Elera Renováveis

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Elera Renováveis
Razão social Elera Renováveis S.A.
Empresa de capital fechado
Atividade Energia Elétrica
Gênero Sociedade anônima
Fundação 2001
Sede Brasil Rio de Janeiro, RJ
Proprietário(s) Brookfield Asset Management
Pessoas-chave Fernando Mano (presidente)
Empregados 541
Produtos Geração de energia elétrica
Website oficial [1]

A Elera Renováveis é uma empresa subsidiária da Brookfield Renewable, do grupo Brookfield Asset Management, e que atua no segmento de geração de energia e comercialização de energia elétrica no Brasil.[1]

A companhia é responsável por gerenciar os ativos geradores de energia da Brookfield Renewable no Brasil, operando e comercializando a energia produzida.[2]

História[editar | editar código-fonte]

As operações da Brookfield começaram no Brasil em 1899 quando um grupo de investidores canadenses liderados por William Mackenzie e Frederick Stark Pearson se uniu a investidores brasileiros para fundar a São Paulo Tramway, Light and Power Company,[3] com o objetivo de desenvolver sistemas de iluminação pública e de transporte coletivo movidos a energia elétrica (bondes elétricos). No mesmo ano, foi iniciada a construção da Usina Hidrelétrica de Parnaíba. Inaugurada em 1901, ela foi a primeira hidrelétrica a abastecer a cidade de São Paulo.[4]

Em 1904, o grupo expandiu suas atividades para o Rio de Janeiro, com a criação da Rio de Janeiro Tramway, Light and Power Company. Nos anos seguintes, investiu também em sistemas de distribuição de gás, criando em 1912 a San Paulo Gás Co. Ltd. (atual Comgás), e em sistemas de telefonia, criando em 1916 a Rio de Janeiro and São Paulo Telephone Company, que em 1923 passa a se chamar Companhia Telefônica Brasileira (CTB). Em 1925, já sob a denominação de Brazilian Traction Light and Power Co. Ltd. figurava como a maior empresa de serviços de utilidade pública da América Latina.[4]

Entre as décadas de 60 e 80, muitas dessas operações e concessões que deram origem aos negócios da Brookfield ou expiraram ou foram vendidas. Nunca, porém, a empresa deixou de investir no Brasil, migrando do setor de serviços de utilidade pública para investimentos em empresas de diversos segmentos econômicos. Mais de 120 anos depois de sua fundação, a Brookfield soma uma plataforma de investimentos de mais de R$ 156 bilhões em ativos no país.[5]

A Brookfield Asset Management, gestora atuando há 100 anos no mercado, possui mais de US$ 750 bilhões em ativos sob gestão, em mais de 30 países.[6]

A Brookfield Renewable está presente na América do Norte, América do Sul, Europa e Ásia, e possui aproximadamente 25 GW de capacidade instalada e mais de 5 mil ativos. A empresa atua no Brasil desde 2001, com sede no Rio de Janeiro.[6]

Em 2020, foi lançada a marca Elera Renováveis, substituindo a Brookfield Energia Renovável. A empresa tem como seus principais acionistas a Elera Renováveis Participações, a Brookfield Renewable Partners e a Brookfield Asset Management.[7]

No mesmo ano, a Elera estreou no setor fotovoltaico, realizando a aquisição de três grandes projetos solaresː o Complexo Alex, em Limoeiro do Norte e Tabuleiro do Norte (CE), com 360 MW de capacidade instalada; o Complexo Janaúba, no norte de Minas Gerais, que será o maior complexo solar da América Latina, com 1,2 GW de capacidade instalada e 1,5 milhão de módulos fotovoltaicos; Complexo Aratinga, no Ceará, que terá capacidade instalada de 210 MW.[7]

Além do Brasil, a empresa também tem ativos no Chile e Uruguai.[8]

Parque gerador[editar | editar código-fonte]

A Elera conta com 104 ativos e capacidade instalada de aproximadamente 3 GW em 2023, totalmente, com uma matriz energética 100% renovável composta por usinas hidrelétricas, parques eólicos, parques solares e usinas de biomassa.[8]

Eólico[editar | editar código-fonte]

Os parques eólicos estão localizados na Bahia (Complexo Eólico Alto Sertão I), no Rio Grande do Norte (Complexo Eólico de Renascença), no Ceará (Complexo Eólico Faísa) e no Uruguai (Complexo Eólico Carapé).[8]

Solar[editar | editar código-fonte]

Os complexos solares estão localizadosː no Cearáː Complexo Alex, em Limoeiro do Norte e Tabuleiro do Norte (CE), com 360 MW de capacidade instalada; o Complexo Janaúba, no norte de Minas Gerais, que será o maior complexo solar da América Latina, com 1,2 GW de capacidade instalada e 1,5 milhão de módulos fotovoltaicos; Complexo Aratinga, no Ceará, que terá capacidade instalada de 210 MW; Alto Cielo Solar, no Uruguai, com 26 MW; e Amanecer Solar, no Chile, com 100 MW.[8]

Hídrico[editar | editar código-fonte]

A companhia detém 42 ativos hídricos, divididos entre Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGH), Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) e Usinas Hidrelétricas (UHE), localizados em oito estados do Brasil, como a Usina Hidrelétrica Guaporé (120 MW), a Usina Hidrelétrica Barra do Braúna (39 MW) e a Usina Hidrelétrica Itiquira (157 MW).[8]

Biomassa[editar | editar código-fonte]

Também há duas usinas de geração à biomassa nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, somando 175 MW de capacidade instalada.[8]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «Elera (Institucional)» 
  2. Elera Renováveis. «Relatório ESG 2021» (PDF) 
  3. Weid, Elisabeth. «A expansão da Rio de Janeiro Tramway Light and Power ou as origens do "Polvo Canadense"» (PDF). Fundação Casa de Rui Barbosa 
  4. a b «Quem é a Brookfield, a empresa canadense que investiu quase R$ 27 bilhões no Brasil em 5 anos». G1. 28 de fevereiro de 2018. Consultado em 16 de junho de 2023 
  5. Pereira, Renée (27 de março de 2022). «'Apesar das crises, contratos foram cumpridos no Brasil', afirma CEO da Brookfield». Estadão. Consultado em 4 de abril de 2022 
  6. a b Elera Renováveis. «Relatório ESG 2020» (PDF) 
  7. a b Brookfield. «Overview Brasil 2020/2021» (PDF) 
  8. a b c d e f «Ativos (2023)»