Tropa de Elite (filme)

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 Nota: Para o termo militar, veja Tropa de elite.
Tropa de Elite
Elite Squad (EUA)
Tropa de Elite (filme)
 Brasil
2007 •  cor •  118 min 
Gênero policial, drama
Direção José Padilha
Produção José Padilha
Marcos Prado
Roteiro Bráulio Mantovani
José Padilha
Rodrigo Pimentel
Baseado em Elite da Tropa por André Batista e Rodrigo Pimentel
Elenco Wagner Moura
André Ramiro
Caio Junqueira
Milhem Cortaz
Fernanda Machado
Paulo Vilela
Fernanda de Freitas
Maria Ribeiro
Fábio Lago
Música Pedro Bromfman
Cinematografia Lula Carvalho
Edição Daniel Rezende
Distribuição Brasil Universal Pictures
Portugal ZON Lusomundo
Estados Unidos 20th Century Fox
Lançamento Brasil 5 de outubro de 2007
(pré-estreia no RJ e SP)
Brasil 12 de outubro de 2007 (nacionalmente)
Portugal 10 de julho de 2008
Estados Unidos 19 de setembro de 2008
Alemanha 6 de agosto de 2009
Idioma português
Orçamento R$ 10,5 milhões
Receita R$ 24.666.621
Cronologia
Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro (2010)[1]

Tropa de Elite, alternativamente conhecido como Tropa de Elite - Missão Dada é Missão Cumprida,[2][3] é um filme policial brasileiro de 2007, dirigido por José Padilha, que também escreveu seu roteiro, com Braulio Mantovani e Rodrigo Pimentel, e produziu com Marcos Prado. Tem como tema a violência urbana na cidade brasileira do Rio de Janeiro e as ações do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. O filme é baseado em elementos presentes no livro Elite da Tropa, de André Batista e Rodrigo Pimentel, em parceria com Luiz Eduardo Soares. É estrelado por Wagner Moura, André Ramiro, Caio Junqueira, Milhem Cortaz, Fernanda Machado, Paulo Vilela, Fernanda de Freitas, Maria Ribeiro e Fábio Lago.

É o primeiro longa de ficção do diretor José Padilha, que anteriomente dirigiu o documentário Ônibus 174 (2002). Foi objeto de grande repercussão antes mesmo de seu lançamento, por ter sido o primeiro filme brasileiro a, meses antes de chegar aos cinemas, vazar para o mercado pirata e a internet.[4] Um dos protagonistas do filme, o ator Caio Junqueira, chegou a declarar que, por mais que achasse a pirataria algo negativo, sabia que havia sido "por causa dela que o trabalho atingiu o público da televisão".[5] Uma pesquisa feita pelo Ibope chegou a estimar que mais de 11 milhões de brasileiros teriam visto o filme de forma ilegal [6] – isso, entretanto, não impediu o filme de ter sido bem-sucedido nas bilheterias, tendo estreado em primeiro lugar[7][8].

Ao criticar os usuários de substâncias ilícitas, atribuindo-lhes a culpa pela expansão do tráfico de drogas e da violência urbana,[9] o filme gerou grande debate na mídia brasileira. As práticas de tortura por parte dos policiais também foram abordadas, gerando questionamentos quanto a uma suposta transformação de tais personagens em heróis em virtude de suas atitudes frente aos criminosos ou à população pobre e aos moradores de favelas.[9] Esse posicionamento, no entanto, é contestado por Padilha [10]

O filme recebeu o prêmio Urso de Ouro de melhor filme no Festival de Berlim 2008.[11] Uma continuação, Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro, foi lançada no dia 8 de outubro de 2010.

