Saltar para o conteúdo

Mario Vargas Llosa: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 1: Linha 1:
Mario vargas Llosa{{Info/Escritor
{{Info/Escritor
| nome = Mario Vargas Llosa
| nome = Mario Vargas Llosa
| nome completo = Jorge Mario Pedro Vargas Llosa
| nome completo = Jorge Mario Pedro Vargas Llosa
Linha 6: Linha 6:
| imagem_tamanho = 250px
| imagem_tamanho = 250px
| legenda = Mario Vargas Llosa na [[Feira do Livro de Gotemburgo]], quinta-feira 22 de setembro de 2011.
| legenda = Mario Vargas Llosa na [[Feira do Livro de Gotemburgo]], quinta-feira 22 de setembro de 2011.
| data_nascimento = {{dni|28|03|1936}}
| data_nascimento = {{dni|28|03|1936|lang=BR}}
| local_nascimento = [[Arequipa]], [[Arequipa (região)|Arequipa]]
| local_nascimento = [[Arequipa]], [[Arequipa (região)|Arequipa]]
| nacionalidade = {{PERb}} [[peru]]ano
| nacionalidade = {{PERb}} [[peru]]ana, {{ESPb}} [[Espanha|espanhola]]
| data_morte = {{morte||||||}}
| data_morte = {{morte||||||}}
| local_morte =
| local_morte =
Linha 35: Linha 35:
| abl =
| abl =
}}
}}
'''Jorge Mario Vargas Llosa''', marquês de Vargas Llosa<ref>[http://www.boe.es/aeboe/consultas/bases_datos/doc.php?id=BOE-A-2011-2137 Real Decreto 134/2011, de 3 de fevereiro de 2011]: concede o título de marquês de Vargas Llosa; ''Boletín Oficial del Estado'', 4 de fevereiro de 2011; </ref><ref name="RPP">[http://www.rpp.com.pe/2011-02-04-mario-vargas-llosa-jamas-imagine-que-me-harian-marques-noticia_333516.html ''Mario Vargas Llosa: "Jamás imaginé que me harían marqués"'']. RPP, 4 de fevereiro de 2015</ref> ([[Arequipa]], [[28 de março]] de [[1936]]), é um [[escritor]], [[jornalista]], [[ensaísta]] e [[político]] [[peru]]ano, laureado com o [[Nobel de Literatura]] de [[2010]].<ref name="Globo" />
'''Jorge Mario Pedro Vargas Llosa''', marquês de Vargas Llosa<ref>[http://www.boe.es/aeboe/consultas/bases_datos/doc.php?id=BOE-A-2011-2137 Real Decreto 134/2011, de 3 de fevereiro de 2011]: concede o título de marquês de Vargas Llosa; ''Boletín Oficial del Estado'', 4 de fevereiro de 2011; </ref><ref name="RPP">[http://www.rpp.com.pe/2011-02-04-mario-vargas-llosa-jamas-imagine-que-me-harian-marques-noticia_333516.html ''Mario Vargas Llosa: "Jamás imaginé que me harían marqués"'']. RPP, 4 de fevereiro de 2015</ref> ([[Arequipa]], [[28 de março]] de [[1936]]), é um [[escritor]], [[jornalista]], [[ensaísta]] e [[político]] [[peru]]ano, laureado com o [[Nobel de Literatura]] de [[2010]].<ref name="Globo" />
== Biografia ==
== Biografia ==
[[File:Mariovargasllosa.jpg|thumb|Mario Vargas Llosa em 1982.]]
[[File:Mariovargasllosa.jpg|thumb|Mario Vargas Llosa em 1982.]]
Linha 57: Linha 57:
Há um encontro, num botequim chamado "La Catedral", entre dois personagens: o filho de um ministro e um motorista particular. O romance caracteriza-se por uma sofisticada técnica narrativa, alternando a conversa dos dois e cenas do passado. Em [[1981]] publica ''[[A Guerra do Fim do Mundo]]'', sobre a [[Guerra de Canudos]], que dedica ao escritor brasileiro [[Euclides da Cunha]], autor de ''[[Os Sertões]]''.
Há um encontro, num botequim chamado "La Catedral", entre dois personagens: o filho de um ministro e um motorista particular. O romance caracteriza-se por uma sofisticada técnica narrativa, alternando a conversa dos dois e cenas do passado. Em [[1981]] publica ''[[A Guerra do Fim do Mundo]]'', sobre a [[Guerra de Canudos]], que dedica ao escritor brasileiro [[Euclides da Cunha]], autor de ''[[Os Sertões]]''.


