldia2015Estimating /> Grupos geograficamente separadas exibem dialetos distintos.<ref name=Whitehead131>{{Citar livro|sobrenome=Whitehead|nome=H.|ano=2003|título=Sperm Whales: Social Evolution in the Ocean|local=Chicago|editora=Imprensa da Univerdade de Chicago|página=131|isbn=978-0-226-89518-5}}</ref> Os machos grandes são geralmente solitários e raramente produzem codas.<ref name=Whitehead141 /> Nos criadouros, as codas são quase inteiramente produzidas por fêmeas adultas. Apesar da evidência de que os cachalotes compartilham codas semelhantes, ainda não se sabe se os cachalotes possuem repertórios de codas individualmente específicos ou se os indivíduos fazem codas em taxas diferentes.<ref>{{citar periódico|último1= Moore |primeiro1= K. E. |primeiro2= W. A. |último2= Watkins |primeiro3= P. L. |último3= Tyack |ano= 1993 |título= Pattern similarity in shared codas from sperm whales (''Physeter catodon'') |periódico= Marine Mammal Science |volume= 9 |páginas=1–9| doi= 10.1111/j.1748-7692.1993.tb00421.x |número=1}}</ref>

{| class="wikitable"
|+ Características dos cliques de cachalote<ref name=Whitehead135>{{Citar livro|sobrenome=Whitehead|nome=H.|ano=2003|título=Sperm Whales: Social Evolution in the Ocean|local=Chicago|editora=Imprensa da Univerdade de Chicago|página=135|isbn=978-0-226-89518-5}}</ref>
! Tipo de clique
! Nível de origem<br/> aparente <br/> (dB re 1 µPa m])
! Direcionalidade
! Frequência<br/>centroide <br/> (kHz)
! Intervalo<br/>interclique <br/> (s)
! Duração<br/> do clique <br/> (ms)
! Duração<br/> do pulso <br/> (ms)
! Alcance audível<br/> do cachalote <br/> (km)
! Função inferida
! Mostra de áudio
|-
! Comum
| 230 || Alto || 15 || 0.5–1.0 || 15–30 || 0.1 || 16 || Procurando pela presa || [[Imagem:Sperm Whale Ordinary Clicks.ogg]]
|-
! Rangido
| 205 || Alto || 15 || 0.005–0.1 || 0.1–5 || 0.1 || 6 || Aproximando-se da presa || [[Imagem:Sperm Whale Creak 2.ogg]]
|-
! Coda
| 180 || Baixo || 5 || 0.1–0.5 || 35 || 0.5 || ~2 || Comunicação social || [[Imagem:Cachalot coda exchange.ogg]]
|-
! Baixo
| 190 || Baixo || 0.5 || 5–8 || 30 || 5 || 60 || Comunicação dos machos || [[Imagem:Sperm Whale Slow Clicks.ogg]]
|}

== Ecologia ==

=== Distribuição ===

[[imagem:Sperm whale distribution (Pacific equirectangular).jpg|miniaturadaimagem|esquerda|Concentração global dos cachalotes]]

A análise genética indica que a população mundial de cachalotes se originou no Oceano Pacífico de uma população de cerca de 10 mil animais há cerca de 100 mil anos, quando a expansão das calotas polares bloqueou seu acesso a outros mares. Em particular, foi revelado que a colonização do Atlântico ocorreu várias vezes durante essa expansão de seu alcance.<ref>{{citar web| url=http://www.sciencemag.org/news/2018/05/something-killed-lot-sperm-whales-past-and-it-wasn-t-whalers |título=Something killed a lot of sperm whales in the past—and it wasn't whalers|data=18 de maio de 2018}}</ref> Os cachalotes estão entre as espécies mais cosmopolitas. Preferem águas sem gelo com mais de mil metros ({{fmtn|3300}} pés) de profundidade.<ref name="iucn status 19 November 2021" /> Embora ambos os sexos variem em oceanos e mares temperados e tropicais, apenas os machos adultos povoam latitudes mais altas.<ref name="audubon"/> Entre várias regiões, como ao longo das águas costeiras do sul da Austrália, os cachalotes foram considerados localmente extintos.<ref>{{citar periódico|editor= Bester L.|ano=2015|título=Mornington Peninsula Biodiversity: Survey and Research Highlights|url=http://www.mornpen.vic.gov.au/files/b81e450c-d2c6-4813-b90e-a48a00f54425/Mornington_Peninsula_Biodiversity_-_Survey_and_Research_Highlights.pdf.|periódico=Caulton S. Et Al.|publicado=The [[Shire of Mornington Peninsula]]|acessodata=2016-08-16}}</ref> São relativamente abundantes dos polos ao [[linha do equador|equador]] e são encontrados em todos os oceanos. Habitam o [[Mar Mediterrâneo]], mas não o [[Mar Negro]],<Ref name=Shirihai21-24 /> enquanto sua presença no [[Mar Vermelho]] é incerta.<ref name="iucn status 19 November 2021" /> As entradas rasas do Mar Negro e do Mar Vermelho podem explicar sua ausência.<ref>{{Citar livro|sobrenome=Whitehead|nome=H.|ano=2003|título=Sperm Whales: Social Evolution in the Ocean|local=Chicago|editora=Imprensa da Univerdade de Chicago|página=33|isbn=978-0-226-89518-5}}</ref>

Machos adultos são conhecidos por entrar em baías surpreendentemente rasas para descansar. Existem grupos costeiros únicos relatados em várias áreas do globo, como perto das águas costeiras da [[Escócia]]<ref>{{citar jornal|url=https://www.bbc.com/news/uk-scotland-highlands-islands-21532214|título=Sperm whales sighting off north-west Scotland 'extraordinary'|jornal=BBC News|data=21 de fevereiro de 2013}}</ref> e da Península de Xiretoco, ao largo de [[Kaikoura]], no [[golfo de Davao]]. Esses grupos costeiros eram mais abundantes nos dias anteriores à caça às baleias.<ref>{{Citar web|sobrenome=Kasuya|nome=T|ano=2014|url=https://www.jstage.jst.go.jp/article/mammalianscience/54/2/54_279/_pdf|título=鯨類研究50 年を顧みる|publicado=[[The Mammal Society of Japan]]}}</ref> As populações são mais densas perto das plataformas continentais e dos cânions.<ref name="audubon" /> Os cachalotes geralmente são encontrados em águas profundas e mar aberto, mas podem ser vistos mais perto da costa, em áreas onde a plataforma continental é pequena e cai rapidamente para profundidades de 310 a 920 metros ({{fmtn|1020}} a {{fmtn|3020}} pés).<Ref name=Shirihai21-24 />