Sinopse

Predefinição:Spoilers Rio de Janeiro, 1997. Roberto Nascimento, capitão da Tropa de Elite do Rio de Janeiro, é designado para chefiar uma das equipes que tem como missão “apaziguar” o morro do Turano por um motivo que ele considera insensato. Mas ele tem que cumprir as ordens enquanto procura por um substituto. Sua esposa, Rosane, está no final de sua gravidez e todos os dias lhe pede para sair da linha de frente do batalhão. Pressionado, o capitão sente os efeitos do estresse. Nesse clima, ele é chamado para mais uma emergência num morro. Em meio a um tiroteio em um baile funk, Nascimento e sua equipe têm que resgatar dois aspirantes a oficiais da PM: Neto Gouveia e André Mathias. Ansiosos para entrar em ação e impressionados com a eficiência de seus salvadores, os dois se candidatam ao curso de formação da Tropa de Elite. Predefinição:Spoiler-fim

Elenco

  • Wagner Moura interpreta o Capitão Nascimento, um policial considerado "incorruptível" pelos seus pares, ainda que embora comande uma equipe que se utiliza de artifícios pouco ortodoxos como tática investigativa. O capitão pretende deixar o BOPE com a certeza de que terá um substituto digno e à altura, para isso antes precisa escolhê-lo entre sua nova turma.
  • André Ramiro interpreta o aspirante André Mathias: Negro e de origem humilde, conseguiu a duras custas ingressar no curso de Direito de uma das melhores faculdades do Rio de Janeiro. Mathias demonstra ser um aluno aplicado, mas não concorda com tudo o que seus professores e colegas lhe dizem, especialmente quando as aulas vão de encontro à sua vocação como policial, e posteriormente bate de frente com os usuários de droga da escola.
  • Caio Junqueira interpreta o aspirante Neto Gouveia: Um jovem idealista e de temperamento um tanto impulsivo, que decidiu ingressar na PM mas acaba por desiludir-se com a corporação após testemunhar o descaso e a corrupção promovidos por seus colegas de batalhão. Ao tentar ajudar um oficial de seu grupamento que havia sido levado para uma armadilha por outros policiais, Neto travou o primeiro contato com o Capitão Roberto Nascimento e decidiu ingressar no BOPE. Levou consigo seu melhor amigo, o Aspirante André Mathias (interpretado por André Ramiro). Em certa altura Neto é cogitado como sucessor de Nascimento, mas acaba morto por bandidos antes de assumir o posto.
  • Milhem Cortaz interpreta o Capitão Fábio Barbosa: Envolvido com cafetões e prostitutas, vê seus esquemas corruptos serem tomados por outro oficial logo no início da trama. Seria morto pelo seu rival, Capitão Oliveira, a mando do Coronel Estevam, Comandante do batalhão onde serviam, mas foi salvo por Neto, Matias e o BOPE. Posteriormente, candidata-se junto de Neto e André ao BOPE, sendo rejeitado durante o andamento do curso. É um policial bastante corrupto porém não um assassino como Oliveira e sua quadrilha, e provou sua amizade a Neto e Matias quando compareceu ao enterro do primeiro, morto por bandidos.
  • Fernanda Machado interpreta Maria: Maria dedica-se verdadeiramente à ONG na qual é voluntária, esforçando-se para ajudar os meninos carentes que moram no morro dos Prazeres comandado por Baiano – traficante que ela acaba tendo que obedecer, julgando que isso a permitiria continuar com suas ações sociais. Assim como seus amigos de trabalho também é usuária de drogas, mas seu envolvimento com um policial – André – muda toda a situação.
  • Paulo Vilela interpreta Edu: Grande exemplo da hipocrisia criticada pelo filme, Edu é jovem e bem-nascido que critica duramente a repressão policial, mas torna-se um traficante menor, revendendo na faculdade a maconha que compra no morro onde situa-se a ONG na qual trabalha como voluntário.
  • Fernanda de Freitas interpreta Roberta Nunde: Estudante de Direito, participa da ONG não por motivos altruístas, mas para ter mais fácil acesso à droga (maconha) ao adquirir permissão para trabalhar numa favela.
  • Maria Ribeiro interpreta Rosane: Esposa do Capitão Nascimento, tem constantes discussões com ele sobre seu envolvimento estressante com a tropa e a promessa de abandoná-la. Tenta auxiliar Nascimento a restabelecer seu equilíbrio, sem muito sucesso.
  • Fábio Lago interpreta Baiano: O principal vilão do filme, traficante do morro dos Prazeres onde está sediada a ONG na qual trabalha Maria. Aceita a ONG em seu território pois a mesma se submete à sua "autoridade", mas é extremamente violento com seus opositores e até com seus próprios associados e, finalmente, com os integrantes da própria ONG (Baiano queima o administrador da ONG Rodrigues dentro de pneus, tal como fizeram, na vida real, com o jornalista Tim Lopes).
  • André Di Mauro interpreta Rodrigues[12]: administrador da ONG e mantém uma relação perigosa com os traficantes da favela que segundo ele "tem consciência social". É o namorado da Roberta Nunde, e ambos acabam assassinados pelos traficantes, Rodrigues sendo queimado vivo nos pneus.[13][14]
  • Marcelo Valle interpreta o Capitão Oliveira[15]: É o oficial no batalhão convencional que se torna o "queridinho do coronel" devido às suas atitudes corruptas (coletando o "arrego" do bicho para o coronel). Acaba tomando todos os "esquemas" do capitão Fábio, para depois ter sua féria criminosa roubada, propositalmente, por Neto e Mathias, numa jogada de mestre destinada a desmoralizá-lo perante o coronel chefe do batalhão. Em um erro do filme, o Capitão Nascimento, na função de narrador, declara que Oliveira é Major ao invés de Capitão.