No ano de 2006 Llosa publicou o livro “Cartas a um jovem escritor”, a obra não literária é uma espécie de guia para jovens escritores, mas não se trata de um livro sobre as técnicas desse ofício, mas sim as técnicas do romance. Em uma série de capítulos escritos como se fossem cartas a um jovem ávido por conhecimento da profissão, Llosa discorre sobre o que é imprescindível a criação de um livro. O autor começa afirmando que todas as histórias se alimentam da vida de seu criador, como um “Catoblepas”, que devora a si mesmo, criatura que aparece no livro de Jorge Luis Borges. Llosa menciona outras obras durante todo o livro. Aborda também o estilo, que deve ser coerente com a história contada, e fazer o leitor viver a obra sem notar que está lendo. O livro aborda a relação entre narrador e espaço, afirmando que o narrador é o personagem mais importante de todos os romances, pois dele dependem os demais, e, no entanto, ele não deve ser confundido com o autor, já que o primeiro é um personagem fictício. O narrador pode ser um personagem, ser externo a trama, ou ambíguo, o qual não sabemos se está dentro ou fora do mundo narrado. Além disso, várias obras possuem mais de um narrador. O ponto de vista espacial é a relação entre o espaço ocupado pelo narrador e o espaço narrado. Na narração de um personagem esses dois coincidem. Quando o narrador é externo a trama, o mesmo não acontece. Já o narrador ambíguo pode assumir qualquer um desses papéis. Quanto ao tempo, Llosa afirma que aquele do romance não é igual ao da realidade, mas sim outra forma que o autor pode usar para se desvencilhar da mesma. Quanto ao tempo existe uma distinção simples: o cronológico e o psicológico. O primeiro existe independentemente da subjetividade humana, o segundo se transforma em função de nossas emoções. Outro capitulo trata dos níveis de realidade, a relação entre o plano de realidade em que se situa o narrador e aquele em que se desenrola a história narrada. Nesse caso, também, os planos podem coincidir ou não. Os planos mais claramente autônomos são o “mundo real” e o “mundo fantástico”. Além das guinadas, alterações em qualquer ponto de vista, espacial, temporal, ou de nível de realidade. E, por fim, Llosa fala sobre a Caixa Chinesa, narrativas que como esses objetos guardam similares (outras histórias) dentro de si. Ele conclui encorajando o leitor, afirmando que esforço, disciplina e leituras sistemáticas podem leva-lo a desenvolver seu próprio estilo.<ref>http://www.jorwiki.usp.br/gdmat11/index.php/Cartas_a_um_jovem_escritor_-_Vargas_Llosa</ref>
No ano de 2006 Vargas Llosa publicou o livro ''Cartas a um jovem romancista'', uma espécie de guia para jovens escritores. O livro trata das técnicas do romance. Em uma série de capítulos escritos como se fossem cartas a um jovem ávido por conhecimento da profissão, o autor discorre sobre o que é imprescindível para a criação de um livro. Começa afirmando que todas as histórias se alimentam da vida de seu criador, como um [[catóblepa]] - criatura fantástica, descrita [[Jorge Luis Borges]] e que, inadvertidamente, pode comer partes do próprio corpo. <ref>{{es}} [[Jorge Luis Borges|BORGES, Jorge Luis]] e GUERRERO, Margarita. [http://biblio3.url.edu.gt/Libros/borges/imaginarios.pdf ''El libro de los seres imaginarios''], p. 17</ref> O autor aborda também o estilo, que deve ser coerente com a história contada e fazer o leitor viver a obra sem perceber que está lendo. Sobre a relação entre narrador e espaço, afirma que o narrador é o personagem mais importante de todos os romances, pois dele dependem os demais, e, no entanto, ele não deve ser confundido com o autor. O narrador pode ser um personagem externo à trama ou ambíguo - de modo que não sabemos se está dentro ou fora do mundo narrado. Além disso, várias obras possuem mais de um narrador. Chama a atenção para a relação entre o espaço ocupado pelo narrador e o espaço narrado: na narração de um personagem, esses dois espaços coincidem, mas, quando o narrador é externo à trama, isso não acontece. Já o narrador ambíguo pode assumir qualquer um desses papéis. Quanto ao tempo, Vargas Llosa afirma que o tempo do romance não é igual ao da realidade, mas uma outra forma, que o autor pode usar para se desvencilhar dela. Ha uma distinção simples: o tempo cronológico e o tempo psicológico. O primeiro existe independentemente da [[subjetividade]] humana; o segundo se transforma em função de nossas emoções. Outro capitulo trata dos níveis de realidade, da relação entre o plano de realidade em que se situa o narrador e aquele em que se desenrola a história narrada. Nesse caso, também, os planos podem coincidir ou não. Os planos mais claramente autônomos são o do "mundo real" e o do "mundo fantástico". Além disso há guinadas, alterações em qualquer ponto de vista (espacial, temporal ou de nível de realidade). E, por fim, Llosa fala sobre "a caixa chinesa" ou a "boneca russa" ([[matriosca]]), como um recurso narrativo em que, tal como esses objetos, uma história principal gera outra ou outras histórias derivadas. Ele conclui encorajando o leitor, afirmando que esforço, disciplina e leituras sistemáticas podem levá-lo a desenvolver seu próprio estilo.<ref>{{es}} VARGAS LLOSA, Mario. [http://img9.xooimage.com/files/8/9/b/vargas-llosa-mari...sta-pdf--2669103.pdf ''Cartas a um joven novelista'']. Barcelona: Planteta, 1997</ref>


