Maracanã (Rio de Janeiro): diferenças entre revisões

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Revisão das 14h50min de 16 de abril de 2012

Maracanã
Bairro do Rio de Janeiro
Vista do estádio e cercanias do bairro do Maracanã
Área 166,73 ha (em 2003)
Fundação 23 de julho de 1981
IDH 0,944[1](em 2000)
Habitantes 25 256 (em 2010)[2]
Domicílios 10 902 (em 2010)
Limites Vila Isabel, Tijuca, Mangueira,
Pça da Bandeira, S.Cristóvão e
São Francisco Xavier[3]
Distrito Vila Isabel
Região Administrativa IX R.A.(Vila Isabel)
Mapa

Maracanã é um bairro popular da Zona Norte do Rio de Janeiro.

História

Localiza-se às margens do Rio Maracanã e nos arredores do complexo esportivo do Maracanã. Faz parte de um conglomerado de bairros chamado de Grande Tijuca.

Faz limite com a Praça da Bandeira, Aldeia Campista,Tijuca, Mangueira, Vila Isabel e São Francisco Xavier[4]. Apesar de ser vizinho à Mangueira, esta não se localiza dentro dos limites do bairro, é um dos poucos bairros cariocas que atualmente não possuem favelas. Possui o segundo maior IDH da Zona Norte (0,944 em 2000), perdendo apenas para o Jardim Guanabara.

Rio Joana, 5.500 m, desague no Canal do Mangue.

Cortado pela Avenida Maracanã, uma das principais vias de acesso à Tijuca, tem também como ruas principais a São Francisco Xavier, General Canabarro e a Avenida Professor Manoel de Abreu.

É um bairro de ruas tipicamente residenciais, embora tenham muito trânsito e contenham diversos colégios e empresas, como a sede da Petrobras Distribuidora na Rua General Canabarro.

Atualmente, o Maracanã faz parte da IX Região Administrativa (RA IX) (Vila Isabel), que abrange os bairros de Vila Isabel, Andaraí e Grajaú. Ocupa uma área territorial de aproximadamente 1,67 km², com uma total construída de 100%, não apresentando área verde. Portanto, é totalmente urbanizado, com ruas asfaltadas, rios canalizados e rede de esgoto implantada em toda a região.

Quanto ao uso do solo, pode-se dizer que é basicamente residencial, com grande número de imóveis e particularmente de edifícios. A população do bairro caiu de 27.319 habitantes em 2000, para 25.256 habitantes em 2010.

O nome Maracanã vem do tupi maraka'nã, que significa papagaio. Provavelmente o rio homônimo recebeu este nome por ter suas cercanias habitadas por uma ou mais espécies destes psitacídeos. Alguns alegam que estas aves nativas habitam o bairro até hoje, mas as que são vistas hoje em dia voando são provenientes do Jardim Zoológico, localizado na Quinta da Boa Vista, assim como as garças que são freqüentemente vistas se alimentando no Rio Maracanã.

Cruzamento da Avenida Maracanã com a Rua São Francisco Xavier.

A região, que hoje abriga o bairro Maracanã, fazia parte de uma das 21 freguesias ou paróquias, que formavam o Rio de Janeiro no século XVIII, que eram divididas sob aspecto eclesiástico. A freguesia de São Francisco Xavier do Engenho Velho foi criada em 1762 e pertencia à Ordem dos padres Jesuítas, que utilizavam a área como lavoura de diversas culturas como arroz e cacau. Abrigava os antigos bairros do Andaraí Grande e Andaraí Pequeno, Aldeia Campista, Fábrica das Chitas e Vila Isabel. Posteriormente formaram a região da Grande Tijuca.

O Rio Maracanã possui 8.510 metros de extensão desde sua nascente na vertente norte do maciço da Tijuca até sua foz, sendo um dos rios contribuintes ao canal do Mangue, que por sua vez alimenta a Baía de Guanabara. Considerado um dos principais rios da Grande Tijuca, o rio responsável pela nomenclatura do bairro, é um dos grandes pontos de discussões acerca das enchentes no Município do Rio de Janeiro.