Produção

Brasão do Batalhão de Operações Especiais.

O cineasta José Padilha, após o sucesso de seu premiado Ônibus 174, pretendia filmar um outro documentário, baseado no best-seller Elite da Tropa, livro do antropólogo Luiz Eduardo Soares e dos oficiais do BOPE André Batista e Rodrigo Pimentel que conta histórias reais do dia a dia da corporação. No entanto, ao perceber que seria impossível encontrar policiais que aceitassem dar depoimentos sinceros sobre os fatos descritos no livro, desistiu do caráter documental, e assim nasceu Tropa de Elite, uma obra de ficção inspirada no livro.[16][17] Padilha conta que "os policiais fugiam quando viam a câmera" e que "não dá para fazer um documentário com o tema do Tropa e chegar vivo no final".[18] Da equipe de produção que Padilha arregimentou, se destaca o montador Daniel Rezende, indicado ao Oscar por Cidade de Deus, bem como Bráulio Mantovani, roteirista também de Cidade de Deus, que aqui trabalhou com o ex-capitão Rodrigo Pimentel, além do próprio diretor.

Preparação do elenco

Para a preparação dos atores de Tropa de Elite foi contratada Fátima Toledo.[19] O elenco foi submetido a situações de pressão por meio de exercícios físicos e psicológicos com o objetivo de arrancar as emoções necessárias para atuação no filme. Para tanto, Fátima utiliza várias técnicas que vão da bioenergética ao kundalini.[19] A preparação, chamada de "O Método", é conhecida pelas dores que impõe aos atores que muitas vezes reagem com "choro, vômito ou até brigas nos ensaios".[19]

A preparação de Fátima foi montada sob o programa treinamento de Paulo Storani que simulava o Curso de Operações Especiais, muito semelhante ao mostrado no filme.[20] O ex-caveira já havia coordenado o 9º Curso de Operações Especiais em 1996. A preparação de Storani, seguiu os preceitos da "etnodramaturgia" elaborado pelo diretor teatral Richard Schechner e pelo antropólogo Victor Turner nas décadas de 60 e 70.

A "etnodramaturgia" consiste em fazer com que os atores não apenas estudassem o "Rito de Passagem" mas o vivenciassem na prática.[21] O treinamento tinha como objetivo fazer o elenco desenvolver atitudes semelhantes às dos policiais. Os atores "cantavam hinos da polícia, chegaram a comer no chão e eram submetidos a sanções disciplinares quando erravam". Para ajudar no processo Storani convidou outros três ex-membros do Bope para auxiliá-lo.[21]