As áreas costeiras com populações significativas de cachalotes incluem os [[Açores]] e a [[Dominica]].<ref name="whiteheadrange">{{Citar livro|sobrenome=Whitehead|nome=H.|ano=2003|título=Sperm Whales: Social Evolution in the Ocean|local=Chicago|editora=Imprensa da Univerdade de Chicago|página=23–24|isbn=978-0-226-89518-5}}</ref> O primeiro avistamento na costa do [[Paquistão]] foi feito em 2017,<ref>{{Citar web|sobrenome=Irfan|nome=M.|ano=2017|url=https://en.dailypakistan.com.pk/pakistan/first-live-sperm-whales-sighted-in-pakistani-waters-wwf-video/|título=First live sperm whales sighted in Pakistani waters: WWF (VIDEO)|jornal=[[Daily Pakistan]]|acessodata=18 de abril de 2022}}</ref><ref>{{Citar web|sobrenome=Minton|nome=G.|ano=2017|url=https://arabianseawhalenetwork.org/2017/09/14/sperm-whales-and-blue-whales-sighted-by-fishermen-off-the-coast-of-pakistan/|título=Sperm whales and blue whales sighted by fishermen off the coast of Pakistan|jornal=Arabian Sea Whale Network| acessodata=18 de abril de 2022}}</ref> enquanto o primeiro registro na costa oeste da [[Península Coreana]] ([[Mar Amarelo]]) foi feito em 2005<ref>{{Citar web|sobrenome=엄기영|sobrenome2=김주하|ano=2005|url=http://imnews.imbc.com/20dbnews/history/2005/1980984_19610.html|título=전남 신안군 우의도, 길이 16m 무게 40톤 초대형 고래 죽은채 발견[김양훈|jornal=MBC뉴스|acessodata=18 de abril de 2022}}</ref><ref name=Daum05 /> seguido por um perto da [[ilha Ganghwa]] em 2009.<ref>{{Citar web|ano=2015|url=http://www.nocutnews.co.kr/news/4391138|título= &#91;단독&#93 강화 해변서 최후 맞은 향고래…6년만에 '부활'|publicado=[[No Cut News]]|acessodata=18 de abril de 2022}}</ref> Nas águas do leste asiático, as baleias também são observadas regularmente em águas costeiras em lugares como as [[ilhas Comandante]] e [[ilhas Curilas|Curilas]], [[península de Shiretoko|Xiretoco]], que é um dos poucos locais onde os cachalotes podem ser observados das costas,<ref>{{citar web|obra=世界遺産知床情報局|data=2015-08-16|título=陸からクジラの潮吹きがわかる!「クジラの見える丘」|url=http://shiretoko.jpn.org/?p=729|publicado=ニッポン旅マガジン|acessodata=2016-08-16|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170817001728/http://shiretoko.jpn.org/?p=729|arquivodata=17 de agosto de 2017|urlmorta= sim}}</ref> ao largo de [[Kinkasan]], nas proximidades da [[baía de Tóquio]].<ref>Archived at [https://ghostarchive.org/varchive/youtube/20211211/t5xVIc5zCts Ghostarchive] and the [https://web.archive.org/web/20150524194007/https://www.youtube.com/watch?v=t5xVIc5zCts&feature=player_embedded Wayback Machine]: {{citar web|url=https://www.youtube.com/watch?v=t5xVIc5zCts|título=相模湾にマッコウクジラとみられる群れ/神奈川新聞(カナロコ)|via=YouTube}}</ref> e a [[península de Boso]] até [[península de Izu|Izu]]<ref>{{citar web|url=https://sv361.xserver.jp/~tes-sev/kohkaimaru.com/?photo_gallery&l=1|título=エコツアー風景 -イルカ・クジラ・ネイチャー ウォッチングセンター:静岡県伊東市城ヶ崎 富戸港 – 光海丸で行く、本当の大自然との、"ふれあい"。- ドルフィンウォッチング、エコツーリスト、エコツーリズム KOHKAIMARU 石井泉 光海丸|autor=vegan1110|urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160303225021/https://sv361.xserver.jp/~tes-sev/kohkaimaru.com/?photo_gallery&l=1|arquivodata=3 de março de 2016}}</ref><ref>Archived at [https://ghostarchive.org/varchive/youtube/20211211/purfxbOkkk0 Ghostarchive] and the [https://web.archive.org/web/20151018051308/https://www.youtube.com/watch?v=purfxbOkkk0 Wayback Machine]: {{citar web|url=https://www.youtube.com/watch?v=purfxbOkkk0|título=相模湾でマッコウクジラに遭遇 Sperm Whale Encounter in Japan|via=YouTube}}</ref> e as [[ilhas Izu]], as [[ilhas Vulcano]], [[Iacuxima]] e as [[ilhas Tocara]] até as [[ilhas Léquias]],<ref>{{citar web|url=http://monodon.jimdofree.com/ryukyu-islands/|título=琉球諸島|website=くじらガイドがお届けするクジラ・シャチ・イルカ・自然・エコツアー情報}}</ref><ref>{{citar web|url=http://blogs.yahoo.co.jp/kujirabaka/48480791.htmlAnimal|título=ޥåη졪 |obra='̣ ϡȥɤΥۥ}}</ref> [[Taiuã]], as [[ilhas Marianas do Norte]],<ref>Archived at [https://ghostarchive.org/varchive/youtube/20211211/YJw6xwNueYY Ghostarchive] and the [https://web.archive.org/web/20150517143207/https://www.youtube.com/watch?v=YJw6xwNueYY Wayback Machine]: {{citar web|url=https://www.youtube.com/watch?v=YJw6xwNueYY|título=Guam Whales!!!|via=YouTube}}</ref> e assim por diante. Registros históricos de captura sugerem que poderia ter havido áreas de agressão menores também no [[mar do Japão]].<ref>{{citar periódico|título=Spatial and Seasonal Distribution of American Whaling and Whales in the Age of Sail|primeiro1=Tim D.|último1=Smith|primeiro2=Randall R.|último2=Reeves|primeiro3=Elizabeth A.|último3=Josephson|primeiro4=Judith N.|último4=Lund|data=27 de abril de 2012|periódico=PLOS ONE|volume=7|número=4|páginas=e34905|doi=10.1371/journal.pone.0034905|pmid=22558102|pmc=3338773|bibcode=2012PLoSO...734905S|doi-access=free}}</ref> Em 2004, ao longo da Península Coreana, oito animais foram avistados ao largo de [[Guryongpo]]. Foi a primeira observação confirmada dentro do Mar do Japão desde o último registo de cinco baleias ao largo de [[Ulsan]] em 1911<ref name=Daum05>{{Citar web|sobrenome=우연과|sobrenome2=인연|ano=2005|url=http://m.blog.daum.net/natali/5650601|título=윗 글 향고래|publicado=[[Daum (web portal)|Daum]]|acessodata=18 de abril de 2022}}</ref><ref>{{Citar web|publicado=[[JoongAng Ilbo]]|ano=2004|url=http://japanese.joins.com/article/j_article.php?aid=50489|título=マッコウクジラ、90年ぶりに東海出現|acessodata=18 de abril de 2022}}</ref> e outros nove no [[Mar da China Oriental]] em 1999.<ref name=EastSea>{{citar livro|editor1=Chang K. |editor2=Zhang C. |editor3=Park C. |editor4=Kang D. |editor5=Ju S. |editor6=Lee S. |editor7=Wimbush M. |ano=2015|título=Oceanography of the East Sea (Japan Sea)|página=380|url=https://books.google.com/books?id=qYuQCgAAQBAJ&q=east+korea+bay+whale&pg=PA380|publicado=[[Springer International Publishing]]|acessodata=2015-09-08|isbn=9783319227207|local=Nova Iorque, Dorbrecht, Londres}}</ref>

=== Dieta ===

[[Imagem:A piece of sperm whale skin with Giant Squid sucker scars.JPG|esquerda|miniaturadaimagem|Um fragmento de pele de cachalote exibindo cicatrizes de ferimentos provocados por ventosas de [[lula-gigante]]]]
[[imagem:Ambergris.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|[[Âmbar cinza]]]]

Os cachalotes geralmente mergulham entre 300 a 800 metros (980 a {{fmtn|2620}} pés), e às vezes 1 a 2 quilômetros ({{fmtn|3300}} a {{fmtn|6600}} pés), em busca de comida. Esses mergulhos podem durar mais de uma hora.<ref name="Whiteheaddive">{{Citar livro|sobrenome=Whitehead|nome=H.|ano=2003|título=Sperm Whales: Social Evolution in the Ocean|local=Chicago|editora=Imprensa da Univerdade de Chicago|página=79|isbn=978-0-226-89518-5}}</ref> Eles se alimentam de várias espécies, notadamente a [[lula-gigante]] (''Architeuthis spp.''), mas também a [[lula-colossal]] (''Mesonychoteuthis hamiltoni''), [[polvo]]s e peixes como [[Batoidea|raia]]s [[zona demersal|demersais]], mas sua dieta é principalmente lulas de tamanho médio. Algumas presas podem ser capturadas acidentalmente enquanto comem outros itens.<ref name="whiteheadfeeding">{{Citar livro|sobrenome=Whitehead|nome=H.|ano=2003|título=Sperm Whales: Social Evolution in the Ocean|local=Chicago|editora=Imprensa da Univerdade de Chicago|página=43–55|isbn=978-0-226-89518-5}}</ref> A maior parte do que se sabe sobre a lula do fundo do mar foi aprendida a partir de espécimes em estômagos de cachalotes capturados, embora estudos mais recentes tenham analisado fezes. Um estudo, realizado em [[Galápagos]], descobriu que lulas dos gêneros ''[[Histioteuthis]]'' (62%), ''[[Ancistrocheirus]]'' (16%) e ''[[Octopoteuthis]]'' (7%) pesando entre 12 e 650 gramas (0,026 e 1,433 libras) foram as mais comumente capturadas.<ref>{{citar periódico|autor1=Smith S. |autor2=Whitehead, H. |name-list-style=amp |ano=2000|título=The Diet of Galapagos sperm whales ''Physeter macrocephalus'' as indicated by faecal sample analysis|periódico=Marine Mammal Science|volume=16|número=2|páginas=315–325|doi=10.1111/j.1748-7692.2000.tb00927.x}}</ref> Batalhas entre cachalotes e lulas-gigantes ou lulas-colossais nunca foram observadas por humanos; no entanto, acredita-se que as cicatrizes brancas na pela das baleias sejam causadas pela lula-gigante. Um estudo publicado em 2010 coletou evidências que sugerem que cachalotes fêmeas podem colaborar ao caçar [[lula-de-humboldt|lulas-de -humboldt]] (''Dosidicus gigas'').<ref>{{citar jornal|título=Sperm Whales Use Teamwork to Hunt Prey|autor=Perkins, S.|url=https://www.wired.com/wiredscience/2010/02/sperm-whale-teams/|acessodata=2010-02-24|revista=Wired|data=2010-02-23}}</ref> Estudos de marcação mostraram que os cachalotes caçam de cabeça para baixo no fundo de seus mergulhos profundos. Sugere-se que as baleias possam ver a silhueta da lula acima delas contra a luz fraca da superfície.<ref>{{citar periódico|último=Clapham|url= http://www.americanscientist.org/bookshelf/pub/mr-melvilles-whale |primeiro=Philip J.|título=Mr. Melville's Whale|periódico=American Scientist|data=novembro–dezembro de 2011|volume=99|número= 6 |series=6|páginas=505–506|doi= 10.1511/2011.93.505 }}</ref>

