Bornéu: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Gpzarbato (discussão | contribs)
Adição da Categoria: Economia
Gpzarbato (discussão | contribs)
Complementação do Tópico: História
Linha 63: Linha 63:


== História ==
== História ==
Bornéu foi descoberta para o mundo europeu pelos navegantes [[Juan Sebastián Elcano]] e [[Fernão de Magalhães]], que chegaram às suas costas em 1521. A história de Bornéu está intimamente relacionado com a [[história das Filipinas]]. Quando o arquipélago das Filipinas foi conquistado pelo explorador espanhol [[Miguel López de Legazpi]], uma frota do sultão de Bornéu ajudou os príncipes de [[Manila]], uma vez que um desses príncipes era natural de Bornéu. E em 1577, quando um pretendente ao trono de Bornéu chamado Sirela solicitou o apoio da Espanha, o governador espanhol das Filipinas, Sande, partiu de Manila com uma frota de 30 navios e 2200 homens. Proclamado Sirela como novo rei, o novo monarca prestou tributo à Espanha. Mas então o rei destronado procurou refúgio nas [[ilhas Molucas]], solicitando o apoio dos portugueses, que também aspiravam também à posse de Bornéu, e organizaram uma frota que sob o comando de Hector Brita bateu Sirela. Este fugiu para Manila e voltou a pedir o apoio da Espanha, que enviou o Capitão Gabriel de River com um pequeno exército que derrotou os ocupantes e Sirela foi reposto no governo.


=== Pré-História a Idade Média ===
Em 1761 a [[Inglaterra]] celebrou um tratado com Jolo, pelo qual a [[Companhia Britânica das Índias Orientais]] adquiria o litoral norte de Bornéu, desde o [[rio Kunanis]] até à [[baía de Melledu]]. Em 1771 esta mesma companhia ocupou com 400 homens a ilha de Balambamgan, mas tal causou a fúria dos nativos, que foram depois todos assassinados.
[[Ficheiro:Dayaks in their war dress.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|O povo indígena [[Dayak]], principal da ilha, era temido por sua prática tradicional de caça de cabeças.]]
O soberano javanês Bantam cedeu aos holandeses em 1778 uns territórios na costa oriental de Bornéu cujo domínio tinha por herança. Esta cedência teve grande importância no futuro, já que foi considerada como fundamento jurídico da soberania que a Holanda exerceu em grande parte da ilha, e que ainda hoje se observa na divisão entre vários estados.
Em Novembro de 2018, cientistas reportaram a descoberta de uma das mais antigas [[Arte rupestre|artes rupestres]] datadas, cerca de 40.000 anos (talvez mais até que 52.000 anos), de um animal não reconhecido, na caverna de [[Lubang Jeriji Saléh]], em Bornéu<ref>[[Carl Zimmer|Zimmer, Carl]] (7 de Novembro de 2018). [https://www.nytimes.com/2018/11/07/science/oldest-cave-art-borneo.html "In Cave in Borneo Jungle, Scientists Find Oldest Figurative Painting in the World - A cave drawing in Borneo is at least 40,000 years old, raising intriguing questions about creativity in ancient societies"]. ''The New York Times''. Consultado em 8 de Novembro de 2018.</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Aubert|primeiro=M.|ultimo2=Setiawan|primeiro2=P.|ultimo3=Oktaviana|primeiro3=A. A.|ultimo4=Brumm|primeiro4=A.|ultimo5=Sulistyarto|primeiro5=P. H.|ultimo6=Saptomo|primeiro6=E. W.|ultimo7=Istiawan|primeiro7=B.|ultimo8=Ma'rifat|primeiro8=T. A.|ultimo9=Wahyuono|primeiro9=V. N.|data=12 2018|titulo=Palaeolithic cave art in Borneo|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30405242|jornal=Nature|volume=564|numero=7735|paginas=254–257|doi=10.1038/s41586-018-0679-9|issn=1476-4687|pmid=30405242}}</ref>.

De acordo com antigos manuscritos Chineses, Indianos e Japoneses (c. 977)<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/961876784|título=The Indianized states of Southeast Asia|ultimo=Cœdès, George.|local=Honolulu|isbn=9780824803681|oclc=961876784}}</ref>, as cidades da costa ocidental de Bornéu já se tornavam centros de comércio no primeiro milênio depois de Cristo<ref>{{Citar periódico|ultimo=Soon|primeiro=Derek Heng Thiam|data=2001-06|titulo=The Trade in Lakawood Products Between South China and the Malay World from the Twelfth to Fifteenth Centuries AD|url=https://www.cambridge.org/core/product/identifier/S0022463401000066/type/journal_article|jornal=Journal of Southeast Asian Studies|lingua=en|volume=32|numero=2|paginas=133–149|doi=10.1017/S0022463401000066|issn=0022-4634}}</ref>. Nos textos Chineses, [[ouro]], [[Cânfora|cânforas]], cascos de [[Testudinata|Tartarugas]], bico de [[Calau]], chifres de [[Rinoceronte]], crista de [[Grou]], [[Cera de abelha|cera de Abelha]], madeira de Laka (madeira perfumada do tronco e raízes da espécie, ''[[Dalbergia parviflora]]''), [[Sangue-de-dragão|Sangue-de-Dragão]], [[Calamoideae|Ratão]], [[Ninho|ninhos]] comestíveis de pássaros e diversas espécies de [[Especiaria|especiarias]] foram descritos como os itens mais valiosos e Bornéu<ref name=":5">{{Citar periódico|ultimo=Broek|primeiro=Jan O. M.|data=1962-01|titulo=Place names in 16th and 17th century Borneo|url=https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/03085696208592208|jornal=Imago Mundi|lingua=en|volume=16|numero=1|paginas=129–148|doi=10.1080/03085696208592208|issn=0308-5694}}</ref>. Os Indianos nomearam a ilha ''Suvarnabhumi'' (a terra do ouro) e também ''Karpuradvipa'' (Ilha das Cânforas). O nome Javanês da ilha é ''Puradvipa'', traduzido Ilha dos [[Diamante|Diamantes]]. Achados arqueológicos no delta do [[rio Sarawak]] revelam que a área prosperava como um centro de comércio entre a China e a Índia desde o século VI até por volta de 1300<ref name=":5" />.
[[Ficheiro:Brunei territories (1400).png|miniaturadaimagem|Território do Império de Brunei no ano 1400.]]
[[Ficheiro:Brunei territories (1890).png|miniaturadaimagem|O [[Brunei|Sultanato de Brunei]] reduzido após sucessivas guerras com reinos vizinhos e potências coloniais.]]
Pilares de pedra com inscrições no [[Alfabeto Pallava]], encontrados em [[Kutai]] ao longo do [[rio Mahakan]], [[Kalimantan Oriental|Calimantã Oriental]], e datando de por volta do século IV, constituem uma das evidências mais antigas da influência [[Hinduísmo|Hindu]] no [[Sudeste Asiático]]<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/225298720|título=The Austronesians : historical and comparative perspectives|ultimo=Bellwood, Peter S.,|ultimo2=Fox, James J., 1940-|ultimo3=Tryon, D. T. (Darrell T.),|ultimo4=Australian National University. Comparative Austronesian Project,|local=Canberra, ACT|isbn=978-1-920942-85-4|oclc=225298720}}</ref>. Pelo século XIV, Bornéu se tornou um vassalo do [[Império de Majapait|Império Majapaíta]] (cujo núcleo era na atual ilha de [[Java]])<ref>Peter SkalnÃk (1º de Janeiro de 1989). ''[https://books.google.com.br/books?id=ddj7FIkxFu0C&pg=PA41&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false Outwitting the State]''. Transaction Publishers. pp. 41–.</ref><ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/923734587|título=Early modern Southeast Asia, 1350-1800|ultimo=Ooi, Keat Gin.|ultimo2=Tuan, Hoang Anh.|local=Basingstoke|isbn=978-1-317-55919-1|oclc=923734587}}</ref>, posteriormente trocando sua aliança para a [[Dinastia Ming]] chinesa<ref>Mohammad Al-Mahdi Tan Kho; Hurng-yu Chen (Julho de 2014). [http://nccur.lib.nccu.edu.tw/bitstream/140.119/68001/1/015101.pdf "Malaysia-Philippines Territorial Dispute: The Sabah Case"] (PDF). ''National Chengchi University''. NCCU Institutional Repository. Consultado em 23 de Maio de 2016.</ref>. A religião islâmica chegou na ilha durante o século X<ref>Mariah Doksil (25 August 2014). [http://www.theborneopost.com/2014/08/25/islam-arrived-in-sabah-in-10th-century/ "Islam arrived in Sabah in 10th century"]. ''The Borneo Post''. Consultado em 11 de Julho de 2016.</ref>, seguindo comerciantes árabes que converteram muitos povos indígenas em zonas costeiras<ref>[https://islaminindonesia.com/life-style/ "Islam In Indonesia. A resource of Islam in the archipelago"]. Consultado no 1º de Maio de 2017.</ref>.

