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Rio Amazonas: diferenças entre revisões

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O Amazonas tem sua origem na nascente do [[rio Apurímac]] (alto da parte ocidental da [[cordilheira dos Andes]]), no sul do [[Peru]], e deságua no [[oceano Atlântico]], no [[Região Norte do Brasil|norte brasileiro]]. Ao longo de seu percurso recebe, ainda no Peru, os nomes de [[Carhuasanta]], [[Lloqueta]], [[Apurímac]], [[rio Ene]], [[rio Tambo]], [[Rio Ucayali|Ucayali]] e [[Amazonas (Peru)|Amazonas]]. Ele entra no território [[brasil]]eiro com o nome de [[rio Solimões]] e finalmente, em [[Manaus]], após a junção com o [[Rio Negro (Amazonas)|rio Negro]], assim que suas águas se misturam ele recebe o nome de Amazonas e como tal segue até a sua [[foz]] no oceano Atlântico. Sua foz é classificada como mista, por apresentar uma foz em [[estuário]] e em [[delta]]. O rio Amazonas é o único com uma foz mista no mundo.
O Amazonas tem sua origem na nascente do [[rio Apurímac]] (alto da parte ocidental da [[cordilheira dos Andes]]), no sul do [[Peru]], e deságua no [[oceano Atlântico]], no [[Região Norte do Brasil|norte brasileiro]]. Ao longo de seu percurso recebe, ainda no Peru, os nomes de [[Carhuasanta]], [[Lloqueta]], [[Apurímac]], [[rio Ene]], [[rio Tambo]], [[Rio Ucayali|Ucayali]] e [[Amazonas (Peru)|Amazonas]]. Ele entra no território [[brasil]]eiro com o nome de [[rio Solimões]] e finalmente, em [[Manaus]], após a junção com o [[Rio Negro (Amazonas)|rio Negro]], assim que suas águas se misturam ele recebe o nome de Amazonas e como tal segue até a sua [[foz]] no oceano Atlântico. Sua foz é classificada como mista, por apresentar uma foz em [[estuário]] e em [[delta]]. O rio Amazonas é o único com uma foz mista no mundo.


A maior parte do rio está inserida na [[Planícies e Terras Baixas Amazônicas|planície sedimentar Amazônica]], embora a nascente em sua totalidade seja acidentada e de grande [[altitude]]. Marginalmente, a vegetação ribeirinha é, em sua maioria, exuberante, predominando as [[floresta equatorial|florestas equatoriais]] da Amazônia.<ref>{{citar livro | autor = Milena Gaion Malosso | autorlink = Milena Malosso | ano = 2007 | título = Micropropagação de Acmella oleracea (L.) R. K. JANSEN e estabelecimento de meio de cultura para a conservação desta espécie em banco de germoplasma in vitro | edição = 1st | editora = UFAM | local = Manaus, AM | id = CDU 577.21 (043.2)}}</ref> A [[área]] coberta por [[água]] no rio Amazonas e seus [[afluente]]s mais do que triplica durante as [[estações do ano]]. Em média, na estação [[seca]], 110&nbsp;000&nbsp;km² estão submersos, enquanto que na estação das [[chuva]]s essa área chega a ser de 350&nbsp;000&nbsp;km². No seu ponto mais largo atinge na época seca 11&nbsp;km de largura, que se transformam em 50&nbsp;km durante as chuvas. Suas águas são barrentas e frias, alcançando a profundidade de 100 m. Por ser um rio de planície, é navegável em toda sua extensão.
A maior parte do rio está inserida na [[Planícies e Terras Baixas Amazônicas|planície sedimentar Amazônica]], embora a nascente em sua totalidade seja acidentada e de grande [[altitude]]. Marginalmente, a vegetação ribeirinha é, em sua maioria, exuberante, predominando as [[floresta equatorial|florestas equatoriais]] da Amazônia.<ref>{{citar livro | autor = Milena Gaion Malosso | ano = 2007 | título = Micropropagação de Acmella oleracea (L.) R. K. JANSEN e estabelecimento de meio de cultura para a conservação desta espécie em banco de germoplasma in vitro | edição = 1st | editora = UFAM | local = Manaus, AM | id = CDU 577.21 (043.2)}}</ref> A [[área]] coberta por [[água]] no rio Amazonas e seus [[afluente]]s mais do que triplica durante as [[estações do ano]]. Em média, na estação [[seca]], 110&nbsp;000&nbsp;km² estão submersos, enquanto que na estação das [[chuva]]s essa área chega a ser de 350&nbsp;000&nbsp;km². No seu ponto mais largo atinge na época seca 11&nbsp;km de largura, que se transformam em 50&nbsp;km durante as chuvas. Suas águas são barrentas e frias, alcançando a profundidade de 100 m. Por ser um rio de planície, é navegável em toda sua extensão.


== Etimologia ==
== Etimologia ==
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== Biodiversidade ==
== Biodiversidade ==
[[Imagem:Boto-cor-de-rosa_(Inia_geoffrensis).jpg|thumb|[[Boto-cor-de-rosa]], um tipo de [[golfinho fluvial]] típico do rio Amazonas]]
Mais de um terço de todas as [[espécie]]s no mundo vivem na [[Floresta Amazônica]],<ref>{{citar web|url=http://web.worldbank.org/WBSITE/EXTERNAL/NEWS/0,,contentMDK:20757099~pagePK:64257043~piPK:437376~theSitePK:4607,00.html |título=Amazon rainforest fact sheet |publicado=Web.worldbank.org |data=15 de dezembro de 2005 |acessodata=13 de fevereiro de 2011}}</ref> uma gigante [[floresta tropical]] e bacia hidrográfica com uma área que se estende mais de {{formatnum:5400000}} km². É a mais rica floresta tropical do mundo em termos de [[biodiversidade]]. Há mais de {{Fmtn|2100}} espécies de peixes atualmente reconhecidos na [[Bacia Amazônica]], com mais sendo descobertas a cada ano.<ref>{{citar livro|editor-sobrenome1 =Albert|editor-nome1 =J. S.|editor-nome2 =R. E.|editor-sobrenome2 =Reis|ano=2011|título=Historical Biogeography of Neotropical Freshwater Fishes|publicado=University of California Press|local=Berkeley}}</ref>
[[Imagem:Trichechus_inunguis.jpg|thumb|O [[peixe-boi-da-amazônia]], espécia nativa da [[bacia amazônica]]]]
[[Imagem:Sucuri_verde.jpg|thumb|A [[sucuri-verde]] é a espécie de cobra mais pesada atualmente e uma das mais antigas conhecidas]]
[[Imagem:Arapaima_(Arapaima_gigas)_4.jpg|thumb|O [[pirarucu]], um dos maiores peixes de água doce do mundo, pode passar dos 4 metros de comprimento<ref name="Pirarucu"/>]]