Um estudo mais antigo, examinando as baleias capturadas pela frota baleeira da Nova Zelândia na região do [[estreito de Cook]], encontrou uma proporção de 1,69:1 de lula para peixe em peso.<ref>{{citar periódico|autor1=Gaskin D.|autor2=Cawthorn M. |name-list-style=amp |ano=1966|título=Diet and feeding habits of the sperm whale (''Physeter macrocephalus'' L.) in the Cook Strait region of New Zealand|periódico=New Zealand Journal of Marine and Freshwater Research|volume=1|número=2|páginas=156–179|doi= 10.1080/00288330.1967.9515201}}</ref> Os cachalotes às vezes pegam [[peixe-carvão-do-pacífico]] e ''[[Dissostichus]]'' de espinheis. Operadores de pesca com [[palangre|espinhel]] no [[golfo do Alasca]] reclamam que os cachalotes aproveitam suas operações de pesca para comer espécies desejáveis, poupando as baleias da necessidade de caçar.<ref name="Sneaky Cetaceans">{{citar web|título=Sneaky Cetaceans
|url=http://seagrant.uaf.edu/news/04ASJ/05.28.04sneaky-cetaceans.html|publicado=Arctic Science Journeys|acessodata=2008-11-04}}</ref> No entanto, a quantidade de peixes capturados é muito pequena em comparação com o que o cachalote precisa por dia. Imagens de vídeo foram capturadas de um grande cachalote macho "saltando" uma longa linha para pegar o peixe.<ref>{{citar jornal|url=http://www.cbc.ca/quirks/archives/05-06/mar18.html#3 |título=Whale Buffet |acessodata=2007-03-19 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20070207232120/http://www.cbc.ca/quirks/archives/05-06/mar18.html |arquivodata=7 de fevereiro de 2007 |urlmorta= sim}}</ref> Acredita-se que os cachalotes predam o [[tubarão-boca-grande]], uma espécie rara e grande de águas profundas descoberta na década de 1970.<ref>{{citar web|url=http://www.flmnh.ufl.edu/fish/Sharks/Megamouth/Mega13.htm |título=FLMNH Ichthyology Department: Megamouth |publicado=Flmnh.ufl.edu |acessodata=2012-06-23}}</ref> Em um caso, três cachalotes foram observados atacando ou brincando com um boca-grande.<ref>{{citar livro|autor=Compagno, L. J. V.|ano=2001|título=Sharks of the World Volume 2 Bullhead, mackerel and carpet sharks|publicado=FAO Species Catalogue for Fishery Purposes|páginas=74–78|url=ftp://ftp.fao.org/docrep/fao/009/x9293e/x9293e00.pdf|datali=janeiro de 2018}}</ref>

Os cachalotes também se alimentam de [[pyrosoma|pirossomas]] bioluminescentes, como o ''[[Pyrosoma atlanticum]]''.<ref>{{citar periódico|último1=Clarke |primeiro1=M.R. |último2=Martins |primeiro2=H.R. |último3=Pascoe |primeiro3=P. |título=The diet of sperm whales (''Physeter macrocephalus'' Linnaeus 1758) off the Azores |periódico=Philosophical Transactions of the Royal Society of London. Series B: Biological Sciences |data=29 de janeiro de 1993 |volume=339 |número=1287 |páginas=67–82 |doi=10.1098/rstb.1993.0005|bibcode=1993RSPTB.339...67C |pmid=8096086}}</ref><ref>{{citar periódico|último1=Best |primeiro1=P. B. |título=Food and feeding of sperm whales ''Physeter macrocephalus'' off the west coast of South Africa |periódico=South African Journal of Marine Science |data=junho de 1999 |volume=21 |número=1 |páginas=393–413 |doi=10.2989/025776199784126033|doi-access=free }}</ref><ref name="chuaetal2019">{{citar periódico|último1=Chua |primeiro1=Marcus A.H. |último2=Lane |primeiro2=David J.W. |último3=Ooi |primeiro3=Seng Keat |último4=Tay |primeiro4=Serene H.X. |último5=Kubodera |primeiro5=Tsunemi |título=Diet and mitochondrial DNA haplotype of a sperm whale (''Physeter macrocephalus'') found dead off Jurong Island, Singapore |periódico=PeerJ |data=5 de abril de 2019 |volume=7 |páginas=e6705 |doi=10.7717/peerj.6705|pmid=30984481 |pmc=6452849 }}</ref> Pensa-se que a estratégia de forrageamento de cachalotes para lulas bioluminescentes também pode explicar a presença desses pirossomas emissores de luz na dieta do cachalote.<ref name=chuaetal2019/> O bico afiado de uma lula consumida alojada no intestino da baleia pode levar à produção de [[âmbar cinza]], análoga à produção de [[pérola]]s nas ostras.<ref>{{citar periódico|autor=Dannenfeldt K.H.|ano=1982|título=Ambergris: The Search for Its Origin|periódico=Isis|volume=73|número=3|páginas=382–397|doi=10.1086/353040|pmid=6757176|s2cid=30323379}}</ref> A irritação dos intestinos causada pelos bicos de lula estimula a secreção dessa substância lubrificante. Os cachalotes são alimentadores prodigiosos e comem cerca de 3% do seu peso corporal por dia. O consumo anual total de presas por cachalotes em todo o mundo é estimado em cerca de 91 milhões de toneladas (100 milhões de toneladas curtas).<ref>{{citar livro|autor=Ellis, R.|título=Monsters of the Sea|ano=1994|publicado=The Lyons Press|local=Guilforde, Conecticute|página=245|isbn=978-1-59228-967-7|autorlink=Richard Ellis (biologist)}}</ref> Em comparação, o consumo humano de frutos do mar é estimado em 115 milhões de toneladas (127 milhões de toneladas curtas).<ref name=FAO2010>{{citar web|título=State of World Fisheries 2010|url=http://www.fao.org/docrep/013/i1820e/i1820e.pdf|publicado=Food and Agriculture Organization of the United Nations|página=21}}</ref>

Cachalotes caçam através da ecolocalização. Seus cliques estão entre os sons mais poderosos do reino animal (veja acima). Tem-se a hipótese de que pode atordoar a presa com seus cliques. Estudos experimentais tentando duplicar esse efeito não conseguiram replicar as supostas lesões, lançando dúvidas sobre essa ideia..<ref>{{citar periódico|autor1=Benoit-Bird K. Au W. |autor2=Kastelein R. |name-list-style=amp |título=Testing the odontocete acoustic prey debilitation hypothesis: No stunning results|periódico=The Journal of the Acoustical Society of America|volume=120|número=2|páginas=1118–1123|data=agosto de 2006|pmid=16938998|doi=10.1121/1.2211508|bibcode = 2006ASAJ..120.1118B }}</ref> Um estudo mostrando que os níveis de pressão sonora na lula estão mais do que uma ordem de magnitude abaixo dos níveis necessários para a debilitação e, portanto, impedindo o atordoamento acústico para facilitar a captura de presas.<ref>{{citar periódico|último1=Fais |primeiro1=A.|último2=Johnson |primeiro2=M. |último3=Wilson |primeiro3=M. |último4=Aguilar Soto |primeiro4=N. |último5=Madsen |primeiro5=P.T.|título=Sperm whale predator-prey interactions involve chasing and buzzing, but no acoustic stunning |periódico=Scientific Reports |ano=2016|volume=6 |página=28562 |doi=10.1038/srep28562|pmid=27340122|pmc=4919788|bibcode=2016NatSR...628562F}}</ref> Foi afirmado que os cachalotes, assim como outros grandes cetáceos, ajudam a fertilizar a superfície do oceano consumindo nutrientes nas profundezas e transportando esses nutrientes à superfície dos oceanos quando defecam, um efeito conhecido como bomba de baleia.<ref>[[Channel 4]] British television program ''Jimmy and the Whale Whisperer'', Sunday 23 September 2012, 7 pm to 8 pm</ref> Isso fertiliza o [[fitoplâncton]] e outras plantas na superfície do oceano e contribui à produtividade do oceano e a redução do carbono atmosférico.<ref>{{citar periódico|último1= Lavery |primeiro1= T. J.|último2= Roudnew |primeiro2= B.|último3= Gill |primeiro3= P.|último4= Seymour |primeiro4= J.|último5= Seuront |primeiro5= L.|último6= Johnson |primeiro6= G.|último7= Mitchell |primeiro7= J. G.|último8= Smetacek |primeiro8= V.| doi = 10.1098/rspb.2010.0863|título= Iron defecation by sperm whales stimulates carbon export in the Southern Ocean|periódico= Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences| volume = 277|número= 1699|páginas= 3527–3531|ano= 2010| pmid = 20554546| pmc =2982231}}</ref>

<!--[[Imagem:Physeter macrocephalus jumping.jpg|left|frame|Cachalote saltando nas águas dos Açores]]-->


