Invasão da Polônia: diferenças entre revisões

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Em 2º de [[setembro]] de [[1939]], as [[Wehrmacht|Forças Armadas alemãs]] deram início a '''invasão à Polônia''', também conhecida como '''Operação ''Fall Weiss''''' marcando o início da [[Segunda Guerra Mundial]](para alguns essa guerra seria a continuação da primeira grande guerra). A invasão culminaria na dominação completa do país em 6 de outubro do mesmo ano. A operação foi iniciada em resposta a um suposto ataque polones a uma estação de rádio, o que depois foi comprovado como um ardil dos nazistas para justificar a invasão. Durante a operação, em 17 de setembro, a [[União Soviética]], seguindo uma cláusula secreta do [[Pacto Molotov-Ribbentrop]], também declarou guerra a [[Polônia]] e deu início a [[Invasão Soviética da Polónia]] na parte leste do país. Em 3 de setembro, em resposta as hostilidades, [[França]] e [[Reino Unido]], seguidos por [[Canadá]], [[Nova Zelândia]] e [[Austrália]], [[aliados|entre outros]], declararam guerra contra a [[Alemanha]] [[nazismo|nazista|Hittler]].
Em [[2 de setembro]] de [[1939]], as [[Wehrmacht|Forças Armadas alemãs]] deram início a '''invasão à Polônia''', também conhecida como '''Operação ''Fall Weiss''''' marcando o início da [[Segunda Guerra Mundial]] (para alguns essa guerra seria a continuação da primeira [[grande guerra]]).


A invasão culminaria na dominação completa do país em 6 de outubro do mesmo ano. A operação foi iniciada em resposta a um suposto ataque polonês a uma [[estação de rádio]], o que depois foi comprovado como um ardil dos nazistas para justificar a invasão. Durante a operação, em 17 de setembro, a [[União Soviética]], seguindo uma cláusula secreta do [[Pacto Molotov-Ribbentrop]], também declarou guerra a [[Polônia]] e deu início a [[Invasão Soviética da Polónia]] na parte leste do país. Em 3 de setembro, em resposta as hostilidades, [[França]] e [[Reino Unido]], seguidos por [[Canadá]], [[Nova Zelândia]] e [[Austrália]], [[aliados|entre outros]], declararam guerra contra a [[Alemanha Nazi]].


== Forças ==
== Antecedentes ==
A [[Wehrmacht]] envolveu suas melhores unidades, engajando 37 divisões de [[infantaria]], uma de montanha, quatro de infantaria motorizada, quatro divisões blindadas leves, seis [[Panzer]], uma [[brigada]] de [[cavalaria]] e uma variadade de unidades paramilitares. Para a invasão, o [[Grupo de Exércitos]] Norte tinha um efetivo 630 mil [[soldado]]s, enquanto o Grupo de Exércitos Sul tinha 886 mil soldados. Ao todo, as forças alemãs tinham 559 [[batalhão|batalhões]] de infantaria contra 376 da Polônia. Em [[artilharia]], a Wehrmacht tinha 5805 peças contra 2065 polonesas (sem contar a grande diferença de idade e qualidade). Do lado polonês, havia aproximadamente 39 divisões mais 16 brigadas, totalizando, 950 mil soldados. Do lado soviético, a despeito das esparsas fontes, estima-se um total de 800 mil soldados engajados.


Antes do conflito com a [[Polônia]], em [[1939]], o [[chanceler da Alemanha]], [[Adolf Hitler]], já havia feito algumas manobras políticas para aumentar o território alemão:
Em tanques, eram 2511 [[Panzer]] contra 615 tanques poloneses, sem contar, novamente, a qualidade e a metodologia de combate. Dentre esses veículos, os alemães tinham 215 befehlspanzer (veículos de comando, sem torre, equipados com potentes [[rádio]]s para coordenar as unidades).


