Português brasileiro

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Português brasileiro
Falado no Brasil
Total de falantes: 191 milhões [1]
Estatuto oficial
Regulado pela Academia Brasileira de Letras
Verbetes
Vocabulário Ortográfico da
Academia Brasileira de Letras: 72 mil
Os mais completos: Dicionário Aurélio (3ª edição): 435 mil
Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa: 228 mil

Português brasileiro ou português do Brasil é o termo utilizado para classificar a variedade da língua portuguesa falada pelos mais de 191 milhões de brasileiros que vivem dentro e fora do Brasil, sendo a variante do português mais falada, lida e escrita do mundo.

Devido à importância do Brasil no Mercosul e na UNASUL, esta variante vem sendo ensinada nos países da América do Sul ligados aos blocos (e é popular especialmente na Argentina e Uruguai), e nos Estados Unidos. Também há falantes de português brasileiro como língua materna nos países onde há grandes comunidades brasileiras, notadamente nos Estados Unidos, Paraguai, Japão e em diversos países da Europa.

Antes da chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil, havia mais de mil línguas no país, faladas por índios de diversas etnias. No decorrer de sua história, o português brasileiro incorporou empréstimos de termos não só das línguas indígenas e africanas, mas também do francês, do castelhano, do italiano e do inglês.

Há várias diferenças entre o português europeu e o português brasileiro, especialmente no vocabulário, pronúncia e sintaxe, principalmente nas variedades vernáculas; nos textos formais as diferenças são bem menores. Vale ressaltar que dentro daquilo a que se convencionou chamar "português do Brasil" e "português europeu" há um grande número de variações regionais.

Línguas indígenas

Trecho da poesia
Língua Portuguesa
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Olavo Bilac

Antes da chegada dos portugueses, estima-se que cerca de 1.500 línguas diferentes eram faladas no território que veio a ser o Brasil. Essas são agrupadas em famílias, classificadas como pertencentes aos troncos Tupi, Macro-Jê e Aruaque. Há famílias, entretanto, que não puderam ser identificadas como relacionadas a nenhum destes troncos. São elas: Karib, Pano, Maku, Yanomami, Mura, Tukano, Katukina, Txapakura, Nambikwara e Guaikuru. Evidentemente, o fato de duas sociedades indígenas falarem línguas pertencentes a uma mesma família não faz com que seus membros consigam entender-se mutuamente.[2]

Apesar de o Brasil ter sido descoberto oficialmente em 1500 pelos portugueses, sua colonização começou efetivamente em 1532, de forma gradativa. Nestes trinta anos, o Brasil foi atacado pelos holandeses, ingleses e franceses que tinham ficado de fora do Tratado de Tordesilhas (acordo entre Portugal e Espanha, em 1494, que dividiu as terras recém descobertas). No ano de 1530, o rei de Portugal organiza a primeira expedição com objetivos de colonização. Foi comandada por Martim Afonso de Sousa e tinha como objetivos povoar o território brasileiro, expulsar os invasores e iniciar o cultivo de cana-de-açúcar no Brasil. Com isso a língua portuguesa passa a ser usada factualmente no território hoje conhecido como Brasil. Ao mesmo tempo, outras nações européias vêm para o Brasil, como a França e a Holanda (que chegou a instalar uma colônia na região que é hoje o Estado de Pernambuco).

No início da colonização portuguesa no Brasil, a língua dos índios Tupinambá (tronco Tupi) era falada numa enorme extensão de território ao longo da costa atlântica. Hoje em dia especula-se erroneamente, que, no século XVI, ela passou a ser aprendida pelos portugueses, que de início eram uma minoria entre a população indígena. Aos poucos, o uso dessa língua, chamada de Brasílica, teria se intensificado e generalizado-se de tal forma que passou a ser falada por quase toda a população que integrava o sistema colonial brasileiro e, com o decorrer do tempo, teria-se modificando e, a partir da segunda metade do século XVII, passado a chamar-se de língua geral.

A língua geral era em alguns casos específicos falada realmente por certas populações. Era a língua do contato entre índios de diferentes tribos, entre índios e portugueses e seus descendentes. A língua geral era assim uma língua franca entre contatos indígenas. Essa foi a primeira influência que a língua portuguesa recebeu no Brasil e que deixou algumas marcas no vocabulário popular falado atualmente no país. A língua geral possuía duas variantes:

  • O Nheengatu, (ie’engatú = "língua boa") é uma língua tupi-guarani falada no Brasil e países limítrofes. O Nheengatu é uma língua de comércio que foi desenvolvida ou como que compilada pelos jesuítas portugueses nos séculos XVII e XVIII, tendo como fundamentos o vocabulário e a pronúncia tupinambá e como referência a gramática da língua portuguesa, tendo sido o vocabulário enriquecido com palavras do português e do castelhano.
O Marquês de Pombal instituiu o português como a língua oficial do Brasil, proibindo o uso da língua geral.

