Marcello Alencar
Marcello Alencar | |
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Marcello Alencar | |
57.º Governador do Rio de Janeiro | |
Período | 1º de janeiro de 1995 a 1º de janeiro de 1999 |
Vice-governador | Luiz Paulo Corrêa da Rocha |
Antecessor(a) | Nilo Batista |
Sucessor(a) | Anthony Garotinho |
5.º e 7.º Prefeito do Rio de Janeiro | |
Período | 1.º- 5 de dezembro de 1983 a 1º de janeiro de 1986 |
Antecessor(a) | Jamil Haddad |
Sucessor(a) | Saturnino Braga |
Período | 2.º- 1º de janeiro de 1989 a 1º de janeiro de 1993 |
Antecessor(a) | Saturnino Braga[1] |
Sucessor(a) | Cesar Maia |
Dados pessoais | |
Nascimento | 23 de agosto de 1925 Rio de Janeiro, DF |
Morte | 10 de junho de 2014 (88 anos) Rio de Janeiro, RJ |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
Prêmio(s) | |
Primeira-dama | Célia Alencar |
Partido | MDB (1966–1979) PDT (1980–1993) PSDB (1993–2014) |
Religião | catolicismo romano |
Profissão | advogado, político |
Residência | São Conrado, Rio de Janeiro |
Assinatura |
Marcello Nunes de Alencar GCIH • GOMM (Rio de Janeiro, 23 de agosto de 1925 — Rio de Janeiro, 10 de junho de 2014)[4] foi um advogado e político brasileiro filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).[5] Pelo Rio de Janeiro, foi governador e prefeito da capital homônima por dois mandatos.[4][6][7][8][9]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Como advogado, defendeu presos políticos durante o Regime Militar de 1964.[7][8][9] Filiado ao MDB, foi suplente do senador Mário de Sousa Martins pelo extinto estado da Guanabara.[4][6][9] Em 1969, com o advento do Ato Institucional Nº 5, ele próprio teve seu mandato cassado e direitos políticos suspensos.[4][6][7]
Após a Lei da anistia e o fim do bipartidarismo no país, filiou-se ao PDT.[4][6][7] Presidiu o extinto BANERJ no início do primeiro governo de Leonel Brizola que o nomeou para ocupar a chefia municipal (na época os prefeitos das capitais eram indicados pelo governador).[4][6][8][10] Em janeiro de 1986, passou o cargo para Saturnino Braga. Ainda em 1986, concorreu ao Senado Federal, perdendo para Nelson Carneiro e Afonso Arinos.[4][6][8]
Retornou à prefeitura em 1989, ao ser eleito nas eleições municipais de 1988.[4][6][8][10] Em sua segunda gestão recuperou as finanças da prefeitura, que teve a falência decretada por seu antecessor.[4][8][11] Reformou praças, vias públicas, escolas e hospitais e implementou o Rio-Orla[8][9], projeto urbanístico que consistiu na remodelação dos calçadões das avenidas litorâneas com a implantação de quiosques padronizados e de ciclovias.[12] Por não conseguir indicar o seu aliado Luis Paulo Corrêa da Rocha como candidato do PDT a sua sucessão, deixou o partido e entrou em choque com Brizola.[4]
Em 1993 se filiou ao PSDB junto com o seu grupo político.[4][6][8][10][13] Pela legenda tucana venceu o pleito estadual de 1994[6][10], derrotando Anthony Garotinho.[4][8] Como governador fez a Via Light, expandiu as linhas 1 e 2 do Metrô, levando-o para Copacabana e Pavuna[9][12][13] e, rompendo com seu passado trabalhista, privatizou uma série de empresas estatais como a CERJ (Companhia de Eletricidade do Estado do Rio de Janeiro), BANERJ (Banco do Estado do Rio de Janeiro),[8][9][12][14] CONERJ (Companhia de Navegação do Estado do Rio de Janeiro),[15] CEG (Companhia Estadual de Gás)[4][8], Flumitrens (Companhia Fluminense de Trens Urbanos)[16] e o próprio Metrô do Rio de Janeiro.[14]
Em março de 1995, Alencar foi admitido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial.[2] Em 18 de agosto de 1997, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique de Portugal.[3]
Deixou o governo estadual em janeiro de 1999.[7] Em 2002, sofreu um AVC que lhe deixou pequenas sequelas.[4]
Faleceu em 10 de junho de 2014.[10][12][13]
Em 19 de junho de 2016, o maior túnel subterrâneo do país foi inaugurado e batizado como Túnel Prefeito Marcello Alencar em sua homenagem, com 3.382 metros de extensão e que liga a Avenida Brasil ao Aterro do Flamengo, substituindo o antigo Elevado da Perimetral, após sua demolição.[17]
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ Acervo da Cidade do Rio de Janeiro. «Quadro de governantes do Rio de Janeiro» (PDF). Prefeitura do Rio de Janeiro. Consultado em 5 de junho de 2020
- ↑ a b BRASIL, Decreto de 29 de março de 1995.