=== Renânia ===
Em [[1939]], uma divisão padrão de infantaria da Wehrmacht tinha:
* 5375 cavalos
* 938 veículos motorizados
* 530 motos


{{Ver artigo principal|[[Remilitarização da Renânia]]}}
Já uma divisão de infantaria polonesa tinha:
* 6937 cavalos
* 76 veículos

== Antecedentes ==
Antes do conflito alemão com a [[Polônia]], em [[1939]], o [[chanceler]] alemão [[yuri]] já havia feito algumas manobras políticas para aumentar o território alemão:


== Renânia ==
Em [[1936]], Hitler ocupou, com forças militares, a zona desmilitarizada da [[Renânia]], anexando-a ao território alemão.
Em [[1936]], Hitler ocupou, com forças militares, a zona desmilitarizada da [[Renânia]], anexando-a ao território alemão.


=== Áustria ===
=== Áustria ===
Em [[1934]], com ajuda da [[Sturmabteilung|SA]] e do Partido Nazi Austríaco, Hitler depôs o então chanceler austríaco [[Engelbert Dollfuss]], numa tentativa fracassada de pôr um regime nazista na [[Áustria]].


{{Ver artigo principal|[[Anschluss]]}}
O chanceler passou a ser Kurt Schuschnigg, da Frente Nacional, do mesmo partido de Dollfuss, até [[1938]], quando Hitler pressionou o presidente Wilhelm Miklas para nomear um chanceler nazista, [[Arthur Seyß-Inquart]], enquanto traçava planos de invasão à Áustria ('''Operação ''Case Otto'''''), cujo objetivo era anexar a Áustria ao [[Reich]] Alemanha Nazi.

Em [[1934]], com ajuda da [[Sturmabteilung|SA]] e do Partido Nazi Austríaco, Hitler depôs o então [[chanceler]] austríaco [[Engelbert Dollfuss]], numa tentativa fracassada de pôr um regime nazista na [[Áustria]].

O chanceler passou a ser Kurt Schuschnigg, da Frente Nacional, do mesmo partido de Dollfuss, até [[1938]], quando Hitler pressionou o presidente [[Wilhelm Miklas]] para nomear um chanceler nazista, [[Arthur Seyss-Inquart ]], enquanto traçava planos de invasão à Áustria (Operação Case Otto), cujo objetivo era anexar a Áustria ao [[Reich]] Alemanha Nazi.


=== Acordo de Munique ===
=== Acordo de Munique ===

Em [[1938]], os líderes das grandes nações da Europa no ínicio do [[século XX]] se reuniram na cidade de [[Munique]], na [[Alemanha]] para discutir o futuro da [[Tchecoslováquia]] em relação às agressões nazistas na região dos [[Sudetos]]. O alemão [[Adolf Hitler]], o italiano [[Benito Mussolini]], o inglês [[Neville Chamberlain]] e o francês [[Edouard Daladier]] assinaram o [[Acordo de Munique]], pelo qual cederam, sem a presença de representantes da Tchecoslováquia, a cessão do território dos Sudetos à Alemanha.
{{Ver artigo principal|[[Ocupação alemã da Checoslováquia]]}}

Em [[1938]], os líderes das grandes nações da [[Europa]] no ínicio do [[século XX]] se reuniram na cidade de [[Munique]], na [[Alemanha]] para discutir o futuro da [[Tchecoslováquia]] em relação às agressões nazistas na região dos [[Sudetos]]. O alemão [[Adolf Hitler]], o italiano [[Benito Mussolini]], o inglês [[Neville Chamberlain]] e o francês [[Edouard Daladier]] assinaram o [[Acordo de Munique]], pelo qual cederam, sem a presença de representantes da Tchecoslováquia, a cessão do território dos Sudetos à Alemanha.