O cachalote foi caçado nas águas dos arquipélagos portugueses da [[Região Autónoma da Madeira|Madeira]] e [[Açores]], respectivamente, até 1981<ref>{{Citar web|url=http://museudabaleia.com/index.php?option=com_content&task=view&id=13&Itemid=32|título=Origens|publicado=Museu da Baleia|arquivourl=https://archive.is/4Dls|arquivodata=12 de julho de 2012}}</ref> e 1984<ref name="horta.uac.pt">{{Citar web|sobrenome1=Prieto|nome1=Rui|sobrenome2=Cardigos|nome2=Frederico|url=http://www.horta.uac.pt/projectos/MSubmerso/old/200006/Cachalotes.htm|título=Os Cachalotes|publicado=Universidade dos Açores, Departamento de Oceanografia e Pesca|arquivodata=13 de janeiro de 2013|acessodata=16 de abril de 2022}}</ref>
O cachalote foi caçado nas águas dos arquipélagos portugueses da [[Região Autónoma da Madeira|Madeira]] e [[Açores]], respectivamente, até 1981<ref>{{Citar web|url=http://museudabaleia.com/index.php?option=com_content&task=view&id=13&Itemid=32|título=Origens|publicado=Museu da Baleia|arquivourl=https://archive.is/4Dls|arquivodata=12 de julho de 2012}}</ref> e 1984<ref name="horta.uac.pt">{{Citar web|sobrenome1=Prieto|nome1=Rui|sobrenome2=Cardigos|nome2=Frederico|url=http://www.horta.uac.pt/projectos/MSubmerso/old/200006/Cachalotes.htm|título=Os Cachalotes|publicado=Universidade dos Açores, Departamento de Oceanografia e Pesca|arquivodata=13 de janeiro de 2013|acessodata=16 de abril de 2022}}</ref>

Revisão das 12h08min de 18 de abril de 2022

 Nota: Para outros significados, veja Cachalote (desambiguação).
Como ler uma infocaixa de taxonomiaCachalote
Cachalote-fêmea e seu filhote
Cachalote-fêmea e seu filhote
Comparação de tamanho com um humano médio
Comparação de tamanho com um humano médio
Estado de conservação
Espécie vulnerável
Vulnerável (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Cetacea
Subordem: Odontoceti
Superfamília: Physeteroidea
Família: Physeteridae
Género: Physeter
Espécie: P. catodon
Nome binomial
Physeter catodon
Lineu, 1758
Distribuição geográfica
Distribuição do cachalote (azul)
Distribuição do cachalote (azul)
Sinónimos
[2]
  • Physeter catodon (Lineu, 1758)
  • Physeter microps (Lineu, 1758)
  • Physeter tursio (Lineu, 1758)
  • Physeter australasianus (Desmoulins, 1822)
  • Catodon australis (MacLeay, 1851)
  • Catodon colneti (Gray, 1850)
  • Catodon polycyphus (Quoy e Gaimard, 1824)
  • Catodon svineval (Lacépède, 1804)
  • Catodon trumpo (Lacépède, 1804)
  • Meganeuron krefftii (Gray, 1866)
  • Megistosaurus ensiformis (Godman, 1827)
  • Physalus cylindricus (Lacépède, 1804)
  • Physeter australis (Gray, 1846)
  • Physeter mular (Lacépède, 1804)
  • Physeter orthodon (Lacépède, 1804)
  • Physeter polycyphus (Quoy e Gaimard, 1824)

Cachalote ou cacharréu (nome científico: Physeter macrocephalus)[3][4] é a maior das baleias dentadas (odontocetos) e o maior predador com dentes. É o único membro vivo do gênero Physeter e uma das três espécies existentes na superfamília Physeteroidea, juntamente com o cachalote-pigmeu e o cachalote-anão do Kogia. É um mamífero pelágico com distribuição mundial e migra sazonalmente para alimentação e reprodução.[5] As fêmeas e os machos jovens vivem juntos em grupos, enquanto os machos maduros vivem vidas solitárias fora da época de acasalamento. As fêmeas cooperam para proteger e amamentar seus filhotes. As fêmeas dão à luz a cada quatro a vinte anos e cuidam dos bezerros por mais de uma década. Um cachalote maduro tem poucos predadores naturais, embora bezerros e adultos enfraquecidos às vezes sejam mortos por grupos de orcas (Orcinus orca).

Os machos maduros têm em média 16 metros (52 pés) de comprimento, mas alguns podem atingir 20,7 metros (68 pés), com a cabeça representando até um terço do comprimento do animal. Mergulhando a 2 250 metros (7 382 pés), é o terceiro mamífero mergulhador mais profundo, superado apenas pelo elefante-marinho-do-sul (Mirounga leonina) e pela baleia-bicuda-de-cuvier (Ziphius cavirostris).[6][7] O cachalote usa ecolocalização e vocalização tão alto quanto 230 decibéis (re 1 µPa m) debaixo d'água.[8] Tem o maior cérebro da Terra, mais de cinco vezes mais pesado que o de um humano. Os cachalotes podem viver 70 anos ou mais.[9]

O espermacete (óleo de esperma), do qual a baleia deriva seu nome, era um dos principais alvos da indústria baleeira e era procurado para uso em lamparinas, lubrificantes e velas. Âmbar cinza, um resíduo ceroso sólido às vezes presente em seu sistema digestivo, ainda é muito valorizado como fixador em perfumes, entre outros usos. Garimpeiros procuram âmbar cinza como destroços.[10] A caça de cachalotes era uma grande indústria no século XIX, retratada no romance Moby-Dick. A espécie é protegida pela moratória da Comissão Baleeira Internacional e está listada como vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN).

Etimologia e denominação

O termo "cachalote" é de origem ibérica, mais especificamente portuguesa setecentista (cachalote ou cacholote); segundo a Real Academia Espanhola, o termo deriva de cachola, 'cabeça grande'. Os franceses, que utilizaram o termo pela primeira vez em 1628, em Saint-Jean-de-Luz, para descrever o animal tido como "o macho da baleia", pensam que cachalot deriva do gascão cachau / caichal, registrado em Carcassona no sentido de "dentes grandes".[11][12] O Dicionário Etimológico Corominas diz que a origem da palavra é incerta, mas sugere-se que venha do latim vulgar cappula, plural de cappulum, punho da espada.[13]

Os anglófonos geralmente a chamam de sperm whale, apócope de spermaceti whale ("baleia de espermacete[14]), sendo o espermacete uma substância semilíquida e cerosa encontrada no órgão homônimo que ocupa um grande volume na cabeça do animal e serve como lastro durante os mergulhos. Spermaceti significa "esperma de baleia" em latim, a substância esbranquiçada tendo sido inicialmente confundida com fluido seminal.[15] Outro nome para o animal, em francês antigo, era physétére às ​​vezes derivado de physale, que era um afrancesamento do nome científico do gênero (Physeter). O nome do gênero deriva do termo grego antigo para "soprador", construído a partir de φυσώ (physó) que significa “explodir”. Este termo, agora completamente obsoleto, encontra-se, por exemplo, sob a pena de François Rabelais na grafia Physetère nos capítulos 33 e 34 de seu Le Quart Livre de 1552 onde Pantagruel reaparece. O nome específico macrocephalus também vem do grego, construído a partir de μακρός (makrós) e κεφαλή (képhalế) e significa literalmente “cabeça grande”; sua alternativa, catodon significa “dentes na mandíbula”, do grego κατά (katá) para “abaixo” e ὀδούς (odoús) para “dente".[16]

Sistemática

Taxonomia

Gravura de 1577 representando cachalotes encalhados. O desenho é bastante grosseiro. Note-se que o autor representou (por engano) duas narinas (ou respiradouros) na extremidade do melão de cada animal, olhos bem colocados e barbatanas dorsais mais salientes que as naturais.

O cachalote pertence à ordem dos cetartiodáctilos (Cetartiodactyla),[17][18] a ordem que contém todos os cetáceos e ungulados de dedos pares. É um membro do clado não classificado dos cetáceos (Cetacea), com todas as baleias, golfinhos e botos, e ainda classificado em odontocetos (Odontoceti), contendo todas as baleias dentadas e golfinhos. é colocado no gênero Physeter, da família dos fiseterídeos (Physeteridae), ele próprio colocado na superfamília dos fiseteroídeos (Physeteroidea), que agrupa todos os cachalotes.[19] Duas espécies existentes relacionadas do gênero Kogia — a saber, o cachalote-anão (K. sima) e o cachalote-pigmeu (K. breviceps) — às vezes também são colocados nesta família, ou então em sua própria família, a dos cogiídeos (Kogiidae).[20]

O ictiólogo sueco Peter Artedi descreveu a espécie como Physeter catodon em seu trabalho de 1738 Genera piscium, a partir do relato de um espécime encalhado nas Órcadas em 1693 e dois encalhados na Holanda em 1598 e 1601.[21] Carlos Lineu, descritor da espécie em 1758 em sua obra Systema Naturae, descreve quatro espécies do gênero:[22] P. catodon, P. macrocephalus, P. microps e P. tursio. Com base em um estudo de 1836 de Frédéric Cuvier seguido por todos os cetólogos, as quatro espécies foram reduzidas a uma única, mas permaneceu da descrição original uma ambiguidade à nomenclatura das espécies, P. macrocephalus e P catodon, que era usados ​​por Lineu ​​de forma intercambiável. A espécie era inicialmente conhecida como P. catodon, até que Husson e Holthuis em 1974 propuseram como o nome correto era P. macrocephalus,[23] o segundo nome originalmente descrito no gênero Physeter por Lineu junto com P. catodon, com base no fato de que os dois nomes são sinônimos publicados simultaneamente, devendo ser aplicado o princípio do primeiro revisor do CINZ, levando neste caso à escolha de P. macrocephalus, opinião repetida por Holthuis em 1987.[24] A maioria dos autores seguiu esse conclusão, embora Schevill (em 1986 e 1987) argumentou que P. macrocephalus havia sido publicado com uma descrição imprecisa e, portanto, apenas P. catodon poderia ser considerado válido, tornando inaplicável o princípio do "primeiro revisor".[25][26] A versão mais recente do ITIS alterou seu uso de P. catodon para P. macrocephalus,[27] seguindo L. B. Holthuis e discussões mais recentes (2008) com especialistas relevantes.[28] Além disso, o Comitê de Taxonomia da Sociedade para Mamíferos Marinhos, a maior associação internacional de cientistas de mamíferos marinhos do mundo, usa oficialmente Physeter macrocephalus ao publicar sua lista definitiva de espécies de mamíferos marinhos.[29]

A espécie tem muitos sinônimos, e até tem algumas subespécies descritas, embora agora seja considerada monotípica.