Em [[7 de outubro]] de [[2010]] foi agraciado com o [[Prêmio Nobel da Literatura]] pela [[Academia Sueca|Academia Sueca de Ciências]] "por sua cartografia de estruturas de poder e suas imagens vigorosas sobre a resistência, revolta e derrota individual".<ref name="Globo">[http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2010/10/07/mario-vargas-llosa-ganha-nobel-de-literatura-922728227.asp Mario Vargas Llosa ganha Nobel de Literatura]</ref> O [[presidente do Peru]], [[Alan García]], considerou o prêmio a Llosa como "um reconhecimento a um peruano universal"<ref>[http://www.prensaescrita.com/adiario.php?codigo=PER&pagina=http://www.elcomercio.pe ''Alan García sobre el Nobel a Vargas LLosa: "Es un gran día para el Perú y un reconocimiento a un peruano universal'']</ref>
Em [[7 de outubro]] de [[2010]] foi agraciado com o [[Prêmio Nobel da Literatura]] pela [[Academia Sueca|Academia Sueca de Ciências]] "por sua cartografia de estruturas de poder e suas imagens vigorosas sobre a resistência, revolta e derrota individual".<ref name="Globo">[http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2010/10/07/mario-vargas-llosa-ganha-nobel-de-literatura-922728227.asp Mario Vargas Llosa ganha Nobel de Literatura]</ref> O [[presidente do Peru]], [[Alan García]], considerou o prêmio a Llosa como "um reconhecimento a um peruano universal"<ref>{{es}} [http://elcomercio.pe/lima/sucesos/alan-garcia-sobre-nobel-vargas-llosa-gran-dia-peru-reconocimiento-peruano-universal-noticia-650505 ''Alan García sobre el Nobel a Vargas LLosa: "Es un gran día para el Perú y un reconocimiento a un peruano universal'']. ''El comercio'', 7 de outubro de 2010.</ref>
== Vida política ==
== Vida política ==
Inicialmente simpatizante do [[socialismo]] e admirador de [[Fidel Castro]], assim como da [[revolução cubana]], Vargas Llosa acabou por adotar posições [[neoliberais]], a ponto de candidatar-se à presidência de seu país por uma coligação de [[centro-direita]], em 1990.
Em [[1980]] começa a ter maiores atividades políticas no país. Em [[1983]] a pedido do próprio presidente [[Fernando Belaunde Terry]] preside comissão que investiga o assassinato de oito jornalistas, mortos em [[Ayacucho]] durante uma campanha contra o movimento maoísta [[Sendeiro Luminoso]] [http://www.penguin.com.au/contributors/3191/mario-vargas-llosa [1<nowiki>]</nowiki>] [http://www.liv.ac.uk/rilas/Publications/paper2.pdf [2<nowiki>]</nowiki>] . Em [[1987]] inicia o movimento político liberal contra a estatização da economia, o que ia de encontro ao presidente [[Alan García]]. Em [[1990]] concorre à presidência do país pela [[coalizão]] [[Liberalismo clássico|liberal]] de [[direita política|direita]] ''Frente Demócrata'' (FREDEMO), vencendo o primeiro turno. No segundo turno, perde a eleição para [[Alberto Fujimori]].

Na juventude, quando ainda era um escritor iniciante, Mario Vargas Llosa rendeu homenagem aos revolucionários [[cubanos]] de [[Assalto ao Quartel Moncada|26 de julho de 1953]], que, sob a liderança de um guerrilheiro romântico - "assim nos parecia  Fidel Castro" - combatiam  a tirania de [[Fulgêncio Batista|Batista]]. A partir daí sua simpatia pela Revolução Cubana iria crescer paralelamente a sua exitosa carreira literária e à reação [[conservador]]a a sua obra no Peru. Em 1962, seu premiado romance ''La ciudad y los perros'' (no Brasil, ''Batismo de fogo''), ambientado num colégio militar onde ele próprio havia estudado, foi violentamente criticada por autoridades do seu país, incluindo dois generais, que classificam Vargas Llosa como inimigo do Peru e caluniador dos sagrados valores nacionais. O escritor, que havia tido um contato superficial com o [[marxismo]] quando ingressou na universidade, em 1953, continuava apoiando a Revolução Cubana, escrevendo cartas de solidariedade ao novo regime, participando de eventos literários e congressos na [[Cuba|ilha]] e fazendo parte do conselho de colaboração da revista do centro de pesquisa literária ''[[Casa de las Américas]]'', fundada pela mítica revolucionária [[Haydée Santamaría]]. Nessa época, Vargas Llosa apoiava radicalmente todo o movimento de [[esquerda política|esquerda]] da [[América Latina]]. Sua postura começa a mudar depois de visitar por uma semana URSS, em 1966. Chegou a declarar que, se fosse russo, estaria preso ou exiliado. Seu entusiasmo diante da Revolução Cubana também arrefecera, sobretudo em razão da censura governamental, particularmente no caso do escritor cubano [[José Lezama Lima]], que, em 1966, teve proibido o seu romance autobiográfico ''Paradiso'' - não só pelo conteúdo erótico e homossexual como também por expressar uma [[estética]] diametralmente oposta à preconizada pela UNEAC (''[[Unión de Escritores y Artistas de Cuba]]''). Vargas Llosa começa a afastar-se da política de Cuba e escreve um artigo criticando a [[invasão da Checoslováquia]] pelos soviéticos e o apoio dado por Fidel Castro à operação. Também, por várias vezes, assumiu a defesa de alguns dos escritores cubanos proscritos pelo regime. Posteriormente, Fidel Castro, em um discurso, declarou que Vargas Llosa não mais poderia voltar a Cuba. Na sequência, Vargas Llosa envia uma carta a Haydée Santamaría, informando sua renúncia ao comitê de redação da revista, selando assim sua separação definitiva da revolução. Dali em diante passaria a defender radicalmente a [[democracia]] [[capitalista]] e a combater o regime de Castro com uma ferocidade tal que acabou por ser catalogado como um defensor dos intereresses da [[burguesia]] [[reacionária]].<ref>{{es}} [http://www.jornaldepoesia.jor.br/BHAH08mariovargasllosa.htm Mario Vargas Llosa y los escritores de la revolución cubana]. Por Edwin Disla.</ref>

