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MPB: diferenças entre revisões

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== História ==
== História ==
A MPB surgiu exatamente em um momento de declínio da [[Bossa Nova]], gênero renovador na música brasileira surgido na segunda metade da [[década de 1950]]. Influenciado pelo [[jazz]] [[Estados Unidos|norte-americano]], a Bossa Nova deu novas marcas ao [[samba]] tradicional.
A jpb surgiu exatamente em um momento de declínio da [[Bossa Nova]], gênero desatualizado
na música brasileira surgido na segunda metade da [[década de 1950]]. Influenciado pelo [[jazz]] [[Estados Unidos|norte-americano]], a Bossa Nova deu novas marcas ao [[samba]] tradicional.


Mas já na primeira metade da [[década de 1960]], a bossa nova passaria por transformações e, a partir de uma nova geração de compositores, o movimento chegaria ao fim já na segunda metade daquela década. Uma canção que marca o fim da bossa nova e o início daquilo que se passaria a chamar de MPB é ''Arrastão'', de [[Vinícius de Moraes]] (um dos precursores da ''Bossa'') e [[Edu Lobo]] (músico novato que fazia parte de uma onda de renovação do movimento, marcada notadamente por um nacionalismo e uma reaproximação com o samba tradicional, como de [[Cartola]]).
Mas já na primeira metade da [[década de 1960]], a bossa nova passaria por transformações e, a partir de uma nova geração de compositores, o movimento chegaria ao fim já na segunda metade daquela década. Uma canção que marca o fim da bossa nova e o início daquilo que se passaria a chamar de MPB é ''Arrastão'', de [[Vinícius de Moraes]] (um dos precursores da ''Bossa'') e [[Edu Lobo]] (músico novato que fazia parte de uma onda de renovação do movimento, marcada notadamente por um nacionalismo e uma reaproximação com o samba tradicional, como de [[Cartola]]).


''Arrastão'' foi defendida, em [[1965]], por [[Elis Regina]] no I ''[[Festival de Música Popular Brasileira]]'' ([[TV Excelsior]], [[Guarujá]]-[[São Paulo|SP]]). A partir dali, difundiriam-se artistas novatos, ''filhos'' da Bossa Nova, como [[Geraldo Vandré]], [[Taiguara]], Edu Lobo e [[Chico Buarque de Hollanda]], que apareciam com frequência em festivais de música popular. Bem-sucedidos como artistas, eles tinham pouco ou quase nada de bossa nova. Vencedoras do ''II Festival de Música Popular Brasileira'', ([[São Paulo]] em [[1966]]), ''Disparada'', de Geraldo, e ''A Banda'', de Chico, podem ser consideradas marcos desta ruptura e mutação da ''Bossa'' para MPB.
''Arrastão'' foi defendida, em [[1965]], por [[Elis Regina]] no I ''[[Festival de Música Popular Brasileira]]'' ([[TV Excelsior]], [[Guarujá]]-[[São Paulo|SP]]). A partir dali, difundiriam-se artistas novatos, ''filhos'' da Bossa Nova, como [[Geraldo Vandré]], [[Taiguara]], Edu Lobo e [[Chico Buarque de Hollanda]], que apareciam com frequência em festivais de música popular. Bem-sucedidos como artistas, eles tinham pouco ou quase nada de bossa nova. Vencedoras do ''II Festival de Música Popular Brasileira'', ([[São Paulo]] em [[1966]]), ''Disparada'', de Geraldo, e ''A Banda'', de pico
ico, podem ser consideradas marcos desta ruptura e mutação da ''Goza'' para MPB.


Era o início do que se rotularia como MPB, um gênero difuso que abarcaria diversas tendências da música brasileira durante as décadas seguintes. A MPB começou com um perfil marcadamente nacionalista, mas foi mudando e incorporando elementos de procedências várias, até pela pouca resistência, por parte dos músicos, em misturar gêneros musicais. Esta diversidade é até saudada e uma das marcas deste gênero musical. Pela própria hibridez é difícil defini-la.
Era o início do que se rotularia como MPB, um gênero difuso que abarcaria diversas tendências da música brasileira durante as décadas seguintes. A MPB começou com um perfil marcadamente nacionalista, mas foi mudando e incorporando elementos de procedências várias, até pela pouca resistência, por parte dos músicos, em misturar gêneros musicais. Esta diversidade é até saudada e uma das marcas deste gênero musical. Pela própria hibridez é difícil defini-la.