O português no Brasil

Com a saída dos holandeses em 1654, o português passa a ser a única “Língua de Estado” do Brasil. No fim do século XVII, os bandeirantes iniciam a exploração do interior do continente, e descobrem ouro e diamantes. Devido a isso, o número de imigrantes portugueses no Brasil e o número de falantes da Língua Portuguesa no Brasil passam a aumentar, superando os falantes da língua geral (derivada do tupinambá). Em 17 de agosto de 1758, o Marquês de Pombal instituiu o português como a língua oficial do Brasil, ficando proibido o uso da língua geral. Nesta altura, devido à evolução natural da língua, o Português falado no Brasil já tinha características próprias que o diferenciavam do falado em Portugal.

No século XVII, devido à intensificação do cultivo de cana-de-açúcar, existe um grande fluxo de escravos vindos da África, que se espalharam por todas as regiões ocupadas pelos portugueses e que trazem uma influência lexical africana para o português falado no Brasil. Para se ter uma idéia, no século XVI foram trazidos para o Brasil 100 mil negros. Este número salta para 600 mil no século XVII e 1 milhão e 300 mil no século XVIII. A influência lexical africana veio principalmente da língua iorubá, falado pelos negros vindos da Nigéria, e do quimbundo angolano.

Com a fuga da família real para o Brasil em 1808, como conseqüência das invasões francesas, ocorre uma relusitanização no falar da cidade do Rio de Janeiro, que passou a ser a capital do país. Acompanhando a família real, chegam ao Rio de Janeiro cerca de 15 mil portugueses. Essa relusitanização expande-se e influencia outras partes do Brasil.

Em 1822 o Brasil torna-se independente. Com isso o tráfico negreiro diminui e muitos imigrantes europeus, como alemães e italianos, chegam ao país. Em números absolutos os italianos formaram a maior corrente imigratória no país. Deste modo, as especificidades lingüísticas dos imigrantes italianos interferiram nas transformações da língua portuguesa no Brasil. Assim, palavras foram agregadas de outros idiomas europeus.

Na segunda metade do século XIX ocorre uma tentativa, dos autores romantistas, de criar uma personalidade literal brasileira. Entretanto, o movimento que consagrou rapidamente a norma brasileira foi o Modernismo brasileiro. Esse foi um movimento de nacionalização que rompeu com o Parnasianismo e com a imitação do padrão tradicional do Português, privilegiando as peculiaridades do falar brasileiro. O Modernismo brasileiro nasceu no dia 11 de fevereiro de 1922, com a Semana de arte moderna de 1922. Representou uma verdadeira renovação da linguagem, na busca de experimentação, na liberdade criadora e na ruptura com o passado. O evento marcou época ao apresentar novas idéias e conceitos artísticos.

Há várias idéias acerca de quando começaram a divergir o Português do Brasil e o de Portugal. O professor titular da USP Ataliba Teixeira de Castilho disse numa entrevista ao jornal da UNICAMP:[3]

"Há várias posições sobre isso. Uns dizem que a partir do Século XIX começou a ser construída uma gramática do português brasileiro, quer dizer, uma nova língua, distinta do português europeu. Mas se analisar o português medieval, como fez a minha mulher Célia Maria Moraes de Castilho em sua tese de doutorado, descobre-se que aquilo que se explicava como um abrasileiramento do português, na verdade, já se encontrava lá, sobretudo nos documentos do Século XV. Ou seja, esse português veio para o Brasil e foi preservado. Nós estamos fazendo mudanças gramaticais a partir dessa base. Já Portugal, a partir do Século XVIII, imprimiu um novo rumo à língua, por isso é que muito do que aqui sobreviveu, não existe mais lá. Eles é que estão diferentes, não nós."

É preciso, também, não esquecer que em Portugal existe uma grande variedade de dialetos para além do de Lisboa, alguns mais próximos dos brasileiros.