A preparação durou duas semanas e foi dividida em duas etapas. Na primeira os atores aprenderam sobre conceitos básicos das operações policiais desde aspectos comportamentais e hierárquicos até como se movimentar e segurar uma arma de fogo.[21] O período incluiu também punições físicas e psicológicas que eram dividas em três tipos de advertências: verbal, física (com flexões, etc) e o chamado tanque tático no qual os atores, caso não reagissem às duas primeiras, eram obrigados a mergulhar em água gelada e depois tinham que retornar ao treinamento, molhados e com frio. Nem Wagner Moura escapou das punições.[20]

O treinamento do elenco foi tão rígido quanto o curso real como explicou Pimental: "Levamos os atores a um nível de exaustão muito parecido com o que os policiais têm no curso de operações especiais". Os instrutores não "aliviaram" o treinamento para nenhum dos atores. "Nós dizíamos que quem não aguentasse podia sair do filme. Foi um tratamento muito rigoroso, que incluiu até, na fase final, um processo de retorno à realidade dos atores" explicou o preparador ao Ego Notícias.

Em um momento de estresse Moura reagiu com fúria as provocações do preparador que gritava "Você vai desistir! Pede para sair! Você não vai conseguir ser um ator em ‘Tropa de Elite’!".[22] O ator não "demonstrava a agressividade necessária ao seu personagem"[22] o que levou Storani a provocá-lo. O ator partiu para cima de Storani e quebrou o nariz do ex-caveira: "Ele foi tão rápido que eu só consegui livrar meu rosto e deixei meu nariz de frente", disse Storani ao jornal Extra".[22] A segunda etapa do treinamento consistiu no treinamento de liderança. Storani mostrou a Moura como trabalhar a postura de voz e de liderança.[21]

Filmagens

As filmagens de Tropa de Elite foram iniciadas em setembro de 2006 e terminadas no mês de dezembro de 2006.[23] Durantes as filmagens, a equipe foi alvo de um roubo. Os ladrões abordaram uma van que transportava um carregamento de armas cenográficas e as levaram.[16] Ao todo foram roubadas 31 armas adaptadas para tiros de festim e 59 réplicas, o que fez com que as filmagens fossem paralisadas por duas semanas.[24] O prejuízo causado pelo assalto das armas, conjunto à contratação de uma equipe de profissionais norte-americanos especialistas em cenas de ação e aos custos de filmagens em quatro locações, isto é, fora de estúdio, fizeram com que o orçamento do filme estimasse de R$4,9 milhões para R$ 10,5 milhões, permitidos ao benefício do patrocínio pelas leis de renúncia fiscal.[16] Padilha descreve as filmagens de Tropa de Elite como "a mais gratificante dose de estresse" que já experimentou".[16]

Edição e mudanças

"O roteiro teve vários tratamentos. No primeiro, o ponto de vista era do Nascimento. No segundo, tinha dois pontos de vista, do Nascimento e do Matias, como em Os Bons Companheiros. No terceiro, que foi o que filmamos, foi do Matias. Na edição, percebemos que o filme montaria melhor com a narração do Nascimento, porque era alguém que já tinha a noção da inviabilidade de combater o tráfico daquela maneira e que poderia também falar como funcionava o sistema policial.

—José Padilha sobre a mudança de protagonista/narrador do filme.[18]

Já no início de 2007 começaram a editar o filme. O roteiro de Tropa de Elite previa André Mathias, personagem de André Ramiro, como protagonista e narrador.[20][25] A história narrava o personagem como um policial honesto e idealista transformava-se em um policial truculento e torturador. Porém, a primeira montagem acabou não agradando os produtores, pois consideraram que o filme só começava a ficar interessante após 50 minutos, quando as intervenções do Capitão Nascimento, personagem de Wagner Moura, ficavam mais frequentes.[20] A interpretação de Moura "roubava todas as cenas" segundo o montador Daniel Rezende: "A performance era tão incrível que mexemos na estrutura do filme para fazer do Nascimento o personagem principal".[25]