O [[Sultanato de Brunei]] declarou independência de [[Império de Majapait|Majapait]] após a morte de seu imperador na metade do século XIII. Durante uma [[Era dourada|era áurea]], iniciada pelo comando de [[Bolkiah]] no fim do século XV e durando até meados do século XVII, o [[Império de Brunei|Império Bruneano]] reinou por praticamente toda a costa de Bornéu (levando seu nome a se mesclar e, após variações, se tornar o próprio nome da ilha) e de diversas ilhas nas [[Filipinas]]<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/47727290|título=A political chronology of South-East Asia and Oceania|ultimo=[editors, David lea, Colette Milward ; assistant editor, Annamarie Rowe|data=2001|editora=Europa Publications|edicao=1st ed|local=London|isbn=1-85743-117-0|oclc=47727290}}</ref>. Durante os anos de 1450, [[Shari'ful Hashem Syed Abu Bakr]], um árabe nascido em [[Johor]]<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/62897367|título=Islam in Southeast Asia : political, social, and strategic challenges for the 21st century|ultimo=Nathan, K. S.|ultimo2=Kamali, Mohammad Hashim.|ultimo3=Institute of Southeast Asian Studies.|data=2005|editora=Institute of Southeast Asian Studies|local=Singapore|isbn=981-230-282-4|oclc=62897367}}</ref>, chegou em [[Arquipélago de Sulu|Sulu]], vindo de Málaca. Em 1457, ele fundou o [[Sultanato de Sulu]] e se intitulou como "Paduka Maulana Mahasari Sharif Sultan Hashem Abu Bakr"<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/154714449|título=Mindanao ethnohistory beyond nations : Maguindanao, Sangir, and Bagobo societies in east maritime Southeast Asia|ultimo=Hayase, Shinzō, 1955-|data=2007|editora=Ateneo de Manila University Press|local=Quezon City|isbn=978-971-550-511-6|oclc=154714449}}</ref>. Seguindo sua independência em 1578 da influência de Brunei<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/31045650|título=International dictionary of historic places|ultimo=Ring, Trudy.|ultimo2=Salkin, Robert M., 1965-|ultimo3=La Boda, Sharon.|data=1994-1996|editora=Fitzroy Dearborn Publishers|local=Chicago|isbn=1-884964-05-2|oclc=31045650}}</ref>, a região de Sulu começou a expandir-se como uma [[talassocracia]] para partes ao norte de Bornéu<ref>Eko Prayitno Joko. [http://www.ums.edu.my/fksw/images/files/IsuPemilikanWilayahPantaiTimurSabahSatuPenelusurandaripadaSudutSumberSejarah.pdf "Isu Pemilikan Wilayah Pantai Timur Sabah: Satu Penulusuran daripada Sumber Sejarah"] (PDF) (em Malaio e em Inglês). Universiti Malaysia Sabah. Consultado em 23 de Maio de 2017.</ref><ref name=":6">{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/137260078|título=Brunei : revival of 1906 : a popular history|ultimo=Hussainmiya, B. A. (Bachamiya Abdul)|data=2006|editora=Brunei Press|local=Bandar Seri Begawan|isbn=99917-32-15-2|oclc=137260078}}</ref>. Ambos os [[Sultão|Sultanatos]] governaram em Bornéu e tradicionalmente engajaram-se em comércio com a China, com a frequente chegada de [[Junco (barco)|Juncos]] Chineses<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/54528945|título=Southeast Asia : a historical encyclopedia, from Angkor Wat to East Timor|ultimo=Ooi, Keat Gin, 1959-|data=2004|editora=ABC-CLIO|local=Santa Barbara, Calif.|isbn=1-57607-770-5|oclc=54528945}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/727325962|título=Chinese circulations : capital, commodities, and networks in Southeast Asia|ultimo=Tagliacozzo, Eric,|ultimo2=Chang, Wen-Chin, 1964-|data=2011|editora=Duke University Press|local=Durham [N.C.]|isbn=978-0-8223-9357-3|oclc=727325962}}</ref>. Apesar da talassocracia dos Sultanatos, o interior de Bornéu permaneceu livre de qualquer governança vinda destes reinos<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/45285158|título=The making of Sabah, 1865-1941 : the dynamics of indigenous society|ultimo=Ranjit Singh.|data=[©2000]|editora=University of Malaya Press|local=[Kuala Lumpur]|isbn=983-100-095-1|oclc=45285158}}</ref>.

=== Era Colonial ===
[[Ficheiro:Ceremony of Hoisting the British Flag on the island of Labuan, N. W. Coast of Borneo.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Ingleses hasteando sua [[Bandeira do Reino Unido|bandeira]] pela primeira vez em [[Labuan]], 24 de Dezembro de 1846. ]]