Em [[1980]] começa a ter maior atividade política em seu próprio país. Em [[1983]], a pedido do próprio presidente [[Fernando Belaunde Terry]], preside comissão que investiga o caso de oito jornalistas mortos em [[Ayacucho]] durante uma campanha contra o movimento maoísta [[Sendeiro Luminoso]] [http://www.penguin.com.au/contributors/3191/mario-vargas-llosa [1<nowiki>]</nowiki>] [http://www.liv.ac.uk/rilas/Publications/paper2.pdf [2<nowiki>]</nowiki>] . Em [[1987]] inicia o movimento político liberal contra a estatização da economia, o que ia de encontro ao presidente [[Alan García]]. Em [[1990]] concorre à presidência do país pela [[coalizão]] [[Liberalismo clássico|liberal]] de [[direita política|direita]] ''Frente Demócrata'' (FREDEMO), vencendo o primeiro turno. No segundo turno, perde a eleição para [[Alberto Fujimori]]. Decide deixar seu país e, em 1993, obtém a cidadania espanhola<ref name=cidadania>{{es}} [http://elpais.com/diario/1993/07/03/cultura/741650401_850215.html El escritor peruano Mario Vargas Llosa obtiene la nacionalidad española ]. Por Andreu Manresa. ''[[El País]]'', 3 de julho 1993.</ref>.


Após isso, retorna a [[Londres]] e reinicia suas atividades literárias. Em [[2006]], em sua mais recente visita ao país, apoia a candidatura de [[Lourdes Flores]], que perdeu para [[Alan García]]. Suas experiências como escritor e candidato presidencial estão expostas na autobiografia "[[Peixe na Água]]", publicada em 1991.
Após isso, retorna a [[Londres]] e reinicia suas atividades literárias. Em [[2006]], em sua mais recente visita ao país, apoia a candidatura de [[Lourdes Flores]], que perdeu para [[Alan García]]. Suas experiências como escritor e candidato presidencial estão expostas na autobiografia "[[Peixe na Água]]", publicada em 1991.
Linha 95: Linha 99:


=== Ensaio ===
=== Ensaio ===
*García Márquez: historia de un deicidio (1971)
*''García Márquez: historia de un deicidio'' (1971)
*Historia secreta de una novela (1971)
*''Historia secreta de una novela'' (1971)
*La orgía perpetua: Flaubert y «Madame Bovary» (1975)
*''La orgía perpetua: Flaubert y «Madame Bovary»'' (1975)
*Contra viento y marea. Volume I (1962-1982) (1983)
*''Contra viento y marea''. Volume I (1962-1982) (1983)
*Contra viento y marea. Volume II (1972-1983) (1986)
*''Contra viento y marea''. Volume II (1972-1983) (1986)
*La verdad de las mentiras: Ensayos sobre la novela moderna (1990)
*''La verdad de las mentiras: Ensayos sobre la novela moderna'' (1990)
*Contra viento y marea. Volumen III (1964-1988) (1990)
*''Contra viento y marea''. Volumen III (1964-1988) (1990)
*Carta de batalla por Tirant lo Blanc (1991)
*''Carta de batalla por Tirant lo Blanc'' (1991)
*Desafíos a la libertad (1994)
*''Desafíos a la libertad'' (1994)
*La utopía arcaica. José María Arguedas y las ficciones del indigenismo (1996)
*''La utopía arcaica. José María Arguedas y las ficciones del indigenismo'' (1996)
*Cartas a un novelista (1997)
*''Cartas a un joven novelista'' (1997)
*El lenguaje de la pasión (2001)
*''El lenguaje de la pasión'' (2001)
*La tentación de lo imposible (2004)
*''La tentación de lo imposible'' (2004)
*[[Sabres e Utopias]] (2009)
*''[[Sabres e Utopias]]'' (2009)
*A civilização do espetáculo (2012)
*''A civilização do espetáculo'' (2012)