Chamberlaim e Daladier chegaram como heróis em seu país. Mas, em [[10 de Março]] de [[1939]], Hitler ordenou que suas tropas ocupassem o restante da Tchecoslováquia, incluindo [[Praga]].
Chamberlaim e Daladier chegaram como heróis em seu país. Mas, em [[10 de Março]] de [[1939]], Hitler ordenou que suas tropas ocupassem o restante da Tchecoslováquia, incluindo [[Praga]].


== Forças ==
== Início das hostilidades ==


[[Ficheiro:Second World War Europe.png|thumb|230px|direita|Avanço das forças da [[Alemanha Nazista]] e da [[URSS]] sobre a Polônia.]]
As operações começaram aproximadamente ás 4h45min do dia 1º, com o [[encouraçado]] alemão ''SMS Schleswig-Holstein'' abrindo fogo contra as guarnições polonesas da [[Westerplatte]], penísula localizada em [[Danzig]], hoje [[Gdansk]]. Horas depois, o Grupo de Exércitos Norte e Sul iniciaram a invasão por terra.


A [[Wehrmacht]] envolveu suas melhores unidades, engajando 37 divisões de [[infantaria]], uma de montanha, quatro de infantaria motorizada, quatro divisões blindadas leves, seis [[Panzer]], uma [[brigada]] de [[cavalaria]] e uma variadade de unidades [[paramilitar]]es. Para a invasão, o [[Grupo de Exércitos]] Norte tinha um efetivo 630 mil [[soldado]]s, enquanto o Grupo de Exércitos Sul tinha 886 mil soldados.
Empregando a tática da [[Blitzkrieg|Guerra Relâmpago]] com tropas blindadas e mecanizadas, juntamente com inovadoras técnicas de combate e equipamentos modernos, os alemães rapidamente quebraram as linhas defensivas dos poloneses, alcançando o [[Vístula]] já em 3 de setembro, e iniciando o cerco a [[Varsóvia]] no dia 10. Ao sul, com o Grupo de Exércitos Sul, comandado por [[Gerd von Rundstedt]], no dia 3, as tropas de Reichnau já se encontravam na retaguarda de [[Cracóvia]], e cinco dias depois, tendo percorrido 140 milhas em uma semana, se encontravam a 10 km de Varsóvia.


Ao todo, as forças alemãs tinham 559 [[batalhão|batalhões]] de infantaria contra 376 da Polônia. Em [[artilharia]], a Wehrmacht tinha 5805 [[Peça de artilharia|peças de artilharia]] contra 2065 polonesas (sem contar a grande diferença de idade e qualidade). Do lado polonês, havia aproximadamente 39 divisões mais 16 brigadas, totalizando, 950 mil soldados. Do lado soviético, a despeito das esparsas fontes, estima-se um total de 800 mil soldados engajados.
A essa altura, todos os planos de defesa poloneses haviam falhado, basicamente pela mobilização das tropas alemães e pela incapacidade do exércitos polones em recuar estrategicamente, muito por causa do nível de obsolência do seu exército e da mentalidade de seus comandantes, principalmente do Chefe das Forças Armadas, General Rydz-Smigly. Os poloneses tinham duas opções de defesa; a primeira era espalhar as forças pela fronteira e recuar aos poucos até o Vístula, e ali estabelecer a última linha defensiva. A segunda era já estabelecer a linha no rio Vístula, sem recuos estratégicos. O General Rydz-Smigly, querendo dar proteção à totalidade do território nacional, optou pela primeira opção e estendeu, ao longo das fronteiras, 7 divisões, denominadas exércitos. Essas forças foram rapidamente cercadas, e a despeito do contra-ataque do rio Bzura, nenhuma delas esboçou reação expressiva ou comprometeu de alguma forma a invasão como um todo.


