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Brasil nos Jogos Olímpicos

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Brasil nos Jogos Olímpicos
Comité Olímpico Nacional
Código do COI BRA
Nome Comitê Olímpico do Brasil
(site oficial)
Participações nos Jogos Olímpicos
Verão

Inverno
Esporte do Brasil
Comitê Olímpico Brasileiro (COB)
Código do COI BRA
Eventos Multiesportivos
 • Olimpíadas  • Pan-Americanos  • Sul-Americanos  • Sul-Americanos de Praia  • Lusofonia  • Juventude  • Paralimpíadas
Esportes
Futebol (FIFA)  • Copa do Mundo  • Copa América  • Copa das Confederações
Futsal (FIFA)  • Copa do Mundo  • Copa América
Voleibol (FIVB)  • Copa do Mundo Masculina  • Copa do Mundo Feminina  • Mundial  • Liga  • Grand Prix  • Sul-Americano Masculino  • Sul-Americano Feminino
Natação (FINA)  • Campeonato Mundial
Atletismo (World Athletics)  • Campeonato Mundial  • Liga Diamante
Rugby (WR)  • Copa do Mundo  • Sul-Americano
Basquete (FIBA)  • Copa do Mundo  • Sul-Americano Masculino  • Sul-Americano Feminino  • Copa América Masculina  • Copa América Feminina
Judô (FIJ)  • Copa do Mundo  • Grand Prix  • Pan-Americano
Handebol (IHF)  • Copa do Mundo

A primeira vez do Brasil nos Jogos Olímpicos ocorreu na Antuérpia 1920, Bélgica.[1] Participou de cada edição desde então, exceto dos jogos de 1928, em Amsterdã, na Holanda, devido à crise econômica que o país atravessava, o que impediu que houvesse recursos suficientes para enviar uma delegação.[2]

Das 33 edições, sendo 29 oficiais realizadas, 1 especial realizada e 3 oficiais canceladas, o Brasil esteve representado em 24 oportunidades nos Jogos Olímpicos de Verão.

Das 29 edições dos Jogos Olímpicos de Inverno - 27 oficias realizadas e 2 canceladas -, o Brasil esteve presente em 9 oportunidades. Estreou em 1992, em Albertville, na França, e esteve em todas as edições desde então, mas sem conquistar ainda nenhum pódio.

Já nas edições de verão, com 170 medalhas conquistadas em 65 modalidades de 17 esportes, é o país mais bem-sucedido da América do Sul nos Jogos. Suas melhores participações foram como país sede dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, com 19 medalhas, 7 de ouro, 6 de prata e 6 de bonze. Na edição seguinte, Tóquio 2020, igualou o número de ouros, mas superou o total de medalhas com 21.

O judô é o esporte que mais medalhas rendeu ao Brasil, 28 no total, seguido pelo voleibol (quadra e praia), com 26 medalhas - com o judô tendo garantido pódios em toda edição desde 1984 - e o vôlei sendo a modalidade com mais ouros, 9, seguido da vela, com 8. No vôlei, o Brasil foi o primeiro a ganhar o ouro em todas as quatro modalidades (quadra masculino em 1992, praia feminino em 1996, praia masculino em 2004 e quadra feminino em 2008),[3] sendo igualado pelos Estados Unidos apenas em 2020. O país também é o maior medalhista da história da competição de futebol com 10, sete do masculino, incluindo títulos em 2016 e 2020, e três no feminino.[4][5][6] A atleta com mais medalhas é a ginasta Rebeca Andrade com seis, duas de ouro.[7]

Por fim, um atleta do Brasil conquistou a Medalha Pierre de Coubertin: Vanderlei Cordeiro de Lima, corredor de longa distância que foi atacado por um espectador durante a maratona masculina da edição de 2004 em Atenas, Grécia, quando liderava a prova, mas apesar do incidente ainda acabou com a medalha de bronze, mostrando bom espírito esportivo.[8]

Jogos sediados

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O Brasil sediou os Jogos em uma ocasião.