A primeira tentativa de salvar o filme foi a substituição da narração em off, de Mathias para Nascimento, mas ainda mantendo o roteiro original. A sugestão partiu de Carolina Kotscho, esposa do roteirista Bráulio Mantovani.[20] Entretanto, o resultado ainda não era satisfatório. A mudança de protagonista só ocorreu efetivamente após várias discussões entre os produtores. Partiu de Daniel Rezende a frase que acabou na boca de Nascimento e serviu de justificativa para a mudança: "Na verdade, eu precisava da inteligência de um e do coração do outro. Se eu pudesse ter juntado os dois, a minha história não teria sido tão difícil".[20]

Trilha sonora

Tropa de Elite
Tropa de Elite (filme)
Trilha sonora de diversos
Lançamento Outubro de 2007
Gênero(s) Rock, funk, rap, samba
Gravadora(s) EMI Music
Cronologia de diversos
Tropa de Elite 2
(2010)

A trilha sonora oficial do filme foi lançada em outubro de 2007 pela EMI Music. A faixa homônima, gravada pelo grupo Tihuana ("Tropa de Elite") recebeu uma certificação de platina, devido a mais de 100 mil downloads pagos segundo a ABPD,[26] a trilha sonora oficial trouxe para o lançamento vários diferenciais importantes. Cada CD saiu com vale-ingresso para o filme, minipôster encartado e ainda um trailer do filme.

  1. "Rap das Armas" – MC Júnior & MC Leonardo e a Bateria da Rocinha
  2. "Tropa de Elite" – Tihuana
  3. "Rap da Felicidade" – MC Cidinho & MC Doca
  4. "Passa que é Teu" – Pedro Bromfman
  5. "Brilhar A Minha Estrela" – Sangue da Cidade
  6. "Kátia Flávia, A Godiva do Irajá" – Fausto Fawcett
  7. "Teatro de Bonecos" – Pedro Guedes e Guilherme Fla
  8. "Polícia" – Titãs
  9. "Invasão do Bope" – Pedro Bromfman
  10. "Lado B Lado A" – O Rappa
  11. "Andando pela África" – Barbatuques
  12. "Nossa Bandeira" – MC Júnior & MC Leonardo
  13. "Rap das Armas" – MC Júnior & MC Leonardo
  14. "Shiny Happy People" – R.E.M.

Lançamento

Pirataria

O filme foi alvo de pirataria meses antes de sua estreia, sendo vendido em cópias ilegais por camelôs de todo o país, inclusive na Amazônia,[27] e distribuído livremente pela internet, em sites de postagens públicas de vídeo, como o YouTube. Ironicamente, grande parte da divulgação do filme se deve às notícias sobre a investigação do responsável pelo seu vazamento.

Os responsáveis pelo vazamento acabaram sendo encontrados. Três funcionários da produtora de legendas DREI MARC, que fazia a inserção de legendas em inglês para exibição nos Estados Unidos haviam iniciado a distribuição ilegal[28] – que começara a pedido de um dos atores do filme, Alexandre Mofatti, intérprete do Capitão Carvalho, que obteve para si uma das cópias originais.[29] Isso encerraria as acusações de que as cópias haviam vazado "propositalmente", por iniciativa dos produtores do filme, como forma de divulgar o filme.[29]

Segundo o diretor do filme, José Padilha, a cópia do filme que vazou não pode ser considerada verdadeira, pois não foi inteiramente editada.[30]

Camelôs do Rio de Janeiro vendiam os filmes Tropa de Elite 2 (não relacionado ao verdadeiro segundo filme), Tropa de Elite 3 e Tropa de Elite 4, que segundo eles, seriam as continuações do filme. Não são, entretanto, verdadeiros.[31] Sendo a "versão 2" por eles comercializada é o documentário Notícias de uma Guerra Particular, de João Moreira Salles, "versão 3" é apenas uma colagem de vídeos de operações policiais em favelas, principalmente em Niterói e a "versão 4" é o filme Quase Dois Irmãos, de Lúcia Murat.[32]

Cinemas

A primeira sessão do filme foi exibida num cinema em Jundiaí no dia 14 de setembro de 2007. Esta exibição perdurou por duas semanas, com o intuito de qualificar o filme para disputar o Oscar 2008.[33] No entanto, a comissão do Ministério da Cultura escolheu O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburguer, para representar o Brasil no Oscar. Este longa, que havia concorrido no Festival de Berlim em 2007, foi selecionado entre os nove finalistas no Oscar, mas não entre os cinco que concorreram a melhor filme estrangeiro.[34]