== Prêmios e condecorações ==
== Prêmios e condecorações ==
Ao longo de sua carreira, Mario Vargas Llosa recebeu inúmeros prêmios e condecorações. Destacamos alguns: o Premio Rómulo Gallegos ([[1967]]) e principalmente o [[Prémio Cervantes]] ([[1994]]). Outros prêmios, a saber, o Prêmio Nacional de Novela do Peru em [[1967]], por seu romance [[A Casa Verde]], o Prêmio Príncipe das Astúrias de Letras [[Espanha]] ([[1986]]) e o Prêmio da Paz de Autores da Alemanha, concedido na Feira do Livro de [[Frankfurt]] ([[1997]]). Em [[1993]] foi concedido o Prêmio Planeta por seu romance [[Lituma nos Andes]]. Uma grande relevância na sua carreira literária Prêmio Biblioteca Breve, que se deu por [[Batismo de Fogo]], em [[1963]], marca o início de sua brilhante carreira literária internacional.
Ao longo de sua carreira, Mario Vargas Llosa recebeu inúmeros prêmios e condecorações, destacando-se o Prêmio Rómulo Gallegos ([[1967]]) e o [[Prémio Cervantes]] ([[1994]]). Também recebeu o Prêmio Nacional de Novela do Peru em [[1967]], por seu romance ''[[A Casa Verde]],'' o ''[[Prêmio Príncipe das Astúrias]] de Letras'' da [[Espanha]] ([[1986]]) e o Prêmio da Paz de Autores da Alemanha, concedido na [[Feira do Livro de Frankfurt]] ([[1997]]). Em [[1993]], obteve o Prêmio Planeta por seu romance ''[[Lituma nos Andes]]''. Um marco na sua carreira literária foi o Prêmio Biblioteca Breve, que lhe foi concedido por ''[[Batismo de Fogo]]'', em [[1963]], assinalando o início de sua brilhante carreira literária internacional.

É membro da Academia Peruana de Línguas desde [[1977]], e da ''Real Academia Española'' (RAE) desde [[1994]]. Tem vários [[doutorado]]s ''[[honoris causa]]'' por universidades da [[Europa]], [[América]] e [[Ásia]]; pode-se citar os concedidos pelas universidades de [[Universidade de Yale|Yale]] ([[1994]]), [[Universidade]] de [[Israel]] ([[1998]]), [[Universidade de Harvard|Harvard]] ([[1999]]), Universidade de Lima ([[2001]]), [[Universidade de Oxford|Oxford]] ([[2003]]), Universidade Europeia de Madrid ([[2005]]) e [[Sorbonne]] ([[2005]]). Foi condecorado pelo governo [[França|francês]] com Medalha de honra em [[1985]].
Vargas Llosa é membro da Academia Peruana de Línguas desde [[1977]], e da ''Real Academia Española'' (RAE) desde [[1994]]. Tem vários títulos de [[doutor honoris causa|doutorado honorários]], concedidos por universidades da [[Europa]], [[América]] e [[Ásia]], dentre as quais [[Universidade de Yale|Yale]] ([[1994]]), [[Universidade Ben-Gurion do Negev]], de [[Israel]] ([[1998]]),<ref>[http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq27059818.htm Vargas Llosa recebe título honoris causa]. ''[[Folha de S. Paulo]]'', 27 de maio de 1998 </ref> [[Universidade de Harvard|Harvard]] ([[1999]]), [[Universidade de Lima]] ([[2001]]), [[Universidade Oxford|Oxford]] ([[2003]]), Universidade Europeia de Madrid ([[2005]]) e [[Universidade de Paris|Sorbonne]] ([[2005]]). Foi condecorado pelo governo [[França|francês]] com medalha da [[Ordem Nacional da Legião de Honra|Legião de Honra]], em [[1985]].


=== Nobel da Literatura ===
=== Nobel da Literatura ===

Revisão das 06h07min de 5 de fevereiro de 2015

Mario Vargas Llosa
Mario Vargas Llosa
Mario Vargas Llosa na Feira do Livro de Gotemburgo, quinta-feira 22 de setembro de 2011.
Nascimento 28 de março de 1936 (88 anos)
Arequipa, Arequipa
Nacionalidade Peru peruana, Espanha espanhola
Cônjuge Julia Urquidi (1955–1964)
Patricia Llosa (1965–presente)
Filho(a)(s) Álvaro Vargas Llosa
Gonzalo Vargas Llosa
Morgana Vargas Llosa
Alma mater Universidade Nacional Maior de São Marcos
Universidade Complutense de Madrid
Prémios Prêmio Miguel de Cervantes (1994)
Nobel de Literatura (2010)
Movimento literário Boom Latino-americano
Assinatura
Mario Vargas Llosa Signature.svg
Página oficial
www.mvargasllosa.com

Jorge Mario Pedro Vargas Llosa, marquês de Vargas Llosa[1][2] (Arequipa, 28 de março de 1936), é um escritor, jornalista, ensaísta e político peruano, laureado com o Nobel de Literatura de 2010.[3]

Biografia

Mario Vargas Llosa em 1982.
Ficheiro:Mario Vargas Llosa 1985.jpg
Mario Vargas Llosa na Feira Internacional do Livro de Miami de 1985.
Mario Vargas Llosa em 2007.