Jogos Cidade sede Período Delegações Participantes Eventos
2016 Rio de Janeiro, RJ 5 a 21 de agosto 207 11.303 306

Candidaturas sem sucesso

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Jogos Cidade Vencedor da candidatura
Jogos Olímpicos de Verão de 1936 Rio de Janeiro, RJ Berlim, Alemanha
Jogos Olímpicos de Verão de 2000 Brasília, DF[a] Sydney, Austrália
Jogos Olímpicos de Verão de 2004 Rio de Janeiro, RJ Atenas, Grécia
Jogos Olímpicos de Verão de 2012 Rio de Janeiro, RJ Londres, Reino Unido

História nos Jogos Olímpicos de Verão

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O primeiro brasileiro a competir nos Jogos Olímpicos foi Adolphe Christiano Klingelhoefer, em Paris 1900. Cidadão brasileiro nascido em Paris, filho de um francês com uma brasileira, ele competiu no atletismo nos 60 metros rasos, 200 metros rasos e 110 metros com barreiras. Klingelhoeffer não é reconhecido pelo Comitê Olímpico Brasileiro porque em 1900 ainda não existiam comitês olímpicos nacionais.[9]

A primeira participação brasileira oficial em Olimpíadas foi nos Jogos Olímpicos de 1920, em Antuérpia, Bélgica. A delegação era constituída por 22 atletas, todos homens, em 5 esportes, que conquistaram 3 medalhas no tiro esportivo, uma de ouro, uma de prata e uma de bronze. Os atletas foram enviados pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD).

Em 1924, por falta de verba da União e desistência da CBD, por pouco o Brasil não fica de fora dos Jogos Olímpicos de Paris. Situação que foi contornada graças a iniciativa dos esportistas de São Paulo, chefiados pelo jornalista Américo Neto, do Jornal O Estado de São Paulo e com apoio da Federação Paulista de Atletismo. Com delegação reduzida de somente 11 atletas homens, o Brasil participou das provas de Tiro, Atletismo e Remo[10].

Em 1932, nos Jogos Olímpicos de Los Angeles o Brasil envia 82 atletas de navio para os Jogos, chegando lá, os mesmos precisavam pagar um dólar para poder desembarcar, fato que acabou acarretando na desistência de 23 atletas. Os 59 que desembarcaram foram priorizados por serem considerados com maiores chances de êxito, entre esses a primeira mulher brasileira a participar dos Jogos Olímpicos, a nadadora Maria Lenk. O país participou apenas nas modalidades Polo Aquático, Natação, Tiro, Remo e Atletismo.[10]

Em 1935, foi reativado o Comitê Olímpico Brasileiro, fundado inicialmente em 1914. Nos jogos realizados em 1936, a CBD mandou uma delegação e o COB enviou outra. Antes que o Comitê Olímpico Internacional (COI) proibisse a participação do Brasil, ambas as delegações se fundiram. Desde então, o COB organiza e leva os atletas aos Jogos.

Depois de 1920, o Brasil só voltou a ganhar medalhas na Londres 1948, com um bronze do basquete masculino. Na edição seguinte, Helsinque 1952, voltou a ganhar um ouro com Adhemar Ferreira da Silva no salto triplo do atletismo. Desde então, o país tem conseguido ao menos uma medalha por edição.

No total, o Brasil conquistou 170 medalhas na história dos jogos olímpicos, todas nas edições de verão. São 40 de ouro, 49 de prata e 81 de bronze, o que o torna o país sul-americano com o melhor retrospecto na história das Olimpíadas da era moderna e o 4º maior ganhador das Américas atrás apenas dos EUA, Canadá e Cuba, respectivamente. Essa posição foi conquistada na Atenas 2004, quando ultrapassou a sua arquirrival Argentina, que era a primeira colocada na América do Sul até então. É também um dos raros países a ter um atleta que recebeu a Medalha Pierre de Coubertin: Vanderlei Cordeiro de Lima.[11]

Desde que iniciou seu histórico olímpico, a delegação brasileira enviou milhares de atletas em suas mais de 2 mil vagas olímpicas até o momento. Em 2016, o Rio de Janeiro sedia os Jogos Olímpicos de Verão de 2016, sendo a primeira cidade da América do Sul a sediar o maior evento do esporte mundial. A maior delegação brasileira da história teve 465 atletas em 28 esportes. O país teve sua melhor participação, com 19 medalhas no total, 7 delas de ouro.

