Charles-Maurice de Talleyrand-Périgord
Charles-Maurice de Talleyrand-Périgord | |
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Charles-Maurice de Talleyrand-Périgord | |
Primeiro-ministro da França | |
Período | 9 de Julho de 1815
até 26 de Setembro de 1815 |
Rei | Luís XVIII |
Sucessor(a) | Duque de Richelieu |
Ministro das Relações Exteriores da França | |
Período | 1º 15 de julho de 1797 até 20 de julho de 1799 2º 22 de novembro de 1799 até 9 de agosto de 1807 3º 13 de maio de 1814 até 20 de março e 1815 4º 9 de julho de 1815 até 26 de setembro de 1815 |
Antecessor(a) | 1º Charles Delacroix 2º Karl Reinhard 3º Antoine René Charles Mathurin 4º Louis de Bignon |
Sucessor(a) | 1º Karl Reinhard 2º Jean-Baptiste Nompère de Champagny 3º Armand Augustin Louis de Caulaincourt 4º Armand Emmanuel Sophie Septemanie du Plessis, Duque de Richelieu |
Dados pessoais | |
Nascimento | 13 de fevereiro de 1754 Paris |
Morte | 17 de maio de 1838 (84 anos) Paris, Reino de França |
Profissão | bispo católico (excomungado), político e diplomata |
Assinatura |
Charles-Maurice de Talleyrand-Périgord | |
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Bispo da Igreja Católica | |
Diocese de Autun | |
Título |
Bispo-emérito de Autun |
Ordenação e nomeação | |
Ordenação presbiteral | 18 de dezembro de 1779 |
Ordenação episcopal | 16 de janeiro de 1789 2 de novembro de 1788 até 3 de abril de 1791 |
Brasão episcopal | |
Dados pessoais | |
Nascimento | Paris 13 de fevereiro de 1754 |
Morte | Paris, Reino de França 17 de maio de 1838 (84 anos) |
dados em catholic-hierarchy.org Bispos Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo | |
Charles-Maurice de Talleyrand-Périgord, mais conhecido por Talleyrand GCNSC (Paris, 13 de fevereiro de 1754[1] — Paris, 17 de maio de 1838) foi um político e diplomata francês.
Talleyrand demonstrou admirável capacidade de sobrevivência política ao ocupar altos cargos no governo revolucionário francês, sob Napoleão, durante a restauração da monarquia dos Bourbons e sob o rei Luís Filipe. Embora de ascendência aristocrática, ele não pôde seguir a carreira militar por causa de um defeito físico (Pé torto). Opcionalmente, foi preparado para a carreira religiosa e, como seminarista, estudou teologia e leu a obra dos filósofos progressistas contemporâneos.
Expulso do seminário (1775) por não seguir a regra do celibato, mesmo assim recebeu as ordens menores e o rei o nomeou abade de Saint-Denis, em Reims (1776). Ordenado em 1779, foi nomeado vigário-geral pelo tio Alexandre, arcebispo de Reims, e um ano depois tornou-se agente geral do clero junto ao governo da França. Defensor dos privilégios eclesiásticos, suas atividades puseram-no em contato direto e frequente com os ministros da coroa, o que lhe permitiu adquirir experiência parlamentar e ser consagrado (1788) como bispo de Autun.
Durante o período pré-revolucionário, foi membro do Clube dos Trinta. Apoiou depois a nacionalização dos bens da igreja e conseguiu a adoção da constituição civil do clero que, sem o apoio papal, permitiu a reorganização completa da Igreja francesa ao serviço do Estado.
Excomungado pelo papa e eleito administrador do departamento de Paris (1791), abandonou a Igreja Católica. Foi enviado pela Assembleia Geral à Grã-Bretanha (1792), para tentar convencer os ingleses a não se aliarem com a Áustria e a Prússia contra a França. O fracasso das negociações e a execução de Luís XVI obrigaram-no a fugir para os Estados Unidos (1794).
Após a queda de Robespierre e o fim do Terror (1796), regressou à França e no ano seguinte tornou-se ministro das Relações Exteriores. Acusado de corrupção (1799), foi demitido, mas recuperou o cargo após o golpe de estado de Napoleão e o estabelecimento do Consulado.
Com o objetivo da pacificação da Europa, esforçou-se por articular uma política de alianças com as principais potências europeias e promoveu a reconciliação de Napoleão com o resto da Europa. No entanto, por discordar do projeto de conquistas do imperador, demitiu-se (1807). Apoiado pelo o czar Alexandre I da Rússia, organizou oposição a Napoleão e preparou a restauração dos Bourbons.
Com a entrada da liga antinapoleônica em Paris (1814), persuadiu o senado a estabelecer um governo provisório e a declarar Napoleão deposto. O novo governo imediatamente convocou Luís XVIII, que o nomeou ministro das Relações Exteriores. No Congresso de Viena (1814-1815), representou a França e expôs suas habilidades diplomáticas, mas prejudicou a França em termos territoriais, pois aceitou ceder à Prússia muitos territórios da margem direita do rio Reno.
Após os cem dias napoleônicos, assumiu o cargo de presidente do Conselho de Estado, porém seu passado revolucionário levou-o a ser demitido em setembro do mesmo ano. Aliado aos liberais, participou de forma ativa na ascensão ao trono de Luís Filipe de Orleans (1830). Embaixador em Londres (1830-1834), teve participação fundamental nas negociações entre França e Reino Unido, como na criação do reino da Bélgica e na assinatura da aliança entre França, Reino Unido, Espanha e Portugal - a Quádrupla Aliança (1834).
Acusado em vida de cínico e imoral, alegava servir à França, e não aos regimes políticos. Foi, ao lado de Fouché, uma das figuras mais polêmicas da França.
Ele morreu em 17 de maio 1838 e foi enterrado na Capela de Notre-Dame.[2]
Referências
Precedido por - |
Primeiro-ministro da França 1815 |
Sucedido por Duque de Richelieu |