Táxons sinônimos ou incertos[30]
Espécie Subespécies
  • Physeter catodon (Lineu, 1758)
  • Physeter microps (Lineu, 1758)
  • Physeter tursio (Lineu, 1758)
  • Physeter andersonii (Borowski, 1780)
  • Physeter novaeangliae (Borowski, 1780)
  • Phiseter cylindricus (Bonnaterre, 1789)
  • Phiseter mular (Bonnaterre, 1789)
  • Phiseter trumpo (Bonnaterre, 1789)
  • Physeter microps rectidentatus (Kerr, 1792)
  • Physeter maximus (Cuvier, 1798)
  • Catodon macrocephalus (Lacépède, 1804)
  • Physalus cylindricus (Lacépède, 1804)
  • Physeter orthodon (Lacépède, 1804)
  • Physeterus sulcatus (Lacépède, 1818)
  • Physeter australasiensis (Desmoulins, 1822)
  • Tursio vulgaris (Fleming, 1822)
  • Delphinus bayeri (Risso, 1826)
  • Cetus cylindricus (Billberg, 1828)
  • Physeter australis (Gray, 1846)
  • Catodon colneti (Gray, 1850)
  • Catodon australis (Wall, 1851)
  • Catodon (Meganeuron) krefftii (Gray, 1865)
  • Physeter macrocephalus albicans (Kerr, 1792), sinônimo de Delphinapterus leucas ((Pallas, 1776))
  • Physeter macrocephalus cinereus (Kerr, 1792), nomen dubium
  • Physeter macrocephalus niger (Kerr, 1792), nomen dubium

História evolutiva

Fósseis

Ilustração do Zygophyseter caçando

Embora os dados fósseis sejam pobres,[31] vários gêneros extintos foram atribuídos à superfamília perfeitamente monofilética dos fiseteroídeos, que inclui o último ancestral comum do cachalote moderno, do cachalote-pigmeu e do cachalote-anão, e todos os descendentes desse ancestral. Ferecetotherium, encontrado no Azerbaijão e datado do Oligoceno (cerca de 28 a 23 milhões de anos atrás), é o fóssil mais primitivo encontrado que possui características específicas do esperma, como um rostro assimétrico.[32] A maioria dos cachalotes fósseis datam do período Mioceno, de 23 a 5 milhões de anos atrás. Diaphorocetus, da Argentina, foi datado do Mioceno Inferior. Fósseis do Mioceno Médio incluem Aulophyseter, Idiorophus e Orycterocetus, todos encontrados na costa oeste dos Estados Unidos, Livyatan melvillei encontrado em 2010 mais ao sul no Peru, e Scaldicetus que foi encontrado na Europa e Japão[32][33] Fósseis de Orycterocetus também foram encontrados no Oceano Atlântico Norte e no Mar Mediterrâneo, além da costa oeste dos Estados Unidos.[34] Placoziphius, encontrado na Europa, e Acrophyseter no Peru, são datados do final do Mioceno.[32][35]


Os fósseis de cachalote diferem do cachalote moderno em particular pelo número de dentes, bem como pela forma do rosto e da mandíbula.[32] Por exemplo, Scaldicetus tem um rostro afilado.[33] Os gêneros do Oligoceno e início do Mioceno Médio, com a possível exceção de Aulophyseter, tinham dentes na mandíbula superior. Acrophyseter, do final do Mioceno, também tinha dentes nas mandíbulas superior e inferior e um focinho curto com uma mandíbula inferior curvada para cima (mandíbula). Essas diferenças anatômicas sugerem que as espécies fósseis não eram necessariamente caçadoras de águas profundas, como o cachalote moderno, mas que alguns gêneros comiam principalmente peixes.[32] Zygophyseter, vivendo no meio ao final do Mioceno, tinha dentes em ambas as mandíbulas e parece ter sido adaptado para se alimentar de grandes presas, bem como a orca moderna.[36]

Filogenia

A teoria mais aceita afirma que os misticetos (baleias de barbatanas) e odontocetos (baleias dentadas) derivam de baleias primitivas do início do Oligoceno, e que a superfamília dos fisteroídeos divergiu de outras baleias dentadas pouco depois, há mais de 23 milhões de anos.[31][32] Realizadas entre 1993 e 1996, análises moleculares filogenéticas sugeriram que os cachalotes estão mais relacionados com as baleias de barbatanas do que com outras baleias dentadas, o que significaria que a subordem dos odontocetos não era monofilética, ou seja, não era um grupo de espécies que compreendem uma baleia dentada ancestral e todos os seus descendentes.[37][38] No entanto, estudos subsequentes de anatomia comparada e filogenia molecular usando um conjunto maior de caracteres morfológicos e marcadores moleculares contestaram esses resultados por motivos técnicos (enraizamento de árvores e alinhamentos usados) e concluíram que os odontocetos eram monofiléticos.[39][40][41]

Descrição

Aparência externa

Medições médias[42]
Comprimento massa
Macho 16 metros 41 toneladas
Fêmea 11 metros 14 toneladas
Recém-nascido 4 metros uma tonelada
Comparação de um adulto macho e fêmea com um mergulhador

Com alguns machos adultos medindo até 20,5 metros de comprimento e pesando 80 toneladas (79 toneladas longas; 88 toneladas curtas), o cachalote é a maior das baleias dentadas.[43][44][45][46] A título de comparação, as segundas maiores baleias dentadas, a Berardius, medem 12,8 metros para uma massa de até "apenas" 15 toneladas.[42] O dimorfismo sexual na espécie é um dos mais marcantes entre todos os cetáceos. Ao nascer, os representantes de ambos os sexos têm aproximadamente o mesmo tamanho,[42] mas os machos adultos são geralmente 30% a 50% mais longos e até três vezes mais pesados.[46] De fato, as fêmeas pesam em média 14 toneladas por 11 metros de comprimento, enquanto os machos também pesam, em média, 41 toneladas por 16 metros de comprimento.[42] Cachalotes recém-nascidos geralmente têm entre 3,7 e 4,3 metros (12 a 14 pés) de comprimento.[47] Os cachalotes fêmeas são fisicamente maduras em cerca de 10,6 a 11 metros (35 a 36 pés) de comprimento e geralmente não crescem muito mais do que cerca de 12 metros (39 pés). Cachalotes machos são fisicamente maduros em cerca de 16 metros (52 pés) de comprimento e geralmente atingindo um máximo de cerca de 18 a 19 metros (59 a 62 pés).[48][49][50]

Há relatos antigos de cachalotes se aproximando, atingindo ou excedendo 80 pés (24 metros) de comprimento, mas há discordância quanto à precisão dessas alegações que são frequentemente consideradas exageros ou medidas ao longo das curvas do corpo.[43][45] O espécime que se diz ter afundado o Essex (um dos incidentes por trás da lenda de Moby Dick) foi descrito como tendo 26 metros de comprimento.[50][51] O Museu da Baleia de Nantucket possui uma mandíbula de 5,5 metros de comprimento, de um indivíduo medindo, por extrapolação, 24 metros de comprimento. Um maxilar de 5 metros (16 pés) de comprimento é mantido no Museu de História Natural Britânico e um maxilar de 4,7 metros (15 pés) de comprimento é mantido no Museu de História Natural da Universidade de Oxford.[43] Em 1853, foi relatado um cachalote de 62 pés (19 metros) de comprimento com uma cabeça medindo 20 pés (6,1 metros).[52]

Desenho de espécime com seu esqueleto
A cauda verticalmente durante a "sonda" de um cachalote em Kaikoura (Nova Zelândia)

O maior animal pesado por inteiro era um cachalote que media 18 metros (59 pés) de comprimento e pesava 53 toneladas (52 toneladas longas; 58 toneladas curtas).[43] O maior cachalote pesava aos poucos tinha 18,1 metros (59 pés) de comprimento e pesava 57 toneladas (56 toneladas longas; 63 toneladas curtas).[44] Um indivíduo medindo 20,7 metros (68 pés) foi relatado por uma frota baleeira soviética perto das ilhas Curilas em 1950 e é citado por alguns autores como o maior medido com precisão. Estima-se que pesava 80 toneladas (79 toneladas longas; 88 toneladas curtas).[43][44] Em uma revisão da variação de tamanho na megafauna marinha, McClain e colegas observaram que o maior macho registrado pela Comissão Baleeira Internacional tinha 24 metros (79 pés) em 1933, que apoiaram como o maior. No entanto, tamanhos como esses são raros, com 95% dos cachalotes registrados abaixo de 15,85 metros (52,0 pés).[45] A caça extensiva de baleias pode ter diminuído seu tamanho, pois os machos eram muito procurados, principalmente após a Segunda Guerra Mundial.[53] Hoje, os machos geralmente não excedem 18,3 metros (60 pés) de comprimento ou 51 toneladas (50 toneladas longas; 56 toneladas curtas) de peso.[42] Outra visão sustenta que a exploração por sobrepeso praticamente não teve efeito sobre o tamanho dos cachalotes, e seu tamanho pode ter aumentado nos tempos atuais com base nos efeitos dependentes da densidade.[54] Velhos machos capturados nas ilhas Solander foram registrados como extremamente grandes e extraordinariamente ricos em gordura.[55]