Desde a queda de [[Málaca]] em 1511, mercadores portugueses comerciavam constantemente com Bornéu, e especialmente com [[Brunei]], a partir de 1530<ref name=":7">{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/295911|título=Asia in the making of Europe|ultimo=Lach, Donald F. (Donald Frederick), 1917-2000.|local=Chicago|isbn=0-226-46733-3|oclc=295911}}</ref>. Tendo visitado a capital Bruneana, os portugueses a descreveram como um lugar envolto por uma muralha de pedra<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/107078|título=The Cambridge history of Islam|ultimo=Holt, P. M. (Peter Malcolm),|ultimo2=Lambton, Ann K. S., 1912-2008,|ultimo3=Lewis, Bernard, 1916-2018,|local=Cambridge [England]|isbn=0-521-07567-X|oclc=107078}}</ref>. Apesar de Bornéu ser vista como riquíssima, os portugueses empenharam pouco esforço em conquistá-la<ref name=":7" />. A visita espanhola na ilha levou à [[Guerra de Castela (Bornéu)|Guerra de Castela]] em 1578. Os ingleses começaram a fazer comércio com os [[Sultanato de Sambas|Sambas]] do sul de Bornéu em 1609, enquanto os holandeses apenas começaram seu comércio com a ilha em 1644: em [[Sultanato de Banjar|Banjar]] e [[Martapura (Bornéu)|Martapura]], também ao sul de Bornéu<ref>''[https://books.google.com.br/books?id=iahFAQAAMAAJ&pg=PA561&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false The Asiatic Journal and Monthly Register for British and Foreign India, China, and Australia]''. Parbury, Allen, and Company. 1816. pp. 561–.</ref>. Os holandeses tentaram assentar na [[ilha de Balambangan]], ao norte de Bornéu, na segunda metade do século XVIII, porém desistiram da empreitada em 1797<ref name=":8">Sanderson Beck (2007). [http://www.san.beck.org/20-11-Indonesia1800-1950.html "Indonesia and the Dutch 1800–1950"]. San.Beck. Consultado em 24 de Maio de 2017.</ref>. Em 1812, o Sultão de Bornéu Meridional cedeu suas fortalezas à [[Companhia Britânica das Índias Orientais]]. Os ingleses, liderados por [[Thomas Stamford Raffles|Stamford Raffles]], tentou então bloquear todos os portos em Bornéu com exceção de Brunei In 1812, [[Banjarmasin]] e [[Pontianak]], o plano foi cancelado pelo Governador-Geral da Índia, [[Gilbert Elliot Murray-Kynynmond|Lorde Minto]], por considerá-lo demasiado caro<ref name=":8" />. No início da exploração inglesa e holandesa na ilha, eles a descreveram como repleta de caçadores de cabeças, os indígenas do interior praticando [[canibalismo]]<ref name=":9">Adrienne Smith (2012). [https://digitalcommons.calpoly.edu/cgi/viewcontent.cgi?referer=https://en.wikipedia.org/&httpsredir=1&article=1067&context=forum "British and Dutch Perceptions of Cannibalism in Borneo, 1882–1964"] (PDF). [[Universidade Politécnica Estadual da Califórnia]]. p. 5. Consultado em 24 de Maio de 2017.</ref>, e as águas em volta da ilha sendo infestada de [[Pirata|piratas]], especialmente entre o nordeste de Bornéu e o sul das Filipinas<ref>[https://books.google.com.br/books?id=ZqAuaWxRhpEC&pg=PA214&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false CAPTAIN THE HON. HENRY KEPPEL, R.N. (1846). ''THE EXPEDITION TO BORNEO OF H.M.S. DIDO FOR THE SUPPRESSION OF PIRACY'']. pp. 214–.</ref><ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/751149597|título=A world of water : rain, rivers and seas in Southeast Asian histories|ultimo=Boomgaard, P., 1946-|data=2007|editora=KITLV Press|local=Leiden|isbn=978-90-04-25401-5|oclc=751149597}}</ref>. Os piratas malaios e dayak iam atrás de cargas marítimas nas águas entre [[Singapura]] e [[Hong Kong]] diretamente de seu porto principal em Bornéu<ref>H. Wilfrid Walker. [http://www.gutenberg.org/files/2564/2564-h/2564-h.htm "Wanderings Among South Sea Savages And in Borneo and the Philippines"]. Livro inteiro. pp. 3/3. Consultado em 23 de Maio de 2017.</ref>, juntamente com os piratas Moros [[Iranun (povo)|Illanuns]], do sul das Filipinas, como visto na [[batalha de Mukah]]<ref>Harriette McDougall (1882). [http://anglicanhistory.org/asia/sarawak/sketches1882/16.html "Sketches of Our Life at Sarawak (Chapter XVI. Illanun Pirates)"]. ''Society for Promoting Christian Knowledge; E. & J. B. Young''. [[Londres]], [[Nova Iorque]]: Projeto Cantuária, História Anglicana. Consultado em 23 de Maio de 2017.</ref>.
[[Ficheiro:British and Dutch Borneo, 1898.png|miniaturadaimagem|Mapa da ilha dividia entre os ingleses e os holandeses, 1898. As atuais fronteiras de Malásia, Indonésia e Brunei são grandemente derivadas dos tempos coloniais.]]
Os holandeses começaram a intervir na parte meridional da ilha ao resumir contato com os nativos em 1815, colocando [[Residentes (colonial)|Residentes]] em Banjarmasin, Pontianak e Sambas e [[Residentes-Assistentes (colonial)|Residentes-Assistentes]] em [[Landak]] e [[Mampawa]]<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/1125096745|título=Historical atlas of Indonesia|ultimo=Cribb, R. B.,|local=Richmond, Surrey|isbn=978-0-203-82461-0|oclc=1125096745}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/892798965|título=Political frontiers and boundaries|ultimo=Prescott, J. R. V. (John Robert Victor),|data=2015|editora=Routledge|local=London|isbn=978-1-317-60199-9|oclc=892798965}}</ref>. O Sultanato de Brunei em 1842 empenhou grandes pedaços de terra em Sarawak ao aventureiro inglês [[James Brooke]], como uma recompensa por ajudar a conter uma rebelião interna. Brooke estabeleceu-se como o [[Reino de Sarawak]] e o foi reconhecido por pagar uma taxa ao Sultanato. Ele estabeleceu uma monarquia, e a sua dinastia, a Brooke (através de seu sobrinho e sobrinho-neto), governou Sarawak por 100 anos; seus líderes foram conhecidos como os [[Rajás brancos|Rajás Brancos]]<ref>[http://borneo.live.radicaldesigns.org/article.php?id=63 "Part 2 – The Brooke Era"]. ''The Borneo Project''. Earth Island Institute. Consultado em 11 de Novembro de 2012.</ref>. Brooke também adquiriu a ilha de [[Labuan]] para a Grã-Bretanha em 1846 através do [[tratado de Labuan]] com o Sultão de Brunei, [[Omar Li Saifuddin II]] em 18 de Dezembro de 1846<ref>Rozan Yunos (7 September 2008). [http://www.bt.com.bn/life/2008/09/07/loss_of_labuan_a_former_brunei_island "Loss of Labuan, a former Brunei island"]. ''The Brunei Times''. Consultado em 23 de Maio de 2017.</ref>. A região setentrional de Bornéu tornou-se um território administrado pela [[Companhia Privilegiada do Bornéu do Norte]] seguindo a aquisição deste território dos Sultões de Brunei e Sulu por um empresário e aventureiro alemão chamado [[Gustav Overbeck|Barão de Overbeck]], antes de ser passada a posse aos irmãos britânicos Dent (sendo eles [[Alfred Dent]] e Edward Dent)<ref name=":6" /><ref>[https://archiveshub.jisc.ac.uk/search/archives/ae96b880-cebb-394a-858a-8f72df02ce8b "British North Borneo Papers"]. ''School of Oriental and African Studies''. Archives hub. Consultado em 23 de Maio de 2017.</ref>. Posterior ocupação do território pelos ingleses reduziu a área do Sultanato de Brunei<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/952276984|título=Historical dictionary of Brunei Darussalam|ultimo=Sidhu, Jatswan S., 1962-|edicao=Third edition|local=Lanham, Maryland|isbn=978-1-4422-6458-8|oclc=952276984}}</ref>. Isso levou o 26º Sultão de Brunei, [[Hashim Jalilul Alam Aqamaddin]] a apelar que os britânicos parassem e, como resultado, a assinar um Tratado de Proteção em 1888, transformando Brunei em um [[Protetorado]] inglês<ref>[http://muslimmuseum.org.uk/treaty-of-protection-1888-brunei/ "Treaty of Protection 1888 – Brunei"]. Iniciativa do Museu Islâmico. Consultado em 23 de Maio de 2017.</ref>.
[[Ficheiro:COLLECTIE TROPENMUSEUM Dayak tijdens het erau feest (een cultureel festival) in Tenggarong TMnr 10005749.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Uma tribo Dayak durante uma cerimônia [[Erau (cerimônia)|Erau]] em [[Tenggarong]].]]
Antes da aquisição do território pelos britânicos, os estadunidenses chegaram a estabelecer uma presença temporária em Bornéu após adquirir uma parcela de terras do Sultanato de Brunei. Uma companhia conhecida como [[Companhia de Comércio Americana de Bornéu]] foi fundada por [[Joseph William Torrey]], [[Thomas Bradley Harris]] e diversos investidores chineses, estabelecendo a colônia chamada "Ellena" na região de [[Kimaris|Kimanis]]<ref>Richard Ker (26 August 2012). [https://www.northborneohistory.com/ellena-americas-lost-colony-in-kimanis-of-north-borneo/ "Ellena – America's Lost Colony in Kimanis of North Borneo"]. Sociedade Histórica do Norte de Bornéu. Consultado em 23 de Maio 2017.</ref>. A colônia não obteve sucesso e foi abandonada, devido a recusa de apoio financeiro, especialmente pelo governo norteamericano, e a doenças e revoltas por parte dos trabalhadores<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/44871|título=The United States and Malaysia|ultimo=Gould, James Warren.|data=1969|editora=Harvard University Press|local=Cambridge, Mass.|isbn=0-674-92615-3|oclc=44871}}</ref>. Antes da saída de Torrey, ele conseguiu vender a terra a um empresário alemão, Overbeck<ref>{{Citar periódico|ultimo=Tregonning|primeiro=K. G.|data=1954-11|titulo=American Activity in North Borneo, 1865-1881|url=http://phr.ucpress.edu/cgi/doi/10.2307/3634654|jornal=Pacific Historical Review|volume=23|numero=4|paginas=357–372|doi=10.2307/3634654}}</ref>. Enquanto isso, os alemães sob o comando de William Frederick Schuck foram condecorados com uma parcela de terra no nordeste de Bornéu, na baía de [[Sandakan]], do [[Sultanato de Sulu]], onde ele conduziu negócios e exportou grandes quantidades de [[Arma|armas]], [[ópio]], [[Indústria têxtil|têxteis]] e [[tabaco]] a Sulu antes que suas terras passassem a Overbeck pelo Sultanato<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/7973136|título=The Sulu zone, 1768-1898 : the dynamics of external trade, slavery, and ethnicity in the transformation of a Southeast Asian maritime state|ultimo=Warren, James Francis, 1942-|data=1981|editora=Singapore University Press|local=[Singapore]|isbn=9971-69-004-7|oclc=7973136}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/796996761|título=Arming the periphery : the arms trade in the Indian Ocean during the age of global empire|ultimo=Chew, Emrys.|data=2012|editora=Palgrave Macmillan|local=Houndmills, Basingstoke, Hampshire|isbn=978-1-137-00660-8|oclc=796996761}}</ref>.
[[Ficheiro:COLLECTIE TROPENMUSEUM Ontvangst bij de sultan van Pontianak West-Borneo TMnr 10001596.jpg|miniaturadaimagem|Sultão Árabo-Malaio de [[Pontianak]], em 1930.]]
Antes do reconhecimento da presença espanhola no arquipélago filipino, um protocolo conhecido como [[Protocolo de Madrid de 1885|Protocolo de Madri]] de 1885 foi assinado entre os governos do [[Reino Unido]], [[Alemanha]] e [[Espanha]] em [[Madrid|Madri]] para cementar a influência espanhola e reconhecer sua soberania sobre o Sultanato de Sulu - em retorno da abdicação espanhola à sua reclamação de terra nas possessões do Sultanato no norte de Bornéu<ref>Governo Britânico (1885). [https://sagc.sabah.gov.my/Lawnet/SabahLaws/Treaties/Protocol%28Madrid%29.pdf "British North Borneo Treaties. (British North Borneo, 1885)"] (PDF). Governo do Estado de Sabá (State Attorney-General's Chambers). Consultado em 23 de Maio de 2017.</ref><ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/958385041|título=Human insecurities in southeast Asia|ultimo=Carnegie, Paul J.,|ultimo2=King, Victor T.,|ultimo3=Zawawi Ibrahim,|data=2016|editora=Springer|local=Singapore|isbn=978-981-10-2245-6|oclc=958385041}}</ref>. A administração inglesa estabeleceu então a primeira estrada de ferro no Bornéu setentrional, conhecida como [[Companhia de Ferro de Sabá|Ferrovia do Norte Bornéu]]<ref>Dr. Johnstone; A. J. West (Officers of the Company) (3 de Fevereiro de 1898). [http://searail.malayanrailways.com/Borneo/NBR2013.htm "North Borneo Chartered Company: North Borneo Railway; The first train in North Borneo"]. ''British North Borneo Chartered Company: Views of British North Borneo, Printed by W. Brown & co., limited, London, 1899''. Estradas de Ferro Malaias. Consultado em 23 de Maio de 2017.</ref><ref>Rob Dickinson. [http://www.internationalsteam.co.uk/trains/borneo.htm "The North Borneo Railway Project"]. The International Steam Pages. Consultado em 23 de Maio de 2017.</ref>. Durante este período, os ingleses patrocinaram a vinda de inúmeros trabalhadores chineses à região, para trabalhar em plantações e minas de europeus<ref>{{Citar periódico|ultimo=Wong Tze-Ken|primeiro=Danny|data=1999|titulo=Chinese Migration to Sabah Before the Second World War|url=https://www.persee.fr/doc/arch_0044-8613_1999_num_58_3_3538|jornal=Archipel|lingua=fr|volume=58|numero=3|paginas=131–158|doi=10.3406/arch.1999.3538|issn=0044-8613}}</ref>, e os holandeses logo seguiram a incrementar sua produção econômica<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/958572353|título=Dutch Colonialism, Migration and Cultural Heritage.|ultimo=Oostindie, Geert.|data=2008|editora=BRILL|local=Leiden, NLD|isbn=978-90-04-25388-9|oclc=958572353}}</ref>. Em 1888, o Bornéu setentrional havia todo se tornado um protetorado britânico<ref name=":10">{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/593311210|título=International frontiers and boundaries|ultimo=Prescott, J. R. V. (John Robert Victor)|data=2008|editora=Martinus Nijhoff Publishers|local=Leiden|isbn=978-90-474-3364-4|oclc=593311210}}</ref>. A área do Bornéu meridional foi feita um protetorado holandês em 1891<ref name=":9" />. Os governos holandês e britânico haviam assinado o [[Tratado Anglo-Neerlandês de 1824|tratado Anglo-Neerlandês]] estabelecendo fonteiras entre os dois territórios coloniais para evitar futuros conflitos<ref name=":10" />. Ambos os governos também assinaram o Tratado de 1824 para trocar portos mercantes na península malaia e na [[Sumatra]] que estavam sob seus controles para assertar suas respectivas zonas de influência. Isso resultou na criação indireta de zonas controladas por ingleses e por holandesas no norte (península malaia) e no sul ([[Ilhas Riau]] e Sumatra), respectivamente<ref>[http://muslimmuseum.org.uk/anglo-dutch-treaty-of-1824-malaysia-and-indonesia/ "Anglo-Dutch Treaty of 1824 – Malaysia and Indonesia"]. Museu da Iniciativa Muçulmana. Consultado em 23 de Maio de 2017.</ref>.


