Batalha de Monte Cassino: diferenças entre revisões
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Revisão das 16h12min de 26 de junho de 2017
Batalha de Monte Cassino | |||
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Campanha da Itália, Segunda Guerra Mundial | |||
Ruínas da cidade de Cassino após a batalha | |||
Data | 17 de Janeiro de 1944 – 19 de Maio de 1944 | ||
Local | Cassino, Itália | ||
Desfecho | Vitória Aliada | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Forças | |||
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Baixas | |||
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A Batalha de Monte Cassino (também conhecida como a Batalha de Roma ou Batalha de Cassino) foi uma série de quatro duras batalhas durante a Segunda Guerra Mundial, travadas pelos Aliados e Alemães com a intenção de romper a Linha de Inverno e conquistar Roma.
No início de 1944, a metade ocidental da Linha de inverno também conhecia como Linha Gustav estava ancorada pelos alemães segurando os Vales do Rapido, Liri e Garigliano e alguns picos circunvizinhos. Os alemães não haviam ocupado a colina histórica da Abadia de Monte Cassino, fundada em 524 por Bento de Núrsia, que dominava a cidade de Cassino e as entradas do Liri e Vales do Rapido, embora houvessem aberto posições defensivas nas encostas íngremes abaixo das muralhas da abadia.
Em 15 de Fevereiro, o mosteiro, no alto de um pico com vista para a cidade de Cassino, foi destruído por 1.400 toneladas de bombas lançadas pelos bombardeiros americanos.
O bombardeio foi baseado no temor de que a Abadia estava sendo usada como posto controle e observação pelos defensores Alemães.
Na realidade, segundo os peritos em história militar, foram duas batalhas pelo controle do mosteiro,[1] alcantilado no topo de um monte, dominando uma planície, no caminho para Roma, para as tropas vindas do sul. O desenrolar voraz das acções de guerra, contudo, aglutinou aquelas duas fases numa só batalha.
Os alemães, conhecendo o valor estratégico do monte, tomam-no durante a Segunda Guerra Mundial e ali aquartelam três divisões de infantaria e duas blindadas da Wehrmacht. Os Aliados pretendiam, no seu avanço a partir do Sul de Itália em 1943, atingir Roma. Porém, "tropeçam" em Monte Cassino.
Empenham, neste ataque ao objectivo alemão, o Corpo Expedicionário Francês Livre (que enfileirava também duas divisões magrebinas, uma marroquina e outra argelina), o II Corpo de Exército dos EUA, com duas divisões de infantaria, e o X Corpo de Exército Britânico, com três divisões. Atacam de norte para sul e atingem alguns objectivos estratégicos alemães, bem como alguns sectores operacionais de apoio ao controlo do monte. Algumas colinas, rios e povoados a nordeste e a leste da montanha fortificada são tomados, sempre com encarniçados combates, destruindo-se também pistas de aviação e armazéns logísticos dos alemães.
Os alemães, todavia, resistem, contra-atacando atingindo duramente os Aliados. As baixas aumentam dia a dia. As operações das divisões Panzer nazis causarão "matanças" desastrosas em algumas divisões aliadas. Os norte-americanos conhecem reveses sérios. Os britânicos aguentam-se e as tropas ao serviço do General francês Juin conhecem alguns êxitos.
O ataque aliado continua, porém, imparável. A situação, em fins de Janeiro, estava "empatada", embora os Aliados ganhassem aqui e ali alguns pontos fortes de defesa alemã, cuja artilharia, nesta altura, causava danos sérios nos ocidentais, principalmente na divisão texana dos EUA.
A 30 de Janeiro, os alemães repelem um ataque pelo flanco sul de Monte Cassino. Atacam na vertente norte os Aliados e retomam posições. Os reforços alemães ainda vão chegando, através de pontos de apoio em seu poder a oeste do monte. A 10 de Fevereiro, por exemplo, estes reforços permitem-lhes reter ataques ao mosteiro, fustigado pela artilharia e bombardeamentos aéreos aliados, reconquistando sectores em seu torno.