Diferenças entre o português do Brasil e de Portugal

Sistema fonético e fonológico

Alguns autores sugerem que o português do Brasil seguiu as características do português europeu do Centro-Sul [4] No entanto, dados históricos provam que a grande maioria dos imigrantes portugueses que se instalaram no Brasil durante não só o período colonial mas também no período pós-colonial eram oriundos das regiões do Norte do País, o que sugere que o português do Brasil poderá ter uma grande influência dos dialetos setentrionais de Portugal.[5]


Alguns aspectos conservadores e inovadores da fonética brasileira:

Aspectos conservadores

Na maior parte do Brasil, os -s e -z em final de palavra ou diante de consoante surda são realizados como [z] (como em "atrás" ou "uma vez") ou diante de consoante sonora ("desde"), em vez de [ʃ] e [ʒ] como em Portugal.

As vogais átonas permaneceram abertas, perpetuando "mais uma vez a pronúncia de Portugal antes das grandes mutações fonéticas do século XVIII" [6]

Por outro lado, certas inovações fonéticas ocorridas no português europeu no século XIX foram ignoradas no Brasil: manteve-se a pronúncia [ej] em ditongos como do "ei" em "primeiro", versus a pronúncia [ɐj]; a pronúncia do "e" tónico como [e], versus [ɐ], em palavras como "espelho" ou "vejo" [7].

Aspectos inovadores

Entre outros, assinalam-se os seguintes: Desaparição da oposição entre timbre aberto e fechado nas vogais tónicas a, e e o seguidas de consoante nasal (ex: "vênia" vs. "vénia", "Antônio" vs. "António"); O mesmo fenómeno ocorre nas vogais das sílabas pretónicas (ex: o primeiro "a" de cadeira, pronunciado /a/ no Brasil e /ɐ/ em Portugal); Vocalização do "l" velar, como em "animal", pronunciado [ãnimaw]. [8]

Morfologia e sintaxe

A construção estar + gerúndio domina no Brasil, versus a construção estar + a + infinitivo que se tornou dominante no português padrão europeu (mas o uso do gerúndio permanece nas classes populares do Sul de Portugal[carece de fontes?] e das ilhas da Madeira e Açores) (ex: "estou escrevendo" vs. "estou a escrever");

No Brasil pode-se utilizar o pronome possessivo sem ser precedido de artigo, ao contrário do que acontece em Portugal (ex: "meu computador" vs. "o meu computador");

A colocação dos pronomes átonos é diferente no Brasil e em Portugal, na fala apenas. Na escrita, as regras são as mesmas. No entanto, prefere-se sempre o uso da próclise (pronome antes do verbo); ênclise (depois do verbo), apenas em formalidades; e mesóclise (no meio, como construir-te-ia), quase nunca usada.

  • exemplo: "Me diga uma coisa" (Brasil), vs. "Diga-me uma coisa" (Portugal), "Pode me dizer" (Brasil) vs. "Pode dizer-me"(Portugal) [9]

Sistema fonético

Os fonemas usados no português do Brasil são, muitas vezes, diferentes dos usados no português europeu, ou seja, uma mesma palavra tem notação fonética diferente no Brasil da dos outros países lusófonos. Existem vários dialetos dentro do português brasileiro e o europeu, entretanto, dentro de cada padrão, esses dialetos compartilham as mesmas peculiaridades básicas do ponto de vista fonético. O português brasileiro utiliza 34 fonemas, sendo treze vogais, dezenove consoantes e duas semivogais.


Alguns fenômenos de pronúncia

O português brasileiro também apresenta alguns fenômenos fonológicos que não ocorreram, tal qual ocorreu no Brasil, na variedade européia. Tais fenômenos ora são apresentados pelos tupinólogos como provas da influência tupi, ora pelos africanistas como influência das línguas dos escravos. Alguns autores, porém, contestam a tese de que houve uma influência, preferindo interpretar tais mudanças fonéticas como "desenvolvimento ou a realização de tendências latentes, embrionárias ou incipientes na língua-tronco"[10], porquanto tais fenômenos são encontrados em outras línguas neolatinas.

  • ensurdecimento e queda do r final: ocorre também em francês, provençal, andaluz, etc;
  • ieísmo (e. g. *muier por mulher ou *trabaio por trabalho): no francês, em espanhol, no galego, em Portugal, em dialetos crioulos portugueses;
  • redução de nd a n nos gerúndios (e. g. *andano em vez de andando): efetuou-se no catalão antigo, aragonês, italiano central e meridional;
  • alguns casos de epêntese (e. g., *fu por flor ou *quelaro por claro): aparece na evolução do latim nas diversas línguas românicas;
  • terminação verbal átona desnasalizada (e. g. *amaro por amaram): ocorre o mesmo em alguns falares do Norte de Portugal, como o do Baixo Minho;
  • queda ou vocalização do l final (e. g. *finaw em vez de final): possível de ouvir também em algumas zonas do Alto Minho, no Norte de Portugal.