Nascido em uma família de classe média, único filho de Ernesto Vargas Maldonado e Dora Llosa Ureta, seus pais separaram-se após cinco meses de casamento. Com isto o menino não conheceu o pai até os dez anos de idade. Sua primeira infância foi em Cochabamba, na Bolívia, mas no período do governo José Luis Bustamante y Rivero, seu avô obtém um importante cargo político no governo, em Piura, no norte do Peru, e sua mãe retorna ao Peru, para viver naquela cidade.

Em 1946 muda-se para Lima e então conhece seu pai. Os pais reconciliam-se e, durante sua adolescência, a família continuará vivendo ali.

Ao completar 14 anos, ingressa, por vontade paterna, no Colégio Militar Leôncio Prado, em La Perla, como aluno interno, ali permanecendo por dois anos. Essa experiência será o tema do seu primeiro livro - La ciudad y los perros ("A cidade e os cachorros", em tradução livre), publicado no Brasil como "Batismo de Fogo" e, posteriormente, como A cidade e os cachorros.[4]

Em 1953 é admitido na tradicional Universidad Nacional Mayor de San Marcos, em Lima, a mais antiga da América. Ali estudou Letras e Direito, contra a vontade de seu pai.

Aos 19 anos, casa-se com Julia Urquidi, irmã da mulher de seu tio materno, e passa a ter vários empregos para sobreviver: atua como redator mas também fichando livros e até mesmo revisando nomes em túmulos nos cemitérios. Em 1958 recebe uma bolsa de estudos "Javier Prado" a vai para a Espanha, onde obtém doutorado em Filosofia e Letras, em 19, na Universidade Complutense de Madri. Após isso vai para a França, onde vive durante alguns anos. Em 1964 divorcia-se de Júlia e em 1965 casa-se com a prima Patrícia Llosa, com quem tem três filhos Álvaro, Gonzalo e Morgana.

Obra

Sua obra critica a hierarquia de castas sociais e raciais, vigente ainda hoje, segundo o escritor, no Peru e na América Latina. Seu principal tema é a luta pela liberdade individual na realidade opressiva do Peru. A princípio, assim como vários outros intelectuais de sua geração, Vargas Llosa sofreu a influência do existencialismo de Jean Paul Sartre.

Muitos dos seus escritos são autobiográficos, como "A cidade e os cachorros" (1963), "A Casa Verde" (1966) e "Tia Júlia e o Escrevinhador"(1977). Por A cidade e os cachorros recebeu o Prêmio Biblioteca Breve da Editora Seix Barral e o Prêmio da Crítica de 1963. Sua obra seguinte, A Casa Verde mostra a influência de William Faulkner. O romance narra a vida das personagens em um bordel, cujo nome dá título ao livro. Seu terceiro romance, Conversa na Catedral publicado em quatro volumes e que o próprio Vargas Llosa caracterizou como obra completa, narra fases da sociedade peruana sob a ditadura de Odria em 1950.

Há um encontro, num botequim chamado "La Catedral", entre dois personagens: o filho de um ministro e um motorista particular. O romance caracteriza-se por uma sofisticada técnica narrativa, alternando a conversa dos dois e cenas do passado. Em 1981 publica A Guerra do Fim do Mundo, sobre a Guerra de Canudos, que dedica ao escritor brasileiro Euclides da Cunha, autor de Os Sertões.