Os Jogos de 2020 em Tóquio tiveram o Brasil superando seus números do Rio 2016 com 21 medalhas no total, e igualando os 7 ouros.[12] O país conseguiu também conseguiu sua maior variedade de esportes no pódio com 13, incluindo os estreantes surfe e skate e a primeira medalha no tênis.[13]

História nos Jogos Olímpicos de Inverno

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Em sua primeira participação na Albertville 1992, o país levou 6 homens e 1 mulher, todos competindo no esqui alpino. Quatorze anos depois, na Turim 2006, Isabel Clark, praticante de snowboard, alcançou o melhor resultado histórico de participação brasileira (bem como latino-americana) nos Jogos de Inverno, ficando em nono lugar no snowboard. A tabela abaixo sintetiza as participações do Brasil nos Jogos de Inverno:[1]

Ano Cidade Atleta Prova Resultado
1992
(Detalhes)
Albertville Evelyn Schuler E.Alpino-Slalom Gigante 40.°
Christian Lothar Munder E.Alpino-Slalom Gigante 41.°
Sérgio Schuler E.Alpino-Slalom Gigante 64.°
Marcelo Apovian E.Alpino-Slalom Gigante 73.°
Hans Egger E.Alpino-Slalom Gigante DNF
Flávio Igel E.Alpino-Slalom Gigante DNS
1994
(Detalhes)
Lillehammer Christian Lothar Munder E.Alpino-Super combinado 50.°
1998
(Detalhes)
Nagano Marcelo Apovian E.Alpino-Slalom Gigante 37.°
2002
(Detalhes)
Salt Lake City Franziska Becskehazy E.Cross country 10 km 59.°
Mirella Arnold E.Alpino-Slalom gigante 48.°
Alexandre Penna E.Cross country 50 km 59.°
Nikolai Hentsch E.Alpino-Slalom gigante DSQ
Renato Mizoguchi Luge 46.°
Ricardo Raschini Luge 45.°
Cristiano Rogério Paes, Edson Bindilatti, Eric Maleson e Matheus Inocêncio Trenó/4 men (Bobsled) 27.°
2006
(Detalhes)
Turim Isabel Clark Snowboard-boardercross 9.°
Jaqueline Mourão E.Cross country 10 km 67.°
Mirella Arnold E.Alpino-Slalom gigante 43.°
Hélio de Freitas E.Cross country 15 km 93.°
Nikolai Hentsch E.Alpino-Slalom gigante 30.°
E.Alpino-Downhill 43.°
Claudinei Quirino, Edson Bindilatti, Márcio Silva e Ricardo Raschini Trenó/4 men (Bobsled) 25.°
2010
(Detalhes)
Vancouver Maya Harrisson E.Alpino-Slalom DNF
E.Alpino-Slalom gigante 48.°
Jhonatan Longhi E.Alpino-Slalom DNF
E.Alpino-Slalom gigante 56.°
Jaqueline Mourão E.Cross country 10 km 67.°
Leandro Ribela E.Cross country 15 km 90.°
Isabel Clark Snowboard cross 19.°
2014
(Detalhes)
Sóchi
Jaqueline Mourão Biatlo-Velocidade 76.°
Biatlo-Individual 77.°
Isadora Williams Patinação artística DNF
Fabiana dos Santos e Sally Mayara da Silva Trenó/2 women (Bobsled) 19.°
Edson Bindilatti, Edson Martins, Fábio Gonçalves Silva e Odirlei Pessoni Trenó/4 men (Bobsled) 29.°
2018
(Detalhes)
Pyeongchang
Isadora Williams Patinação artística 24.°
Isabel Clark Snowboard DNF
Jaqueline Mourão Esqui cross-country 74.°
Victor Santos 110.°
Michel Macedo Esqui alpino DNF
Edson Bindilatti e Edson Martins Trenó/2 men (Bobsled) 27.°
Edson Bindilatti, Edson Martins, Odirlei Pessoni e Rafael Souza da Silva Trenó/4 men (Bobsled) 23.°
2022
(Detalhes)
Beijing
Nicole Silveira Skeleton 13.°
Sabrina Cass Esqui estilo livre 26.°
Jaqueline Mourão E.cross-country 10km 82.°
E.cross-country Sprint 84.°
E.cross-country dupla 23.°
Eduarda Ribera
E.cross-country 10km 90.°
E.cross-country Sprint 88.°
Manex Silva E.cross-country 15km 90.°
E.cross-country 30km 67.°
E.cross-country 50km 58.°
E. cross-country Sprint 71.°
Michel Macedo Esqui alpino 57.°
Edson Bindilatti e Edson Martins Trenó/2 men (Bobsled) 29.°
Edson Bindilatti, Edson Martins, Erick Vianna, Jefferson Sabino e Rafael Souza da Silva Trenó/4 men (Bobsled) 20.°

Quadros de medalhas

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  • Atualizado em 9 de agosto de 2024