Mais de um terço de todas as espécies conhecidas no mundo vivem na [[floresta amazônica]].<ref>{{cite web |url=http://web.worldbank.org/WBSITE/EXTERNAL/NEWS/0,,contentMDK:20757099~pagePK:64257043~piPK:437376~theSitePK:4607,00.html |last=World Bank |title=Brazilian Amazon rain forest fact sheet |date=15 de dezembro de 2005 |access-date=16 de julho de 2017 |url-status=live |archive-url=https://web.archive.org/web/20140503151515/http://web.worldbank.org/WBSITE/EXTERNAL/NEWS/0,,contentMDK:20757099~pagePK:64257043~piPK:437376~theSitePK:4607,00.html |archive-date=3 de maio de 2014 |df=dmy-all}}</ref> É a [[floresta tropical]] mais rica do mundo em termos de biodiversidade.<ref>{{cite book |editor1-last=Albert |editor1-first=J. S. |editor2-first=R. E. |editor2-last=Reis |year=2011 |title=Historical Biogeography of Neotropical Freshwater Fishes |publisher=[[University of California]] Press |location=Berkeley}}</ref> Os [[micróbio]]s de água doce geralmente não são muito conhecidos, ainda menos para um ecossistema intocado como a Amazônia. Recentemente, a [[metagenômica]] forneceu respostas sobre que tipo de micróbios habitam o rio.<ref name="amazonMetagenome">{{cite journal |vauthors=Ghai R, Rodriguez-Valera F, McMahon KD |title=Metagenomics of the water column in the pristine upper course of the Amazon river |journal=PLOS ONE |volume=6 |issue=8 |pages=e23785 |year=2011 |doi=10.1371/journal.pone.0023785 |pmid=21915244 |pmc=3158796 |bibcode=2011PLoSO...623785G |display-authors=etal |doi-access=free}}</ref>
Junto com o Orinoco, o Amazonas é um dos principais ''[[habitat]]s'' do [[boto]], também conhecido como [[golfinho]] do rio Amazonas (''Inia geoffrensis''). É a maior espécie de golfinho de rio e pode crescer para comprimentos de até 2,6 metros. A cor de sua pele muda com a idade e pode variar de cinza quando se é jovem, a rosa e branco à medida que amadurece. Os golfinhos usam o [[sonar]] para navegar e caçar em profundidades complicadas do rio.<ref>{{citar web|título=Amazon River Dolphin|url=http://rainforest-alliance.org/kids/species-profiles/river-dolphin|publicado=Rainforest Alliance|acessodata=20/03/2011}}</ref> O boto é o tema de [[Lenda do boto|uma lenda]] muito famosa no [[Brasil]] cerca de um golfinho que se transforma em um homem e seduz donzelas na beira do rio. O [[tucuxi]] (''Sotalia fluviatilis''), também uma espécie de golfinho, é encontrado tanto nos rios da Bacia Amazônica e nas águas costeiras da [[América do Sul]].


=== Mamíferos ===
O [[peixe-boi-da-amazônia]] (''Trichechus inunguis''), também conhecido como "peixe-boi" é encontrado no norte da Bacia Hidrográfica Amazônica e seus afluentes. É um [[mamífero]] e um [[herbívoro]]. Sua população é limitada a ''habitats'' de [[água doce]] e ao contrário de outros peixes-boi, eles não se aventuram em água salgada. Ela é classificada como vulnerável pela [[União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais|IUCN]].
Junto com o [[rio Orinoco]], o rio Amazonas é um dos principais habitats do [[boto-cor-de-rosa]] (''Inia geoffrensis''), a maior espécie de [[golfinho fluvial]] do mundo e que pode atingir comprimentos de até 2,6 metros. A cor da pele desses animais muda com a idade; os jovens são cinzentos, mas tornam-se rosados ​​e depois brancos à medida que amadurecem. Os golfinhos usam a [[ecolocalização]] para navegar e caçar nas profundezas complicadas do rio.<ref>{{cite web |title=Amazon River Dolphin |url=http://rainforest-alliance.org/kids/species-profiles/river-dolphin |publisher=Rainforest Alliance |access-date=20 de março de 2011 |url-status=live |archive-url=https://web.archive.org/web/20110301063907/http://rainforest-alliance.org/kids/species-profiles/river-dolphin |archive-date=1 de março de 2011}}</ref> O ''boto'' é tema de uma [[lenda]] do [[folclore brasileiro]] sobre um [[golfinho]] que se transforma em homem e seduz donzelas à beira do rio.<ref>{{cite journal |last1=Cravalho |first1=Michael A. |title=Shameless Creatures: an Ethnozoology of the Amazon River Dolphin |journal=Ethnology |date=1999 |volume=38 |issue=1 |pages=47–58 |doi=10.2307/3774086 |jstor=3774086}}</ref>


O [[tucuxi]] (''Sotalia fluviatilis''), outra espécie de golfinho, é encontrado tanto nos rios da [[bacia amazônica]] quanto nas águas costeiras da América do Sul. O [[peixe-boi-da-amazônia]] (''Trichechus inunguis'') é encontrado na bacia norte do rio Amazonas e seus afluentes. É um [[mamífero]] [[herbívoro]], cuja população está limitada a [[habitat]]s de [[água doce]] e, ao contrário de outras espécies de [[Peixe-boi|peixes-boi]], ele não se aventura em água salgada. É classificado como vulnerável pela ´´União Internacional para a Conservação da Natureza]].<ref>{{Cite news |url=https://www.livescience.com/27405-manatees.html |title=Manatees: Facts About Sea Cows |work=Live Science |access-date=17 de junho de 2018 |archive-url=https://web.archive.org/web/20180617115739/https://www.livescience.com/27405-manatees.html |archive-date=17 de junho de 2018 |urlmorta=live}}</ref>
[[Imagem:TDA7.jpg|thumb|O [[acará-disco]] é uma das espécies que habita o rio.]]