No ano de 2006 Vargas Llosa publicou o livro Cartas a um jovem romancista, uma espécie de guia para jovens escritores. O livro trata das técnicas do romance. Em uma série de capítulos escritos como se fossem cartas a um jovem ávido por conhecimento da profissão, o autor discorre sobre o que é imprescindível para a criação de um livro. Começa afirmando que todas as histórias se alimentam da vida de seu criador, como um catóblepa - criatura fantástica, descrita Jorge Luis Borges e que, inadvertidamente, pode comer partes do próprio corpo. [5] O autor aborda também o estilo, que deve ser coerente com a história contada e fazer o leitor viver a obra sem perceber que está lendo. Sobre a relação entre narrador e espaço, afirma que o narrador é o personagem mais importante de todos os romances, pois dele dependem os demais, e, no entanto, ele não deve ser confundido com o autor. O narrador pode ser um personagem externo à trama ou ambíguo - de modo que não sabemos se está dentro ou fora do mundo narrado. Além disso, várias obras possuem mais de um narrador. Chama a atenção para a relação entre o espaço ocupado pelo narrador e o espaço narrado: na narração de um personagem, esses dois espaços coincidem, mas, quando o narrador é externo à trama, isso não acontece. Já o narrador ambíguo pode assumir qualquer um desses papéis. Quanto ao tempo, Vargas Llosa afirma que o tempo do romance não é igual ao da realidade, mas uma outra forma, que o autor pode usar para se desvencilhar dela. Ha uma distinção simples: o tempo cronológico e o tempo psicológico. O primeiro existe independentemente da subjetividade humana; o segundo se transforma em função de nossas emoções. Outro capitulo trata dos níveis de realidade, da relação entre o plano de realidade em que se situa o narrador e aquele em que se desenrola a história narrada. Nesse caso, também, os planos podem coincidir ou não. Os planos mais claramente autônomos são o do "mundo real" e o do "mundo fantástico". Além disso há guinadas, alterações em qualquer ponto de vista (espacial, temporal ou de nível de realidade). E, por fim, Llosa fala sobre "a caixa chinesa" ou a "boneca russa" (matriosca), como um recurso narrativo em que, tal como esses objetos, uma história principal gera outra ou outras histórias derivadas. Ele conclui encorajando o leitor, afirmando que esforço, disciplina e leituras sistemáticas podem levá-lo a desenvolver seu próprio estilo.[6]

Em 7 de outubro de 2010 foi agraciado com o Prêmio Nobel da Literatura pela Academia Sueca de Ciências "por sua cartografia de estruturas de poder e suas imagens vigorosas sobre a resistência, revolta e derrota individual".[3] O presidente do Peru, Alan García, considerou o prêmio a Llosa como "um reconhecimento a um peruano universal"[7]

Vida política

Inicialmente simpatizante do socialismo e admirador de Fidel Castro, assim como da revolução cubana, Vargas Llosa acabou por adotar posições neoliberais, a ponto de candidatar-se à presidência de seu país por uma coligação de centro-direita, em 1990.

Na juventude, quando ainda era um escritor iniciante, Mario Vargas Llosa rendeu homenagem aos revolucionários cubanos de 26 de julho de 1953, que, sob a liderança de um guerrilheiro romântico - "assim nos parecia  Fidel Castro" - combatiam  a tirania de Batista. A partir daí sua simpatia pela Revolução Cubana iria crescer paralelamente a sua exitosa carreira literária e à reação conservadora a sua obra no Peru. Em 1962, seu premiado romance La ciudad y los perros (no Brasil, Batismo de fogo), ambientado num colégio militar onde ele próprio havia estudado, foi violentamente criticada por autoridades do seu país, incluindo dois generais, que classificam Vargas Llosa como inimigo do Peru e caluniador dos sagrados valores nacionais. O escritor, que havia tido um contato superficial com o marxismo quando ingressou na universidade, em 1953, continuava apoiando a Revolução Cubana, escrevendo cartas de solidariedade ao novo regime, participando de eventos literários e congressos na ilha e fazendo parte do conselho de colaboração da revista do centro de pesquisa literária Casa de las Américas, fundada pela mítica revolucionária Haydée Santamaría. Nessa época, Vargas Llosa apoiava radicalmente todo o movimento de esquerda da América Latina. Sua postura começa a mudar depois de visitar por uma semana URSS, em 1966. Chegou a declarar que, se fosse russo, estaria preso ou exiliado. Seu entusiasmo diante da Revolução Cubana também arrefecera, sobretudo em razão da censura governamental, particularmente no caso do escritor cubano José Lezama Lima, que, em 1966, teve proibido o seu romance autobiográfico Paradiso - não só pelo conteúdo erótico e homossexual como também por expressar uma estética diametralmente oposta à preconizada pela UNEAC (Unión de Escritores y Artistas de Cuba). Vargas Llosa começa a afastar-se da política de Cuba e escreve um artigo criticando a invasão da Checoslováquia pelos soviéticos e o apoio dado por Fidel Castro à operação. Também, por várias vezes, assumiu a defesa de alguns dos escritores cubanos proscritos pelo regime. Posteriormente, Fidel Castro, em um discurso, declarou que Vargas Llosa não mais poderia voltar a Cuba. Na sequência, Vargas Llosa envia uma carta a Haydée Santamaría, informando sua renúncia ao comitê de redação da revista, selando assim sua separação definitiva da revolução. Dali em diante passaria a defender radicalmente a democracia capitalista e a combater o regime de Castro com uma ferocidade tal que acabou por ser catalogado como um defensor dos intereresses da burguesia reacionária.[8]

Em 1980 começa a ter maior atividade política em seu próprio país. Em 1983, a pedido do próprio presidente Fernando Belaunde Terry, preside comissão que investiga o caso de oito jornalistas mortos em Ayacucho durante uma campanha contra o movimento maoísta Sendeiro Luminoso [1] [2] . Em 1987 inicia o movimento político liberal contra a estatização da economia, o que ia de encontro ao presidente Alan García. Em 1990 concorre à presidência do país pela coalizão liberal de direita Frente Demócrata (FREDEMO), vencendo o primeiro turno. No segundo turno, perde a eleição para Alberto Fujimori. Decide deixar seu país e, em 1993, obtém a cidadania espanhola[9].

