Decasséguis brasileiros: diferenças entre revisões
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Revisão das 17h30min de 28 de março de 2014
Imigração Japonesa no Brasil 日系ブラジル人 Nipo-brasileiros |
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Imigração |
Início oficial: 1908 com navio Kasato Maru. |
Artigos sobre Imigração Japonesa no Brasil |
Imigração japonesa no Brasil Cronologia da imigração japonesa no Brasil Fazenda Santo Antônio | Kasato Maru Shindo Renmei | Imigração japonesa Decasséguis | Decasséguis brasileiros |
Nipo-brasileiros |
População: 46,9 mil cidadãos japoneses, em 2023[2] e cerca de 2.000.000 de descendentes, em 2022 (1% da população brasileira).[3] |
Artigos sobre Nipo-brasileiros |
Nikkei | Categoria:Brasileiros de ascendência japonesa |
Os dekasseguis brasileiros cpuas terceiro maior contingente de estrangeiros residente no Japão. São cerca de 193 mil brasileiros vivendo no Japão em condições legais. Os brasileiros no Japão constituem a segunda maior comunidade de brasileiros vivendo fora do Brasil.
Significado de dekassegui
O verbete dekassegui (出稼ぎ) é utilizado no Japão para designar todos trabalhadores estrangeiros residentes no Japão, tenham ou não ascendência japonesa. Os japoneses que migraram de províncias distantes para trabalhar nos grandes centros - como Tóquio e Osaka - também são chamados de dekasseguis. Traduzindo para português, dekassegui equivale a trabalhador migrante.
Histórico
No início do século XX, milhares de japoneses emigraram para outros países com o intuito de fazer fortuna e retornar para o Japão. No caso do Brasil, a imigração japonesa começou em 1908 e praticamente cessouashgsasgyagysgahysagsyagysaysgaysgasuhsuahauyghauhdyadaga década de 1960. Formou-se então, no Brasil, a maior comunidade de japoneses e descendentes de japoneses que vive fora do Japão.
A partir do fim dos anos 80, ocorreu uma inversão do fluxo migratório entre o Brasil e o Japão. Os brasileiros descendentes de japoneses e filhos de mestiços ou cônjuges sem ascendência japonesa passaram a imigrar para o Japão à procura de melhores condições financeiras.
Com necessidade de mão-de-obra na década de 1980, o Japão criou leis para facilitar a entrada de trabalhadores estrangeiros. Em junho de 1990 foi editada a "Lei de Controle de Imigração", permitindo que descendentes de japoneses e seus cônjuges (nikkeis, 日系) até a 3ª geração (sanseis) possam exercer qualquer atividade e com um período de residência relativamente longo. O visto para descendentes de japoneses da quarta geração (yonseis) só é concedido se estes imigraram na companhia dos pais (3ª geração, sanseis).
O desemprego e as crises econômicas brasileiras das décadas de 1980 e 1990 incentivaram os descendentes de japoneses a trabalhar no Japão onde os salários são bem melhores. Junto com eles, foram seus parentes sem ascendência japonesa e casais de mestiços, além de filhos de mestiços.
Demografia
Os brasileiros representam o terceiro maior contingente estrangeiros no Japão. Os dekasseguis brasileiros constituem a segunda maior comunidade de brasileiros vivendo fora do Brasil[7] e a maior comunidade de falantes de português na Ásia, superando as ex-colônias portuguesas como Macau e Goa[8].
As províncias com mais brasileiros são Aichi, Shizuoka, Gifu, Mie, Saitama, Gunma e Kanagawa. As cidades com mais brasileiros são Hamamatsu (Shizuoka), Nagoya (Aichi), Oizumi (Gunma), Shizuoka (Shizuoka), Gifu (Gifu) e Saitama (Saitama)[7].
Em 2005, o Ministério da Justiça estimou que 302.000 brasileiros viviam no Japão legalmente. Este número inclui também cônjuges de nipo-brasileiros sem ascendência japonesa.
Em 2011, o Ministério da Justiça estima que o número de brasileiros vivendo no Japão é de 254 mil. A queda do número de brasileiros residentes no Japão teria tido essa redução em 6 anos, devido à Crise econômica de 2008-2009, que havia tornado os empregos escassos, forçando muitos brasileiros retornarem ao Brasil.
A turbulência financeira mundial e a tragédia do Tsunami ocorrida em 2011 provocaram um efeito impactante sobre o fenômeno dekassegui. Prova disso são os números divulgados pela Imigração japonesa, nos quais se pode constatar a saída forçada de grande contingente de brasileiros do Japão a partir desta data. Fato que se fez acompanhar pela queda drástica da emissão de vistos pelos consulados nipônicos instalados no Brasil.
Sem expectativas de uma recuperação econômica em curto prazo, é improvável esperar uma reviravolta a curto prazo nestes números, pois além da crise política com a China e as consequências dos desacertos das decisões empresariais que as indústrias tomaram nos últimos anos de enviar fabricas para a China. Como resultado, os consulados japoneses no Brasil passaram a aplicar com mais severidade as regras para concessão do visto com finalidade de trabalho. Por exemplo, o número de emissão caiu cerca de 75 por cento em 2011, se comparado a 2008.
Segundo o Itamaraty, vivem hoje no Japão 193 mil brasileiros. Esse número reflete a realidade, já que todos os imigrantes estrangeiros são cadastrados pelo governo nipônico[9].
