Estação Ferroviária da Trofa
Trofa
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a estação da Trofa em 2012 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Identificação: | 04630 TRO (Trofa)[1] | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Denominação: | Apeadeiro de Trofa | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Administração: | Infraestruturas de Portugal (norte)[2] | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Classificação: | A (apeadeiro)[1] | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Tipologia: | B [3] | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Linha(s): | Linha do Minho (PK 22+445) | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Altitude: | 40 m (a.n.m) | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Coordenadas: | 41°20′14.568″N × 8°32′51.54″W (=+41.33738;−8.54765) | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Município: | Trofa | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Serviços: | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Coroa: | TRF1 | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Conexões: | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Equipamentos: | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Inauguração: | 15 de agosto de 2010 (há 14 anos) | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Website: |
A Estação Ferroviária de Trofa é uma interface da Linha do Minho, que serve a localidade da Trofa, em Portugal.
Descrição
[editar | editar código-fonte]Localização e acessos
[editar | editar código-fonte]A estação ferroviária da Trofa situa-se no lugar de Paradela,[4] junto às ruas Poeta Cesário Verde[5] e Alfredo Guedes Machado,[6] nas proximidades da igreja nova.[7]
Infraestrutura
[editar | editar código-fonte]A interface é composta por um só edifício de dois pisos, dividido em cinco tramos.[8] No piso inferior, encontram-se as bilheteiras, uma cafetaria e uma zona comercial, e no piso superior situam-se as plataformas e as vias, estendendo-se ao longo de um viaduto em ambas as direcções[8][5] com um comprimento de 320 m.[4]
Esta disposição da estação, inspirada na antiga Ponte Pênsil da Trofa,[9] permite a livre circulação pedonal e rodoviária, maximizando desta forma a interoperabilidade entre os diferentes meios de transporte.[10]
A cobertura do edifício é composta por três superfícies desniveladas; as coberturas laterais, que apresentam uma forma quadrada, com um perfil longitudinal ondulado, são constituídas por vigas alveolares, com 27,20 m de vão, que são apoiadas pelos pilares das fachadas, e por uma chapa duplamente nervurada, auto-portante, apresentando vãos de 4 m.[8] Já a cobertura central, com um formato elíptico, como uma carapaça, é formada, igualmente, pela chapa das coberturas laterais, sendo suportada por uma malha de madres e de vigas arqueadas, que se apoiam nos pendurais de duas treliças, amparadas por paredes.[8] Quanto às alas do edifício, de disposição paralela à do viaduto, albergam dois núcleos de betão armado, duas paredes no cruzamento das coberturas laterais e da cobertura central, e os núcleos dos elevadores, no eixo de simetria.[8] Entre os elementos de betão armado, encontram-se os painéis das fachadas, sustentados por pilares metálicos, que apresentam uma altura média de 16 m e encontram-se afastados 2 m entre si.[8] Na borda das coberturas, no topo dos pilares, encontram-se palas, que asseguram o travamento da cobertura e dos pilares na horizontal.[8] Os pilares debaixo das coberturas laterais apresentam igualmente palas em três níveis, que lhes servem de travamento e também são utilizadas como quebra-sol a luz solar.[8] Entre os núcleos dos elevadores e as plataformas de embarque, no piso superior, encontram-se lajes de planta semi-elíptica, suspensas na cobertura por tirantes.[8] As fundações do edifício apresentam uma estrutura indirecta, sendo suportadas por estacas com uma extensão média de 6,50 m.[8] No total, a área do edifício em planta é de aproximadamente 1750 m².[8] Os consumos de betão e de aço estrutural foram estimados em respectivamente 1500 m³ e 333 t.[8]
A estação foi projectada pela empresa Grid,[8] enquanto que as obras estiveram a cargo da construtora Opway.[10]
Serviços
[editar | editar código-fonte]A estação é utilizada por serviços Alfa Pendular, Intercidades, Regionais, InterRegionais e urbanos.[11]
História
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Década de 2000
[editar | editar código-fonte]No Século XXI, procurou-se desviar o traçado da Linha do Minho na zona da Trofa, de forma a que este deixasse de circular pelo centro daquela cidade, o que causava diversos problemas de segurança, e devido à localização da estação da Trofa dentro do lanço em causa, decidiu-se construir uma nova interface.[12] Por outro lado, a antiga estação já se encontrava desde há alguns anos num avançado estado de degradação.[12][13] O novo traçado desviado do centro da cidade resultou num encurtamento da Linha do Minho em 490 m;[1]:18 o custo total da obra, incluido a nova estação e os 3550 m do novo traçado, com um túnel de 1,4 km, aterro e trincheiras, e todo o equipamento de sinalização, ficou em 66,3 M€,[4] excedendo ligeiramente o valor orçamentado de 65 M€.[9]