Nota: o asterisco (*) marca as palavras ortograficamente incorretas

Dialetos do português brasileiro

A fala popular brasileira apresenta uma relativa unidade, maior ainda do que a da portuguesa[carece de fontes?], o que surpreende em se tratando de um país tão grande. A comparação das variedades dialetais do português brasileiro com as do português europeu leva à conclusão de que aquelas representam em conjunto um sincretismo destas, já que quase todos os traços regionais ou do português padrão europeu que não aparecem na língua culta brasileira são encontrados em algum dialeto do Brasil.

Há pouca precisão na divisão dialetal brasileira. Alguns dialetos, como o dialeto caipira, já foram estudados, estabelecidos e reconhecidos por lingüistas tais como Amadeu Amaral. Contudo, há poucos estudos a respeito da maioria dos demais dialetos, e atualmente aceita-se a classificação proposta pelo filólogo Antenor Nascentes. Em entrevista ao jornal da UNICAMP[3], o lingüista Ataliba de Castilho diz que o padrão do português paulista espalhou-se pelo Brasil. "Se você olhar mapas que retratem os movimentos das bandeiras, das entradas e dos tropeiros, verá que os paulistas tomaram várias direções, para Minas e Goiás, para o Mato Grosso, para os estados do sul. Tudo isso integrava a Capitania de São Paulo. Na direção do Vale do Paraíba, eles levaram o português paulista até Macaé, no estado do Rio de Janeiro. Era paulista a língua que se falava no Rio de Janeiro. Isso mudou em 1806, quando a população do Rio era de 14 mil habitantes e D. João VI chegou com sua Corte, cerca de 16 mil portugueses. E não eram portugueses quaisquer. Eram portugueses da Corte. Seu prestígio fez com que imediatamente a língua local fosse alterada. E os cariocas começaram a chiar, como os portugueses de então. O português paulista do século XVI precisa ser estudado, porque ele foi levado para quase todo o país, com exceção do Nordeste e do Norte". A primeira célula do português brasileiro surgiu em Minas Gerais com a exploração de pedras preciosas bandeirantes paulistas, escravos, índios e europeus, criaram um jeito de pronunciar que se espalhou pelo país através do comércio e outras formas...

  1. Caipira - parte do interior do estado de São Paulo e de Goiás, parte do norte do Paraná, parte do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, sul de Minas Gerais e Triângulo Mineiro
  2. Cearense - Ceará
  3. Baiano - região da Bahia
  4. Carioca - Rio de Janeiro (Capital)
  5. Fluminense (ouvir) - Estado do Rio de Janeiro (a cidade do Rio de Janeiro tem um falar próprio)
  6. Gaúcho - Rio Grande do Sul (a cidade de Porto Alegre possui um jeito de falar próprio)
  7. Mineiro - Minas Gerais (a cidade de Belo Horizonte possui um jeito de falar próprio)
  8. Nordestino (ouvir) - Estados do nordeste brasileiro (alguns estados como Ceará, Pernambuco e Piauí possuem diferenças lingüísticas entre a capital e o interior).
  9. Nortista - estados da bacia do Amazonas, O estado de Tocantins tem um falar próprio,semelhante ao nordestino.
  10. Paranaense - Paraná., também é falado em algumas cidades de Santa Catarina e São Paulo que fazem divisa com o Paraná.
  11. Paulistano - cidade de São Paulo
  12. Sertanejo - Estados de Goiás,Mato Grosso e algumas regiões do Paraná,apesar de o dialeto ter evoluído por causa da imigração forte em Mato Grosso, apenas Goiás permaneceu com esse dialeto.
  13. Sulista - Estados do Paraná e Santa Catarina (a cidade de Curitiba tem um falar próprio, há ainda um pequeno dialeto no litoral catarinense, próximo ao açoriano), o oeste e serra catarinense sofre influência do gaúcho, o norte catarinense e o vale do itajaí falem um dialeto com influências alemãs e o sul catarinense(mais precisamente em Criciúma) possui um falar bem parecido com o Italiano chegando a ser quase incompreensível[carece de fontes?] em algumas regiões.
  14. "Manezinho da Ilha" - Cidade de Florianópolis (próximo ao açoriano)
  15. "Brasiliense" - Cidade de Brasília a cidade desenvolveu uma maneira própria de falar, graças as várias ondas de migração.

