Bos taurus: diferenças entre revisões
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O '''touro''' ou '''boi''' ('''''Bos taurus'''''), juntamente com sua fêmea, a '''vaca''' e a forma jovem da espécie, chamada de '''bezerro''', formam o '''gado domestico''', termo que, em sentido amplo, dá nome aos [[animal|animais]] [[mamífero]]s, [[ruminante]]s, [[artiodáctilo]]s, com par de [[chifre]]s não ramificados, ocos e permanentes, do gênero [[Bos]] em que se incluem as espécies domesticadas pelo homem. |
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No Brasil a criação de gado foi iniciada tão logo foram implantados os primeiros [[engenhos de açúcar]], na primeira metade do século XVI. Serviam para abastecer de leite e carne as pessoas que se estabeleciam na área de influência de cada engenho. Uma vez que as áreas de pastagem para o gado concorriam com as de plantações de cana, os criadores foram cada vez mais se dirigindo para o interior. Ao longo do caminho foram sendo estabelecidas pequenas povoações que posteriormente se transformaram em vilas e cidades.<ref name="multipla">Cavalcante, Messias Soares. A verdadeira história da cachaça. São Paulo: Sá Editora, 2011. 608p. ISBN 9788588193628</ref> |
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Revisão das 13h31min de 4 de junho de 2014
Boi/Touro/Vaca | |||||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||||
Não avaliada: Domesticado | |||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||
Bos taurus L. 1758 | |||||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||||
Subespécies | |||||||||||||||||
Bos taurus indicus |
O touro ou boi (Bos taurus), juntamente com sua fêmea, a vaca e a forma jovem da espécie, chamada de bezerro, formam o gado domestico, termo que, em sentido amplo, dá nome aos animais mamíferos, ruminantes, artiodáctilos, com par de chifres não ramificados, ocos e permanentes, do gênero Bos em que se incluem as espécies domesticadas pelo homem.
Terminologia
O boi é o macho da espécie "Bos taurus" (família Bovidae), sendo também usado na denominação vernacular do indivíduo pertencente ao gado bovino.[1]
A vaca é a fêmea desta espécie e o touro é o macho com o aptidão reprodutiva (não castrado). É um mamífero, artiodáctilo e ruminante. Seus cornos que são diferentes de chifres pois são ósseos, não possuem pele igual aos chifres, são em par, ocos, não ramificados e permanentes.[1]
Subespécies
Possui duas subespécies, a saber: Bos taurus taurus (gado taurino, de origem europeia) e Bos taurus indicus (gado zebuíno, de origem asiática). Os cruzamentos entre os indivíduos de ambas as divisões é frequente tanto em programas de melhoramento genético dos rebanhos, quanto em propriedades onde a monta é natural e sem controle algum. Esses híbridos são muito usados para combinar a produtividade do gado taurino com a rusticidade e adaptabilidade a meios tropicais do gado zebu.[2]
História
O gado doméstico descende do auroque na Europa e do gauro na Ásia. Sua domesticação teve início há mais de 5 000 e 6 000 anos atrás. Os bovinos domesticado tinham várias serventias para o ser humano: como animal de carga (assim como a cabra e os cavalos) e a produção de leite em vida e carne/couro após a morte. Era incomum a criação de gado para alimentação, a carne do animal era consumida apenas se ele morresse ou não tivesse mais utilidades.[1]
Hoje em dia os bovinos são os principais figurantes na indústria de produção de carne. A cadeia produtiva da carne está em vários ramos de negócios, que partem desde a fabricação de ração e o ensino de profissionais qualificados (médicos veterinários, zootecnistas e agrônomos) até as empresas de consultoria em sistemas de comércio exterior.[1]
No Brasil a criação de gado foi iniciada tão logo foram implantados os primeiros engenhos de açúcar, na primeira metade do século XVI. Serviam para abastecer de leite e carne as pessoas que se estabeleciam na área de influência de cada engenho. Uma vez que as áreas de pastagem para o gado concorriam com as de plantações de cana, os criadores foram cada vez mais se dirigindo para o interior. Ao longo do caminho foram sendo estabelecidas pequenas povoações que posteriormente se transformaram em vilas e cidades.[3]
Principais raças de gado domestico criadas no Brasil
As raças foram desenvolvidas com vista na especialização em determinado tipo produtivo. Tem-se as principais:
Subespécie B. taurus taurus
Subespécie B. taurus indicus
Raças "sintéticas" brasileiras
Frutos de cruzamentos entre as demais:[4][5]
- Naobrasil - cruzamento de Nelore e Zebu
- Simbrasil - cruzamento de Simental e Zebu para corte
- Girolando - cruzamento de Holandês(5/8) e Gir(3/8) com dupla aptidão
- Toledo - cruzamento de Holandês e Simental
- Bravon - cruzamento de Devon e Brahman para corte
- Canchim - cruzamento de Charolais(5/8) e Zebu(3/8)
- Pitangueiras - cruzamento de Red Poll(5/8) e Zebu(3/8)(Gir e Guzerá)
- Purunã - cruzamento de Charolais, Caracu, Red Angus e Canchim, realizado no IAPAR com 1/4 para cada raça.