O filme foi lançado oficialmente no dia 12 de outubro de 2007 no Brasil, com estréia antecipada para o dia 5 de outubro em 171 sala das cidades do Rio de Janeiro e São Paulo[35] e obteve a melhor abertura de um filme oficial no ano de 2007, mesmo em circuito limitado, atraindo cerca de 180 mil espectadores na primeira semana sem nenhum tipo de propaganda além dos cartazes.[36][37] Mesmo estreando em circuito limitado, ficou em segundo lugar na bilheteria do país naquela semana, perdendo apenas para Resident Evil 3.[38] Na semana seguinte, o filme estreou no restante do país, atraindo um público 120% maior, totalizando cerca de 410 mil pessoas e obtendo o primeiro lugar no total da bilheteria, superando filmes como Stardust e Resident Evil: Extinction.[7] Terminou o ano como sétima maior bilheteria de 2007 no Brasil,[39] com um faturamento total de R$20.422.567 e 2.421.295 espectadores.[40]

Em Portugal o filme estreou dia 10 de Julho de 2008,[41] sendo o 5º filme mais visto na sua semana de estreia com mais de 12 mil espectadores.[42] Terminou o ano com 55 mil espectadores e faturamento de 247 mil euros.[43]

Home video

Tropa de Elite foi lançado oficialmente em DVD no Brasil no dia 27 de fevereiro de 2008, pela Universal Studios. A edição possui um disco e contém o filme com 116 minutos em widescreen anamórfico (1.85:1), legendas em português e espanhol e áudio em português 5.1 Dolby Digital. Os extras trazem dois trailers, 13 entrevistas e galeria de fotos, além de uma versão do filme em MP4 voltada para dispositivos móveis.

Em 7 de março de 2013, a Paramount e a Universal divulgaram que Tropa de Elite será relançado nas lojas em uma edição especial. É uma lata com o primeiro filme, Tropa de Elite, e o segundo, Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora É Outro (2010), em discos distintos. Os extras estão no mesmo disco dos seus respectivos filmes. Foi lançado em DVD e Blu-ray em 30 de maio de 2013.

Exibição na televisão

Na TV por assinatura o filme já foi exibido no pay-per-view do Cine Sky em 2008. O filme entrou na Rede Telecine no mês de fevereiro de 2009[44]

Entre os dias 2 de setembro de 2012 e 31 de janeiro de 2013, o filme foi o vice-campeão de reprises na TV fechada (19 vezes, em canais como Space e TNT), perdendo apenas para Tropa de Elite 2, que teve 23 reprises[45].

TV Aberta

A Rede Record anunciou no dia 8 de março de 2009 a exibição do filme no ano corrente de 2009. O filme estreou no dia 10 de dezembro de 2009, quinta-feira, às 22h30, na Super Tela.[46][47] O filme foi transmitido totalmente em alta definição. A briga pelo direito de transmissão envolvia, além da Record, a Rede Globo, SBT e até mesmo a RedeTV! (que não tem nenhuma sessão de filmes). A Rede Record ganhou o direito de transmissão do filme graças a um contrato com a Universal Pictures, distribuidora do filme, que garante a transmissão dos melhores filmes da produtora, assinado em 2005. No entanto, a forte concorrência da Record com a exibição do filme não conseguiu abalar a liderança da Globo, que exibia a minissérie Cinquentinha no horário.[48] Já em Portugal, a RTP1 transmitiu o filme a 5 de dezembro de 2010, voltando a ser exibido pela RTP2 em 20 de agosto de 2011.

Repercussão

Tropa de Elite tornou-se notório por diversos pontos. Desde seu lançamento antecipado – que acendeu uma discussão sobre as cópias ilegais de filmes – até o impacto cultural e a inserção de frases do filme no cotidiano brasileiro.