Acompanhe abaixo a emissão de vistos relativos aos brasileiros no decorrer dos anos, conforme os relatórios do Ministério da Justiça do Japão. Nos números, não estão inclusos os reingressos de pessoas portadoras de reentry que estão dispensados de efetuar procedimentos junto aos consulados nipônicos.
Número de vistos concedidos a brasileiros por ano:
- 2008 - 13.658
- 2009 - 1.753
- 2010 - 3.606
- 2011 - 3.620
Número de residentes brasileiros no Japão:
- 2008 - 312.582
- 2009 - 267.456
- 2010 - 230.552
- 2011 - 210.032
- 2012 - 209.967
- 2013 - 185.644
Trabalho
A maior parte dos imigrantes no Japão vão recrutados por agências de empregos, legais ou ilegais[8].
Muitos brasileiros residentes no Japão têm alta escolaridade, muitos tem curso superior, mas não tem fluência do idioma japonês, portanto, são empregados como operários em fábricas executando as tarefas consideradas "pesadas, perigosas e sujas" pelos japoneses. Os maiores empregadores são as fábricas que vendem serviços para as indústrias de automóvel e eletrônicos.
Muito raramente um dekassegui brasileiro é empregado em altos cargos de uma grande empresa japonesa, recebendo salários e benefícios comuns aos japoneses deste nível, em primeiro lugar devido às dificuldades com o idioma japonês, em segundo o diploma do Brasil nao é valido no Japão, com exceção dos diplomas profissionais obtidos na América do Norte e União Europeia. Muitos brasileiros são submetidos a jornadas exaustivas de trabalho, ganhando salários pequenos para o padrão de vida japonês.[8].
Importância econômica
No ano de 2002, os brasileiros residentes no Japão mandaram para o Brasil 2,5 bilhões de dólares[8]. O Ministério da Justiça estimou em 2005 que os dekasseguis brasileiros enviem anualmente para o Brasil entre 1,5 e 2 bilhões de dólares.
Estes valores chegam a superar a quantidade de divisas obtidas pelo Brasil com a exportação de café.
Identidade cultural
Muitos nipo-brasileiros são culturalmente totalmente brasileiros e não falam a língua japonesa, portanto, sofrem um expressivo preconceito social no Japão. Muitos nipo-brasileiros fazem questão de exibir sua origem brasileira no Japão vestindo camisas da seleção brasileira no dia-a-dia.[10] Os filhos de brasileiros são, muitas vezes, isolados nas escolas japonesas por não falarem o idioma japonês.[8] Finalmente, existe um consenso no Japão de que o imigrante brasileiro é um "quisto inassimilável" devido a seus costumes egoístas e auto-isolamento cultural. [carece de fontes] Um número significativo de nipo-brasileiros vivem isolados dentro da comunidade brasileira, totalmente à parte da sociedade japonesa.[11] Problemas sociais e desrespeito às leis retratam bem esse aspecto da percepção pública japonesa.[carece de fontes]
Muitos acabam retornando ao Brasil, e até buscando apoio psicológico.[12]
Existe hoje uma grande variedade de empresas direcionadas aos brasileiros residentes no Japão. Dentre elas, redes de TV brasileira, portais web em português, agências de publicidade, escolas, supermercados, restaurantes, bares, lojas de roupas e lojas de carros brasileiros.
Há também nipo-brasileiros que estão fincando suas raízes no Japão. O número de brasileiros comprando a casa própria no Japão é expressivo. São brasileiros que já têm estabilidade no emprego, estrutura familiar e identificação com o Japão, e que pretendem se integrar e morar definitivamente no Japão.
Referências
- ↑ «Entrada de estrangeiros no Brasil segundo as principais nacionalidades pelos 4 períodos constituídos». Consultado em 10 de dezembro de 2022. Arquivado do original em 3 de outubro de 2008
- ↑ Countries with the highest number of Japanese residents in 2023 (in 1,000s)
- ↑ «Japan-Brazil Relations (Basic Data)» (em inglês). Consultado em 10 de agosto de 2022
- ↑ «Adital - Brasileiros no Japão». Adital. Consultado em 2 de setembro de 2008. Cópia arquivada em 6 de março de 2008
- ↑ «U.S. State Department - International Religious Freedom Report, 2007» (em inglês). U.S. State Department. Consultado em 2 de setembro de 2008
- ↑ «Asahi Newspaper. Editorial: Brazilian immigration» (em inglês). Consultado em 2 de setembro de 2008
- ↑ a b http://www.portaldekassegui.com/tabelanuncio.htm
- ↑ a b c d e http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u42891.shtml
- ↑ http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-03-27/em-cinco-anos-pelo-menos-300-mil-brasileiros-que-viviam-no-exterior-retornaram-ao-brasil
- ↑ http://www.scielo.br/pdf/ea/v20n57/a09v2057.pdf
- ↑ http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/11/121102_2geracao_sem_identidade_lk.shtml
- ↑ http://noticias.uol.com.br/ultnot/internacional/2009/11/23/ult1859u1883.jhtm
Ver também
Ligações externas
- Web Town - Diretório de sites criados pela comunidade brasileira no Japão
- ABD - Associação Brasileira de Dekasseguis
- IPC Digital - Portal de notícias dos brasileiros no Japão
- NHK Nagoya - Portal da NHK de Nagoya em português
- Revista Alternativa - Voltada para a comunidade brasileira no Japão
- [1] - Matéria Destacando número de brasileiros no Japão