Raças crioulas brasileiras
As raças crioulas brasileiras descendem dos rebanhos trazidos para a América pelos colonizadores portugueses e espanhóis.[4][5]
- Caracu - origem São Paulo
- Crioulo Lageano - origem Santa Catarina
- Curraleiro - origem Piauí
- Mocho Nacional - origem São Paulo e Goiás
- Pantaneiro - origem Mato Grosso do Sul
Principais raças de bovinos criadas em Portugal
Raças autóctones portuguesas
Para além das raças que conseguiram grande expansão quantitativa e geográfica, como as atrás indicadas, existem várias raças autóctones, resultantes de pressões selectivas específicas ou de um relativo isolamento genético nas localidades onde se desenvolveram. Muitas dessas raças estão extintas ou em extinção fruto da globalização e da competição com raças mais produtivas. Entre as raças autóctones estão:
- Ramo Grande dos Açores.
- Alentejana, do Alentejo
- Arouquesa, de Aveiro
- Minhota ou Galega
- Maronesa, região da Serra do Marão.
- Barrosão ou Cachena, da região do Barroso e da zona do Parque Nacional da Peneda-Gerês
- Gravonesa
- Brava
- Mirandesa
- Jarmelista ou Jarmeleira, região da Guarda
- Mertolenga, Mértola
De resto, na produção de bovinos em Portugal destaca-se uma lista de produtos com denominação de origem protegida que era composta, em 2012, por 9 referências.[6][7][8][9][10][11][12][13][14]
Usos
Esta espécie foi domesticada pelo homem e é explorada para a produção de leite, carne e pele (couro) e também como meio de transporte e animal de carga. Também os ossos são aproveitados, para a fabricação de farinha, sabão e rações animais. O casco e os chifres têm usos diversos e os pêlos das orelhas são usados para a confecção de pincéis artísticos.
Os machos de determinadas raças podem ser também usados como entretenimento nas touradas e nos rodeios.
Ver também
Referências
- ↑ a b c d «Bois e Vacas». Tudook.com. Consultado em 14 de Fevereiro de 2012
- ↑ «Raças de Bovinos». EBAH. Consultado em 14 de Fevereiro de 2012
- ↑ Cavalcante, Messias Soares. A verdadeira história da cachaça. São Paulo: Sá Editora, 2011. 608p. ISBN 9788588193628
- ↑ a b c d «Raças de bovinos de corte». ViverNoCampo.com. Consultado em 14 de Fevereiro de 2012
- ↑ a b c d «Raças de bovinos de leite». ViverNoCampo.com. Consultado em 14 de Fevereiro de 2012
- ↑ Carnalentejana na Base de Dados DOOR da União Europeia.
- ↑ Carne Arouquesa na Base de Dados DOOR da União Europeia.
- ↑ Carne Barrosã na Base de Dados DOOR da União Europeia.
- ↑ Carne Cachena da Peneda na Base de Dados DOOR da União Europeia.
- ↑ Carne da Charneca na Base de Dados DOOR da União Europeia.
- ↑ Carne Marinhoa na Base de Dados DOOR da União Europeia.
- ↑ Carne Maronesa na Base de Dados DOOR da União Europeia.
- ↑ Carne Mertolenga na Base de Dados DOOR da União Europeia.
- ↑ Carne Mirandesa na Base de Dados DOOR da União Europeia.
Ligações externas
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