A Amazônia e seus afluentes também são o principal habitat da [[ariranha]] (''Pteronura brasiliensis''),<ref>{{Cite book |url=https://books.google.com/books?id=z0zfBQAAQBAJ&q=The+Amazon+and+its+tributaries+are+the+main+habitat+of+the+giant+otter+(Pteronura+brasiliensis).&pg=PA36 |title=Forests |last=Balliett |first=James Fargo |year=2014 |publisher=Routledge |isbn=978-1-317-47033-5 |language=en |access-date=15 de outubro de 2020 |archive-date=2 de novembro de 2023 |archive-url=https://web.archive.org/web/20231102052634/https://books.google.com/books?id=z0zfBQAAQBAJ&q=The+Amazon+and+its+tributaries+are+the+main+habitat+of+the+giant+otter+%28Pteronura+brasiliensis%29.&pg=PA36#v=onepage&q=The%20Amazon%20and%20its%20tributaries%20are%20the%20main%20habitat%20of%20the%20giant%20otter%20(Pteronura%20brasiliensis).&f=false |urlmorta=live }}</ref> um dos principais [[carnívoro]]s da [[América do Sul]]. Devido à destruição do habitat e à caça, a sua população diminuiu drasticamente. Está agora listado no Apêndice I da [[Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Silvestres Ameaçadas de Extinção]], que proíbe efetivamente o comércio internacional.<ref>{{Cite web |url=http://www.arkive.org/giant-otter/pteronura-brasiliensis/ |title=Giant otter videos, photos and facts – Pteronura brasiliensis |website=Arkive |language=en-GB |access-date=2 de fevereiro de 2018 |archive-url=https://web.archive.org/web/20180107031811/http://www.arkive.org/giant-otter/pteronura-brasiliensis/ |archive-date=7 de janeiro de 2018 |urlmorta=dead}}</ref>
O Amazonas e seus afluentes são o habitat principal da [[ariranha]] (''Pteronura brasiliensis'').<ref>Garcia, DM.I; Marmontel, M.I,; Rosas, FW.III; e Santos, FR. 2007 [http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s1519-69842007000500004&script=sci_arttext ''Conservation genetics of the giant otter (Pteronura brasiliensis (Zimmerman, 1780)) (Carnivora, Mustelidae)'']. {{en}} Departamento de Biologia Geral. ''[[Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais]]''. [[Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Brasil)|Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia]]. Vol.:67. N°: 4.</ref> A ariranha é um membro da família das [[Mustela|doninhas]] e é a maior de seu tipo. Por causa da destruição do habitat e da caça a sua população tem diminuído dramaticamente.


=== Répteis ===
Também presentes em grande número está a [[piranha]], um peixe carnívoro que pode atacar animais e até [[seres humanos]],<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1329368-5605,00-ATAQUE+DE+PIRANHAS+DEIXA+FERIDOS+EM+PRAINHA+NO+RIO+TIETE.html |autor=[[G1]] |título=Ataque de piranhas deixa 15 feridos em 'prainha' no Rio Tietê |data=5 de outubro de 2009 |língua=em português |obra=[[Globo.com]] |acessodata=16 de fevereiro de 2013}}</ref> e o [[acará-disco]] (''Symphysodon discus''), uma [[Peixe ornamental|espécie ornamental]].<ref name="sciencedirect.com">{{citar web|url=http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1055790308002716 |autor=Izeni Pires Fariasa e Tomas Hrbek |titulo=Patterns of diversification in the discus fishes (Symphysodon spp. Cichlidae) of the Amazon basin |língua=inglês |publicado=[[Elsevier|Elsevier B.V.]] |data=2008 |obra=[[Reed Elsevier]] |acessodata=5 de fevereiro de 2013}}</ref> Há aproximadamente 30-60 espécies de piranha. No entanto, apenas algumas de suas espécies são conhecidas por atacar seres humanos, principalmente a ''Pygocentrus nattereri'', a [[Piranha-vermelha]].
A [[sucuri-verde]] é encontrada em águas rasas da bacia amazônica. Uma das maiores espécies de cobra do mundo, a sucuri passa a maior parte do tempo na água, apenas com as narinas acima da superfície. Espécies de jacarés, parentes de jacarés e outros crocodilianos, também habitam a Amazônia como variedades de tartarugas.<ref name=AnimalDiversity>[http://animaldiversity.org/accounts/Paleosuchus_palpebrosus/ Cuvier's smooth-fronted caiman (''Paleosuchus palpebrosus'')] {{webarchive |url=https://web.archive.org/web/20171023064202/http://animaldiversity.org/accounts/Paleosuchus_palpebrosus/ |date=23 de outubro de 2017 }}</ref>