É improvável que o corpo único do cachalote seja confundido com qualquer outra espécie. A forma distinta do cachalote vem de sua cabeça muito grande em forma de bloco, que pode ter de um quarto a um terço do comprimento do animal. O espiráculo em forma de S está localizado muito perto da frente da cabeça e deslocado para a esquerda da baleia.[56] Os lóbulos da cauda do cachalote são triangulares e muito grossos. Proporcionalmente, são maiores do que qualquer outro cetáceo e são muito flexíveis.[57] A baleia levanta suas barbatanas para fora da água quando começa um mergulho de alimentação.[56] Tem uma série de cumes no terço caudal das costas em vez de uma barbatana dorsal. A maior crista foi chamada de 'corcunda' pelos baleeiros, e pode ser confundida com uma barbatana dorsal devido à sua forma e tamanho.[42] Em contraste com a pele lisa da maioria das baleias grandes, sua pele traseira é geralmente enrugada e tem sido comparada a uma ameixa seca por entusiastas da observação de baleias.[58] Albinos foram relatados.[59][60][61]

Esqueleto

Esqueleto completo exposto em Morro Jable, Forteventura, Canárias
Desenho do esqueleto com legendas dos principais grupos ósseos

As costelas são ligadas à coluna por cartilagem flexível, o que permite que a caixa torácica colapse em vez de se romper sob alta pressão.[62] Enquanto os cachalotes estão bem adaptados ao mergulho, mergulhos repetidos em grandes profundidades têm efeitos a longo prazo. Ossos mostram a mesma corrosão que sinaliza a doença descompressiva em humanos. Esqueletos mais velhos mostraram as mais extensas perfurações, enquanto os bezerros não apresentaram danos. Esse dano pode indicar que os cachalotes são suscetíveis à doença descompressiva, e o aparecimento súbito pode ser letal para eles.[63] Como a de todos os cetáceos, a espinha do cachalote tem articulações zigapofisárias reduzidas, das quais os remanescentes são modificados e se posicionam mais acima no processo espinhoso dorsal vertebral, abraçando-o lateralmente, para evitar flexão lateral extensa e facilitar mais flexão dorso-ventral. Essas modificações evolutivas tornam a coluna mais flexível, porém mais fraca do que as dos vertebrados terrestres.[64] Como o de outras baleias dentadas, o crânio do cachalote é assimétrico para ajudar na ecolocalização. As ondas sonoras que atingem a baleia de diferentes direções não serão canalizadas da mesma maneira.[65]

Mandíbula e dentes

Dente de cachalote comparado a um lápis

A mandíbula inferior do cachalote é muito estreita e suspensa.[66] O cachalote tem de 18 a 26 dentes em cada lado de sua mandíbula inferior que se encaixam em cavidades na mandíbula superior.[66] Os dentes são em forma de cone e pesam até 1 quilograma (2,2 libras) cada.[67] Os dentes são funcionais, mas não parecem ser necessários para capturar ou comer lulas, já que animais bem alimentados foram encontrados sem dentes ou mesmo com mandíbulas deformadas. Uma hipótese é que os dentes sejam usados na agressão entre machos.[68] Os machos maduros geralmente apresentam cicatrizes que parecem ser causadas pelos dentes. Dentes rudimentares também estão presentes no maxilar superior, mas raramente emergem na boca.[69] Analisar os dentes é o método preferido para determinar a idade de uma baleia. Como os anéis de envelhecimento em uma árvore, os dentes constroem camadas distintas de cemento e dentina à medida que crescem.[70]

Cérebro

O cérebro do cachalote é o maior conhecido de qualquer animal moderno ou extinto, pesando em média cerca de 7,8 quilos (17 libras)[71][72] (com o menor conhecido pesando 6,4 quilos (14 libras) e o maior conhecido pesando 9,2 quilos (20 libras),[43][44] mais de cinco vezes mais pesado que o de um humano e tem um volume de cerca de 8 mil centímetros cúbicos.[73] Embora cérebros maiores geralmente se correlacionem com inteligência superior, não é o único fator. Elefantes e golfinhos também têm cérebros maiores que os humanos.[74] O cachalote tem um quociente de encefalização mais baixo do que muitas outras espécies de baleias e golfinhos, menor do que os macacos antropoides não humanos e muito menor do que os humanos.[72][75] O cérebro do cachalote é o maior de todos os mamíferos, tanto em termos absolutos quanto relativos. O sistema olfativo é reduzido, sugerindo que o cachalote tem um mau sentido de paladar e olfato. Em contraste, o sistema auditivo é ampliado. O trato piramidal é pouco desenvolvido, refletindo a redução de seus membros.[76]

A mandíbula inferior é longa e estreita; os dentes se encaixam em cavidades ao longo da mandíbula superior

Sistema biológico

O sistema respiratório do cachalote se adaptou para lidar com mudanças drásticas de pressão durante o mergulho. A caixa torácica flexível permite o colapso pulmonar, reduzindo a ingestão de nitrogênio, e o metabolismo pode diminuir para conservar o oxigênio.[77][78] Entre os mergulhos, o cachalote emerge para respirar por cerca de oito minutos antes de mergulhar novamente.[56] Odontocetos respiram ar na superfície através de um único espiráculo em forma de S, que é extremamente inclinado à esquerda. Os cachalotes jorram (respiram) 3 a 5 vezes por minuto em repouso, aumentando para 6 a 7 vezes por minuto após um mergulho. O sopro é um fluxo único e barulhento que sobe até 2 metros (6,6 pés) ou mais acima da superfície e aponta para frente e à esquerda em um ângulo de 45°.[79] Em média, as fêmeas e os juvenis sopram a cada 12,5 segundos antes dos mergulhos, enquanto os machos grandes sopram a cada 17,5 segundos antes dos mergulhos.[80] Um cachalote morto 160 quilômetros (100 milhas) ao sul de Durbã, África do Sul, após um mergulho de 1 hora e 50 minutos foi encontrado com dois cações (Scymnodon sp.), geralmente encontrados no fundo do mar, em sua barriga.[81]

O cérebro do cachalote é o maior do mundo, cinco vezes mais pesado que o de um humano
Sistema circulatório de um feto

O cachalote tem o sistema intestinal mais longo do mundo,[82] excedendo 300 metros em espécimes maiores.[83][84] Semelhante aos ruminantes, o cachalote tem um estômago de quatro câmaras. A primeira não secreta sucos gástricos e tem paredes musculares muito grossas para esmagar o alimento (já que as baleias não podem mastigar) e resistir aos ataques de garras e ventosas da lula engolida. A segunda câmara é maior e é onde ocorre a digestão. Bicos de lula não digeridos se acumulam na segunda câmara – até 18 mil foram encontrados em alguns espécimes dissecados.[83][85] A maioria dos bicos de lula são vomitados pela baleia, mas alguns ocasionalmente chegam ao intestino posterior. Esses bicos precipitam a formação de âmbar cinza.[86]

Em 1959, o coração de um macho de 22 toneladas métricas (24 toneladas curtas) capturado por baleeiros foi medido em 116 quilos (256 libras), cerca de 0,5% de sua massa total.[87] O sistema circulatório possui uma série de adaptações específicas ao ambiente aquático. O diâmetro do arco aórtico aumenta à medida que sai do coração. Essa expansão bulbosa atua como um windkessel, garantindo um fluxo sanguíneo constante à medida que a frequência cardíaca diminui durante o mergulho.[88] As artérias que saem do arco aórtico estão posicionadas simetricamente. Não há artéria costocervical. Não há conexão direta entre a artéria carótida interna e os vasos do cérebro.[89] Seu sistema circulatório se adaptou para mergulhar em grandes profundidades, até 2 250 metros (7 382 pés)[6][7][90][91][92] por até 120 minutos.[93] Os mergulhos mais típicos têm cerca de 400 metros (1 310 pés) e 35 minutos de duração.[56] A mioglobina, que armazena oxigênio no tecido muscular, é muito mais abundante do que em animais terrestres.[94] O sangue tem uma alta densidade de glóbulos vermelhos, que contêm hemoglobina transportadora de oxigênio. O sangue oxigenado pode ser direcionado apenas ao cérebro e outros órgãos essenciais quando os níveis de oxigênio se esgotam.[95][96][97] O órgão de espermacete também pode desempenhar um papel no ajuste da flutuabilidade (veja abaixo).[98] As retia mirabilia arteriais são extraordinariamente bem desenvolvidas. Os complexos retia mirabilia arteriais do cachalote são mais extensos e maiores do que os de qualquer outro cetáceo.[89]