Entretanto, a cidade de Cassino, na planície, era já dos Aliados. A neve, entretanto, começa a cair em força, emperrando as operações; os Aliados atacam vários pontos, inclusive o mosteiro. Nos montes vizinhos, os combates prosseguem: os Aliados pretendem capturar pontos elevados para bombardear o mosteiro. Os contra-ataques alemães começam a ser menos vitoriosos.
A 14 de Fevereiro, a Quarta Divisão Indiana do Exército Britânico tenta o ataque ao mosteiro, mas é travada por nevões fortíssimos. Bombardeamentos aliados sucedem-se contra o mosteiro, onde os alemães resistem, abnegadamente, diga-se, entre as ruínas: a defesa do mosteiro era imperativa, pois tratava-se do ponto forte da defesa oriental da Wehrmacht face a Roma. Repelem e resistem a ataques ao monte.
As 22:00 do dia 15 de Fevereiro o Subtenente Alemão Daimer, teria declarado aos abades já estarem em curso negociações com os americanos a fim de que os sobreviventes do mosteiro pudessem ser levados a um lugar seguro. Estas negociações todavia jamais se realizariam. Mas o Marechal Kesselring deu ordem de salvar os ocupantes do mosteiro e levar o Abade e os monges para Roma.
A final da conversa com o Abade o Subtenente Daimer perguntou-lhe se podia atestar, por escrito, que não havia nenhum soldado alemão dentro do mosteiro, antes do ataque aéreo. Com toda sua solicitude o Arquiabade Diamere assinou sobre o altar da Piedade, a seguinte declaração redigida em italiano: …"Certifico que entre os muros do sagrado Mosteiro de Montecassino nunca houve soldados alemães; que, durante certo período, só estiveram de vigia três soldados da polícia militar, com o único propósito de fazer respeitar a zona de neutralidade estabelecida em redor do Convento, porém já se retiraram há mais de vinte dias…" - SubTenente Daiber, Gregório Diamare, Bispo-abade de Montecassino. Monte Cassino, 15 de fevereiro de 1944.[2]
A espererança de um armistício e de uma ação de salvamento do mosteiro fizeram com que o Abade e seus monges permanecessem nas ruínas até a manhã de 17 de Fevereiro.
A 17 de Fevereiro, porém, os Gurkhas da Quarta Divisão Indiana dos Britânicos atacam pela terceira e última vez o mosteiro, conseguindo, finalmente, vencer a resistência alemã, abrindo caminho ao avanço das restantes unidades aliadas. Depois de milhares de mortos e feridos e da destruição de um dos pilares do mundo cristão ocidental, os Aliados tinham Roma no "horizonte" e o Centro de Itália na mira.
Referências
Bibliografia
- Monte Cassino - Batalha de Nações : Editora Renes, 1974
- Böhmler, Rudolf - Monte Cassino - Flamboyant,1966
- Grande Crônica da Segunda Guerra Mundial, Seleções do Reader´s Digest. Editora Ypiranga, 1963 Volume 3, O Calvário de Monte Cassino
- Batalhas e operações da Segunda Guerra Mundial em 1944
- Batalhas da Segunda Guerra Mundial envolvendo o Canadá
- Batalhas da Segunda Guerra Mundial envolvendo a França
- Batalhas da Segunda Guerra Mundial envolvendo a Nova Zelândia
- Batalhas da Segunda Guerra Mundial envolvendo o Reino Unido
- Batalhas da Segunda Guerra Mundial envolvendo os Estados Unidos
- Batalhas e operações da Segunda Guerra Mundial envolvendo a Índia
- Batalhas e operações da Segunda Guerra Mundial envolvendo a Polônia
- Batalhas e operações da Campanha da Itália na Segunda Guerra Mundial