Diferenças lexicais

Ainda que o léxico brasileiro seja o mesmo que o do PE, existe uma série de peculiaridades que podem gerar confusão e desentendimentos entre os falantes das duas variantes. Há ainda as palavras que, apesar de estarem dicionarizadas em ambos os países (Brasil e Portugal), não são utilizadas por um ou por outro, gerando a mesma estranheza quando ouvidas ou lidas por um falante da outra variante.

Tupinismos

São os chamados "brasileirismos" que derivam diretamente da língua tupi ou que por ela foram influenciados, como acontece com alguns sufixos que, segundo alguns autores, funcionam mais como adjetivos do que como sufixos, já que não alteram a constituição morfológica e fonética da palavra a que se ligam. São exemplos destes sufixos o -açu (grande), -guaçu (grande) e -mirim (pequeno) nas palavras arapaçu (pássaro de bico grande), babaçu (palmeira grande), mandiguaçu (peixe grande), abatimirim (arroz miúdo) ou mesa-mirim (mesa pequena). Existem, no entanto, verdadeiros sufixos, como -rana (parecido com) e -oara (valor gentílico) nas palavras bibirana (planta da família das anonáceas), brancarana (mulata clara) ou paroara (natural do Pará) e marajoara (natural da Ilha do Marajó, Pará).

Outros exemplos são:

Amerindinismos

Existem influências de outras línguas índigenas não tupis que se falavam no país à data da chegada dos portugueses e com as quais houve contato. Os missionários jesuítas denominaram de tapuias os aborígenes não tupi.

Africanismos

O tráfico de escravos, especialmente de África para os engenhos brasileiros, trouxe consigo, mormente da família banto, toda uma série de termos que em breve veio a determinar a criação de duas línguas africanas gerais: o nagô ou ioruba — especialmente na Bahia — e o quimbundo, mais rico de vocabulário e de expressão no resto do país. [11]

Neologismos

Há palavras novas (neologismos, que designam novos objetos, invenções, técnicas, etc) que têm uma formação distinta da que se verificou em Portugal. São exemplos ônibus por oposição a autocarro, trem por oposição a comboio, bonde por oposição a eléctrico ou aeromoça por oposição a hospedeira de bordo.

Outras exemplos são gol (pt golo, de goal, inglês, )), esporte (pt desporto, do inglês sport), xampu (pt champô, de shampoo, inglês).

A tabela abaixo ilustra outras diferenças lexicais:

Brasil Portugal
abridor de garrafas ou saca-rolhas saca-rolhas
abridor de latas abre-latas
água-viva ou medusa alforreca ou medusa
alho-poró alho-porro
aquarela aguarela
arquivo (de computador) ficheiro
aterrissagem aterragem
banheiro casa-de-banho ou quarto-de-banho
brócolis brócolos
caminhão ou camião (linguagem oral) camião
carona boleia
carro conversível carro descapotável
carteira de identidade ou Registro Geral/RG bilhete de identidade/BI
carteira/carta de motorista carta de condução
chaveiro porta-chaves ou chaveiro
concreto betão
diretor (de cinema) realizador
esparadrapo, bandeide (band-aid) penso, penso-rápido
fila de pessoas fila ou bicha
fones de ouvido auscultadores, auriculares, fones
gol golo
grampeador agrafador
maiô fato-de-banho
mamadeira biberão
metrô metro, metropolitano
nadadeiras, pé-de-pato barbatanas
ônibus autocarro
perua, van carrinha
salva-vidas ou guarda-vidas salva-vidas ou nadador-salvador
secretária eletrônica atendedor de chamadas
sunga ou calção de banho calções de banho, calção de banho
(telefone) celular telemóvel
terno fato
trem comboio
torcida claque
isopor esferovite
pebolim (ou totó) matraquilhos
água sanitária lixívia
descarga autoclismo
privada sanitária, vaso sanitário ou privada retrete ou sanita

Ortografia

Ver artigo principal: Ortografia da língua portuguesa

Desde 1945, existem duas normas ortográficas para o português: uma em vigor no Brasil e outra nos restantes países lusófonos. A maior parte das diferenças diz respeito às consoantes "mudas", que foram eliminadas da escrita no Brasil. Por exemplo, as palavras ação e atual, que em Portugal são grafadas acção e actual, mas ditas como no PB.