Nos finais do século XVIII e princípios do século XIX os [[pirata]]s joloanos tornaram impossível o comércio na zona. Com o objetivo de reduzir os piratas, partiu de Manila uma esquadra espanhola que em 1851 bombardeou e tomou a capital de Jolo. Através da assinatura de um tratado este território e todas as suas dependências passaram a fazer parte dos domínios da Espanha no arquipélago de Jolo; e para desvanecer toda e qualquer dúvida em relação a Bornéu, o sultão Mahamad-Diamarol Alam declarou em 1862 que o grupo das ilhas de Jolo e Tawi-Tawi pertencia aos espanhóis por direitos de conquista e anexação. O Tratado de Licup, assinado em 22 de julho de 1878, também reconhecia o domínio eminente de Espanha sobre o arquipélago e as suas dependências. Mas as negociações diplomáticas iniciadas nesse mesmo ano por causa do estabelecimento da British North Borneo Company no norte da ilha, acabariam por ter como resultado o protocolo de 7 de maio de 1885, subscrito por representantes da Espanha, Inglaterra e [[Alemanha]]; declarava que em troca do reconhecimento da soberania espanhola em Jolo, o governo deste país devia renunciar a favor de Inglaterra, a qualquer pretensão de soberania sobre os territórios do continente de Bornéu e das ilhas vizinhas de Balambamgan, Banguey e Manali, bem como a todos os territórios compreendidos numa zona de três [[légua marítima|léguas marítimas]] ao largo da costa, que fizeram parte dos territórios administrativos da British Company até 1905.<ref>José Saínz Ramírez: "Imperios Coloniales", Imprensa Nacional, 1942, Madrid.</ref>
== Demografia ==
== Demografia ==
[[Ficheiro:KgKuaiKandazon Sabah Monsopiad-Cultural-Village-DansePerformance-01.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Representação da dança e vestimenta típica dos povos indígenas.]]
[[Ficheiro:KgKuaiKandazon Sabah Monsopiad-Cultural-Village-DansePerformance-01.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Representação da dança e vestimenta típica dos povos indígenas.]]
Linha 374: Linha 392:
==Ver também==
==Ver também==
*[[Batalha de Bornéu]]
*[[Batalha de Bornéu]]
*[[Bornéu britânico|Bornéu Britânico]]
*[[Índias Orientais Neerlandesas]]


{{referências}}
{{referências}}

Revisão das 17h17min de 3 de março de 2020

Bornéu
Kalimantan
1° N, 114° L
Geografia física
País Brunei
Localização Sudeste Asiático
Arquipélago Grandes Ilhas da Sonda
Ponto culminante 4 095 m (Monte Kinabalu)
Área 743 330  km²
Geografia humana
População 21,258,000 (2014)
Etnias Malaios: (Bajau, Banjar, Belait, Bruneo-Malaio)
Dayak: (Bidayuh, Iban, Kadazan-Dusun, Kayan, Kedayan, Lun Bawang, Melanau, Murut, Penan, Rungus) etc.
Administração
Distrito Belait
Brunei and Muara
Temburong
Tutong
Província Calimantã Ocidental
Calimantã Central
Calimantã Meridional
Calimantã Oriental
Calimantã Setentrional
Estados e TF Sabá
Sarawak
Labuan

Mapa Político de Bornéu

Bornéu (em Malaio: Pulau Borneo; e em Indonésio: Kalimantan, aportuguesado Calimantã) é uma grande ilha localizada na Ásia, na região das grandes Ilhas da Sonda. A ilha, que é considerada a terceira maior do mundo. Situada em meio às grandes rotas marítimas do Sudeste Asiático, Bornéu está situada ao norte de Java, ao Oeste de Celebes, a Leste de Sumatra e da península Malaia e ao Sul do Mar da China do Sul.

Sendo dividida em três partes, com soberania Indonésia ao Sul e Malaia e Bruneano ao Norte[1]. Aproximadamente 73% do território é de soberania da Indonésia. Ao Norte, os estados de Sabá e Sarawak compreendem mais 26% do território da ilha. Além disso, o território federal de Labuan, pertencente à Malásia, está localizado em uma pequena ilha à beira de sua costa. O Sultanato de Brunei está localizado inteiramente na ilha e compreende cerca de 1% de seu território total. A ilha está dividida em metade no Hemisfério Norte e metade no Sul, estando as partes malaias e bruneano completamente ao norte e as indonésias tanto ao norte quanto ao sul.

Bornéu possui uma das mais antigas florestas equatorial do mundo.

Em agosto de 2019, o presidente Indonésio Joko Widodo revelou planos de transferir a capital de seu país de Jacarta para a ilha, em algum lugar não definido na província de Bornéu Oriental[2].

Etimologia

A ilha é conhecida por muitos nomes. Internacionalmente, é conhecida por Bornéu, derivado de Brunei, a partir dos contatos dos europeus com o reino no século XVI durante a Era dos Descobrimentos. O nome Brunei possivelmente deriva da palavra em Sânscrito word 'váruṇa' (वरुण), podendo ou significar "água", ou Varuna, o Deus Hindu da chuva. Nativos da Indonésia chamam a ilha de Kalimantan[3], que deriva seu significado da palavra em sâscrito Kalamanthana, significando "ilha de clima tórrido" (descrevendo o clima úmido e tropical da ilha)[4].

Antigamente, a ilha era conhecida por outros nomes. Em 977, históricos chineses começaram a usar o termo Bo-Ni para referirem-se a Bornéu. Em 1225, foi também mencionado por um oficial da marinha chinês Chau Ju-Kua (趙汝适)[5]. O manuscrito javanês Nagarakretagama, escrito pelo poeta Mpu Prapanca da corte real de Majapahit em 1365, mencionou a ilha como Nusa Tanjungnagra, que significa "ilha do Reino de Tanjungpura"[6].

Geografia

Monte Kinabalu, na Malásia, o ponto mais alto da ilha[7].

Bornéu é a terceira maior ilha do mundo, cobrindo uma área de 743.330 quilômetros quadrados[8]. O terreno da zona central-norte da ilha é montanhoso e de difícil acesso, apresentando a ilha historicamente uma densa floresta equatorial. A ilha está envolta pelo Estreito de Macáçar ao leste da ilha, o Mar de Celebes e Mar de Sulu, a nordeste, o Mar da China Meridional, ao noroeste e o Mar de Java e o Estreito de Karimata ao sul[9]. Ao redor da ilha estão a Península Malaia, ao Oeste, as Filipinas, ao norte, Celebes, ao Leste e a Ilha de Java, ao Sul. Seu maior pico é o Monte Kinabalu, em Sabá, Malásia, com uma altitude de 4.095 m[7].

Rios e Subterrâneo

A maior sistema fluvial é a do Rio Kapuas, no Calimantã Ocidental, com um comprimento de cerca de 1.000 km[10]. Outros grandes rios incluem o Mahakam no Calimantã Oriental (920 km)[11], Barito no Calimantã Meridional (900 km)[12], Rajang em Sarawak (565 km)[13] e Kinabatangan, em Sabá (560 km)[14]. Bornéu possui significativas redes de cavernas. Em Sarawak, a Caverna Água-limpa tem um dos mais extensos rios submersos do mundo e a Caverna dos Cervos é residência de mais de três milhões de morcegos e um acúmulo de Guano com mais de 100 metros de profundidade[15]. As Cavernas de Gomantong, em Sabá, foram apelidadas de "Cavernas da Barata" por conta da existência de milhões de baratas dentro de seu complexo[16][17]. O Parque Nacional Gunung Mulu, em Sarawak, e o Carste de Sangkulirang-Mangkalihat no Calimantã Oriental são localizações de mais diversidades de pequenas grutas[18].

O Rio Kapuas, com seus cerca de 1.000 quilômetros de extensão, é o mais longo rio de Bornéu[10].

Geologia

Mapa da localização de Bornéu no Sudeste Asiático, a falha do Rio Vermelho está incluso no mapa (em inglês).

Bornéu se formou através da acreção Mesozoica de fragmentos micro continentais, terrenos ofiólitas e um arco insular em núcleo continental Paleozoico. No começo da era Cenozoica, Bornéu formava-se como um promontório da massa continental de Sondalândia e que era parcialmente separado do continente asiático por um proto-Mar da China Meridional[19]. A parte oceânica deste proto-Mar da China Meridional submergiu-se durante o Período Paleogeno e um grande complexo acrecionário se formou ao longo do noroeste da Ilha de Bornéu. No Alto-Mioceno, a orogênese do complexo acrecionário ocorreu por conta da força exercida sobre a fina crosta continental ao noroeste da então península[19]. A orogênese pode também ter ocorrido a partir do encurtamento da massa de terra, devido à rotação em direção anti-horária de Bornéu há cerca de 10-20 milhões de anos, como consequência da colisão da massa continental Australiana e do Sudeste Asiático[19]. Grandes quantidades de sedimentos se depositaram em bacias, que espalharam-se pela costa a Oeste, Norte e Leste de Bornéu, assim como em uma bacia Neogena que está atualmente exposta em grandes áreas do Leste e do Sul de Sabá. Ao Sul de Sabá, o arco insular datado do Mioceno a um período mais recente das Ilhas de Sulu se estendem aproximando-se da costa bornéu com um arco vulcânico mais velho resultante de uma imersão de subducção enquanto o arco mais recente são possivelmente resultantes da imersão de subducção do Mar de Celebes[19].

Antes dos níveis dos mares subirem ao fim da última Era do Gelo, Bornéu permanecia como uma parte do continente asiático, formando, com Java e Sumatra, as extremidades da península que se estendiam da atual Indochina. O Mar da China Meridional e o Golfo da Tailândia estão localizados onde antes eram as terras mais baixas da península. Águas mais profundas separando Bornéu de seu vizinho Celebes preveniram que as duas massas de terra se conectassem, criando a divisão conhecida hoje por Linha de Wallace, que divide as regiões biológicas da Austrália-Nova Guiné e da Ásia[20][21].

História

Pré-História a Idade Média

O povo indígena Dayak, principal da ilha, era temido por sua prática tradicional de caça de cabeças.

Em Novembro de 2018, cientistas reportaram a descoberta de uma das mais antigas artes rupestres datadas, cerca de 40.000 anos (talvez mais até que 52.000 anos), de um animal não reconhecido, na caverna de Lubang Jeriji Saléh, em Bornéu[22][23].

De acordo com antigos manuscritos Chineses, Indianos e Japoneses (c. 977)[24], as cidades da costa ocidental de Bornéu já se tornavam centros de comércio no primeiro milênio depois de Cristo[25]. Nos textos Chineses, ouro, cânforas, cascos de Tartarugas, bico de Calau, chifres de Rinoceronte, crista de Grou, cera de Abelha, madeira de Laka (madeira perfumada do tronco e raízes da espécie, Dalbergia parviflora), Sangue-de-Dragão, Ratão, ninhos comestíveis de pássaros e diversas espécies de especiarias foram descritos como os itens mais valiosos e Bornéu[26]. Os Indianos nomearam a ilha Suvarnabhumi (a terra do ouro) e também Karpuradvipa (Ilha das Cânforas). O nome Javanês da ilha é Puradvipa, traduzido Ilha dos Diamantes. Achados arqueológicos no delta do rio Sarawak revelam que a área prosperava como um centro de comércio entre a China e a Índia desde o século VI até por volta de 1300[26].

Território do Império de Brunei no ano 1400.
O Sultanato de Brunei reduzido após sucessivas guerras com reinos vizinhos e potências coloniais.