=== Peixes ===
O [[Tubarão-cabeça-chata|tubarão-touro]] (''Carcharhinus leucas'') tem sido relatada em 4 mil km até o rio Amazonas em Iquitos, no [[Peru]]. O [[pirarucu]](''Arapaima gigas'') é um peixe de água doce da [[América do Sul]] tropical. É um dos maiores peixes de água doce do mundo, supostamente com um comprimento máximo de mais de 4,5 metros e peso de até 200&nbsp;kg.<ref>[http://news.nationalgeographic.com/news/2007/07/070724-giant-fish.html Megafishes Project to Size Up Real "Loch Ness Monsters"]. ''National Geographic''.</ref> Outro peixe de água doce da Amazônia é o [[aruanã]], como o [[aruanã-prateado]] (''Osteoglossum bicirrhosum''), que também é um predador e muito semelhante ao pirarucu, mas só alcança um comprimento máximo de 120 centímetros. O [[candiru]] é um número de gêneros de [[peixe-gato]] [[parasita]]s de água doce da família ''[[Trichomycteridae]]'', todos são nativos do rio Amazonas.<ref>Encyclopædia Britannica.</ref> A [[Poraquê|enguia elétrica]] (''Electrophorus electricus'') também é encontrada no rio.
A [[ictiofauna]] amazônica é o centro de diversidade dos [[Peixe neotropical|peixes neotropicais]], alguns dos quais são espécimes populares em aquários, como o [[Néon (peixe)|néon]] e o [[acará]]. Mais de 5,6 mil espécies eram conhecidas em 2011, e aproximadamente cinquenta novas espécies são descobertas a cada ano.<ref name="AlbertReis2011">{{cite book |author1=James S. Albert |author2=Roberto E. Reis |title=Historical Biogeography of Neotropical Freshwater Fishes |url=https://books.google.com/books?id=_Suu7a-ERdMC&pg=PA308 |access-date=28 de junho de 2011 |year=2011 |publisher=University of California Press |page=308 |isbn=978-0-520-26868-5 |url-status=live |archive-url=https://web.archive.org/web/20111219174433/http://books.google.com/books?id=_Suu7a-ERdMC&pg=PA308#v=onepage&q=paraspecies&f=false |archive-date=19 de dezembro de 2011}}</ref><ref>{{cite book |url=https://books.google.com/books?id=Ji1cApN3NogC&pg=PA27 |last=Wohl |first=Ellen |title=A World of Rivers: Environmental Change on Ten of the World's Great Rivers |location=Chicago |date=2011 |page=27 |isbn=978-0-226-90478-8 |access-date=23 de maio de 2020 |archive-date=2 de novembro de 2023 |archive-url=https://web.archive.org/web/20231102053143/https://books.google.com/books?id=Ji1cApN3NogC&pg=PA27#v=onepage&q&f=false |urlmorta=live }}</ref> O [[pirarucu]] é um [[peixe tropical]] de água doce da América do Sul, um dos maiores peixes de água doce do mundo, com comprimento de até 4,6 m.<ref name="Pirarucu">[http://news.nationalgeographic.com/news/2007/07/070724-giant-fish.html Megafishes Project to Size Up Real "Loch Ness Monsters"] {{webarchive |url=https://web.archive.org/web/20090903123613/http://news.nationalgeographic.com/news/2007/07/070724-giant-fish.html |date=3 de setembro de 2009 }}. ''National Geographic''.</ref> Outro peixe de água doce da Amazônia é o [[aruanã]], um predador e muito parecido com o pirarucu, mas que atinge apenas 120 cm de comprimento. Também está presente em grande número a notória [[piranha]], um peixe onívoro que se reúne em grandes [[cardume]]s e pode atacar até o gado. Existem aproximadamente 30 a 60 espécies de piranhas. O [[candirú]], nativo do rio Amazonas, é uma espécie de [[bagre]] parasita de água doce da família ''[[Trichomycteridae]]'',<ref>{{cite encyclopedia |url=https://www.britannica.com/EBchecked/topic/92428/candiru |title=Candiru (fish) |encyclopedia=[[Encyclopædia Britannica]] |access-date=18 de julho de 2014 |urlmorta=live |archive-url=https://web.archive.org/web/20140718090841/https://www.britannica.com/EBchecked/topic/92428/candiru |archive-date=18 de julho de 2014}}</ref> apenas uma das mais de 1,2 mil espécies de bagres da bacia amazônica. Outros bagres 'caminham' por terra em suas extremidades ventrais,<ref>{{cite book |url=https://books.google.com/books?id=Ji1cApN3NogC&pg=PA27 |last=Wohl |first=Ellen |title=A World of Rivers: Environmental Change on Ten of the World's Great Rivers |location=Chicago |date=2011 |pages=27–29 |isbn=978-0-226-90478-8 |access-date=23 de maio de 2020 |archive-date=2 de novembro de 2023 |archive-url=https://web.archive.org/web/20231102053143/https://books.google.com/books?id=Ji1cApN3NogC&pg=PA27#v=onepage&q&f=false |urlmorta=live }}</ref> enquanto a [[Brachyplatystoma filamentosum|piraíba]] (''Brachyplatystoma filamentosum'') pode atingir 3,6 metros de comprimento e 200 quilos de peso.<ref>{{cite book |url=https://books.google.com/books?id=eGGqGYEQXDkC&pg=PA31 |title=Fish Conservation: A Guide to Understanding and Restoring Global Aquatic Biodiversity and Fishery Resources |first=Gene S. |last=Helfman |page=31 |publisher=Island Press |year=2007 |access-date=28 de março de 2016 |isbn=9781597267601 |urlmorta=live |archive-url=https://web.archive.org/web/20170208041731/https://books.google.com/books?id=eGGqGYEQXDkC&pg=PA31 |archive-date=8 de fevereiro de 2017}}</ref>


A [[enguia elétrica]] (''Electrophorus electricus'') e mais de 100 espécies de [[Peixe-elétrico|peixes-elétricos]] (''Gymnotiformes'') habitam a bacia amazônica. As [[Potamotrigonídeos|arraias fluviais]] (''Potamotrygonidae'') também estão presentes na região. O [[tubarão-cabeça-chata]] (''Carcharhinus leucas'') foi relatado 4 mil quilômetros acima do rio Amazonas, em [[Iquitos]], no [[Peru]].<ref>{{Cite web |url=http://www.loyno.edu/lucec/natural-history-writings/bull-sharks-carcharhinus-leucus-coastal-estuaries |title=Bull Sharks, Carcharhinus leucus, In Coastal Estuaries {{!}} Center for Environmental Communication {{!}} Loyola University New Orleans |website=www.loyno.edu |access-date=2019-09-12 |archive-url=https://web.archive.org/web/20190804011530/http://www.loyno.edu/lucec/natural-history-writings/bull-sharks-carcharhinus-leucus-coastal-estuaries |archive-date=4 de agosto de 2019 |urlmorta=live}}</ref>
A [[cobra]] [[sucuri]] é encontrada em águas rasas na [[bacia Amazônica]]. Uma das maiores espécies do mundo da serpente, a sucuri passa a maior parte de seu tempo na água, apenas com suas narinas acima da superfície. Além dos milhares de espécies de peixes, o rio abriga [[caranguejo]]s, [[alga]]s e [[tartaruga]]s.


== História ==
== História ==
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== Rio subterrâneo ==
== Rio subterrâneo ==
Em 2011 pesquisadores do [[Observatório Nacional]] anunciaram evidências da existência de um rio subterrâneo que corre abaixo do rio Amazonas, numa profundidade de 4 mil metros. O rio subterrâneo, que teria seis mil quilômetros de comprimento, foi batizado de [[Rio Hamza|Hamza]], em homenagem a um dos pesquisadores, [[Valiya Hamza]], [[Índia|indiano]] que vive no Brasil desde 1974.<ref>{{citar web |url=http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,cientistas-anunciam-rio-subterraneo-de-6-mil-km-embaixo-do-rio-amazonas,763463,0.htm|título=Cientistas anunciam rio subterrâneo de 6 mil km embaixo do Rio Amazonas|acessodata=8 de julho de 2012 |autor= |coautores= |data=25 de agosto de 2011 |formato= |obra=[[Estadão.com.br]]|páginas= |arquivourl= |arquivodata= |citação= }}</ref>
Em 2011 pesquisadores do [[Observatório Nacional]] anunciaram evidências da existência de um rio subterrâneo que corre abaixo do rio Amazonas, numa profundidade de 4 mil metros. O rio subterrâneo, que teria seis mil quilômetros de comprimento, foi batizado de [[Rio Hamza|Hamza]], em homenagem a um dos pesquisadores, [[Valiya Hamza]], [[Índia|indiano]] que vive no Brasil desde 1974.<ref>{{citar web |url=http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,cientistas-anunciam-rio-subterraneo-de-6-mil-km-embaixo-do-rio-amazonas,763463,0.htm|título=Cientistas anunciam rio subterrâneo de 6 mil km embaixo do Rio Amazonas|acessodata=8 de julho de 2012 |autor= |coautores= |data=25 de agosto de 2011 |formato= |obra=[[Estadão.com.br]]|páginas= |arquivourl= |arquivodata= |citação= }}</ref>