Em [[Carro de combate|tanques]], eram 2511 [[Panzer]] contra 615 tanques poloneses, sem contar, novamente, a qualidade e a metodologia de combate. Dentre esses veículos, os alemães tinham 215 ''befehlspanzer'' (veículos de comando, sem torre, equipados com potentes [[rádio]]s para coordenar as unidades).
===Imagens===


Em [[1939]], uma divisão padrão de infantaria da Wehrmacht tinha:
{|"align"=center

|[[Ficheiro:Schleswig Holstein firing Gdynia 13.09.1939.jpg|thumb|270px|O [[SMS Schleswig-Holstein]] da [[Kriegsmarine]], bombardeando Gdansk.]]
* 5375 [[cavalo]]s
|[[Ficheiro:Zniszczenia1939 0.jpg|thumb|364px|1.09.1939 [[Wieluń]].]]
* 938 veículos motorizados
|[[Ficheiro:Second World War Europe.png|thumb|205px|Avanço das forças da [[Alemanha Nazista]] e da [[URSS]] sobre a Polônia.]]
* 530 [[moto]]s

Já uma divisão de infantaria polonesa tinha:

* 6937 cavalos
* 76 veículos

== Início das hostilidades ==

As operações começaram aproximadamente ás 4h45min do dia 1º, com o [[encouraçado]] alemão ''SMS Schleswig-Holstein'' abrindo fogo contra as guarnições polonesas da [[Westerplatte]], península localizada em [[Danzig]], hoje [[Gdansk]]. Horas depois, o Grupo de Exércitos Norte e Sul iniciaram a invasão por terra.

Empregando a tática da [[Blitzkrieg|Guerra Relâmpago]] com tropas blindadas e mecanizadas, juntamente com inovadoras técnicas de combate e equipamentos modernos, os alemães rapidamente quebraram as linhas defensivas dos poloneses, alcançando o [[Vístula]] já em 3 de setembro, e iniciando o cerco a [[Varsóvia]] no dia 10. Ao sul, com o Grupo de Exércitos Sul, comandado por [[Gerd von Rundstedt]], no dia 3, as tropas de [[Walter von Reichenau]] já se encontravam na retaguarda de [[Cracóvia]], e cinco dias depois, tendo percorrido 140 milhas em uma semana, se encontravam a 10 km de Varsóvia.

A essa altura, todos os planos de defesa poloneses haviam falhado, basicamente pela mobilização das tropas alemães e pela incapacidade do exércitos polones em recuar estrategicamente, muito por causa do nível de obsolência do seu exército e da mentalidade de seus comandantes, principalmente do Chefe das Forças Armadas, General [[Edward Rydz-Śmigły]]. Os poloneses tinham duas opções de defesa; a primeira era espalhar as forças pela fronteira e recuar aos poucos até o Vístula, e ali estabelecer a última linha defensiva. A segunda era já estabelecer a linha no [[rio Vístula]], sem recuos estratégicos. O General Rydz-Śmigły, querendo dar proteção à totalidade do território nacional, optou pela primeira opção e estendeu, ao longo das fronteiras, 7 divisões, denominadas exércitos. Essas forças foram rapidamente cercadas, e a despeito do contra-ataque do rio Bzura ([[Batalha de Bzura]]), nenhuma delas esboçou reação expressiva ou comprometeu de alguma forma a invasão como um todo.

{|align="center"
|[[Ficheiro:Schleswig Holstein firing Gdynia 13.09.1939.jpg|thumb|248px|O [[SMS Schleswig-Holstein]] da [[Kriegsmarine]], bombardeando Gdansk.]]
|[[Ficheiro:Zniszczenia1939 0.jpg|thumb|268px|A cidade de [[Wieluń]], em 1 de setembro de 1939, após bombardeio da [[Luftwaffe]].]]
|[[Ficheiro:Polish infantry marching -2 1939.jpg|thumb|138px|Infantaria polonesa em marcha.]]
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|}