O Capitão Nascimento, interpretado por Wagner Moura, chegou a ser citado pela mídia como um "herói nacional" – questionamento que chegou a estampar a edição da revista CartaCapital que tratava do filme. O Secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, declarou que o filme representava de forma apropriada um capitão do BOPE e que Nascimento poderia sim, ser considerado um herói – não pela violência, que "só ocorre na ficção", segundo o secretário, mas por enfrentar "picos de tensão" mas se manter como uma "pessoa muito disciplinada e bem preparada"[49] O ator André Ramiro, intérprete do personagem André Mathias, não o considera um herói, e chegou a declarar que "Polícia era uma coisa que eu abominava. Continuo com a mesma opinião, mas agora conheço as pessoas".[50] Padilha declarou ter se impressionado com a reação popular ao filme. Segundo o diretor, o filme é uma crítica clara contra a violência e a tortura e não um suporte à violência policial. Wagner Moura disse duvidar que moradores de países como Finlândia ou Suíça veriam tais policiais como heróis, ao passo que muitos brasileiros claramente nutrem um certo respeito pelo Cap. Nascimento.[10]

O Cap. Rodrigo Pimentel, ex-membro do BOPE e co-autor do livro que foi adaptado para o roteiro, disse que o filme surgiu em um momento delicado pelo qual passa a cidade do Rio de Janeiro, envolta pelo caos e violência. Pimentel, que possui uma surpreendente semelhança física com o ator, em uma entrevista fornecida pouco após o término da operação policial que antecedeu a chegada do Papa à cidade e a qual liderou, afirmou: "a policia esqueceu a sua missão principal. Não estamos mais aqui para servir e proteger, mas apenas lutando nossa pequena guerra particular contra os traficantes".[10] A desilusão que se seguiu fez com que o capitão deixasse o BOPE em 1998. A frase "Guerra Particular" foi adotada pelo cineasta João Moreira Salles para intitular o documentário "Notícias de uma guerra particular", do qual a entrevista citada faz parte.

Recepção da crítica

A crítica de Tropa de Elite foi dividida, mas o filme foi em geral bem recebido pelo público. Artur Xexéo, do jornal O Globo defende o diretor: "Acreditar que José Padilha apoia as práticas do BOPE por ter feito Tropa de Elite faz tanto sentido quanto acusar Francis Ford Coppola de ligações com a Máfia por ter dirigido O Poderoso Chefão".[51]

A crítica de cinema Isabela Boscov escreveu à Revista Veja que o filme destaca-se não apenas por suas cenas chocantes, mas por romper com "a tradição nacional de narrar uma história pelo ponto de vista do bandido" e com a "visão pia e romantizada do criminoso".[52]

Plínio Fraga, da Folha de S.Paulo, criticou o filme negativamente devido ao fato de se parecer muito com uma produção de Hollywood.[53] O diretor José Padilha respondeu dizendo que, no Brasil, há uma cultura de desvalorização de um filme bem filmado: "Se filmou bem, é hollywoodiano".[54]

Jay Weissberg, da revista cultural estadunidense Variety, ao fazer a crítica sobre o filme um pouco antes do Festival de Berlim, classificou-o como fascista.[55] Ele também críticou negativamente a narração em off do Capitão Nascimento, dizendo que "o narrador onipresente, em vez de aumentar a identificação do público com o personagem, aliena o espectador inteligente, que não precisa que todos os conceitos sejam explicados, uma vez que eles deveriam ser mostrados visualmente".[55]

Por causa da controvérsia, Tropa de Elite se tornou um dos filmes brasileiros mais comentados da história. Segundo o Datafolha, 77% dos moradores de São Paulo já conheciam o filme. A opinião pública também achou o filme bom, com 80% dos entrevistados avaliando o filme como excelente ou bom.[37]

Em 2011, a desenvolvedora de jogos eletrônicos Rockstar Games publicou uma crítica de Tropa de Elite em seu site, em preparação para o lançamento de Max Payne 3 - jogo que se passa no Brasil e retrata as batalhas entre as unidades especiais da polícia e gangues de favelas. A empresa recomendou o filme para os fãs da franquia Max Payne.[56][57]