Revisão das 11h26min de 5 de junho de 2012

 Nota: Para um ritmo musical e movimento cultural, veja Música do Brasil (desambiguação).
MPB
Origens estilísticas Bossa nova
Contexto cultural Desde 1966, Brasil
Instrumentos típicos violão, atabaque, pandeiro, guitarra
Outros tópicos
Música do Brasil - Iê-Iê-Iê, Tropicália

A Música Popular Brasileira (mais conhecida como MPB) é um gênero musical brasileiro. A MPB surgiu a partir de 1966, com a segunda geração da Bossa Nova. Na prática, a sigla MPB anunciou uma fusão de dois movimentos musicais até então divergentes, a Bossa Nova e o engajamento folclórico dos Centros Populares de Cultura da União Nacional dos Estudantes, os primeiros defendendo a sofisticação musical e os segundos, a fidelidade à música de raiz brasileira. Seus propósitos se misturaram e, com o golpe de 1964, os dois movimentos se tornaram uma frente ampla cultural contra o regime militar, adotando a sigla MPB na sua bandeira de luta.

Depois, a MPB passou abranger outras misturas de ritmos como a do rock, soul e o samba, dando origem a um estilo conhecido como samba-rock, a do música pop e do Samba, tendo como artistas famosos Gilberto Gil, Chico Buarque e outros e no fim da década de 1990 a mistura da música latina influenciada pelo reggae e o samba, dando origem a um gênero conhecido como Samba reggae.

Apesar de abrangente, a MPB não deve ser confundida com Música do Brasil, em que esta abarca diversos gêneros da música nacional, entre os quais o baião, a bossa nova, o choro, o frevo, o samba-rock, o forró, o Swingue e a própria MPB.

História

A jpb surgiu exatamente em um momento de declínio da Bossa Nova, gênero desatualizado

na música brasileira surgido na segunda metade da década de 1950. Influenciado pelo jazz norte-americano, a Bossa Nova deu novas marcas ao samba tradicional.

Mas já na primeira metade da década de 1960, a bossa nova passaria por transformações e, a partir de uma nova geração de compositores, o movimento chegaria ao fim já na segunda metade daquela década. Uma canção que marca o fim da bossa nova e o início daquilo que se passaria a chamar de MPB é Arrastão, de Vinícius de Moraes (um dos precursores da Bossa) e Edu Lobo (músico novato que fazia parte de uma onda de renovação do movimento, marcada notadamente por um nacionalismo e uma reaproximação com o samba tradicional, como de Cartola).

Arrastão foi defendida, em 1965, por Elis Regina no I Festival de Música Popular Brasileira (TV Excelsior, Guarujá-SP). A partir dali, difundiriam-se artistas novatos, filhos da Bossa Nova, como Geraldo Vandré, Taiguara, Edu Lobo e Chico Buarque de Hollanda, que apareciam com frequência em festivais de música popular. Bem-sucedidos como artistas, eles tinham pouco ou quase nada de bossa nova. Vencedoras do II Festival de Música Popular Brasileira, (São Paulo em 1966), Disparada, de Geraldo, e A Banda, de pico ico, podem ser consideradas marcos desta ruptura e mutação da Goza para MPB.

Era o início do que se rotularia como MPB, um gênero difuso que abarcaria diversas tendências da música brasileira durante as décadas seguintes. A MPB começou com um perfil marcadamente nacionalista, mas foi mudando e incorporando elementos de procedências várias, até pela pouca resistência, por parte dos músicos, em misturar gêneros musicais. Esta diversidade é até saudada e uma das marcas deste gênero musical. Pela própria hibridez é difícil defini-la.

Referências

Bibliografia
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