== Resultado ==
== Resultado ==

Ainda que algum plano defensivo lograsse sucesso, ele falharia em se proteger da inesperada invasão russa pelo leste. No cômputo geral, a invasão foi um teste e uma importante lição para os alemães, que ali testaram suas forças, assimilaram os resultados e corrigiram os erros. Entre outubro de [[1939]] e maio de [[1940]], as [[Wehrmacht|Forças Armadas Alemãs]] passaram por uma reformulação completa, que tornaria ainda mais eficiente a ''[[Blitzkrieg]]''. Aos poloneses, restou resistir nos cercos nas cidades, até a capitulação. O governo Polônes, juntamente com a sua Marinha, se exilou na [[Inglaterra]]. Muitas tropas fugiram para a [[Lituânia]] e [[França]] e a maioria foi para a então neutra [[Romênia]].
Ainda que algum plano defensivo lograsse sucesso, ele falharia em se proteger da inesperada invasão russa pelo leste. No cômputo geral, a invasão foi um teste e uma importante lição para os alemães, que ali testaram suas forças, assimilaram os resultados e corrigiram os erros. Entre outubro de [[1939]] e maio de [[1940]], as [[Wehrmacht|Forças Armadas Alemãs]] passaram por uma reformulação completa, que tornaria ainda mais eficiente a ''[[Blitzkrieg]]''. Aos poloneses, restou resistir nos cercos nas cidades, até a capitulação. O governo Polônes, juntamente com a sua Marinha, se exilou na [[Inglaterra]]. Muitas tropas fugiram para a [[Lituânia]] e [[França]] e a maioria foi para a então [[País neutro|neutra]] [[Romênia]].

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|[[Ficheiro:The Royal Castle in Warsaw - burning 17.09.1939.jpg|thumb|245px|[[Castelo Real de Varsóvia]] em chamas no dia 17 de setembro de 1939.]]
|[[Ficheiro:Bundesarchiv Bild 183-H27915, Danzig, Enfernen eines polnischen Hoheitszeichens.jpg|thumb|114px|Soldados alemães removendo a [[insígnia]] do governo polonês.]]
|[[Ficheiro:Warsaw1939parade.jpg|thumb|285px|Adolf Hitler passando em revista às tropas alemãs em Varsóvia (10 de Outubro de 1939).]]
|}


=={{Ver também}}==
=={{Ver também}}==

* [[Batalha de Wizna]]
* [[Invasão Soviética da Polónia]]
* [[Batalha de Brest]] (1939)
* [[Batalha de Brest]] (1939)
* [[Batalha de Wizna]]


== {{Bibliografia}} ==
== {{Bibliografia}} ==

* ZALOGA, Steven J.. ''Poland 1930 The birth of Blitzkrieg.'' Osprey, 2002.
* ZALOGA, Steven J.. ''Poland 1930 The birth of Blitzkrieg.'' Osprey, 2002.
* MCKSEY, K.J. ''Divisões Panzer - os punhos de aço.'' Rio de Janeiro: Renes.
* MCKSEY, K.J. ''Divisões Panzer - os punhos de aço.'' Rio de Janeiro: Renes.
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== {{Ligações externas}} ==
== {{Ligações externas}} ==

* {{Link|pt|2=http://www.terra.com.br/noticias/70-anos-segunda-guerra/segunda-guerra.htm |3=70 anos do iníco da segunda guerra}}
* {{Link|pt|2=http://www.terra.com.br/noticias/70-anos-segunda-guerra/segunda-guerra.htm |3=70 anos do iníco da segunda guerra}}


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[[Categoria:Batalhas e operações da Segunda Guerra Mundial]]
[[Categoria:Batalhas e operações da Segunda Guerra Mundial]]
[[Categoria:Polônia na Segunda Guerra Mundial]]
[[Categoria:Polônia na Segunda Guerra Mundial]]

Revisão das 20h17min de 21 de junho de 2011

1 de Setembro de 1939: os alemães derrubam a fronteira da Polônia. Tem início a II Guerra Mundial.