Após isso, retorna a Londres e reinicia suas atividades literárias. Em 2006, em sua mais recente visita ao país, apoia a candidatura de Lourdes Flores, que perdeu para Alan García. Suas experiências como escritor e candidato presidencial estão expostas na autobiografia "Peixe na Água", publicada em 1991.

Bibliografia

Ficção

  • Os Chefes (1959)
  • A cidade e os cachorros (Brasil) // A Cidade e os Cães (Portugal) ("La ciudad y los perros") (1963)
  • A Casa Verde (1966) (Premio Rómulo Gallegos)
  • Os Filhotes (1967)
  • Conversa na catedral (Brasil) // Conversa n'A Catedral (Portugal) (1969)
  • Pantaleão e as visitadoras (1973)
  • Tia Júlia e o escrevinhador (Brasil) // A Tia Júlia e o Escrevedor (Portugal) (1977)
  • A Guerra do Fim do Mundo (1981)
  • Historia de Mayta (1984)
  • Quem matou Palomino Molero? (1986)
  • O falador (1987)
  • Elogio da madrasta (1988)
  • Lituma nos Andes (1993). Premio Planeta
  • Os cadernos de Dom Rigoberto (1997)
  • A festa do bode (Brasil) // A Festa do Chibo (Portugal) (2000)
  • O Paraíso na Outra Esquina (2003)
  • Travessuras da Menina Má (2006)
  • O Sonho do Celta (2010)
  • O Herói Discreto (2013)

Teatro

  • A menina de Tacna (1981)
  • Kathie e o hipopótamo (1983)
  • La Chunga (1986)
  • El loco de los balcones (1993)
  • Olhos bonitos, quadros feios(1996)

Ensaio

  • García Márquez: historia de un deicidio (1971)
  • Historia secreta de una novela (1971)
  • La orgía perpetua: Flaubert y «Madame Bovary» (1975)
  • Contra viento y marea. Volume I (1962-1982) (1983)
  • Contra viento y marea. Volume II (1972-1983) (1986)
  • La verdad de las mentiras: Ensayos sobre la novela moderna (1990)
  • Contra viento y marea. Volumen III (1964-1988) (1990)
  • Carta de batalla por Tirant lo Blanc (1991)
  • Desafíos a la libertad (1994)
  • La utopía arcaica. José María Arguedas y las ficciones del indigenismo (1996)
  • Cartas a un joven novelista (1997)
  • El lenguaje de la pasión (2001)
  • La tentación de lo imposible (2004)
  • Sabres e Utopias (2009)
  • A civilização do espetáculo (2012)

Prêmios e condecorações

Ao longo de sua carreira, Mario Vargas Llosa recebeu inúmeros prêmios e condecorações, destacando-se o Prêmio Rómulo Gallegos (1967) e o Prémio Cervantes (1994). Também recebeu o Prêmio Nacional de Novela do Peru em 1967, por seu romance A Casa Verde, o Prêmio Príncipe das Astúrias de Letras da Espanha (1986) e o Prêmio da Paz de Autores da Alemanha, concedido na Feira do Livro de Frankfurt (1997). Em 1993, obteve o Prêmio Planeta por seu romance Lituma nos Andes. Um marco na sua carreira literária foi o Prêmio Biblioteca Breve, que lhe foi concedido por Batismo de Fogo, em 1963, assinalando o início de sua brilhante carreira literária internacional.

Vargas Llosa é membro da Academia Peruana de Línguas desde 1977, e da Real Academia Española (RAE) desde 1994. Tem vários títulos de doutorado honorários, concedidos por universidades da Europa, América e Ásia, dentre as quais Yale (1994), Universidade Ben-Gurion do Negev, de Israel (1998),[10] Harvard (1999), Universidade de Lima (2001), Oxford (2003), Universidade Europeia de Madrid (2005) e Sorbonne (2005). Foi condecorado pelo governo francês com medalha da Legião de Honra, em 1985.

Nobel da Literatura

Ganhou o prémio Nobel da literatura em 2010 [11]

Marquês de Vargas Llosa

Em 4 de fevereiro de 2011, Vargas Llosa foi levantado na nobreza espanhola pelo rei Juan Carlos I com o título hereditário de Marqués de Vargas Llosa[12][13].

Referências

Ver também

Ligações externas

Wikiquote
Wikiquote
O Wikiquote possui citações de ou sobre: Mario Vargas Llosa
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Mario Vargas Llosa


Precedido por
Herta Müller
Nobel de Literatura
2010
Sucedido por
Tomas Tranströmer


Predefinição:Link FA Predefinição:Link FA