Português europeu Português brasileiro
acção ação
baptismo batismo
contacto contato
direcção direção
eléctrico elétrico
óptimo ótimo

Com a implementação do Acordo Ortográfico de 1990, já aprovado pela Assembleia da República portuguesa e assinado pelo Presidente da República, a maioria das consoantes mudas serão também eliminadas da ortografia oficial do português europeu, restando apenas um número pequeno de palavras que admitirão ortografia dupla, geralmente quando a consoante é muda no português europeu, mas pronunciada no português brasileiro (por exemplo, em recepção), ou vice-versa (por exemplo, em facto).

O trema

Segundo as novas regras do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa que entraram em vigor a partir de 1º de janeiro de 2009, o trema deixa de ser usado, a não ser em nomes próprios e derivados. Palavras como lingüiça, seqüestro, tranqüilo deixam de ter trema. No entanto, o acento continua a ser usado em palavras estrangeiras e seus derivados:Müller e Bündchen são exemplos. O trema é usado no português brasileiro para assinalar que a letra u nas combinações que, qui, gue e gui, normalmente muda, deve ser pronunciada. Exemplos: sangüíneo (pronuncia-se então /sãˈgwinju/) e conseqüência (pronuncia-se então /kõseˈkwẽsja/).

A ortografia do português europeu não utiliza o trema, reservando-o para palavras derivadas de nomes estrangeiros, como mülleriano (do antropônimo Müller).

O trema, sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos 'gue','gui','que','qui', que já foi suprimido na escrita dos portugueses.

Ex.

bilíngüe para bilíngue, trilingüe para trilingue, qüinquëlíngüe para quinquelíngue, seqüestro para sequestro

Com a implementação do Acordo Ortográfico Luso-Brasileiro, o trema deixará de ser usado oficialmente no Brasil a partir de 1º de janeiro de 2013.

Porém, usa-se o trema nas palavras de origem estrangeira e nas derivadas delas e nomes próprios:

Ex.

Os tipos de cerveja: München, Trüb e Kölsch. Nomes e sobrenomes:Gisele Bündchen.

Português europeu Português brasileiro
linguiça lingüiça
sequência seqüência
frequência freqüência
quinquénio qüinqüênio
pinguim pingüim

Acentuação

Devido à diferença de pronúncia entre o português falado no Brasil e o falado em Portugal, as proparoxítonas que no Brasil recebem acento circunflexo, por terem a vogal tônica fechada, em Portugal recebem acento agudo, por terem a vogal tônica aberta. Observe:

Português europeu Português brasileiro
cómodo cômodo
fenómeno fenômeno
tónico tônico
génio gênio

Note-se que existem exceções a esta regra, com palavras a proparoxítonas a receberem acento circunflexo em ambas as normas: fêmea, estômago, etc. (Em algumas variantes de português europeu, particularmente no Norte de Portugal, a pronúncia de facto é fémea e estómago, apesar da grafia.)

Na Língua Portuguesa, todas as palavras possuem uma sílaba tônica- a que recebe a maior inflexão de voz. Nem todas, porém, são marcadas pelo acento gráfico. As sílabas são subdivididas em tônicas, subtônicas e átonas.

Sílaba tônica

A sílaba tônica é a mais forte da palavra. Só existe uma sílaba tônica em cada palavra.

O guaraná - A sílaba tônica é a última (ná). A palavra é, portanto, oxítona. O táxi - A sílaba tônica é a penúltima (tá). A palavra é, portanto, paroxítona. A própolis - A sílaba tônica é a antepenultima (pró). A palavra é, portanto, proparoxítona.

A sílaba tônica sempre se encontra em uma destas três sílabas: na última (a palavra é oxitona), na penúltima (paroxítona) ou na antepenúltima (proparoxítona).

Sílaba subtônica

A sílaba subtônica só existe em palavras derivadas, que são as que provêm de outra palavra. Coincide com a tônica da palavra primitiva, ou seja, a silaba tônica da palavra primitiva se transforma em subtônica da derivada.

Guaranazinho - A sílaba tônica é zi, e a subtônica, na, pois era a tônica da primitiva (guaraná). Taxímetro - A sílaba tônica é xí, é a subtônica, ta, pois era a tônica da primitiva (táxi). Propolina - A sílaba tônica é li, e a subtônica, pro, pois era a tônica da primitiva (própolis).

Sílabas átonas

Todas as outras sílabas são denominadas de átonas.