Pilares de pedra com inscrições no Alfabeto Pallava, encontrados em Kutai ao longo do rio Mahakan, Calimantã Oriental, e datando de por volta do século IV, constituem uma das evidências mais antigas da influência Hindu no Sudeste Asiático[27]. Pelo século XIV, Bornéu se tornou um vassalo do Império Majapaíta (cujo núcleo era na atual ilha de Java)[28][29], posteriormente trocando sua aliança para a Dinastia Ming chinesa[30]. A religião islâmica chegou na ilha durante o século X[31], seguindo comerciantes árabes que converteram muitos povos indígenas em zonas costeiras[32].

O Sultanato de Brunei declarou independência de Majapait após a morte de seu imperador na metade do século XIII. Durante uma era áurea, iniciada pelo comando de Bolkiah no fim do século XV e durando até meados do século XVII, o Império Bruneano reinou por praticamente toda a costa de Bornéu (levando seu nome a se mesclar e, após variações, se tornar o próprio nome da ilha) e de diversas ilhas nas Filipinas[33]. Durante os anos de 1450, Shari'ful Hashem Syed Abu Bakr, um árabe nascido em Johor[34], chegou em Sulu, vindo de Málaca. Em 1457, ele fundou o Sultanato de Sulu e se intitulou como "Paduka Maulana Mahasari Sharif Sultan Hashem Abu Bakr"[35]. Seguindo sua independência em 1578 da influência de Brunei[36], a região de Sulu começou a expandir-se como uma talassocracia para partes ao norte de Bornéu[37][38]. Ambos os Sultanatos governaram em Bornéu e tradicionalmente engajaram-se em comércio com a China, com a frequente chegada de Juncos Chineses[39][40]. Apesar da talassocracia dos Sultanatos, o interior de Bornéu permaneceu livre de qualquer governança vinda destes reinos[41].

Era Colonial

Ingleses hasteando sua bandeira pela primeira vez em Labuan, 24 de Dezembro de 1846.


Desde a queda de Málaca em 1511, mercadores portugueses comerciavam constantemente com Bornéu, e especialmente com Brunei, a partir de 1530[42]. Tendo visitado a capital Bruneana, os portugueses a descreveram como um lugar envolto por uma muralha de pedra[43]. Apesar de Bornéu ser vista como riquíssima, os portugueses empenharam pouco esforço em conquistá-la[42]. A visita espanhola na ilha levou à Guerra de Castela em 1578. Os ingleses começaram a fazer comércio com os Sambas do sul de Bornéu em 1609, enquanto os holandeses apenas começaram seu comércio com a ilha em 1644: em Banjar e Martapura, também ao sul de Bornéu[44]. Os holandeses tentaram assentar na ilha de Balambangan, ao norte de Bornéu, na segunda metade do século XVIII, porém desistiram da empreitada em 1797[45]. Em 1812, o Sultão de Bornéu Meridional cedeu suas fortalezas à Companhia Britânica das Índias Orientais. Os ingleses, liderados por Stamford Raffles, tentou então bloquear todos os portos em Bornéu com exceção de Brunei In 1812, Banjarmasin e Pontianak, o plano foi cancelado pelo Governador-Geral da Índia, Lorde Minto, por considerá-lo demasiado caro[45]. No início da exploração inglesa e holandesa na ilha, eles a descreveram como repleta de caçadores de cabeças, os indígenas do interior praticando canibalismo[46], e as águas em volta da ilha sendo infestada de piratas, especialmente entre o nordeste de Bornéu e o sul das Filipinas[47][48]. Os piratas malaios e dayak iam atrás de cargas marítimas nas águas entre Singapura e Hong Kong diretamente de seu porto principal em Bornéu[49], juntamente com os piratas Moros Illanuns, do sul das Filipinas, como visto na batalha de Mukah[50].

Mapa da ilha dividia entre os ingleses e os holandeses, 1898. As atuais fronteiras de Malásia, Indonésia e Brunei são grandemente derivadas dos tempos coloniais.

Os holandeses começaram a intervir na parte meridional da ilha ao resumir contato com os nativos em 1815, colocando Residentes em Banjarmasin, Pontianak e Sambas e Residentes-Assistentes em Landak e Mampawa[51][52]. O Sultanato de Brunei em 1842 empenhou grandes pedaços de terra em Sarawak ao aventureiro inglês James Brooke, como uma recompensa por ajudar a conter uma rebelião interna. Brooke estabeleceu-se como o Reino de Sarawak e o foi reconhecido por pagar uma taxa ao Sultanato. Ele estabeleceu uma monarquia, e a sua dinastia, a Brooke (através de seu sobrinho e sobrinho-neto), governou Sarawak por 100 anos; seus líderes foram conhecidos como os Rajás Brancos[53]. Brooke também adquiriu a ilha de Labuan para a Grã-Bretanha em 1846 através do tratado de Labuan com o Sultão de Brunei, Omar Li Saifuddin II em 18 de Dezembro de 1846[54]. A região setentrional de Bornéu tornou-se um território administrado pela Companhia Privilegiada do Bornéu do Norte seguindo a aquisição deste território dos Sultões de Brunei e Sulu por um empresário e aventureiro alemão chamado Barão de Overbeck, antes de ser passada a posse aos irmãos britânicos Dent (sendo eles Alfred Dent e Edward Dent)[38][55]. Posterior ocupação do território pelos ingleses reduziu a área do Sultanato de Brunei[56]. Isso levou o 26º Sultão de Brunei, Hashim Jalilul Alam Aqamaddin a apelar que os britânicos parassem e, como resultado, a assinar um Tratado de Proteção em 1888, transformando Brunei em um Protetorado inglês[57].

Uma tribo Dayak durante uma cerimônia Erau em Tenggarong.

Antes da aquisição do território pelos britânicos, os estadunidenses chegaram a estabelecer uma presença temporária em Bornéu após adquirir uma parcela de terras do Sultanato de Brunei. Uma companhia conhecida como Companhia de Comércio Americana de Bornéu foi fundada por Joseph William Torrey, Thomas Bradley Harris e diversos investidores chineses, estabelecendo a colônia chamada "Ellena" na região de Kimanis[58]. A colônia não obteve sucesso e foi abandonada, devido a recusa de apoio financeiro, especialmente pelo governo norteamericano, e a doenças e revoltas por parte dos trabalhadores[59]. Antes da saída de Torrey, ele conseguiu vender a terra a um empresário alemão, Overbeck[60]. Enquanto isso, os alemães sob o comando de William Frederick Schuck foram condecorados com uma parcela de terra no nordeste de Bornéu, na baía de Sandakan, do Sultanato de Sulu, onde ele conduziu negócios e exportou grandes quantidades de armas, ópio, têxteis e tabaco a Sulu antes que suas terras passassem a Overbeck pelo Sultanato[61][62].

Sultão Árabo-Malaio de Pontianak, em 1930.

Antes do reconhecimento da presença espanhola no arquipélago filipino, um protocolo conhecido como Protocolo de Madri de 1885 foi assinado entre os governos do Reino Unido, Alemanha e Espanha em Madri para cementar a influência espanhola e reconhecer sua soberania sobre o Sultanato de Sulu - em retorno da abdicação espanhola à sua reclamação de terra nas possessões do Sultanato no norte de Bornéu[63][64]. A administração inglesa estabeleceu então a primeira estrada de ferro no Bornéu setentrional, conhecida como Ferrovia do Norte Bornéu[65][66]. Durante este período, os ingleses patrocinaram a vinda de inúmeros trabalhadores chineses à região, para trabalhar em plantações e minas de europeus[67], e os holandeses logo seguiram a incrementar sua produção econômica[68]. Em 1888, o Bornéu setentrional havia todo se tornado um protetorado britânico[69]. A área do Bornéu meridional foi feita um protetorado holandês em 1891[46]. Os governos holandês e britânico haviam assinado o tratado Anglo-Neerlandês estabelecendo fonteiras entre os dois territórios coloniais para evitar futuros conflitos[69]. Ambos os governos também assinaram o Tratado de 1824 para trocar portos mercantes na península malaia e na Sumatra que estavam sob seus controles para assertar suas respectivas zonas de influência. Isso resultou na criação indireta de zonas controladas por ingleses e por holandesas no norte (península malaia) e no sul (Ilhas Riau e Sumatra), respectivamente[70].

Demografia

Representação da dança e vestimenta típica dos povos indígenas.

O gentílico para quem nasce em Bornéu é Bornéu.

Bornéu possui 21,3 milhões de habitantes (dados de 2014) e uma densidade populacional de 29 habitantes por quilômentro quadrado. A maior parte da população vive no litoral da ilha, porém o interior segue com pequenas cidades e vilarejos ao longo dos rios. A população consiste principalmente de grupos de origem étnica Dayak, de Malaios, Banjar, Orang Ulu, Chineses e Kadazan-Dusun. Os chineses, que compõem 29% da população de Sarawak e 17% da população do Calimantã Ocidental[71] são descendentes primariamente de imigrantes vindo do Sudeste da China[72].

Em Sabá, durante a administração de Mustapha Harun da Organização Nacional Unida de Sabá (ONUS) nos anos 70, a milhares de imigrantes e refugiados Muçulmanos do sul das Filipinas, na província de Mindanau, e de Celebes, na Indonésia, foram dados proteção e posteriormente identidade e cidadania no estado, a fim de promover a população muçulmana na região, uma política chamada depois de Projeto IC[73]. Devido ao alto número de crimes atribuídos aos imigrantes, tensões étnicas entre povos indígenas e populações imigrantes aumentou e segue em crescimento até hoje[74].

Balikpapan, uma das principais cidades de Bornéu.

Desde os anos 90, o governo indonésio vem implementado, em Calimantã, um programa intenso de transição populacional, realocando famílias pobres e sem-terra de Java, Madura e Bali. Em 2001, estes imigrantes representavam 21% da população de Calimantã Central[75]. Desde os anos 90, os povos Dayak e Malaios, indígenas à ilha, resistiram a vinda destes imigrantes, e conflitos violentos ocorreram entre a população de fora e a nativa. Em 1999, um evento conhecido como Distúrbios em Sambas, Dayaks e Malaios se juntaram para massacrar milhares de imigrantes Madureses. Em Calimantã, milhares foram mortos em 2001 em uma briga entre Madureses e Dayaks no Conflito de Sampit[76].

