Michele Alboreto: diferenças entre revisões

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Revisão das 23h55min de 28 de junho de 2010

Predefinição:F1drive Michele Alboreto (Milão, 23 de dezembro de 1956 - Oberspreewald-Lausitz, 25 de abril de 2001) foi um piloto italiano de Fórmula 1.

O início da carreira

Filho de uma família apaixonada por automobilismo, começou a freqüentar Monza aos 12 anos. Além dos automóveis, sua outra paixão era jogar futebol. "Desisti, mas continuo correndo: faço jogging e corro com minha Ferrari", brincava. Reservado e introspectivo, iniciou no automobilismo em 1977 ao volante de um Fórmula Monza da "Scuderia Salvati", cujo protótipo era equipado com um motor Fiat 500 de dois cilindros. Alboreto aproveitou aquela oportunidade única e mostrou paixão ao conduzir aquele carro. No ano seguinte (1978), transferiu-se para a Fórmula Itália, categoria que contava com monopostos mais potentes.

Após conquistar os títulos da Fórmula 3 Italiana em 1979 e o Campeonato Europeu de F3 em 1980, Michele Alboreto demonstrou versatilidade ao disputar o Mundial de Protótipos com a Lancia. Junto de seu compatriota Riccardo Patrese, conquista sua primeira vitória nas 6 horas de Watkins Glen de 1981. Em seu último ano com carros de "Endurance", na temporada de 1982, vence às 6 horas de Silverstone (com Patrese), os 1000 km de Nürburgring (com Teo Fabi e novamente Patrese) e os 1000 km de Mugello (em dupla com Piercarlo Ghinzani).

Testes com a Tyrrell e vitória com a Minardi na F-2

Com o apoio da Ceramica Imola, Alboreto é convidado para um teste com a equipe Tyrrell, em 1981. Completou algumas voltas e logo foi contratado para substituir Ricardo Zunino no Grande Prêmio de San Marino. Foram dez corridas e um nono lugar no Grande Prêmio da Holanda, em Zandvoort, como melhor resultado. Naquele mesmo ano, conquista a única vitória da história da Minardi em uma prova da Fórmula 2.

A passagem pela Tyrrell

O estilo do italiano agradou Ken Tyrrell e Alboreto permanece no time em 1982. A primeira vitória foi conquistada nesta conturbada temporada, marcada pelos acidentes fatais de Gilles Villeneuve e Riccardo Paletti. Revelação daquele mundial, Michele, com 25 anos na ocasião, venceu o difícil Grande Prêmio de Las Vegas. A corrida foi muito disputada entre ele e o norte-irlandês John Watson da McLaren, que brigava pelo título na oportunidade com o finlandês Keke Rosberg da Williams. As cores azul e amarela de seu capacete, homenagem ao seu grande herói Ronnie Peterson, passaram a ser conhecidas por todos na F-1.

Perseguição

Alboreto passou a ser sondado pelas grandes equipes da Fórmula 1, mas não podia se desvencilhar do contrato com a Tyrrell. Enzo Ferrari, que procurava um substituto para Gilles Villeneuve, convidou o piloto, mas Ken Tyrrell exigiu um motor turbo da Ferrari em troca da liberação do piloto. "Os italianos me criticam por não assinar com Alboreto para o próximo ano, mas o que muitos não sabem é que o convidei no meio desta temporada. Alboreto não optou por reincidir seu contrato com a Tyrrell. Em resposta, mandou-me uma carta muito educada, que mostrou seu grande caráter. Quando Alboreto estiver livre de qualquer tipo de contrato, haverá uma Ferrari à sua disposição", declarou, à época, o velho comendador.