Em 2 de setembro de 1939, as Forças Armadas alemãs deram início a invasão à Polônia, também conhecida como Operação Fall Weiss marcando o início da Segunda Guerra Mundial (para alguns essa guerra seria a continuação da primeira grande guerra).

A invasão culminaria na dominação completa do país em 6 de outubro do mesmo ano. A operação foi iniciada em resposta a um suposto ataque polonês a uma estação de rádio, o que depois foi comprovado como um ardil dos nazistas para justificar a invasão. Durante a operação, em 17 de setembro, a União Soviética, seguindo uma cláusula secreta do Pacto Molotov-Ribbentrop, também declarou guerra a Polônia e deu início a Invasão Soviética da Polónia na parte leste do país. Em 3 de setembro, em resposta as hostilidades, França e Reino Unido, seguidos por Canadá, Nova Zelândia e Austrália, entre outros, declararam guerra contra a Alemanha Nazi.

Antecedentes

Antes do conflito com a Polônia, em 1939, o chanceler da Alemanha, Adolf Hitler, já havia feito algumas manobras políticas para aumentar o território alemão:

Renânia

Ver artigo principal: Remilitarização da Renânia

Em 1936, Hitler ocupou, com forças militares, a zona desmilitarizada da Renânia, anexando-a ao território alemão.

Áustria

Ver artigo principal: Anschluss

Em 1934, com ajuda da SA e do Partido Nazi Austríaco, Hitler depôs o então chanceler austríaco Engelbert Dollfuss, numa tentativa fracassada de pôr um regime nazista na Áustria.

O chanceler passou a ser Kurt Schuschnigg, da Frente Nacional, do mesmo partido de Dollfuss, até 1938, quando Hitler pressionou o presidente Wilhelm Miklas para nomear um chanceler nazista, Arthur Seyss-Inquart , enquanto traçava planos de invasão à Áustria (Operação Case Otto), cujo objetivo era anexar a Áustria ao Reich Alemanha Nazi.

Acordo de Munique

Em 1938, os líderes das grandes nações da Europa no ínicio do século XX se reuniram na cidade de Munique, na Alemanha para discutir o futuro da Tchecoslováquia em relação às agressões nazistas na região dos Sudetos. O alemão Adolf Hitler, o italiano Benito Mussolini, o inglês Neville Chamberlain e o francês Edouard Daladier assinaram o Acordo de Munique, pelo qual cederam, sem a presença de representantes da Tchecoslováquia, a cessão do território dos Sudetos à Alemanha.

Chamberlaim e Daladier chegaram como heróis em seu país. Mas, em 10 de Março de 1939, Hitler ordenou que suas tropas ocupassem o restante da Tchecoslováquia, incluindo Praga.

Forças

Avanço das forças da Alemanha Nazista e da URSS sobre a Polônia.

A Wehrmacht envolveu suas melhores unidades, engajando 37 divisões de infantaria, uma de montanha, quatro de infantaria motorizada, quatro divisões blindadas leves, seis Panzer, uma brigada de cavalaria e uma variadade de unidades paramilitares. Para a invasão, o Grupo de Exércitos Norte tinha um efetivo 630 mil soldados, enquanto o Grupo de Exércitos Sul tinha 886 mil soldados.

Ao todo, as forças alemãs tinham 559 batalhões de infantaria contra 376 da Polônia. Em artilharia, a Wehrmacht tinha 5805 peças de artilharia contra 2065 polonesas (sem contar a grande diferença de idade e qualidade). Do lado polonês, havia aproximadamente 39 divisões mais 16 brigadas, totalizando, 950 mil soldados. Do lado soviético, a despeito das esparsas fontes, estima-se um total de 800 mil soldados engajados.

Em tanques, eram 2511 Panzer contra 615 tanques poloneses, sem contar, novamente, a qualidade e a metodologia de combate. Dentre esses veículos, os alemães tinham 215 befehlspanzer (veículos de comando, sem torre, equipados com potentes rádios para coordenar as unidades).