{{Notas e referências}}


== Ver também ==
== Ver também ==
{{Commons}}
* [[Bacia do rio Amazonas]]
* [[Bacia do rio Amazonas]]
* [[Amazônia]]
* [[Amazônia]]
* [[Expedição Humboldt]]
* [[Expedição Humboldt]]

{{Notas e referências}}

=== Bibliografia ===
{{refbegin}}
** {{EB1911 |last=Church |first=George Earl |author-link=George Earl Church |wstitle=Amazon |volume=1 |pages=783–90}}
* Garfield, Seth. ''In search of the Amazon: Brazil, the United States and the nature of a region'' (Duke University Press, 2013) [https://library.oapen.org/bitstream/handle/20.500.12657/30139/1/649961.pdf online]
* Hecht, Susanna, et al. "The Amazon in motion: Changing politics, development strategies, peoples, landscapes, and livelihoods." ''Amazon Assessment Report 2021, Part II'' (2021): ch 14 pp 1-65. [https://www.research-collection.ethz.ch/bitstream/handle/20.500.11850/526184/3/Chapter14-Amazon-Assessment-Report-2021-Part-II-reduced.pdf online, with long bibliography]
* Nugent, Stephen L. ''The rise and fall of the Amazon rubber industry: an historical anthropology'' (Routledge, 2017) [https://books.google.com/books?id=ZiBBDwAAQBAJ&dq=Amazon&pg=PT6 online].
* Schulze, Frederik, and Georg Fischer. "Brazilian history as global history." ''Bulletin of Latin American Research'' 38.4 (2019): 408–422. [https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/blar.12781 online]
* {{cite book |last=Wohl |first=Ellen |year=2011 |title=The Amazon: Rivers of Blushing Dolphins |work=A World of Rivers |publisher=The [[University of Chicago]] Press}}
{{refend}}

== Ligações externas ==
*{{commonscat-inline|Amazon river}}


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Revisão das 02h28min de 12 de março de 2024

Rio Amazonas
Rio Amazonas
Imagem de satélite do Delta do Amazonas entre os estados brasileiros do Pará e do Amapá
Mapa mostrando a bacia de drenagem da Amazônia com o rio Amazonas em destaque.
Mapa mostrando a bacia de drenagem da Amazônia com o rio Amazonas em destaque.
Mapa mostrando a bacia de drenagem da Amazônia com o rio Amazonas em destaque.
Comprimento 6 400 km[nota 1] km
Posição: 2
Nascente Nevado Mismi, Peru
Altitude da nascente 5 270 m
Caudal médio 209 000 m³/s
Foz Oceano Atlântico
Área da bacia 7 050 000 km²
Delta Delta do Amazonas
Afluentes
principais
Napo, Javari, Jandaiatuba, Iça, Jutaí, Juruá, Japurá, Tefé, Coari, Piorini, Purus, Negro, Madeira, Manacapuru, Uatumã, Nhamundá, Trombetas, Tapajós, Curuá, Maicuru, Uruará, Paru, Xingu e Jari.
País(es)  Peru
 Colômbia
 Brasil
País da
bacia hidrográfica
 Peru
 Colômbia
 Brasil
 Venezuela
 Bolívia
Equador
Guiana

O rio Amazonas, localizado na América do Sul, é o maior rio em vazão de água da Terra e o segundo mais extenso do mundo, após o Rio Nilo. Com 6 992,06 quilômetros, percorre o norte da América do Sul, a floresta amazônica e deságua no Oceano Atlântico.[4] Possui mais de mil afluentes,[5] sendo que alguns deles, como o Madeira, o Negro e o Japurá, estão entre os 10 maiores rios do planeta.[6]

É, de longe, o rio com maior fluxo de água por vazão, com uma média superior que a dos próximos sete maiores rios combinados (excluindo Madeira e rio Negro, que são afluentes do próprio Amazonas). A Amazônia, que tem a maior bacia hidrográfica do mundo, com mais de 7 milhões de quilômetros quadrados, é responsável por cerca de um quinto do fluxo fluvial total do mundo,[7][8] sendo que a água que flui pelos rios amazônicos equivale a 20% da água doce líquida da Terra.[6]

O Amazonas tem sua origem na nascente do rio Apurímac (alto da parte ocidental da cordilheira dos Andes), no sul do Peru, e deságua no oceano Atlântico, no norte brasileiro. Ao longo de seu percurso recebe, ainda no Peru, os nomes de Carhuasanta, Lloqueta, Apurímac, rio Ene, rio Tambo, Ucayali e Amazonas. Ele entra no território brasileiro com o nome de rio Solimões e finalmente, em Manaus, após a junção com o rio Negro, assim que suas águas se misturam ele recebe o nome de Amazonas e como tal segue até a sua foz no oceano Atlântico. Sua foz é classificada como mista, por apresentar uma foz em estuário e em delta. O rio Amazonas é o único com uma foz mista no mundo.

A maior parte do rio está inserida na planície sedimentar Amazônica, embora a nascente em sua totalidade seja acidentada e de grande altitude. Marginalmente, a vegetação ribeirinha é, em sua maioria, exuberante, predominando as florestas equatoriais da Amazônia.[9] A área coberta por água no rio Amazonas e seus afluentes mais do que triplica durante as estações do ano. Em média, na estação seca, 110 000 km² estão submersos, enquanto que na estação das chuvas essa área chega a ser de 350 000 km². No seu ponto mais largo atinge na época seca 11 km de largura, que se transformam em 50 km durante as chuvas. Suas águas são barrentas e frias, alcançando a profundidade de 100 m. Por ser um rio de planície, é navegável em toda sua extensão.