A segunda vitória na Fórmula 1 aconteceu em Detroit, na temporada seguinte (1983). O brasileiro da Brabham, Nelson Piquet, liderava a corrida e conseguia abrir facilmente do Tyrrell de Alboreto. A nove voltas do fim, Piquet teve um pneu furado e foi obrigado a fazer um pit-stop. O italiano assumiu a ponta e administrou sua vantagem para o finlandês Keke Rosberg, da Williams, estabelecendo a última vitória do clássico motor Cosworth DFV de oito cilindros na F-1. Foi uma corrida em que, do 1º ao 6º, apenas o 4º colocado era Turbo. Acabou sendo também a última vitória da equipe do "Tio Ken" na categoria.

Alboreto na Ferrari

Enzo Ferrari contrata Alboreto para a temporada de 1984. Pilotar para o time de Maranello era seu grande sonho e a primeira vitória com a Ferrari acontece no Grande Prêmio da Bélgica, em Zolder. Michele Alboreto termina a temporada na quarta colocação, passando a ser muito popular na Itália.

Entretanto, seu último grande ano na Ferrari aconteceu na temporada de 1985, quando se tornou vice-campeão da Fórmula 1. Alboreto realizava grande campanha e havia vencido no Canadá e na Alemanha. Os "tifosi" lotaram as arquibancadas de Monza para acompanhar o Grande Prêmio da Itália. Todos tinham esperança na vitória da máquina e do piloto da casa, que não acontecia desde a vitória de Ludovico Scarfiotti em 1966. O sonho durou 45 voltas e Alboreto abandonou a corrida com problemas no motor. No Grande Prêmio da Bélgica em Spa-Francorchamps, abandonou na 3ª volta com problemas na embreagem. Era hora de reagir, já que não pontuou em duas provas e a diferença para o líder Alain Prost ia para 16 pontos. No Grande Prêmio da Europa, em Brands Hatch, na Inglaterra, o piloto italiano largou na 15ª posição. Completa a primeira volta em 9º lugar. Chegou a estar em 6º por duas voltas. Percebendo que não conseguia acompanhar o ritmo dos líderes e de Prost, Alboreto vai para os boxes colocar novo jogo de pneus; com a troca, o piloto retorna ao circuito nas últimas posições; a sua tentativa de alcançar os líderes não durou nem duas voltas, porque o Turbo do motor Ferrari do seu carro não aguentou, chegando a sair fogo na parte traseira do aerofólio. A torcida que estava no autódromo e em seus lares não acredita no que estava vendo. O piloto consegue levar o seu carro em chamas até os boxes. Os bombeiros com seus extintores consegue apagá-lo. O francês Alain Prost, sem nenhum problema, consegue terminar a corrida em 4º lugar conquistando o campeonato. A chance de ser o segundo piloto italiano campeão pela Ferrari acabou; a última aconteceu em 1953 com Alberto Ascari, além de ser o terceiro piloto como o de Giuseppe Farina em 1950 e os dois do próprio Ascari em 1952-53 e o quarto título pela Itália. Nas últimas duas provas do campeonato, Alboreto não terminou.

Sondagem pela Williams, volta à Tyrrell e "micos" na Larrousse

Disputou mais três temporadas pelo time de Maranello e nunca mais venceu na Fórmula 1. Foi sondado pela Williams, mas as negociações não progrediram e o piloto italiano voltou para a Tyrrell em 1989. Apesar dos problemas, conseguiu o quinto lugar em Mônaco e a terceira colocação no México. Fazia grande apresentação nos Estados Unidos e foi obrigado a abandonar a corrida com problemas na transmissão. Alboreto saiu no meio da temporada com problemas envolvendo a equipe e seu patrocinador. "Antes do Grande Prêmio da França, Ken Tyrrell aceitou o patrocínio da Camel. Não gosto de quebrar contratos e pedi para a Tyrrell conversar com a Marlboro. Mas Ken disse que o problema era meu." - revelou Alboreto, que aceita o convite da Larrousse-Lamborghini para disputar a pré-classificação no final do ano.