- ↑ a b «Cidadãos Estrangeiras Agraciados com Ordens Nacionais». Resultado da busca de "Marcelo Nunes de Alencar". Presidência da República Portuguesa (Ordens Honoríficas Portuguesas). Consultado em 1 de março de 2016
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n «Marcello Nunes de Alencar». FGV CPDOC. Consultado em 26 de novembro de 2022. Cópia arquivada em 9 de novembro de 2022
- ↑ «Portal Senadores - Marcello Nunez de Alencar». Senado Federal. Consultado em 6 de junho de 2012. Arquivado do original em 14 de julho de 2014
- ↑ a b c d e f g h i «Biografias». web.archive.org. 17 de julho de 2001. Consultado em 26 de novembro de 2022
- ↑ a b c d e «Decretos dos Prefeitos da Cidade do Rio de Janeiro». Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro. Consultado em 26 de novembro de 2022. Cópia arquivada em 16 de junho de 2021
- ↑ a b c d e f g h i j k «PROJETO DE LEI Nº 1541/2008». Projeto de Lei. Consultado em 6 de junho de 2012
- ↑ a b c d e f «PROJETO DE LEI Nº 865/2014». Câmara do rio. 10 de junho de 2014. Consultado em 26 de novembro de 2022. Cópia arquivada em 3 de agosto de 2020
- ↑ a b c d e «Ex-governador do Rio Marcello Alencar morre aos 88 anos». ESTADÃO. 10 de junho de 2014. Consultado em 26 de novembro de 2022
- ↑ «Há 31 anos, prefeitura decretou estado de falência». O DIA. 18 de dezembro de 2019. Consultado em 26 de novembro de 2022. Cópia arquivada em 15 de abril de 2021
- ↑ a b c d «Ex-governador Marcello Alencar morre no Rio, informam deputados». G1. 10 de junho de 2010. Consultado em 26 de novembro de 2022. Cópia arquivada em 1 de novembro de 2022
- ↑ a b c «Morre aos 88 anos o ex-governador do Rio Marcello Alencar». O Globo. 10 de junho de 2014
- ↑ a b «Rio Privatiza Concessionárias de Energia Elétrica Trens Metrô Banco Estadual». O Globo. 26 de julho de 2013. Consultado em 26 de novembro de 2022
- ↑ «Companhia de navegação do Rio é vendida pelo preço mínimo». Folha de S.Paulo. Cópia arquivada em 12 de novembro de 2022
- ↑ «Folha de S.Paulo - Privatização: Ferrovia do RJ será controlada por espanhóis (com foto) - 16/07/98». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 5 de dezembro de 2021
- ↑ «Maior túnel rodoviário urbano do país é aberto ao público no Rio». Agência Brasil. 21 de julho de 2016. Consultado em 5 de dezembro de 2021
Ligações Externas
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Precedido por Jamil Haddad |
Prefeito do Rio de Janeiro 1983—1986 |
Sucedido por Saturnino Braga |
Precedido por Saturnino Braga |
Prefeito do Rio de Janeiro 1989—1993 |
Sucedido por César Maia |
Precedido por Nilo Batista |
Governador do Estado do Rio de Janeiro 1995—1999 |
Sucedido por Anthony Garotinho |
- Nascidos em 1925
- Mortos em 2014
- Brasileiros de ascendência portuguesa
- Naturais da cidade do Rio de Janeiro
- Advogados do estado do Rio de Janeiro
- Governadores do Rio de Janeiro
- Prefeitos da cidade do Rio de Janeiro
- Senadores do Brasil pela Guanabara
- Opositores da ditadura militar no Brasil (1964–1985)
- Membros do Movimento Democrático Brasileiro (1966)
- Membros do Movimento Democrático Brasileiro (1980)
- Membros do Partido Democrático Trabalhista
- Membros do Partido da Social Democracia Brasileira
- Grã-Cruzes da Ordem do Infante D. Henrique
- Grandes-Oficiais da Ordem do Mérito Militar
- Políticos do estado do Rio de Janeiro do século XX