Maiores Cidades

Vista de Samarinda, a maior cidade da ilha de Bornéu.
Vista de Kuching, a maior cidade da parte malaia de Bornéu.
Bandar Seri Begawan, capital e maior cidade do pequeno país de Brunei, Bornéu.
Posição Cidade População Densidade (/km2) País
1 Samarinda, Calimantã Oriental 727,500 929 Indonesia
2 Banjarmasin, Calimantã Meridional 625,481 8687 Indonesia
3 Kuching, Sarawak 617,886 332 Malaysia
4 Balikpapan, Calimantã Oriental 557,579 1058 Indonesia
5 Pontianak, Calimantã Ocidental 554,764 5146 Indonesia
6 Kota Kinabalu, Sabá 462,963 1319 Malaysia
7 Tawau, Sabá 412,375 67 Malaysia
8 Sandakan, Sabá 409,056 181 Malaysia
9 Miri, Sarawak 300,543 64 Malaysia
10 Bandar Seri Begawan, Brunei-Muara 300,000 490 Brunei
11 Sibu, Sarawak 247,995 111 Malaysia
12 Palangka Raya, Calimantã Central 220,962 92 Indonesia
13 Lahad Datu, Sabá 206,861 28 Malaysia
14 Banjarbaru, Calimantã Meridional 199,627 538 Indonesia
15 Tarakan, Calimantã Setentrional 193,370 771 Indonesia
16 Bintulu, Sarawak 189,146 26 Malaysia
17 Singkawang, Calimantã Ocidental 186,462 370 Indonesia
18 Keningau, Sabá 177,735 50 Malaysia
19 Bontang, Calimantã Oriental 143,683 353 Indonesia
20 Victoria, Labuan 85,272 950 Malaysia

Religião

A população de Bornéu é diversa e, apesar do Islamismo ser a religião mais praticada da ilha, religiões minoritárias como o Cristianismo, Budismo e Hinduísmo possuem presença expressiva. Da população bornéu, cerca de 69.5% aderem ao Islamismo (cerca de 14,7 milhões de habitantes), 23.2% ao Cristianismo (5,3 milhões de habitantes), 4.2% ao Budismo ( por volta de 900 mil habitantes) e 3.1% aderindo a outras fés (pouco mais de 650 mil habitantes)[77][78][79].


Divisões Administrativas

A ilha de Bornéu é divida administrativamente por três países.

Divisões territoriais de Bornéu (em Inglês).


Província ou Estado Capital País Área

km2

Área

%

População

(censo de 2010)[80][81][82]

População

%

Brunei Bandar Seri Begawan Brunei 5.770 0,77 406.200 2,1
Sarawak Kuching Malásia 124.450 16,55 2.420.009 12,2
Sabá Kota Kinabalu Malásia 73.619 9,79 3.120.040 15,7
Labuan, Território Federal Victoria Malásia 92 0,01 85.272 0,4
Malásia Oriental Malásia 198.161 26,4 5.625.321 28,4
Calimantã Ocidental Pontianak Indonésia 146.760 19,5 4.393.239 22,2
Calimantã Central Palangka Raya Indonésia 152.600 20,3 2.202.599 11,1
Calimantã Meridional Banjarmasin Indonésia 37.660 5,0 3.626.119 18,3
Calimantã Oriental Samarinda Indonésia 210.985 28,1 3.550.586 17,9
Calimantã Setentrional Tanjung Selor Indonésia 71.177 9,46 525.000 2,65
Calimantã Indonésia 548.005 72,9 13.772.543 69,5
Bornéu 3 países 751.936 100,0 19.804.064 100,0


Meio-Ambiente

O criticamente ameaçado Orangotango é um hominídio endêmico a Bornéu.

A selva de Bornéu possui uma idade estimada de 140 milhões de anos, fazendo dela uma das mais antigas do mundo[83]. É o centro de evolução e distribuição de muitas espécies endêmicas de plantas e animais e a selva bornéu é um dos poucos habitats remanescentes para a espécie ameaçada do macaco Orangotango. É um importante refúgio também para muitas espécies silvestres, como o Elefante-Pigmeu-de-Bornéu, o Rinoceronte de Bornéu, o Leopardo-Esfumaçado-de-Bornéu, a Civeta-das-Palmeiras-de-Hose e do Morcego-Frugívoro-de-Dayak[84][85].

Florestas pantanosas de turfa ocupam inteiramente a costa de Bornéu[86]. O solo destas florestas é comparativamente infértil, porém é habitat de diversas espécies de pássaros como o Calau-de-Capacete e o Calau-Rinoceronte[87][88]. Há cerca de 15.000 espécies de flores com 3.000 espécies de árvores (267 são espécies de Dipterocarpaceae), 221 espécies de mamíferos terrestres e 420 espécies de pássaros sedentários à ilha em Bornéu[89]. Encontram-se também cerca de 440 peixes de água doce (por volta do mesmo que a soma de Java e Sumatra)[90]. O tubarão-de-rio de Bornéu é visto apenas no rio Kinabatangan[91]. Em 2010, o Fundo Mundial pela Natureza (WWF) constatou que 123 novas espécies haveriam sido descobertas em Bornéu desde que o programa "Coração de Bornéu" iniciou-se em 2007[92].

A WWF classificou a ilha em 7 ecorregiões distintas. A maioria são de terras baixas[93][94][95]:

A altitudes mais elevadas, como no Monte Kinabalu, são localização de uma vegetação de Pradaria Alpina, com matas de clima alpino notáveis por suas espécies endêmicas, com diversos tipos de orquídeas.

Flora

A flora de Bornéu inclui 15 espécies de dicotiledôneas, 37 espécies de não-dicotiledôneas e 49 espécies de monocotiledôneas endêmicas das selvas e muito encontradas em Brunei. Bornéu é também residência da maior for do mundo, a Rafflesia Arnoldii, que pode pesar até 11 kg[96].

Rafflesia Arnoldi, ou Raflésia-Comum, é a maior flor encontrada no mundo. Podendo pesar até 11 kg, ela possui um odor distinto e desagradável que visa atrair insetos para sua polinização[96].

Mamíferos

Os registros históricos de Bornéu foram compilados por Lord Medway e foram publicados em 1977 pela setor malaio da Sociedade Real Asiática. Há cerca de 288 espécies de mamíferos terrestres em Bornéu, partes sendo do gênero chiroptera (como os Aethalops aequalis, Eonycteris spelaea, Eonycteris major, Macroglossus minimus, Emballonura alecto, Emballonura monticola, Saccolaimus saccolaimus, Taphozous melanopogon, Taphozous longimanus ou o Megaderma spasma)[97], do gênero rodentia, de roedores, como os Sundasciurus hippurus, Sundasciurus lowii, Sundasciurus tenuis, Sundasciurus jentinki, Sundasciurus brookei e o Glyphotes simus[98] e até espécies endêmicas de felinos, como o Catopuma badia, Neofelis diardi, Pardofelis marmorata, Prionailurus planiceps e o Prionailurus javanensis[99][100].

Aves

Há cerca de 600 espécies de pássaros em Bornéu, das quais 37 são endêmicas[101]. A ilha possui uma família inteira endêmica a ela, a Pityriaseidae, que contém apenas uma espécie, o Pityriasis gymnocephala. Além desse, encontram-se 4 gêneros endêmicos em Bornéu (todos também são monotípicos): Haematortyx (Haematortyx sanguiniceps)[102], Chlamydochaera (Chlamydochaera jefferyi)[103], Oculocincta (Oculocincta squamifrons)[104] e o Chlorocharis (Zosterops emiliae)[105].

Conservação

Trilha de desmatamento no Calimantã Oriental, em 2005.

A ilha sempre teve uma extensiva cobertura vegetal, mas esta área vem sido reduzida por conta do grande crescimento da indústria madeireira na Indonésia e na Malásia, especialmente com as crescentes demandas por matérias-primas para os países industrializados e em processo de industrialização, além da conversão de florestas em campos de agricultura em larga escala. Metade da aquisição global de madeira tropical vem de Bornéu. Plantações de Palma para a extração de seu óleo desenvolveram-se rapidamente e cada vez mais tomam o espaço restante das florestas nativas. Incêndios florestais atingem a ilha desde 2007, por conta de locais buscando clarear campos para o uso agrícola e se exacerbaram com temporadas do El Niño cada vez mais excepcionais, piorando o problema da diminuição da cobertura vegetal. Durante estes incêndios, focos podiam ser percebidos por imagens de satélite e a névoa resultante frequentemente afeta Brunei, Malásia e a Indonésia. A névoa por vezes atinge o sul da Tailândia, Camboja, Vietnã e as Filipinas, como evidenciado na Névoa do Sudeste Asiático de 2015.

Economia

A economia bornéu depende majoritariamente de agricultura, indústria madeireira e mineira, extração de petróleo e gás e do ecoturismo[106]. A economia de Brunei é altamente dependente no setor de produção de petróleo e gás e o país se tornou um dos maiores produtores da matéria-prima no Sudeste Asiático. Os estados malaios de Sabá e Sarawak são ambos grandes exportadores de madeira[106]. Sabá também é conhecido por ser grande produtor de borracha vegetal, cacau, vegetais e pesca, enquanto ambos os estados malaios exportam Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) e petróleo. As províncias indonésias de Calimantã são bastante dependentes na mineração, apesar de também estarem envolvidas em extração madeireira e exploração de gás e petróleo[106].

Foram reportados alguns estudos na implementação de irrigação alagada de arrozal[107].