De 1818 a 1823 foi feito o primeiro plano de captação de suas águas, com a construção de um encanamento provisório até o Campo de Santana (atual Praça da República). A nova canalização foi realizada na década de 50 do século XIX no baixo curso do rio, onde o terreno era um alagadiço. Devido ao elevado grau de urbanização ocorrido na área, gerou problemas antagônicos. Por isso, devido à urbanização relacionada à valorização do solo, foi expandida a canalização em 1950, gerando freqüentes inundações. Essas enchentes causadas pela impermeabilização do solo, juntamente com a redução do espaço para o fluxo de água(diminuição na vazão regular do rio), aumentam o volume do rio que acaba transbordando.

Rua São Francisco Xavier, em frente ao Colégio Militar.

O Maracanã é o bairro mais quente do verão carioca. Quase 50% das temperaturas máximas foram registradas lá. Bangu ficou com 34% das máximas.

A área da atual Grande Tijuca, onde está o bairro Maracanã, era nos primórdios da colonização do Brasil um grande território pantanoso. O adensamento populacional do bairro, seu desenvolvimento urbano e seu processo de edificação foram condicionados pelo leito do rio.

Até hoje conserva algumas características urbanas do século XIX, como residências com arquitetura de época e ruas arborizadas. Devido a sua importância, o Rio Maracanã vem sofrendo diversas mudanças com o propósito de melhorias na infraestrutura interna da cidade, tentando desta forma, solucionar alguns problemas oriundos das chuvas. Seu traçado contido por calha tem o objetivo de reduzir os riscos de enchentes em dias de temporais. Devido à sinuosidade do rio, em muitos trechos de seu leito há obras de correção para melhorar a vazão.

A partir da segunda metade do século XIX, a região começa a passar por intensas transformações. A expulsão da Ordem dos Jesuítas do Brasil e a necessidade de se expandir a cidade do Rio de Janeiro para áreas mais afastadas do centro, as fazendas, os sítios e as chácaras deram lugar a belos sítios de moradia, que atraíam uma população de maior poder aquisitivo, tornando esta área de classe média alta.

Mais precisamente a partir da década de 1870, inicia-se um processo de urbanização nesta área, quando, mais precisamente em 1873, o Governo Imperial delegou as freguesias de São Cristóvão, de Inhaúma e Engenho Velho, possibilitando a construção de novas edificações, sempre voltadas para atender a uma população de classe média alta, permitindo um maior desenvolvimento para os bairros ali localizados. É neste período, portanto, que se tem a formação do bairro, que juntamente com Tijuca, Engenho Velho, Andaraí e Vila Isabel, são incorporados à malha urbana da cidade.

A Rua São Francisco Xavier, hoje uma das mais importantes do bairro, era apenas um caminho que interligava as diversas chácaras que ali existiam e que faziam parte da então freguesia do Engenho Velho. É importante considerar que o bairro sempre teve uma importância esportiva para a cidade. Foi nessa região que, na metade do século XIX, surgiram as primeiras sociedades turfísticas do Rio de Janeiro. Tradicionalmente, a região das antigas chácaras sempre viveu em torno da área onde hoje é o estádio Mário Filho, o Maracanã. Nesta região funcionava o Derby Clube, a segunda grande associação de turfe fundada no Rio, em 1885, por André Gustavo Paulo de Frontin.

Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

A favela do Esqueleto, caracterizada pela sua horizontalidade, remonta a época do jamais concluído Hospital das Clínicas da Universidade do Brasil, após o fechamento do Derby Club. Aquela aglomeração posteriormente seria removida devido às políticas de remoção de favelas na cidade do Rio de Janeiro, cedendo espaço a UEG (hoje UERJ). Conforme levantamento realizado, constatou-se que já na década de 40, havia publicações a respeito da remoção dessas formas de habitação na então Capital Federal.

No bairro encontram-se diversas universidades e escolas técnicas, como o CEFET, a Universidade Veiga de Almeida (UVA) e a sede da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Além de escolas técnicas como o CEFETEQ, a ETE Ferreira Vianna (Faetec) e grandes colégios como Marista São José e Pedro II.

Há diversas linhas de ônibus, ligando a diversos locais da cidade. Também é atendido com estações de Trem e Metrô.

Fontes

Referências