1990-1994: o desgaste na Footwork, fracassos na Scuderia Italia e volta à Minardi

Em um esporte marcado pelas repentinas mudanças de rumo, o piloto esperava reviver a melhor fase de sua carreira, em 1990, na Footwork Arrows. A equipe desenvolve uma parceria com a Porsche para a temporada seguinte, mas o conjunto era desastroso. Depois de três temporadas de poucos resultados, o piloto acerta com a Scuderia Italia. O time italiano usava motores Ferrari e chassis Lola, mas depois de 1993, uniu forças com a Minardi. Assim, Alboreto disputou sua última temporada na Fórmula 1 pela equipe de Faenza e marcou o último ponto no Grande Prêmio de Mônaco de 1994, saindo aos 37 anos de idade.

DTM e Le Mans

No ano seguinte (1995), Michele disputou a DTM com um Alfa Romeo 155 V6, porém não obteve sucesso na categoria alemã. Naquele mesmo ano, correu na IRL e retomou sua carreira nas provas de Endurance. Depois de poucos resultados positivos, Alboreto vence a tradicional 24 horas de Le Mans de 1997 e revive seus dias de glória no automobilismo. O piloto italiano dividiu o TWR-Porsche da equipe Joest Racing, com o sueco Stefan Johansson (seu ex-companheiro de equipe na Ferrari), e o dinamarquês Tom Kristensen.

A vitória em Le Mans abre novos caminhos para Alboreto. A partir de 1998, ele disputa a "ALMS" (American Le Mans Series) pela TWR-Porsche. Em 1999, Alboreto se torna peça importante no desenvolvimento da Audi. O último triunfo do piloto acontece nas 12 Horas de Sebring de 2001 com o italiano Rinaldo Capello e o francês Laurent Aïello, com o Audi R8.

Morte trágica

Quando tudo indicava mais uma vitória em Le Mans, o mundo é pego de surpresa com uma triste notícia. Em 25 de abril de 2001, Alboreto morre após sofrer um acidente testando o novo Audi R8, que seria usado na tradicional prova francesa. A batida aconteceu no momento em que o protótipo cruzava a reta do circuito alemão de Lausitzring, na Alemanha, a 300 km/h. O carro levantou vôo e capotou por várias vezes até bater no guard-rail. Segundo a investigação, o acidente aconteceu por um rasgo no pneu, provocado por um objeto cortante. Terminava assim a carreira de um piloto que trabalhou duro para superar tantas adversidades.

Todos os Resultados de Michele Alboreto na Fórmula 1

(legenda) (Corrida em negrito indica pole position, corridas em itálico indica volta mais rápida)