Em 1939, uma divisão padrão de infantaria da Wehrmacht tinha:

Já uma divisão de infantaria polonesa tinha:

  • 6937 cavalos
  • 76 veículos

Início das hostilidades

As operações começaram aproximadamente ás 4h45min do dia 1º, com o encouraçado alemão SMS Schleswig-Holstein abrindo fogo contra as guarnições polonesas da Westerplatte, península localizada em Danzig, hoje Gdansk. Horas depois, o Grupo de Exércitos Norte e Sul iniciaram a invasão por terra.

Empregando a tática da Guerra Relâmpago com tropas blindadas e mecanizadas, juntamente com inovadoras técnicas de combate e equipamentos modernos, os alemães rapidamente quebraram as linhas defensivas dos poloneses, alcançando o Vístula já em 3 de setembro, e iniciando o cerco a Varsóvia no dia 10. Ao sul, com o Grupo de Exércitos Sul, comandado por Gerd von Rundstedt, no dia 3, as tropas de Walter von Reichenau já se encontravam na retaguarda de Cracóvia, e cinco dias depois, tendo percorrido 140 milhas em uma semana, se encontravam a 10 km de Varsóvia.

A essa altura, todos os planos de defesa poloneses haviam falhado, basicamente pela mobilização das tropas alemães e pela incapacidade do exércitos polones em recuar estrategicamente, muito por causa do nível de obsolência do seu exército e da mentalidade de seus comandantes, principalmente do Chefe das Forças Armadas, General Edward Rydz-Śmigły. Os poloneses tinham duas opções de defesa; a primeira era espalhar as forças pela fronteira e recuar aos poucos até o Vístula, e ali estabelecer a última linha defensiva. A segunda era já estabelecer a linha no rio Vístula, sem recuos estratégicos. O General Rydz-Śmigły, querendo dar proteção à totalidade do território nacional, optou pela primeira opção e estendeu, ao longo das fronteiras, 7 divisões, denominadas exércitos. Essas forças foram rapidamente cercadas, e a despeito do contra-ataque do rio Bzura (Batalha de Bzura), nenhuma delas esboçou reação expressiva ou comprometeu de alguma forma a invasão como um todo.

O SMS Schleswig-Holstein da Kriegsmarine, bombardeando Gdansk.
A cidade de Wieluń, em 1 de setembro de 1939, após bombardeio da Luftwaffe.
Infantaria polonesa em marcha.

Resultado

Ainda que algum plano defensivo lograsse sucesso, ele falharia em se proteger da inesperada invasão russa pelo leste. No cômputo geral, a invasão foi um teste e uma importante lição para os alemães, que ali testaram suas forças, assimilaram os resultados e corrigiram os erros. Entre outubro de 1939 e maio de 1940, as Forças Armadas Alemãs passaram por uma reformulação completa, que tornaria ainda mais eficiente a Blitzkrieg. Aos poloneses, restou resistir nos cercos nas cidades, até a capitulação. O governo Polônes, juntamente com a sua Marinha, se exilou na Inglaterra. Muitas tropas fugiram para a Lituânia e França e a maioria foi para a então neutra Romênia.

Castelo Real de Varsóvia em chamas no dia 17 de setembro de 1939.
Soldados alemães removendo a insígnia do governo polonês.
Ficheiro:Warsaw1939parade.jpg
Adolf Hitler passando em revista às tropas alemãs em Varsóvia (10 de Outubro de 1939).

Ver também

  • ZALOGA, Steven J.. Poland 1930 The birth of Blitzkrieg. Osprey, 2002.
  • MCKSEY, K.J. Divisões Panzer - os punhos de aço. Rio de Janeiro: Renes.
  • SHIRER, Willian l. Ascensão e Queda do Terceiro Reich (4 vols). Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1964.

Ligações externas


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