Etimologia

O rio foi inicialmente conhecido pelos europeus como o Marañón e a parte peruana do rio ainda é conhecida com esse nome até hoje. O nome Amazonas, no entanto, foi dado depois de guerreiros nativos terem atacado uma expedição do século XVI de Francisco de Orellana. Os guerreiros eram liderados por mulheres, lembrando Orellana das guerreiras amazônicas, uma tribo de mulheres guerreiras relacionadas aos citas e sármatas iranianos[10][11] mencionados na mitologia grega.

A palavra Amazon em si pode ser derivada do composto iraniano *ha-maz-an-"(um) lutando juntos"[12] ou etnônimo *ha-mazan- "guerreiros", uma palavra atestada indiretamente através de uma derivação, um verbo denominal em Hesíquio de Alexandria brilho "ἁμαζακάραν · πολεμεῖν Πέρσαι." ("hamazakaran: 'para fazer a guerra' em persa"), onde ele aparece junto com o Indo-iranianas raiz *kar- "make" (a partir do qual sânscrito Carma é também derivado).[13]

Geografia

Ver também : Pororoca e Encontro das Águas
Quebrada Carhuasanta, uma das nascentes do Amazonas, no Peru
O Encontro das Águas na confluência dos rios Negro e Solimões, próximo à cidade de Manaus.

A bacia do rio Amazonas é a maior do mundo, com uma superfície de aproximadamente sete milhões de km². O Amazonas é de longe o rio mais caudaloso do mundo, com um volume de água cerca de 60 vezes o do rio Nilo. O caudal de água doce lançado pelo rio no Atlântico é gigantesca: cerca de 210 000 m³/s, ou um quinto de toda a água fluvial do planeta.[4] Na verdade, o Amazonas é responsável por um quinto do volume total de água doce que deságua em oceanos em todo o mundo. Segundo pesquisadores, a água ainda é doce mesmo a quilômetros de distância da costa, e que a salinidade do oceano é bem mais baixa que o normal 150 km mar adentro.[14]

O rio Amazonas, cujo curso é muito plano (20 m de desnível nos últimos 1 500 km) antes da sua desembocadura, constitui um caso muito especial de marés oceânicas. Na região do rio Amazonas, tais marés são conhecidas como pororoca, constituindo uma atração turística. Os primeiros resultados de uma investigação realizada por instituições brasileiras associadas no marco do programa HiBAm (Hidrologia da bacia amazônica) permitem entender melhor a influência da maré no funcionamento hidrodinâmico do Amazonas ao se aproximar ao oceano e, de maneira mais particular, medir seu impacto nas pulsações do caudal do rio e no transporte de sedimentos em direção ao oceano. Esta região do delta amazônico separa também os arquipálagos de Marajó e Bailique; este último um complexo insular formado por oito ilhas que servem como refúgio de aves migratórias.[15] Na região de Bailique é que acontece de forma mais forte a pororoca.[16] Suas águas são barrentas e frias, alcançando a profundidade de 100 m. Por ser um rio de planície, é navegável em toda sua extensão.[17]

Além do encontro das águas do Amazonas com o mar, que faz a pororoca no delta do Amazonas, outro fenômeno incomum é o encontro das águas de cores diferentes dos rios Negro e Amazonas que não se misturam e há séculos desafia os pesquisadores.[18]

Extensão

Foz do Rio Amazonas no oceano Atlântico.

O Amazonas disputa com o rio Nilo o primeiro lugar entre os rios de maior extensão territorial.[1][19] O rio Nilo é normalmente tido como o maior rio do mundo, com um comprimento de cerca de 6 852 km,[20] e o Amazonas como o segundo maior, com um comprimento de cerca de 6 400 km.[20][21] O debate sobre a verdadeira origem (nascente) dos respectivos rios e, portanto, sob o seu comprimento, intensificou-se nas últimas décadas. Segundo estudos brasileiros e peruanos efectuados em 2007 e 2008,[22] foram acrescentados à nascente do Amazonas os canais de maré da bacia do interior sul da Amazónia, concluindo-se dessa forma que o Amazonas tem um comprimento de 6 992 km sendo portanto maior que o Nilo, cujos estudos até a data apontavam para um comprimento calculado em 6 853 km,[23] quando se suponha que a nascente do Nilo era no rio Akagera.[24]

No entanto, estudos efectuados em 2009 apontam para que a nascente do Nilo seja no rio Rukarara passando este a ter 7 088 km[25] e voltando novamente a ser o maior rio do mundo. Todos estes estudos levam a que o comprimento de ambos os rios permaneça em aberto, continuando por isso o debate e como tal, continuando-se a considerar o Nilo como o rio mais longo.[1]

Em 2008, a Sociedade Geográfica de Lima, Peru, apoiada por entidades da comunidade científica internacional, teria colocado fim à polêmica sobre a origem do rio Amazonas. Com nascente nos Andes do sul do Peru, o Amazonas seria o maior rio do mundo, com quase 7 mil km, sendo maior que o rio Nilo, na África. A verdadeira nascente do Amazonas foi identificada na quebrada Apacheta, na base do Nevado Quehuisha, no departamento de Arequipa, Peru, a 5 150 m de altitude, percorrendo 7 062 km de extensão, pelo Peru e Brasil, até a sua desembocadura no oceano Atlântico.[26] Meses mais tarde, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) do Brasil afirmou que tinha efetuado medições corretas e que afinal o Amazonas seria 140 km mais longo que o Nilo, tendo os rios respectivamente 6 992,06 km e 6 852,15 km.[23] No entanto novos estudos efectuados no Nilo apontam para que este tenha uma extensão maior, mais precisamente 7 088 km.[25] Nenhum destes valores até ao momento foi aceito como correto, pelo que o verdadeiro tamanho de ambos continua em aberto.[1][27]

Área de drenagem

Ver artigo principal: Bacia amazônica
Bacia do rio Amazonas (em inglês).

A bacia Amazônica, a maior bacia de drenagem do mundo, cobre cerca de 40% da América do Sul uma área de aproximadamente 7,050 milhões de quilômetros quadrados. Reúne suas águas entre o Paralelo 5 N e o Paralelo 20 S. Suas fontes mais remotas são encontradas no planalto inter-andinos, a uma curta distância do oceano Pacífico.