Ano Equipe Chassis Motor Pneus 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Pts Pos
1994 Minardi Scuderia Italia Minardi M193B Ford HB V8 G BRA
Ret
PAC
Ret
SMR
Ret
MON
ESP
Ret
1 25º
Minardi M194 CAN
11º
FRA
Ret
ING
Ret
ALE
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HUN
BEL
ITA
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POR
13º
EUR
14º
JAP
Ret
AUS
Ret
1993 Lola BMS Scuderia Italia Lola T93/30 Ferrari V12 G AFS
Ret
BRA
11º
EUR
11º
SMR
NQ
ESP
NQ
MON
Ret
CAN
NQ
FRA
NQ
ING
NQ
ALE
16º
HUN
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14º
ITA
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POR
Ret
0 NC
1992 Footwork Mugen Honda Footwork FA13 Mugen Honda V10 G AFS
10º
MEX
13º
BRA
ESP
SMR
MON
CAN
FRA
ING
ALE
HUN
BEL
Ret
ITA
POR
JAP
15º
AUS
Ret
6 10º
1991 Footwork Grand Prix International Footwork A11C Porsche V12 G EUA
Ret
BRA
NQ
SMR
NQ
0 NC
Footwork FA12 MON
Ret
CAN
Ret
MEX
Ret
Footwork FA12C Ford Cosworth V8 FRA
Ret
ING
Ret
ALE
NQ
HUN
NQ
BEL
NPQ
ITA
NQ
POR
15º
ESP
Ret
JAP
NQ
AUS
13º
1990 Footwork Arrows Racing Arrows A11B Ford Cosworth V8 G EUA
10º
BRA
Ret
SMR
NQ
MON
NQ
CAN
Ret
MEX
17º
FRA
10º
ING
Ret
ALE
Ret
HUN
12º
BEL
13º
ITA
12º
POR
ESP
10º
JAP
Ret
AUS
NQ
0 NC
1989 Tyrrell Racing Organisation Tyrrell 017B Ford Cosworth V8 G BRA
10º
6 13º
Tyrrell 018 SMR
NQ
MON
MEX
EUA
Ret
CAN
Ret
Equipe Larrousse Lola LC89 Lamborghini V12 ALE
Ret
HUN
Ret
BEL
Ret
ITA
Ret
POR
11º
ESP
NPQ
JAP
NQ
AUS
NPQ
1988 Scuderia Ferrari SpA SEFAC Ferrari F187/88C Ferrari V6 Turbo G BRA
SMR
18º
MON
MEX
CAN
Ret
EUA
Ret
FRA
ING
17º
ALE
HUN
Ret
BEL
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ITA
POR
ESP
Ret
JAP
11º
AUS
Ret
24
1987 Scuderia Ferrari SpA SEFAC Ferrari F1/87 Ferrari V6 Turbo G BRA
SMR
BEL
Ret
MON
EUA
Ret
FRA
Ret
ING
Ret
ALE
Ret
HUN
Ret
AUT
Ret
ITA
Ret
POR
Ret
ESP
15º
MEX
Ret
JAP
AUS
17
1986 Scuderia Ferrari SpA SEFAC Ferrari F1/86 Ferrari V6 Turbo G BRA
Ret
ESP
Ret
SMR
10º
MON
Ret
BEL
CAN
EUA
FRA
ING
Ret
ALE
Ret
HUN
Ret
AUT
ITA
Ret
POR
MEX
Ret
AUS
Ret
14
1985 Scuderia Ferrari SpA SEFAC Ferrari 156/85 Ferrari V6 Turbo G BRA
POR
SMR
Ret
MON
CAN
EUA
FRA
Ret
ING
ALE
AUT
HOL
ITA
13º
BEL
Ret
EUR
Ret
AFS
Ret
AUS
Ret
53
1984 Scuderia Ferrari SpA SEFAC Ferrari 126 C4 Ferrari V6 Turbo G BRA
Ret
AFS
11º
BEL
SMR
Ret
FRA
Ret
MON
*
CAN
Ret
USE
Ret
EUA
Ret
ENG
ALE
Ret
AUT
HOL
Ret
ITA
EUR
POR
30.5
1983 Benetton Tyrrell Team Tyrrell 011 Ford Cosworth V8 G BRA
Ret
USW
FRA
SMR
Ret
MON
Ret
BEL
14º
USE
CAN
ING
13º
ALE
Ret
AUT
Ret
10 12º
Tyrrell 012 HOL
ITA
Ret
EUR
Ret
AFS
Ret
1982 Tyrrell Racing Tyrrell 011 Ford Cosworth V8 G AFS
BRA
USW
SMR
BEL
Ret
MON
10º
USE
Ret
CAN
Ret
HOL
ING
NC
FRA
ALE
AUT
Ret
SUI
ITA
LVG
25
1981 Tyrrell Racing Tyrrell 010 Ford Cosworth V8 M SMR
Ret
BEL
12º
MON
Ret
ESP
NQ
FRA
16º
ING
Ret
0 NC
A ALE
NQ
AUT
Ret
Tyrrell 011 HOL
ITA
Ret
CAN
11º
LVG
13º


* No GP de Mônaco, a prova estava prevista para ter 77 voltas, mas o diretor de prova encerrou com 31 voltas em função da forte chuva que caía no asfalto e que podia colocar em risco a segurança dos pilotos no circuito. Como ela foi terminada antes de dois terços, foi considerado metade dos pontos do 1º ao 6º colocado. Alboreto marcou 0,5 ponto com o 6º lugar.



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