Aspectos gramaticais

Você e tu

Em algumas regiões do Brasil, o pronome de tratamento você ganhou estatuto de pronome pessoal, e nessas áreas houve uma quase extinção do uso do tu e do vós. O você em Portugal é uma forma de tratamento semi-formal, já no Brasil é a forma mais comum de se dirigir a qualquer pessoa, excetuando-se pessoas mais velhas ou, em situações formais, superiores hierárquicos ou autoridades (neste caso é empregada a forma de tratamento o senhor ou a senhora). Os pronomes você e vocês requerem formas verbais de terceira pessoa, o que reduz o número de flexões do verbo em relação aos pronomes. Quanto menor é o número de flexões que o verbo faz em relação aos pronomes, mais necessário se faz o preenchimento do sujeito pronominal. Isso torna o português brasileiro mais parecido com as línguas de pronome pessoal obrigatório como o francês e o inglês.

  • Apesar do pouco uso do pronome reto tu no português falado na maior parte do Brasil, o seu correspondente pronome oblíquo te ainda é amplamente utilizado no português brasileiro, freqüentemente em combinação com formas pronominais e verbais de terceira pessoa. Apesar de comum mesmo entre falantes escolarizados, o uso de te com você é condenado pelas gramáticas normativas usadas nas escolas brasileiras e é evitado na linguagem formal escrita.
  • O pronome possessivo teu também é ocasionalmente usado no português brasileiro para referir-se à segunda pessoa, embora seja menos comum do que o oblíquo te.
  • A combinação você/te/teu no português brasileiro falado assemelha-se em natureza à combinação vocês/vos/vosso encontrada freqüentemente no português europeu coloquial.
  • O tu é amplamente utilizado nas regiões Norte , Nordeste (excluindo a Bahia), Sul e no Rio de Janeiro, mas conjugado freqüentemente na 3ª pessoa do singular: Tu fala, tu foi, tu é. Em algumas regiões do Sul (sul, sudoeste e oeste do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) e do Norte (Pará), o uso do tu na forma culta (conjugado na 2ª pessoa do singular) é até bem mais usado que o você.
  • Em alguns lugares da região Sul, Norte e em praticamente todo o Nordeste (excluindo a Bahia), o tratamento por tu é mais comum, usando-se os pronomes pessoais oblíquos de forma mais consistente (p.ex. para ti, com o mesmo significado que teria para você).
  • Em parte da Região Sul e do Nordeste, muitas vezes conjuga-se o pronome pessoal tu com o que aparentemente seria a mesma forma utilizada na 3ª pessoa do singular do pretérito imperfeito do subjuntivo para referir-se ao pretérito perfeito do indicativo. Ex: Tu fizesse isso? Tu comesse no bar ontem? Na verdade, isto é a contração da forma da segunda pessoa do pretérito perfeito do indicativo: Fizeste -> Fizes'e , Comeste -> Comes'e, onde o "t" desaparece mas não se altera o som precedente de /s/.
Uso dos pronomes pessoais e formas de tratamento
1.ª pess. sin. Eu falo
2.ª pess. sin. Tu falas Brasil: Em algumas regiões do Brasil é pouco usado

Portugal e algumas regiões brasileiras: informal

3.ª pess. sin. Ele/Ela

Você

O senhor/A senhora

A gente

fala Você no Brasil: informal e às vezes, semi-formal (por exemplo no trato com um desconhecido)

Você em Portugal e algumas regiões brasileiras: semi-formal

O senhor/A senhora: sempre formal

A gente: sempre informal

1.ª pess. pl. Nós falamos
2.ª pess. pl. Vós falais Brasil: não se usa, exceto em formalidades

Portugal: usa-se (pouco) nos dialectos setentrionais e galegos

3.ª pess. pl. Eles/Elas

Vocês

Os senhores/As senhoras

falam Vocês: sempre informal

Os senhores/As senhoras: sempre formal

Uso de reflexivos e da voz passiva sintética

Há no Sudeste e no Sul do Brasil uma tendência de se omitir o uso dos pronomes reflexivos em alguns verbos, exemplo: eu lembro ao invés de eu me lembro, ou eu deito ao invés de eu me deito. Em particular, verbos que indicam movimento como levantar-se, sentar-se, mudar-se, ou deitar-se são normalmente tratados como não-reflexivos na fala coloquial daquelas regiões. O uso da voz passiva analítica é também muito mais comum em PB do que em outras variantes, onde a voz passiva sintética com a partícula apassivadora -se é preferida. Como exemplo, é muito mais comum dizer-se no Brasil a partida foi disputada do que a partida disputou-se ou a partida se disputou.