O rio Amazonas e seus afluentes são caracterizados por extensas áreas de mata que ficam inundadas a cada estação chuvosa. Todo ano o rio sobe mais de nove metros, inundando as florestas circundantes, conhecida como várzeas. As florestas alagadas da Amazônia são o exemplo mais amplo deste tipo de habitat no mundo.[28] Em uma estação seca média, 110 000 km² de terra são de cobertos de água, enquanto que na estação das chuvas a área inundada da Bacia Amazônica chega a 350 000 km².[29]

A quantidade de água liberada pela Amazônia para o oceano Atlântico é enorme: até 300 mil metros cúbicos por segundo na estação chuvosa, com uma média de 209 mil metros cúbicos por segundo entre 1973-1990.[30] A Amazônia é responsável por cerca de 20% da água doce da Terra, que entra no oceano.[28] O rio empurra uma pluma grande de água doce no oceano. A pluma é de cerca de 400 km de comprimento e entre 100 e 200 km de largura. A água doce, sendo mais leve, substitui o oceano salgado, diluindo a salinidade e alterando a cor da superfície do oceano por uma área de até 1 000 000 de quilômetros quadrados. Vários navios durante séculos relataram água doce perto da Amazônia ainda que bem longe da vista da terra, o que, de outra forma, parecia ser o oceano aberto.[8]

O Atlântico tem suficiente energia das marés para levar a maioria dos sedimentos da Amazônia para o mar, assim, a Amazônia não forma realmente um delta. Os grandes deltas do mundo estão todos em águas relativamente protegidas, enquanto o Amazonas deságua diretamente para o turbulento Atlântico.[31]

O macaréu é a razão da Amazônia não ter um delta saliente; o oceano rapidamente leva embora o vasto volume de sedimentos transportados pelo Amazonas, o que torna impossível para o delta crescer além da linha do litoral.

Há uma união natural de água entre as bacias Amazônica e do Orinoco, o chamado canal do Cassiquiare. O Casiquiare é um distributário superior do rio do Orinoco, que corre para o sul em direção ao rio Negro, que por sua vez deságua no Amazonas. O Casiquiare é o maior rio do planeta que liga dois principais sistemas fluviais, também chamado de bifurcação.

Principais afluentes

Pôr do sol no rio Negro, em Manaus, Brasil.

Da nascente à foz:

Biodiversidade

Boto-cor-de-rosa, um tipo de golfinho fluvial típico do rio Amazonas
O peixe-boi-da-amazônia, espécia nativa da bacia amazônica
A sucuri-verde é a espécie de cobra mais pesada atualmente e uma das mais antigas conhecidas
O pirarucu, um dos maiores peixes de água doce do mundo, pode passar dos 4 metros de comprimento[32]

Mais de um terço de todas as espécies conhecidas no mundo vivem na floresta amazônica.[33] É a floresta tropical mais rica do mundo em termos de biodiversidade.[34] Os micróbios de água doce geralmente não são muito conhecidos, ainda menos para um ecossistema intocado como a Amazônia. Recentemente, a metagenômica forneceu respostas sobre que tipo de micróbios habitam o rio.[35]

Mamíferos

Junto com o rio Orinoco, o rio Amazonas é um dos principais habitats do boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis), a maior espécie de golfinho fluvial do mundo e que pode atingir comprimentos de até 2,6 metros. A cor da pele desses animais muda com a idade; os jovens são cinzentos, mas tornam-se rosados ​​e depois brancos à medida que amadurecem. Os golfinhos usam a ecolocalização para navegar e caçar nas profundezas complicadas do rio.[36] O boto é tema de uma lenda do folclore brasileiro sobre um golfinho que se transforma em homem e seduz donzelas à beira do rio.[37]

O tucuxi (Sotalia fluviatilis), outra espécie de golfinho, é encontrado tanto nos rios da bacia amazônica quanto nas águas costeiras da América do Sul. O peixe-boi-da-amazônia (Trichechus inunguis) é encontrado na bacia norte do rio Amazonas e seus afluentes. É um mamífero herbívoro, cuja população está limitada a habitats de água doce e, ao contrário de outras espécies de peixes-boi, ele não se aventura em água salgada. É classificado como vulnerável pela ´´União Internacional para a Conservação da Natureza]].[38]

A Amazônia e seus afluentes também são o principal habitat da ariranha (Pteronura brasiliensis),[39] um dos principais carnívoros da América do Sul. Devido à destruição do habitat e à caça, a sua população diminuiu drasticamente. Está agora listado no Apêndice I da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Silvestres Ameaçadas de Extinção, que proíbe efetivamente o comércio internacional.[40]

Répteis

A sucuri-verde é encontrada em águas rasas da bacia amazônica. Uma das maiores espécies de cobra do mundo, a sucuri passa a maior parte do tempo na água, apenas com as narinas acima da superfície. Espécies de jacarés, parentes de jacarés e outros crocodilianos, também habitam a Amazônia como variedades de tartarugas.[41]

Peixes

A ictiofauna amazônica é o centro de diversidade dos peixes neotropicais, alguns dos quais são espécimes populares em aquários, como o néon e o acará. Mais de 5,6 mil espécies eram conhecidas em 2011, e aproximadamente cinquenta novas espécies são descobertas a cada ano.[42][43] O pirarucu é um peixe tropical de água doce da América do Sul, um dos maiores peixes de água doce do mundo, com comprimento de até 4,6 m.[32] Outro peixe de água doce da Amazônia é o aruanã, um predador e muito parecido com o pirarucu, mas que atinge apenas 120 cm de comprimento. Também está presente em grande número a notória piranha, um peixe onívoro que se reúne em grandes cardumes e pode atacar até o gado. Existem aproximadamente 30 a 60 espécies de piranhas. O candirú, nativo do rio Amazonas, é uma espécie de bagre parasita de água doce da família Trichomycteridae,[44] apenas uma das mais de 1,2 mil espécies de bagres da bacia amazônica. Outros bagres 'caminham' por terra em suas extremidades ventrais,[45] enquanto a piraíba (Brachyplatystoma filamentosum) pode atingir 3,6 metros de comprimento e 200 quilos de peso.[46]

A enguia elétrica (Electrophorus electricus) e mais de 100 espécies de peixes-elétricos (Gymnotiformes) habitam a bacia amazônica. As arraias fluviais (Potamotrygonidae) também estão presentes na região. O tubarão-cabeça-chata (Carcharhinus leucas) foi relatado 4 mil quilômetros acima do rio Amazonas, em Iquitos, no Peru.[47]

História

Mapa de Samuel Fritz de 1707 mostrando o Amazonas e o Orinoco
Índios mundurukú, por Hércules Florence

Durante o que muitos arqueólogos chamam de período formativo, as sociedades indígenas amazônicas estiveram profundamente envolvidas na emergência dos sistemas agrários das terras altas da América do Sul, e possivelmente contribuíram diretamente para o panorama sócio-religioso que constituiu as civilizações andinas