Ver também

Referências

  1. Marchetti, Donna. «Borneo's Wild Side». The New York Times. Consultado em 28 de agosto de 2019 
  2. «Indonesia to remove 'burden' from sinking Jakarta with new capital on Borneo». Sky News. Consultado em 28 de agosto de 2019 
  3. «Kalimantan». Encyclopaedia Britannica. Consultado em 15 de dezembro de 2019 
  4. Linden, Eugene. (2011). The ragged edge of the world : encounters at the frontier where modernity, wildlands, and indigenous peoples meet. New York: Viking. ISBN 978-1-101-46779-4. OCLC 759841575 
  5. Norkhalbi Haji Wahsalfelah, Siti (2005). «Traditional Woven Textiles: Tradition and Identity Construction in the 'New State' of Brunei Darussalam» (PDF). Universiti Brunei Darussalam: 29-48. Consultado em 24 de maio de 2017 
  6. Suyatno. "Naskah Nagarakretagama" (em Indonésio). Biblioteca Nacional da Indonésia. Consultado em 23 de Maio de 2017.
  7. a b "An Awesome Island". Bornéu: a Ilha nas Nuvens. PBS. Consultado em 1 de Novembro de 2012.
  8. Gursky, Sharon L. (2015). The Spectral Tarsier. [S.l.]: Taylor and Francis. ISBN 978-1-317-34396-7. OCLC 918622677 
  9. «Makassar Strait | strait, Indonesia». Encyclopedia Britannica (em inglês). Consultado em 11 de fevereiro de 2020
  10. a b Tan, Khee Giap,; Amri, Mulya,; Berger, Blake Harley,; Wuryanto, Luky Eko,; National University of Singapore,; Lee Kuan Yew School of Public Policy. Asia Competitiveness Institute.,. 2014 annual competitiveness analysis and development strategies for Indonesian provinces. Singapore: [s.n.] ISBN 978-981-4725-33-0. OCLC 930682081 
  11. Tomascik, Tomas. (1997). The ecology of the Indonesian seas. Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-850186-2. OCLC 37594550 
  12. Tan, Khee Giap,; Low, Linda,; Tan, Kong Yam, ([2013]). Competitiveness analysis and development strategies for 33 Indonesian provinces. New Jersey: World Scientific. ISBN 978-981-4504-86-7. OCLC 842932652 
  13. WorldFish Center. (2008). Tropical river fisheries valuation : background papers to a global synthesis. Penang, Malaysia: WorldFish Center. ISBN 978-983-2346-61-6. OCLC 244339750 
  14. Tietze, Uwe, 1950-; Food and Agriculture Organization of the United Nations. (2007). Credit and microfinance needs in inland capture fisheries development and conservation in Asia. Rome: Food and Agriculture Organization of the United Nations. ISBN 978-92-5-105756-8. OCLC 170925624 
  15. "Sarawak Visitors Guide". Governo do Estado de Sarawak. p. 100. Consultado em 26 de Maio de 2017.
  16. Nora Rappaport (29 de Outubro de 2015). "WATCH: Billions of Bugs Feast on Flesh and Dung in Borneo". National Geographic. Consultado em 26 de Maio de 2017.
  17. Sean Martin (31 de Outubro de 2015). "Cockroach cave: Where billions of bugs feed on dead animals and dung [Video]". International Business Times (UK). Consultado em 26 de Maio de 2017.
  18. Phillipps, Quentin, 1951-. Phillipps' field guide to the mammals of Borneo : Sabah, Sarawak, Brunei, and Kalimantan. Princeton, New Jersey: [s.n.] ISBN 978-0-691-16941-5. OCLC 936143506 
  19. a b c d Allagu Balaguru; Gary Nichols; Robert Hall (2003). "The origin of the 'circular basins' of Sabah, Malaysia" (PDF). Bulletin of the Geological Society of Malaysia, Royal Holloway University of London. p. 337. Consultado em 24 de Maio de 2019 – via Sociedade Geológica da Malásia.
  20. Taylor, James Allan. (1984). Biogeography : recent advances and future directions. Totowa, N.J.: Barnes & Noble Books. ISBN 0-389-20507-9. OCLC 10877221 
  21. Teresa Zubi (25 de Outubro de 2015). "Wallacea". Starfish. Consultado em 26 de Maio de 2017.
  22. Zimmer, Carl (7 de Novembro de 2018). "In Cave in Borneo Jungle, Scientists Find Oldest Figurative Painting in the World - A cave drawing in Borneo is at least 40,000 years old, raising intriguing questions about creativity in ancient societies". The New York Times. Consultado em 8 de Novembro de 2018.
  23. Aubert, M.; Setiawan, P.; Oktaviana, A. A.; Brumm, A.; Sulistyarto, P. H.; Saptomo, E. W.; Istiawan, B.; Ma'rifat, T. A.; Wahyuono, V. N. (12 2018). «Palaeolithic cave art in Borneo». Nature. 564 (7735): 254–257. ISSN 1476-4687. PMID 30405242. doi:10.1038/s41586-018-0679-9  Verifique data em: |data= (ajuda)
  24. Cœdès, George. The Indianized states of Southeast Asia. Honolulu: [s.n.] ISBN 9780824803681. OCLC 961876784 
  25. Soon, Derek Heng Thiam (junho de 2001). «The Trade in Lakawood Products Between South China and the Malay World from the Twelfth to Fifteenth Centuries AD». Journal of Southeast Asian Studies (em inglês). 32 (2): 133–149. ISSN 0022-4634. doi:10.1017/S0022463401000066 
  26. a b Broek, Jan O. M. (janeiro de 1962). «Place names in 16th and 17th century Borneo». Imago Mundi (em inglês). 16 (1): 129–148. ISSN 0308-5694. doi:10.1080/03085696208592208 
  27. Bellwood, Peter S.,; Fox, James J., 1940-; Tryon, D. T. (Darrell T.),; Australian National University. Comparative Austronesian Project,. The Austronesians : historical and comparative perspectives. Canberra, ACT: [s.n.] ISBN 978-1-920942-85-4. OCLC 225298720 
  28. Peter SkalnÃk (1º de Janeiro de 1989). Outwitting the State. Transaction Publishers. pp. 41–.
  29. Ooi, Keat Gin.; Tuan, Hoang Anh. Early modern Southeast Asia, 1350-1800. Basingstoke: [s.n.] ISBN 978-1-317-55919-1. OCLC 923734587 
  30. Mohammad Al-Mahdi Tan Kho; Hurng-yu Chen (Julho de 2014). "Malaysia-Philippines Territorial Dispute: The Sabah Case" (PDF). National Chengchi University. NCCU Institutional Repository. Consultado em 23 de Maio de 2016.
  31. Mariah Doksil (25 August 2014). "Islam arrived in Sabah in 10th century". The Borneo Post. Consultado em 11 de Julho de 2016.
  32. "Islam In Indonesia. A resource of Islam in the archipelago". Consultado no 1º de Maio de 2017.
  33. [editors, David lea, Colette Milward ; assistant editor, Annamarie Rowe (2001). A political chronology of South-East Asia and Oceania 1st ed ed. London: Europa Publications. ISBN 1-85743-117-0. OCLC 47727290 
  34. Nathan, K. S.; Kamali, Mohammad Hashim.; Institute of Southeast Asian Studies. (2005). Islam in Southeast Asia : political, social, and strategic challenges for the 21st century. Singapore: Institute of Southeast Asian Studies. ISBN 981-230-282-4. OCLC 62897367 
  35. Hayase, Shinzō, 1955- (2007). Mindanao ethnohistory beyond nations : Maguindanao, Sangir, and Bagobo societies in east maritime Southeast Asia. Quezon City: Ateneo de Manila University Press. ISBN 978-971-550-511-6. OCLC 154714449 
  36. Ring, Trudy.; Salkin, Robert M., 1965-; La Boda, Sharon. (1994–1996). International dictionary of historic places. Chicago: Fitzroy Dearborn Publishers. ISBN 1-884964-05-2. OCLC 31045650 
  37. Eko Prayitno Joko. "Isu Pemilikan Wilayah Pantai Timur Sabah: Satu Penulusuran daripada Sumber Sejarah" (PDF) (em Malaio e em Inglês). Universiti Malaysia Sabah. Consultado em 23 de Maio de 2017.
  38. a b Hussainmiya, B. A. (Bachamiya Abdul) (2006). Brunei : revival of 1906 : a popular history. Bandar Seri Begawan: Brunei Press. ISBN 99917-32-15-2. OCLC 137260078 
  39. Ooi, Keat Gin, 1959- (2004). Southeast Asia : a historical encyclopedia, from Angkor Wat to East Timor. Santa Barbara, Calif.: ABC-CLIO. ISBN 1-57607-770-5. OCLC 54528945 
  40. Tagliacozzo, Eric,; Chang, Wen-Chin, 1964- (2011). Chinese circulations : capital, commodities, and networks in Southeast Asia. Durham [N.C.]: Duke University Press. ISBN 978-0-8223-9357-3. OCLC 727325962 
  41. Ranjit Singh. ([©2000]). The making of Sabah, 1865-1941 : the dynamics of indigenous society. [Kuala Lumpur]: University of Malaya Press. ISBN 983-100-095-1. OCLC 45285158  Verifique data em: |data= (ajuda)
  42. a b Lach, Donald F. (Donald Frederick), 1917-2000. Asia in the making of Europe. Chicago: [s.n.] ISBN 0-226-46733-3. OCLC 295911 
  43. Holt, P. M. (Peter Malcolm),; Lambton, Ann K. S., 1912-2008,; Lewis, Bernard, 1916-2018,. The Cambridge history of Islam. Cambridge [England]: [s.n.] ISBN 0-521-07567-X. OCLC 107078 
  44. The Asiatic Journal and Monthly Register for British and Foreign India, China, and Australia. Parbury, Allen, and Company. 1816. pp. 561–.
  45. a b Sanderson Beck (2007). "Indonesia and the Dutch 1800–1950". San.Beck. Consultado em 24 de Maio de 2017.
  46. a b Adrienne Smith (2012). "British and Dutch Perceptions of Cannibalism in Borneo, 1882–1964" (PDF). Universidade Politécnica Estadual da Califórnia. p. 5. Consultado em 24 de Maio de 2017.
  47. CAPTAIN THE HON. HENRY KEPPEL, R.N. (1846). THE EXPEDITION TO BORNEO OF H.M.S. DIDO FOR THE SUPPRESSION OF PIRACY. pp. 214–.
  48. Boomgaard, P., 1946- (2007). A world of water : rain, rivers and seas in Southeast Asian histories. Leiden: KITLV Press. ISBN 978-90-04-25401-5. OCLC 751149597 
  49. H. Wilfrid Walker. "Wanderings Among South Sea Savages And in Borneo and the Philippines". Livro inteiro. pp. 3/3. Consultado em 23 de Maio de 2017.
  50. Harriette McDougall (1882). "Sketches of Our Life at Sarawak (Chapter XVI. Illanun Pirates)". Society for Promoting Christian Knowledge; E. & J. B. Young. Londres, Nova Iorque: Projeto Cantuária, História Anglicana. Consultado em 23 de Maio de 2017.