Sentidos

Órgão do espermacete e melão

Anatomia da cabeça do cachalote; os órgãos acima da mandíbula são dedicados à geração de som
Lábios fônicos
O saco frontal, exposto; Sua superfície é coberta com protuberâncias cheias de fluido

No topo do crânio da baleia está posicionado um grande complexo de órgãos preenchidos com uma mistura líquida de gorduras e ceras chamada espermacete. O objetivo deste complexo é gerar sons de clique poderosos e focados, cuja existência foi comprovada por Valentine Worthington e William Schevill quando uma gravação foi produzida em um navio de pesquisa em maio de 1959.[99] O cachalote usa esses sons para ecolocalização e comunicação.[100][101][102] O órgão do espermacete é como um grande barril de espermacete. Sua parede circundante, conhecida como case, é extremamente resistente e fibrosa. O estojo pode conter até 1 900 litros de espermacete.[103] É proporcionalmente maior nos machos.[104] Este óleo é uma mistura de triglicerídeos e ésteres de cera. A proporção de ésteres de cera no órgão do espermacete aumenta com a idade da baleia: 38–51% em bezerros, 58–87% em fêmeas adultas e 71–94% em machos adultos.[105] O espermacete no centro do órgão tem um teor de cera mais alto do que as áreas externas.[106] A velocidade do som no espermacete é de 2 684 m/s (a 40 kHz, 36°C), tornando-o quase duas vezes mais rápido que no óleo do melão de um golfinho.[107]

Abaixo do órgão do espermacete encontra-se o "lixo" que consiste em compartimentos de espermacete separados por cartilagem. É análogo ao melão encontrado em outras baleias dentadas.[108] A estrutura do lixo redistribui o estresse físico pelo crânio e pode ter evoluído para proteger a cabeça durante o golpe.[109][110][108] Passando pela cabeça há duas passagens de ar. A passagem esquerda corre ao longo do órgão espermacete e vai diretamente para o espiráculo, enquanto a passagem direita corre por baixo do órgão espermacete e passa o ar através de um par de lábios fônicos e para o saco distal na frente do nariz. O saco distal é conectado ao espiráculo e ao término da passagem esquerda. Quando a baleia está submersa, pode fechar o espiráculo e o ar que passa pelos lábios fônicos pode circular de volta aos pulmões. O cachalote, ao contrário de outros odontocetos, tem apenas um par de lábios fônicos, enquanto todas as outras baleias dentadas têm dois.[111] Na extremidade posterior deste complexo de espermacete está o saco frontal, que cobre a superfície côncava do crânio. A parede posterior do saco frontal é coberta por protuberâncias cheias de líquido, com cerca de 4 a 13 milímetros de diâmetro e separadas por sulcos estreitos. A parede anterior é lisa. A superfície nodosa reflete as ondas sonoras que vêm através do órgão do espermacete dos lábios fônicos. As ranhuras entre as protuberâncias prendem uma película de ar que é consistente qualquer que seja a orientação ou profundidade da baleia, tornando-a um excelente espelho de som.[107]

Os órgãos do espermacete também podem ajudar a ajustar a flutuabilidade da baleia. Supõe-se que antes da baleia mergulhar, a água fria entra no órgão e é provável que os vasos sanguíneos se contraiam, reduzindo o fluxo sanguíneo e, portanto, a temperatura. A cera solidifica e reduz de volume.[98][112] Durante a caça, o consumo de oxigênio, juntamente com a dilatação dos vasos sanguíneos, produz calor e derrete o espermacete, aumentando sua flutuabilidade e facilitando a submersão.[113] No entanto, trabalhos mais recentes[114] encontraram muitos problemas com essa teoria, incluindo a falta de estruturas anatômicas à troca de calor real.[115] A história fictícia de Herman Melville, Moby-Dick, sugere que a "caixa" contendo o espermacete serve como um aríete para uso em brigas entre machos.[116] Alguns exemplos famosos incluem o bem documentado naufrágio dos navios Essex e Ann Alexander por atacantes estimados em apenas um quinto do peso dos navios.[108]

Olhos e visão

Um pedaço da parede posterior do saco frontal
Como outras baleias dentadas, o cachalote pode retrair seus olhos

O olho do cachalote não difere muito dos de outras baleias dentadas, exceto em tamanho. É a maior entre as baleias dentadas, pesando cerca de 170 gramas. É de forma geral elipsoide, comprimido ao longo do eixo visual, medindo cerca de 7×7×3 centímetros. A córnea é elíptica e o cristalino é esférico. A esclera é muito dura e espessa, cerca de 1 centímetro anteriormente e 3 centímetros posteriormente. Não há músculos ciliares. A coroide é muito espessa e contém um tapetum lucidum fibroso. Como outras baleias dentadas, o cachalote pode retrair e projetar seus olhos, graças a um músculo retrator de 2 centímetros de espessura preso ao redor do olho no equador,[117] mas é incapaz de rolar os olhos em suas órbitas.[118] De acordo com Fristrup e Harbison (2002),[117] os olhos do cachalote proporcionam boa visão e sensibilidade à luz. Eles conjecturaram que os cachalotes usam a visão para caçar lulas, detectando silhuetas de baixo ou detectando bioluminescência.[119]

Sono

Há algum tempo, os pesquisadores estão cientes de que os cachalotes podem dormir por curtos períodos, assumindo uma posição vertical com a cabeça logo abaixo ou na superfície, ou de cabeça para baixo.[120] Um estudo de 2008 publicado na Current Biology registrou evidências de que as baleias podem dormir com os dois lados do cérebro. Parece que algumas baleias podem cair em um sono profundo por cerca de 7% do tempo, na maioria das vezes entre as 18h e meia-noite.[121]

Genética

Os cachalotes têm 21 pares de cromossomos (2n=42).[122] O genoma de baleias vivas pode ser examinado recuperando a pele perdida.[123]

Complexo de vocalização

Após a descoberta de Valentine Worthington e William Schevill confirmarem a existência de vocalização de baleias,[99] outros estudos realizados descobriram que os cachalotes são capazes de emitir sons a um volume de 230 decibéis – mais do que um motor a jato de avião na decolagem – que o torno o animal mais barulhento do mundo.[124] A vocalização do cachalote é um comportamento aprendido que é específico do clã.[125]

Mecanismo

Ao ecolocalizar, o cachalote emite um feixe de cliques de banda larga focado direcionalmente. Os cliques são gerados forçando o ar através de um par de lábios fônicos (também conhecidos como "lábios de macaco" ou museau de singe) na extremidade frontal do nariz, logo abaixo do espiráculo. O som então viaja para trás ao longo do comprimento do nariz através do órgão do espermacete. A maior parte da energia sonora é então refletida do saco frontal no crânio e no melão, cuja estrutura semelhante a uma lente a focaliza.[101][102][126] Parte do som será refletido de volta para o órgão do espermacete e de volta à frente do nariz da baleia, onde será refletido através do órgão do espermacete pela terceira vez. Essa reflexão para frente e para trás que acontece na escala de alguns milissegundos cria uma estrutura de cliques de vários pulsos.[127] Essa estrutura de cliques de múltiplos pulsos permite que os pesquisadores meçam o órgão do espermacete da baleia usando apenas o som de seus cliques.[128][129]

Como o intervalo entre os pulsos do clique de um cachalote está relacionado ao comprimento do órgão produtor de som, o clique de uma baleia é exclusivo para esse indivíduo. No entanto, se a baleia amadurece e o tamanho do órgão do espermacete aumenta, o tom do clique da baleia também muda.[129] A mandíbula inferior é o caminho de recepção primária para os ecos. Um canal contínuo cheio de gordura transmite os sons recebidos ao ouvido interno.[130] A fonte do ar forçado através dos lábios fônicos é a passagem nasal direita. Enquanto a passagem nasal esquerda se abre para o orifício de respiração, a passagem nasal direita evoluiu para fornecer ar aos lábios fônicos. Acredita-se que as narinas do ancestral terrestre do cachalote migraram através da evolução para suas funções atuais, a narina esquerda tornando-se o espiráculo e a narina direita tornando-se os lábios fônicos.[131] O ar que passa pelos lábios fônicos passa para o saco distal, depois desce pela passagem nasal esquerda. Essa reciclagem do ar permite que a baleia gere continuamente cliques enquanto estiver submersa.[132]

Tipos de vocalização

Um rangido é uma série rápida de cliques de alta frequência que soam um pouco como uma dobradiça de porta rangendo. Geralmente é usado ao se aproximar de uma presa.[133] Cliques lentos são ouvidos apenas na presença de machos (não é certo se as fêmeas ocasionalmente os fazem). Os machos fazem muitos cliques lentos em áreas de reprodução (74% do tempo), tanto perto da superfície quanto em profundidade, o que sugere que são principalmente sinais de acasalamento. Fora dos criadouros, cliques lentos raramente são ouvidos e geralmente perto da superfície.[134] Uma coda é um padrão curto de 3 a 20 cliques que é usado em situações sociais. Já foram pensados ​​para serem uma maneira pela qual os indivíduos se identificavam, mas indivíduos foram observados produzindo várias codas, e as mesmas codas são usadas por vários indivíduos.[135] No entanto, cada clique contém uma assinatura física que sugere que os cliques podem ser usados ​​para identificar indivíduos.[100] Grupos geograficamente separadas exibem dialetos distintos.[136] Os machos grandes são geralmente solitários e raramente produzem codas.[135] Nos criadouros, as codas são quase inteiramente produzidas por fêmeas adultas. Apesar da evidência de que os cachalotes compartilham codas semelhantes, ainda não se sabe se os cachalotes possuem repertórios de codas individualmente específicos ou se os indivíduos fazem codas em taxas diferentes.[137]