Pronomes oblíquos

O PB é uma variante com forte tendência proclítica, ainda que as gramáticas normativas não legitimem o uso dessa colocação pronominal em vários contextos. Há, contudo, um início de revisão dessa questão por parte da Academia Brasileira de Letras. No Português brasileiro, usa-se geralmente o pronome oblíquo antes do verbo (próclise), a não ser nos casos em que o verbo inicie a frase. O PE, por sua vez, apresenta-se como uma variante mais enclítica, sendo uma exceção habitual as frases na negativa. Já a mesóclise, possível nos tempos simples do futuro no PE, é pouco utilizada no PB, com exceção de contextos litúrgicos onde o padrão bíblico, que privilegia essa colocação pronominal, é adotado.

Exemplos

PB PE
Eu o convido Convido-o
Ele me viu Ele viu-me
Eu te amo Amo-te
Ele se encontra Ele encontra-se
Me parece Parece-me
Vou o encontrar Vou encontrá-lo

No PB falado, os pronomes oblíquos 'o', 'a', 'os' e 'as' praticamente não são usados, sendo quase sempre substituídos pelos pronomes pessoais do caso reto ('ele', 'ela'...). O uso dos pronomes oblíquos é, entretanto, mais comum, principalmente na fala culta, quando eles se seguem a um infinitivo e são transformados respectivamente em 'lo', 'la, 'los, 'las'. O uso dos oblíquos de terceira pessoa é também obrigatório, em qualquer caso, na linguagem formal escrita.

O gerúndio

Em muitos aspectos o português brasileiro é mais conservador que o europeu. Um exemplo disso é o emprego do gerúndio. Recentemente, nas variantes dialetais de Portugal a norte do rio Tejo, o gerúndio perifrástico combinado com verbos como estar e andar, (que dá idéia de ação durativa ou de movimento reiterado) tem vindo a ser substituído pelo infinitivo do verbo antecedido pela preposição a (e. g. estou a fazer em vez de estou fazendo). No Brasil este fenómeno também existe, mas é mais raro e aplica-se a um número muito mais reduzido de contextos gramaticais.

Português brasileiro Português europeu (a norte do Tejo) Observações
Eu estou cantando Eu estou a cantar Este tipo de estrutura é tão usada que pode dar a ideia de que em Portugal não se usa gerúndio
A vida vai moldando a pessoa... A vida vai moldando a pessoa... Neste caso (verbo ir, expressando mudança gradual), é sempre usado o gerúndio em qualquer região
O governo continua defendendo... O governo continua a defender... Há casos (como nos verbos continuar e acabar) em que no Brasil também se pode não usar o gerúndio

Semântica

Muitas palavras, sem perderem o seu significado tradicional, enriqueceram-se com uma ou mais acepções novas no Brasil. Por exemplo, virar também significa transformar-se em e prosa é também utilizado com o sentido de loquaz, conversador ou gabarola.

Referências e sugestões de leitura

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  2. BAGNO, Marcos. Preconceito Lingüístico. São Paulo: Edições Loyola, 1999.
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Notas e referências citadas

  1. http://www.ibge.gov.br/home/disseminacao/online/popclock/popclock.php
  2. Tal como, por exemplo, português e o francês. Sendo ambas línguas românicas ou neolatinas, os falantes de uma e outra língua não se entendem, apesar das muitas semelhanças lingüísticas existentes entre ambas.
  3. a b Jornal da UNICAMP, Edição 328, de junho de 2006.
  4. Paul Teyssier, "História da Língua Portuguesa", Lisboa: Livraria Sá da Costa, p. 80.
  5. Florentino, Manolo, and Machado, Cacilda. Ensaio sobre a imigração portuguesa e os padrões de miscigenação no Brasil (séculos XIX e XX) - 2002 - Portugueses (PDF file)
  6. Paul Teyssier, "História da Língua Portuguesa", Lisboa: Livraria Sá da Costa, p. 81.
  7. Paul Teyssier, "História da Língua Portuguesa", Lisboa: Livraria Sá da Costa, pp. 80-81.
  8. Paul Teyssier, "História da Língua Portuguesa", Lisboa: Livraria Sá da Costa, pp. 81-83.
  9. Paul Teyssier, "História da Língua Portuguesa", Lisboa: Livraria Sá da Costa, pp. 84-85.
  10. MELO, Gladstone Chaves de. "A língua do Brasil". 4. Ed. Melhorada e aum., Rio de Janeiro: Padrão, 1981
  11. As duas grandes vertentes da história sociolinguística do Brasil (1500-2000) Dante Lucchesi

Ver também

Ligações externas

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