  51. Cribb, R. B.,. Historical atlas of Indonesia. Richmond, Surrey: [s.n.] ISBN 978-0-203-82461-0. OCLC 1125096745 
  52. Prescott, J. R. V. (John Robert Victor), (2015). Political frontiers and boundaries. London: Routledge. ISBN 978-1-317-60199-9. OCLC 892798965 
  53. "Part 2 – The Brooke Era". The Borneo Project. Earth Island Institute. Consultado em 11 de Novembro de 2012.
  54. Rozan Yunos (7 September 2008). "Loss of Labuan, a former Brunei island". The Brunei Times. Consultado em 23 de Maio de 2017.
  55. "British North Borneo Papers". School of Oriental and African Studies. Archives hub. Consultado em 23 de Maio de 2017.
  56. Sidhu, Jatswan S., 1962-. Historical dictionary of Brunei Darussalam Third edition ed. Lanham, Maryland: [s.n.] ISBN 978-1-4422-6458-8. OCLC 952276984 
  57. "Treaty of Protection 1888 – Brunei". Iniciativa do Museu Islâmico. Consultado em 23 de Maio de 2017.
  58. Richard Ker (26 August 2012). "Ellena – America's Lost Colony in Kimanis of North Borneo". Sociedade Histórica do Norte de Bornéu. Consultado em 23 de Maio 2017.
  59. Gould, James Warren. (1969). The United States and Malaysia. Cambridge, Mass.: Harvard University Press. ISBN 0-674-92615-3. OCLC 44871 
  60. Tregonning, K. G. (novembro de 1954). «American Activity in North Borneo, 1865-1881». Pacific Historical Review. 23 (4): 357–372. doi:10.2307/3634654 
  61. Warren, James Francis, 1942- (1981). The Sulu zone, 1768-1898 : the dynamics of external trade, slavery, and ethnicity in the transformation of a Southeast Asian maritime state. [Singapore]: Singapore University Press. ISBN 9971-69-004-7. OCLC 7973136 
  62. Chew, Emrys. (2012). Arming the periphery : the arms trade in the Indian Ocean during the age of global empire. Houndmills, Basingstoke, Hampshire: Palgrave Macmillan. ISBN 978-1-137-00660-8. OCLC 796996761 
  63. Governo Britânico (1885). "British North Borneo Treaties. (British North Borneo, 1885)" (PDF). Governo do Estado de Sabá (State Attorney-General's Chambers). Consultado em 23 de Maio de 2017.
  64. Carnegie, Paul J.,; King, Victor T.,; Zawawi Ibrahim, (2016). Human insecurities in southeast Asia. Singapore: Springer. ISBN 978-981-10-2245-6. OCLC 958385041 
  65. Dr. Johnstone; A. J. West (Officers of the Company) (3 de Fevereiro de 1898). "North Borneo Chartered Company: North Borneo Railway; The first train in North Borneo". British North Borneo Chartered Company: Views of British North Borneo, Printed by W. Brown & co., limited, London, 1899. Estradas de Ferro Malaias. Consultado em 23 de Maio de 2017.
  66. Rob Dickinson. "The North Borneo Railway Project". The International Steam Pages. Consultado em 23 de Maio de 2017.
  67. Wong Tze-Ken, Danny (1999). «Chinese Migration to Sabah Before the Second World War». Archipel (em francês). 58 (3): 131–158. ISSN 0044-8613. doi:10.3406/arch.1999.3538 
  68. Oostindie, Geert. (2008). Dutch Colonialism, Migration and Cultural Heritage. Leiden, NLD: BRILL. ISBN 978-90-04-25388-9. OCLC 958572353 
  69. a b Prescott, J. R. V. (John Robert Victor) (2008). International frontiers and boundaries. Leiden: Martinus Nijhoff Publishers. ISBN 978-90-474-3364-4. OCLC 593311210 
  70. "Anglo-Dutch Treaty of 1824 – Malaysia and Indonesia". Museu da Iniciativa Muçulmana. Consultado em 23 de Maio de 2017.
  71. Wing (2 August 2006). "Province of West Kalimantan, Indonesia". Guangdong Foreign Affairs Office. Consultado em 23 de Maio de 2017.
  72. "The world's successful diasporas (Overseas Chinese)". Management Today. 3 de Abril de 2007. Consultado em 23 de Maio de2017.
  73. Nair, Shanti. (1997). Islam in Malaysian foreign policy. London: Routledge. ISBN 0-203-30028-9. OCLC 52093163 
  74. "Illegal immigrants causing simmering resentment in Sabah". The Malaysian Times. 22 de Agosto de 2012. Consultado em 23 de Maio de 2017.
  75. "Indonesia flashpoints:, Kalimantan". BBC. 28 de Junho de 2004. Consultado em 13 de Agosto de 2008.
  76. "Beheading: A Dayak ritual". BBC. 23 de Fevereiro de 2001. Consultado em 13 de Agosto de 2008.
  77. "Population by Region and Religion in Indonesia". BPS. 2010.
  78. "Chart 3: Population distribution by state, Malaysia, 2010" (PDF). Population Distribution and Basic Demographic Characteristics 2010 (e Malaio e em Inglês). Departamento de Estatística, Malásia. p. 2 (p. 13 in PDF). Consultado em 13 de Dezembro de 2012.
  79. 2010 Brunei Statistical Yearbook (PDF). Governo de Brunei. 2010. p. 19. Consultado em 7 de Março de 2012.
  80. "Malaysia: Federal States, Territories, Major Cities & Conurbations – Statistics & Maps on City Population". Citypopulation.de. Consultado em 25 de Julho de 2011.
  81. "Indonesia (Urban Municipality Population): Provinces, Cities & Municipalities – Statistics & Maps on City Population". Citypopulation.de. Consultado em 25 de Julho de 2011.
  82. "Brunei: Districts, Major Cities, Towns & Agglomeration – Statistics & Maps on City Population". Citypopulation.de. Consultado em 25 de Julho de 2011.
  83. Leeder, Andy.; Coleman, Gregg. (2016). WJEC GCSE Geography. London: Hodder Education Group. ISBN 978-1-4718-6129-1. OCLC 958386107 
  84. "Scientists find dozens of new species in Borneo rainforests". Fundo Mundial pela Natureza. 19 de Dezembro de 2006. Consultado em 26 de Maio de 2017.
  85. "Borneo wildlife". Fundo Mundial pela Natureza. Consultado em 26 de Maio de 2017.
  86. MacKinnon, Kathy,. The ecology of Kalimantan. Singapore: [s.n.] ISBN 978-1-4629-0505-8. OCLC 899009706 
  87. Lai, Fanny,; Yong, Ding Li,. A visual celebration of Borneo's wildlife. Singapore: [s.n.] ISBN 978-1-4629-1907-9. OCLC 1020789464 
  88. Thiesen, Tamara,. Borneo : Sabah, Sarawak, Brunei Edition 3 ed. Chalfont St. Peter, UK: [s.n.] ISBN 978-1-84162-915-5. OCLC 939858734 
  89. MacKinnon, K; et al. (1998). The Ecology of Kalimantan. Londres: Imprensa da Universidade de Oxford.
  90. Nguyen, T.T.T., and S. S. De Silva (2006). "Freshwater Finfish Biodiversity and Conservation: An Asian Perspective", Biodiversity & Conservation 15(11): 3543–3568
  91. Li, Chenhong; Corrigan, Shannon; Yang, Lei; Straube, Nicolas; Harris, Mark; Hofreiter, Michael; White, William T.; Naylor, Gavin J. P. (27 de outubro de 2015). «DNA capture reveals transoceanic gene flow in endangered river sharks». Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America. 112 (43): 13302–13307. ISSN 0027-8424. PMC 4629339Acessível livremente. PMID 26460025. doi:10.1073/pnas.1508735112 
  92. "Scientists discover new species in Heart of Borneo". Fundo Mundial pela Natureza. 22 de Abril de 2010. Consultado em 26 de Maio 2017.
  93. "Borneo Lowland & Montane Forests – A Global Ecoregion". Fundo Mundial pela Natureza. Consultado em 26 de Maio de 2017.
  94. Colby Loucks. "Southeastern Asia: Indonesia, Malaysia, and Brunei". Fundo Mundial pela Natureza. Consultado em 26 de Maio de 2017.
  95. "Sundaland heath forests". Fundo Mundial pela Natureza. Consultado em 26 de Maio de 2017.
  96. a b Kamariah A.S, K.M Wong (1999): "Forests and Trees of Brunei Darussalam", Universiti Brunei Darussalam.
  97. Medway L. 1977. Mammals of Borneo: field keys and an annotated checklist. Monographs of the Malayan Branch of the Royal Asiatic Society No.7. Kuala Lumpur.
  98. Medway L. 1971. The Quaternary mammals of Malesia: a review. In Quaternary era in Malaysia. P. Ashton and M. Ashton (eds).
  99. IUCN (20 de maio de 2014). «Catopuma badia: Hearn, A., Brodie, J., Cheyne, S., Loken, B., Ross, J. & Wilting, A.: The IUCN Red List of Threatened Species 2016: e.T4037A112910221» (em inglês). doi:10.2305/iucn.uk.2016-1.rlts.t4037a50650716.en 
  100. Jeffers, Karen Anne; ,, Adul; Cheyne, Susan Mary (12 de março de 2019). «Small cat surveys: 10 years of data from Central Kalimantan, Indonesian Borneo». Journal of Threatened Taxa. 11 (4): 13478–13491. ISSN 0974-7907. doi:10.11609/jott.4466.11.4.13478-13491 
  101. MacKinnon K, Hatta G, Halim H, Mangalik A.1998. The ecology of Kalimantan. Editora da Universidade de Oxford, Londres.
  102. BirdLife International (2012). "Haematortyx sanguiniceps". IUCN Red List of Threatened Species. IUCN. 2012. Consultado em 26 de Novembro de 2013.
  103. BirdLife International (2012). "Chlamydochaera jefferyi". IUCN Red List of Threatened Species. IUCN. 2012. Consultado em 26 de Novembro de 2013.
  104. BirdLife International (2012). "Oculocincta squamifrons". IUCN Red List of Threatened Species. IUCN. 2012. Consultado em 26 de Novembro de 2013.
  105. BirdLife International (2012). "Chlorocharis emiliae". IUCN Red List of Threatened Species. IUCN. 2012. Consultado em 26 de Novembro de 2013.
  106. a b c "Borneo » City Info » Economy". Borneo.com. Consultado em 28 de Maio de 2017.
  107. Sang, Anisia Jati; Tay, Kai Meng; Lim, Chee Peng; Nahavandi, Saeid (2018). «Application of a Genetic-Fuzzy FMEA to Rainfed Lowland Rice Production in Sarawak: Environmental, Health, and Safety Perspectives». IEEE Access. 6: 74628–74647. ISSN 2169-3536. doi:10.1109/ACCESS.2018.2883115 

Ligações externas

Media relacionados com Bornéu no Wikimedia Commons