Características dos cliques de cachalote[133]
Tipo de clique Nível de origem
aparente
(dB re 1 µPa m])
Direcionalidade Frequência
centroide
(kHz)
Intervalo
interclique
(s)
Duração
do clique
(ms)
Duração
do pulso
(ms)
Alcance audível
do cachalote
(km)
Função inferida Mostra de áudio
Comum 230 Alto 15 0.5–1.0 15–30 0.1 16 Procurando pela presa
Rangido 205 Alto 15 0.005–0.1 0.1–5 0.1 6 Aproximando-se da presa
Coda 180 Baixo 5 0.1–0.5 35 0.5 ~2 Comunicação social
Baixo 190 Baixo 0.5 5–8 30 5 60 Comunicação dos machos

Ecologia

Distribuição

Concentração global dos cachalotes

A análise genética indica que a população mundial de cachalotes se originou no Oceano Pacífico de uma população de cerca de 10 mil animais há cerca de 100 mil anos, quando a expansão das calotas polares bloqueou seu acesso a outros mares. Em particular, foi revelado que a colonização do Atlântico ocorreu várias vezes durante essa expansão de seu alcance.[138] Os cachalotes estão entre as espécies mais cosmopolitas. Preferem águas sem gelo com mais de mil metros (3 300 pés) de profundidade.[1] Embora ambos os sexos variem em oceanos e mares temperados e tropicais, apenas os machos adultos povoam latitudes mais altas.[59] Entre várias regiões, como ao longo das águas costeiras do sul da Austrália, os cachalotes foram considerados localmente extintos.[139] São relativamente abundantes dos polos ao equador e são encontrados em todos os oceanos. Habitam o Mar Mediterrâneo, mas não o Mar Negro,[42] enquanto sua presença no Mar Vermelho é incerta.[1] As entradas rasas do Mar Negro e do Mar Vermelho podem explicar sua ausência.[140]

Machos adultos são conhecidos por entrar em baías surpreendentemente rasas para descansar. Existem grupos costeiros únicos relatados em várias áreas do globo, como perto das águas costeiras da Escócia[141] e da Península de Xiretoco, ao largo de Kaikoura, no golfo de Davao. Esses grupos costeiros eram mais abundantes nos dias anteriores à caça às baleias.[142] As populações são mais densas perto das plataformas continentais e dos cânions.[59] Os cachalotes geralmente são encontrados em águas profundas e mar aberto, mas podem ser vistos mais perto da costa, em áreas onde a plataforma continental é pequena e cai rapidamente para profundidades de 310 a 920 metros (1 020 a 3 020 pés).[42]

As áreas costeiras com populações significativas de cachalotes incluem os Açores e a Dominica.[143] O primeiro avistamento na costa do Paquistão foi feito em 2017,[144][145] enquanto o primeiro registro na costa oeste da Península Coreana (Mar Amarelo) foi feito em 2005[146][147] seguido por um perto da ilha Ganghwa em 2009.[148] Nas águas do leste asiático, as baleias também são observadas regularmente em águas costeiras em lugares como as ilhas Comandante e Curilas, Xiretoco, que é um dos poucos locais onde os cachalotes podem ser observados das costas,[149] ao largo de Kinkasan, nas proximidades da baía de Tóquio.[150] e a península de Boso até Izu[151][152] e as ilhas Izu, as ilhas Vulcano, Iacuxima e as ilhas Tocara até as ilhas Léquias,[153][154] Taiuã, as ilhas Marianas do Norte,[155] e assim por diante. Registros históricos de captura sugerem que poderia ter havido áreas de agressão menores também no mar do Japão.[156] Em 2004, ao longo da Península Coreana, oito animais foram avistados ao largo de Guryongpo. Foi a primeira observação confirmada dentro do Mar do Japão desde o último registo de cinco baleias ao largo de Ulsan em 1911[147][157] e outros nove no Mar da China Oriental em 1999.[158]

Dieta

Um fragmento de pele de cachalote exibindo cicatrizes de ferimentos provocados por ventosas de lula-gigante
Âmbar cinza

Os cachalotes geralmente mergulham entre 300 a 800 metros (980 a 2 620 pés), e às vezes 1 a 2 quilômetros (3 300 a 6 600 pés), em busca de comida. Esses mergulhos podem durar mais de uma hora.[159] Eles se alimentam de várias espécies, notadamente a lula-gigante (Architeuthis spp.), mas também a lula-colossal (Mesonychoteuthis hamiltoni), polvos e peixes como raias demersais, mas sua dieta é principalmente lulas de tamanho médio. Algumas presas podem ser capturadas acidentalmente enquanto comem outros itens.[160] A maior parte do que se sabe sobre a lula do fundo do mar foi aprendida a partir de espécimes em estômagos de cachalotes capturados, embora estudos mais recentes tenham analisado fezes. Um estudo, realizado em Galápagos, descobriu que lulas dos gêneros Histioteuthis (62%), Ancistrocheirus (16%) e Octopoteuthis (7%) pesando entre 12 e 650 gramas (0,026 e 1,433 libras) foram as mais comumente capturadas.[161] Batalhas entre cachalotes e lulas-gigantes ou lulas-colossais nunca foram observadas por humanos; no entanto, acredita-se que as cicatrizes brancas na pela das baleias sejam causadas pela lula-gigante. Um estudo publicado em 2010 coletou evidências que sugerem que cachalotes fêmeas podem colaborar ao caçar lulas-de -humboldt (Dosidicus gigas).[162] Estudos de marcação mostraram que os cachalotes caçam de cabeça para baixo no fundo de seus mergulhos profundos. Sugere-se que as baleias possam ver a silhueta da lula acima delas contra a luz fraca da superfície.[163]

Um estudo mais antigo, examinando as baleias capturadas pela frota baleeira da Nova Zelândia na região do estreito de Cook, encontrou uma proporção de 1,69:1 de lula para peixe em peso.[164] Os cachalotes às vezes pegam peixe-carvão-do-pacífico e Dissostichus de espinheis. Operadores de pesca com espinhel no golfo do Alasca reclamam que os cachalotes aproveitam suas operações de pesca para comer espécies desejáveis, poupando as baleias da necessidade de caçar.[165] No entanto, a quantidade de peixes capturados é muito pequena em comparação com o que o cachalote precisa por dia. Imagens de vídeo foram capturadas de um grande cachalote macho "saltando" uma longa linha para pegar o peixe.[166] Acredita-se que os cachalotes predam o tubarão-boca-grande, uma espécie rara e grande de águas profundas descoberta na década de 1970.[167] Em um caso, três cachalotes foram observados atacando ou brincando com um boca-grande.[168]

Os cachalotes também se alimentam de pirossomas bioluminescentes, como o Pyrosoma atlanticum.[169][170][171] Pensa-se que a estratégia de forrageamento de cachalotes para lulas bioluminescentes também pode explicar a presença desses pirossomas emissores de luz na dieta do cachalote.[171] O bico afiado de uma lula consumida alojada no intestino da baleia pode levar à produção de âmbar cinza, análoga à produção de pérolas nas ostras.[172] A irritação dos intestinos causada pelos bicos de lula estimula a secreção dessa substância lubrificante. Os cachalotes são alimentadores prodigiosos e comem cerca de 3% do seu peso corporal por dia. O consumo anual total de presas por cachalotes em todo o mundo é estimado em cerca de 91 milhões de toneladas (100 milhões de toneladas curtas).[173] Em comparação, o consumo humano de frutos do mar é estimado em 115 milhões de toneladas (127 milhões de toneladas curtas).[174]

Cachalotes caçam através da ecolocalização. Seus cliques estão entre os sons mais poderosos do reino animal (veja acima). Tem-se a hipótese de que pode atordoar a presa com seus cliques. Estudos experimentais tentando duplicar esse efeito não conseguiram replicar as supostas lesões, lançando dúvidas sobre essa ideia..[175] Um estudo mostrando que os níveis de pressão sonora na lula estão mais do que uma ordem de magnitude abaixo dos níveis necessários para a debilitação e, portanto, impedindo o atordoamento acústico para facilitar a captura de presas.[176] Foi afirmado que os cachalotes, assim como outros grandes cetáceos, ajudam a fertilizar a superfície do oceano consumindo nutrientes nas profundezas e transportando esses nutrientes à superfície dos oceanos quando defecam, um efeito conhecido como bomba de baleia.[177] Isso fertiliza o fitoplâncton e outras plantas na superfície do oceano e contribui à produtividade do oceano e a redução do carbono atmosférico.[178]


O cachalote foi caçado nas águas dos arquipélagos portugueses da Madeira e Açores, respectivamente, até 1981[179] e 1984[14]

Referências

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