Prêmios

Festival de Berlim, 2008
Festival Hola Lisboa, 2008
  • Melhor filme
Grande Prêmio Vivo do Cinema Brasileiro, 2008
  • Melhor direção – José Padilha
  • Melhor ator – Wagner Moura
  • Melhor ator (coadjuvante/secundário) – Milhem Cortaz
  • Melhor fotografia – Lula Carvalho
  • Melhor maquiagem – Martin Macias Trujillo
  • Melhor montagem – Daniel Rezende
  • Melhor som – Leandro Lima, Alessandro Laroca e Armando Torres Jr.
  • Melhores efeitos especiais – Phil Neilson e Bruno van Zeebroeck
  • Melhor longa-metragem nacional

Série de TV (cancelada)

Em uma entrevista ao programa Roda Vida, da TV Cultura, em 8 de outubro de 2007, José Padilha contou que já era do interesse das emissoras transformar Tropa de Elite numa série de televisão.[58] A disputa para realizar esse projeto ficou entre a Rede Globo e a Record. Em 18 de fevereiro de 2008, o colunista Daniel Castro, do jornal Folha de S.Paulo informou que a Globo havia vencido a disputa com a Record e poderia fazer a adaptação de Tropa de Elite para uma série de TV.[59] Ele também contou que a emissora era a preferida de Padilha para assumir o projeto.[59] Também foi confirmado que a primeira temporada teria 5 episódios [59][60] e um modelo de co-produção, assim como foi feito em Cidade dos Homens, que surgiu a partir de Cidade de Deus.[59] A equipe da Globo iria produzir a série junto com os realizadores do filme.[60]

Em entrevista à agência de notícias EFE, o ator André Ramiro, que interpretou no filme o personagem André Matias, confirmou que seria o protagonista da série e que a estréia da mesma estava prevista para 2009.[61] Na mesma entrevista, ele também disse que Padilha ainda estava negociando os detalhes da série.[61]

Mais tarde, o ex-PM Rodrigo Pimentel disse que Padilha e o produtor Marcos Padro não haviam assinado com a Globo,[62] e assim o projeto da série não foi adiante.

Ver também

Referências

  1. Meneghini, Carla (21 de janeiro de 2010). «'Temos esperança de lançar 'Tropa de elite 2' sem pirataria', diz diretor». G1. Globo.com. Consultado em 7 de março de 2010 
  2. «TROPA DE ELITE - MISSÃO DADA É MISSÃO CUMPRIDA.» 
  3. Título na capa da trilha sonora do filme
  4. Folha Online. «Pirataria do filme "Tropa de Elite" preocupa governo» 
  5. Roberta Escansette. Depois do sucesso de 'Tropa de Elite', Caio Junqueira está de volta às novelas
  6. Isabela Boscov. Recorde de Contravenção. Revista Veja, São Paulo, no.2030, p. 86, 17 de Outubro de 2007.
  7. a b Redação G1 (16 de outubro de 2007). Após estréia em todo o Brasil, ‘Tropa de elite’ lidera bilheterias. G1. Globo.com. Acessado em 2007-10-28.
  8. Redação Bonde (8 de outubro de 2007). "Tropa de Elite" tem excelente bilheteria na estréia. Bonde News. Acessado em 2007-10-28.
  9. a b Redação da Revista da Semana. Tropa de Elite é o Brasil no espelho. Revista da Semana, São Paulo, no. 4, p. 8-9, 24 de setembro de 2007.
  10. a b c Alexei Barrionuevo (14 de outubro de 2007). «A Violent Police Unit, on Film and in Rio's Streets». The New York Times. Consultado em 26 de novembro de 2012 
  11. Folha Online (26 de fevereiro de 2008). «"Tropa de Elite" conquista o Urso de Ouro do Festival de Berlim». Folha de S.Paulo. Consultado em 26 de novembro de 2012 
  12. «Tropa de Elite». Site Oficial. Consultado em 26 de novembro de 2012 
  13. «André Di Mauro®». Site Oficial. Consultado em 26 de novembro de 2012 
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