A 12 de Fevereiro de 2010, a então presidente da Câmara Municipal da Trofa, Joana Lima, visitou as obras da Variante da Trofa, prevendo que esta ligação estivesse concluída em poucos meses.[14]
Década de 2010
[editar | editar código-fonte]A antiga estação da Trofa foi encerrada a 14 de Agosto de 2010, passando todos os serviços a serem realizados na nova estação, que foi inaugurada no dia seguinte.[7] Na madrugada de 26 de Novembro do mesmo ano, uma das estradas da estação foi gravemente danificada por um camião desgovernado e respetivo semi-reboque que, tendo colidido com veículo análogo no arruamento anexo, franqueou a entrada pedonal e penetrou a área de circulação de passageiros no piso térreo, causando ainda assim apenas dois feridos ligeiros na pessoa dos respetivos motoristas, a cujo desrespeito pela sinalização a causa do acidente foi atribuída.[15]
Em Fevereiro de 2013 entrou em vigor uma resolução de iniciativa camarária que determina que todas as carreiras de transporte coletivo rodoviário que operam no concelho tenham paragem na estação — medida tomada com a participação dos diversos operadores: Metro do Porto, Arriva, Transdev, Transcovizela, Maia Transportes, e Auto Viação Pacense;[16][17] no mesmo ensejo foi manifestada pela Autoridade Metropolitana de Transportes do Porto anuência ao pedido de alargamento à Trofa da área de utilização do Andante.[17]
O espaço envolvente à estação passou a ser visto como uma nova centralidade em Trofa,[18][19] tendo sido palco de eventos públicos — religiosos,[19] comerciais,[18] e desportivos.[20] Em 2019, o ministro Pedro Nuno Santos foi questionado no Parlamento pela deputada e ex-autaca trofense Joana Ferreira Lima acerca da escassez de lugares no parque de estacionamento automóvel anexo à estação.[21]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Comboios de Portugal
- Infraestruturas de Portugal
- Transporte ferroviário em Portugal
- História do transporte ferroviário em Portugal
Referências
- ↑ a b c (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
- ↑ Diretório da Rede 2025. I.P.: 2023.11.29
- ↑ Diretório da Rede 2021. IP: 2019.12.09
- ↑ a b c “Nova estação é atracção turística” O Noticias da Trofa (2010.08.19)
- ↑ a b FERREIRA, Leandro (11 de Agosto de 2010). «Estação da Trofa inaugurada a 15 de Agosto». Transportes XXI. Consultado em 19 de Agosto de 2010
- ↑ «Trofa - Linha do Minho». Infraestruturas de Portugal. Consultado em 28 de Junho de 2020
- ↑ a b COSTA, Ana Correia (14 de Agosto de 2010). «Ansiosos por estrear a linha». Jornal de Noticias. Consultado em 23 de Outubro de 2015. Cópia arquivada em 10 de Julho de 2012
- ↑ a b c d e f g h i j k l m «Estação da Trofa». GRID. Consultado em 18 de Agosto de 2010. Arquivado do original em 7 de novembro de 2013
- ↑ a b «Nova Estação inspirada na antiga Ponte Pênsil». O Notícias da Trofa. 12 de Fevereiro de 2009. Consultado em 22 de Agosto de 2009. Arquivado do original em 7 de Setembro de 2012
- ↑ a b «OPWAY ganha empreitada na Trofa de mais de 23 milhões de euros». Opway. 12 de Fevereiro de 2009. Consultado em 19 de Agosto de 2010 [ligação inativa]
- ↑ «Trofa». Comboios de Portugal. Consultado em 23 de Outubro de 2015
- ↑ a b COSTA, Ana Correia (14 de Janeiro de 2009). «Virtudes e defeitos na estação». Jornal de Noticias. Consultado em 23 de Outubro de 2015. Cópia arquivada em 23 de Outubro de 2015
- ↑ MARTINS, Hermano (17 de Abril de 2008). «Estação da CP envergonha a Trofa!». O Notícias da Trofa. Consultado em 18 de Agosto de 2010. Arquivado do original em 5 de Setembro de 2012
- ↑ «Obras da Variante Ferroviária». Câmara Municipal da Trofa. 12 de Fevereiro de 2010. Consultado em 19 de Agosto de 2010 [ligação inativa][ligação inativa]
- ↑ “Acidente entre dois camiões destrói entrada da nova estação de comboios” O Noticias da Trofa (2009.01.08)
- ↑ “Autocarros fazem carreiras pela estação de comboios” O Noticias da Trofa 409 (2013.02.07)
- ↑ a b “Autocarros fazem carreira pela estação da Trofa” O Noticias da Trofa 407 (2013.01.26)
- ↑ a b “Até domingo, zona envolvente à estação da CP acolhe ExpoTrofa” O Noticias da Trofa 431 (2013.07.11)
- ↑ a b “Festas da Senhora das Dores na zona envolvente à estação de comboios” O Noticias da Trofa 481 (2014.07.13)
- ↑ “Prova de ciclismo marca arranque de nova associação” O Noticias da Trofa 475 (2014.07.01)
- ↑ “Joana Lima sugere ao ministro alargamento do parque de estacionamento da Estação” O Noticias da Trofa 692 (2019.05.05)
Leitura recomendada
[editar | editar código-fonte]- Variante da Trofa. Lisboa: Rede Ferroviária Nacional E. P. 2010. 106 páginas. ISBN 978-972-98557-7-1