Em 1500, o explorador espanhol Vicente Yáñez Pinzón e a tripulação liderada por ele foram os primeiros europeus a navegar no rio.[48] Pinzón chamou o rio de Río Santa María del Mar Dulce, o que posteriormente foi reduzido para Mar Dulce (literalmente "Mar Doce"), devido à quantidade de água doce impulsionada pela correnteza do rio para dentro do oceano Atlântico. Por 350 anos após a descoberta do Amazonas pelos europeus, a parte portuguesa da bacia do rio permaneceu um cenário abandonado, servindo exclusivamente como fonte de alimentos obtidos através da coleta e da agricultura pelos povos indígenas que haviam sobrevivido à chegada das doenças trazidas pelos europeus. Existem numerosas evidências de formações sociais complexas e em grande escala feitas na região por povos pré-colombianos, especialmente nas regiões interfluviais, e até mesmo de grandes povoados e cidades.[49] A cultura pré-colombiana da ilha de Marajó, por exemplo, pode ter até mesmo desenvolvido algum tipo de estratificação social, e contava com uma população de cerca de 100 mil indivíduos.[50] Os nativos da floresta pluvial amazônica podem ter utilizado a terra preta para tornar o terreno local adaptado à agricultura em grande escala necessária para o sustento de grandes populações e formações sociais complexas.

Um dos tenentes de Gonzalo Pizarro, Francisco de Orellana, partiu numa expedição em 1541 para explorar a região a leste de Quito, rumo ao interior do continente, em busca do El Dorado e do "País da Canela".[51] Sua ordem era a de seguir o rio Coca e retornar quando atingisse sua foz. Após 170 quilômetros, o rio Coca se juntou ao rio Napo (num ponto conhecido atualmente como Puerto Francisco de Orellana), e seus homens ameaçaram entrar em motim se ele cumprisse as ordens e retornasse. Orellana então, em 26 de dezembro de 1541, tomou a decisão de alterar o propósito da expedição, visando conquistar novas terras em nome do Rei da Espanha; seus 49 homens construíram uma embarcação maior, na qual poderiam navegar rio abaixo. Após uma jornada de 600 quilômetros pelo rio Napo, sob a ameaça constante dos omáguas, chegaram a outra confluência, num local próximo à atual Iquitos, e então seguiram já pelo rio Amazonas por mais 1 200 quilômetros até a sua confluência com o rio Negro (próximo da Manaus atual), que alcançaram no dia 3 de junho de 1542. Esta área era dominada por uma tribo nativa local, descritos como icamiabas, que os exploradores imaginaram serem ferozes mulheres guerreiras; Orellana posteriormente narraria a vitória das beligerantes "mulheres" icamiabas sobre os invasores espanhóis a Carlos I de Espanha que, recordando-se das amazonas da mitologia grega, batizou o rio de Amazonas - nome pelo qual ele ainda é conhecido em espanhol e português. Na época, no entanto, o rio foi designado pelos membros da expedição como Grande Río ("Grande Rio"), Mar Dulce e Río de la Canela ("Rio da Canela"). Orellana alegou ter encontrado em suas margens grandes caneleiras (Cinnamomum verum), árvores das quais se obtêm a canela, uma das especiarias mais importantes e desejadas na Europa da época. A árvore, no entanto, não é nativa da América do Sul e só podia ser encontrada, à época, no Oriente; outras plantas semelhantes, no entanto, como as da família Lauraceae, são nativas da região, e Orellana poderia estar se referindo a elas. A expedição seguiu por mais 1 200 km até a foz do Amazonas, alcançada em 24 de agosto de 1542, demonstrando a navegabilidade prática do Grande Rio - naquela que talvez tenha sido uma das viagens mais improvavelmente bem-sucedidas da história humana.

Em 1560 outro conquistador espanhol, Lope de Aguirre, navegou pela segunda vez toda a extensão do Amazonas.

Após participar na expedição de 1615 que fundou a cidade de Belém, entre 1636 e 1638, o explorador português Pedro Teixeira, com mais de mil homens realizou a primeira expedição que subiu o curso do rio Amazonas. Empregando cerca de 50 grandes canoas, partiu de Belém do Pará e alcançou Quito, no Equador. Fundou "Franciscana" na confluência do rio Napo com o Aguarico, no alto sertão, para delimitar as terras de Portugal e Espanha, segundo o Tratado de Tordesilhas. A viagem foi registrada pelo jesuíta Cristóbal de Acuña em obra editada em 1641.

De 1648 a 1652 o bandeirante Antônio Raposo Tavares liderou uma das mais longas expedições até São Paulo a partir da foz do Amazonas, investigando diversos dos seus afluentes, incluindo o rio Negro, e cobrindo uma distância de mais de 10 000 quilômetros.

Economia

Portos

Porto de Manaus

Os portos mais importantes do rio Amazonas ficam nas cidades de Iquitos (Peru), Letícia (Colômbia), Tabatinga, Manaus, Santarém e Santana (Brasil). O Amazonas transporta enormes quantidades de cargas e passageiros, sendo o tronco referencial de transporte de tonelagem do interior norte sul-americano.[52]

Transamazônica

Um pouco ao sul do Amazonas está a Rodovia Transamazônica, como um longo canal de poeira e barro. A rodovia BR-230 imita o curso do rio Amazonas, pois avança de forma paralela ao leste.

Rio subterrâneo

Em 2011 pesquisadores do Observatório Nacional anunciaram evidências da existência de um rio subterrâneo que corre abaixo do rio Amazonas, numa profundidade de 4 mil metros. O rio subterrâneo, que teria seis mil quilômetros de comprimento, foi batizado de Hamza, em homenagem a um dos pesquisadores, Valiya Hamza, indiano que vive no Brasil desde 1974.[53]

Ver também

Notas e referências

Notas

  1. Costuma-se dizer que o comprimento do rio Amazonas é de "pelo menos" 6 400 km,[1] mas os valores relatados variam entre 6 275 e 7 025 km.[2] As medições de comprimento de muitos rios são apenas aproximações e diferem entre si porque há muitos fatores que determinam o comprimento calculado do rio, como a posição da nascente geográfica e da foz, a escala de medição e as técnicas de medição de comprimento (para mais detalhes, ver também lista dos rios mais extensos do mundo).[2][3]

Referências

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  11. ARGONAUTICA BOOK 2
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